PT1839481E - Recipiente de plástico com fenda para etiqueta - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "RECIPIENTE DE PLÁSTICO COM FENDA PARA ETIQUETA" A invenção refere-se a um recipiente de plástico, em particular, um vaso para plantas embutido em profundidade, de acordo com o conceito genérico da reivindicação 1.

Os recipientes com fendas para etiquetas encaixáveis são conhecidos nas explorações hortícolas, por exemplo, na forma de vasos para plantas, paletes, trepadeiras e semelhantes. Neste caso, as fendas para a inserção de etiquetas constituídas por um material plano, tal como, cartão, plástico, folha de metal ou laminada, são inseridas numa fenda no rebordo do recipiente de modo a reproduzir as informações referentes ao produto, ao preço e semelhantes, por meio da etiqueta.

Quer os recipientes, quer as etiquetas devem ser configurados, neste caso, eventualmente também em concertação recíproca, no que se refere aos requisitos práticos de uma colocação rápida e fácil, para que as etiquetas possam ser fixadas, no recipiente, mediante um gesto de inserção rápido e simples. Elas deverão então ter também um assento seguro e fixo que exclua regularmente, da melhor maneira possível, não só a de se perderem inadvertidamente, como também de qualquer manipulação indesejável, no sentido de uma troca de etiquetas em produtos de consumo. Para este efeito, no caso dos recipientes tradicionais, são já previstos, na zona de inserção, meios de engate que interagem com rebordos em barbela ou com rebordos dentados na etiqueta. 1 A partir do documento WO 93/19446 A podem ser identificados recipientes que apresentam aberturas de inserção apropriadas para etiquetas, com uma fenda de engate orientada transversalmente. Estas aberturas de inserção estão providas de uma lingueta plana ou de um ressalto de engate que, ao ser inserida a etiqueta na sua fenda transversal, engata, bloqueando. De modo a simplificar o processo de engate, a abertura está configurada de forma larga, para que até mesmo uma etiqueta, com uma secção transversal pré-moldada de forma arqueada ou dobrada, possa ser introduzida. Todavia, do ponto de vista da técnica de fabrico, uma configuração deste tipo torna-se dispendiosa e pouco adequada ao suporte da etiqueta, impedindo que esta tombe, de cima, para o interior do vaso. A partir do documento NL 1011013 pode depreender-se uma melhor condução e estabilidade da etiqueta, na sua posição de inserção, em que um suporte da etiqueta, na forma de caixa, está configurado numa zona de rebordo do recipiente, sendo que o suporte da etiqueta, num dos lados, está limitado através de uma zona de rebordo do recipiente mais espessa e mais alta, e, no lado oposto, através de um perfil de rebordo em forma de U e aberto para baixo. Uma configuração deste género é extremamente dispendiosa e, de qualquer modo, impossível de ser realizada por meio da técnica de embutissagem em profundidade, no que se refere a recipientes deste tipo. O documento DE 29601674 UI indica um recipiente, com uma zona de inserção do género de um funil destinada a etiquetas, em que estas são fixadas e retidas numa fenda estreita formada por meio de "lábios de aperto". Uma forma de realização deste género também é dispendiosa, em termos de técnica de fabrico, e melindrosa, uma vez que pressupõe uma configuração da zona de 2 inserção suficientemente profunda para um suporte suficiente da etiqueta. Além disso, a inserção, num suporte de aperto deste tipo, afigura-se difícil.

No caso da configuração de fendas de etiquetas, as dificuldades específicas decorrem durante os progressivos aperfeiçoamentos, resultando em recipientes de paredes cada vez mais finas e de rebordos estreitados que proporcionam muito pouco espaço para as fendas de etiquetas e que, numa forma de fenda elementar, também não podem proporcionar muito apoio à etiqueta, impedindo-a de tombar ou de dobrar para o interior.

