PT2031986E - Indução de tolerância a proteínas do ovo - Google Patents

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Nestec Sa
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Description

DESCRIÇÃO "INDUÇÃO DE TOLERÂNCIA A PROTEÍNAS DO OVO"
Campo da Invenção
Esta invenção refere-se à utilização de proteínas do ovo hidrolisadas para induzir tolerância oral a proteínas do ovo intactas em mamíferos susceptíveis de ser alérgicos a ovos.
Antecedentes da Invenção
Alergias alimentares, das quais a mais comum é a alergia ao leite de vaca, são causadas, na maioria dos casos, por uma reacção às proteínas presentes no alimento. Nos primeiros anos de vida, o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento e pode não ser capaz de reconhecer e tolerar essas proteínas da dieta. 0 resultado é que o bebé ou a criança ou o animal jovem trata a proteína da dieta como uma substância estranha e desenvolve uma reacção alérgica a ela. As alergias alimentares podem afectar não só os humanos, mas também outros mamíferos como cães e gatos.
As células T auxiliares desempenham um papel central na imunidade adaptativa. As células Thl são vitais para respostas imunes mediadas por células e as células Th2 promovem a imunidade humoral. As respostas de Thl e Th2 são contrarreguladoras, isto é, as citocinas produzidas por células Thl inibem a função de Th2 e vice versa. Demonstrou-se que a 1 resposta imune distorcida de Th2 é essencial para a manutenção da gravidez bem sucedida e também prevalece no momento do nascimento e durante os primeiros meses de vida. A exposição pós-natal aos antigénios microbianos induz de um modo preferido respostas Thl, que foi sugerido contrabalançarem a produção de citocina polarizada por Th2 em recém-nascidos. No caso de exposição microbiana inicial insuficiente, a produção de citocinas de tipo Th2 (IL-4, IL-5 e IL-13) é ainda mais propagada, levando à produção de IgE e, consequentemente, à doença alérgica. No entanto, este paradigma de Th2 rapidamente se revelou insuficiente para explicar toda a imunopatologia da doença atópica e recentemente foi colocada a hipótese de que em vez de um aumento da activação de Th2, as fases iniciais de doenças atópicas poderiam ser uma consequência da activação defeituosa das células T reguladoras (Treg). As células Treg são populações de células T pequenas capazes de induzir a tolerância imune. Foram descritos vários subconjuntos sobrepostos de células Treg (Th3, Trl, CD4+, CD25+) que expressam citocinas supressoras (IL-10, TGF-β). 0 fenómeno de tolerância oral é a capacidade pela qual a administração de antigénios pela via oral pode evitar respostas imunes sistémicas subsequentes ao mesmo antigénio administrado numa forma imunogénica. Se o mecanismo de tolerância oral não se desenvolver suficientemente, ou se houver uma avaria no estado fisiológico de tolerância a certos antigénios, isto pode resultar no desenvolvimento de reacções de hipersensibilidade. 0 mecanismo pode ser explicado como se segue: depois de um primeiro contacto com o alergénio, são produzidos anticorpos IgE e migram para a superfície de mastócitos e basófilos onde são ligados a receptores específicos. Após um segundo contacto com o alergénio, as IgE da superfície são reticuladas em mastócitos ou 2 basófilos levando à activação celular e libertação de mediadores químicos, incluindo histamina. Este fenómeno leva a efeitos patológicos, tal como a vasodilatação local ou sistémica.
Geralmente, a hipersensibilidade alimentar surge logo depois de um bebé, criança ou animal jovem susceptível, encontrar pela primeira vez um novo alimento. As primeiras proteínas da dieta geralmente encontradas pelos bebés humanos, pelo menos, são as proteínas do leite de vaca e, como referido acima, a alergia ao leite de vaca é a alergia alimentar mais comum. É geralmente aceite que os bebés com alergia estabelecida ao leite de vaca têm um risco aumentado de desenvolver alergias a outras proteínas da dieta, tais como proteínas do ovo e de cereais, mas mesmo os bebés que desenvolveram com sucesso tolerância oral a proteínas do leite de vaca podem posteriormente desenvolver alergias a outras proteínas da dieta, tais como proteínas do ovo e de cereais, quando estas são introduzidas na dieta aquando do desmame.
