PT1910579E - Pedaços de açúcar fortificados com pelo menos uma substância com interesse, processo de fabrico - Google Patents

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PT1910579E
PT1910579E PT57933756T PT05793375T PT1910579E PT 1910579 E PT1910579 E PT 1910579E PT 57933756 T PT57933756 T PT 57933756T PT 05793375 T PT05793375 T PT 05793375T PT 1910579 E PT1910579 E PT 1910579E
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Guy Sasia
Jocelyn-Hugues Simeon
Laurent Ranson
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Saint Louis Sucre
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Description

1
DESCRIÇÃO "PEDAÇOS DE AÇÚCAR FORTIFICADOS COM PELO MENOS UMA SUBSTÂNCIA COM INTERESSE, PROCESSO DE FABRICO" A invenção presente diz respeito a um processo de fabrico de pedações de açúcar fortificados com pelo menos uma substância com interesse seleccionada de entre as vitaminas, as proteínas, os micro-organismos, os corantes e as moléculas voláteis que se apresentem sob a forma de micropartícuias comportando um revestimento solúvel em água, bem como aos pedações de açúcar fortificados deste modo que sejam susceptíveis de serem obtidos de acordo com um tal processo.
Denomina-se vitamina A qualquer composto natural que apresente características biológicas semelhantes às do retinol. Com efeito, o retinol é o principal precursor da molécula de vitamina A activa. Os carotenóides sao pigmentos dos vegetais, possuindo alguns deles uma actividade de vitamina A, sendo o mais conhecido ο β- caroteno. A actividade de vitamina A destes compostos exprime-se em relação à do retinol de acordo com um sistema de equivalente a retinol (ER); nos seres humanos, 6 mg de β-caroteno têm a mesma actividade que 1 mg de retinol. Deve registar-se que a denominação "retinóides", que agrupa tanto compostos naturais como compostos de síntese 2 (medicamentos), não é utilizada num enquadramento alimentar. A vitamina A é indispensável ao longo de toda a vida. Com efeito, o seu papel principal no mecanismo da visão está hoje em dia claramente estabelecido. Ela também intervém na regulação (activação, repressão) da expressão dos genes, e está deste modo implicada em numerosas funções do organismo: desenvolvimento do embrião, crescimento das células, renovação dos tecidos (pele, mucosa intestinal), sistema imunológico... Para além das propriedades da vitamina A, o $-caroteno pode agir como antioxidante (destruição de radicais livres).
Na alimentação humana, a vitamina A está presente sob a forma de retinol e a dos seus derivados, a titulo exclusivo, nos produtos de origem animal, e sob a forma de carotenóides pro-vitaminicos essencialmente nos produtos de origem vegetal. Os fígados de peixe e de animais domésticos apresentam os teores mais elevados em retinol. No entanto, nos países industrializados, são os produtos lácteos, a manteiga e os ovos, que contribuem a maior parte da vitamina A na dieta.
Os valores diários recomendados de consumo (AJR) para a vitamina A variem em função da idade e do sexo dos indivíduos a que dizem respeito. Eles estão listados na
Tabela 1 adiante: 3 TABELA 1
GRUPO ETÁRIO CONSUMOS
DIÁRIOS
j (yG de ER/DIA)* I
Bebés | 350 j
Crianças 1-3 anos \ 400 j
Crianças 4-6 anos \ 450 j
Crianças 7-9 anos \ 500 j
Crianças 10-12 anos \ 550 \
Adolescentes 13-15 anos \ 700 \
Adolescentes 13-15 anos \ 600 |
Adolescentes 16-19 anos e homens j 800 j adultos | \
Adolescentes com 16-19 anos e \ 600 \ mulheres adultas í \
Mulheres grávidas (3o trimestre) I 700 \
Mulheres em aleitação | 950 \ :* ER : equivalente de retinol; 6 yg de β-caroteno têmj \a mesma actividade de vitamina que 1 yg de retinol,| tu seja 1 yg ER; 1 Unidade Internacional (UI) = 0,303| yg de retinol \ E portanto importante assegurar uma alimentação que permita fornecer um valor correcto de AJR em vitamina A. 4 A diminuição da acuidade visual, sobretudo em condições de luz crepuscular (visão nocturna), é um dos primeiros sinais aparentes da carência de vitamina A nos seres humanos (hemeralopia). Carências severas de vitamina A provocam: • uma perturbação da matriz orgânica dos ossos levando a patologias da ossificação; • patologias dermatológicas cutâneas (secagem, hiperqueratose) e nas mucosas (secagem, ulcerações brônquicas, digestivas e oculares (xeroftalmia)); • uma diminuição do crescimento em estatura e peso (atrasos de crescimento); etc. • uma diminuição da resistência às infecções.
Parece que a carência de vitamina A não existe nos países industrializados, ao contrário dos problemas graves de saúde pública que existem nos países em vias de desenvolvimento (PVD). A carência de vitamina A (CVA) é um problema de saúde pública em muitos países e afecta 140-250 milhões de crianças em idade pré-escolar à escala mundial. Nas regiões atingidas por este problema, a CVA é a causa de vinte e cinco por cento das mortes infantis. Investigações mais recentes indicam que a CVA poderá ser um factor risco importante na mortalidade maternal. 5
Na Cimeira Mundial para as Crianças em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a UNICEF e os governos de todos os países do mundo tinham-se comprometido a eliminar a CVA a título de problema de saúde pública, bem como todas as suas sequelas, incluindo a cegueira, até ao ano 2000. No entanto, constata-se hoje em dia que este problema ainda é actual, uma vez que apenas 35 países conseguiram eliminar a CVA no prazo acordado. É necessário e urgente fazer esforços suplementares para acelerar o progresso em relação a este objectivo. com efeito, no seu relatório acerca da saúde mundial de 2003, a OMS estimou que as CVA eram responsáveis por 16 % do fardo mundial das doenças provocadas pela malária, 18 % do fardo das doenças com carácter diarreico, e de uma parte importante de todos os casos de infecção respiratória severa bem como de sarampo.
Uma das maneiras de remediar este problema é o de fornecer provisões aos PVD em produtos alimentares de consumo corrente fortificados em vitamina A de modo a serem utilizados para suplementar o fornecimento às populações afectadas de um modo simples, eficaz e sistemático.
