PT2120545E - Método e dispositivo para evaporar ingredientes activos a partir de uma solução líquida - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "MÉTODO E DISPOSITIVO PARA EVAPORAR INGREDIENTES ACTIVOS A PARTIR DE UMA SOLUÇÃO LÍQUIDA"

Objecto da invenção A presente invenção refere-se a um método e a um dispositivo para evaporar substâncias ou ingredientes activos de baixa volatilidade a partir duma solução liquida. Ά invenção é preferencialmente utilizada para evaporar uma substância insecticida a baixa temperatura ou mesmo à temperatura ambiente.

Mais especificamente, um dos objectos da invenção consiste em distribuir, no ar, ingredientes activos numa forma controlada para controlar a eficácia do efeito do ingrediente activo considerando o tempo efectivo de evaporação do líquido de modo a que os efeitos benéficos dos ingredientes activos possam ser disponibilizados ao utilizador durante o maior período de tempo possível. 0 campo de aplicação da presente invenção coincide com o sector industrial dedicado aos dispositivos que evaporam produtos voláteis tais como perfumes, desodorizantes, neutralizantes de odores e de fumo, bactericidas, repelentes de insectos e ambientadores para interiores, em geral.

Antecedentes da Invenção

Ao distribuir substâncias voláteis para perfumar ou purificar o ar de um quarto, existem muitas situações nas 2 quais é desejável, e até mesmo necessário, fornecer uma ou mais doses do produto durante um periodo de tempo mais ou menos longo de modo a depois interromper a difusão do produto até um momento mais tarde. Este é o caso, por exemplo, dos ambientadores das casas de banho, em que é desejável libertar uma dose pequena durante alguns instantes e nos quais não se consome mais produto até o que o respectivo utilizador necessite outra vez do mesmo na casa de banho. 0 mesmo acontece com os insecticidas, os quais são igualmente utilizados durante determinadas alturas do dia mas não de forma contínua e que não são necessários durante o resto do tempo. São conhecidos múltiplos dispositivos, os quais manual ou automaticamente permitem a difusão dos ingredientes activos desejados dum composto líquido por meio de temporizadores, sendo o líquido pulverizado numa dose individual apenas em determinados momentos. Estes momentos são escolhidos pelo utilizador, uma vez que o utilizador manobra, ele próprio o pulverizador ou então o pulverizador actua por si sem qualquer tipo de ajuda por parte do utilizador, o qual programou previamente o temporizador ao activar periodicamente a pulverização do produto.

No entanto, os dispositivos de aerossol podem não ser totalmente eficazes ou baratos porque os efeitos dos ingredientes activos são concentrados no momento em que a pulverização se inicia e depois são rapidamente reduzidos. É, por conseguinte, conveniente, para que o líquido não seja distribuído directamente para o ar mas para um elemento que retenha o odor permitindo, assim uma evaporação gradual e, deste modo, um fornecimento mais contínuo dos referidos ingredientes activos. 3

Até à data, os evaporadores conhecidos que incluem um elemento absorvente feito de material poroso que contém as substâncias voláteis são dispositivos descartáveis que possuem a desvantagem de o referido elemento ser impregnado na fábrica durante o processo de fabrico do produto, de modo a que o utilizador receba o elemento impregnado apenas com os ingredientes activos uma vez que o solvente evapora espontaneamente antes do tempo, parte do ingrediente activo que possivelmente evaporou durante o período de armazenamento do produto. Assim que a maior parte do ingrediente activo tiver evaporado, o dispositivo perde a sua eficácia e deve ser substituído por um novo. São conhecidos diversos tipos de difusores de ingredientes de volatilidade baixa, entre os quais se podem mencionar dispositivos eléctricos que se podem ligar a uma tomada; estes dispositivos constam de um frasco com uma solução líquida formada por um solvente mais uma pequena percentagem de um ingrediente activo, assim como um pavio parcialmente colocado dentro do frasco que permite que o referido líquido se mova para uma parte superior do pavio por meio de capilares; o pavio é sujeito a uma temperatura alta para causar a evaporação do solvente e do ingrediente activo. É normalmente necessária uma temperatura entre 120 e 150°C para se obter uma taxa de evaporação inaceitável e eficácia biológica adequada para eliminar moscas e mosquitos. Esta variação de temperatura é muito superior à temperatura utilizada nos ambientadores ou dispositivos perfumadores que utilizam a mesma técnica de evaporação (aproximadamente 70° C) mas é obrigatório para evaporar o ingrediente insecticida activo. 4

Para além disso, os dispositivos eléctricos portáteis são igualmente conhecidos, nos quais a substância volátil se encontra em forma sólida, fixa num suporte poroso. No processo de produção do referido suporte, é medida uma quantidade duma solução liquida no suporte de modo a que esse referido suporte seja impregnado com a referida solução formada por um solvente e o ingrediente activo. Subsequentemente, o solvente é evaporado de modo a que quando o suporte é comercializado, este é apenas impregnado com o ingrediente activo. Nestes dispositivos, assim que o solvente tiver evaporado, apenas o ingrediente activo em estado líquido ou sólido se mantém no suporte, de modo a que o ingrediente activo possa evaporar a baixa temperatura ou até mesmo à temperatura ambiente. Devido ao baixo consumo requerido, estes tipos de dispositivo podem ser produzidos e comercializados com o fornecimento de uma bateria. A grande desvantagem destes dispositivos é que de não mostram nunca a quantidade remanescente da substância a ser evaporada e, por conseguinte, a duração remanescente e o período de protecção contra os mosquitos, relativamente ao utilizador, no caso de um difusor insecticida.