De um ponto de vista dietético, existem dois modos de tratar uma alergia instalada - ou têm de ser completamente evitados alimentos contendo o alergénio, ou os alimentos têm de ser tratados para reduzir o seu potencial alergénico, por exemplo, por hidrólise extensa. As fórmulas para lactentes contendo proteínas do leite de vaca extensamente hidrolisadas (péptidos consistindo em não mais do que cinco aminoácidos) são fabricadas para este fim.
No entanto, há necessidade de produtos que ajudem a reduzir o risco de desenvolver a alergia e promover o desenvolvimento de tolerância a proteínas intactas, particularmente em crianças que possam estar em risco da mesma (isto é, crianças que têm, pelo 3 menos, um parente próximo que sofre de uma alergia). Por exemplo, foi proposto alimentar proteínas do leite parcialmente hidrolisadas para induzir tolerância oral às proteínas do leite de vaca em lactentes. Fritsché et al. (J. Allergy Clin.
Immunol., Vol. 100, N° 2, páginas 266-273) demonstraram, utilizando modelos animais, que os hidrolisados enzimáticos de proteínas do leite de vaca com um grau de hidrólise de 18% foram capazes de induzir tolerância oral a proteínas do leite de vaca intacto, enquanto que os hidrolisados com um grau de hidrólise de 28% não foram. Os resultados destas experiências mostraram que a alimentação preventiva de ratos com essa fórmula de leite de vaca moderadamente hidrolisado, cuja alergenicidade tinha sido reduzida mais de 100 vezes em comparação com uma fórmula padrão, suprimiu IgE específica e a libertação de mediadores de mastócitos do intestino, ambos parâmetros de uma reacção alérgica de tipo imediato. Este trabalho demonstrou que para as proteínas do leite de vaca é possível definir um grau de hidrólise enzimática por meio do qual a capacidade dos péptidos para induzir tolerância oral é mantida, enquanto a sua alergenicidade é substancialmente reduzida.
Foram propostas várias outras abordagens para melhorar a indução de tolerância oral a proteínas do leite de vaca, incluindo a administração de probióticos como proposto no documento W02003/099037 ou a administração de um composto capaz de aumentar a actividade de COX-2, como proposto no documento W002/051437. No entanto, tem sido dada relativamente pouca atenção à indução de tolerância a outras proteínas da dieta que frequentemente provocam reacções alérgicas, tais como as proteínas do ovo. Na verdade, esta pode ser uma necessidade ainda maior dado que a alergia às proteínas do leite de vaca normalmente desaparece espontaneamente entre a idade de dois e 4 cinco anos, enquanto que alergia a proteínas do ovo é geralmente mais lenta a desaparecer e pode até persistir durante toda a vida. É portanto, um objectivo da presente invenção, proporcionar um método de indução de tolerância oral a proteínas do ovo.
Sumário da Invenção
Por conseguinte, a presente invenção proporciona a utilização de proteínas do ovo hidrolisadas enzimaticamente com um grau de hidrólise entre 15 e 28% no fabrico de uma composição para a indução de tolerância oral a proteínas do ovo num mamífero. A invenção estende-se a um método de indução de tolerância oral a proteínas do ovo através do fornecimento a um mamífero dela necessitado, de uma composição contendo uma quantidade terapêutica de proteínas do ovo hidrolisadas com um grau de hidrólise entre 15 e 28%.
