PT1937212E - Emulsões oftálmicas contendo prostaglandinas - Google Patents

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PT1937212E
PT1937212E PT06806156T PT06806156T PT1937212E PT 1937212 E PT1937212 E PT 1937212E PT 06806156 T PT06806156 T PT 06806156T PT 06806156 T PT06806156 T PT 06806156T PT 1937212 E PT1937212 E PT 1937212E
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Betty Philips
Gregory Lambert
Severine Bague
Laura Rabinovich-Guilatt
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Novagali Pharma Sa
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Description

ΡΕ1937212 1 DESCRIÇÃO "EMULSÕES OFTÁLMICAS CONTENDO PROSTAGLANDINAS" A presente invenção relaciona-se com emulsões oftálmicas catiónicas de tipo óleo-em-água, contendo pros- taglandinas.
Na presente invenção, o termo "prostaglandina" é indiferentemente utilizado para prostaglandina, seus precursores ou análogos. A presente invenção é de particular interesse para os análogos da prostaglandina F2a, tais como, em particular, latanoprost, unoprostona isopropilo, travo-prost, bimatoprost, tafluprost, 8-isoprostaglandinaE2 ou uma mistura de dois ou mais destes. "Oftálmico" significa uma emulsão destinada a ser aplicada no olho e que apresenta um efeito farmacêutico; é, preferencialmente, aplicada topicamente. É conhecida a utilização de prostaglandinas em preparações oftálmicas para tratamento de glaucoma. 0 problema encontrado com as prostaglandinas, em particular com latanoprost, consiste em a sua concentração diminuir na formulação, com a passagem do tempo. 2 ΡΕ1937212
As US 6 011 062, US 5 688 819, US 5 849 792 e a US 4 599 353 descrevem a utilização de diversos análogos de prostaglandina para tratamento de glaucoma e hipertensão ocular. A US 5 849 792 revela a utilização de um surfactante não iónico (óleo de ricino polietoxilado) para melhorar a estabilidade química das prostaglandinas.
Contudo, as soluções propostas para melhorar a estabilidade de protaglandinas não são completamente satisfatórias. Adicionalmente, a utilização de BAK ou outro amónio quaternário como agente conservante para as prostaglandinas em preparações oftálmicas, tem sido posta em causa, desde que C. Debbasch et al., em Investigative Ophthalmology & Visual Science, Março de 2001, vol. 42 n°. 3, demonstrou a importante toxicidade a longo prazo da utilização de BAK e/ou outros amónios quaternários.
Os Latanoprost, Travoprost, Bimatoprost, unopros-tona isopropilo, tafluprost, 8-isoprostaglandinaE2, como a amaior parte dos análogos da prostaglandina, são quase insolúveis em água. Assim, seria interessante proporcionar veículos oftálmicos adequados para libertação de fármacos hidrofóbicos. Nos últimos anos, as emulsões de tipo óleo-em-água, em particular emulsões contendo gotículas de tamanho submicrométrico (daqui em diante, "emulsões submi-crométricas"), aumentaram de importância. Estas emulsões são, geralmente, emulsões aniónicas. O maior obstáculo no desenvolvimento de sistemas oftálmicos para libertação de 3 ΡΕ1937212 fármacos aplicados topicamente, tais como emulsões, consiste na relativamente baixa biodisponibilidade ds fármacos. Para contornar esta questão, têm sido desenvolvidas emulsões catiónicas como veiculos oftálmicos tópicos; possuem a vantagem de aumentar a biodisponibilidade dos fármacos por atracção electrostática entre a carga positiva da emulsão e as cargas negativas dispostas à superfície do olho. Contudo, a estabilização das emulsões, incluindo as emulsões submicrométricas, pode ser um problema para o técnico da matéria. Uma aproximação conhecida para estabilização de uma emulsão, consiste em conferir uma carga electrostática à superfície das gotículas, que resultará na repulsão das gotículas e menor coalescência. As partículas coloidais dispersas numa solução estão electricamente carregadas devido às suas características iónicas e atributos dipolares. Esta carga, que pode ser negativa, resultando em emulsões aniónicas, ou positiva, resultando em emulsões catiónicas (Klang et al., Pharm. Dev. Technology 2000, 5, 521-432), é conhcida na arte como "potencial zeta". O potencial zeta é uma medida da magnitude da repulsão ou atracção entre partículas (Washington, Adv. Drug Deliv. Reviews 1996, 20: 131-195).
De particular interesse são as patentes seguintes que lidam com emulsões catiónicas para administração ocular tópica: A Patente US 6 007 826 revela uma emulsão catiónica óleo-em-água compreendendo partículas coloidais e 4 ΡΕ1937212 uma película interfacial carragada positivamente. A película interfacial é formada por lípidos catiónicos (0,05-3% em peso), tal como C10-C14 alquilamina primária (é revelada a estearilamina ou oleilamina), Ci0-C24 alcanol-amina primária ou um betaínato de colesterol; fosfolípidos (0,5-3%) e surfactantes não iónicos do grupo que consiste em poloxâmeros, tiloxapol, polisorbato e esteres de ácidos gordos de polioxietileno (0,05-3%). A concentração do núcleo oleoso é mantina no interval de 3-20%.
Patente US 6 007 826: as emulsões com potencial zeta não são estáveis em esforço térmico (ver Tamilvanan et al., STP Pharma Sciences 2001, 11:421-426 e Exemplo 12). A W02005/044276 relaciona-se com uma emulsão oftálmica óleo-em-água contendo um derivado de prosta-glandina F2a, um óleo, um polímero solúvel em água e água. Este pedido de patente foca-se no assunto técnico da degradação da prostaglandina e calcula a quantidade de latanoprost restante após 1, 2, 3 ou 4 semanas. Contudo, este pedido de patente não mostra se a emulsão em si é estável ao longo do tempo, i.e., para uma duração excedendo 1 ano.
Assim, ainda existe a necessidade de produtos oftálmicos com prostaglandinas que sejam pelo menos tão eficientes como os produtos comerciais, que apresentem uma estabilidade química melhorada da prostaglandina, que sejam menos tóxicas, que sejam fisicamente e quimicamente mais 5 ΡΕ1937212 estáveis do que os produtos convencionais, i.e., que sejam estáveis ao longo do tempo, e que apresentem uma boa tolerância para o paciente.