Alguns dispositivos têm tentado resolver esta desvantagem, por exemplo, o dispositivo divulgado na patente EUA 6484438, no qual foi adicionado um segundo reservatório com um produto volátil sem actividade. No entanto, este tipo de solução não é credível, porque se as características físicas das duas substâncias foram ajustadas para evaporarem no mesmo período de tempo, tal só acontecerá mediante determinadas condições de temperatura ambiental e de humidade, as quais foram consideradas normais aquando da definição do produto. Na verdade, o 5 produto pode ser utilizado em locais e estações do ano diferentes e, por conseguinte, as condições ambientais podem ser substancialmente diferentes das definidas como normais, as quais irão envolver um atraso entre o momento de evaporação do liquido indicador e do ingrediente activo.

Um dispositivo de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1 é conhecido em US-A-1-2004/0257798.

Descrição da Presente Invenção A presente invenção resolve a desvantagem técnica descrita por meio do objecto da presente invenção constante nas reivindicações independentes em anexo.

Um dos aspectos da invenção consiste num método de evaporação em três fases durante a utilização do dispositivo pelo consumidor ou utilizador. 0 método compreende as seguintes fases: 1) medição duma solução liquida num suporte de retenção de liquidos, no qual a referida solução liquida inclui um solvente e, pelo menos, um tipo de ingrediente activo, 2) evaporação do solvente, 3) evaporação do ingrediente activo. A invenção considera que, desde que o solvente não se evapore, o ingrediente activo não tem capacidade para se evaporar sem que se verifique uma aplicação de alta temperatura, a qual é incompatível com a implementação dum dispositivo portátil, alimentado por meio de bateria. A presente invenção considera, assim, a fase 2 como particularmente relevante, pois é assegurada uma evaporação 6 completa do solvente a partir do suporte antes de libertar uma nova dose de solução liquida. 0 método objecto da invenção tem por base a medição periódica duma dose de solução liquida, por meio de activação de impulso por parte do utilizador ou por meio duma função ciclica automática, na qual o meio de activação provoca a libertação duma dose. Em qualquer dos casos, são facultados meios, os quais previnem a libertação de uma nova dose até que a maior parte do solvente da dose anterior se tenha evaporado.

Deste modo, um primeiro aspecto da invenção refere-se a um método para evaporação de ingredientes activos a partir de uma solução liquida, o qual compreende a libertação de doses em períodos de tempo controlados da referida solução líquida mediante um suporte de retenção de líquido, de modo a que assim que o solvente se evapora do referido suporte, apenas o ingrediente activo se mantém no suporte. Subsequentemente, na ausência do solvente, o ingrediente activo tem capacidade para se evaporar por si, e, por conseguinte, o ingrediente activo evapora-se do suporte após a maior parte do solvente ter evaporado. A evaporação do solvente e do ingrediente activo pode ocorrer espontaneamente ou pode ser controlada para acelerar o processo, por exemplo, ao se aplicar uma corrente de ar no suporte e/ou ao se aplicar calor, ou durante o processo de evaporação para reduzir a duração da fase 2 ou também durante a fase 3. 0 solvente e/ou o ingrediente activo podem ser aquecidos a temperatura baixa durante a sua evaporação, por exemplo, a uma temperatura 7 inferior a 900°C, inferior a 70°C ou mesmo à temperatura ambiente.

Os períodos de tempo entre as doses são controlados no método, de modo a que cada dose da solução líquida seja libertada no referido suporte num momento no tempo após evaporação da maior parte do ingrediente activo da dose anterior do suporte. É assim evitado que uma dose seja libertada no suporte quando o ingrediente activo ai retido da dose anterior ainda não se evaporou.

Os períodos de tempo entre as doses são controlados por meio dum temporizador, preferencialmente um temporizador electrónico, o qual é associado a meios electromecânicos para permitir a libertação duma dose de solução líquida após o período de tempo estabelecido entre as doses. 0 tempo necessário para evaporar o solvente e o tempo de evaporação do ingrediente activo são determinados pelo fabricante de acordo com as substâncias utilizadas e as condições de evaporação para cada implementação prática da invenção, de modo a que o temporizador electrónico seja programado ou concebido, no caso dum temporizador mecânico, para que seja activado num período de tempo semelhante a, ou superior, ao necessário para evaporar a maior parte do solvente e ingrediente activo. Após este tempo, o temporizador activa os meios electrónicos e/ou mecânicos, os quais permitem a libertação duma nova dose de solução líquida. Por conseguinte, durante o período de tempo em que o temporizador não se encontra activado, o meio de libertação do líquido é bloqueado e não permite a libertação de doses.