No sentido da invenção presente, entende-se por "fortificação", a adição de pelo menos uma substância com interesse a alimentos e condimentos regularmente utilizados por uma parte significativa da população - por exemplo a farinha, o açúcar, o sal, o óleo de fritura, e os molhos. 6
Um dos alimentos mais consumidos à escala mundial é o açúcar. Ele constitui portanto um alvo privilegiado para suplementar populações desfavorecidas que apresentem uma carência ou um risco de CVA. É deste modo que as legislações de um determinado número de países em via de desenvolvimento, e em especial Africanos, foram modificadas para impor às entidades da indústria açucareira, um aprovisionamento em açúcar fortificado com vitamina A.
Hoje em dia, o açúcar fortificado com vitamina A é produzido sob a forma de açúcar em pó de acordo com um processo de preparação utilizado há longa data na indústria açucareira.
Com efeito, a título de exemplo, a patente Francesa N° FR 1.539.071, emitida a 5 de agosto de 1968, descreve nomeadamente um processo de fortificação de açúcar seco (não líquido) com vitaminas, minerais ou produtos análogos, de acordo com um método de múltiplas diluições, consistindo num passo inicial na preparação de uma mistura prévia contendo vitaminas, agentes anti-aglomerantes e agentes de diminuição do odor, com uma pequena quantidade de açúcar, e em seguida a misturar este material com quantidades sucessivas de açúcar em pó cada vez maiores, por exemplo numa misturadora de duplo tambor. 7
Por outro lado, numerosas substâncias com interesse tais como por exemplo as vitaminas, as proteínas tais como por exemplo os enzimas, as leveduras, determinados corantes, são sensíveis às agressões externas degradando-se as suas propriedades quando são postas em contacto com um ambiente desfavorável à sua conservação em bom estado (humidade, calor, ar ambiente, luz). Outras substâncias com interesse têm um carácter volátil e não podem ser utilizadas caso não comportem um sistema que permita impedir a sua volatilização.
Foi portanto proposto protegerem-se estas substâncias sensíveis envolvendo-as de modo a isolar a substância em relação ao seu ambiente exterior de modo a diminuir a sua degradação ou a volatilização, ao longo do tempo, na maior parte dos casos estes revestimentos são solúveis em água para a substância que envolvem seja facilmente acessível por simples dissolução do invólucro no momento da utilização. A vitamina A é um exemplo de uma substância extremamente sensível à oxidação, e portanto facilmente degradável. Diferentes sociedades propõem neste momento no mercado palmitato de vitamina A sob forma seca cuja estabilidade é reforçada por um sistema antioxidante. De um modo mais pormenorizado, estes produtos apresentam-se sob a forma de micropartícuias constituídas por palmitato de vitamina A, com um revestimento que pode ser constituído por goma-arábica, açúcar, amido, e/ou dextrina, em associação com um ou mais agentes antioxidantes. Podem assim mencionar-se os complexos vitaminados sob a forma de palmitato de vitamina A vendidos pela sociedade BASF sob as referências VAP 250 CK CWD (revestimento constituído por goma-arábica, açúcar e amido, e contendo uma mistura de butil-hidroxitolueno (BHT) e de ascorbato de sódio a título de agentes antioxidantes) e VAP 250 MS CWD (revestimento constituído por dextrina, açúcar e amido e contendo butil-p-cresol a título de agente antioxidante) ou então pela sociedade DSM (Alemanha) sob as referências 250 S/N e 250 S/N-B (revestimento em açúcar e amido com uma mistura de BHT com ascorbato de sódio a título de agentes antioxidantes). Estas micropartícuias revestidas apresentam uma granulometria muito fina, que de acordo com os fabricantes, deve garantir uma conservação e portanto uma estabilidade melhoradas da vitamina A, bem como uma distribuição homogénea das micropartículas de vitamina A quando elas são incorporadas em pós, em especial em açúcar em pó.
No entanto, a suplementação com vitamina A às populações, por intermédio de açúcar em pó fortificado em vitamina A apresenta um determinado número de inconvenientes: • a apresentação do açúcar sob a forma de um pó não permite dosear com precisão as quantidades de vitamina A ingeridas: é com efeito muito difícil distribuir o material por 9 unidades de dose com um peso constante e reprodutível, de indivíduo para indivíduo, sem pesar com precisão e portanto fastidiosamente as quantidades de açúcar em pó que se administram. Além disto, apesar da utilização de complexos vitamínicos sob a forma de microesferas tais como as mencionadas anteriormente, a vitamina A tem no entanto tendência a segregar-se durante a manipulação e a armazenagem do açúcar em pó, originando uma distribuição final desigual e não homogénea no pó. Dela resulta que as partes superiores dos contentores de açúcar em pó estão empobrecidas em vitamina, enquanto os fundos dos contentores se encontram enriquecidos em vitamina, o que torna ainda mais aleatória a administração de uma quantidade bem precisa de vitamina a cada indivíduo; • os processos de preparação de açúcar em pó fortificado em vitamina A nem sempre se adaptam completamente à fragilidade das micropartícuias de vitamina A (nomeadamente as operações de incorporação e de mistura dos pós), levando, numa parte não desprezável, à alteração do revestimento e portanto a uma oxidação prematura, com perda de actividade, da vitamina A no produto acabado. 10
Por último, o fabrico de açúcar em pedaços obriga a um passo de moldagem do açúcar em pó humidificado com água que não é infelizmente compatível com a natureza solúvel do revestimento das micropartículas de substâncias com interesse com as quais se pretende fortificar o açúcar. É portanto para remediar ao conjunto destes inconvenientes que os Inventores seleccionaram como alvo conseguir um processo que permita fabricar açúcar em pedaços, fortificado com micropartículas contendo pelo menos uma substância com interesse e munidas de um revestimento solúvel em água, levando a produto acabado que: • assegurando uma melhore estabilidade ao longo do tempo para esta substância com interesse, do que os processos actuais, • contendo a substância com interesse numa distribuição homogénea e igualmente estável ao longo do tempo, e • permitindo uma administração de acordo com uma dosagem de precisão em substância com interesse, de modo a assegurar uma correlação fiável e directa entre as quantidades de açúcar e de substância com interesse que são ingeridas (no caso de uma vitamina: % AJR / quantidade de açúcar, por exemplo). 11