Ao longo do tempo, no significado desta invenção, significa uma duração excedendo 1 ano, preferencialmente excedendo 2 anos, mais preferencialmente, excedendo 3 anos. "Boa tolerância", na presente invenção, deve ser entendido como a relação entre beneficio terapêutico e o desconforto ocular é aceitável pelo paciente e é preferencialmente semelhante à de um placebo de solução a 0,9% de NaCl. É, em geral, aceite que de modo a exibir uma boa tolerância ocular, o teor de catião na formulção não deve exceder 0,1%, preferencialmente não exceder 0,05% e ainda mais preferencialmente, não exceder 0,03%. As aminas quaternárias, tais como cloreto de benzalcónio, brometo de benzododecínio e cloreto de benzetónio, são permitidas pelas autoridades de saúde, para administração oftálmica, até uma concentração de aproximadamente 0,03% (Furrer et al.r Eur. J. Pharm. Biopharm. 2002, 53:263-280).
Assim, a invenção relaciona-se como uma emulsão catiónica oftálmica de tipo óleo-em-água, que compreende partículas coloidais possuindo um núcleo oleoso rodeado por uma pelicula interfacial, compreendendo a referida emulsão, pelo menos um agente catiónico e pelo menos um surfactante 6 ΡΕ1937212 iónico seleccionado do grupo que consiste em poloxâmeros, tiloxapol, polisorbatos, derivados polioxietileno de óleo de ricino, esteres de sorbitano, estearatos de polioxilo e uma mistura de dois ou mais destes, compreendendo o referido núcleo oleoso um fármaco seleccionado do grupo que consiste em latanoprost, unoprostona isopropilo, travo-prost, bimatoprost, tafluprost, 8-isoprostaglandinaE2 ou uma mistura de dois ou mais destes e estando a referida emulsão isenta de polimeros solúveis em água seleccionados de um composto polivinilo, um composto de celulose solúvel em água e um polissacarideo.
Numa realização preferida, as emulsões da invenção incluem latanoprost como único fármaco ou em combinação com uma ou mais prostaglandinas seleccionadas do grupo que consiste em unoprostona isopropilo, travoprost, bimatoprost, tafluprost e 8-isoprostaglandinaE2.
De acordo com uma realização preferida, a emulsão da invenção está isenta de polimeros solúveis em água seleccionado de (1) composto de polivinilo, tal como álcool polivinilico e polivinilpirrolidona, (2) um composto de celulose solúvel em água, tal como metilcelulose, hidroxi-etilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose e/ou celulose sódica e (3) um polissacarideo seleccionado entre ácido alginico, goma de xantano, carragenano e quitosano.
De acordo com uma realização, a emulsão inclui derivados de polioxietileno de óleo de ricino, especial- 7 ΡΕ1937212 mente, óleo de rícino polietoxilado, tais como, por exemplo, os óleos de rícino PEG-30, PEG-35 ou PEG-50.
De acordo com outra realização, a emulsão está isenta de quaisquer derivados polioxietileno de óleo de rícino. 0 termo "isento de", em combinação com um composto ou uma lista de compostos, significa que a emulsão não contém qualquer composto desse tipo.
De acordo com uma realização específica da invenção, a emulsão pode ainda incluir um composto anti-inflamatório, preferencialmente um composto anti-infla-matório não esteroidal ou um ácido gordo omega-3. Os agentes anti-inflamatórios podem ser escolhidos no grupo que consiste em inibidores COX-2, salicilatos, ácidos 2-aril-propiónicos, ácidos N-arilantranílicos, oxicamos, sulfona-nilidas, derivados de pirazolidinas, ácidos arilalcanóicos, ácidos 3-benzolfenilacéticos e derivados; esteróides, tais como cortisona, hidrocortisona, prednisona, prednisolona, metilprednisona, fluorometalona, medrisona, betametasona, loteprednol, flumetasona, mometasona, testosterona, metil-testosterona, danazol, beclometasona, dexametasona, pal-mitato de dextametasona, triamcinolona, triamcinolona ace-tonido, fluocinolona, fluocinolona acetonido, diflupre-dnato, rimexolona. a estabilidade
Nas emulsões desta invenção 8 ΡΕ1937212 química das prostaglandinas é melhorada. Julga-se, sem se estar vinculado a qualqer teoria, que, dado que a prosta-glandina é solubilizada no núcleo oleoso da emulsão, que esteja nenos disponível para contactar com agentes que facilitem a degradação. A referida estabilidade é definida como o período durante o qual o produto retém, sem limites especificados e ao longo do seu período de armazenagem e utilização (í.e., tempo de armazenamento), as mesmas propriedades e características que possuía na ocasião da sua manufactura. A finalidade dos testes de estabilidade é proporcionar provas sobre como a qualidade de uma substância ou fármaco varia ao longo do tempo, sob a influência de uma variedade de factores ambientais, tais como temperatura, humidade e luz, permite recomendações sobre as condições de armazenamento e o estabelecimento de períodos para repetição dos testes e tempos de vida.
Apesar de os estudos de estabilidade em tempo real incluírem uma avaliação dos factores que, em última análise, afectam o prazo de validade dos fármacos, eles são morosos e dispendiosos. São utilizados convencionalmente para predição da duração dos produtos farmacêuticos. Tais estudos acelerados sujeitam os sistemas a uma temperatura de 40°C durante 6 meses.
De modo a compreender o mecanismo de estabilidade intrínseca da molécula, estabelecimento das vias de degradação e identificação de produtos prováveis da degradação e ajustar assim os procedimentos analíticos a 9 ΡΕ1937212 serem utilizados, os subscritores desenvolveram testes forçados de estabilidade, durante os quais as emulsões são sujeitas a condições extremas, isto é, a uma temperatura de 80°C durante um período de tempo especificado. A quantidade de prostaglandina presente no núcleo oleoso da emulsão, de acordo com a invenção, depende da natureza das prostaglandinas e utilização pretendida. De acordo com uma realização, a quantidade de fármaco(s) seleccionado(s) do grupo que compreende ou consiste em latanoprost, unoprostona isopropilo, travoprost, bimato-prost, tafluprost e 8-isoprostaglandinaE2 ou uma mistura de dois ou mais destes, é de 0,001% a 1% p/p, preferencialmente de 0, 002% a 0,3% p/p e ainda mais preferencialmente, de 0,004% a 0,15% p/p.