Após activar o temporizador e subsequentemente permitir o modo de libertação, pode ser liberta uma dose de solução liquida por activação por impulso por parte do utilizador no momento em que o utilizador considerar necessário libertar uma nova dose. Alternativamente, pode ser libertada uma dose de solução liquida automaticamente, para cujo fim existem meios mecânicos controlados por um circuito electrónico, o qual actua no meio de libertação após se estabelecer o período de tempo entre as doses.

Num outro aspecto, a invenção consiste num dispositivo para evaporar ingredientes activos a partir duma solução líquida, a qual integra uma caixa com uma abertura que permite a passagem de ar e um reservatório que contém a referida solução líquida. 0 dispositivo compreende, pelo menos, um suporte de retenção de líquidos e meios de libertação distribuídos na caixa a uma distância e numa posição adequada para libertação de doses da referida solução líquida no referido suporte. 0 dispositivo possui ainda um temporizador adaptado para permitir a operação do referido meio de libertação em períodos de tempo seleccionados, sendo estes períodos de tempo superiores ao tempo necessário para evaporar a maioria do solvente e ingrediente activo do suporte. 0 temporizador é programado para um período de tempo que corresponde ao tempo entre a medição de duas doses consecutivas, sendo que o referido período de tempo é semelhante ao tempo necessário para evaporar o solvente e depois evaporar o ingrediente activo do suporte. A invenção desenvolve principalmente dois pontos críticos no desempenho do produto volátil: Por um lado, 9 previne a impregnação do material poroso com o liquido na fábrica, de modo a que o utilizador possa utilizar os efeitos da transferência in situ do liquido para o suporte de evaporação, uma vez que todo o ingrediente activo liberto é utilizado desde que não se perca nada durante o período de armazenamento do produto, ou mesmo na fase de produção desde que o líquido é libertado até o produto ser embalado. 0 dispositivo da invenção pode ser produzido numa forma simples e acessível em termos de custo, de modo a formar uma dispositivo de manuseamento fácil e portátil, com a possibilidade de ser reutilizado com a incorporação de recargas do reservatório da solução líquida.

Descrição dos Desenhos

Como complemento à descrição apresentada e com o objectivo de ajudar a uma melhor compreensão das características da invenção, de acordo com uma realização prática preferida da mesma, junta-se um grupo de desenhos como parte integral da referida descrição, a qual é apresentada com um carácter ilustrativo e não limitativo: A Figura 1 apresenta um gráfico representativo dos períodos de tempo das três fases do método de evaporação da invenção, correspondendo a uma dose libertada da solução líquida. 0 eixo y vertical indica a quantidade de produto evaporado e o eixo x horizontal corresponde ao tempo. A Figura 2 apresenta na Figura (a) uma visão em perspectiva duma realização preferida do dispositivo da invenção sem a metade superior da caixa de modo a expor os componentes existentes no seu interior e ilustra a conexão entre o botão e o pulverizador. A Figura (b) apresenta uma 10 perspectiva traseira do dispositivo apresentado na Figura (a) .

Realização Preferida da Invenção 0 método da invenção é baseado na descontinuidade da medição, para a qual a medição pode ocorrer através duma técnica conhecida no estado da técnica, por exemplo, por meio de: gota a gota, por meio de uma pulverização ou aerossol ou por meio de cápsulas ou microcápsulas que se rompem e que contêm a solução líquida. Existem meios de evaporação opcionais tais como o aquecimento de consumo baixo, isto é, um aquecimento de temperatura baixa, uma ventoinha ou uma combinação de ambos os elementos. Estes meios de evaporação podem funcionar de forma contínua ou descontínua, por exemplo, podem ser activados ao mesmo tempo que se liberta uma dose. 0 dispositivo pode ser um dispositivo conhecido apresentado com meios de absorção para absorver o líquido por meio de capilares, tais como um pavio por exemplo, no qual o transporte capilar é suficientemente lento para permitir a interrupção da alimentação do líquido na área de evaporação quando o meio de evaporação se encontra activado. Se a quantidade do solvente evaporado não for substituído por mais solvente, o ingrediente activo apresentado isoladamente no pavio será evaporado. A Figura 1 apresenta um ciclo de evaporação em três passos ou fases. Fase 1, que consiste na medição duma quantidade de solução, ocorre quase instantaneamente no momento tl. Fase 2 corresponde a uma variação de evaporação elevada do solvente, entre os momentos tl e t2 num curto período de tempo e, finalmente, a fase 3 que consiste numa 11 variação de evaporação baixa do ingrediente activo entre os momentos t2 e t3. A dose seguinte de solução liquida pode apenas ocorrer depois do momento t3.

Na prática, os processos de evaporação não ocorrem, logicamente, de forma uniforme em toda a superfície de evaporação devido às diferentes condições de evaporação, de modo que é possível que enquanto determinadas áreas da superfície de evaporação se encontram na fase 2, outras áreas encontram-se na fase 3. A duração da fase 2 foi especialmente concebida de modo a que seja a mais rápida possível, considerando que até o solvente ter evaporado, a actividade gerada pelo ingrediente activo é bastante baixa ou nula e, por conseguinte, a eficácia do produto é virtualmente nula. Pode considerar-se que a fase 2 termina quando a maior parte do solvente evaporou, isto é, quando a quantidade do solvente presente na maior parte da área de evaporação é demasiado pequena, permitindo a que o ingrediente activo seja capaz de se evaporar de modo eficaz.

