PT1966059E - Acessório para recipiente de bebida - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "ACESSÓRIO PARA RECIPIENTE DE BEBIDA"

Campo técnico A presente invenção refere-se a acessórios para recipientes para bebidas ou a tampas para garrafas de bebidas do um tipo conhecido como sejam as tampas para a prática de desporto ou as tampas de libertação de pequenas quantidades que são concebidas de modo a permitirem que um consumidor beba "em movimento" a partir de um recipiente no qual a tampa se encontra colocada.

Tais tampas apresentam uma base que se encaixa no gargalo de um recipiente. A base proporciona um revestimento destinado a prender um bocal ou uma saída que definem um orifício para beber. 0 bocal encontra-se configurado de modo a ser acolhido no interior da boca de um consumidor e a acção de beber é realizada através da combinação da sucção do bocal e do aperto da garrafa. Técnicas anteriores Há várias considerações que são significativas na concepção de tais tampas. Estas considerações incluem o fecho do recipiente fora da fábrica; o custo e peso da tampa e do recipiente; o custo, a complexidade e a eficácia do molde necessário para o fabrico da tampa; a cobertura do bocal quando este não se encontra a ser usado, as provas da adulteração; e os assuntos relacionados com a eliminação dos detritos e os riscos de sufocamento provocados pelas pequenas peças removíveis. 2

As concepções presentemente existentes de tais tampas podem ser classificadas pelo número de peças na moldagem.

As concepções mais comuns constituídas por três partes apresentam uma base que é enroscada ao gargalo do recipiente e que faz a vedação do mesmo por intermédio de uma válvula interna. 0 bocal é uma embocadura móvel (habitualmente de cor branca) que pode ser puxada para cima de modo a abrir um orifício de beber. 0 fecho é conseguido empurrando de novo a embocadura para baixo. A embocadura funciona, deste modo, tanto com a função de um bocal como com a função de uma válvula de beber que se desloca para cima e para baixo. Esta concepção de empurrar e puxar apresenta habitualmente uma tampa ou cobertura contra o pó que pode ser destacada e que se encontra ligada à base por intermédio de uma região quebradiça e proporciona uma cobertura da embocadura em forma de abóbada. Quando é removida, esta cobertura leve é deitada fora. Muito embora esta tampa possa voltar a ser fechada pelo consumidor, deixa a embocadura exposta. Existem ainda problemas consideráveis com tais tampas pois os consumidores tendem a abrir a válvula de beber puxando-a com os dentes. Isto estimula os consumidores a mastigarem a embocadura, o que resulta em danos. Como a base pode ser desenroscada da tampa, os recipientes são muitas vezes usados de novo. A utilização repetida de uma tampa danificada pode resultar no risco de a embocadura se separar e criar um risco de sufocamento.

Estas tampas podem ser colocadas em gargalos convencionais. Uma faixa que prova a adulteração envolve o fundo da base de um modo conveniente. Como o recipiente não pode ser cheio de novo através do bocal, esta faixa tem de ser 3 removida de modo a permitir que o recipiente seja cheio de novo. Os sistemas de prova de adulteração que prendem a base ao gargalo da garrafa impedem, deste modo, que os consumidores voltem a usar o recipiente. O documento WO 03/051734 A (ALTO PLASTICS LIMITED) 2003-06-23 descreve uma tampa de desporto ou uma tampa de gotejamento deste tipo genérico que tem uma folha presa termicamente através de indução ao gargalo de modo a proporcionar a vedação à saida da fábrica ao invés de uma vedação dependente da válvula no interior da base para fazer a vedação de encontro ao interior do gargalo. Isto reduz a complexidade da moldagem da base mas requer uma construção que perfure a vedação. Nesta tampa de gotejamento a embocadura é empurrada para baixo de modo a perfurar a vedação abrindo a válvula de beber.

Este primeiro tipo de tampa é relativamente pesado e como resultado da sua concepção e construção complexas, tem uma produção dispendiosa pois requer três moldes separados e uma fase de montagem constituída por duas etapas. Esta concepção também tem como resultado tampas superiores deitadas fora/perdidas.