Breve Descrição dos Desenhos A Figura 1 mostra a antigenicidade específica de OVA residual de hidrolisados de ovo. A Figura 2 mostra a alergenicidade reduzida num ensaio de desencadeamento de mastócitos funcionais. 5 A Figura 3 mostra a capacidade de diferentes hidrolisados de proteínas do ovo para suprimir uma resposta anti-proteínas do ovo específica de IgE. A Figura 4 mostra a capacidade de diferentes hidrolisados de ovo para subregular a activação de mastócitos intestinais. A Figura 5 mostra que as proteínas do ovo extensamente hidrolisadas são incapazes de suprimir uma resposta anti-proteínas do ovo específica de IgE ou de subregular a activação de mastócitos intestinais.
Descrição Pormenorizada da Invenção
Nesta descrição, os termos seguintes têm os seguintes significados: "grau de hidrólise" ou "DH" de uma proteína significa a quantidade de azoto em grupos NH2 livres dividida pela quantidade total de azoto (grupos NH e NH2) , expressa como uma percentagem. "tolerância oral" significa um estado activo de hiporresponsividade imunológica a antigénios administrados por via oral.
Todas as referências a percentagens são percentagens em peso, salvo indicação em contrário.
De um modo preferido, o grau de hidrólise está entre 18 e 25%, de um modo mais preferido, entre 23 e 25%. 6 A indução de tolerância oral bem sucedida a proteínas do ovo intactas utilizando proteínas do ovo hidrolisadas requer que seja atingido um equilíbrio entre a antigenicidade residual das proteínas hidrolisadas e a sua capacidade para induzir tolerância oral. Em geral, a antigenicidade residual das proteínas hidrolisadas deve ser, pelo menos, 100 vezes menor do que a das proteínas intactas.
Verificou-se que as proteínas do ovo hidrolisadas com um grau de hidrólise entre 20 e 28% têm uma alergenicidade que é reduzida por um factor de, pelo menos, 100 em relação a proteínas do ovo intactas, medida pela técnica descrita por Fritsché et al. (Int. Arch. Aller and Appl Imm., 93, 289-293, 1990) .
As proteínas do ovo podem ser hidrolisadas enzimaticamente por qualquer processo apropriado conhecido na técnica. Um exemplo de um processo de hidrólise apropriado é uma hidrólise enzimática em duas fases a partir de ovo inteiro líquido pasteurizado. O ovo líquido é aquecido até uma temperatura na gama de 60 a 65 °C durante cerca de 10 minutos, depois arrefecido a cerca de 55 °C. Uma protease, como a serina endoprotease bacteriana subtilisina (comercializada, por exemplo, sob a marca Alcalase®) , é adicionada e a mistura é mantida a cerca de 55 °C durante, pelo menos, duas horas, para efectuar uma hidrólise parcial. Em seguida, a temperatura da mistura é aumentada para 70 a 75 °C e aí mantida durante cerca de 10 minutos. A mistura é novamente arrefecida a cerca de 55 °C e adiciona-se uma quantidade adicional de enzima. A mistura é mantida a cerca de 55 °C durante, pelo menos, mais duas horas, para se obter o grau desejado de hidrólise. A temperatura é então aumentada para entre 85 e 95 °C e aí mantida por um 7 período até 30 minutos para inactivar as enzimas e terminar a hidrólise. O ovo hidrolisado líquido resultante pode ser utilizado neste estado ou pode ser seco por atomização, para produzir um produto em pó consoante preferido.
Uma composição adequada para utilização na presente invenção pode ser qualquer produto alimentar em que ovo inteiro é convencionalmente incorporado com o ovo inteiro substituído por ovo hidrolisado em que as proteínas do ovo têm um grau de hidrólise entre 20 e 28%. Pó de ovo hidrolisado produzido como descrito acima pode, por exemplo, ser utilizado no lugar de ovo inteiro em pó em receitas, tais como leite creme, quiches, pudim flan. Alternativamente, o pó de ovo hidrolisado pode ser reconstituído com água e utilizado para preparar pratos, tais como omeletes e ovos mexidos. O pó de ovo hidrolisado é um ingrediente especialmente adequado em alimentos para bebés e crianças pequenas, particularmente alimentos adequados para utilização nas fases iniciais do desmame. Mais uma vez, o pó de ovo hidrolisado pode ser utilizado no lugar do pó de ovo inteiro convencionalmente utilizado para preparar esses produtos.