Na presente invenção, as percentagens são expressas em peso, em relação ao peso total da emulsão (% p/p). A concentração do agente catiónico situa-se entre 0,001 e 0,1% p/p, preferencialmente entre 0,002 e 0,05% p/p e ainda mais preferencialmente entre 0,003 e 0,03% p/p. A concentração do núcleo oleoso não é superior a 7% p/p, situa-se preferencialmente entre 0,5 a 5% e ainda mais preferencialmente entre 1 e 3% p/p. A concentração do agente não iónico é inferior a 1% p/p e compreendida, preferencialmente, entre 0,01 e 0,6% 10 ΡΕ1937212 ρ/ρ. Ο agente catiónico é seleccionado do grupo compreendendo ou consistindo em C10-C24 alquilaminas primárias, aminas alifáticas terciárias, compostos de amónio quaternário seleccionados do grupo compreendendo halogeneto de benzalcónio, halogeneto de lauralcónio, cetrimida, halogeneto de hexadeciltrimetilamónio, halogeneto de tetradeciltrimetilamónio, halogeneto de dodeciltrimetil-amónio, halogeneto de cetrimónio, halogeneto de benzetónio, halogeneto de benalcónio, halogeneto de catalcónio, halogeneto de cetetildimónio, halogeneto de cetilpiridinio, halogeneto de cloroalil metanamina, halogeneto de miris-talcónio, halogeneto de estealcónio, ou uma mistura de dois ou mais destes, halogenetos, sendo preferencialmente cloreto ou brometo, lipidos catiónicos, amino alcoóis, sais biguanido seleccionados do grupo compreendendo ou consistindo em clor-hexidina e seus sais, poliaminopropil biguanido, fenformina, alquilbiguanido ou uma mistura de dois ou mais destes, compostos catiónicos seleccionados entre 1,2-dioleíl-3-trimetilamónio-propano, 1,2-dioleíl-sn-glicero-fosfatidiletanolamina, glicosfingo-lipidos ou derivados catiónicos de colesterol, ou uma mistura de dois ou mais deles.
De acordo com uma realização especifica da invenção, a emulsão não contém clor-hexidina ou seus sais. De acordo com uma realização preferida, o agente catiónico é seleccionado do grupo compreendendo cloreto de benzalcónio, cloreto de laurilcónio, brometo de benzododecinio, cloreto de benzeténio, brometo de hexadeciltrimetilamónio, 11 ΡΕ1937212 brometo de tetradeciltrimetilamónio, brometo de dodecil-trimetilamónio ou uma mistura de dois ou mais destes. De acordo com uma realização mais preferida, o agente catiónico incluído na emulsão é seleccionado de pelo menos um halogeneto de amónio quaternário em que o átomo de azoto seja substituído por pelo menos um grupo alquilo possuindo pelo menos 14 átomos de carbono. De acordo com uma realização específica da invenção, a emulsão contém halogeneto de benzalcónio como único agente catiónico. A fase oleosa da emulsão pode compreender um ou mais componentes seleccionados do grupo compreendendo ou consistindo em óleos vegetais (í.e., óleo de soja, óleo de oliva, óleo de sésamo, óleo de semente de algodão, óleo de rícino, óleo de amêndoas doces), óleo mineral (i.e., petrolatum e parafina líquida), triglicéridos de cadeia média (MCT) (i.e., um triglicérido oleoso em que a cadeia decarbohidrato possui cerca de 8-12 átomos de carbono), ácido grodo oleoso, miristato de isopropilo, alcoóis gordos oleosos, esteres de sorbitol e ácidos gordos, esteres oleosos de sacarose e, em geral, qualquer substância oleosa que seja fisiologicamente tolerada.
De acordo com uma realização da invenção, a fase oleosa possui um valor de iodo inferior a 50, preferencialmente igual ou inferior a 15, mais preferencialmente igual aou menor que 5 e ainda mais preferencialmente, igual ou inferior a 1. Nesta realização, a fase oleosa compreende um ou mais componentes seleccionados do grupo que consiste 12 ΡΕ1937212 em óleo mineral tal como, por exemplo, petrolatum e parafina liquida e óleo mineral leve, triglicéridos de cadeia média (MCT), que é geralmente definido como um triglicérido oleoso em que a cadeia de carbohidrato possui cerca de 8-12 átomos de carbono, óleo de coco; óleos hidrogenados, incluindo óleo de semente de algodão hidro-genado, óleo de palma hidrogenado, óleo de ricino hidro-genado ou óleo de soja hidrogenado; derivados poli-oxietileno de óleo de ricino hidrogenado, incluindo óleo de ricino hidrogenado polyoxyl-40, óleo de ricino hidrogenado polyoxyl-60 ou óleo de ricino hidrogenado polyoxyl-100.
De acordo com uma realização preferida da invenção, o componente maioritário da fase oleosa será ou óleo vegetal, preferencialmente com um valor de iodo inferior a 50, e/ou MCT. Podem ser incluídos ácidos gordos ou alcoóis gordos nos casos em que a substância hidrofóbica a ser transportada pela emulsão não seja suficientemente solúvel na fase oleosa.
Exemplos de óleos MCT que podem ser utilizados na presente invenção são TCM™ (Société dês Oléagineux, França) e Miglyol 812™ (Dynamit Nobel, Suécia). O surfactante não iónico é seleccionado do grupo compreendendo ou consistindo em poloxâmeros, Tiloxapol, polisorbatos, derivados de óleo de rícino hidrogenado, esteres de sorbitano, estearatos de polioxilo e uma mistura de dois ou mais destes. 13 ΡΕ1937212
De acordo com outra realização preferida da invenção, a emulsão catiónica oftálmica compreende cloreto de benzalcónio como agente catiónico e tiloxapol como surfactante não iónico.
De acordo com ainda outra realização preferida, a emulsão contém cloreto de benzalcónio como agente catiónico e uma combinação de tiloxapol e poloxâmero como surfac-tantes não iónicos. A emulsão pode também conter um antioxidante, tal como Vitamina E, um agente isotónico, um agente tampão, um conservante, etc.