Um segundo tipo de concepção de tampa tem duas peças e não apresenta uma válvula de beber na embocadura mas apresenta uma abertura articulada com uma válvula pendente formada na superfície superior de modo a engatar-se no interior de uma abertura existente no bocal de modo a proporcionar as capacidades de fecho e de fecho repetido. De modo a permitir que a válvula saia da parte de cima da embocadura à medida que a tampa é fechada, encontra-se presente uma grande articulação flexível. A tampa é moldada como sendo 4 um componente separado e é necessária uma etapa de montagem. Esta concepção deve também incluir um mecanismo destinado a permitir que as peças sejam unidas de modo a que não possam ser separadas. Estas características tornam os moldes mais dispendiosos e menos eficazes e aumentam o custo das peças moldadas. Uma tal concepção foi adoptada para ser usada nas tampas de desporto das garrafas de HIGHLAND SPRING® 750ml PET, que têm sido distribuídas desde Março de 2005. A tampa de cobertura está presa à base através de uma região quebradiça com uma pequena porção que pode ser rasgada de modo a iniciar o processo de separação. É desejável que a pequena porção permaneça agarrada à base de modo a evitar a sujidade.

Tal como antes, a base tem uma válvula interna e é enroscada no gargalo, impedindo deste modo quaisquer economias de peso no recipiente ou no fecho.

Um exemplo deste tipo de fecho com duas peças em que a tampa se encontra moldada numa posição fechada está ilustrado em US 2005116382 A (NUSBAUM PHILIPPE (FR); CELERIER YANNICK (FR); LE CAM JEREMY (FR)) 2005-06-02 ou em WO 2004/007313 A (BERICAP) 2004-01-22.

De modo a simplificar o processo de moldagem e a permitir o uso de um molde único, um terceiro tipo de concepção com uma tampa articulada é moldada numa posição aberta. Ver por exemplo EP 1364886 A (BERICAP) 2003-11-26. 5

Um exemplo deste tipo de concepção foi usado em 2005 no recipiente EVIAN® ACTION 750 ml PET. O molde é relativamente complexo e, como tal, a sua produção é dispendiosa. Como a tampa é moldada na posição aberta torna-se necessário um braço de um autómato mecânico de modo a fechar as tampas. Isto faz aumentar o tempo do ciclo da operação de moldagem e torna-o relativamente ineficaz. A tampa é ainda enroscada ao gargalo e fechada por uma válvula. Um meio eficaz de detecção de adulteração na tampa superior é difícil com este tipo de concepção. Uma faixa de rasgar encontra-se presente na base desta tampa de EVIAN® ACTION e faz a interligação com as projecções numa orla da tampa superior de um modo que evita a abertura da tampa sem que se verifique a prévia remoção efectuada pelo consumidor. No entanto a faixa não se encontra fisicamente presa tal como em concepções de prova de adulteração anteriores. Muito embora seja difícil voltar a arranjar as peças se a tampa estiver aberta sem em primeiro lugar remover a faixa, isto pode ser feito com cuidado. A faixa de rasgar cria ainda um problema relacionado com o lixo.

Problema Técnico

Todas as concepções existentes apresentam por resolver o problema técnico de permitir a redução de peso no gargalo do recipiente. De um modo adicional, uma grande percentagem do peso do fecho encontra-se na base que é volumosa.

Seria também desejável proporcionar uma concepção que use um molde que seja de produção económica e que possa funcionar a velocidades elevadas ao mesmo tempo que proporciona aos consumidores a segurança de uma prova 6 fiável da existência de adulteração na tampa superior em combinação com a capacidade de voltar a fechar.

