PT1804804E - Análogos de loxapina e métodos para a sua utilização - Google Patents

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James F White
Michael Solomon
Kazumi Shiosaki
Dale M Edgar
David G Hangauer
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Hypnion Inc
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Description

ΡΕ1804804 2
DESCRIÇÃO "ANÁLOGOS DE LOXAPINA E MÉTODOS PARA A SUA UTILIZAÇÃO" A invenção refere-se a métodos para tratamento de perturbações do sono e a composições úteis nesses métodos. A dificuldade em adormecer ou em permanecer a dormir é um problema médico significativo que surge por uma variedade de razões. Por vezes, esses problemas decorrem de condições endógenas como apneia do sono ou insónia. Outras vezes, esses problemas decorrem de tensões exógenas como o efeito perturbador de horários por turnos e da diferença horária ("jet lag"). Quer seja causada por uma fonte endógena ou exógena, a dificuldade em adormecer ou em permanecer a dormir pode resultar em sonolência problemática, que prejudica a saúde, a qualidade de vida e a segurança das pessoas afectadas.
Os tratamentos farmacêuticos existentes para indução do sono incluem sedativos ou hipnóticos como derivados de benzodiazepina e barbituratos. Estes tratamentos têm numerosos inconvenientes, incluindo insónia de rico-chete, atraso no aparecimento dos efeitos sedativos desejados, persistência de efeitos sedativos após o período de sono desejado e efeitos secundários devido à actividade inespecífica como défices psicomotor e de memória, mior-relaxamento e arquitectura do sono perturbada, incluindo 3 ΡΕ1804804 inibição do sono REM. Além disso, os sedativos e hipnóticos podem criar hábito, podem perder a sua eficácia após utilização prolongada e podem ser metabolizados mais lentamente por algumas pessoas.
Consequentemente, os médicos frequentemente recomendam ou prescrever anti-histaminas como um tratamento mais suave para perturbações do sono quando os hipnóticos são menos apropriados. No entanto, muitas anti-histaminas sofrem de uma série de efeitos secundários. Estes efeitos secundários incluem o prolongamento do intervalo QT no electrocardiograma de um indivíduo, bem como efeitos secundários no sistema nervoso central (SNC), como a diminuição do tónus muscular e pálpebras descaídas. Finalmente, esses compostos podem ligar-se aos receptores muscarínicos, o que leva a efeitos secundários anti-colinérgicos, como visão turva, boca seca, obstipação, problemas urinários, tonturas e ansiedade.
Como resultado, há necessidade de tratamentos promotores do sono com efeitos secundários reduzidos. Além disso, embora compostos indutores do sono conhecidos sejam eficazes para tratamento de insónia no início do sono, i.e., a dificuldade de um indivíduo em adormecer, não existem medicamentos actualmente indicados para o tratamento da insónia da manutenção do sono, i.e., manutenção do sono de um indivíduo ao longo de um período de sono normal depois de adormecer. Portanto, há também necessidade de melhores tratamentos farmacêuticos para manter o sono em indivíduos com necessidade desse tratamento. 4 ΡΕ1804804
A presente invenção refere-se a análogos de loxapina e à sua utilização na modulação do sono. A
TM TM loxapina (LOXAPAC , LOXITANE ) é um agente antipsicótico dibenzoxazepina triciclica utilizado na gestão das manifestações de esquizofrenia. A loxapina (2-cloro-l-(4-metil-l-piperazinil)dibenzo[b,f][1,4]oxazepina) tem a seguinte estrutura:
Num aspecto, a invenção refere-se a um composto que tem a fórmula do Composto 1:
ou um seu sal, solvato ou hidrato. Por exemplo, a invenção refere-se a um solvato do Composto 1. Numa forma de realização, a invenção refere-se a um hidrato do Composto 1.
Noutra forma de realização, a invenção refere-se a um sal farmaceuticamente aceitável do Composto 1. Por 5 ΡΕ1804804 exemplo, o sal pode ser um sal de adição de ácido, como um sal cloridrato.
Num aspecto, a invenção refere-se ao composto:
Noutro aspecto, a invenção refere-se ao com- posto
Noutro aspecto, a invenção refere-se a uma composição compreendendo um composto de fórmula:
HOOC S< (Composto 1) 6 ΡΕ1804804 ou um seu sal, solvato ou hidrato, e pelo menos um excipiente farmaceuticamente aceitável. Numa forma de realização, a composição inclui um solvato do Composto 1. Noutra forma de realização, a composição inclui um hidrato do Composto 1. Noutra forma de realização, a composição inclui um sal farmaceuticamente aceitável do Composto 1. Por exemplo, o sal pode ser um sal de adição de ácido. Uma forma de realização de um sal de adição de ácido é um sal cloridrato.
Numa forma de realização, a invenção refere-se a uma composição de
OOOH e pelo menos um excipiente farmaceuticamente aceitável.
Noutra forma de realização, a invenção refere-se a uma composição de
e pelo menos um excipiente farmaceuticamente aceitável. 7 ΡΕ1804804
Noutro aspecto, a invenção refere-se ao Composto 1:
ou a um seu sal, solvato ou hidrato f armaceuticamente aceitável para utilização na modulação do sono. Por exemplo, o indivíduo é um ser humano. Numa forma de realização, a modulação do sono é seleccionada, por exemplo, de diminuição do tempo até ao início do sono, aumento da duração média da fase do sono e aumento da duração máxima da fase do sono. Numa forma de realização, a modulação do sono trata uma perturbação do sono. Exemplos de perturbações do sono incluem anormalidade do ritmo circadiano, insónia, parassonia, síndrome da apneia do sono, narco-lepsia e hipersonia.
Numa forma de realização, o Composto 1, ou um seu sal, solvato ou hidrato farmaceuticamente aceitável, é co-administrado com uma ou mais terapêuticas adicionais para modulação do sono num indivíduo. Por exemplo, o indivíduo é um ser humano. A descrição acima apresenta de forma bastante 8 ΡΕ1804804 geral as caracteristicas mais importantes da presente invenção, de modo que a sua descrição pormenorizada apresentada a seguir possa ser compreendida e de modo a que as presentes contribuições para a técnica possam ser melhor apreciadas. Outros objectos e caracteristicas da presente invenção tornar-se-ão evidentes a partir da descrição pormenorizada seguinte considerados em conjunto com os exemplos.
Os pormenores de uma ou mais formas de realização da invenção estão apresentados na descrição seguinte. Embora quaisquer métodos e materiais semelhantes ou equivalentes aos aqui descritos possam ser utilizados na prática ou teste da presente invenção, os métodos e materiais são agora descritos. Outras caracteristicas, objectos e vantagens da invenção serão evidentes a partir da descrição. Na especificação, as formas singular também incluem o plural, salvo se o contexto claramente ditar o contrário. Salvo definição em contrário, todos os termos técnicos e científicos aqui utilizados têm o mesmo significado que o vulgarmente entendido por uma pessoa com conhecimentos correntes da matéria a que pertence esta invenção. No caso de conflito, a presente especificação irá controlar.
Definições
Para conveniência, certos termos utilizados na especificação, exemplos e reivindicações anexadas são aqui reunidos. 9 ΡΕ1804804 "Tratar" inclui qualquer efeito, e.g., diminuição, redução, modulação ou eliminação, que resulta no melhoramento do estado, doença, patologia, etc. "Tratar" inclui qualquer efeito, e.g., diminuição, redução, modulação ou eliminação, que resulta no melhoramento do estado, doença, patologia, etc. "Tratar" ou "tratamento" de um estado patológico inclui: (1) prevenir o estado patológico, i.e., fazer com que os sintomas clínicos do estado patológico não se desenvolvam num indivíduo que pode estar exposto ou predisposto a esse estado patológico, mas ainda não experimenta ou apresenta sintomas do estado patológico, (2) inibição do estado patológico, i.e., paragem do desenvolvimento do estado patológico ou dos seus sintomas clínicos, ou (3) alívio do estado patológico, i.e., provocar a regressão temporária ou permanente do estado patológico ou dos seus sintomas clínicos. "Estado patológico" significa qualquer doença, estado, sintoma ou indicação.
Os termos "polimorfos de cristais" ou "polimorfos" ou "formas cristalinas" significam estruturas cristalinas em que um composto (ou um seu sal ou solvato) pode cristalizar em diferentes arranjos de empacotamento cristalino, de que todos têm a mesma composição elementar. Diferentes formas cristalinas geralmente têm diferentes padrões de difracção de raios X, espectro no infravermelho, pontos de fusão, densidade, dureza, forma do cristal, propriedades ópticas e eléctricas, estabilidade e 10 ΡΕ1804804 solubilidade. 0 solvente de recristalização, velocidade de cristalização, temperatura de armazenagem e outros factores podem fazer com que predomine uma forma cristalina. Os polimorfos de cristais dos compostos podem ser preparados por cristalização em diferentes condições. Por exemplo, utilizando diferentes solventes ou diferentes misturas de solventes para recristalização; cristalização a diferentes temperaturas; vários modos de arrefecimento, variando desde arrefecimento muito rápido até muito lento durante a cristalização, e outros semelhantes. Os polimorfos também são obtidos por aquecimento ou fusão dos compostos descritos seguido por arrefecimento gradual ou rápido. A presença de polimorfos é determinada por espectroscopia de ressonância magnética nuclear com sonda de sólidos, espectroscopia no infravermelho, calorimetria de varrimento diferencial, difracção de raios X de pós e outras técnicas conhecidas por um especialista na matéria.