Como observado acima, as alergias a proteínas da dieta não estão confinadas a humanos e o método da presente invenção também pode ser utilizado para induzir tolerância oral a proteínas do ovo noutros mamíferos, em particular animais de companhia, tais como cães e gatos. As proteínas do ovo hidrolisadas com um grau de hidrólise entre 15 e 28% podem, assim, ser também utilizadas para substituir ovo inteiro em alimentos para animais de companhia, especialmente alimentos destinados ao desmame de cachorros e gatinhos, por exemplo. A invenção vai agora ser adicionalmente descrita com referência aos exemplos seguintes.
Preparação de Hidrolisados de Ovo 0 material de partida foi ovo inteiro liquido pasteurizado, FT/OVO/0105 R, ABCD S.A., Avicole Bretonne Cecab Distribution (Ploêrmel, França).
Exemplo 1 30 kg de ovo inteiro liquido foram aquecidos a 65 °C durante 10 min, com agitação a 250 rpm. Após arrefecimento a 55 °C, adicionou-se 2% de enzimas Protamex® (lote PW2A1006, NOVOZYMES A/S Bagsvaerd, Dinamarca) e a mistura foi mantida a 55 °C durante 2 horas. Após este primeiro passo de hidrólise, adicionou-se 1% de enzimas Flavourzyme® 1000 L (lote 400904, NOVOZYMES A/S Bagsvaerd, Dinamarca) e a mistura foi aquecida a 75 °C durante 10 min. A mistura foi então arrefecida a 55 °c, adicionou-se mais Ί 2" ± o de enzimas Flavourzyme e a mistura foi mantida a 55 °C durante 2 horas Após este segundo passo de hidrólise, a mistura foi aquecida a 90 °C durante 30 min e depois seca por atomização para se obter um pó de ovo hidrolisado que foi acondicionado num saco de alumínio.
Exemplo 2 35 kg de ovo inteiro líquido foram aquecidos a 65 °C durante 10 min, com agitação a 250 rpm. Após arrefecimento a 9 55 °C, adicionou-se 5% de enzimas Protamex® (lote PW2A1006, NOVOZYMES A/S Bagsvaerd, Dinamarca) e a mistura foi mantida a 55 °C durante 2 horas. Após este primeiro passo de hidrólise, adicionou-se 1% de enzimas Flavourzyme® 1000 L (lote 400904, NOVOZYMES A/S Bagsvaerd, Dinamarca) e a mistura foi aquecida a 75 °C durante 10 min. A mistura foi então arrefecida a 55 °C, adicionou-se mais 4% de enzimas Flavourzyme e a mistura foi mantida a 55 °C durante 2 horas . Após este segundo passo de hidrólise, a mistura foi aquecida a 90 °C durante 30 min e depois seca por atomização para se obter um pó de ovo hidrolisado que foi acondicionado num saco de alumínio.
Exemplo 3 30 kg de ovo inteiro líquido foram aquecidos a 65 °C durante 10 min, com agitação a 250 rpm. Após arrefecimento a 55 °C, adicionou-se 10% de enzimas Alcalase® (lote 500357, NOVOZYMES A/S Bagsvaerd, Dinamarca) e a mistura foi mantida a 55 °C durante 2 horas. Após este primeiro passo de hidrólise, a mistura foi aquecida a 75 °C durante 10 min. A mistura foi então arrefecida a 55 °C, adicionou-se mais 10% de enzimas Alcalase e a mistura foi mantida a 55 °C durante 2 horas. Após este segundo passo de hidrólise, a mistura foi aquecida a 90 °C durante 30 min e depois seca por atomização para se obter um pó de ovo hidrolisado que foi acondicionado num saco de alumínio. 10
Produtos Contendo Ovo Inteiro Hidrolisado
Exemplo 4
Um exemplo dos ingredientes para um pudim de ovos doce contendo ovo hidrolisado é o seguinte:
Ingrediente 62,0 24,3 5, 5 2,5 4.0 2.0 0,7
Leite completo (3,5% de gordura) Água Açúcar Pó de ovo hipoalergénico Amido de milho Fécula de mandioca Aroma de baunilha 0 pudim pode ser feito por qualquer método adequado conhecido na técnica.