Solução Técnica A presente invenção proporciona, deste modo, um fecho para um recipiente que compreende um revestimento externo que define uma base adaptada para ser colocada no gargalo de um recipiente e uma tampa superior que se encontra presa à base por intermédio de um elemento de adulteração que pode ser removido; um bocal separado que define um orifício de beber montado no interior do revestimento externo; e uma folha de fecho térmico de indução; caracterizado por a folha ser soldada com a forma de uma coroa circular à base e ao bocal; e por a tampa superior ter uma vedação de válvula que pende de uma superfície interna de modo a engatar-se com, e vedar o, orifício de beber.

As características do preâmbulo da presente invenção encontram-se descritas em combinação por Alto Plastics Limited, acima referida. As vantagens da presente invenção são melhor realizadas por moldagem do bocal separadamente ao mesmo tempo que se mantém a base a tampa superior numa peça única.

De um modo preferencial a folha proporciona meios por intermédio dos quais a base pode ser soldada ao gargalo do recipiente, mas caso se deseje a base pode apresentar uma saia roscada convencional de modo a que possa ser usada com um recipiente convencional apresentando um acabamento de gargalo de PCO. 7

De um modo preferencial o bocal apresenta uma parede de válvula adaptada para se apoiar no interior de um gargalo de um recipiente. Isto é, em particular, vantajoso quando a tampa de desporto se destina a ser colocada num recipiente cujo conteúdo se encontra sob pressão.

Efeitos Vantajosos

Alto não conseguiu produzir uma tampa de desporto de baixo custo. Ao usar duas partes simples que são facilmente montadas e presas uma à outra por intermédio de uma etapa de união, a invenção oferece em simultâneo soluções para todas as considerações de concepção discutidas no parágrafo [0003] mais acima. Ao fazer a base e a tampa superior numa peça única, consegue ser assegurada uma vedação fiável à prova de fugas sem que se torne necessário um molde exacto. A eliminação de uma base roscada e de uma vedação interna significam que a base da tampa de acordo com a presente invenção seja muito mais fácil de moldar e possa ser relativamente leve. De um modo adicional podem ser proporcionadas mais poupanças em termos de peso através da eliminação do gargalo roscado do recipiente. A faixa de adulteração em torno da tampa superior é de preferência só parcialmente removível de modo a evitar a formação de lixo. Como a tampa superior é de preferência retida por meios articulados de forma a que o orifício de beber possa ser fechado de novo, as questões relacionadas com a formação de lixo são minimizadas. A tampa de desporto de acordo com a presente invenção pode ser moldada em Polietileno (PE), em Polipropileno (PP) incluindo OPP, ou em plásticos que se decompõem provenientes de culturas como sejam a do PLA (ácido poliláctico). É também possível fazer o bocal em PET. Isto não é, actualmente, possível com as concepções de acordo com as técnicas anteriores em que os bocais são actualmente moldados como sendo parte de uma base. 0 PET é demasiado quebradiço para remover uma base de um molde sem que a base seja rodada para fora do molde, o que tem um custo elevado em termos de capital e em termos do custo do ciclo de produção. Estas sugestões de material não se destinam a eliminar o uso de outros plásticos não indicados, ou de outro plástico como seja o nylon, ou o PVC ou outros para o bocal.

Breve Descrição dos Desenhos

De modo a que a invenção possa ser bem compreendida serão agora descritas algumas das suas formas de realização, somente a título exemplificativo, sendo feita referência aos desenhos em diagrama que se encontram em anexo em que: A Figura 1 ilustra uma vista desmontada dos componentes de uma primeira forma de realização da tampa; A Figura 2 ilustra uma vista no plano da tampa de acordo com a Figura 1; A Figura 3 é um corte transversal vertical ao longo da linha A-A da Figura 2; A Figura 4 é uma vista em perspectiva da tampa após ter sido aberta; 9 A Figura 5 é uma vista em corte transversal vertical através de uma tampa montada de acordo com uma segunda forma de realização da invenção; A Figura 6 ilustra uma vista desmontada dos componentes da tampa da Figura 5; A Figura 7 ilustra uma secção transversal vertical através de uma tampa montada de acordo com uma terceira forma de realização da invenção; e A Figura 8 ilustra uma secção transversal vertical similar à Figura 3 de uma quarta forma de realização da tampa.