Além disso, os compostos da presente invenção, por exemplo, os sais dos compostos, podem existir em qualquer forma hidratada ou não hidratada (a forma anidra) ou como solvatos com outras moléculas de solvente. Exemplos não limitativos de hidratos incluem mono-hidratos, di-hidratos, etc. Exemplos não limitativos de solvatos incluem solvatos de etanol, solvatos de acetona, etc. "Solvatos" significa formas de adição de solventes que contêm quantidades estequeométricas ou não estequeométricas de solvente. Alguns compostos têm uma 11 ΡΕ1804804 tendência para reter uma proporção molar fixa de moléculas de solvente no estado sólido cristalino, formando assim um solvato. Se o solvente for água, o solvato formado é um hidrato, quando o solvente é álcool, o solvato formado é um alcoolato. Os hidratos são formados pela combinação de uma ou mais moléculas de água com uma das substâncias em que a água retém o seu estado molecular como H2O, sendo essa combinação capaz de formar um ou mais hidratos.
Tal como aqui utilizado, o termo "análogo" refe-re-se a um composto químico que é estruturalmente semelhante a outro, mas difere ligeiramente na composição (como na substituição de um átomo por um átomo de um elemento diferente ou na presença de um grupo funcional específico, ou a substituição de um grupo funcional por outro grupo funcional) . Assim, um análogo é um composto que é semelhante ou comparável em função e aparência, mas não em estrutura ou origem em relação ao composto de referência.
Tal como aqui definido, 0 termo "derivado" refere-se a compostos que têm uma estrutura de núcleo comum, e estão substituídos com vários grupos como aqui descrito. Por exemplo, todos os compostos representados pela Fórmula I são derivados de loxapina e têm a Fórmula I como um núcleo comum.
Os termos " compostos semelhantes a loxapina" ou "compostos análogos a loxapina", " compostos semelhantes a 12 ΡΕ1804804 loxapina" ou " compostos derivados de loxapina" pretendem incluir análogos de loxapina ou anti-histaminas que incluem dois grupos arilo ligados ao mesmo átomo que estão ligados através de um sistema de anéis tricíclico, e.g., um anel com sete membros contendo oxigénio e azoto (i.e., semelhante ao da loxapina) ligado a uma posição de um anel de piperazina. 0 termo "anti-histamina" refere-se a um composto que se liga a um receptor Hl e bloqueia a actividade de histamina e/ou reduz a actividade constitutiva do receptor.
Tal como aqui utilizado, o termo "perturbação do sono" inclui patologias reconhecidas por um especialista na matéria como perturbações do sono, por exemplo, as patologias conhecidas na técnica ou patologias que são propostas como sendo perturbações do sono ou que são descobertas como sendo perturbações do sono. o indivíduo
Uma perturbação do sono também surge num indivíduo que tem outras patologias, doenças ou lesões médicas, ou num indivíduo que está a ser tratado com outros medicamentos ou tratamentos médicos, em que o indivíduo, como resultado, tem dificuldade em adormecer e/ou em permanecer a dormir, ou experimenta sono não refrescante ou sono não restaurador, e.g., experimenta privação de sono. 13 ΡΕ1804804 O termo "tratamento de uma perturbação do sono" também inclui tratamento da componente de perturbação do sono de outros perturbações, tais como perturbações do SNC (e.g., doenças mentais ou neurológicas como a ansiedade). Além disso, o termo "tratamento de uma perturbação do sono" inclui o efeito vantajoso de melhoramento de outros sintomas associados à perturbação. 0 termo "tempo de pico de sono não REM" é definido como uma quantidade máxima absoluta de sono não REM por hora pós tratamento, com a administração de fármacos a ocorrer no tempo circadiano (TC) 18, que é 6 horas depois das luzes apagadas num rato de laboratório nocturno quando alojado num ciclo de claro-escuro de 12:12 (12 horas de luz e 12 horas de escuro) . O critério nominal de 55% de sono não REM por hora é equivalente a 33 minutos de sono não REM por hora.
Tal como aqui utilizado, o termo "sono não REM cumulativo" é definido como o aumento agregado total liquido do número de minutos de sono não REM, medido durante toda a duração do efeito soporifero de um fármaco, que tipicamente, mas não sempre, ocorre nas primeiras 6 horas pós tratamento, ajustado para o número agregado total liquido de minutos de sono não REM que ocorreram durante os tempos de linha de base sem tratamento correspondentes de dia registado 24 horas antes, em relação ao tratamento de controlo com veiculo. 14 ΡΕ1804804
Como aqui definido, o termo "período de sono" refere-se a um episódio discreto de sono contínuo ou praticamente contínuo, constituído por sono não REM, sono REM, ou ambas as fases de sono não REM e sono REM, delimitado antes e depois do episódio por mais do que duas épocas contíguas de 10 segundos de vigília.
Tal como aqui utilizado, o termo "maior duração de um período de sono" refere-se ao número total de minutos em que um animal permanece a dormir (fases do sono não REM e/ou REM) durante o único episódio de sono mais longo ou "período" que ocorreu a partir de uma determinada hora pós-tratamento. 0 critério de medição da "duração da fase do sono" assume que o sono é medido continuamente em épocas de 10 segundos, e é pontuado com base no estado predominante, calculado ou determinado como uma fase discreta do sono (em que as fases do sono são definidas como sono não REM, sono REM ou vigília) durante o intervalo de 10 segundos que define a época. O termo "duração média do período de sono" é definido como a duração média (em minutos) de cada período de sono que começou numa determinada hora, independente da duração individual de cada episódio ou período. "Insónia de ricochete" é definida como período de vigília de recaída, paradoxal, ou compensatório que ocorre depois dos efeitos promotores do sono de um agente hipnótico ou soporífero. 15 ΡΕ1804804 "Inibição do sono REM" é definida como a redução do tempo de sono REM pós-tratamento ao CT-18 (6 horas depois de apagadas as luzes; LD 12:12) ou ao CT-5 (5 horas depois de acesas as luzes; LD 12:12). Os compostos que reduzem o tempo de sono REM em mais de 15 minutos (em relação à linha de base e ajustado para o tratamento com veiculo) quando administrados ao CT-18 ou ao CT-5 são considerados inaceitáveis.
Em comparação com o sono NREM ou vigília, o sono REM causa depressão ventilatória e alterações cardiovasculares episódicas. Durante a insónia de ricochete, os efeitos fisiológicos do sono REM são ampliados e interrompido os ciclos do sono normal.
Tal como aqui definido, "inibição da actividade locomotora desproporcionada" é uma redução da actividade locomotora que excede a redução normal e esperado da actividade comportamental atribuível ao sono. "Terapêutica de associação" (ou "co-terapêutica") inclui a administração de um composto da invenção e pelo menos um segundo agente como parte de um regime de tratamento específico destinado a proporcionar o efeito vantajoso da co-acção destes agentes terapêuticos. O efeito vantajoso da associação inclui, mas não está limitado a co-acção farmacocinética ou farmacodinâmica resultante da associação de agentes terapêuticos. As 16 ΡΕ1804804 combinações dos compostos da presente invenção e os outros agentes activos podem ser administradas em conjunto numa combinação única ou separadamente. Quando se utiliza a administração separada, a administração de um elemento pode ser anterior, concorrente com ou subsequente à administração de outros agentes. A administração destes agentes terapêuticos em associação é tipicamente realizada durante um período de tempo definido (em geral, minutos, horas, dias ou semanas, dependendo da associação selec-cionada). Numa forma de realização, "terapêutica de associação" engloba a administração de dois ou mais desses agentes terapêuticos como parte de regimes monoterapêu-ticos separados que incidentalmente e arbitrariamente resultam nas associações da presente invenção. Noutra forma de realização, "terapêutica de associação" pretende abranger a administração destes agentes terapêuticos de forma sequencial, isto é, em que cada agente terapêutico é administrado num momento diferente, bem como a administração destes agentes terapêuticos, ou pelo menos dois dos agentes terapêuticos, de modo substancialmente simultâneo. A administração substancialmente simultânea pode ser realizada, por exemplo, pela administração ao indivíduo de uma única cápsula tendo uma proporção fixa de cada agente terapêutico ou de várias cápsulas individuais para cada um dos agentes terapêuticos. A administração sequencial ou substancialmente simultânea de cada agente terapêutico pode ser realizada por qualquer via apropriada, incluindo mas não limitada a vias orais, vias intravenosas, vias intramusculares e absorção directa através dos tecidos de membranas mucosas. 17 ΡΕ1804804
Os agentes terapêuticos podem ser administrados pela mesma via ou por vias diferentes. Por exemplo, um primeiro agente terapêutico da associação seleccionada pode ser administrado por injecção intravenosa, enquanto que os outros agentes terapêuticos da associação podem ser administrados oralmente. Alternativamente, por exemplo, todos os agentes terapêuticos podem ser administrados oralmente ou todos os agentes terapêuticos podem ser administrados por injecção intravenosa. A sequência na qual os agentes terapêuticos são administrados não é minimamente critica. A "terapêutica de associação" também abrange a administração dos agentes terapêuticos como descrito acima em associação com ainda outros ingredientes biologicamente activos e terapêuticas não medicamentosas (e.g., cirurgia, tratamento por radioterapia ou um dispositivo médico). Quando a terapêutica de associação inclui ainda um tratamento não medicamentoso, o tratamento não medicamentoso pode ser realizado em qualquer momento adequado desde que seja conseguido um efeito vantajoso da co-acção da associação de agentes terapêuticos e tratamento não medicamentoso. Por exemplo, em casos apropriados, o efeito vantajoso é ainda obtido quando o tratamento não medicamentoso é temporariamente removido da administração dos agentes terapêuticos, talvez durante dias ou até semanas.
