PT2039341E - Composições cosméticas compreendendo derivados de tiazolidinas contra as consequências do stress oxidativo da pele - Google Patents

Composições cosméticas compreendendo derivados de tiazolidinas contra as consequências do stress oxidativo da pele Download PDF

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Description

DESCRIÇÃO "COMPOSIÇÕES COSMÉTICAS COMPREENDENDO DERIVADOS DE TIAZOLIDINAS CONTRA AS CONSEQUÊNCIAS DO STRESS OXIDATIVO DA PELE" A invenção refere-se a composições cosméticas compreendendo derivados de tiazolidina, precisamente, no domínio de protecção da pele e, mais particularmente, no combate ao stress oxidativo e suas consequências cutâneas.
Devido ao seu papel como um revestimento externo do corpo em relação à atmosfera, a pele é um órgão particularmente sensível ao ambiente ao qual está submetido. Este pode ser de uma natureza pro-oxidante, devido a exposições prolongadas às radiações ultravioleta do sol, atmosferas de fumo ou contendo vapores de poluentes químicos atmosféricos. Essas "agressões" de natureza exógena produzem, de facto, um excesso de diversas espécies muito reactivas, radicalares ou não, com significativo potencial oxidante. Estas são, nomeadamente, espécies derivadas de oxigénio molecular, frequentemente designadas espécies oxigenadas reactivas ou "EOR" ou "ROS" em Inglês, tais como o anião superóxido, 02 -, o peróxido de hidrogénio, H202, o oxigénio singuleto 102, o radical hidroxilo, 0H°.
Essa sobre-produção de espécies reactivas EOR é, então, responsável pela alteração dos constituintes biológicos da pele, em particular, os encontrados nas células cutâneas (ADN, proteínas, lipídos, glúcidos). A formação de subprodutos provenientes da degradação dessas moléculas biológicas e, em 1 particular, das provenientes dos fosfolipidos membranares peroxidados pelas EOR, é também prejudicial à pele. Finalmente, a exposição de uma pele a uma sobre-produção de EOR inicia, igualmente, reacções bioquímicas complexas na origem da produção de citocinas pró-inflamatórias, de metabolitos mutagénicos e da morte de células cutâneas (Briganti S. et al. , J. Eur. Acad. Dermatol. Venereol. , (2003), vol. 17, pp. 663-669).
De uma forma geral, todos esses fenómenos são prejudiciais à pele, mais particularmente, quando estes atingem as camadas profundas, nomeadamente, a derme. Por outro lado, está bem estabelecido actualmente que uma perda de controlo pela pele da presença excessiva de EOR, originando um estado normalmente designado por "stress oxidativo", está claramente envolvido no desencadear de numerosos distúrbios ou anomalias cutâneas: envelhecimento induzido, imunossupressão, inflamação/eritema, carcinogénese, irritação, etc. (Bickers D.R. et al., J. Invest. Dermatol. (2006), vol. 126, pp. 2565-2575 e referências citadas).
Fisiologicamente e apesar da existência de sistemas antioxidantes naturais de regulação e protecção enzimáticos (dismutase do superóxido, catalase, peroxidase, etc.) ou não-enzimáticos (vitaminas A, C, D ou E, carotenóides, glutationo, oligoelementos, etc.), a pele apresenta uma defesa rapidamente esgotada e extravasada, face a um fluxo importante de radicais livres ou espécies EOR.
Igualmente, desde há muitos anos, a concepção de sistemas capazes de limitar os efeitos prejudiciais dessa sobre-produção de espécies reactivas ou mesmo de as capturar ou aprisionar, tornou-se um objectivo principal de investigação. Deste modo, 2 para aliviar as insuficiências fisiológicas da pele, foram desenvolvidas e propostas numerosas moléculas de origem natural (extractos de plantas ou de animais terrestres) ou sintéticas, como suplemento antioxidante ou anti-radicalar, administradas por via geral (oral) ou por aplicação tópica (Darvin M. et al. , Skin Pharmacol. Physiol., (2006), vol. 19, pp. 238-247).