Melhor Forma de Realização da Invenção A tampa 2 é montada a partir de um revestimento externo 4, de um bocal de embocadura 6, e uma coroa de folha 8. A tampa 2 é montada num gargalo aberto 10 de um recipiente 12. O revestimento externo 4 é montado como sendo um elemento único. É constituído por uma base 14 que suporta uma parede cilíndrica vertical 15. Uma tampa superior 16 está ligada à parede 15 por intermédio de um elemento de adulteração removível 18 colocado no interior de uma junta enfraquecida em forma de coroa 19, entre uma parte superior da parede 15 e uma orla inferior da tampa superior 16. A base 14 tem uma saia 20 que apresenta uma série de projecções internas 22 espaçadas que lhe permitem encaixar-se sobre uma saliência 24 que se projecta para o exterior num rebordo de um gargalo 10 de um recipiente. 10 A saia 20 pende de uma placa de base anelar 26, a qual cobre uma porção externa da abertura do gargalo 10 e apresenta uma abertura circular 30 envolvida pela parede cilíndrica 15. Uma formação de articulação 32 liga de um modo permanente a parede cilíndrica 15 à tampa superior 16. A articulação 32 é uma faixa que se prolonga a partir da parte de baixo da junta enfraquecida 19 e que se funde com uma parede lateral da tampa superior 16. O comprimento da articulação está concebido de modo a permitir a abertura e o fecho fáceis da tampa superior sem que haja interferência com o bocal 6. O elemento de adulteração 18 é uma secção oval removível com uma aba livre 38. O elemento removível 18 está unido numa orla inferior 36 à parede cilíndrica 15 e numa orla superior 34 à tampa superior 16. Estas ligações são proporcionadas por intermédio de uma região quebradiça. A aba 38 projecta-se levemente acima do elemento de adulteração de modo a permitir que o utilizador puxe a aba para a frente e comece a rasgar ao longo das regiões quebradiças. A aba 38 e uma porção libertada do elemento de adulteração 18 podem ser retidas com a base limitando a extensão da região quebradiça na orla 34 ou na orla 36. Como o revestimento 4, que compreende a base 14, a parede 15 e a tampa superior 16, é moldado constituindo uma peça única com o elemento de adulteração 18, não se torna essencial ter uma grande exactidão na moldagem pois todas as peças se encontram já moldadas através de uma membrana de plástico pelo que não há possibilidade de ocorrência de f ugas. Caso as peças tenham de ser encaixadas umas nas outras de um modo estanque, elas terão de ser moldadas com uma exactidão muito superior. 11

Uma vedação 42 de válvula cilíndrica pendente projecta-se a partir de uma superfície interna 44 da tampa superior 16. 0 revestimento externo pode ser moldado por injecção a partir de materiais plásticos como sejam o polietileno (PE), o polipropileno (PP) incluindo o OPP (polipropileno orientado - uma variante de ensaio do PP que é translúcido como o PET mas muito mais barato), ou os materiais plásticos que se decompõem provenientes de culturas como sejam o PLA (ácido poliláctico) . Se for necessária uma tampa de desporto que proporcione uma barreira aos gases, então o revestimento externo será feito de um material de barreira. 0 bocal 6 é um molde separado tendo uma parte de ligação 50 destinada a engatar-se com o revestimento externo 4 e uma peça de embocadura que define um orifício de beber 52. O bocal é oco. O formato externo da embocadura pode ser configurado de modo a tornar confortável o encaixe com a boca, tal como acontece com as embocaduras de acordo com as técnicas anteriores. O orifício de beber 52 é configurado de modo a corresponder com a vedação de válvula 42 e proporciona tanto uma vedação à saída da fábrica como uma capacidade para voltar a fechar. A peça de ligação 50 é uma terminação anelar 54 que se projecta a partir de uma orla inferior da parede externa do bocal 6. A terminação 54 assenta de encontro à placa de base 26 com a parede do bocal a encaixar-se, de um modo justo, no interior da parede cilíndrica 15. Uma parede de válvula (não ilustrada) adaptada para se encaixar no interior de um gargalo de um recipiente pode pender-se a 12 partir do rebordo externo da terminação 54. Esta variação encontra-se ilustrada na Figura 7. 0 bocal 6 é de preferência feito a partir de qualquer um dos materiais plásticos sugeridos para o revestimento externo ou de PET pois o molde é um formato simples e pode ser facilmente removido apesar de se quebrar facilmente. 0 bocal pode ter uma camada de álcool de etileno-vinilo (EVOH) embutida no seu interior. 0 EVOH proporciona uma boa barreira ao gás. No entanto, o bocal 6 não precisa de ser feito de qualquer material de barreira de modo a produzir uma tampa de desporto de barreira. É somente essencial que tenha o revestimento externo 4, ou seja a base 14, a parede 15 e a cobertura 16 feito de um material de barreira.