Os termos "administração parentérica" e "administrado parentericamente", tal como aqui utilizados, refe- 18 ΡΕ1804804 rem-se a modos de administração diferentes da administração entérica e tópica, geralmente por injecção, e inclui, sem limitação, injecção intravenosa, intramuscular, intra-arterial, intratecal, intracapsular, intra-orbital, intracardiaca, intradérmica, intraperitoneal, transtra-queal, subcutânea, subcuticular, intra-articular, sub-aracnóide, subcapsular, intra-espinal e intra-esternal e perfusão. 0 termo "pulmonar" tal como aqui utilizado refere-se a qualquer parte, tecido ou órgão cuja função principal é a permuta gasosa com o ambiente externo, e.g., permuta O2/CO2, dentro de um doente. "Pulmonar" tipicamente refere-se aos tecidos do tracto respiratório. Assim, a frase "administração pulmonar" refere-se à administração das formulações aqui descritos a qualquer parte, tecido ou órgão cuja função principal é a permuta gasosa com o ambiente externo (e.g., boca, nariz, faringe, orofaringe, laringo-faringe, laringe, traqueia, carina, brônquios, bronquiolos, alvéolos). Para efeitos da presente invenção, "pulmonar" também inclui um tecido ou cavidade que é contingente ao tracto respiratório, em particular, os seios.
Uma "composição farmacêutica" é uma formulação contendo os compostos descritos numa forma adequada para administração a um indivíduo. Numa forma de realização, a composição farmacêutica está em massa ou numa forma de dosagem unitária. A forma de dosagem unitária é qualquer 19 ΡΕ1804804 de uma variedade de formas, incluindo, por exemplo, uma cápsula, uma bolsa IV, um comprimido, uma bomba única num inalador de aerossoles, ou um frasco. A quantidade de ingrediente activo (e.g., uma formulação do composto descrito ou dos seus sais) numa dose unitária de composição é uma quantidade eficaz e é variada de acordo com o tratamento especifico envolvido. Um especialista na matéria entenderá que por vezes é necessário fazer variações de rotina na dosagem, dependendo da idade e estado do doente. A dosagem também vai depender da via de administração. Está contemplada uma variedade de vias, incluindo oral, pulmonar, rectal, parentérica, transdér-mica, subcutânea, intravenosa, intramuscular, intraperi-toneal, intranasal e outras semelhantes. As formas de dosagem para a administração tópica ou transdérmica de um composto desta invenção incluem pós, produtos para pulverização, pomadas, pastas, cremes, loções, geles, soluções, pensos e inalantes. Numa forma de realização, o composto activo é misturado em condições estéreis com um veiculo farmaceuticamente aceitável, e com quaisquer conservantes, tampões ou propulsores que sejam necessários. 0 termo "dose flash" refere-se a formulações do composto que são formas de dosagem de dispersão rápida. 0 termo "libertação imediata" é definido como uma libertação de composto a partir de uma forma de dosagem num período de tempo relativamente curto, geralmente até cerca de 60 minutos. 0 termo "libertação modificada" é 20 ΡΕ1804804 definido para incluir libertação retardada, libertação prolongada e libertação pulsada. O termo "libertação pulsada" é definido como uma série de libertações de fármaco de uma forma de dosagem. O termo "libertação continuada" ou "libertação prolongada" é definido como a libertação continua de um composto a partir de uma forma de dosagem durante um período prolongado.
Um "indivíduo" inclui mamíferos, e.g., seres humanos, animais de companhia (e.g., cães, gatos, pássaros e outros semelhantes), animais de exploração (e.g., vacas, ovelhas, porcos, cavalos, aves e outros semelhantes) e animais de laboratório (e.g. ratos, murganhos, cobaios, aves e outros semelhantes). Mais preferencialmente, o indivíduo é um ser humano.
Tal como aqui utilizada, a frase "farmaceutica-mente aceitável" refere-se aos compostos, materiais, composições, veículos e/ou formas de dosagem que são, no âmbito da avaliação médica fundamentada, adequados para utilização em contacto com os tecidos dos seres humanos e animais sem toxicidade excessiva, irritação, resposta alérgica ou outro problema ou complicação, compatível com uma razão risco/benefício razoável. "Excipiente farmaceuticamente aceitável" significa um excipiente que é útil na preparação de uma composição farmacêutica que é genericamente segura, não tóxica e nem biologicamente nem de outra forma 21 ΡΕ1804804 indesejável, e inclui excipiente que é aceitável para utilização veterinária bem como utilização farmacêutica humana. Um "excipiente farmaceuticamente aceitável" tal como utilizado na especificação e reivindicações inclui tanto um como mais do que um desses excipientes.
Os compostos da invenção são ainda capazes de formar sais. Todas essas formas também estão contempladas no âmbito da invenção reivindicada. "Sal farmaceuticamente aceitável" de um composto significa um sal que é farmaceuticamente aceitável e que tem a actividade farmacológica desejada do composto mãe.
Tal como aqui utilizado, "sais farmaceuticamente aceitáveis" refere-se aos derivados dos compostos descritos em que o composto mãe é modificado por preparação dos seus sais de ácido ou de base. Exemplos de sais farmaceuticamente aceitáveis incluem, mas não estão limitados a sais de ácidos minerais ou orgânicos de resíduos básicos como aminas, sais alcalinos ou orgânicos de resíduos ácidos como ácidos carboxílicos, e outros semelhantes. Os sais farmaceuticamente aceitáveis incluem os sais não tóxicos convencionais ou os sais de amónio quaternário do composto mãe formados, por exemplo, a partir de ácidos inorgânicos ou orgânicos não tóxicos. Por exemplo, esses sais não tóxicos convencionais incluem, mas não estão limitados aos derivados de ácidos inorgânicos e orgânicos seleccionados de 2-acetoxibenzóico, 2-hidro- 22 ΡΕ1804804 xietano sulfónico, acético, ascórbico, benzenossulfónico, benzóico, bicarbónico, carbónico, cítrico, edético, etano dissulfónico, 1,2-etano sulfónico, fumárico, gluco-heptó-nico, glucónico, glutâmico, glicólico, glicoliarsanílico, hexilresorcínico, hidrabâmico, bromídrico, clorídrico, iodídrico, hidroximaleico, hidroxinaftóico, isetiónico, láctico, lactobiónico, lauril sulfónico, maleico, málico, mandélico, metano sulfónico, napsílico, nítrico, oxálico, pamóico, pantoténico, fenilacético, fosfórico, poliga-lacturónico, propiónico, salicílico, esteárico, subacé-tico, succínico, sulfâmico, sulfanílico, sulfúrico, tâni-co, tartárico, toluenossulfónico, e os aminoácidos de ocorrência vulgar, e.g., glicina, alanina, fenilalanina, arginina, etc.
Outros exemplos incluem ácido hexanóico, ácido ciclopentano propiónico, ácido pirúvico, ácido malónico, ácido 3-(4-hidroxibenzoí1)benzóico, ácido cinâmico, ácido 4-clorobenzenossulfónico, ácido 2-naftalenossulfónico, ácido 4-toluenossulfónico, ácido canforsulfónico, ácido 4 metilbiciclo-[2.2.2]-oct-2-eno-l-carboxílico, ácido 3-fe-nilpropiónico, ácido trimetilacético, ácido terc-butil-acético, ácido mucónico e outros semelhantes. A invenção também abrange os sais formados quando um protão ácido presente no composto mãe ou é substituído por um ião metálico, e.g., um ião de metal alcalino, um ião alcalino-terroso ou um ião alumínio, ou se coordenada com uma base orgânica como etanolamina, dietanolamina, trietanolamina, trometamina, N-metilglucamina e outras semelhantes. 23 ΡΕ1804804
Deve entender-se que todas as referências a sais farmaceuticamente aceitáveis incluem formas de adição de solvente (solvatos) ou formas cristalinas (polimorfos) como aqui definidas, do mesmo sal.
Os sais farmaceuticamente aceitáveis da presente invenção podem ser formados a partir de um composto mãe que contém uma unidade básica ou ácida por métodos químicos convencionais. Geralmente, esses sais podem ser preparados por reacção das formas de ácido ou de base livre destes compostos com uma quantidade estequeométrica da base ou ácido apropriada em água ou num solvente orgânico, ou numa mistura dos dois; geralmente, utiliza-se meios não aquosos como éter, acetato de etilo, etanol, isopropanol ou acetonitrilo. Por exemplo, o esquema adiante mostra a formação de um sal cloridrato farmaceuticamente aceitável do composto mãe, Composto 1, por tratamento com ácido clorídrico.
0 número de átomos protonados e contra-iões associados ao sal pode ser controlado e depende do número 24 ΡΕ1804804 de átomos ácidos/básicos do composto mãe e da quantidade de ácido que é utilizada para tratar o composto mãe. Numa forma de realização da invenção, o sal monocloridrato do composto mãe é formado por tratamento com ácido clorídrico. Noutra forma de realização, o sal dicloridrato do composto mãe é formado por tratamento com ácido clorídrico .
Listas de sais adequados são encontradas em Remington's Pharmaceutical Sciences, 18th ed. (Mack
Publishing Company, 1990) . Por exemplo, os sais podem incluir, mas não estão limitados aos sais cloridrato e acetato dos compostos alifáticos contendo amina, hidroxi-lados contendo e contendo imina da presente invenção.