No entanto, é em geral conhecida uma protecção eficaz contra as EOR ditas de primeira geração de acordo com a invenção, para várias moléculas antioxidantes ou anti-radicalares pertencentes ao estado da técnica. Por "EOR de primeira geração" devem-se entender as espécies derivadas da redução do oxigénio molecular (02 -, H202, 102, 0H°, 0N00-, etc.) . É, por outro lado, mais raramente justificada uma acção em relação aos subprodutos de oxidação ou produtos ditos de segunda geração (aldeídos tóxicos, produtos finais provenientes da peroxidação lipídica, etc.), estes também tóxicos e resultantes de reacções em cadeia de espécies primárias com os componentes bioquímicos da célula.
De um modo geral, verifica-se que é difícil a selecção de uma substância antioxidante, dita "eficaz", nomeadamente, para administração humana. Deve ser também observado que isso é normalmente considerado como um benefício in vitro, mas raramente confirmado claramente in vivo (Bickers D.R. et al., J. Invest. Dermatol. (2006), vol. 126, pp. 2565-2575).
De facto, além da complexidade estrutural de múlti-camadas da pele humana e, em consequência, um stress oxidativo expressando-se de um modo diferente, a substância antioxidante referida anteriormente deve combinar: 3 uma eficácia em relação à maior listagem possível de espécies oxigenadas reactivas EOR, em consequência, possuir um ampla gama de propriedades "anti-stress"; uma eficácia em relação a subprodutos tóxicos do stress oxidativo; uma reactividade ao contacto das EOR, de forma a não originar a formação de produtos de rearranjo tóxicos; uma penetração cutânea favorável (e, consequentemente, uma biodisponibilidade) a fim de poder atingir diferentes locais tecidulares cutâneos; finalmente, uma resistência aos sistemas hidrolíticos da pele (e, consequentemente, uma resistência à sua metabolização), que seja garantia de sua actividade in situ. A presente invenção foi desenvolvida no contexto da satisfação desta procura de produtos ou de preparações que permitam oposição aos efeitos destrutivos do stress oxidativo e dos seus subprodutos tóxicos o mais eficazmente possível, nomeadamente, nas camadas profundas da pele. A selecção do requerente recai, deste modo, sobre os derivados do heterociclo tiazolidina, em particular, sobre o composto 2-oxo-l,3-tiazolidina. As razões para essa selecção são múltiplas.
Em primeiro lugar, a estrutura e propriedades demonstradas pelo composto 2-oxo-l,3-tiazolidina constituíram uma 4 resposta vantajosa aos diferentes critérios referidos anteriormente, ilustrado por: uma penetração cutânea completamente favorável, revelada pela obtenção de um valor logarítmico do seu coeficiente de repartição ("Log P") comparável ao obtido para compostos reconhecidos como permeantes trans-estrato córneo (Arct J. et al., SOFW-J. (2003), vol. 129, pp. 2-9) (teste 1, abaixo); uma actividade antioxidante significativa no que respeita à sua capacidade de reagir dentro de uma grande listagem de moléculas EOR (constituídas por 02 -, H202 e 0H°, produzidos utilizando o par oxidante oxidase da xantina/hipoxantina) (teste 2 abaixo); - uma capacidade imprevista de neutralizar a espécie electrofílica altamente tóxica proveniente da peroxidação lipídica, do aldeído 4-hidroxinonenal ou "4-HNE" (testes 3 e 4, abaixo).