Os Inventores desenvolveram portanto um processo que corresponde ao conjunto destes objectivos e que permite preparar pedaços de açúcar fortificados com microparticulas de pelo menos uma substância com interesse seleccionada de entre as vitaminas, as proteínas, os micro-organismos, os corantes e as moléculas voláteis, comportando um revestimento solúvel em água. A invenção presente tem portanto como primeiro objectivo um processo de fabrico de pedaços de açúcar fortificados com microparticulas de pelo menos uma substância com interesse seleccionada de entre as vitaminas, as proteínas, os micro-organismos, os corantes e as moléculas voláteis, comportando um revestimento solúvel em água, o qual inclui pelo menos o seguintes passos: a) a preparação de uma mistura prévia contendo pelo menos, a título de ingredientes, açúcar seco em pó e micropartículas de pelo menos uma substância com interesse seleccionada de entre as vitaminas, as proteínas, os micro-organismos, os corantes e as moléculas voláteis, comportando um revestimento solúvel em água; b) a incorporação da mistura prévia obtida em a) com açúcar em pó, tendo o referido açúcar sido previamente humidificado, em simultâneo ou em seguida à sua incorporação na mistura prévia; 12 c) a mistura da mistura prévia obtida em a) com açúcar em pó humidificado fortificado com substância com interesse; d) a moldagem do açúcar em pó húmido fortificado obtido em c); e e) a secagem dos pedaços de açúcar fortificados com substância com interesse, caracterizando-se o processo referido pelo facto de: o a mistura prévia referida do passo a) incluir também pelo menos um material gordo, o o passo a) de preparação da mistura prévia ser levado a cabo a uma temperatura superior à temperatura de fusão do referido material gordo; e que o o passo a) inclua pelo menos as duas seguintes etapas: o al) a introdução do material gordo no açúcar em pó, sob agitação, o a2) a mistura do açúcar em pó seco com o material gordo, e o a3) a adição das 1 microparticulas da referida substância com interesse na mistura prévia obtida em a2), sob agitação.
Graças a este processo, é agora possível: 13 • dominar a mistura de pós com diferentes granulometrias com o açúcar utilizado para a formação dos pedaços bem como a estabilidade destes pós no decurso do passo de moldagem; • assegurar uma distribuição homogénea e durável das microparticulas de substância(s) com interesse em cada pedaço de açúcar e deste modo garantir une dose precisa destas aquando da administração; • melhorar a estabilidade da substância com interesse: a apresentação do açúcar sob a forma de pedaços permite com efeito limitar a degradação da substância com interesse pelas agressões exteriores, tais como a oxidação, a humidade, o calor e a luz, de limitar as transferências de oxigénio e suprimir o problema da segregação que ocorre do açúcar em pó / substância com interesse, o qual ocorre na técnica anterior aquando da manipulação e da armazenagem do açúcar em pó.
De acordo com uma forma de concretização preferida da invenção, as sub-etapas al), a2) e a3) do passo a) são levadas a cabo pela ordem al), depois a2), e depois a3). 14
Durante a mistura prévia, o (ou os) materiais gordos são utilizados de preferência numa quantidade menor ou igual a cerca de 5 %, em peso, em relação ao peso total da referida mistura prévia, e ainda mais preferivelmente numa quantidade compreendida entre 1,0 e 2,0 %, em peso, em relação ao peso total da mistura prévia.
De acordo com a invenção, o (ou os) materiais gordos utilizados são preferivelmente seleccionados de entre os materiais hidrogenados e não hidrogenados, fraccionados ou não fraccionados, esterifiçados ou não esterifiçados.
Entre estes materiais gordos, podem nomeadamente citar-se o óleo de palma esteárico, o óleo de palma, a manteiga de cacau, a manteiga de amendoim, o óleo de palmiste, o óleo de coco hidrogenado ou não hidrogenado, as ceras alimentares que são misturas complexas de ésteres de ácidos gordos com álcoois gordos com cadeias compridas, tais como o produto comercializado soba denominação comercial Dynacet® (éster de glicerina), a cera microcristalina com origem petrolífera, os ácidos gordos tais como o ácido esteárico e palmítico, os óleos de girassol, de soja e de amendoim, bem como as misturas dos referidos materiais gordos.
De acordo com a invenção, o ou os materiais gordos utilizados são preferivelmente materiais gordos vegetais que têm uma temperatura de fusão compreendida 15 entre cerca de 10 e 50 °C. Numa forma de concretização especialmente preferida da invenção, selecciona-se o ou os materiais gordos utilizados de entre aqueles que apresentam uma temperatura de fusão compreendida entre cerca de 25 e 45 °C.
Entre estes óleos, preferem-se muito em especial o óleo de coco hidrogenado ou não hidrogenado. (temperatura de fusão (TF) compreendida entre 25 e 35°C).
No sentido da invenção presente, entende-se por açúcar seco em pó, cristais de sacarose ou uma mistura de cristais de sacarose com pelo menos mais um açúcar cristalizado ou pulverulento e/ou pelo menos um edulcorante sob uma forma pulverulenta. Qualquer que seja a sua natureza, o açúcar seco em pó utilizável de acordo com o processo conforma invenção, apresenta em geral uma granulometria média compreendida entre cerca de 0,3 mm e 1,0 mm, de preferência entre cerca de 0,4 e 0,8 mm.
De acordo com uma outra forma de concretização preferida da invenção, um tal açúcar em pó apresenta uma taxa de cristais finos, isto é com uma granulometria inferior a 0,25 mm, inferior a 6 %, em peso, preferivelmente inferior a 2 %, em peso, em relação ao peso total do açúcar em pó.
Durante a mistura prévia, o açúcar seco em pó representa preferivelmente entre cerca de 60 e 98 %, em 16 peso, e ainda mais preferivelmente entre cerca de 85 e 92 %, em peso, em relação ao peso total da mistura prévia.