Uma folha 8 em forma de coroa circular completa a tampa 2. A folha em forma de coroa circular é destacada de uma fina folha de alumínio revestida em cada uma das suas superfícies com um revestimento de plástico que é compatível com o material plástico dos componentes aos quais vai ser soldada por vedação térmica por indução. Isto encontra-se descrito na técnica como sendo folha (IHS) de vedação térmica por indução de dois lados. A folha em forma de coroa circular 8 apresenta uma orla circular 58 dimensionada de modo a encaixar-se dentro da placa de base 26 e, possivelmente, a prolongar-se ainda parcialmente para baixo através de um dos lados de dentre da saia 20 da base 14 caso se deseje soldar a folha a uma parede lateral do recipiente de acordo com o descrito em WO 03/062061 A (SPRECKELSEN MCGEOUGH LTD) 2003-07-31. 13

Uma abertura 60 é destacada de um disco circular de folha numa posição que corresponde com a posição da abertura circular 30 da placa de base 26.

Montagem

De modo a montar a tampa a partir do revestimento externo moldado 4 e do bocal de acordo com o acima descrito, a coroa circular de folha 8 é destacada a partir de uma folha e deixada cair sobre a base 14 do revestimento externo invertido 4. 0 bocal 6 é então inserido ou deixado cair através da abertura 30 na placa de base 26 da base 14 do revestimento externo 4 até que a válvula 42 se engate com, e prenda o, orifício de beber 52. A folha de coroa circular 8 é então presa entre a terminação 50 e a placa de base 26 com uma parte externa da coroa circular exposta entre uma orla externa da terminação 50 e uma parede da saia 20. A tampa é então submetida a calor de indução de modo a prender a folha 8 à placa de base 26 e solda o revestimento externo e o bocal um ao outro, em que a terminação 50 passa por cima da placa de base 26. A terminação 50 pode ser fina e concebida de modo a ser sacrificial e derretida sobre a orla 60 da folha ou, se mais espesso, deve terminar suficientemente perto da saia 20 de modo a permitir que um gargalo do recipiente seja colocado em contacto com a folha 8 de modo a ser soldado à mesma. Esta concepção elimina a necessidade de curvar uma parede sacrificial sobre a orla interna 6 0 da folha tal como na segunda forma de realização. O fecho montado pode ser então soldado ao gargalo de uma garrafa através de uma operação separada de vedação térmica por indução. 14

Muito embora tenha sido descrito o uso da folha de coroa de formato circular 8 de modo a prender o bocal 6 à base 14, pode observar-se que os componentes podem ser concebidos de modo a que o bocal se encaixe por intermédio de pressão na base. A folha 8 seria então somente necessária para prender a base a uma garrafa ou a outro recipiente. A tampa 2, da forma que se encontra montada, está completamente vedada e pode ser fornecida a uma fábrica de engarrafamento e ser esterilizada antes de ser montada num recipiente. Pode notar-se que a presença da folha 8 significa que o recipiente não precisa da formação de gargalo roscada normal pois a tampa é de preferência presa ao recipiente através de uma segunda operação de soldagem. No entanto, esta tampa pode ser encaixada num recipiente não modificado com uma saia 20 concebida de um modo adequado. Ver Figura 8.