Em segundo lugar e é um outro aspecto importante da invenção, durante o seguimento do heterociclo 2-oxo-l,3-tiazolidina num meio oxidante aquoso contendo EOR e, em particular, peróxido de hidrogénio (um dos EOR mais tóxicos para os tecidos vivos), o requerente verificou, surpreendentemente, no que respeita a uma evolução quase quantitativa e na ausência de formas oxidadas intermediárias, que esse heterociclo produziu facilmente, desde a sua "colocação" sob condições oxidativas, o último produto de oxidação, estável, nomeadamente, a taurina (ver o teste 5 abaixo). Esse comportamento é bastante útil dado 5 que este garante uma ausência total de toxicidade dos subprodutos de reacção da 2-oxo-l,3-tiazolidina com H202, dado que a taurina é, de facto, um aminoácido presente naturalmente na pele. Além disso, o interesse cutâneo para formar a taurina encontra-se ainda mais reforçado presentemente, uma vez que esta é desde há pouco tempo considerada como um osmólito essencial na homeostase de queratinócitos submetidos a um stress "induzido por UV" (Jancke G. et ai., J. Invest. Dermatol. (2003), vol. 121, pp. 354-361). O composto 2-oxo-l,3-tiazolidina, como tal, não é um produto novo. No estado da técnica, pode ser constatada a sua síntese, a partir de aminoetanotiol e de carbonato de difenilo, de acordo com um processo e condições particulares, que proporcionam, de uma forma geral, uma reactividade química do tipo fosgénio, a diversos policarbonatos cíclicos provenientes da reciclagem de matéria plástica (Hata S. et ai., J. Appl. Polym. Sei. (2003), vol. 90, pp. 2959-2968). Por outro lado e tendo em perspectiva o estado da técnica levado ao conhecimento do requerente, não é conhecida qualquer aplicação cosmética ou dermatológica para, especificamente, este heterociclo sulfurado "2-oxo", nem mesmo uma ou mais propriedades referentes ao stress oxidativo para o seu análogo "tiono" na posição 2, em que, além disso, o requerente observou, também, a formação de taurina em condições oxidativas (ver o teste 5 abaixo). É no entanto de assinalar a existência do ácido 2-oxotiazolidino-4-carboxílico. Esse composto, por outro lado, constituiu em si, mas também alguns derivados éster ou amida, o objectivo de diversos e numerosos interesses em cosmética ou dermatologia: fotoprotecção (patentes FR 2877004 e FR 2854160), 6 combate à perda de cabelo (patente EP 0656201), agentes despigmentantes (patentes US 6063389 e US 6007827) ou descamantes (patente FR 2816838), etc. Na leitura da literatura referente à protecção da pele de uma forma geral, é divulgado um benefício cutâneo apenas decorrente de uma acção de estimulação das defesas naturais da célula e, mais particularmente, de uma acção estimulante sobre a síntese intracelular de glutationo. Além disso, esse composto não é um precursor da taurina. Finalmente, esse composto é estruturalmente diferente da 2-oxo-l, 3-tiazolidina, de forma a que este ensinamento não prenuncia os efeitos da 2-oxo-l,3-tiazolidina.
Deste modo, de acordo com um primeiro aspecto, e por essa dimensão plurifuncional "anti-stress" representada pelo comportamento do composto 2-oxo-l,3-tiazolidina num ambiente pró-oxidante, tal como o de uma pele submetida a um stress oxidativo, a presente invenção estende-se a uma composição cosmética compreendendo, em associação com qualquer excipiente compatível fisiologicamente com a pele e a título de ingrediente activo principal, o derivado de fórmula geral (I): ΛΛ
s 1 N3 - H C2' (I)
X em que X representa um átomo de oxigénio ou de enxofre, sendo o referido derivado, ou a referida composição, destinados a proteger a pele de qualquer stress produzindo radicais livres ou espécies reactivas de oxigénio. 7 0 composto preferido de fórmula (I) acima é tal que X representa um átomo de oxigénio. É retido, de um modo preferido, que as composições referidas acima são destinadas a proteger a pele contra um stress, cuja origem é seleccionada de entre radiações ultravioletas, poluição atmosférica, contacto com xenobióticos químicos ou atmosferas de fumo e, mais particularmente, radiações ultravioleta. A presente invenção visa prevenir e combater os sinais cutâneos resultantes desse stress, nomeadamente, contra as diferentes manifestações relacionadas com o envelhecimento da pele. Esta aplica-se, particularmente, ao domínio da fotoprotecção, no que se refere a: envolvimento actualmente comprovado do 4-hidroxinonenal ou "4-HNE" na apoptose de células submetidas a UV-A (Yang Y. et al. (2003), vol. 278, pp. 41-380-41388), combinado com a eficácia significativa referida acima do composto 2-oxo-l,3-tiazolidina em capturar esse aldeído tóxico; existência descrita de um stress "induzido por UV-A" na derme da pele e prejudicial para os constituintes proteicos da matriz extracelular (Wondrak G.T. et al., J. Invest. Dermatol. (2003), vol. 121, pp. 578-586), combinada com a disponibilidade tópica do referido composto 2-oxo-l,3-tiazolidina precisamente nessas camadas dérmicas e para além das suas características intrínsecas: ausência de funções químicas ionizáveis no pH fisiológico da pele, não-sensibilidade às hidrolases da pele, baixo peso molecular; 8 a avaliação experimental recentemente realizada pelo requerente sobre a eficácia do composto 2-oxo-l,3-tiazolidina em relação ao stress "induzido por UV-A ([teste 6] abaixo).