Exemplo 5
Um exemplo dos ingredientes para um pudim de ovos salgado contendo ovo hidrolisado é o seguinte:
Ingrediente Leite completo (3,5% de gordura) Água Cubos de cenoura congelados Pó de ovo hipoalergénico Amido de milho % 62,0 21,510,0 Fécula de mandioca 1,5 3.02.0 11 0 pudim pode ser feito por qualquer método adequado conhecido na técnica.
Exemplo 6
Um exemplo dos ingredientes para um produto de massa de ovo contendo ovo hidrolisado é o seguinte: % 70.6 21.6 5.9 1.9
Ingrediente Sêmola de trigo duro Água Pó de ovo hipoalergénico Óleo de girassol A massa pode ser feita por qualquer método adequado conhecido na técnica.
Antigenicidade Residual de Hidrolisados de Ovo A antigenicidade residual da proteína ovalbumina (OVA) nos hidrolisados dos Exemplos 1, 2 e 3 foi determinada por inibição por ELISA com um antissoro policlonal anti-proteína OVA de coelho. Poços de placas de microtitulação foram revestidos com 100 pL de OVA a 50 pg/mL em tampão carbonato-bicarbonato e incubados 24 horas a 4 °C. As placas foram lavadas 4 vezes em tampão PBS-Tween e os sítios reaccionais livres foram bloqueados pela adição de 200 pL/poço de gelatina de peixe (0,5% em PBS-Tween) . As placas foram incubadas 1 hora à temperatura ambiente (TA) e lavadas de novo 4 vezes em PBS-Tween. 12
Em tubos separados, 1 parte de uma preparação padrão de OVA ou amostra de ensaio é incubada durante 1 hora à TA, com 1 parte de anticorpo anti-proteina OVA de coelho (diluído 1:20000). Após a incubação, adiciona-se 100 pL desta mistura de inibição aos poços de microtitulação revestidos e bloqueados acima referidos e incuba-se durante 2 horas à temperatura ambiente. As placas foram lavadas 4 vezes em PBS-Tween. Adicionou-se então um conjugado marcado com peroxidase anti-coelho de cabra (0,1 mL de uma diluição 1:2000), as placas foram incubadas durante 1 hora à temperatura ambiente e lavadas 4 vezes em PBS-Tween. Adicionou-se substrato cromogénico (0,1 mL de O-fenileno-diamina). Após 15 minutos de incubação, leu-se a densidade óptica a 492 nm num leitor de placas de ELISA.
Os resultados estão apresentados na Figura 1 a partir da qual pode ser visto que a antigenicidade específica de OVA dos hidrolisados dos Exemplos 1 a 3 foi reduzida por um factor de mais de 10000 em comparação com proteína do ovo intacta.