As substâncias com interesse são preferivelmente seleccionadas de entre as substâncias sensíveis às agressões exteriores, tais como a luz, o calor, a humidade, ou à oxidação, e de entre as substâncias voláteis. 0 processo conforme a invenção permite com efeito incorporar no açúcar em pedaços uma substância sensível às agressões exteriores ou volátil que se apresente sob a forma de micropartículas envolvidas por um revestimento solúvel em água, seleccionadas de entre as vitaminas, e em especial as vitaminas A, B, C, D e E; as proteínas tais como os enzimas; os micro-organismos tais como as leveduras; os corantes; e as moléculas voláteis tais como os aromas.
Segundo uma forma de concretização especialmente preferida do processo conforme a invenção, a substância com interesse é seleccionada de entre as vitaminas, e ainda mais preferivelmente é a vitamina A.
No sentido da invenção presente, os termos "vitamina A" podem ser empregues tanto para designar a vitamina A como um dos seus derivados, tais como por exemplo o palmitato de vitamina A, de modo indiferente.
Estas substâncias com interesse são envolvidas num revestimento solúvel em água que pode por exemplo ser constituído por açúcar e/ou por um ou diversos polímeros 17 com natureza sacarídica tais como o amido, as dextrinas, as dextranas e as gomas tais como a goma-arábica.
Entre as micropartículas de vitamina A, preferem-se em especial as micropartículas de vitamina A cujo revestimento contenha pelo menos um agente antioxidante tais como as mencionadas anteriormente: VAP 250 CK CWD e VAP 250 MS CWD da sociedade BASF e 250 S/N e 250 S/N-B da sociedade DSM; as micropartículas de VAP 250 MS CWD e 250 S/N-B são especialmente preferidas de acordo com a invenção.
Na mistura prévia, as micropartículas de substâncias com interesse representam de preferência entre cerca de 1 e 35 %, em peso, e ainda mais preferivelmente entre cerca de 5 e 15 %, em peso, em relação ao peso total da mistura prévia.
Quando a substância com interesse é uma vitamina, é igualmente possível definir a quantidade de substância com interesse em Unidades Internacionais (UI). Nesse caso, ela estará de preferência presente à razão de entre cerca de 10.000 e 40.000 UI por grama de mistura prévia. Estes valores são aplicáveis em especial quando a vitamina é a vitamina A.
Para além dos ingredientes mencionados acima, a mistura prévia preparada no passo a) do processo conforme a invenção pode além disto conter um ou mais aditivos, 18 nomeadamente um ou diversos agentes antioxidantes utilizados classicamente na indústria agro-alimentar, tais como o BHT, a lecitina, o ácido ascórbico, o ascorbato de sódio, o palmitato de ascorbilo, o butil-p-cresol, o a-tocoferol, o di-a-tocoferol, e as suas misturas tais como a mistura de di-a-tocoferol com palmitato de ascorbilo e lecitina que é vendida por exemplo sob a designação comercial Ronoxan-A® pela sociedade ROCHE (França).
Segundo uma forma de concretização especifica da invenção, quando se utiliza um agente antioxidante, ele é preferivelmente introduzido no açúcar em pó seco ao mesmo tempo que o material gordo, isto é, no decurso da sub-etapa al) .
Segundo uma forma de concretização preferida da invenção, o açúcar seco em pó utilizado na sub-etapa al) é preferivelmente préaquecido a uma temperatura compreendida entre cerca de 25 e 70°C, e ainda mais preferivelmente a uma temperatura compreendida entre cerca de 30 e 35°C. O material gordo utilizado no decurso da sub-etapa al) é preferivelmente aquecido até uma temperatura superior à sua temperatura de fusão antes de ser incorporado no açúcar seco em pó. A este respeito, é importante registar que quando se utiliza um aditivo tal como um agente antioxidante em conjunto com o material gordo, então aquece-se previamente 19 a mistura de material gordo com o aditivo a uma temperatura superior à temperatura de fusão da mistura de material gordo com aditivo antes de a incorporar no açúcar seco em pó. A titulo de exemplo, quando se utiliza uma mistura de óleo de coco com Ronoxan-A®, a mistura referida é preferivelmente aquecida até uma temperatura compreendida entre cerca de 30 e 70°C, e ainda mais preferivelmente a entre 45 e 55°C, antes de ser incorporada no açúcar em pó seco.
Igualmente no decurso daquela operação, a introdução do material gordo, eventualmente misturado com pelo menos um aditivo, é levada a cabo preferivelmente por injecção directa no açúcar em pó sob agitação, por exemplo recorrendo a uma lança de injecção.
Depois da sub-etapa al) , trata-se a mistura de açúcar em pó seco com material gordo (sub-etapa a2)) durante um período que pode variar entre cerca de 5 e 20 minuto, e mais preferivelmente ainda durante cerca de 10 minutos. A seguir à sub-etapa a3), isto é depois da introdução das micropartícuias de substâncias com interesse na mistura prévia, mantém-se preferivelmente ainda a agitação durante um período que pode variar entre cerca de 5 e 20 minutos, e ainda mais preferivelmente durante cerca de 10 minutos. 20
De acordo com a invenção, a quantidade de mistura prévia a utilizar durante o passo b), em peso, em relação à quantidade de açúcar em pó, em peso, varia em função da quantidade de substâncias com interesse presente na mistura prévia, e do teor final de fortificação que se pretende obter no açúcar em pedaços. A titulo indicativo, a razão ponderai mistura prévia / açúcar em pó, na altura do passo b), varia preferivelmente entre cerca de 1/1.000 e 1/100, e ainda mais preferivelmente entre cerca de 2/1.000 e 6/1.000.
Na altura do passo b) , a taxa d humidade no açúcar em pó humidificado está preferivelmente compreendida entre 1 e 3 %, em peso, em relação ao peso total da mistura; sendo muito especialmente preferida uma taxa de humidade compreendida entre 1,1 e 1,5 %, em peso.
Ainda no decurso do passo b) , o açúcar em pó é humidificado, em geral por pulverização de água directamente sobre a mistura de açúcar em pó/mistura prévia, em simultâneo com o passo b).