Mais particularmente, a referida composição é destinada a proteger a pele contra um stress "induzido por W" e o derivado de fórmula geral (I) é tal que X representa um átomo de oxigénio.
Vantajosamente, a quantidade do referido derivado de fórmula (I) na composição acima compreende entre 0,01 e 10% em peso, em relação ao peso total da composição, de um modo preferido, entre 0,05 e 5% em peso, de um modo ainda mais preferido, entre 0,5 e 5% em peso.
Pode-se referir, a título de exemplo de excipiente fisiologicamente compatível com a pele, um tensioactivo, um conservante, um corpo gordo, um corante, um emulsionante, um gelificante, um emoliente, um humidificante, um pigmento ou qualquer outro adjuvante normalmente utilizado em cosmética.
De acordo com um modo particular da invenção, com a finalidade de reforçar a actividade antioxidante ou anti-radicalar, a referida composição é susceptível de compreender, além disso, um outro elemento activo seleccionado de agentes antioxidantes, anti-radicalares e/ou anti-poluição normalmente encontrados no mercado, de tal forma que o efeito ligado intrinsecamente às composições de acordo com a invenção não seja alterado pela adição pretendida. Esses agentes antioxidantes, anti-radicalares ou anti-poluição presentemente no mercado podem ser: 9 vitaminas, tais como vitaminas C, E e D; enzimas, tais como dismutases do superóxido, catalases e peroxidases, com origem sintética, vegetal, animal, bacteriana ou recombinante por exemplo; compostos fenólicos, tais como, polifenóis (epigalocatequina-3-galato) e, nomeadamente, os flavonóides ácido ferúlico, silimarina, genisteina, apigenina e resveratrol.
Ainda de um modo opcional, a referida composição pode, igualmente, associar um filtro solar UV-A ou UV-B ou sua mistura, de natureza orgânica (derivados da benzofenona) ou inorgânica (óxidos metálicos) ou, ainda, um ingrediente activo cosmético com um efeito secundário, tal como um agente hidratante, um agente calmante, um agente pigmentante, um agente estimulante da sintese de macromoléculas epidérmicas e dérmicas e isto garantindo sempre que o referido activo cosmético e a sua quantidade estão presentes de uma forma tal que as propriedades da composição de acordo com a invenção não são alteradas pela adição pretendida.
As composições, de acordo com a invenção, são adaptadas para uma administração por via tópica cutânea e apresentadas sob todas as formas utilizadas normalmente para uma dessas administrações. De uma forma vantajosa, estas são formuladas sob a forma, por exemplo, de emulsões, creme, leite, gel, loção, etc. 10 A título de ilustração, são aqui referidos alguns exemplos de formulação da composição cosmética de acordo com a invenção, contendo os heterocíclicos 2-oxo-l,3-tiazolidina ou 2-tiono-l,3-tiazolidina referidos acima: Fórmula A (creme) 2-oxo-l,3-tiazolidina 1%
Poli-isobuteno hidrogenado 7%
Miristato de isobutilo 3%
Palmitato de cetilo 7%
Monoestearato de etilenoglicol 5%
Laurato de sorbitano 2%
Polissorbato 20 2%
Carbómero (copolimero de acrilato/acrilamida e óleo mineral) 0,3%
Fenoxietanol 0,5% Água qbp 10 0 % Fórmula B (gel) 2-tiono-l,3-tiazolidina 0,5%
Carbómero (copolimero de acrilato/acrilamida e óleo mineral) 1,5%
Benzoato de sódio 0,2% Ácido sórbico 1% 1,3-butanodiol 10%
Glicerina 5%
Hidróxido de sódio 0,13%
Fenoxietanol 0,9% Água qbp 100% 11 A invenção é ilustrada abaixo a titulo puramente indicativo, pelos testes seguintes referidos acima na descrição da invenção (testes 1 a 6) . É também de assinalar que os primeiros resultados de um estudo in vivo realizados em humanos estão, igualmente, em condições de ilustrar a utilização de derivados tiazolidina para as finalidades da presente invenção.