Os problemas assim advenientes são solucionados, de acordo com a invenção, a partir de um recipiente, de acordo com o conceito genérico da reivindicação 1, com as suas características identificativas. A configuração espacial de uma fenda deste género, partindo da superfície plana e simples do rebordo do recipiente, também pode ser produzida no caso de um material de paredes finas e de um rebordo estreito do recipiente e consagra a possibilidade de forçar a um alinhamento da etiqueta, mediante as arestas da fenda deslocadas em altura, uma em relação à outra, alinhamento esse que se orienta, no lado inferior, com a prolongamento de encaixe, em direcção à parede do recipiente, contrariando, por este meio, uma dobragem da etiqueta para o interior, sendo que o prolongamento de encaixe se desloca a partir da parede. Na direcção inversa, a parede do recipiente faculta uma superfície de encosto ao prolongamento de encaixe que garante que a etiqueta não tombe para fora. Com esta configuração é possível excluir um efeito de charneira indesejável, em particular, de recipientes de paredes finas, que ocorre na zona do rebordo do recipiente. 3 A configuração espacial da fenda, com arestas da fenda deslocadas em altura, uma em relação à outra, permite também aliar sistematicamente o processo de embutissagem em profundidade destinado a recipientes embutidos em profundidade, em particular, também vasos de plantas embutidos em profundidade, em gue devem ser previstos movimentos de recorte, normalmente, desde logo, no final da embutissagem em profundidade, visando uma separação do recipiente da folha inicial.

Neste caso, a fenda pode ser rectilinea ou curvada, por exemplo, adaptada a um percurso arqueado do rebordo do recipiente. Em ambos os casos pode estar previsto um deslocamento em altura, entre as arestas da fenda, ao longo de todo o comprimento da fenda, sendo que, de um modo preferido, a aresta situada no exterior não só está rebaixada em relação à aresta situada no interior, mas também em relação à superfície do rebordo do recipiente, terminando, sem percurso transitório, numa das extremidades da fenda, orientada transversalmente. A aresta chanfrada delimitada deste modo, em jeito de uma lingueta ou de uma palheta de mola, pode formar um dispositivo de engate elástico em relação a uma etiqueta de inserção, dispositivo de engate esse que engata apertadamente por detrás das arestas traseiras da etiqueta de inserção. No entanto, devido a uma obliquidade que se inclina na direcção da fenda, ou seja, de uma etiqueta, ela também pode formar uma superfície em forma de barbela na qual engata, por detrás, em jeito de gancho, uma lingueta de bloqueio da etiqueta. 0 rebordo do recipiente também pode estar moldado, de uma maneira comum, abatendo para o lado exterior, para baixo, pelo 4 que é conseguida uma rigidez, evitando as arestas vivas do rebordo, desagradáveis aquando do manuseamento. Em harmonia com uma fenda do género previsto, neste caso, ele também cobre contudo o lado inferior da fenda e, eventualmente, as zonas de uma etiqueta que interagem, dificultando, por conseguinte, falsificações indesejáveis.

Em concordância com uma fenda de recipiente deste tipo, uma etiqueta pode estar provida pelo menos de uma lingueta de bloqueio apontando contra a direcção de inserção, na zona do seu prolongamento de encaixe. Uma lingueta de bloqueio, deste género, situa-se no interior da zona do prolongamento de encaixe, sendo, por isso, exequível de um modo robusto e permitindo inclusivamente, prover de arestas planas o prolongamento de encaixe que se projecta habitualmente em direcção à extremidade, adelgaçado ou pontiagudo, situação esta que permite uma inserção rápida e sem qualquer encravamento. Uma lingueta de bloqueio situada no interior pode receber um reforço arqueado para o lado de fora, de modo a conferir-lhe rigidez e a garantir um engate, ao concluir a inserção.

Em seguida, um exemplo de realização da invenção, representado no desenho, será descrito mais pormenorizadamente. No desenho mostram:

Fig. 1 e 2 vista sobre um vaso para plantas, a partir de cima, em plano inclinado, e vista em planta

Fig. 3 e 4 vaso para plantas, de acordo com as figuras 1 e 2, com etiquetas inseridas, numa vista a partir de cima, em plano inclinado, e, a partir de baixo, em plano inclinado 5

Fig. 5 e 6 vista parcial em corte, da zona de rebordo do vaso para plantas, sem etiqueta e, com a etiqueta inserida

Fig. 7 e 8 vistas em detalhe, a partir de baixo, na direcção da seta VII, da figura 5, ou seja, da seta VIII da figura 6

Fig. 9 e 10 corte de acordo com a linha IX-IX da figura 5, e, de acordo com a linha X-X da figura 6.