De acordo com uma concretização preferida da invenção, os passos b) e c) do processo são levados a cabo a uma temperatura compreendida entre cerca de 15 e 40°C, ainda mais preferivelmente a entre cerca de 20 e 30°C. A moldagem do açúcar no passo d) é levada a cabo preferivelmente recorrendo a uma moldadora na qual a 21 mistura de açúcar húmido fortificado em substância com interesse, tal como obtido no final do passo c) é distribuído pelos moldes, por exemplo recorrendo a um parafuso de mistura #
Depois do passo de moldagem, secam-se os pedações de açúcar preferivelmente a uma temperatura compreendida entre cerca de 60 e 75°C, de preferência por passagem por um secador constituído por 3 partes: • uma parte ascendente na qual a temperatura aumenta progressivamente até atingir cerca de 75 °C, • uma parte alta horizontal de transferência na qual a temperatura é igualmente de cerca de 75 °C, e • uma parte descendente, ventilada, n qual os pedaços de açúcar fortificados em substância(s) de interesse são progressivamente arrefecidos. A duração total da secagem é em geral de entre 20 e 40 minutos, de preferência cerca de 25 minutos. À saída do secador, podem acondicionar-se directamente os pedaços de açúcar fortificados em substância(s) de interesse, por exemplo em caixas em cartao. 22 A figura 1 anexa é uma representação esquemática da linha de fabrico industrial de pedaços de açúcar fortificados em substância(s) de interesse, que se pode utilizar para levar a cabo o processo da invenção.
Para esta linha de fabrico, a armazenagem do açúcar em pó é feita em 2 silos tampão 1 que podem por exemplo armazenar cada um deles cerca de 50 toneladas. O açúcar em pó que sai destes silos tampão 1 é encaminhado recorrendo a uma correia de contentores 2 que permite alimentar várias linhas de fabrico, para uma ou diversas tremonhas de alimentação 3 de um parafuso de doseamento 4. Esta tremonha 3 está continuamente em carga para assegurar uma alimentação constante em açúcar ao parafuso doseador 4, por exemplo a um débito constante de 40 kg de açúcar em pó por minuto. A introdução da mistura prévia preparada no passo a) do processo conforme a invenção é feita na parte final do parafuso doseador, através de um microdoseador ponderai 4a regulado para a velocidade da moldadora 7, ligeiramente a montante da ligação entre o parafuso doseador 4 e um parafuso misturador 5 constituído por uma árvore oca permitindo a pulverização de água no nível 5a, directamente no seio do produto. A mistura do açúcar em pó humidificado com a mistura prévia contendo a ou as micropartícuias de pelo menos uma substância com interesse faz-se portanto no parafuso misturador 5, em geral ao longo de um comprimento de entre cerca de 1 e 2 m. O açúcar humidificado e já fortificado com a ou as substâncias com 23 interesse é em seguida armazenado numa tremonha de alimentação 6 duma moldadora 7. Esta tremonha de alimentação 6 fica preferivelmente sempre em carga de modo a assegurar um bom enchimento dos moldes; é o seu nivel que vai regular o funcionamento do parafuso doseador 4 e do microdoseador 4a. A moldadora 7 constitui portanto o ponto de regulação da velocidade da linha de fabrico. Regra geral, o período de permanência (TDS) do açúcar humidificado fortificado nesta tremonha de alimentação 6 é de cerca de 9 minutos, para um funcionamento baseado numa produção de 50 toneladas ao dia. À saída da moldadora 7, os pedaços de açúcar são encaminhados, por exemplo por um tapete rolante 8, para um túnel de secagem 9. O túnel de secagem 9 é constituído por 3 zonas (9a, 9b e 9c) que incluem uma zona ascendente 9a na qual a temperatura aumenta progressivamente até cerca de 75°C, uma zona horizontal alta de transferência 9b e uma zona descendente ventilada 9c na qual os pedaços de açúcar são progressivamente arrefecidos. A título indicativo, para uma cadência de 50 toneladas de pedaços de açúcar ao dia, a duração total da secagem no túnel de secagem 9 pode ser estimada em cerca de 25 minutos. À saída do túnel de secagem 9, os pedaços de açúcar fortificados em substância(s) com interesse são embalados em caixas 10. A invenção presente tem igualmente como objecto pedaços de açúcar fortificados em substância(s) de interesse, seleccionada(s) de entre as vitaminas, as proteínas, os micro-organismos, os corantes e as moléculas voláteis, que se podem obter levando a cabo o processo conforme a invenção e tal como descrito acima.
Os pedaços de açúcar fortificados em substância(s) de interesse que integram o objecto da invenção são caracterizados pelo facto de incluírem micropartícuias de pelo menos uma substância com interesse, comportando um revestimento solúvel em água, preferivelmente micropartículas de pelo menos uma substância sensível às agressões do exterior e/ou pelo menos uma substância volátil.
De acordo com uma forma de concretização preferida da invenção, as substâncias com interesse sensíveis às agressões do exterior são seleccionadas de entre as vitaminas A, B, C, D e E. Os pedaços de açúcar contendo micropartículas vitamina A são muito especialmente preferidos de acordo com a invenção.
No interior dos pedaços de açúcar fortificados conforme a invenção, a quantidade de micropartículas é preferivelmente de entre cerca de 0,01 e 5 g/kg de açúcar, e ainda mais preferivelmente de entre cerca de 0,05 e 2 g/kg de açúcar, de preferência entre cerca de 0,1 e 1 g/kg de açúcar. A quantidade ponderai de micropartículas que se utilizam na preparação da mistura prévia no passo a) do processo conforme a invenção poderá no entanto variar para 25 além destes limites em função da quantidade ponderai de substância com interesse presente no interior das microparticulas (de acordo com as indicações do ou dos fabricantes).
Quando a substância com interesse é uma vitamina, e no caso particular da vitamina A, a quantidade de substância com interesse presente nos pedaços de açúcar pode ser exprimida em Unidades Internacionais. Neste caso, a quantidade de vitamina(s) está preferivelmente compreendida entre 100 e 150.000 UI por kg de açúcar. Estas quantidades podem no entanto variar em função da natureza da ou das vitaminas e das exigências comerciais ou regulamentares.