Quando o recipiente se destina a fluidos pressurizados pode ser necessário colocar uma folha na saia 20 de modo a fazer a sua soldagem a uma parede de uma garrafa PET. Para garrafas PET destinadas a água sem gás, a força de soldagem proporcionada por uma solda na saliência 24 no rebordo do recipiente pode ser suficiente.

Segunda Forma de Realização

Uma segunda forma de realização da tampa encontra-se ilustrada nas Figuras 5 e 6 (em que os números de referência idênticos são usados para partes afins). Esta concepção é a mesma da primeira forma de realização com 15 excepção da peça de ligação 50 na base do bocal 6, da base do revestimento externo 4 e do método de montagem.

Nesta forma de realização a tampa superior 16 encontra-se ligada à base 14 por intermédio de uma faixa de adulteração 18. A base 14 tem uma saia 20 que termina numa borda 22 adaptada para se encaixar com pressão sobre uma saliência 24 que se projecta para o exterior num rebordo de um gargalo 10 de um recipiente. A saia 20 pende de uma placa de base anelar 26 que cobre uma parte externa da abertura do gargalo 10. Nesta forma de realização a placa 26 é escalonada de modo a definir uma reentrância interna 28. Muito embora uma placa de base em forma de coroa circular e com uma largura uniforme se encontre ilustrada na Figura 5, deve notar-se que uma abertura circular 30 na placa de base que acolhe o bocal 6 pode estar desfasada para um dos lados de modo a que se torne mais fácil o seu alcance por acção do comprador.

Uma formação de articulação 32 liga de um modo permanente a base 14 à tampa superior 16. A articulação 32 é uma faixa que se prolonga desde a parte de baixo da faixa de adulteração 18 e se funde com uma parede lateral da tampa superior 16. O comprimento da articulação está concebido de modo a permitir a abertura e o fecho fáceis sem que haja interferências com o bocal 6. O desfasamento do bocal afastando-o da articulação 32 reduz também o comprimento da faixa de articulação requerida. A faixa de adulteração 18 encontra-se ligada em cada orla 34, 36 a uma orla inferior da tampa superior 16 e à placa de base 26, respectivamente. Esta ligação é proporcionada 16 por intermédio de uma região quebradiça ao longo de pelo menos uma porção da orla 34 e de pelo menos uma porção do comprimento da orla inferior 36. Uma aba 38 projecta-se a partir da faixa de adulteração de modo a permitir que o utilizador agarre a faixa 18 e inicie a rasgagem ao longo das regiões quebradiças. A aba 38 e uma porção solta da faixa de adulteração 18 podem ser retidos com a base ao limitar-se a extensão da região quebradiça na orla 36. Este tipo de faixa de adulteração retida é empregue nas tampas de desporto das garrafas de HIGHLAND SPRINT® 750 ml PET acima discutidas. No entanto, nesse caso a base e a tampa superior são moldadas enquanto peças separadas ao invés de enquanto um revestimento externo integral 4 como o que é aqui revelado. Quando o revestimento 4, compreendendo a base 14 e a tampa superior 16, é moldado como uma peça única com o elemento de adulteração 18, é requerida uma exactidão de moldagem muito mais reduzida pois todas as peças se encontram já ligadas através de uma membrana de plástico pelo que não existe possibilidade de virem a ocorrer fugas. Se as peças tiverem de ser encaixadas juntas de um modo que não apresente fugas como o requerido por esta técnica anterior, elas seriam moldadas com uma exactidão muito mais elevada.

Um pico 40 encontra-se presente na tampa 16 de modo a tornar mais fácil a operação de fecho repetido. O bocal 6 é como o que se encontra descrito na forma de realização anterior, com excepção de a parte de ligação 50 ser uma terminação anelar 54 que se projecta e que se prolonga desde uma parede externa do bocal 6, imediatamente acima da sua orla inferior de modo a deixar uma curta parede sacrificial 56 abaixo da terminação 54. A terminação 17 54 assenta na reentrância 28 na placa de base 26 com a parede do bocal encaixada de um modo justo no interior da abertura 30.