Os compostos da presente invenção também podem ser preparados como ésteres, por exemplo ésteres farma-ceuticamente aceitáveis. Por exemplo, um grupo ou função ácido carboxílico num composto pode ser convertido no seu éster correspondente, e.g., um éster metílico, etílico ou outro éster. Além disso, um grupo álcool num composto pode ser convertido no seu éster correspondente, e.g., um acetato, propionato ou outro éster.
Na especificação, as formas singulares também incluem o plural, salvo se o contexto claramente ditar o contrário. Salvo definição em contrário, todos os termos técnicos e científicos aqui utilizados têm o mesmo significado que o correntemente entendido por uma pessoa 25 ΡΕ1804804 com conhecimentos correntes da matéria à qual pertence esta invenção. No caso de conflito, é a presente especificação que vai controlar.
Todas as percentagens e proporções aqui utilizadas, salvo indicação em contrário, são em peso.
Uma "quantidade eficaz" de um composto da invenção descrita é a quantidade que, quando administrada a um indivíduo que tem uma doença ou patologia, resulta em regressão da doença ou patologia no indivíduo. A quantidade do composto descrito a ser administrada a um indivíduo vai depender da doença específica, do modo de administração, compostos co-administrados, se algum, e das características do indivíduo, tais como o estado de saúde geral, outras doenças, idade, sexo, genótipo, peso corporal e tolerância à fármacos. A pessoa experiente na matéria será capaz de determinar dosagens apropriadas dependendo destes e de outros factores.
Tal como aqui utilizado, o termo "quantidade eficaz" refere-se a uma quantidade de um composto, ou de uma combinação de compostos, da presente invenção eficaz quando administrada sozinha ou em associação como um agente de promoção do sono. Por exemplo, uma quantidade eficaz refere-se a um montante do composto presente numa formulação ou num dispositivo médico dado a um paciente ou indivíduo receptor suficiente para eliciar actividade biológica. A associação de compostos opcionalmente é uma 26 ΡΕ1804804 associação sinérgica. Sinergia, como descrito, por exemplo, por Chou e Talalay, Adv. Enzyme Regul. vol. 22, páginas 27-55 (1984), ocorre quando o efeito dos compostos quando administrados em associação é maior do que o efeito aditivo dos compostos quando administrados sós como um agente individual. Em geral, um efeito sinérgico é mais claramente demonstrado a concentrações subóptimas dos compostos. A sinergia pode ser em termos de menor citotoxicidade, ou efeito promotor do sono aumentado, menor efeito de ressaca ou algum outro efeito vantajoso da associação em comparação com os componentes individuais. "Uma quantidade terapeuticamente eficaz" significa a quantidade de um composto que, quando administrado a um mamífero para tratar uma doença, é suficiente para efectuar esse tratamento da doença. A "quantidade terapeuticamente eficaz" vai variar dependendo do composto, d doença e da sua gravidade e da idade, peso, etc., do mamífero a ser tratado. "Efeito farmacológico" tal como aqui utilizado abrange efeitos produzidos no indivíduo que atingem o objectivo pretendido de uma terapêutica. Numa forma de realização, um efeito farmacológico significa que as indicações primárias do indivíduo a ser tratado são impedidas, aliviadas ou reduzidas. Por exemplo, um efeito farmacológico seria o que resulta na prevenção, alívio ou redução de indicações primárias num indivíduo tratado. Noutra forma de realização, um efeito farmacológico 27 ΡΕ1804804 significa que as patologias ou sintomas das indicações primárias do indivíduo a ser tratado são impedidas, aliviadas ou reduzidas. Por exemplo, um efeito farmaco- lógico seria o que resulta na prevenção ou redução de indicações primárias num indivíduo tratado. A invenção proporciona um método de modulação do sono por administração de uma quantidade eficaz de um análogo de loxapina da invenção, que é uma unidade que antagoniza um receptor de histamina ou um conjunto de receptores de histamina . A invenção também se refere a novos análogos de loxapina.
Os moduladores do sono eficazes têm certas características que correspondem a eficácia acrescida e efeitos secundários diminuídos. Estas características incluem uma meia-vida desejada num indivíduo, o início controlado dos efeitos sedativos desejados e efeitos secundários mínimos ou não detectáveis no sistema psicomotor ou outro sistema nervoso central (SNC) (e.g., défices de memória, tónus muscular diminuído, pálpebras descaídas ou sonolência). Por exemplo, moduladores do sono eficazes têm uma semi-vida em seres humanos inferior a 7 horas, inferior a 6 horas, inferior a 5 horas, inferior a 4 horas, aproximadamente 3 horas, ou na gama de 3 a 7 horas.
Uma abordagem para o desenvolvimento de um modu-lador do sono eficaz é derivatizar estrategicamente um 28 ΡΕ1804804 composto conhecido ou família de compostos com actividade de modulação do sono. A derivatização de um composto conhecido pode aumentar uma ou mais propriedades biológicas para permitir que o composto resultante tenha um desempenho melhorado. Exemplos de propriedades biológicas favoráveis incluem, mas não estão limitadas a indução de um sono discreto ou estado hipnótico, actividade do composto terapêutico durante um período de tempo discreto, penetração através da barreira hemato-encefálica no SNC, e.g., resultante de lipofilia de substituintes ou lipo-filia conformacional (i.e., lipofilia como resultado de uma conformação específica, como a formação de sais internos entre um anião carboxilato e uma amina protonada), modulação da semi-vida do composto terapêutico, uma alteração da carga, uma alteração da farmacocinética, uma alteração de log P por um valor de um ou mais, selectividade para receptores aumentada, semi-vida periférica reduzida, a capacidade de aumentar a dosagem, eliminação periférica aumentada, actividade antimusca-rínica diminuída, actividade anticolinérgica diminuída e qualquer das suas combinações. A derivatização de um composto resulta numa variedade de efeitos e pode alterar o mecanismo de acção. Por exemplo, em algumas circunstâncias, um composto contendo um grupo funcional específico tal como, e.g., um grupo éster, ácido carboxílico ou álcool, tem uma selectividade melhorada para um receptor desejado em relação a receptores indesejados quando comparado com um composto 29 ΡΕ1804804 sem este grupo. Noutras circunstâncias, o composto contendo o grupo funcional especifico é mais activo como um agente terapêutico para o tratamento de perturbações do sono do que o composto correspondente sem este grupo. 0 efeito do composto derivatizado depende da identidade da adição.
Por derivatização de um composto de modo a melhorar as propriedades biológicas favoráveis e diminuir os efeitos secundários indesejáveis, é possível implementar uma estratégia baseada em efeitos mecanísticos potencial ou interacções potenciais. Por exemplo, em alguns compostos, a presença de um ácido carboxílico resulta na capacidade para formar uma ligação iónica intramole-cular que inclui o correspondente ião carboxilato, e.g., formação de espécies zwitteriónicas com um átomo de azoto dentro do composto ou formação de pontes de sais. Estas interacções resultam em efeitos biológicos vantajosos como a lipofilia conformacional, i.e., lipofilia aumentada como resultado de uma conformação específica, como a formação de sais internos entre um anião carboxilato e uma amina protonada. Essa lipofilia conformacional permite a penetração através da barreira hemato-encefálica no SNC, apesar de se pensar que a presença de dois iões polares geralmente inibe a travessia da barreira hemato-encefálica não polar. Outra vantagem da presença do ácido carboxílico é uma capacidade melhorada do composto para se ligar selectivamente ao receptor desejado. 30 ΡΕ1804804
Um grupo de compostos úteis na modulação do sono está relacionado com a loxapina, que é um agente psico-terapêutico pertencente à família de compostos vulgarmente conhecidos como anti-depressivos tricíclicos ("TCA"). A loxapina é um agente antipsicótico dibenzoxazepina, que produz respostas farmacológicas em várias espécies animais que são características das observadas com a maioria dos fármacos antipsicóticos. Embora o mecanismo de acção exacto não seja conhecido, a administração de succinato de loxapina resulta em forte inibição da actividade motora espontânea. A loxapina está recomendada para o tratamento da esquizofrenia.
Numa forma de realização, os análogos de loxapina da invenção são utilizados no tratamento de uma anormalidade do ciclo circadiano, tal como, por exemplo, efeito da diferença horária, perturbações dos trabalhadores por turnos, síndroma da fase de sono atrasada, síndrome da fase do sono avançada e perturbação do ciclo normal de 24 horas de acordar-dormir.
Noutra forma de realização, os análogos de loxapina são utilizados no tratamento de insónia, incluindo, por exemplo, insónia extrínseca, insónia psicofisiológica, insónia de altitude, síndrome das pernas inquietas, perturbação de movimento periódico dos membros, insónia dependente de medicamentos, insónia dependente de drogas, insónia dependente de álcool e insónia associada a doenças mentais. 31 ΡΕ1804804
Numa forma de realização, os análogos de loxapina da invenção são utilizados para tratar uma doença de pa-rassonia, como, e.g., sonambulismo, pavor nocturno, perturbação de comportamento do sono REM, bruxismo do sono e enurese nocturna.
Noutra forma de realização, os análogos de loxapina são utilizados para tratar uma doença de apneia do sono, como, por exemplo, apneia do sono central, apneia obstrutiva do sono e apneia do sono mista.
Alguns exemplos incluem:
N V
HOOC
Composto 1
Preferencialmente, os compostos da presente invenção modulam o sono com efeitos secundários diminuídos, e.g., os compostos não inibem o sono REM (consequentemente, o sono induzido por estes compostos pode assemelhar-se mais aos ciclos de sono natural de uma pessoa) , a utilização dos compostos não resulta em insónia de rico- 32 ΡΕ1804804 chete e/ou os compostos não inibem a actividade locomotora ou afectam de forma adversa a temperatura do corpo.