Teste 1: coeficiente de partição do composto 2-oxo-l,3-tiazolidina
Foram obtidos experimentalmente os valores do coeficiente de partição (Log P) n-octanol/água em conformidade com o protocolo descrito na linha directiva N° 107 da OCDE (adoptada em 27/07/1995) para os ensios em produtos químicos. O Log P do composto 2-oxo-l,3-tiazolidina, de acordo com a invenção, é comparado com o obtido para a cafeína e o etanol (tabela 1 abaixo).
Tabela 1
Composto Log P etanol -0,31 cafeína r- o o 1 2-oxo-l,3-tiazolidina 1 o > N3 --J O resultado obtido para a 2-oxo-l,3-tiazolidina é comparável ao obtido para os compostos permeantes trans-estrato córneo. 12
Teste 2: detecção do efeito antioxidante do composto 2-oxo-l,3-tiazolidina. a) medição da actividade de aprisionamento do radical hidroxilo (0H°) : 0 método, descrito por Rehman A. et ai. (British J. Pharmacol. (1997), vol. 122, pp. 1702-1706) é utilizado para a determinação da velocidade de constante de aprisionamento do radical hidroxilo [Ks(OH°)], sendo o composto 2-oxo-l,3-tiazolidina, de acordo com a invenção, comparado com uma molécula de referência, a taurina.
Experimentalmente, a substância testada é dissolvida num meio tamponado a pH 7,4, ao qual é adicionado um meio gerador de 0H°. Após uma hora de incubação, a 37 °C, a reacção é interrompida utilizando ácido tricloroacético. Após a adição de um revelador colorimétrico, o ácido tiobarbitúrico, é medida a absorvência a 532 nm, para diferentes concentrações, depois, é calculada a Ks(0H°) relativa para cada uma das substâncias. Os resultados são descritos na tabela 2a abaixo.
Tabela 2a
Composto Ks(OH°) (109.M-l.s-l) taurina 5,32 2-oxo-l,3-tiazolidina 13,52 13
Os resultados, juntando os valores médios obtidos de cinco experiências independentes evidenciam uma capacidade de aprisionar o radical hidroxilo (0H°) , para o composto 2-oxo-l,3-tiazolidina, muito significativamente superior à da taurina, mesmo superior ao ácido ascórbico (vitamina C) , para o qual a literatura refere uma Ks(OH°) de 10,1 Giga.M-l.s-1 (Cabelli D.E., J. Phys. Chem. (1983), vol. 87, pp. 1809-1812). b) medição do poder antioxidante "global" É utilizado o sistema de produção de EOR, descrito por Nowak D. et ai., (Biomed. Biochem. Acta (1991), vol. 50, pp. 265-272) envolvendo o par oxidase da xantina/hipoxantina, para a determinação do poder antioxidante "global". Este é caracterizado pela soma dos efeitos contra o anião superóxido, 02 -, peróxido de hidrogénio, H202 e radical hidroxilo, 0H° e é expresso pelo seguimento da percentagem de protecção de uma molécula de "detecção", a desoxirribose. 0 composto 2-oxo-l,3-tiazolidina, de acordo com a invenção, é igualmente comparado à taurina. Experimentalmente, a substância testada é dissolvida num meio tamponado a um pH de 7,5, adicionado de NaCl, MgC12 e CaC12. Após sua incubação a 37 °C, na presença do par oxidase da xantina/hipoxantina, EDTA e desoxirribose, a reacção é interrompida utilizando ácido tricloroacético. Após a adição de ácido tiobarbitúrico, é realizada uma medição da densidade óptica a 532 nm, expressa pelo seguimento em percentagem de protecção da desoxirribose (após comparação com um controlo). Os resultados são apresentados na tabela 2b, seguinte. 14
Tabela 2b
Composto % de Protecção taurina (20 mM) 19 2-oxo-l,3-tiazolidina (10 mM) 19 2-oxo-l,3-tiazolidina (20 mM) 25
Para o composto 2-oxo-l,3-tiazolidina, é deste modo observada uma protecção da desoxirribose superior à obtida com a taurina (protecção idêntica para uma concentração duas vezes menor) .