De acordo com a invenção, a emulsão inclui, pelo menos, um conservante. De acordo com outra realização da invenção, a emulsão não contém qualquer conservante.
As partículas coloidais da emulsão de acordo com a invenção têm um tamanho médio de partículas igual ou inferior a 1 μιη, vantajosamente, igual ou inferior a 300 nm e mais vantajosamente, no intervalo entre 100 e 250 nm. A emulsão da invenção pode ser acondicionada em recipientes monodose ou em recipientes multidose.
De acordo com uma realização, os recipientes para embalagem da emulsão são feitos de vidro, materiais plásticos, resinas ou outros do mesmo tipo. 14 ΡΕ1937212
De acordo com outra realização da invenção, a emulsão oftálmica catiónica pode incluir uma outra substância farmaceuticamente activa, no núcleo oleoso ou na parte aquosa da emulsão. Esta substância farmaceuticamente activa pode ser uma substância activa antiglaucomatosa, que pode ser seleccionada do grupo que inclui betabloqueadores, tais como levobunolol, befundol, metipranolol,forskolina, carte-olol, tinolol; inibidores da anidrase carbónica, tais como brinzolamida, dorzolamida, acetazolamida, metazolamida, diclorofenamida; simpatomiméticos, tais como brimonidina, apraclonidina, dipivefrina, epinefrina; parassimpatomiméticos, tal como pilocarpina; inibidores da colinesterase, tais como fisostigmina, ecotiofato e/ou seus derivados e/ou sais opticamente aceitáveis seus derivados.
As emulsões de acordo com a invenção são fisicamente estáveis ao longo do tempo, como aqui definido acima e mantêm um potencial zeta positivo nas condições especificas de medição descritas nos Testes A, B, C e/ou D.
De acordo com a invenção, as emulsões não contêm uma quantidade suficiente de quaisquer substâncias susceptíveis de afectar o potencial zeta ao longo do tempo. As emulsões da invenção não contêm, vantajosamente, fosfo-lípidos.
As substâncias susceptíveis de afectar o potencial zeta, podem ser fosfolípidos e quaisquer substâncias 15 ΡΕ1937212 que se tornem carregadas negativamente ao longo do armazenamento . A quantidade de substâncias que afectam o potencial zeta ao longo do tempo deve ser tal que, em qualquer ocasião, a quantidade de cargas positivas seja superior à quantidade de cargas negativas.
Potencial zeta 0 potencial zeta mede uma propriedade física que é exibida por qualquer partícula em suspensão. 0 potencial zeta pode ser utilizado para predizer o comportamento da suspensão em diferentes ambientes, para optimizar a formulação de suspensões e emulsões, assim como para predizer a sua estabilidade ao logo do tempo.
De modo a evitar que as gotículas da emulsão adiram umas às outras e formem agregados de tamanho sucessivamente maior, é necessário conferir forças repulsivas às partículas. Um dos meios de conferir forças repulsivas a um sistema coloidal é por estabilização electrostática ou de carga. A estabilização electrostática ou de carga possui os benefícios de estabilização de um sistema por simples alteração da concentração de iões no sistema. Este é um proceso reversível e pouco dispendioso.
Podem existir muitas origens para esta carga superficial dependendo da natureza da partícula e do seu 16 ΡΕ1937212 meio ambiente, mas os mecanismos mais importantes são a ionização de grupos de superfície ou a adsorção de iões carregados. A interacção de partículas em líquidos polares não é governada pelo potencial eléctrico à superfície da partícula, mas pelo potencial efectivo da partícula e seus iões associados. Para utilizar o controlo electrostático em dispersões, é o potencial zeta da partícula que tem de ser medido, em vez da sua carga de superfície. As partículas carregadas atrairão iões da carga oposta no dispersante. Os iões próximos da superfície estão fortemente ligados; os mais distantes formam uma região mais difusa. Nesta região situa~se uma fronteira, conhecida como plano de deslizamento, em que a partícula e os iões actuam como uma única entidade. 0 potencial no plano de deslizamento é conhecido como potencial zeta. É, desde há muito, reconhecido que o potencial zeta é um bo índice de magnitude da interacção entre partículas coloidais e as medições do potencial zeta são vulgarmente utilizadas para avaliação da estabilidade de sistemas coloidais. A medição do potencial zeta num sistema particular depende da química da superfície e também da via como interage com o ambiente que o rodeia. Consequentemente, o potencial zeta deve ser estudade num ambiente bem definido (especificamente de pH e força iónica). ΡΕ1937212 17
Mobilidade electroforética
Uma consequência importante da existência de cargas eléctricas sobre a superfície de partículas consiste em interagirem com um campo eléctrico aplicado. Estes efeitos são colectivamente definidos como efeitos electro-cinéticos. Se o movimento é induzido numa partícula suspensa num líquido, sob a influência de um campo eléctriaco aplicado, é, mais especificamente, chamado electroforese. Quando é aplicado um campo eléctrico através de um electró-lito, as partículas carregada suspensas no electrólito são atraídas para o eléctrodo de carga oposta. A viscosidade, actuando sobre as partículas, tende a opor-se a este movimento. Quando se atinge o equilíbrio entre estas duas forças opostas, as partículas movem-se com velocidade constante. A velocidade depende da intensidade do campo eléctrido ou voltagem aplicada, da constante dieléctrica do meio, da viscosidade do meio e do potencial zeta. A velocidade de uma partícula num campo eléctrico unitário é referida como a sua mobilidade electroforética. 0 potencial zeta é relacionável com a mobilidade electroforética pela equação de Henry: UE - 2 ε z f(Kâ) 3q em que Eu = mobilidade electroforética, z = potencial zeta, 18 ΡΕ1937212 ε = constante dieléctrica, η = viscosidade e f(ica) = função de Henry.
As determinações electroforéticas do potencial zeta são mais vulgarmente efectuadas em meio aquoso e concentração moderada de electrólito. A f(Ka) é, neste caso, de 1,5, o que é referido como a aproximação de Smoluchowski. Consequentemente, o calculo do potencial zeta a partir da mobilidade é directa para sistemas que se enquadrem no modelo de Smoluchowski, i.e., partículas maiores que cerca de 0,2 microns, dispersas em electrólitos contendo mais de 10-3 molar de sal. Para partículas pequenas em meios de baixa constante dieléctrica (e.g., meios não aquosos), f(Ka) torna-se 1,0, o que permite um cálculo igualmente simples. Isto é referido como a aproximação de Huckel.
