PT1956154E - Conduta de drenagem estreita - Google Patents

Description

ΡΕ1956154 -1- DESCRIÇÃO "CONDUTA DE DRENAGEM ESTREITA" A invenção refere-se a uma conduta de drenagem de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1. Esta conduta de drenagem é, por exemplo, conhecida do documento WO 2007/004863. Utiliza-se um sifão como dispositivo de eliminação de maus odores em condutas de drenagens de, por exemplo, lavatórios, banheiras e chuveiros. Um sifão veda a entrada do tubo de esgoto ao proporcionar uma camada de água. Outro exemplo de uma conduta de drenagem é conhecido do documento WO 01/073231.

Conhecem-se inúmeros sifões em muitas formas e variações. A forma mais conhecida é o assim denominado pescoço de cisne. Este é, normalmente, um tubo arredondado que tem uma primeira parte dirigida no sentido descendente que, em seguida, se dobra, transformando-se numa parte dirigida no sentido ascendente e, subsequentemente, torna a dobrar-se, transformando-se numa parte dirigida no sentido descendente. Devido a esta forma, a água permanece sempre na primeira parte dirigida no sentido descendente e na parte dirigida no sentido ascendente, pelo que a ligação ao esgoto permanece isolada. Estes pescoços de cisne são, ainda frequentemente, aplicados por baixo de lavatórios.

Para chuveiros, conhece-se uma variante diferente de um sifão. Isto deve-se, particularmente, à profundidade global limitada resultante da espessura de um piso. Este sifão consiste num receptáculo cilíndrico do qual -2- ΡΕ1956154 sobressai, centralmente, um tubo de saída. Um receptáculo invertido é, depois, colocado por cima deste tubo de saída. A existência de uma quantidade de água também permite obter uma vedação. É importante, em todos os sifões, que se possa drenar uma quantidade suficiente de água pelo sifão. A superfície de escoamento deve, por conseguinte, ter uma área mínima de modo a que a descarga de água seja boa e rápida.

Os sifões existentes apresentam o inconveniente de ter uma profundidade global considerável, tal como um pescoço de cisne, ou a relação largura-comprimento de um sifão é substancialmente igual a 1, pelo que se ocupa uma quantidade de espaço considerável. É, agora, um objectivo da invenção proporcionar uma conduta de drenagem à qual se possa conferir uma forma estreita, em que a profundidade global permanece limitada.

Este objectivo é conseguido com uma conduta de drenagem de acordo com a reivindicação 1.

Ao proporcionar uma abertura de afluxo alongada e dispondo a segunda câmara numa direcção substancialmente longitudinal da abertura de afluxo alongada, obtém-se um sifão estreito e alongado. É, desse modo, possível manter estreita a parte visível de um conduta de drenagem, pelo que a perturbação causada no piso pelo conduta de drenagem que aí é colocado é a mínima possível. -3- ΡΕ1956154

Além disso, a área de escoamento da abertura de passagem e da abertura de descarga é substancialmente igual à área de escoamento da abertura de afluxo. Isto assegura que o escoamento de entrada de água por meio da abertura de afluxo não é bloqueado ou desacelerado e que é possível uma descarga rápida da água.

Noutra forma de realização da conduta de drenagem de acordo com a invenção, a abertura de descarga está disposta numa direcção longitudinal da abertura de afluxo alongada adjacente a esta abertura de afluxo. Também se possibilita, por este motivo, o sifão mais estreito possível.

Ainda noutra forma de realização, a secção transversal da segunda câmara, pelo menos, ao longo da distância entre a abertura de passagem e a abertura de descarga, é, pelo menos, substancialmente igual à área de escoamento da abertura de afluxo.

Numa outra forma de realização da conduta de drenagem de acordo com a invenção, a relação entre as dimensões principais da abertura de afluxo alongada é de, pelo menos, 1:2, de um modo preferido, 1:6.

Numa outra forma de realização, a primeira câmara da conduta de drenagem é, de um modo preferido, formada por, pelo menos, uma parte do invólucro, para que a abertura de descarga esteja ligada à primeira câmara apenas por meio da segunda câmara.

Noutra forma de realização da conduta de drenagem de acordo com a invenção, a abertura de descarga do sifão -4- ΡΕ1956154 está ligada por meio de um canal à abertura de descarga do invólucro.

Uma outra forma de realização preferencial da conduta de drenagem de acordo com a invenção compreende um canal que guia liquido para drenagem até à abertura de afluxo da primeira câmara.

Devido a forma de realização estreita do sifão, também é possivel construir a conduta de drenagem com uma forma estreita e pode dispor-se um canal alongado tendo uma largura minima. À luz de considerações estéticas, isto é muito recomendado.