Na fase 3, o ingrediente activo apresenta-se na área de evaporação sem evaporação do solvente e a quantidade deste ingrediente activo diminui até que a proporção de evaporação não seja suficiente para assegurar uma eficácia biológica necessária para matar insectos, por exemplo. A transição entre as fases naturalmente não ocorre de forma instantânea, é sim um processo gradual que depende das condições particulares de evaporação. Pode, por conseguinte, ser considerado que a duração da fase 3 tem início com o começo da evaporação do ingrediente activo numa quantidade eficaz e termine quando a quantidade deste 12 ingrediente presente na área de evaporaçao nao é já suficiente para garantir eficácia biológica. A duração entre a medição de duas doses consecutivas é controlada, de modo a evitar que uma dose seja medida enquanto a fase 3 da dose anterior não tiver ainda terminado. Se a dose seguinte for medida antes do final da fase 2 da dose anterior, o ingrediente activo estará virtualmente ainda por evaporar. Por outro lado, se a dose seguinte for medida muito tempo depois da fase 3 da dose anterior ter terminado, isto é, muito tempo após o ingrediente activo ter evaporado, a eficácia do dispositivo será nula durante um longo período de tempo, durante o qual o utilizador não terá qualquer protecção contra mosquitos, por exemplo. A invenção possui meios para prevenir a interrupção prematura de fase 2, por exemplo, no caso em que o utilizador, com a intenção de aumentar a eficácia, activa o dispositivo por uma segunda vez para libertar outra dose do líquido. Neste caso, o efeito poderia ser o oposto ao desejado, isto é, a eficácia será nula. Efectivamente, se a medição for de novo activada enquanto durar a fase 2, o ingrediente activo nunca estará sozinho e, por conseguinte, não terá capacidade para se evaporar. Mais ainda, a nova fase 2 será mais demorada do que o determinado, porque terá que ser evaporada maior quantidade de solvente, a quantidade de solvente ainda existente da primeira medição e quantidade do solvente que é facultado com a segunda medição. 13

Para evitar esta situação, a invenção inclui meios para prevenir medição prematura. A titulo de exemplo, estes meios podem ser: meios electrónicos: um temporizador electrónico que desliga ou bloqueia os meios de medição por um período de tempo mínimo, - meios mecânicos: um botão de activação com um período longo para recuperar a posição inicial assim que for pressionado. A presente invenção apresenta a duração mais curta possível para a fase 2, porque durante esta a eficácia do dispositivo é virtualmente nula. A duração da fase 2 pode ser reduzida utilizando um solvente de volatilidade alta. De acordo com a presente invenção, um solvente de volatilidade alta pode consistir num solvente ou mistura de solventes seleccionados para se obter uma pressão de vapor à temperatura ambiente que seja igual ou superior a 0,08 mmHg.

Numa outra realização preferida, a duração da fase 2 pode ser reduzida ao se aumentar a concentração do ingrediente activo na solução, uma vez que com menor quantidade de solvente, é necessário menos tempo para que o mesmo evapore. Descobriu-se que pode ser obtida uma composição ideal com 5 a 70% p/p de ingrediente activo e preferencialmente numa ordem compreendida entre 20 a 65% p/p.

Numa outra realização preferida, a duração da fase 2 pode ser reduzida ao se aumentar a área de evaporação para o liquido, a qual pode ser obtida, por exemplo, por meio de: 14 medição de pequenas gotículas de líquido, medição numa área ampla do suporte de retenção de líquido, medição num suporte de alta rugosidade, colocação do suporte numa forma inclinada em relação à direcção da medição do liquido de modo a que o excesso do líquido flua no sentido descendente ao longo da superfície, utilização dum solvente de baixa tensão superficial, de modo a diminuir a tendência de formação de gotículas, o que envolve menos superfície por unidade de volume. Na presente invenção, um solvente de baixa tensão superficial deve ser compreendido como um solvente ou uma mistura de solventes para se obter uma tensão superficial a 25° C que seja igual a ou inferior a 26 mM/m.

Numa outra realização preferida, a duração da fase 2 é reduzida ao se reduzir a capacidade de absorção do suporte, isto é, evitar com que o material do suporte actue como um reservatório do solvente, sendo este último mais exposto. Por exemplo, na presente invenção foi descoberto que um grau ideal de porosidade do suporte para se obter o efeito desejado é obtido com um material com uma capacidade de absorção líquida de menos do que 1 g/cm3, preferencialmente menos do que 0,1 g/cm3.

Numa outra realização preferida, a duração da fase 2 é reduzida ao se utilizar uma emulsão de três fases. Por exemplo, a referida emulsão pode ser formada por um 15 primeiro solvente A compatível com o ingrediente activo que é igualmente dissolvido, mais um solvente B, no qual o ingrediente activo não é solúvel. Alguns exemplos de solventes adequados para o solvente A são solventes orgânicos, tais como isoparafinas, éteres de propilenoglicol, hidrocarbonetos desaromatizados, hidrocarbonetos nafténicos e acetona. Alguns exemplos para o solvente B são: água, álcoois de baixo peso molecular, tais como etanol e metanol. A quantidade do solvente A é preferencialmente menor do que 30% p/p.