Os pedaços de açúcar fortificados em substância(s) com interesse, e nomeadamente em vitamina(s) de acordo com a invenção possuem as seguintes vantagens: • eles são solúveis em água, bem como em numerosas bebidas, à temperatura ambiente ou em bebidas quentes (35-40°C); • a sua densidade é semelhante à da água; • eles permitem aumentar a resistência das substâncias com interesse, e nomeadamente das vitaminas, em relação às agressões do exterior, tais como a oxidação, a luz, a humidade e o 26 calor, de modo a assegurar um nível residual de substância(s) com interesse, em especial de vitamina(s), aceitável, no termo de períodos de armazenagem longos; • eles asseguram uma distribuição duravelmente homogénea das substâncias com interesse, e em especial das vitaminas, permitindo deste modo a sua administração numa quantidade precisa aos indivíduos que deles necessitem.
De acordo com uma concretização preferida da invenção, os pedaços de açúcar incluem micropartículas de vitamina(s) e ainda mais especificamente micropartículas de vitamina A. Neste último caso, as micropartículas de vitamina A são preferivelmente seleccionadas de entre os produtos vendidos sob as referências comerciais VAP 250 CK CWD e VAP 250 MS CWD pela sociedade BASF, e 250 S/N e 250 S/N-B pela sociedade DSM (Alemanha). O peso de cada pedaço de açúcar não é um factor crítico, no entanto por razões de hábitos alimentares e de respeito pelas normas em vigor na indústria agro-alimentar, cada pedaço de açúcar tem preferivelmente um peso de entre 1 e 8 g e ainda mais preferivelmente de entre 4 e 7 g.
Deste modo, no caso particular da vitamina A, as quantidades de vitamina a introduzir num pedaço de açúcar que pese 5,3 g, em função das quantidades de vitamina que 27 se pretendem administrar, estão indicadas na Tabela II adiante:
TABELA II Nível mínimo j Quantidade | Quantidade | AJR em vitamina A por pedaço \ de fortificação j de vitamina A | de retinol por j (% em relação à AJR) do açúcar (Ul/g) por pedaço (UI) | pedaço(pg) j Crianças de 7-9 Homens j adultos i Mulheres j em 5 $ anos (AJR=800 | aleitação ! j s (AJR=500 Mg) (AJR=950 | \ | M9) Mg) 10 000 l 53 I 16 I 3,2 2,0 I u i 25 000 l 133 I 40 i 8,0 5,0 | 4,2 | 40 000 j 212 I 64 | 12,8 8,0 | 6,7 | 50 000 | 265 I 80 I 16,0 10,0 | 8,4 | 75 000 | 398 I 120 I 24,0 15,0 | 12,6 i 100 000 | 530 I 161 j 32,2 20,1 | 19,9 | A forma dos pedaços de açúcar não é um factor critico de acordo com a invenção. No entanto, de um modo habitual, os pedaços de açúcar podem por exemplo ter uma forma sensivelmente paralelepipédica ou cúbica, o que facilita o seu acondicionamento em caixas.
Para além das disposições acima, a invenção inclui ainda um exemplo de preparação de pedaços de açúcar fortificados em vitamina A, conforme o processo da invenção, bem como um exemplo que diz respeito a um estudo da estabilidade à armazenagem da vitamina A em açúcar em pedaços em comparação com a estabilidade da vitamina A em açúcar em pó. 28
EXEMPLO 1: PREPARAÇÃO DE PEDAÇOS DE AÇÚCAR FORTIFICADOS EM VITAMINA A
Este exemplo tem como finalidade ilustrar a preparação de pedaços de açúcar fortificados em vitamina A, à razão de 100.000 UI de vitamina A por kg de açúcar. 1) Produção de uma mistura prévia
Introduzem-se numa misturadora de corpo rotativo doe tipo SOFRAGIR®, vendida pela sociedade SOFRADEN (Saint Etienne, França), 26,52 kg de sacarose em pó seca, apresentando uma granulometria média compreendida entre 0,4 e 0,8 mm. Inicia-se a rotação da misturadora a uma velocidade de 4 rotações por minuto (RPM) e aquece-se a uma temperatura de 25°C por jacto de ar quente. Aumenta-se em seguida a velocidade de rotação da misturadora até 8 RPM, e em seguida atomizam-se directamente pelo açúcar em pó seco recorrendo a uma lança de injecção 0,477 kg de óleo de coco refinado com uma temperatura de fusão de cerca de 26 °C (Sociedade Soetenaey, Fécamp, França) e de 0,024 kg de agente antioxidante vendido sob a denominação comercial RONOXAN-A® pela sociedade ROCHE, previamente levado a uma temperatura de 60°C.
Depois de se misturar durante 10 minutos, para-se a misturadora e adicionam-se-lhe 3 kg de microparticulas de vitamina A (sob a forma de palmitato), vendidas sob a denominação comercial VAP 250 MS CWD pela sociedade BASF. 29
Volta a colocar-se a misturadora em rotação a 8 RPM durante 10 minutos.
Obtém-se uma mistura prévia fortificada em vitamina A contendo 25.000 UI de vitamine A, sob a forma de palmitato, por g de açúcar.
2) Fabrico de pedaços de açúcar fortificados em vitamina A
Introduziu-se em seguida a mistura prévia preparada acima numa linha de fabrico de pedaços de açúcar tal como a representada esquematicamente na figura 1 anexa, que apresentava uma cadência de 38 kg de pedaços de açúcar/minuto. A adição da mistura prévia é levada a cabo por intermédio de um microdoseador da sociedade K-Tron International Inc. (Pitman, NJ, EUA), nas proporções de 4/1.000, com a sacarose em pó (ou seja a 152 g/minuto) , imediatamente a montante do parafuso de demolhagem da linha, o que permite deste modo uma boa mistura da mistura prévia com o caudal de açúcar em pó. A +agua introduzida, à temperatura ambiente, no parafuso de demolhagem (de tipo sem fim), representava 1,3 %, ao longo de um comprimento total de 1,3 metros. Este parafuso de demolhagem alimenta a tremonha da moldadora de açúcar o que permitiu o fabrico de pedaços moldados cúbicos com um calibre 1,7 cm de lado.
Os pedaços de açúcar moldados desta maneira foram em seguida secos num túnel de secagem que incluía uma zona 30 ascendente a uma temperatura de 75°C, uma zona horizontal a 75°C e uma zona descendente de arrefecimento, durante ao todo 25 minutos, antes de eles serem colocados dentro de uma caixa.