Os critérios de selecção in vitro dos análogos de loxapina da invenção estão apresentados na Tabela 2.
Tabela 2
Ligação a Hl (Alvo primário) Ki < 500 nMolar Ligação ao alvo secundário • Colinérgicos Ml, M2, M3 • Ki > 10 vezes a Ki medida do receptor Hl • Dopamina Dl, D2 • Ki > 10 vezes a Ki medida do receptor Hl • Adrenérgicos al, a2 • Ki > 10 vezes a Ki medida do receptor Hl
Numa forma de realização, a Ki de ligação ao alvo secundário é 50 vezes a Ki medida do receptor Hl. Em algumas formas de realização, a Ki de ligação ao alvo secundário é 100 vezes a Ki medida do receptor Hl.
Os ensaios de ligação in vitro são utilizados para determinar a ligação a Hl (i.e., a ligação ao alvo primário) e a ligação a Ml, M2 e M3 (i.e., a ligação ao alvo secundário). Estes ensaios de ligação medem a aptidão de análogos da loxapina para deslocar padrões conhecidos dos receptores Hl, Ml, M2 e M3, em gue Hl é um receptor de histamina e Ml, M2 e M3 são receptores colinérgicos 33 ΡΕ1804804 (muscarínicos). Ensaios semelhantes são realizados com Hl e os receptores de dopamina (Dl e D2) e com Hl e os receptores adrenérgicos (al e a2).
Os estudos de ligação contra o receptor de histamina, Hl, indicam afinidade de ligação e, portanto, os resultados dos ensaios de ligação são uma indicação da actividade do composto análogo da loxapina. Os estudos de ligação contra os receptores muscarínicos indicam a extensão em que os compostos se ligam a receptores muscarínicos responsáveis pela actividade anticolinérgica do composto. A ligação a receptores muscarínicos resulta em vários efeitos secundários indesejáveis de muitas anti-histaminas conhecidas, e.g., boca seca. Uma diminuição da ligação dos compostos aos receptores M1-M3, em relação à ligação do composto ao receptor Hl, é uma indicação da maior especificidade do composto para o receptor de histamina em relação ao receptor muscarínico. Além disso, um fármaco com especificidade acrescida para o receptor de histamina tem menos efeitos secundários anticolinérgicos. A ligação a Hl de análogos de loxapina da invenção (também aqui referidos como "compostos de teste" ou "compostos da invenção") é determinada medindo a ligação específica de um dado composto de teste, ou uma série de compostos de teste, ao receptor Hl, e comparando-a com a ligação específica do padrão conhecido (i.e., o composto de referência). Os compostos de referência utilizados neste ensaio de ligação a Hl incluem, por 34 ΡΕ1804804 exemplo, triprolidina (Ki 3,3 nM), clorfeniramina (Ki 103,0 nM) , pirilamina (Ki 1,9 nM) , cipro-heptadina (Ki 8,5 nM) , cimetidina (Ki> 10000) e dimaprit (Ki> 10000). (Ver, e.g., Chang et al., J. Neurochem., 32:1653-63 (1979) (com modificações); Martinez-Mir, et al., Brain Res., 526:322-27 (1990);. Haaksme et al., Pharmac. Ther., 47:73-104 (1990).
Por exemplo, numa forma de realização do ensaio de ligação a Hl, o receptor Hl é de membranas celulares de 3 bovino, e um radioligando, [ H]Pirilamina (15-25 Ci/mmol) numa concentração de ligando final de 2,0 nM, é utilizado para detectar a ligação especifica ao receptor Hl. As caracteristicas de ensaio incluem uma Κμ (afinidade de ligação) de 1,3 nM e uma Bmax (número de receptores) de 6,2 fmol/mg de tecido (peso húmido). A tripolidina (10 μΜ) é utilizada como o determinante não especifico, composto de referência e controlo positivo. As reacções de ligação são realizadas em NA-KPO4 50 mM (pH 7,5) a 25°C durante 60 minutos. A reacção é terminada por filtração em vácuo rápida em filtros de fibra de vidro. O nível de radioactividade retida nos filtros é medido e comparado com valores de controlo para verificar qualguer interacção entre um composto de teste e o sítio de ligação ao Hl. O ensaio de ligação a Ml determina a ligação a Ml de um composto de teste por medição da ligação específica de um dado composto de teste a Ml e comparação sua com a ligação específica de um composto de referência. (Ver, 35 ΡΕ1804804 e.g., Buckley et al., Mol. Pharmacol. 35:469-76 (1989) (com modificações)). Os compostos de referência utilizados no ensaio de ligação a Ml incluem, por exemplo, escopolamina, Metil Br (Kg 0,09 nM) , metiodeto de 4-DAMP (Ki 0,27 nM), pirenzepina (Ki 2,60 nM) , HHSID (Ki 5,00 nM) e metoctramina (Ki 29,70 nM).
Por exemplo, numa forma de realização do ensaio de ligação a Ml, o receptor muscarinico Ml é um Ml humano recombinante expresso em células CHO, e um radioligando, 3 [ H]-escopolamina, N-metil cloreto (80-100 Ci/mmol) numa concentração do ligando final de 0,5 nM, é utilizado para detectar a ligação especifica a Ml. As caracteristicas do ensaio incluem uma Κμ (afinidade de ligação) de 0,05 nM e uma Bmax (número de receptores) de 4,2 pmol/mg de proteína. O (-)-escopolamina, metil-, brometo (brometo de metil-escopolamina) (1,0 μΜ) é utilizado como o determinante não específico, composto de referência e controlo positivo. As reacções de ligação são realizadas em PBS durante 60 minutos a 25°C. A reacção é terminada por filtração em vácuo rápida em filtros de fibra de vidro. O nível de radioactividade retida nos filtros é medido e comparado com valores de controlo para determinar qualquer interac-ção entre um dado composto de teste e o sítio de ligação ao Ml muscarinico clonado. O ensaio de ligação a M2 determina a ligação a M2 de um composto de teste por medição da ligação específica de um dado composto de teste a M2 e comparação sua com a 36 ΡΕ1804804 ligação especifica de um composto de referência. (Ver, e.g.f Buckley et al. , Mol. Pharmacol. 35:469-76 (1989) (com modificações)). Os compostos de referência utilizados no ensaio de ligação a M2 incluem, por exemplo, escopolamina, MetilBr (Ki 0,3 nM) , metiodeto de 4-DAMP (Kg 20,7 nM), metoctramina (Ki 20, 460 nM) , HHSID (Ki 212,7 nM) e pirenzepina (Ki 832,9 nM).
Por exemplo, numa forma de realização do ensaio de ligação a M2, o receptor muscarinico M2 é um M2 humano recombinante expresso em células CHO, e um radioligando, 3 [ H]-escopolamina, cloreto de N-metil (80-100 Ci/mmol) numa concentração do ligando final de 0,5 nM, é utilizado para detectar a ligação especifica para Ml. As caracteristicas do ensaio incluem uma Kq (afinidade de ligação) de 0,29 nM e uma Bmax (número de receptores) de 2,1 pmol/mg de proteína. Utiliza-se (-)-escopolamina, metil, brometo (brometo de metilescopolamina) (1,0 μΜ) como o determinante não específico, composto de referência e controlo positivo. As reacções de ligação são realizadas em PBS durante 60 minutos a 25°C. A reacção é terminada por filtração em vácuo rápida em filtros de fibra de vidro. O nível de radioactividade retida nos filtros é medido e comparado com valores de controlo para determinar qualquer interacção entre um dado composto de teste e o sítio de ligação a M2 muscarinico clonado. O ensaio de ligação a M3 determina a ligação a M3 de um composto de teste, medindo a ligação específica de 37 ΡΕ1804804 um dado composto de teste a M3 e comparação sua com a ligação especifica de um composto de referência. (Ver, e.g., Buckley et al., Mol. Pharmacol. 35:469-76 (1989) (com modificações) ) . Os compostos de referência utilizados no ensaio de ligação a M3 incluem, por exemplo, escopolamina, MetilBr (Ki 0,3 nM) , metiodeto de 4-DAMP (Kg 0,8 nM) ; HHSID (Ki 14,5 nM) ; pirenzepina (Ki 153,3 nM) e metoctramina (Ki 700,0 nM).
Por exemplo, numa forma de realização do ensaio de ligação a M3 o receptor M3 muscarinico é um M3 humano recombinante expresso em células CHO, e um radioligando, 3 [ H]-escopolamina, cloreto de N-metil (80-100 Ci/mmol) numa concentração final de ligando de 0,2 nM, é utilizado para detectar a ligação especifica para Ml. As caracteristicas do ensaio incluem uma KD (afinidade de ligação) de 0,14 nM e uma Bmax (número de receptores) de 4,0 pmol/mg de proteína. (-)-Escopolamina, metil, brometo (brometo de metilescopolamina) (1,0 μΜ) é utilizado como o determinante não específico, composto de referência e controlo positivo. As reacções de ligação são realizadas em Tris-HC1 50 mM (pH 7,4) contendo MgCl2 10 mM, EDTA 1 mM durante 60 minutos a 25°C. A reacção é terminada por filtração em vácuo rápida em filtros de fibra de vidro. O nível de radioactividade retido nos filtros é medido e comparado com valores de controlo para determinar qualquer interacção entre um dado composto de teste e o sítio de ligação M3 muscarinico clonado. 38 ΡΕ1804804
Os critérios de selecção in vitro para análogos de loxapina da invenção estão apresentados na Tabela 3.