Teste 3: detecção da capacidade do composto 2-oxo-l, 3-tiazolidina de neutralizar a citotoxicidade do 4-hidroxinonenal. 0 estudo experimental foi realizado numa linha fibroblástica aderente de hamster designada "V79", mantida numa atmosfera húmida a 37 °C e C02 a 5%, depois, inoculada em placas de 96 poços na proporção de 0,5.104 células por poço. As células são, então, submetidas a um estado de stress, tóxico, com a substituição do meio de cultura por um meio contendo 4-hidroxinonenal (ou 4-HNE) numa concentração de 6 ppm, meio a que é adicionado, simultaneamente, o composto 2-oxo-l,3-tiazolidina de acordo com a invenção. A viabilidade celular dos fibroblastos é medida pelo método de incorporação do brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazólio (ou "MTT"). Os resultados, juntando os valores médios obtidos de três experiências independentes, são 15 apresentados na tabela 3 abaixo, em comparação com os obtidos para a N-acetil-cisteína a 2 mM, seleccionada como uma molécula de referência positiva (recuperação total da viabilidade celular em relação a um controlo e células não sujeitas a stress 4-HNE).
Tabela 3 % de viabilidade celular controlo 100 HNE 6 ppm 34 N-acetil-cisteína 2 mM 126 2-oxo-l,3-tiazolidina 0,1 mM 40 2-oxo-l,3-tiazolidina 1 mM 58 2-oxo-l,3-tiazolidina 2,5 mM 100
Os resultados da tabela 3 evidenciam, para o composto 2-oxo-l,3-tiazolidina de acordo com a invenção, uma viabilidade celular dependente da dose, assim como uma capacidade idêntica à de referência a proteger as células submetidas a um stress 4-HNE.
Teste 4: detecção do efeito anti-clastogénico do composto 2-oxo-l,3-tiazolidina, na presença de uma concentração genotóxica de 4-hidroxinonenal. 0 estudo foi realizado de acordo com as condições experimentais (inoculação) idênticas às apresentadas no teste 3 acima, com uma exposição da célula a um estado de "stress por 4-HNE", numa concentração genotóxica de 1 ppm, descrita (Eckel P.M., Molecular Aspects of Medicine (2003), vol. 24, 16 ρρ. 161-165), como produzindo quebras do ADN celular e a formação de micronúcleos (efeito clastogénico). 0 número de células micronucleadas é contado após a leitura de lâminas em microscópio de epifluorescência em 2000 células e após marcação com laranja de acridina (corante de ADN).
Os resultados, juntando os valores médios obtidos de duas experiências independentes, são apresentados abaixo na tabela 4, em comparação os obtidos para a N-acetil-cisteina a 2 mM seleccionada como molécula de referência positiva (número de células micronucleadas próximo do "controlo" ou referência não-exposto).
Tabela 4 N° de células micronucleadas/2000 células controlo 19 stress HNE 1 ppm 58 N-acetil-cisteína 2 mM 27 2-oxo-l,3-tiazolidina 5 mM 21 E deste modo observada, para o composto 2-oxo-l, 3-tiazolidina de acordo com a invenção, uma capacidade de prevenir o aparecimento de células micronucleadas induzido por um stress genotóxico 4-HNE. 17
Teste 5: detecçao "in tubo" da formaçao de taurina no contacto com uma solução de H202. São adicionados 4 equivalentes de uma solução de peróxido de hidrogénio (H202), ou seja, um pequeno excesso de espécies oxidantes em relação aos equivalentes teóricos necessários para uma conversão completa (100%) em taurina, a uma solução aquosa de derivados 2-oxo-l,3-tiazolidina ou 2-tiono-l,3-tiazolidina a 10% de acordo com a invenção, tamponada a pH 7,4 e a 37 °C. A evolução da mistura reaccional é, então, seguida por cromatografia liquida (HPLC equipado com detector de UV a 254 nm) , originando os resultados mostrados na tabela 5 abaixo e a detecção de uma formação quase exclusiva e quantitativa de taurina, após reacção dos derivados 2-oxo-l,3-tiazolidina ou 2-tiono-l,3-tiazolidina no contacto com H202 .