Após a secagem, obtiveram-se pedaços de açúcar fortificados em vitamina A. Cada pedaço de açúcar pesava cerca de 5,3 g e continha 530 UI de vitamina A (palmitato) sob a forma de micropartículas repartidas de um modo muito homogéneo dentro dos pedaços (ou seja 100.000 UI de vitamina A, sob a forma de palmitato, por kg de açúcar).
Depois do fabrico, estes pedaços de açúcar foram acondicionados em caixas em cartão contendo cada uma delas 0,5 kg de pedaços de açúcar fortificados em vitamina A.
EXEMPLO 2 : ESTUDO DA ESTABILIDADE DA VITAMINA A DENTRO DE PEDAÇOS DE AÇÚCAR
Neste exemplo, estudou-se a estabilidade à armazenagem da vitamina A (VAP 250 MS CWD) contida dentro dos pedaços de açúcar tais como se prepararam acima no exemplo 1.
Estudou-se a estabilidade da vitamina A dentro dos pedaços depois de se armazenarem pedaços em caixas em cartão opaco durante 1 (t = 1), 2 (t = 2) e 3 (t = 3) meses, a uma temperatura compreendida entre 20 e 25°C, numa atmosfera contendo entre 40 e 60% de humidade relativa 31 (HRE) . A vitamina A foi igualmente doseada em pedaços de açúcar logo após a sua moldagem (t = 0).
Doseou-se a vitamina A depois de se dissolver o açúcar e de se extrair o palmitato de vitamina A com hexano, de acordo com o método espectrofotométrico descrito no "Manual for Sugar Fortification with Vitamin A: Part 3", "Analytical Methods for the Control and Evaluation of Sugar Fortification of Vitamin A", Guillermo Arroyave e Ornar Dary, disponível na Internet no seguinte local: www.jsi.com/intl/omni/sugr pt3.htm, método este que foi adaptado de um método de doseamento descrito por Arroyave G e de Funes C, em Arch. Latinoamer. Nutr., 1974, 24, 147- 153 .
Os resultados de estabilidade da vitamina A presente dentro dos pedaços de açúcar são apresentados na Tabela III adiante:
TABELA III
Teórica 100 %
Percentagem residual de Vitamina A em relação à quantidade inicial injectada no açúcar
t = 3 84 %
Constata-se portanto que passados 3 meses de armazenagem nas condições indicadas acima, os pedaços de 32 açúcar ainda contêm mais do que 80 % da quantidade de vitamina inicialmente introduzida no açúcar. A titulo comparativo, obteve-se o mesma doseamento em açúcar em pó no qual se havia introduzido a mesma quantidade de vitamina A do modo clássico, isto é sem se utilizar um material gordo antes de introduzir a vitamina A, e sem se efectuar a operação de moldagem do açúcar. Em comparação, observa-se uma quantidade residual de apenas 60 % passados 3 meses de armazenagem nas mesma condições.
Por outro lado, os mesmos pedaços de açúcar que os preparados no exemplo 1) foram igualmente submetidos a uma armazenagem em condições mais drásticas: temperatura de 25°C com uma HRE de 85 %. Passados 3 meses de armazenagem, não se observou qualquer degradação suplementar significativa em relação aos resultados apresentados na Tabela III acima.
Por último, determinou-se igualmente a quantidade de vitamina A presente em 16 pedaços de açúcar, tais como os preparados acima no exemplo 1, passados 20 dias de armazenagem a uma temperatura compreendida entre 20 e 25°C, num atmosfera contendo entre 40 e 60 % de HRE, para avaliar a homogeneidade da distribuição da vitamina A no açúcar no decurso do processo de preparação dos pedaços. A t = 0, a quantidade de vitamina A presente era de 91.000 Ul/kg de 33 açúcar. Os resultados são apresentados na tabela IV adiante:
TABELA IV
Quantidade média de vitamina A nos 70.800 | pedaços Ul/kg | Desvio Padrão 6.730 Ul/kg \ Razão Desvio Padrão/Média 9,5% I 0 conjunto destes resultados mostra que processo de preparação conforme a invenção permite incorporar em pedaços de açúcar, de um modo duravelmente homogéneo, substâncias sensíveis às agressões do exterior, estando as substâncias referidas envolvidas por um revestimento solúvel em água, enquanto se mantém o revestimento das substâncias referidas e se melhora a sua estabilidade ao longo do tempo.
Lisboa, 21 de Março de 2014.

Claims (33)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Processo de fabrico de pedaços de açúcar fortificados com microparticulas de pelo menos uma substância com interesse, comportando um revestimento solúvel em água, incluindo pelo menos os seguintes passos: a) a preparação de uma mistura prévia contendo pelo menos, a titulo de ingredientes, açúcar seco em pó e micropart iculas de pelo menos uma substância com interesse seleccionada de entre as vitaminas, as proteínas, os micro-organismos, os corantes e as moléculas voláteis, comportando um revestimento solúvel em água; b) a incorporação da mistura prévia obtida em a) com açúcar em pó, tendo o referido açúcar sido previamente humidificado, em simultâneo ou em seguida à sua incorporação na mistura prévia; c) a mistura da mistura prévia obtida em a) com açúcar em pó humidificado fortificado com substância com interesse; d) a moldagem do açúcar em pó húmido fortificado obtido em c); e 2 e) a secagem dos pedaços de açúcar fortificados com substância com interesse, caracterizando-se o processo referido pelo facto de: - a referida mistura prévia do passo a) incluir pelo menos um material gordo, - o passo a) de preparação da mistura prévia ser efectuado a uma temperatura superior à temperatura de fusão do referido material gordo; e por - o passo a) incluir pelo menos as seguintes sub-etapas: al) a introdução do material gordo no açúcar seco em pó sob agitação, a2) a mistura do açúcar seco em pó com o material gordo, e a3) a adição das micropartículas da referida substância com interesse na mistura prévia obtida em a2), sob agitação.
2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de as sub-etapas al), a2) e a3) do passo a) serem levadas a cabo pela ordem al), depois a2), depois a3). 3
3. Processo de acordo com a reivindicação 1 ou a 2, caracterizado pelo facto de, no interior da mistura prévia, o (ou os) materiais gordos vegetais serem utilizados numa guantidade menor ou igual a 5 %, em peso, em relação ao peso total da referida mistura prévia.