Noutros exemplos, podem ser empregues surfactantes ou agentes tensioactivos convencionais, incluindo surfactantes aniónicos, surfactantes iónicos, surfactantes anfotéricos e qualquer combinação dos anteriores.

Noutra forma de realização preferida, a duração da fase 2 é reduzida recorrendo a um solvente no qual o ingrediente activo não seja solúvel, de forma que, quando o ingrediente activo se encontre em estado sólido, fique em suspensão no solvente, tornando o processo de separação do solvente e do ingrediente activo muito mais rápido. Alguns solventes adequados para esta função são água, álcoois de baixo peso molecular, tal como etanol e álcool etílico e uma mistura destes. Por exemplo, podem também ser empregados surfactantes convencionais incluindo surfactantes aniónicos, surfactantes iónicos, surfactantes anfotéricos e qualquer combinação dos anteriores.

Ainda assim, apesar de reduzir a duração da fase 2, esta fase irá persistir ainda que durante um curto espaço de tempo, durante o qual se obtém uma eficiência virtualmente nula. No caso de aplicações práticas, que 16 requerem uma elevada eficiência, a existência da fase 2 nao seria aceitável, mesmo que durante muito pouco tempo.

Para estes tipos de aplicações, a invenção proporciona um dispositivo com pelo menos duas áreas de evaporação, nas quais as doses de solução liquida são dispensadas de forma coordenada nos dois suportes de retenção de liquido em momentos diferentes, de forma a estar permanentemente disponível o ingrediente activo sem solvente em pelo menos um dos referidos suportes, isto é a evaporação trifásica ocorre de forma alternada. Neste dispositivo, o início do ciclo deve corresponder à medição do líquido numa primeira superfície de evaporação (fase 1) e o ingrediente activo irá evaporar por si de uma segunda superfície de evaporação (fase 3) . Por conseguinte, quando o ingrediente activo se encontra na segunda superfície de evaporação (final da fase 3), a fase 2 na primeira superfície terá terminado e esta superfície de evaporação estará pronta para uma nova fase 3. No caso de um funcionamento automático e programado, um novo ciclo terá início mediante a medição na segunda superfície e evaporação a partir da primeira superfície. A figura 2 mostra uma forma de realização prática da invenção que consiste num dispositivo portátil de difusão dos ingredientes activos oriundos de uma solução liquida. 0 dispositivo é constituído por um invólucro (1) formado, no presente caso, por ume metade superior e uma metade inferior, invólucro esse que possui pelo menos uma abertura (11) para a passagem de ar e um reservatório (2) contendo a referida solução líquida que inclui um solvente e pelo menos um tipo de ingrediente activo. 0 dispositivo contém pelo menos um suporte de retenção de liquido (não representado), que pode ser feito de um material, tal como: 17

Papel, cartão, tecido, tecido não tecido, cerâmica, fibra de carbono ou termoplástico e pode adoptar qualquer forma considerada adequada para satisfazer a sua funcionalidade. A figura la mostra uma estrutura de suporte (12) com o suporte de retenção montado, sob a forma de tecido ou papel, por exemplo. 0 suporte de retenção de liquido pode ser feito de material poroso com uma capacidade de absorção liquida inferior a 1 g/cm3 e preferencialmente 0,1 g/cm3.

Em alternativa, o suporte de retenção pode ser feito de um material não poroso, tal como um material termoplástico, por exemplo, com a possibilidade de ser estruturado, isto é com uma superfície áspera ou uma superfície preparada com qualquer tipo de desenho em relevo, tal como, por exemplo, linhas ou ranhuras que impeçam que o líquido escorra para o chão quando é medido. O dispositivo possui ainda meios dispensadores que consistem na presente forma de realização num pulverizador convencional (14), montado no reservatório (2) idêntico aos pulverizadores conhecidos para água de colónia. Estes meios dispensadores (14) são dispostos no invólucro (1) numa posição adequada à dispensa de dose da solução líquida do referido suporte, neste caso quando se carrega no pulverizador.

Em alternativa, os meios dispensadores são meios gota a gota, que podem dispensar gotículas da solução líquida, ou então os meios dispensadores podem medir uma dose de solução líquida por meio de ruptura de cápsulas ou microcápsulas envolvendo a referida solução líquida. 18 0 invólucro (1) possui uma abertura (16) pela qual se pode observar p reservatório (2) do exterior, reservatório esse que pode ser transparente ou translúcido, de forma a permitir ao utilizador verificar a quantidade de solução liquida que resta no reservatório, para que o utilizador possa ter noção quando se esgota o liquido e há necessidade de substituir o reservatório por um novo. 0 suporte de retenção do liquido no interior da caixa encontra-se instalado entre a saida de ar (11) e o meio dispensador (15). 0 dispositivo inclui ainda uma ventoinha (17) incorporada na referida caixa, numa posição adequada que proporcione um fluxo de ar no referido suporte de retenção do liquido, a fim de acelerar a evaporação do solvente e/ou do ingrediente activo e impulsionar estes para o exterior através da saida (11). A ventoinha é formada por um pequeno motor de corrente continua (4) e um elemento propulsor do ar (3), no presente caso com a forma de uma gaiola de esquilo, montado no veio do motor.