Outra conduta de drenagem que não está de acordo com a invenção compreende: um invólucro tubular; um primeiro deflector colocado obliquamente na direcção longitudinal no invólucro, em que, no lado inferior, entre o primeiro deflector e o invólucro tubular, se proporciona uma abertura de passagem com uma área de escoamento substancialmente igual à área de escoamento do invólucro tubular; um segundo e terceiro deflectores colocados obliquamente na direcção longitudinal no invólucro, em ambos os lados do primeiro deflector, em que, no lado superior, entre o segundo e terceiro deflectores e o invólucro tubular, se proporciona uma abertura de passagem com uma área de escoamento substancialmente igual à área de escoamento do invólucro tubular. -5- ΡΕ1956154

Nesta conduta de drenagem, o sifão é proporcionado pela colocação de três deflectores no invólucro tubular. Proporcionam-se aberturas alongadas pela colocação de diferentes deflectores, obliquamente, no invólucro, para se proporcionar um sifão estreito que seja acomodado no invólucro tubular. É, assim, possível dispor um sifão num tubo de saída existente. Dado que os deflectores estão posicionados na direcção oblíqua proporcionando, assim, aberturas de passagem alongadas, o caudal através do tubo de saída é, pelo menos em grande medida, mantido.

Estas e outras características da invenção são ainda elucidadas recorrendo aos desenhos em anexo. A figura 1 mostra uma vista em perspectiva de uma primeira forma de realização de uma conduta de drenagem de acordo com a invenção. A figura 2 mostra a conduta de drenagem de acordo com a figura 1 noutra vista em perspectiva. A figura 3 mostra uma parte amovível do sifão da conduta de drenagem da figura 1 • A figura 4 mostra uma forma de realização de uma conduta de drenagem que não está de acordo com a invenção. A figura 5 mostra uma forma de realização de uma conduta de drenagem que não está de acordo com a invenção. -6- ΡΕ1956154 A figura 1 mostra uma conduta de drenagem 1 que tem um invólucro 2 com uma abertura 3 de descarga disposta lateralmente. Uma abertura 4 de afluxo é proporcionada no lado superior do invólucro. Um canal 5, que guia água W para a abertura 4 de afluxo, está disposto no invólucro 2. A figura 2 mostra a conduta de drenagem 1, de acordo com a figura 1, noutra vista em perspectiva. É, neste caso, óbvio que a água W que se escoa por meio da abertura 4 de afluxo entra numa primeira câmara 6 formada por uma parte do invólucro 2 e um enxerto 7. A figura 3 mostra um enxerto 7 em mais pormenor. A água W que se escoa para a câmara 6 chega, depois, à abertura 8 de passagem que está disposta no lado inferior do enxerto 7. Como mostrado na figura 1, a água W entra na segunda câmara 9 por meio desta abertura 8 de passagem. A segunda câmara 9 está dotada, no lado superior, com uma abertura 10 de descarga ao longo da qual a água W pode escoar-se para fora da segunda câmara 9 e, assim, entrar na abertura 3 de descarga. Dado que a abertura 4 de afluxo é alongada, a largura da conduta de drenagem 1 pode permanecer limitada. Dado que as dimensões da abertura 8 de passagem e da abertura 10 de descarga são ainda escolhidas para que a área de escoamento das aberturas seja praticamente igual, assegura-se a existência de uma boa drenagem de água W.

As figuras 4A e 4B mostram uma forma 20 de realização de uma conduta de drenagem que não está de acordo com a invenção. Esta conduta de drenagem 20 tem um invólucro tubular no qual se dispõem um primeiro deflector 22, um segundo deflector 23 e um terceiro deflector 24. O -7- ΡΕ1956154 primeiro deflector está disposto para que uma abertura 25 de passagem esteja presente entre o invólucro 21 tubular e o lado superior do deflector 22.

Devido à colocação obliqua dos deflectores 22, 23, 24 na direcção longitudinal do tubo 21, a abertura 25 de passagem é alongada e a área de escoamento é, por esse motivo, consideravelmente ampliada. 0 segundo deflector 23 está disposto contra o lado superior do tubo 21 para facultar uma segunda abertura 26 de passagem no lado inferior do deflector 23. 0 terceiro deflector 24 é, de novo, disposto de modo a facultar uma terceira abertura 27 de passagem entre a borda superior do deflector 24 e tubo 21. A água que se escoa através do tubo 21 irá, depois, em primeiro lugar, passar por cima do deflector 222 por meio da abertura 25 de passagem e, assim, entrar numa primeira câmara 28. A água W, depois, escoa-se sob o segundo deflector 23 por meio da abertura 26 de passagem e, aqui, entra na segunda câmara 29. A água, aqui, passa por cima do terceiro deflector 24 por meio da abertura 27 de passagem e pode ainda prosseguir o seu caminho através do tubo 21.