Testes A, B, C e D O teste A consiste na medição da estabilidade do potencial zeta da emulsão, sob condições de esforço térmico.
Mede-se o potencial zeta da emulsão em T=0, i.e., logo que a emulsão é preparada, registando-se o valor obtido como Z0. Selam-se, em frascos de vidro (Tipo I)de 10 mL de capacidade real, sob atmosfera de azoto(sem borbulhar), 5-10 mL de emulsão e armazenam-se a 80°C ΡΕ1937212 19
Depois, em T=15 horas, mede-se o potencial zeta
Zl5h ·
Calcula-se então o valor δΑ = Zi5h-Z0.
Para cada medição do potencial zeta, opera-se como se segue: 0 potencial zeta da superfície da goticula na emulsão é determinado por mobilidade electroforética num aparelho, como o Malvern Zetasizer 2000 (Malvern Instruments, UK) equipado com software adequado e calibrado com o padrão fornecido. A emulsão é diluída em água bidestilada, se necessário, para se obter a intensidade de difracção que permite a detecção óptima das partículas. O ritmo de contagem da amostra deve situar-se entre 100 e 1000 KCps, na detecção homódina (se for utilizada detecção heteródina, deve deduzir-se a contribuição do feixe de referência). Realizam-se três medições consecutivas a 25°C, utilizando uma potencial celular constante de 150 mV. A mobilidade electroforética é convertida em valores de potencial zeta através da equação de Smoluchowski, utilizando as constantes dieléctricas e a viscosidade da água. O valor da medição corresponde à média dos três valores obtidos.
Considera-se que a emulsão satisfaz a estabilidade do potencial zeta para o Teste A se ôa é inferior ao 20 ΡΕ1937212 erro padrão das medições, preferencialmente inferior a 10 mV e ainda mais preferencialmente inferior a 5 mV.
De acordo com uma realização vantajosa, a emulsão oftálmica de acordo com a invenção, a emulsão satisfaz o Teste B de estabilidade do potencial zeta. O Teste B é similar ao Teste A, excepto por a emulsão ser armazenada durante 48 horas a 80°C, sendo o potencial Z2 medido no dia 2, calculando-se depois δΒ = Z2-Z0. Considera-se que a emulsão satisfaz o requerimento de estabilidade do potencial zeta no Teste B se δΒ for inferior ao erro padrão das medições, preferencialmente inferior a 10 mV e ainda mais preferencialmente inferior a 5 mV.
De acordo com uma realização mais vantajosa da invenção, a emulsão oftálmica de acordo com a invenção satisfaz o Teste C de estabilidade do potencial zeta. O Teste C é similar ao Teste A, excepto por a emulsão ser armazenada durante 7 dias a 80°C, sendo o potencial Z7 medido no dia 7, calculando-se depois δΒ = Z7-Zo. Considera-se que a emulsão satisfaz o requerimento de estabilidade do potencial zeta do Teste C se ÔC for inferior ao erro padrão das medições, preferencialmente inferior a 10 mV e ainda mais preferencialmente inferior a 5 mV. 21 ΡΕ1937212
De acordo com uma realização ainda mais vantajosa da invenção, a emulsão oftálmica de acordo com a invenção satisfaz o Teste D de estabilidade do potencial zeta. 0 Teste D é similar ao Teste A, excepto por a emulsão ser armazenada durante 14 dias a 80°C, sendo o potencial Zi4 medido no dia 14, calculando-se depois δΒ = Zi4-Z0. Considera-se que a emulsão satisfaz o requerimento de estabilidade do potencial zeta do Teste D se δϋ for inferior ao erro padrão das medições, preferencialmente inferior a 10 mV e ainda mais preferencialmente inferior a 5 mV.
De acordo com outro aspecto, a invenção rela-ciona-se com um processo para manufactura das emulsões aqui acima descritas.
As emulsões são preparadas como se segue: - dissolve-se a prostaglandina na fase oleosa, a que opcionalmente se adiciona outro ingrediente hidrofóbico oftalmologicamente activo, - a fase aquosa, a que opcionalmente se adiciona outro ingrediente hidrofóbico oftalmologicamente activo, é rapidamente adicionada à fase oleosa, a emulsão grosseira obtida é aquecida rapidamente, preferencialmente a 75°C, - diminui-se o tamanho das goticulas por qualquer meio adequado conhecido pelos técnicos da matéria, por exemplo, por mistura por corte, 22 ΡΕ1937212 - baixa-se a temperatura da emulsão até 20°C, utilizando um banho de gelo e homegeniza-se. - Ajusta-se o pH para 7-8, - esteriliza-se a emulsão. A invenção também se relaciona com a utilização de uma emulsão oftálmica catiónica óleo-em-água como aqui acima descrito para a preparação de uma composição oftálmica para tratamento de hipertensão ocular e/ou para tratamento de glaucoma.