Uma folha em forma de coroa circular 8 completa a tampa 2, tal como antes. Deve notar-se que se o bocal se destinar a estar desfasado da folha em forma de coroa circular, ele não terá uma largura uniforme em torno do seu perímetro.

Montagem da Segunda Forma de Realização

De modo a montar a tampa a partir do revestimento externo moldado 4 e do bocal de acordo com o acima descrito, o bocal 6 é inserido a partir da parte inferior através da abertura 30 na placa de base 26 da base 14 do revestimento externo 4, até que a válvula 42 se engate com, e prenda o, orifício de beber 52. A folha em forma de coroa circular 8 é destacada de uma folha contínua e é deixada cair no interior da reentrância definida entre a parede sacrificial 56 e a saia 20, cobrindo deste modo o espaço entre a orla da terminação 54 e o revestimento externo que, se não fosse assim, seria difícil de esterilizar. A folha 8 é então soldada à tampa. A ferramenta que coloca a folha na reentrância também dobra a parede sacrificial 56 sobre a orla 6 0 da abertura da folha onde o alumínio estaria, em caso contrário, exposto. Quando a folha é aquecida o plástico desta parede sacrificial 56 derrete-se sobre a orla de alumínio exposta de modo a embutir-se na mesma da forma descrita em WO 2005/092728 A (SPRECKELSEN MCGEOUGH LTD) 2005-10-06.

Tal como com a primeira forma de realização, a tampa pode ser presa a um recipiente numa operação de vedação por 18 indução de calor separada, usando a porção exposta da folha

Terceira Forma de Realização

Na Figura 7 encontra-se ilustrada uma terceira forma de realização da tampa (em que números de referência idênticos são usados para as partes afins). Esta concepção é semelhante à primeira forma de realização com excepção de o bocal 6 não se encontrar centrado no interior da base 14 mas sim desfasado, e se encontra ilustrada uma nova estrutura de vedação da válvula na peça de ligação 50. Um perfil alternativo para o bocal encontra-se ilustrado e a tampa superior apresenta uma segunda vedação de válvula 82 externa que é concêntrica com a vedação de válvula 42 para se engatar com uma superfície externa do bocal 6. Esta forma de realização é montada do mesmo modo que a primeira forma de realização. A peça de ligação 50 termina numa parede de válvula 80 pendente, a qual se encontra concebida para se encaixar quando é empurrada para o interior do gargalo aberto 10 do recipiente 12. Isto é particularmente vantajoso quando a tampa se encontra a ser usada num recipiente cujo conteúdo se encontra sob pressão, como é o caso das bebidas com gás. Nesta situação a pressão irá agir no sentido de empurrar a parede válvula 80 de encontro ao gargalo mantendo a tampa na posição.

De modo a permitir que o revestimento externo 4 seja moldado numa peça única, a abertura 30 na base 14 não pode ter um diâmetro menor do que o diâmetro interno da cobertura 16. Deve notar-se que se as vantagens deste molde 19 simples constituído por uma peça única forem dispensadas, então o revestimento externo poderá ser moldado do mesmo modo que o fecho EVIAN® ACTION descrito no parágrafo [0013] mais acima.

Quarta Forma de Realização A tampa da Figura 8 difere da primeira forma de realização somente pelo facto de se encontrar concebida para se encaixar de um modo convencional num acabamento padronizado de um gargalo PCO previamente formado com qualquer um dos tamanhos comuns como sejam 28mm, 30mm, 33mm, 35mm, 38mm e 43mm ou 45mm. A saia 20 apresenta uma rosca interna 70 destinada a cooperar com as roscas externas no gargalo padrão. A orla inferior da saia 20 pode estar ligada a uma faixa indicadora de adulteração 72 por intermédio de pontes quebráveis 74. Esta forma de realização da tampa pode ser usada sem que haja necessidade de ser fazer qualquer modificação nas garrafas existentes.