Alergenicidade Residual de Hidrolisados de Ovo
Um ensaio in vitro funcional de libertação de serotonina tritiada a partir de mastócitos de rato sensibilizados foi utilizado para determinar a alergenicidade dependente de IgE de uma molécula antigénica (OVA) como previamente descrito (Fritsché et al., J. Allergy Clin. Immunol., Vol. 100, N° 2, páginas 266-273) . Resumidamente, os mastócitos foram obtidos de ratos Sprague-Dawley normais por lavagens peritoneais em meio de Dulbecco modificado por Eagle contendo soro fetal de vitelo a 10%. As células foram lavadas neste meio e mantidas de um dia 13 para o outro a 4 °C. Após duas lavagens em tampão de fosfato-HEPES-gel atina de peixe (PHG) pH 7,0, as células foram ressuspensas no mesmo tampão a 5xl05 células/mL e diluídas com um volume de soro de rato rico em anticorpos IgE anti-OVA contendo 5 pCi/mL de 3H serotonina. Após incubação a 37 °C durante 2 horas, as células foram novamente lavadas três vezes em PHG e ressuspensas em PHG a 2,5 x 105 células/mL. Os mastócitos sensibilizados foram distribuídas em placas de microtitulação (0,1 mL/poço) e misturou-se a 0,05 mL de diluições em série de proteínas do ovo hidrolisadas produzidas de acordo com o Exemplo 2 (1/10 a partir de 10 mg/mL). A mistura foi incubada durante 60 minutos a 37 °C e centrifugada. Uma alíquota (0,05 mL) do sobrenadante foi misturado com 2 mL de fluido de cintilação e a libertação de 3H foi medida utilizando um contador β da Packard.
Os resultados estão apresentados na Figura 2 a partir da qual se pode verificar que o ovo hidrolisado tinha uma alergenicidade muito reduzida (25 pg de OVA/g de equivalente de proteína) e que este valor baixo foi mantido quando o ovo hidrolisado foi incorporado numa sobremesa do tipo flan.
Indução de Tolerância Oral a Proteínas do Ovo por Alimentação de Hidrolisado de Proteína do Ovo A capacidade de indução de tolerância oral de produtos do ovos foi investigada utilizando um modelo de rato in vivo. A seis grupos de ratos Sprague-Dawley (6 animais/grupo) alimentados com uma dieta isenta de proteínas do ovo foram dadas diferentes proteínas de ovo líquido/hidrolisados de ovo experimentais ou água (controlo) ad libitum em garrafas de beber e uma dieta sólida de pastilhas isentas de proteínas de ovo dos 14 dias 1 a 19 da experiência. Aos animais foram dados os seguintes produtos:
Grupo A, ovo inteiro em pó (20 g/L);
Grupo B, pó de ovo hidrolisado do Exemplo 3 (120 g/), DH 25%;
Grupo C, pó de ovo hidrolisada do Exemplo 2 (120 g/L) DH 23%;
Grupo D, pó de ovo hidrolisado do Exemplo 1 (120 g/L) DH 20%;
Grupo E, pó de ovo hidrolisado ultrafiltrado do Exemplo 3 (120 g/L) DH 31%;
Grupo F, H2O (controlo). O pó de ovo hidrolisado ultrafiltrado administrado ao Grupo E foi obtido como se segue. O substrato de ovo líquido hidrolisado, obtido no Exemplo 3, foi microfiltrado utilizando um módulo de filtração (Sefiltec, FBF 0102) com um filtro de saco de 100 pm (PGF 51 E 02) . Depois deste passo de microfiltração, o permeado foi ultrafiltrado utilizando um módulo UF caseiro feito com membranas de 4000 Daltons (ES404, PES, 4000 MWCO, PCI Membrane Systems) . O permeado foi então liofilizado. O azoto total nos hidrolisados foi determinado pelo procedimento de Dumas (método Cario Erba). O grau de hidrólise foi determinado pelo método TNBS de acordo com Adler-Nissen (J. Agric. Food Chem. 1979 27: 1256-1262). 15