4. Processo de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo facto de, no interior da mistura prévia, o (ou os) materiais gordos vegetais serem utilizados numa quantidade compreendida entre 1 e 2 %, em peso, em relação ao peso total da mistura prévia.
5. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de o (ou os) materiais gordos serem seleccionados de entre os hidrogenados e os não hidrogenados, fraccionados ou não fraccionados, esterifiçados ou não esterifiçados.
6. Processo de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo facto de o (ou os) materiais gordos serem seleccionados de entre o óleo de palma esteárico, o óleo de palma, a manteiga de cacau, a manteiga de amendoim, o óleo de palmiste, o óleo de coco hidrogenado ou não hidrogenado, as ceras alimentares, a cera microcristalina com origem petrolífera, o ácido esteárico, o ácido palmítico, os óleos de girassol, de soja e de amendoim, bem como as misturas dos referidos materiais gordos. 4
7. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de o (ou os) materiais gordos utilizados serem materiais gordos vegetais com uma temperatura de fusão compreendida entre 10 e 50°C.
8. Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo facto de o (ou os) materiais gordos utilizados serem materiais gordos vegetais com uma temperatura de fusão compreendida entre 25 e 45°C.
9. Processo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo facto de o material gordo vegetal ser óleo de coco hidrogenado ou não hidrogenado.
10. Processo de acordo com qualquer uma das revindicações precedentes, caracterizado pelo facto de o açúcar em pó seco apresentar uma granulometria média compreendida entre 0,3 e 1,0 mm.
11. Processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo facto de o açúcar em pó seco apresentar uma granulometria média compreendida entre 0,4 e 0,8 mm.
12. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de no interior da mistura prévia, o açúcar seco em pó representar entre 60 e 98 %, em peso, em relação ao peso total da mistura prévia. 5
13. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de a ou as substância (s) com interesse serem seleccionadas de entre as vitaminas A, B, C, D e E.
14. Processo de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo facto de a substância com interesse ser a vitamina A.
15. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de as microparticulas serem micropartículas de vitamina A cujo revestimento comporte pelo menos um agente antioxidante.
16. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de o revestimento solúvel em água ser constituído por açúcar e/ou por um ou mais polímeros de natureza sacarídica.
17. Processo de acordo com a reivindicação 15 ou a 16, caracterizado pelo facto de as micropartículas de vitamina A serem seleccionadas de entre os produtos constituídos por um revestimento feito de goma-arábica, de açúcar e de amido, contendo uma mistura de butil-hidroxitolueno e ascorbato de sódio a título de agentes antioxidantes; de um revestimento feito de dextrina, de açúcar e de amido e contendo butil-p-cresol a título de agente antioxidante ou de um revestimento de açúcar e amido 6 com uma mistura de butil-hidroxitolueno com ascorbato de sódio a titulo de agentes antioxidantes.
18. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de no interior da mistura prévia, a ou as micropartículas de substâncias com interesse representarem entre 1 e 35 %, em peso, em relação ao peso total da mistura prévia.
19. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de a substância com interesse ser uma vitamina e ela representar entre 10.000 e 40.000 UI por grama de mistura prévia.
20. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de a mistura prévia também conter um ou mais agentes antioxidantes.
21. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de o açúcar seco em pó utilizado na sub-etapa al) ter sido anteriormente aquecido a uma temperatura compreendida entre 25 e 70°C.
22. Processo de a acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de o material gordo utilizado aquando da sub-etapa al) ter sido anteriormente levado a uma temperatura superior à sua 7 temperatura de fusão, antes de ser incorporado no açúcar seco em pó.
23. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de a razão ponderai mistura prévia/açúcar em pó, aquando do passo b), variar entre 1/1.000 e 1/100.
24. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de aquando do passo b) , a taxa de humidade no interior do açúcar em pó humidificado estar compreendida entre 1 e 3 %, em peso, em relação ao peso total da mistura.
25. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de, aquando do passo b) , o açúcar em pó ser humidificado por pulverização de água directamente para a mistura de açúcar em pó/mistura prévia, em simultâneo com o passo b).
26. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de os passos b) e c) do processo serem levados a cabo a uma temperatura compreendida entre 15 e 40°C.
27. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de após o passo de moldagem, os pedaços de açúcar serem secos a uma temperatura compreendida entre 60 e 75°C. em
28. Pedaço de açúcar fortificado substância(s) com interesse, susceptivel de ser obtido levando a cabo o processo tal como se definiu numa qualquer das reivindicações 1 a 27, caracterizado pelo facto de incluir microparticulas com pelo menos uma substância com interesse seleccionada de entre as vitaminas, as proteínas, os micro-organismos, os corantes e as moléculas voláteis, incluindo a referida substância com interesse um revestimento solúvel em água, e pelo menos um material gordo.
29 . Pedaço de açúcar de acordo com a reivindicação 28, caracterizado pelo facto de as substâncias com interesse sensíveis às agressões do exterior serem seleccionadas de entre as vitaminas A, B, c, D e E.
30. Pedaço de açúcar de acordo com a reivindicação 29, caracterizado pelo facto de conter micropartículas de vitamina A.
31. Pedaço de açúcar de acordo com qualquer uma das reivindicações 28 a 30, caracterizado pelo facto de a quantidade de micropartículas estar compreendida entre 0,01 e 5 g/kg de açúcar.
32. Pedaço de açúcar de acordo com qualquer uma das reivindicações 28 a 30, caracterizado pelo facto de a 9 substância com interesse ser uma vitamina e a quantidade de vitamina estar compreendida entre 100 e 150.000 UI por kg de açúcar.
33. Pedaço de açúcar de acordo com qualquer uma das reivindicações 30 a 32, caracterizado pelo facto de as microparticulas de vitamina A serem seleccionadas de entre os produtos constituídos por um revestimento feito de goma-arábica, de açúcar e de amido, e contendo uma mistura de butil-hidroxitolueno com ascorbato de sódio a título de agentes antioxidantes; de um revestimento feito de dextrina, açúcar e amido e contendo butil-p-cresol a título de agente antioxidante, ou de um revestimento em açúcar e amido com uma mistura de butil-hidroxitolueno com ascorbato de sódio a título de agentes antioxidantes. Lisboa, 21 de Março de 2014.
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