Variações

Muito embora tenha sido descrita uma articulação separada 32, será possível criar uma articulação retendo uma parte da faixa de adulteração 18 como uma ligação permanente entre a tampa superior e a base. O elemento de adulteração 18 pode ser também omitido e a orla inferior da tampa superior 16 pode ser unida à base por intermédio de uma região quebradiça. O pico 40 teria então de ser suficientemente substancial de modo a permitir que o utilizador o use para iniciar a rasgagem da tampa 20 superior 16 deixando somente uma porção da sua orla ligada à base de modo a servir como meio de articulação.

Se o fecho se destina a ser usado numa garrafa com uma barreira de gás integral, pode ser desejável incluir uma folha de vedação dentro da área da válvula 42. Isto pode ser feito por intermédio das técnicas descritas em GB 2412368 A (SPRECKELSEN MCGEOUGH LTD) 2005-09-28.

Lisboa, 15 de Março de 2010

Claims (11)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Uma tampa (2) para um recipiente (12) compreendendo um revestimento externo (4) que define uma base adaptada para ser encaixada num gargalo (10) de um recipiente e uma tampa superior (16) que se encontra ligada à base (14) por um elemento de adulteração (18) removível; um bocal separado (6) que define um orificio de beber (52) montado no interior do revestimento externo (4); e uma folha (8) de vedação térmica por indução; caracterizada por a folha (8) ser uma coroa de formato circular soldada à base (14) e ao bocal (6); e por a tampa superior ter uma válvula de vedação (42) que depende de uma superfície interna para se engatar com, e vedar o, orifício de beber (52) .

2. Uma tampa de acordo com o reivindicado na reivindicação 1, em que a folha (8) proporciona meios através dos quais a base pode ser soldada ao gargalo do recipiente.

3. Uma tampa de acordo com o reivindicado na reivindicação 1, em que a base compreende uma saia roscada por intermédio da qual pode ser ligada a um acabamento de um gargalo de garrafa roscada padrão.

4. Uma tampa de acordo com o reivindicado na reivindicação 1, em que o bocal (6) tem uma parede de válvula (80) destinada a apoiar-se no interior de um gargalo de um recipiente. 2

5. Uma tampa de acordo com o reivindicado em qualquer uma das reivindicações precedentes, que compreende ainda meios de articulação (32) que unem a tampa superior (16) e a base (14) .

6. Uma tampa de acordo com o reivindicado na reivindicação 5, em que o elemento de adulteração compreende uma faixa de adulteração e os meios de articulação são definidos por uma porção retida da faixa de adulteração (18).

7. Uma tampa de acordo com o reivindicado em qualquer uma das reivindicações precedentes, em que a base (14) e a tampa superior (16) são feitas de uma peça única.

8. Uma tampa de acordo com o reivindicado em qualquer uma das reivindicações precedentes, em que o bocal apresenta uma terminação de base (54) adaptada para se apoiar numa reentrância (28) no interior da base do revestimento externo, e em que a folha de vedação térmica (8) cobre um intervalo entre a terminação de base e a base.

9. Uma tampa de acordo com o reivindicado em qualquer uma das reivindicações de 1 a 6, em que o bocal tem uma orla de base (50) que cobre uma orla interna (60) da folha (8).

10. Uma tampa de acordo com o reivindicado em qualquer uma das reivindicações precedentes, feita de um material de plástico seleccionada de entre o Polietileno (PE), o 3 Polipropileno (PP) incluindo OPP, ou de plásticos que se decompõem provenientes de culturas como sejam a do PLA (ácido poliláctico).

11. Uma tampa de acordo com o reivindicado em qualquer uma das reivindicações precedentes, em que o bocal é feito de PET. Lisboa, 15 de Março de 2010 1/4

FIG. 1 32

A 1 2/4

3/4

52 42

FIG.7 4/4