Noutra forma de realização preferida, o dispositivo possui meios de aquecimento convencionais (não representados) dispostos no interior da caixa, numa posição adequada para aquecer os componentes da solução liquida retida pelo suporte a uma baixa temperatura. 0 dispositivo inclui um botão (6) montado de forma a oscilar num veio cilíndrico (18), fixo à caixa (1), de forma ser possível aceder a uma parte deste botão (6) a partir do exterior, de forma a permitir a activação do mesmo por impulsos por parte do utilizador. No seu interior, o botão (6) possui um braço (19) dimensionado e 19 localizado de forma a pressionar o pulverizador (14), como se pode observar na figura la, de forma que o pulverizador solte uma dose para o suporte quando o utilizador premir o botão (6) no sentido do interior da caixa (1). 0 dispositivo é fornecido com um circuito electrónico, (5) incluindo um temporizador electrónico de um tipo conhecido por um perito na especialidade. 0 temporizador encontra-se programado para um espaço de tempo maior do que o tempo necessário para a evaporação do solvente e posterior evaporação do ingrediente activo, conhecido com antecedência.

Além disso, existe um braço oscilante ou articulado (7) que consiste num braço montado com a capacidade de oscilar num veio (15) integrado na caixa. 0 braço oscilante (7) possui uma primeira extremidade (8), localizada adequadamente junto à extremidade livre do braço (19), de forma a mover esta primeira extremidade do braço oscilante em sentido descendente quando o botão (6) é premido no sentido do interior da caixa, braço esse que oscila de forma a deslocar em sentido ascendente a segunda extremidade (9) . A segunda extremidade (9) é posicionada junto ao botão ou interruptor (não representado) do circuito electrónico (5), de forma a pressionar o referido botão quando a segunda extremidade (9) se deslocar em sentido ascendente, iniciando a contagem do temporizador. A extremidade livre do braço (19) tem uma forma que permita entrar em contacto com a primeira extremidade (8) do braço oscilante (7), de preferência uma forma em cunha que implica, sempre que é pressionado o botão (6), que a extremidade inserida dentro da caixa (1) toque na 20 superfície de contacto da primeira extremidade (8) do braço oscilante (7), alternando o movimento do botão em direcções inversas entre cada extremidade (8, 9) do referido braço oscilante (7).

Em alternativa, ao ser accionado, o referido botão inicia ainda a ventoinha (17) e/ou o aquecedor, assim como um elemento indicador luminoso, tal como um LED, por exemplo, que actua como um elemento indicador para o utilizador quando os elementos anteriores estão ligados ou desligados. O LED permanece aceso durante o tempo programado no temporizador, de forma que, quando este tempo termina, o LED também desliga para indicar ao utilizador que o efeito de uma dose terminou devido à evaporação da maior parte do ingrediente activo e, por conseguinte, o utilizador pode então iniciar de novo o processo, sempre que este o deseje, mediante pressão do botão e activação de todos os componentes eléctricos em simultâneo, como explicado em seguida: i) 0 utilizador prime o pulverizador para libertar uma única dose de líquido, o qual impregna imediatamente o elemento de retenção, ii) O utilizador activa o circuito eléctrico, dando início ao funcionamento da ventoinha para projectar ar no sentido do elemento de retenção, de forma a favorecer a evaporação do líquido absorvido pelo referido elemento de retenção e a libertação dos ingredientes activos para o ar através de uma abertura existente na caixa. iii) No mesmo instante, a contagem do temporizador do circuito eléctrico regressa a zero, encontrando-se este temporizador programado de fábrica de modo a ter em conta o 21 tempo que demora a evaporar completamente e a libertar a totalidade da concentração dos ingredientes activos contidos na dose definida. iv) Se forem fornecidos meios de sinalização ao mesmo tempo que o temporizador e a ventoinha começarem a funcionar ou quando ambos terminam os referidos meios de sinalização são activados (por exemplo, um indicador luminoso é ligado ou toca um alarme quando o tempo de funcionamento do temporizados e a ventoinha desligam) para informar o utilizador da possibilidade de reiniciar novamente todo o processo caso este deseje que o dispositivo continue a funcionar: Pulverizar-evaporar-contagem de tempo.

Opcionalmente, o processo pode ser iniciado automaticamente por meio da inclusão de meios de accionamento, destinados a accionar o botão no próprio dispositivo ou por controlo remoto.

Numa forma de realização preferida, o dispositivo possui meios de bloqueio do funcionamento do pulverizador, sendo os referidos meios controlados pelo temporizador de forma a iniciar a contagem do tempo sempre que uma dose de liquido for libertada no suporte e a accionar os meios de bloqueio, impedindo o pulverizador de ser activado novamente enquanto o temporizador estiver a contar o tempo. Uma vez que o temporizador é programado para um período de tempo que é aproximado ou superior ao tempo necessário para a evaporação da maior parte do solvente e do ingrediente activo do suporte, o utilizador é impedido de libertar uma nova dose enquanto permanecer uma quantidade suficiente de 22 ingrediente activo no suporte porque o pulverizador é bloqueado durante este período de tempo.