Tabela 5 taurina (% de formação a partir de 2-oxo-l,3-tiazolidina) taurina (% de formação a partir de 2-tiono-l,3-tiazolidina) 3 h 38 30 7 h 56 50 24 h 82 77 48 h 93 89
Teste 6 : detecção do efeito protector do composto 2-oxo-l,3-tiazolidina, na presença de um stress "induzido por UVA". O estudo foi realizado de acordo com as condiçoes experimentais (inoculação) idênticas às apresentadas para os 18 testes 3 e 4 acima, mas com uma exposição das células V79 à radiação Ultra violeta (λ 315-400 nm) , com uma dose moderada de 5J.cm-2 (stress "induzido por UV-A"). A formação de EOR intracelular é medida utilizando uma sonda fluorescente permeante "CMDCF" derivada da fluoresceina (10 pm, 15 min de incubação).
As percentagens de células CMDCF ditas "positivas" (células com formação intracelular de ROS) são apresentadas na tabela 6 abaixo, em comparação com células não irradiadas, depois com células tratadas com N-acetil-cisteina (controlo de referência) e diferentes concentrações do composto 2-oxo-l,3-tiazolidina.
Tabela 6 % de células CMDCF positivas Células não irradiadas 3 Células irradiadas 30 Células irradiadas + N-acetil-cisteína 5 mM 4 Células irradiadas + 2-oxo-l,3-tiazolidina 0,625 mM 24, 7 Células irradiadas + 2-oxo-l,3-tiazolidina 1,25 mM 15, 3 Células irradiadas + 2-oxo-l,3-tiazolidina 2,5 mM 12 Células irradiadas + 2-oxo-l,3-tiazolidina 5 mM 7,3 0 composto 2-oxo-l,3-tiazolidina, de acordo com a invenção, apresenta uma capacidade dependente da dose para proteger as células submetidas a um stress induzido por UVA e semelhante ao controlo de referência.
Lisboa, 22 de Fevereiro de 2012 19

Claims (10)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Composição cosmética, destinada a proteger a pele de qualquer stress gerador de radicais livres ou de espécies reactivas de oxigénio, compreendendo, em associação com qualquer excipiente fisiologicamente compatível com a pele e como principal ingrediente activo principal, um derivado de fórmula (I) : ΛΛ S* \
    H (I) em que X representa um átomo de oxigénio ou de enxofre.
  2. 2. Composição cosmética de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o derivado de fórmula (I) ser tal que X representa um átomo de oxigénio.
  3. 3. Composição cosmética de acordo com uma das reivindicações 1 e 2, caracterizada por o derivado de fórmula (I) estar presente numa quantidade compreendida entre 0,01 e 10% em peso, em relação ao peso total da composição.
  4. 4 . Composição cosmética de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por a quantidade do referido composto de fórmula (1' ) estar compreendida entre 0,05 e 5% em peso, em relação ao peso total da composição. 1
  5. 5. Composição cosmética de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada por compreender, além disso, um outro elemento activo antioxidante, anti-radicalar e/ou anti-poluição.
  6. 6. Composição cosmética de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por o referido outro elemento activo ser seleccionado de vitaminas, enzimas e compostos fenólicos.
  7. 7. Composição cosmética de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada por esta poder associar um filtro solar UV-A ou B orgânico ou inorgânico, ou sua mistura, ou ainda um activo cosmético com efeito secundário, tal como um agente hidratante, um agente amaciador, um agente pigmentante ou um agente estimulante da sintese de macromoléculas epidérmicas e dérmicas.
  8. 8. Composição cosmética de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada por esta ser formulada sob a forma de emulsões, creme, leite, gel, loção.
  9. 9. Composição cosmética de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada por o stress ser seleccionado de radiações ultravioletas, poluição atmosférica, contacto com xenobióticos químicos ou atmosferas de fumo. 2
  10. 10. Composição cosmética de acordo com a caracterizada por o stress consistii ultravioletas. Lisboa, 22 de Fevereiro de 2012 reivindicação 9, : em radiações 3
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