Nas figuras 1 e 2 está representado um vaso 1 para plantas, numa realização de paredes finas e de embutissagem em profundidade, na forma de vaso circular , com um rebordo 2 de recipiente plano, anelar e estreito e com uma parede 4 de recipiente formada em degrau 3, com a forma elementar habitual de um invólucro em cone truncado, que transita, no lado inferior, para uma base 5 de vaso perfilada e provida de furos. O rebordo 2 do recipiente está provido de quatro fendas 6 coincidentes, deslocadas uniformemente, umas em relação às outras, configurando respectivamente um ângulo periférico de 90° ligeiramente arqueadas, e adaptando-se ao percurso do rebordo do recipiente e que servem para inserir as etiquetas.

Nas figuras 3 e 4 o vaso 1 para plantas está apetrechado, em todas as quatro fendas 6, com etiquetas 7 coincidentes que, no lado superior, apresentam uma placa 8 de etiqueta para ilustrações, inscrições e outras informações e que, no lado inferior, apresentam uma extensão 9 de encaixe destinada à ancoragem no vaso 1. Depreende-se que, consoante cada uma das solicitações referentes à prática, também podem ser inseridas 6 etiquetas diferentes nas fendas, assim como, eventualmente, também pode ser previsto um número mais reduzido de etiquetas 7.

Tal como se pode depreender, em particular, da representação em corte, de acordo com a figura 5, uma fenda 6 não se situa inteiramente dentro do plano do rebordo 2 de recipiente, estando antes moldada espacialmente de modo a que somente uma aresta 11 chanfrada, situada no interior, na direcção da parede 4 do recipiente, remanesça dentro do plano do rebordo 6 do recipiente e que, contudo, uma aresta 12 chanfrada, situando-se no exterior, esteja inclinada, projectando-se no sentido descendente. Tal situação permite cortar uma fenda em que, visto a partir de cima, não tem de ser previamente fixada qualquer largura de abertura da fenda. No que se refere à passagem de uma etiqueta 7, com a sua extensão 9 de encaixe, forma-se uma largura de abertura, desde logo com o abaixamento da aresta 12 chanfrada que, tendo em conta um efeito elástico da aresta 12 chanfrada, no sentido de um posicionamento fixo, pode ser dimensionada reduzida. Simultaneamente, em relação à fenda 6, forma-se um alinhamento da abertura da fenda que, visto de cima para baixo, por conseguinte, na direcção da inserção de um prolongamento de encaixe, está orientado para a parede 4 do recipiente. A partir da figura 6 pode depreender-se a cooperação existente entre a fenda 6 e a etiqueta 7 inserida, ou seja, e a sua extensão 9 de encaixe, num corte longitudinal. A etiqueta assume uma orientação essencialmente vertical, apontando ligeiramente para o exterior, enquanto o prolongamento de encaixe, descendo e atravessando a fenda 6, está ligeiramente arqueada, fixando, em pré-esforço, a etiqueta 7 na sua posição. 7

Como se torna especialmente evidente, a partir da figura 7, nas duas extremidades, a fenda 6 está provida de uma parte 13 terminal orientada transversalmente, rematando em forma de um semi-circulo, parte essa que, além de criar uma linha de corte continua até à extremidade, cria sobretudo, também, uma forma plana da aresta 12 chanfrada, que se situa a uma maior profundidade, prolongando-se até à extremidade da fenda 6, sem enfraquecer o percurso em direcção à mesma. Tal situação possibilita uma configuração apurada da fenda, durante o fabrico do vaso, em particular, durante a embutissagem em profundidade e garante que a geometria pretendida para a fenda possa ser preservada até às suas extremidades.

Tal como se pode depreender, em particular, das figuras 3, 4, 6 e 8, na zona da sua extensão 9 de encaixe, a etiqueta 7 está apetrechada com uma lingueta 14 de bloqueio situada no interior. As arestas exteriores da respectiva extensão 9 de encaixe podem ser realizadas rectilineas ou, de qualquer modo, lisas, desde uma zona de extremidade pontiaguda até à placa 8 de etiqueta, facto este que facilita a inserção.