De acordo com outro aspecto, a invenção relaciona-se com uma formulação oftálmica compreendendo uma emulsão, como anteriormente descrito, opcionalmente em combinação com um veiculo oftalmologicamente aceitável, na forma de gotas oculares, pomadas oculares, gel oftálmico. Nas referidas formulações oftálmicas pode existir uma quantidade farmaceuticamente eficaz de um ingrediente activo sobre ou no interior do veiculo oftalmologicamente aceitável . A invenção também se dirige a um dispositivo de libertação seleccionado do grupo que consiste em lentes, compressas oculares, implantes, inserções, contendo o referido dispositivo uma emulsão como anteriormente descrita. A invenção é ainda descrita pelos exemplos abaixo. ΡΕ1937212 23
EXEMPLOS
Nos exemplos que se seguem, são utilizadas as seguintes abreviaturas:
Triglicéridos de Cadeia Média, MCT: TCMTM (Sociétè dês Oléagineux) BAK: cloreto de benzalcónio (FeF Chemicals,
Dinamarca)
Lutrol: Lutrol F68TM (BASF)
Tyloxaplo: Triton WR 1339 (Ruger Chemical USA) Z29 : latanoprost
Exemplo 1
Emulsão Z29EMD02 Z29EM003 Z29M05 Z29EM007 Composição 1% MST 1% MCT 0,02% BAK, 0,02% BAK, 0,1% lípido 0,1% Tyloxapol 1% MCT 1% MGT 0,05% AO 0,05% AO 0,16% Tyloxapol 0,3% Tyloxapol 0,005% Vit.E 0,005% Vit.E 0,01% Vit. E, 0,01% Vit. E, 0,25% Lutrol 0,25% Lutrol 0,25% Lutrol 0,1% Lutrol 2,25% Glicerina 2,25% Glicerina 2,25% glicerina 2,25% glicerina água até 100% água até 100% água até 100% água até 100% Z29 0,005% Z29 0,005% Z29 0,005% Z29 0,005% Potencial zeta no T0: 22,4 T0: 21,8 teste de esforço T7: 24,1 Γ7: 18,8 T15: 19,8 TL5: 18,9 Tamanho da goticula T0: 160 T0: 212 (nm) no teste de T7: 173 Γ7: 225 esforço T15: 185 TL5: 236 ΡΕ1937212 24
Emulsão Z29EMD08 Z29EMD11 Ccnposição 0,02% BAK, 0,02% BAK, 1% M2T 1% M2T 0,3% Tyloxapol 0,3% Tyloxapol 0,1% Lutrol 0,1% Lutrol 2,25% glicerina 2,25% glicerina água até 100% água até 100% Z29 0,005% Z29 0,005% Potencial zeta no TO: 2,6 teste de esforço T7: 18,5 T15: 16,2 Tamanho da gotícula TO: 201 (nm) no teste de T7: 212 esforço T15: 216
Pesaram-se os componentes da fase oleosa, incluindo 0,005% de latanoprost (designado como Z29 nas Tabelas) em sucessão no mesmo copo e agitaram-se magneticamente com ligeiro aquecimento (40°C) até se obter uma fase ligeiramente viscosa. Pesaram-se em sucessão, no mesmo copo, os componentes da fase aquosa e agitaram-se magneticamente com ligeiro aquecimento (40°C) até se obter uma fase transparente, limpida e fluida. Aqueceram-se ambas as fases até 65°C. Formou-se uma emulsão grosseira por adição rápida da fase aquosa à fase oleosa, e aquecimento rápido até 75°C. Protegeram-se os copos com a fase aquosa e com a emulsão grosseira com uma película para evitar a evaporação de água. A emulsão apresentou-se branca e ligeiramente transparente. Diminuiu-se depois o tamanho das gotículas na emulsão por mistura a velocidade elevada, durante 5 min., num Polytron PT 6100. A emulsão tounou-se leitosa. Baixou- 25 ΡΕ1937212 se a temperatura da emulsão até 20°C utilizando um banho de gelo.
Obteve-se a emulsão final por homegenização num microfluidificador (C5, Avestin) utilizando ciclos contínuos durante 5 min. a uma pressão de 10 000 psi. A emulsão apresentou-se leitosa, muito fluida e não aderiu ao vidro. Baixou-se a temperatura da emulsão até 25°C. Mediu-se o pH e ajustou-se até 7,0 utilizando uma solução 0,1 M de HC1 ou 0,1 M de NaOH. Acondicionou-se a emulsão em frascos de vidro com borbulhamento de azoto e esterilizou-se em autoclave durante 20 min a 121°C.
Determinou-se o tamanho médio das partículas de gotículas de emulsão por difracção quase-elástica de luz, após diluição em água, utilizando um High Performance Particle Sizer (Malvern Instruments, UK). A mobilidade electroforética foi medida a 25°C, num Malvern Zetasizer 2000 (Malvern Instruments, UK), apó uma diluição 1:200 em água bidestilada, como detalhado acima, e convertida em potencial zeta através da equação de Smoluchowski.
Exemplo 2
Comparou-se a melhoria da estabilidade de latonoprost em emulsão, com o produto comercial (Xalatan®). 26 ΡΕ1937212
Comparou-se a estabilidade química de latanoprost nas emulsão com o produto comercial Xalatan®, a 80°C, durante 14 dias (figura 1).
Analisaram-se os teores de prostaglandina por um método de HPLC-W.
Nas emulsões de acordo com a invenção, o latanoprost está quimicamente estabilizado.
Exemplo 3
Os estudos in vivo demonstraram que a emulsão de latanoprost é tão eficiente como o produto comercialmente disponível (Xalatan®) na redução de IOP (pressão intraocular). Métodos: Utilizaram-se neste estudo 8 macacos cynomolgus fêmea, adultos, pesando cada um 3-8 kg, em que se induziu glaucoma por fotocoagulação da rede trabecular média com laser de diodo. Mediu-se a pressão intraocular (IOP) às 0 horas (antes da administração do fármaco) e depois, todas as horas até 6 horas após a administração do fármaco, para se formarem linhas base para um dia, um dia com tratamento com veículo, e 1, 3 e 5 dias de tratamento com 30 pL de Z29EM007 (semelhante à emulsão descrita no Exemplo 1) ou 0,005% de Latanoprost (Xalatan; Pharmacia & Upjohn, Kalamazoo, MI). 27 ΡΕ1937212
Aplicaram-se os produtos topicamente ao olho glaucomatoso, uma vez por dia durante 5 dias consecutivos, num desenho cruzado, com um período de limpeza de pelo menos 2 semanas entre os dois fármacos.
Resultados: a adinistração, uma vez por dia, tanto de Z29EM007 com de Xalatan durante 5 dias reduziu significativamente (p<0,005) o IOP, de 1 a 45 horas após a primeira dose, em comparação com o tratamento com veículo (Figura 2). O efeito hipotensivo ocular foi melhorado por dosagem repetida tanto com Z29EM007 como com Xalatan. Não se observou diferença estatística de redução de IOP (p> 0,80) durante os cinco dias de tratamento, quando se comparam ο Z29EM007 e Xalatan. O IOP, no dia de início e dia de tratamento com veículo, não era estatisticamente diferente, entre os dois fármacos (p>0,90). O latanaprost nas emulsões de acordo com a
TM invenção e tão eficiente como o Xalatan comercialmente disponível.