Em alternativa, a activação do pulverizador pode ser automática, para o que o dispositivo possui meios de accionamento do pulverizador (não representados) que desencadeiam a referida activação, meios esses que são controlados pelo temporizador, de forma que, quando o temporizador termina a contagem do tempo, o pulverizador é automaticamente activado após um intervalo de tempo pré-definido, o qual pode ser ajustado pelo utilizador, por exemplo. Neste contexto, os referidos meios de accionamento, por exemplo, o próprio motor (4) poderia ser utilizado para deslocar o botão (6) de forma adequada, para premir o pulverizador (14). 0 dispositivo é portátil e alimentado por bateria (13).

Numa forma de realização prática, o utilizador pode optar por um modo de operação manual ou automático e no âmbito do modo de operação automático, o utilizador pode seleccionar vários intervalos de tempo de medição pré— programados em conformidade com as preferências ou necessidades do mesmo.

Noutra forma de realização alternativa da invenção, o dispositivo não é controlado pelo temporizador e não reproduz as três fases de evaporação, isto é mede simplesmente o ingrediente activo mas inclui todos os elementos anteriormente descritos: caixa, suporte, dispensador, botão, ventoinha e aquecedor. 0 dispositivo pode possuir opcionalmente meios de fixação que permitam a fixação deste ao corpo de um 23 indivíduo ou animal, como por exemplo um cinto, um clipe, etc.

Encontram-se descritas nas reivindicações dependentes anexas várias possibilidades de formas de realização práticas da invenção.

Da perspectiva da presente descrição e conjunto de figuras, um perito na especialidade é capaz de compreender que as formas de realização da invenção que foram descritas podem ser combinadas com o objecto da presente invenção. A invenção foi descrita de acordo com várias formas de realização preferidas da mesma, mas será evidente para um perito na especialidade a possibilidade de introdução de muitas variações nas formas de realização preferidas sem fugir ao objecto da invenção reivindicada.

REFERÊNCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO A presente listagem de referências citadas pela requerente é apresentada meramente por razões de conveniência para o leitor. Não faz parte da patente de invenção europeia. Embora se tenha tomado todo o cuidado durante a compilação das referências, não é possível excluir a existência de erros ou omissões, pelos quais o EPO não assume nenhuma responsabilidade.

Patentes de invenção citadas na descrição • US 6484438 B [0010] • US 120040257798 A [0011]

Claims (44)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Método de evaporação de ingredientes activos a partir de uma solução liquida, compreendendo a referida solução liquida um solvente e pelo menos um tipo de ingrediente activo, caracterizado por incluir a libertação em intervalos de tempo controlado de doses da referida solução liquida num suporte de retenção de liquido, em que o solvente é evaporado a partir do referido suporte de forma a permanecer apenas o ingrediente activo no suporte e por o ingrediente activo ser evaporado do suporte depois da maioria do solvente ter evaporado.

2. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os períodos de tempo entre as doses serem controlados de modo a que uma dose da solução líquida seja libertada no referido suporte num momento no tempo após evaporação da maior parte do ingrediente activo da dose anterior do suporte.

3. Método de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que o período de tempo entre duas doses consecutivas é superior ao tempo necessário para evaporar o solvente e o ingrediente activo a partir do suporte.

4. Método de acordo com a reivindicação 3, em que o período de tempo entre duas doses consecutivas é substancialmente semelhante ao tempo necessário para evaporar o solvente e o ingrediente activo a partir do suporte.

5. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que os períodos de tempo entre as doses são controlados por meio dum temporizador electrónico o 2 qual é associado a meios electromecânicos para permitir a libertação duma dose de solução líquida após o período de tempo estabelecido entre as doses.

6. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por ser libertada uma dose de solução líquida por activação por impulso por parte do utilizador.

7. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1 a 5, caracterizado por ser libertada uma dose de solução líquida automaticamente, com um intervalo de tempo pré-definido.

8. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o solvente e/ou o ingrediente activo são aquecidos durante a respectiva evaporação a uma temperatura inferior a 100° C e preferencialmente a uma temperatura inferior a 70° C.

9. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o solvente e o ingrediente activo são evaporados à temperatura ambiente.

10. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que é aplicada uma corrente de ar ao solvente e/ou ao ingrediente activo retido no suporte.

11. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que as doses de solução líquida são libertadas a partir de um reservatório de liquido.

12. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que as doses de solução líquida são libertadas de uma forma coordenada em dois suportes de retenção de líquido em momentos diferentes, de forma a existir permanentemente ingrediente activo sem solvente em pelo menos um dos referidos suportes. 3

13. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o ingrediente activo é um insecticida e/ou um perfume.

14. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que as doses de solução líquida são libertadas gota a gota.

15. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, em que as doses de solução líquida são libertadas por meio de um pulverizador ou aerossol.

16. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que as doses de solução líquida são libertadas por meio de ruptura de cápsulas que contêm a solução líquida.