Após a inserção, a lingueta 14 de bloqueio engata, por detrás a aresta 12 chanfrada, que se situa a uma maior profundidade, pelo que a etiqueta não pode ser retirada tão facilmente. Pelo contrário, tal como representado na figura 6, após um movimento de recuo, a lingueta 14 de bloqueio é desviada em direcção ao exterior, pela chanfradura do lado inferior pertencente à aresta 12 chanfrada, que se situa a uma maior profundidade. 0 efeito de engate da lingueta 14 de bloqueio é auxiliado por um reforço 15 central que se projecta na direcção de inserção e que reforça a lingueta 14 de bloqueio, desdobrando-a ou abaulando-a, também, para fora.

Tal como se depreende das figuras 5 e 6, o rebordo 2 do recipiente, em plano raso e essencialmente horizontal, termina com uma aresta 16 de rebordo, dobrada para baixo, o que habitualmente favorece o reforço e o manuseamento sem arestas. Neste caso, o rebordo do recipiente, juntamente com a sua aresta 16 de rebordo arqueada, acolhe também uma parte da lingueta 14 de bloqueio, do lado da extremidade, de modo a bloqueá-la desta maneira e, também, de modo a torná-la inacessível a pressupostos de eventuais falsificações.

Mediante as configurações, acima descritas, referentes a um recipiente e a uma etiqueta correspondente, tornou-se possível criar uma acomodação para uma etiqueta, com um assento estável e seguro contra manipulações para a própria etiqueta, mesmo no caso de recipientes configurados com poupança de espaço e material, com espessuras de parede reduzidas e rebordos de recipiente estreitos, sendo que a etiqueta pode ser aplicada no recipiente, realizando um movimento de inserção extremamente simples.

Lisboa, 07 de Maio de 2010 9

Claims (11)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Recipiente (1) de plástico, em particular, vaso para plantas embutido em profundidade, com um rebordo (2) de recipiente do lado superior, orientado essencialmente na horizontal, ao qual se liga, pelo menos, uma parede (4) do recipiente orientada essencialmente no sentido descendente, sendo que o rebordo (2) de recipiente apresenta, pelo menos, uma fenda (6) adaptada ao rebordo do recipiente, destinada a uma etiqueta (7) provida de um prolongamento (9) de encaixe, caracterizado por a fenda (6) estar configurada com duas arestas (11, 12) chanfradas deslocadas em altura, uma em relação à outra, sendo que a aresta (12) chanfrada, afastada da parede (4) do recipiente, se situa a uma profundidade superior à da aresta (11) chanfrada, contígua à parede (4) do recipiente, e que se mantém no plano do rebordo de recipiente.
2. 2. Recipiente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a fenda (6) estar provida pelo menos, numa das extremidades, de uma parte (13) terminal orientada transversalmente.
3. 3. Recipiente, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por a parte (13) terminal da fenda (6) estar orientada na direcção oposta à parede (4) do recipiente.
4. 4. Recipiente, de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracterizado por a parte (13) terminal estar configurada em forma de arco. 1
5. 5. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por a fenda estar arqueada.
6. 6. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por o rebordo (2) de recipiente estar formado em declive, em direcção à fenda (6).
7. 7. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por uma etiqueta (7) inserida na fenda (6) ou numa de várias fendas (6), por meio de uma extensão (9) de encaixe que se apoia na parede (4) de recipiente. caracterizado de encaixe, de bloqueio
8. 8. Recipiente, de acordo com a reivindicação 7, por a etiqueta (7), na sua extensão (9) apresentar pelo menos uma lingueta (14) apontando contra a direcção de inserção.
9. 9. Recipiente, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por a lingueta (14) de bloqueio estar formada numa peça única com uma etiqueta (7) fabricada a partir de uma matéria-prima plana, com um contorno estampado ou cortado.
10. 10. Recipiente, de acordo com a reivindicação 8 ou 9, caracterizado por a etiqueta (7), pelo menos na zona da lingueta (14) de bloqueio, apresentar uma gravação (15) que abaúla a lingueta de bloqueio para fora e se estende na direcção da inserção.
11. 11. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 a 10 em associação com a reivindicação 6, caracterizado por a lingueta (14) de bloqueio, no caso de uma etiqueta (7) inserida numa fenda (6), estar coberta, no seu lado 2 extremo, pela aresta (16) de rebordo moldada no sentido descendente e pertencente ao rebordo (2) de recipiente. Lisboa, 07 de Maio de 2010 3 1/4

    Fig. 1 Fig. 2 6 2/4

    Fig. 4

    Ψι 4/4

    Fig. 10