Tabela 3
Ligação a Hl (Alvo primário) Ki < 300 nMolar Ligação ao alvo secundário • Ml colinérgicos • Ki > 1 μΜ • M2 colinérgico • Ki > 1 μΜ • M3 colinérgico • Ki > 1 μΜ
Outros critérios de selecção in vitro para análogos de loxapina da invenção estão apresentados na Tabela 4.
Tabela 4
Ligação a Hl (Alvo primário) Ki < 150 nMolar Ligação ao alvo secundário • Ml colinérgicos • Ki > 10 μΜ • M2 colinérgico • Ki > 10 μΜ • M3 colinérgico • Ki > 10 μΜ A ligação a Hl (ligação ao alvo primário) e a ligação a Ml, M2 e M3 (ligação ao alvo secundário) são determinadas utilizando os ensaios de ligação a Hl, Ml, M2 e M3 descritos acima.
Outros critérios de selecção in vitro para aná- 39 ΡΕ1804804 logos de loxapina da invenção incluem a ligação a hERG. A ligação ao alvo primário e a ligação ao alvo secundário são determinadas tal como descrito acima. Se o composto de teste apresenta a ligação ao alvo primário (Hl) e a proporção de ligação alvo primário/alvo secundário desejadas, a ligação a hERG ligação (ligação ao alvo secundário) é determinada através de um estudo comparativo de blo-queamento de hERG para avaliar o efeito de um dado composto de teste em canais de hERG clonados expressos em células de mamíferos. (Ver, e.g., Brown e Rampe, Pharmaceutical News 7:15-20 (2000); Rampe et al., FEBS Lett., 417:28-32 (1997); Weirich e Antoni, Res. Basic. Cardiol. 93 Suppl. 1:125-32 (1998), e Yap e Camm, Clin. Exp. Allergy, 29 Suppl 3, 174-81 (1999)). A ligação de hERG ao alvo secundário, o canal de potássio cardíaco responsável pela corrente rectificadora rápida retardada rápida (iRr) em ventrículos humanos, é avaliada porque a inibição da IRr é a causa mais comum de prolongamento do potencial de acção cardíaco por fármacos não cardíacos. (Ver Brown e Rampe (2000), Weirich e Antoni (1998), e Yap e Camm (1999)). A duração acrescida do potencial de acção causa prolongamento do intervalo QT que foi associado a uma arritmia ventricular perigosa, torsade de pointes. (Brown e Rampe (2000)).
No ensaio de hERG, os canais de hERG são expressos numa linha celular de rim embrionário humano (HEK293) que não tem a IRr endógena. A expressão numa linha celular 40 ΡΕ1804804 de mamífero é preferível à expressão transitória em oócitos de Xenopus, uma vez que estes últimos demonstram uma sensibilidade consistente 10-100 vezes menor aos bloqueadores dos canais de hERG. (Ver Rampe, 1997).
Numa forma de realização do ensaio de hERG, o controlo positivo {i.e., composto de referência) é terfe-nadina (Sigma, St. Louis MO), que se demonstrou, numa concentração de 60 nM, que bloqueia a corrente de hERG em aproximadamente 75%. Compostos de teste são distribuídos em soro fisiológico tamponado com HEPES (HB-PS) + 0,1% de sulfóxido de dimetilo (DMSO). Cada composto de teste é aplicado numa concentração de 10 μΜ nas células HEK293 que expressam hERG (n> 3, em que n = número de células) . As células são expostas ao composto de teste durante o tempo necessário para atingir o bloqueamento em estado estacionário, mas não mais do que 10 minutos. O controlo positivo (terfenadina 60 mM) é aplicado a duas células (n> 2).
As células expostas a hERG são então transferidas para a câmara de registo e superfundidas com solução de HB-PS. A solução de pipetagem para os registos das células inteiras inclui aspartato de potássio (130 mM) , MgCl2 (5 mM) , EGTA (5 mM) , ATP (4 mM) e HEPES (10 mM) a um pH ajustado para 7,2 com KOH. 0 início e o estado estacionário do bloqueamento da corrente de hERG devido ao composto de teste são medidos utilizando um padrão de pulsos com amplitudes fixas (despolarização: +20 mV durante 2 segundos; repolarização: -50 mV durante 2 segundos), 41 ΡΕ1804804 repetidos a intervalos de 10 segundos, a partir de um potencial de manutenção de -80 mV. A corrente de cauda de pico é medida durante o passo de 2 segundos até -50 mV. É mantido um estado estacionário durante pelo menos 30 segundos antes de se aplicar o composto de teste ou composto de controlo positivo. As correntes de cauda de pico são medidas até que seja atingido um novo estado de equilíbrio .
Para além dos critérios de selecção in vitro descritos acima, os análogos de loxapina da invenção são seleccionados utilizando as seguintes avaliações in vivo de sono-vigília e fisiológicas:
Sono não REM: Os análogos de loxapina são seleccionados se, em ratos Wistar machos adultos, (i) a quantidade de pico de não REM exceder 55% de não REM por hora o mais tardar na terceira hora pós-tratamento, e (ii) a natureza desse aumento de sono não REM for tal que o aumento total cumulativo líquido de sono não REM nas 6 horas iniciais pós-tratamento (ajustado para linha de base no tempo circadiano correspondente 24 horas antes, e em relação ao tratamento com controlo do veículo) for não inferior a 20 minutos no total para doses composto que produzem a consolidação máxima do sono medida pela duração do período de sono, quando o fármaco é administrado oralmente. 0 termo tempo de sono não REM de pico" é 42 ΡΕ1804804 definido como uma quantidade de pico absoluta de sono não REM por hora pós tratamento, com a administração de fármaco a ocorrer no tempo circadiano (TC) 18, que é 6 horas depois das luzes apagadas num rato de laboratório nocturno quando alojado num ciclo claro-escuro LD 12:12 (12 horas de luz e 12 horas escuridão). 0 critério nominal de 55% de sono não REM por hora é equivalente a 33 minutos de sono não REM por hora.
Tal como aqui utilizado, o termo "sono não REM cumulativo" é definido como o aumento agregado total liquido do número de minutos de sono não REM, medido durante toda a duração do efeito soporifero de um fármaco, que tipicamente, mas não sempre, ocorre nas primeiras 6 horas pós-tratamento, ajustado para o número agregado total liquido de minutos de sono não REM que ocorreram durante os correspondentes tempos de linha de base sem tratamento do dia registado 24 horas antes, em relação ao tratamento semelhante com o controlo do veiculo.
vigília) observado a cada 10 segundos. O
Tal como aqui definido, o termo "período de sono" refere-se a um episódio discreto de sono contínuo ou pra-ticamente contínuo, compreendendo sono não REM, sono REM ou ambas as fases de sono não REM e REM, delimitado antes e depois do episódio por mais do que duas épocas contíguas 10 segundo de vigília. A seguinte descrição não limitativa ilustra este conceito: WWWWSSSSWSSSSSSSWWSSSSSSSWWWW, em que cada letra representa o estado predominante de alerta (S = sono, W = 43 ΡΕ1804804 "período" de sono medido é de 21 épocas de dez segundos ou 3,5 minutos de duração.
Consolidação do sono: Os análogos de loxapina são seleccionados se, em ratos Wistar machos adultos, (i) a duração absoluta dos episódios de sono contínuo (i.e., "período de sono") mais longos pós-tratamento tiver uma duração superior a 13 minutos; (ii) o período de sono líquido mais longo pós-tratamento for maior ou igual a 3 minutos, quando ajustado para a linha de base 24 horas antes e calculado em relação ao tratamento com veículo, e (iii) a duração média absoluta de cada período de sono, quando determinada a média de sono por hora, numa base de hora a hora, for maior ou igual a 5 minutos. Os critérios de selecção acima referidos assumem que as fases de sono e de vigília são determinadas de forma contínua a cada 10 segundos (e.g., "épocas" de pontuação do sono de 10 segundos), que o sono e a vigília são medidos poligra-ficamente utilizando critérios de EEG e EMG, e episódios de sono (compreendendo sono não REM e/ou sono REM) são definidos como "surtos" contínuos até o episódio ser interrompido por mais do que duas épocas contíguas de 10 segundos de vigília.
Tal como aqui utilizado, o termo "duração do período de sono mais longo" é definida como o número total de minutos que um animal permanece adormecido (fases de sono não REM e/ou REM) durante o único período de sono mais longo que ocorreu a começar numa dada hora pós- 44 ΡΕ1804804 tratamento. O critério de medição "duração do período de sono" considera que o sono é medido continuamente em épocas de 10 segundos, e é pontuado com base no estado predominante, calculado ou determinado como uma fase discreta do sono (em que as fases do sono são definidas como sono não REM, sono REM, ou vigília) durante o intervalo de 10 segundos que define a época. 0 termo "duração média do período de sono" é definido como a duração média (em minutos) de todo e qualquer episódio ou período que começou numa determinada hora, independente da duração individual de cada episódio ou período.
Efeitos secundários medidos em paralelo: Os análogos de loxapina são seleccionados se, em ratos Wistar machos adultos, estes compostos (i) não produzem quantidades apreciáveis de insónia de ricochete, (ii) não inibem apreciavelmente o sono REM, e (iii) não inibem de forma desproporcionada a actividade motora locomotora e/ou tonicidade motora em relação aos efeitos normais do sono propriamente dito. As definições limite para estes três efeitos secundários variáveis são as seguintes: "Insónia de ricochete" é definida como período de vigília de ricochete, paradoxal ou compensatória que ocorre após os efeitos promotores do sono de um agente hipnótico ou soporífero. A insónia de ricochete é tipicamente observada durante a fase de repouso circadiano 45 ΡΕ1804804 habitual 6-18 horas pós-tratamento ao CT-18 (6 horas depois das luzes apagadas, para LD 12:12), mas pode ocorrer em qualquer momento durante as 30 horas iniciais pós-tratamento. 0 ricochete é considerado inaceitável quando, em ratos Wistar machos adultos, a vigília cumulativa em excesso associada à insónia de ricochete é superior a 10% de redução em média de tempos de sono não REM horários durante a fase de repouso circadiano pós-tratamento (luzes acesas) .