17. Dispositivo para evaporação dos ingredientes activos de uma solução líquida que possui uma caixa (1) que dispõe de pelo menos uma abertura (11) para passagem do ar, um reservatório (2) que contém a referida solução líquida, a qual inclui um solvente e pelo menos um tipo de ingrediente activo e pelo menos um suporte de retenção de líquido e meios de libertação dispostos na caixa, caracterizado por o suporte de líquido e meios de libertação se encontrarem dispostos de forma a poderem ser libertadas doses da referida solução líquida no referido suporte e por incluir ainda um temporizador adaptado de forma a permitir o funcionamento dos referidos meios de libertação a intervalos de tempo seleccionados, e por o referido dispositivo temporizador estar adaptado de forma a que os referidos intervalos de tempo serem superiores ao tempo necessário à evaporação da maior parte do solvente e do ingrediente activo do suporte. 4

18. Dispositivo de acordo com a reivindicação 17, caracterizado por o temporizador ser programado para um período de tempo que corresponde ao tempo entre a medição de duas doses consecutivas, sendo que o referido período de tempo é semelhante ao tempo necessário para evaporar o solvente e depois evaporar o ingrediente activo do suporte.

19. Dispositivo de acordo com a reivindicação 17 ou 18, em que o suporte de retenção do líquido se encontra alojado no interior da caixa, entre a saída de ar e o meio dispensador.

20. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 19, que possui uma ventoinha instalada na referida caixa de forma a proporcionar uma corrente de ar sobre o referido suporte.

21. Dispositivo de acordo com a reivindicação 20, em que a referida ventoinha pode ser activada por meio do referido temporizador.

22. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 21, em que o reservatório se encontra visível do exterior da caixa e é feito de material transparente ou translúcido.

23. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 22, com um botão (6) instalado na caixa (1) e um braço oscilante (7) destinado a estabelecer contacto numa primeira extremidade (8) com a extremidade interior do botão (6) e a extremidade oposta (9) com um contacto eléctrico incluído no circuito eléctrico (5) para a activação do mesmo. 5

24. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 23 com um elemento luminoso de sinalização, que pode ser activado pelo temporizador.

25. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 24, que possui um meio aquecedor instalado no interior da caixa de forma a poder aquecer os componentes da solução líquida retida pelo suporte.

26. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 25, caracterizado por ser um dispositivo portátil, alimentado por bateria.

27. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 26, em que o suporte de retenção do liquido é feito de um material seleccionado de entre: papel, cartão, tecido, tecido não-tecido, cerâmica, fibra de carbono ou material termoplástico.

28. Dispositivo de acordo com a reivindicação 27, em que o suporte de retenção do liquido é feito de material poroso com uma capacidade de absorção de líquido inferior a 1 g/cm3.

29. Dispositivo de acordo com a reivindicação 28, em que a capacidade de absorção de liquido é inferior a 0,1 g/cm3.

30. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 29, caracterizado por o produto solvente ser seleccionado de forma a obter uma pressão de vapor à temperatura ambiente igual ou superior a 0,08 mmHg.

31. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 30, caracterizado por o solvente ser um solvente ou mistura de solventes seleccionados 6 de forma a alcançar uma tensão superficial a 25° C que seja igual a ou inferior a 26 mM/m.

32. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 31, caracterizado por a concentração do ingrediente activo na solução liquida se situar entre 5 e 70% p/p do ingrediente activo.

33. Dispositivo de acordo com a reivindicação 32, caracterizado por a concentração do ingrediente activo na solução liquida se situar entre 20 e 65% p/p.

34. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 33, caracterizado por o ingrediente activo não ser solúvel no solvente.

35. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 34, caracterizado por o solvente ser seleccionado do grupo que inclui: água, álcoois de baixo peso molecular, etanol, metanol, surfactantes, surfactantes aniónicos, surfactantes iónicos e qualquer combinação dos anteriores.

36 . Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 34, caracterizado por o solvente ser uma composição solvente que inclui um primeiro solvente, no qual o ingrediente activo é solúvel e um segundo solvente, no qual o ingrediente activo não é solúvel, sendo ambos os solventes misturados.

37. Dispositivo de acordo com a reivindicação 36, em que o solvente iniciador ser seleccionado de entre: solventes orgânicos, isoparafinas, éteres de propilenoglicol, hidrocarbonetos desaromatizados, hidrocarbonetos nafténicos e acetona. 7

38. Dispositivo de acordo com a reivindicação 36 ou 37, em que o segundo solvente é seleccionado de entre: água, álcoois de baixo peso molecular, etanol, metanol.

39. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 36 a 38, caracterizado por a quantidade do primeiro solvente ser inferior a 30% p/p da composição solvente.

40. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 39, caracterizado por os meios dispensadores serem meios gota a gota que podem libertar goticulas da solução liquida.

41. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 39, caracterizado por os meios dispensadores serem um aerossol ou um pulverizador acoplado ao reservatório que contém a solução liquida.

42. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 39, caracterizado por os meios dispensadores estarem adaptados à medição de uma dose de solução liquida mediante a ruptura de cápsulas ou microcápsulas que contêm a referida solução líquida.

43. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 42, caracterizado por possuir um primeiro e um segundo suporte de retenção de líquido, em que os meios dispensadores são adaptados à libertação de doses da solução liquida em cada um dos referidos suportes, em que os meios dispensadores são controlados pelo temporizador para libertarem de forma coordenada doses da solução líquida em cada um dois suportes em momentos diferentes, de forma estar sempre presente ingrediente activo em estado sólido em pelo menos um dos suportes. 8

44 . Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 43, caracterizado por possuir um meio de fixação destinado a fixaçao ao corpo de um indivíduo ou animal.