Lisboa, 22 de Novembro de 2010

Claims (28)

  1. ΡΕ1937212 1 REIVINDICAÇÕES 1. Emulsão oftálmica catiónica de tipo óleo-em-água, compreendendo partículas coloidais possuindo um núcleo oleoso rodeado por uma película interfacial, compreendendo a referida emulsão pelo menos um agente catiónico e pelo menos um surfactante não iónico, seleccionado do grupo que consiste em poloxâmeros, tiloxapol, polisorbatos, derivados polioxietileno de óleo de rícino, esteres de sorbitano, estearatos de polioxilo ou uma mistura de dois ou mais deles, compreendendo o referido núcleo oleoso, um fármaco seleccionado do grupo que consiste em latanoprost, uneprostona isopropilo, travoprost, bimatoprost, taflu-prost, 8-isoprostaglandina E2 ou uma mistura de dois ou mais destes, nõ possuindo a referida emulsão polímeros solúveis em água seleccionados de composto polivinilo, composto de celulose solúvel em água e um polissacarídeo.
  2. 2. Emulsão oftálmica catiónica do tipo óleo-em-água, de acordo com a reivindicação 1, em que o fármaco é latanoprost.
  3. 3. Emulsão oftálmica catiónica do tipo óleo-em-água, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, não possuindo a referida emulsão um polímero solúvel em água seleccionado de (1) um composto polivinilo, tal como álcool polivinílico e polivinilpirrolidona, (2) um composto de celulose solúvel em água, tal como metilcelulose, 2 ΡΕ1937212 hidroxietilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose e/ou celulose sódica, e (3) um polissacarídeo seleccionado de ácido algínico, goma de xantano, carragenano e quitosano.
  4. 4. Emulsão oftálmica catiónica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, compreendendo pelo menos uma outra substância farmaceuticamente activa, no núcleo oleoso ou na parte aquosa da emulsão.
  5. 5. Emulsão oftálmica catiónica de tipo óleo-em-água, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, compreendendo ainda um composto anti-inflamatório, preferencialmente um composto anti-inflamatório não esteroidal ou um ácido gordo ómega-3.
  6. 6. Emulsão oftálmica catiónica de tipo óleo-em-água, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, em que a emulsão compreende também, pelo menos uma outra substância anti-glaucomatosa farmaceuticamente activa seleccionada do grupo compreendendo bloqueadores beta, tais como levobunolol, befundol, forscolina, metipranolol, carteolol, timolol,; inibidores da anidrase carbónica, tais como brinzolamida, dorzolamida, acetazolamida, meta-zolamida, diclorofenamida; simpatomiméticos, tais como brimonidina, apraclonidina, dipivefrina, epinefrina; parassimpatomiméticos tal como pilocarpina; inibidores da colinesterase,tais como fisostigmina, acotiofato e/ou seus derivados; e/ou seis sais opticamente aceitáveis. 3 ΡΕ1937212
  7. 7. Emulsão oftálmica catiónica de tipo óleo-em-água, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, em que a quantidade de fármaco, seleccionado do grupo que consiste em latanoprost, uneprostona isopropilo, travo-prost, bimatoprost, tafluprost, 8-isoprostaglandina E2 ou uma mistura de dois ou mais destes, no núcleo oleoso, é de 0,001 a 1% p/p, preferencialmente de 0,002 a 0,3% p/p e ainda mais preferencialmente, de 0,004 a 0,15% p/p.
  8. 8. Emulsão oftálmica catiónica de tipo óleo-em-água, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, em que a concentração de agente catiónico está compreendida entre 0,001 a 0,1% p/p, preferencialmente entre 0,002 e 0,05% p/p e ainda mais preferencialmente entre 0,003 e 0,03% p/p.
  9. 9. Emulsão oftálmica catiónica do tipo óleo-em-água, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, em que a concentração nonúcleo oleoso não é superior a 7% p/p, preferencialmente, entre 0,5 a 5% p/p e ainda mais preferencialmente, entre 1 a 3% p/p.
  10. 10. Emulsão oftálmica catiónica, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, em que a concentração do agente não iónico é inferior a 1% p/p, e preferencialmente compreendido entre 0,01 a 0,6% p/p.
  11. 11. Emulsão oftálmica catiónica do tipo óleo-em-água, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, 4 ΡΕ1937212 em que o agente catiónico é seleccionado do grupo que consiste em C10-C24 alquilaminas primárias, aminas alifáticas terciárias, compostos de amónio quaternário, lipidos catiónico, amino alcoóis, sais biguanido, compostos catiónicos e uma mistura de dois ou mais destes.
  12. 12. Emulsão oftálmica catiónica do tipo óleo-em-água, de acordo com a reivindicação 11, em que o sal biguanido é seleccionado do grupo compreendendo clor-hexi-dina e seus sais, poliaminopropil biguanido, fenformina, alquilbiguanido ou uma mistura de dois ou mais destes.
  13. 13. Emulsão oftálmica catiónica do tipo óleo-em-água, de acordo com a reivindicação 11, em que o composto de amónio quaternário é seleccionado do grupo compreendendo halogeneto de benzalcónio, halogeneto de lauralcónio, cetrimida, halogeneto de hexadeciltrimetilamónio, halogeneto de tetradeciltrimetilamónio, halogeneto de dodecil-metilamónio, halogeneto de cetromónio, halogeneto de benze-tónio, halogeneto de benalcónio, halogeneto de cetalcónio, halogeneto de cetetildomónio, halogeneto de cetilpiridinio, halogeneto de benzododecinio, halogeneto de cloralil metenanina, halogeneto de miristilalcónio, halogeneto de estealcónio ou ouma mistuira de dois ou mais deles, sendo halogeneto, preferencialmente, cloreto ou brometo.
  14. 14. Emulsão oftálmica catiónica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, em que o referido agente catiónico é seleccionado do grupo compreendendo 5 ΡΕ1937212 cloreto de benzalcónio, cloreto de lauralcónio, brometo de denzododecínio, cloreto de benzetónio, brometo de hexa-deciltrimetilamónio, brometo de tetradeciltrimetilamónio, brometo de dodeciltrimetilamónio ou uma mistura de dois ou mais destes.