Em ratos Wistar machos adultos, a insónia de ricochete manifesta-se como um aumento da vigília em relação a tempos correspondentes na linha de base (24 horas antes) depois de um efeito de sono induzido por fármaco, e a insónia de ricochete é medida cumulativamente . "Inibição do sono REM" é definida como a redução do tempo de sono REM pós-tratamento no CT-18 (6 horas depois de apagadas as luzes; LD 12:12) ou no CT-5 (5 horas depois de acesas as luzes; LD 12:12). Os compostos que reduzem o tempo de sono REM em mais de 15 minutos (em relação à linha de base e ajustado para o tratamento com veículo) quando administrado ao CT-18 ou ao CT-5 são considerados inaceitáveis.
Tal como aqui definido, "inibição da actividade locomotora desproporcionada" é uma redução da actividade locomotora que excede a redução normal e esperada da 46 ΡΕ1804804 actividade comportamental atribuível ao sono. A lógica dita que se um animal está a dormir, haverá normalmente uma correspondente redução da actividade locomotora. Se um composto hipnótico ou soporifero reduz os niveis de actividade locomotora em mais de 20% acima do que é explicado só pelo sono, o composto é considerado inaceitável. A actividade locomotora (LMA) ou a tonicidade motora pode ser quantificada objectivamente utilizando qualquer forma de monitorizar a actividade locomotora comportamental (movimentos não específicos, monitorização da actividade à base de telemetria, dispositivos de detecção de movimento tridimensional, actividade na roda giratória, medidas exploratórias, registo electromiográfico, etc.) desde que seja medida em paralelo com medidas objectivas de sono-vigília no mesmo animal.
Numa forma de realização, a actividade locomotora dentro da gaiola do animal é medida utilizando um dispositivo de biotelemetria implantado cirurgicamente na cavidade peritoneal do animal; o dispositivo implantável e receptor de telemetria associado detecta se e quanto o animal se movimenta dentro da gaiola. O sono e a vigília é medido em épocas de 10 segundos simultaneamente. As contagens de actividade locomotora por unidade de tempo são divididas pela quantidade simultânea de vigília por uma mesma unidade, dando uma "intensidade da actividade locomotora" (LMAI) medida para essa unidade de tempo. Compostos hipnóticos ou soporíferos administrados no CT-18 (6 horas depois das luzes apagadas; LD 12:12) que diminuem 47 ΡΕ1804804 a actividade locomotora por unidade de tempo acordado em mais de 20% em relação ao veículo seriam considerados inaceitáveis.
Noutra forma de realização, os análogos de loxa-pina da invenção são seleccionados utilizando critérios de avaliação in vivo de sono-vigília e fisiológicos apresentados na Tabela 5:
Tabela 5
SCORE-2000 Valor absoluto Alteração a partir da linha de base em relação ao veiculo só Tempo de pico não REM pico >55% de sono/hora Não aplicável Não REM cumulativo Não aplicável >20 minutos a ED100 para MSBL a T]_6 Período de sono mais pico absoluto >17 minutos de pico > 5 minutos longo absoluto Período de sono médio pico absoluto > 6 minutos Não utilizado em cortes de SAR. Insónia de ricochete <10% de redução em média de tempos de sono não REM por hora durante a fase de repouso circadiano pós tratamento (luzes acesas) Não aplicável Inibição do sono REM não aplicável não exceder 15 minutos, Rx a CT15 IMAI não aplicável não exceder redução de 20% de IMAI
Os métodos para avaliação destes critérios de sono-vigília e fisiológicos estão descritos acima. 0 48 ΡΕ1804804 "valor absoluto" apresentado na segunda coluna da Tabela 5 refere-se ao valor determinado para cada composto de teste, enquanto o valor "alteração" indicado na terceira coluna da Tabela 5 reflecte um valor ajustado em que o valor absoluto é a diferença em relação ao veiculo, quando os valores do veículo são ajustados para a linha de base.
Em algumas formas de realização, o período de sono mais longo tem duração superior a 13 minutos. Noutras, tem duração superior a 17 minutos. Em algumas formas de realização, o período de sono mais longo pós-tratamento tem duração maior ou igual a 3 minutos. Noutras, a duração é maior ou igual a 6 minutos.
Outros critérios de avaliação in vivo de sono-vigília e fisiológicos utilizados para seleccionar análogos de loxapina da invenção incluem a medição da temperatura corporal aguda e da temperatura corporal latente como uma alteração na linha de base em relação ao veículo. A alteração da temperatura corporal aguda não deve exceder -0,50°C, e a alteração da temperatura corporal latente não deve exceder +0,50°C no tempo 1-6 horas. A temperatura corporal aguda (Τχ_g) é ajustada para a correspondente linha de base medida 24 horas antes, em relação ao veículo (o decréscimo em relação ao veiculo). A temperatura corporal latente, medida 7-18 horas pós-tratamento medicamentoso (T7-18) , é ajustado para a correspondente linha de base medida 24 horas antes, em relação ao veículo (a diminuição do veiculo). 49 ΡΕ1804804
Os compostos modulam o sono de várias maneiras, inclusivamente diminuindo o tempo até ao inicio do sono, aumentando a duração média do período de sono e aumentando a duração máxima do período de sono.
Os compostos, ou os seus sais farmaceuticamente aceitável, são administrados por via oral, nasal, trans-dérmica, pulmonar, por inalação, por via bucal, sublingual, intraperitoneal, intravenosa, rectal, intrapleural, intratecal e parentérica. Numa forma de realização, o composto é administrado por via oral. Um especialista na matéria vai reconhecer as vantagens de determinadas vias de administração.
Os compostos da presente invenção são para utilização no tratamento de uma variedade de perturbações do sono incluindo anormalidade do ritmo circadiano, insónia, parassonia, síndrome da apneia do sono, narcolepsia e/ou hipersonia. Numa forma de realização, os compostos tratam anomalias do ritmo circadiano, como atraso da diferença horária, perturbações do trabalho por turnos, síndrome da fase atrasada do sono, síndrome da fase avançada do sono e perturbação do ciclo normal de 24 horas de acordar-dormir. Noutra forma de realização, os compostos tratam insónia incluindo insónia extrínseca, insónia psicofisiológica, insónia de altitude, síndrome das pernas inquietas, perturbação de movimento periódico dos membros, insónia dependente de medicamentos, insónia dependente de drogas, 50 ΡΕ1804804 insónia dependente de álcool e insónia associada a doenças mentais.
Noutra forma de realização, os compostos tratam parassonias, incluindo sonambulismo, pavor nocturno, perturbação de comportamento do sono REM, bruxismo do sono e enurese do sono. Ainda noutra forma de realização, o método trata perturbação de apneia do sono, incluindo apneia do sono central, apneia obstrutiva do sono e apneia do sono mista. Além disso, os compostos tratam outras perturbações do sono como narcolepsia ou hipersonia.
Em algumas formas de realização, um composto é administrado como um sal farmaceuticamente aceitável. Um especialista na matéria vai reconhecer os vários métodos para a criação de sais farmaceuticamente aceitáveis e identificar o sal apropriado. Numa forma de realização, o composto ou um seu sal farmaceuticamente aceitável é incluído numa composição farmacêutica.
Tal como aqui utilizado, o termo "perturbação do sono" inclui patologias reconhecidas por um especialista na matéria como perturbações do sono, por exemplo, patologias conhecidas na técnica ou patologias que são propostas como sendo perturbações do sono ou descobertas como sendo perturbações do sono. Ver, por exemplo, Thorpy, MJ International Classification of Sleep Disorders, Revised: Diagnostic and Coding Manual, American Sleep
Disorders Association; Rochester, Minnesota, 1997 e ICD-9- 51 ΡΕ1804804 CM, International Classification of Diseases, Ninth Revision, Clinicai Modification, National Center for Health Statistics, Hyattsville, MD.
Por exemplo, as perturbações do sono podem ser genericamente classificadas em dissonias, e.g., perturbações intrínsecas, extrínsecas, e do ritmo circadiano; parassonias, e.g., alerta, transição sono-vigília e perturbações associadas ao movimento rápido dos olhos (REM), e outras parassonias; perturbações associadas a doenças mentais, neurológicas e outras patologias médicas, e outras perturbações do sono.
As perturbações do sono intrínsecas incluem, por exemplo, insónia psicofisiológica, má percepção do estado de sono, insónia idiopática, narcolepsia, hipersonia recorrente, hipersonia idiopática, hipersonia pós-traumá-tica, síndrome da apneia obstrutiva do sono, síndrome da apneia central do sono, síndrome de hipoventilação alve-olar central, perturbação do movimento periódico dos membros e síndrome das pernas inquietas.
As perturbações do sono extrínsecas incluem, por exemplo, higiene desadequada do sono, perturbação ambiental do sono, insónia de altitude, perturbação de ajustamento do sono, síndrome do sono insuficiente, perturbação do sono por imposição de limites, perturbação do início do sono por associação, insónia por alergia alimentar, síndrome de comer (beber) nocturno, perturbação 52 ΡΕ1804804 do sono dependente de hipnótico, perturbação do sono dependente de estimulante, perturbação do sono dependente do álcool e perturbação do sono induzida por toxina.