Devido à configuração dos deflectores 22, 23, 24, a água irá permanecer na primeira câmara 28 e segunda câmara 29. Isto isola os maus cheiros. As figuras 5A e 5B mostram uma forma 30 de realização de uma conduta de drenagem que não está de acordo com a invenção. Para facilitar a explicação do desenho, as figuras 5A e 5B mostram um tubo 331 quadrado, embora seja óbvio que um tubo -8- ΡΕ1956154 31 desse tipo também possa ter uma secção transversal arredondada, sendo isto, de facto, mais comum. Um tubo quadrado é, no entanto, escolhido por uma questão de visibilidade no desenho. A figura 5A mostra, neste caso, uma vista em corte vista de cima, enquanto a figura 5B mostra uma vista lateral em corte. 0 tubo 31 tem uma abertura 32 de entrada ao longo da qual a água se escoa para o seu interior. Um deflector 33 curvo é disposto no tubo 31 e fica assente contra o lado superior de um modo completamente estanque deixando uma abertura 34 livre no lado inferior. A água W de afluxo pode entrar no espaço 35 por meio desta abertura 34. 0 espaço 35 está delimitado pelo primeiro deflector 33 e um segundo deflector 36 curvo, que está assente, de modo estanque, contra o lado inferior e proporciona uma abertura 37 de descarga no lado superior. A água proveniente do espaço 35 pode prosseguir o seu caminho por meio da abertura 37 de descarga. A conduta de drenagem 30 pode, por exemplo, ser colocado num tubo de saida já existente e deve funcionar em cooperação com um suporte de recolha colocado antes da conduta de drenagem 30. Este suporte 7 de recolha pode, por exemplo, ser disposto por baixo de um lavatório e o nivel de água necessário pode, por esse motivo, ser mantido no espaço 35 e no espaço anterior até ao suporte de recolha.

Devido à colocação substancialmente em V dos deflectores 33 e 36, como visto de cima, o escoamento de água W por meio da abertura 34 de afluxo, espaço 35 e abertura 37 de descarga irá apresentar um escoamento -9- ΡΕ1956154 helicoidal. Devido a este escoamento helicoidal, a velocidade de escoamento da água será diminuída o minimo possivel pela colocação dos deflectores 33 e 36. A área da abertura 34 de afluxo e abertura 37 de descarga é, além disso, ampliada devido à colocação obliqua dos deflectores 33, 36, pelo que é possivel obter um caudal mais elevado.

Lisboa, 2 de Agosto de 2010

Claims (7)

1. -1- ΡΕ1956154 REIVINDICAÇÕES 1. Conduta de drenagem compreendendo: - um invólucro (2), adequado para ser colocado por baixo de um canal (5) , com uma abertura de afluxo no lado superior e uma abertura (3) de descarga no lado inferior ou na lateral, um sifão (1) disposto no invólucro (2) e compreendendo uma segunda câmara (9), uma abertura (8) de passagem e uma abertura (10) de descarga, em que uma primeira câmara (6) e a sua abertura (4) de afluxo alongada são formadas pelo sifão (1) e por, pelo menos, uma parte do invólucro (2), em que a segunda câmara (9) está ligada à primeira câmara (6) por meio da abertura (8) de passagem, em que a abertura (8) de passagem se situa por baixo da abertura (4) de afluxo da primeira câmara (6) durante a utilização e em que a segunda câmara (9) compreende uma abertura (10) de descarga que se situa por cima da abertura (8) de passagem durante a utilização, caracterizado por a segunda câmara (9) se estender substancialmente na direcção longitudinal da abertura (4) de afluxo alongada da primeira câmara (6) e por a área de escoamento da abertura (8) de passagem e da abertura (10) de descarga ser substancialmente igual à área de escoamento da abertura (4) de afluxo da primeira câmara (6). -2- ΡΕ1956154
2. 2. Conduta de drenagem como reivindicado na reivindicação 1, em que a secção transversal da segunda câmara (9), pelo menos, ao longo da distância entre a abertura (8) de passagem e a abertura (10) de descarga, é, pelo menos, substancialmente igual à área de escoamento da abertura (4) de afluxo.
3. 3. Conduta de drenagem como reivindicado na reivindicação 1 ou 2, em que a abertura (10) de descarga está disposta numa direcção longitudinal da abertura (4) de afluxo alongada, de modo adjacente a esta abertura (4) de afluxo.
4. 4. Conduta de drenagem como reivindicado em qualquer das reivindicações anteriores, em que a relação entre as dimensões principais da abertura (4) de afluxo alongada é de, pelo menos, 1:2, de um modo preferido, 1:6.
5. 5. Conduta de drenagem como reivindicado na reivindicação 1, em que a primeira câmara (6) é formada por, pelo menos, uma parte do invólucro (2) , para que a abertura (3) de descarga esteja ligada à primeira câmara (6) apenas por meio da segunda câmara (9).
6. 6. Conduta de drenagem como reivindicado na reivindicação 5, em que a abertura (10) de descarga do sifão está ligada por meio de um canal à abertura (3) de descarga do invólucro (2). -3- ΡΕ1956154
7. 7. Conduta de drenagem, como reivindicado na em qualquer das reivindicações 1-6, compreendendo um canal (5) que guia liquido para drenagem até à abertura (4) de afluxo da primeira câmara (6). Lisboa, 2 de Agosto de 2010