  15. 15. Emulsão oftálmica catiónica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, em que o agente catiónico é seleccionado de pelo menos um halogeneto de amónio quaternário, em que o átomo de azoto é substituído por pelo menos um grupo alquilo possuindo pelo menos 14 átomos de carbono.
  16. 16. Emulsão oftálmica catiónica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, em que a fase oleosa possui um valor de iodo inferior a 50, preferencialmente igual ou inferior a 15, mais preferencialmente, igual ou inferior a 5 e ainda mais preferencialmente, igual ou inferior a 1.
  17. 17. Emulsão oftálmica catiónica de acordo com a reivindicação 16, em que a fase oleosa compreende um ou mais componentes seleccionados do grupo que consiste em óleo mineral e óleo mineral leve, triglicéridos de cadeia média (MCT), óleo de coco; óleos hidrogenados, incluindo óleo de semente de algodão hidrogenado, óleo de palma hidrogenado, óleo de rícino hidrogenado ou óleo de soja hidrogenado; derivados polioxietileno de óleo de rícino hidrogenado, incluindo óleo de rícino hidrogenado polyoxyl- 6 ΡΕ1937212 40, óleo de rícino hidrogenado polyoxyl-60 ou óleo de rícino hidrogenado polyoxyl-100.
  18. 18. Emulsão oftálmica catiónica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 17, em que o óleo é MCT .
  19. 19. Emulsão oftálmica catiónica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 18, compreendendo cloreto de benzalcónio como agente catiónico e tiloxapol como surfactante não iónico.
  20. 20. Emulsão oftálmica catiónica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 19, em que a emulsão contém cloreto de benzalcónio como agente catiónico e uma combinação de tiloxapol e poloxâmero.
  21. 21. Emulsão oftálmica catiónica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 20, em que as referidas partículas coloidais possuem um tamanho médio de partículas igual ou inferior a 1 [mu]m, vantajosamente, igual ou inferior a 300 nm, mais vantajosamente, no intervalo de 100 a 250 nm.
  22. 22. Emulsão oftálmica catiónica do tipo óleo-em-água, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 21, em que a emulsão satisfaz os requerimentos do Teste A de estabilidade do potencial zeta, como definido na descrição, em que o potencial zeta da emulsão é medido em T=0, a emulsão é armazenada a 80°C durante 15 horas e medindo-se 7 ΡΕ1937212 em T=15 horas, satisfazendo a emulsão os requerimentos do Teste A de estabilidade do potencial zeta, quando a variação do potencial zeta, delta A = Zi5h-Z0, entre as duas medições, é inferior ao erro padrão das medidas, preferencialmente inferior a 10 mV.
  23. 23. Emulsão oftálmica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 21, que satisfaça os requerimentos dos Teste B de estabilidade do potencial zeta, como definido na descrição, em que o potencial zeta Z0 da emulsão é medido em T=0, a emulsão é armazenada durante 48 horas a 80°C, medindo-se o potencial zeta Z2 da emulsão no dia 2, satisfazendo a emulsão os requerimentos do Teste B de estabilidade do potencial zeta, em que a variação do potencial zeta, delta B = z2-z0, entre as duas medições, é inferior ao erro padrão das medidas, preferencialmente inferior a 10 mV.
  24. 24. Emulsão oftálmica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 21, que satisfaça os requerimentos dos Teste C de estabilidade do potencial zeta, como definido na descrição, em que o potencial zeta Z0 da emulsão é medido em T=0, sendo depois a emulsão armazenada durante sete dias a 80°C, medindo-se o potencial zeta Z7 da emulsão no dia 7, satisfazendo a emulsão os requerimentos do Teste C de estabilidade do potencial zeta, em que a variação do potencial zeta, delta C = Z7-Z0, entre as duas medições, é inferior ao erro padrão das medidas, preferencialmente inferior a 10 mV. 8 ΡΕ1937212
  25. 25. Emulsão oftálmica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 21, que satisfaça os requerimentos dos Teste D de estabilidade do potencial zeta, como definido na descrição, em que o potencial zeta Z0 da emulsão é medido em T=0, sendo depois a emulsão armazenada durante 14 dias a 80°C, medindo-se o potencial zeta Zi4 da emulsão no dia 14, satisfazendo a emulsão os requerimentos do Teste D de estabilidade do potencial zeta, em que a variação do potencial zeta, delta D = Z44-Z0, entre as duas medições, é inferior ao erro padrão das medidas, preferencialmente inferior a 10 mV.
  26. 26. Emulsão oftálmica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 25, estando a referida emulsão na forma de gotas oculares, pomada ocular, gel oftálmico.
  27. 27. Emulsão oftálmica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 26, em que a emulsão se encontra num dispositivo de libertação seleccionado do grupo que inclui lentes, compressar oculares, implantes e inserções.
  28. 28. Utilização de uma emulsão oftálmica catió-nica do tipo óleo-em-água, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 27, para a preparação de uma composição oftálmica para tratamento de hipertensão ocular e/ou para tratamento de glaucoma. Lisboa, 22 de Novembro de 2010 PE1937212 1/2 Teor em fármaco (%)
    U^VmWXVmMWkMMMMU Figura 1 PE1937212 2/2 *QP tmm H
    Tempo (horas) Figura Ξ 1 ΡΕ1937212 REFERÊNCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO Esta lista de referências citadas pelo requerente é apenas para conveniência do leitor. A mesma não faz parte do documento da patente Europeia. Ainda que tenha sido tomado o devido cuidado ao compilar as referências, podem não estar excluídos erros ou omissões e o IEP declina quaisquer responsabilidades a esse respeito. Documentos de patentes citadas na Descrição * US 8011082A US45803S3A * US53SSS19-A * US 6087828 A « U$ 5848792 A · WO 2835044276 A Literatura que não é de patentes citada na Descrição * C D«bba»& st ai ffjMSsfcgsi;*?· Msml 9dsiK*, M»«h 280^ vc-5.42 : » KiangstaL PNm De* Teomiog?, S2US's2 '* Was,hín#stí ISf&W·. 23. 131-1*5 Tamtfv&nsn Fwref « cb ξαζ. JiPtiam; Smtmtm,. 28S£ ml 53.253-285
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