Todos os ratos foram imunizados no dia 5 da experiência por injecção subcutânea de 0,1 mg de ovalbumina + 0,2 mL de 3% de Al (OH)3. No dia 19, todos os animais foram mortos. Foi recolhido sangue e os soros foram analisados para detecção de anticorpos IgE específicos (anti-Ovalbumina) por ELISA, como descrito anteriormente (Fritsché R., Bonzon M. Int. Arch. Allergy Appl. Immunol. 1990; 93:289-93). Resumidamente, placas de microtitulação foram revestidas com OVA durante 24 horas a 4 °C. As placas foram lavadas com PBS Tween 20 e saturadas durante 1 h com gelatina de peixe. Depois da adição dos soros de teste diluídos em série (1/2) e incubação durante 2 h, adicionou-se um anti-soro anti-IgE de rato de ovelha. Após 1 hora à temperatura ambiente, um segundo anticorpo marcado com peroxidase foi adicionado durante 1 hora, seguido pelo substrato (o-fenileno-diamina). A densidade óptica de uma combinação de soro normal de rato numa diluição de 1:5 a 492 nm foi considerada como fundo não específico. Concentrações de anticorpos específicos foram expressas como diluições máximas de soros de teste acima deste valor. A protease de mastócitos de rato (RMCPII) é libertada no sangue após activação mediada por IgE dos mastócitos intestinais. O desafio oral para libertação de RMCPII é uma medida da sensibilização de IgE ou tolerização ao nível dos mastócitos intestinais. Os níveis de RMCPII são determinados com um kit de ELISA comercial (Moredun Animal Health Ltd., Edimburgo, Escócia) com base no princípio do ensaio em sanduíche em que o revestimento da placa é feito com um anticorpo monoclonal anti-RMCPII, seguido pela adição de soro de teste e um segundo anticorpo policlonal anti-RMCPII de ovelha acoplado a peroxidase de rábano. 16
Os resultados estão apresentados nas Figuras 3, 4 e 5. A partir da Figura 3 pode ver-se que os hidrolisados de proteína do ovo dos Exemplos 1 a 3 são capazes de suprimir uma resposta específica de IgE anti-proteína de ovo quando administrados aos animais durante 19 dias ad libitum em comparação com o controlo não tolerizado, Grupo F) , que induziu altos níveis anticorpos
IgE anti-ovo. Ma is precisamente, os níveis de IgE ant i- OVA (expressos como log dos títulos de anticorpos) foram como se segue: Grupo A, 4 + /- 1,1; Grupo B, 4,1 +/- 0,9; Grupo c, 3,3 +/- 1,1; Grupo D, 4,1 +/- 2,0; Grupo F, 6, 1 +/- 0,3. Ao comparar os grupos, todos os grupos A a D sao significativamente diferentes (p <0,05) do grupo F (controlo). A Figura 4 mostra também que a activação dos mastócitos intestinais está subrregulada nos Grupos A, B, C e D, mas não no grupo F (controlo) . Os valores, expressos em yg de RMCPII/mL, são os seguintes: Grupo A, 0 +/- 0,0; Grupo B, 0,6 +/- 1,0; Grupo C, 1,2 +/- 1,7; Grupo D, 0,6 +/- 0,8; Grupo F, 2,8 +/- 0,7. Ao comparar os grupos, todos os grupos A a D são significativamente diferentes (p <0,05) do grupo F (controlo). A Figura 5 mostra que as proteínas do ovo extensamente hidrolisadas alimentados ao Grupo E não induziram tolerância oral a OVA, como medida pela supressão de uma resposta específica de IgE anti-proteínas do ovo ou a subregulação da activação de mastócitos intestinais: os níveis de IgE anti-OVA e RMCPII não são diferentes dos valores obtidos para o grupo de controlo.
Lisboa, 12 de Abril de 2013 17

Claims (5)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Utilização de proteínas do ovo hidrolisadas enzimaticamente com um grau de hidrólise entre 15 e 28% no fabrico de uma composição para a indução de tolerância oral a proteínas do ovo num mamífero.
  2. 2. Utilização da Reivindicação 1, em que o mamífero é um ser humano.
  3. 3. Utilização da Reivindicação 2, em que a composição é um alimento de desmame para um bebé.
  4. 4. Utilização da Reivindicação 1, em que o mamífero é um animal de companhia, tal como um gato ou um cão.
  5. 5. Utilização de qualquer das reivindicações anteriores, em que o grau de hidrólise está entre 23 e 25%. Lisboa, 12 de Abril de 2013 1
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