As perturbações do sono relacionadas com o ritmo circadiano incluem, por exemplo, mudança de fuso horário (efeito da diferença horária, "jet lag"), perturbação do sono por trabalho em turnos, padrão de sono-vigilia irregular, sindrome da fase atrasada do sono, sindrome da fase avançada do sono e perturbação do sono-vigilia não de 24 horas
As perturbações do despertar do sono incluem, por exemplo, despertares confusionais, sonambulismo e terrores do sono.
As perturbações da transição sono-vigilia incluem, por exemplo, perturbação do movimento rítmico, inícios do sono, sonilóquio e cãibras nocturnas nas pernas.
As perturbações do sono associados ao REM incluem, por exemplo, pesadelos, paralisia do sono, erecção do pénis relacionada com sono diminuído, erecções dolorosas relacionadas com o sono, paragem sinusal relacionada com o sono REM e perturbação comportamental do sono REM.
Outras parassonias incluem, por exemplo, bruxismo do sono, enurese do sono, sindrome de engolir anormal 53 ΡΕ1804804 relacionado com o sono, distonia paroxística nocturna, síndrome da morte súbita nocturna inexplicada, ressonar primário, apneia do sono infantil, síndrome de hipo-ventilação central congénita, síndrome da morte súbita do lactente, e mioclonia neonatal benigna do sono.
Uma "perturbação do sono" também surge num indivíduo que tem outros problemas de saúde, doenças ou lesões, ou num indivíduo que está a ser tratado com outros medicamentos ou tratamentos médicos, em que o indivíduo, como resultado, tem dificuldade em adormecer e/ou em permanecer a dormir, ou experimenta sono não refrescante ou sono não restaurador, e.g., o indivíduo experimenta privação do sono. Por exemplo, alguns indivíduos têm dificuldade em dormir depois de sofrer tratamento médico para outras patologias, e.g., quimioterapia ou cirurgia, ou como resultado de dor ou outros efeitos de lesões físicas. É bem conhecido na técnica que certas patologias médicas, por exemplo, doenças do sistema nervoso central (SNC), e.g., doenças mentais ou neurológicas, e.g., ansiedade, podem ter um componente de perturbação do sono, e.g., privação do sono. Assim, "tratamento de uma perturbação do sono" também inclui tratamento de um componente de perturbação do sono de outras doenças, e.g., doenças do SNC. Além disso, tratamento do componente de perturbação do sono de doenças do SNC também pode ter o efeito vantajoso de melhorar outros sintomas associados à 54 ΡΕ1804804 doença. Por exemplo, em alguns indivíduos que sofrem de ansiedade associada a privação do sono, o tratamento do componente privação de sono também trata o componente de ansiedade. Assim, a presente invenção também inclui um método de tratamento dessas patologias médicas.
Por exemplo, perturbações do sono associadas a doenças mentais incluem psicoses, perturbações do humor, doenças da ansiedade, doença do pânico, dependências e outras semelhantes. Doenças mentais específicas incluem, por exemplo, depressão, doença obsessivo-compulsiva, neu-rose/doença afectiva, doença/neurose depressiva, neurose de ansiedade, doença distímica, doença comportamental, perturbação do humor, esquizofrenia, psicose maníaco-depressiva, delírio e alcoolismo.
As perturbações do sono associadas a doenças neurológicas incluem, por exemplo, doenças degenerativas cerebrais, demência, parkinsonismo, doença de Huntington, doença de Alzheimer, insónia familiar fatal, epilepsia relacionada com o sono, estado de mal eléctrico epiléptico do sono e cefaleias relacionadas com o sono. As perturbações do sono associadas a outras doenças médicas incluem, por exemplo, doença do sono, isquémia cardíaca nocturna, doença pulmonar obstrutiva crónica, asma relacionada com o sono, refluxo gastroesofágico relacionado com o sono, úlcera péptica e síndrome de fibrosite.
Em algumas circunstâncias, as perturbações do 55 ΡΕ1804804 sono também estão associados à dor, e.g. dor neuropática associada à sindrome das pernas inquietas; enxaqueca; hiperalgesia, fibromialgia, dor; sensibilidade aumentada ou exagerada à dor, como hiperalgesia, causalgia e alodinia; dor aguda; dor ardente; dor facial atípica; dor neuropática; dor lombar; síndromes de dor regional complexa I e II; dor artrítica; dor por lesão desportiva; dor relacionada com infecção, e.g., HIV, sindrome pós-pólio e neuralgia pós-herpética; dor do membro fantasma, dor de trabalho de parto; dor de cancro; dor pós-quimioterapia; dor pós-acidente vascular; dor pós-opera-tória; neuralgia; patologias associadas a dor visceral, incluindo sindrome do intestino irritável, enxaqueca e angina.
Outras perturbações do sono incluem, por exemplo, dormidor curto, dormidor longo, sindrome da subvigília, mioclonia fragmentária, hiper-hidrose do sono, perturbação do sono associada à menstruação, perturbação do sono associada à gravidez, alucinações hipnagógicas assustadoras, taquipnéia neurogénica relacionada com o sono, laringoespasmo relacionado com o sono e sindrome da asfixia no sono. A insónia é tipicamente classificada em insónia do início do sono, em que um indivíduo leva mais de 30 minutos para adormecer; e insónia de manutenção do sono, em que o indivíduo gasta mais de 30 minutos acordado durante um período de sono esperado, ou, por exemplo, 56 ΡΕ1804804 acorda antes do tempo de despertar desejado com dificuldade ou incapacidade de voltar a dormir. Os compostos descritos podem ser eficazes no tratamento do início do sono e insónias de manutenção do sono, insónia resultante de perturbações do ajustamento do ritmo circadiano ou insónia resultante de doenças do SNC. Uma forma de realização é tratar um indivíduo para uma perturbação do ajustamento do ritmo circadiano. Outra forma de realização é tratar um indivíduo para insónia resultante de uma perturbação do humor. Noutras formas de realização, um indivíduo é tratado para apneia do sono, sonambulismo, terrores nocturnos, síndrome das pernas inquietas, insónia do início do sono e/ou insónia de manutenção do sono, ou mais preferencialmente, insónia do inicio do sono ou insónia de manutenção do sono. Os compostos descritos podem ser eficazes para tratar a insónia do início do sono. Os compostos descritos também pode ser eficazes para tratar insónia de manutenção do sono. 0 regime de dosagem utilizando os compostos é seleccionado de acordo com uma variedade de factores incluindo o tipo, espécie, idade, sexo, peso e estado de saúde do doente; a gravidade da patologia a ser tratada; a via de administração; a função renal e hepática do doente; e o composto especifico ou o seu sal utilizado. Um médico ou veterinário com experiência corrente pode facilmente determinar e receitar a quantidade eficaz do medicamento necessário para prevenir, combater ou parar a progressão da doença. 57 ΡΕ1804804
As dosagens orais da presente invenção, quando utilizadas para os efeitos indicados, vão variar entre cerca de 0,05 a 5000 mg/dia por via oral. Quantidades eficazes dos compostos descritos tipicamente variam entre cerca de 0,01 mg/kg por dia e cerca de 100 mg/kg por dia, e preferencialmente entre 0,1 mg/kg por dia e cerca de 10 mg/kg/dia. Técnicas para a administração dos compostos descritos da invenção podem ser encontradas em Remington: The Science and Practice of Pharmacy, 19th edition, Mack Publishing Co., Easton, PA (1995).
Por exemplo, em algumas formas de realização, um sal de ácido de um composto contendo um grupo amina ou outro grupo básico é obtido por reacção do composto com um ácido orgânico ou inorgânico adequado, como cloreto de hidrogénio, brometo de hidrogénio, ácido acético, ácido perclórico e outros semelhantes. Compostos com um grupo amónio quaternário também contêm um contra-ião como cloreto, brometo, iodeto, acetato, perclorato e outros semelhantes. Outros exemplos desses sais incluem cloridratos, bromidratos, sulfatos, metanossulfonatos, nitratos, malea-tos, acetatos, citratos, fumaratos, tartaratos (e.g., (+)- tartaratos, (-)-tartaratos ou as suas misturas, incluindo misturas racémicas), succinatos, benzoatos e sais com aminoácidos como o ácido glutâmico.
Os sais de compostos contendo um ácido carbo-xílico ou outro grupo funcional ácido são preparados por 58 ΡΕ1804804 reacção com uma base adequada. Esse sal farmaceuticamente aceitável é feito com uma base que dá um catião farmaceuticamente aceitável, que inclui sais de metais alcalinos (especialmente sódio e potássio), sais de metais alcalino-terrosos (especialmente cálcio e magnésio), sais de alumínio e sais de amónio, bem como sais feitos a partir de bases orgânicas fisiologicamente aceitável como trimetilamina, trietilamina, morfolina, piridina, piperi-dina, picolina, diciclo-hexilamina, N,Ν'-dibenziletileno-diamina, 2-hidroxietilamina, bis-(2-hidroxietil)amina, tri-(2-hidroxietil)amina, procaína, dibenzilpiperidina, N-benzil-β-ίenetilamina, desidro-abietilamina, Ν,Ν'-bis-desidroabietilamina, glucamina, N-metilglucamina, colidi-nas, quinina, quinolina e aminoácidos básicos como lisina e arginina.
Em algumas formas de realização, certos compostos e os seus sais também existem na forma de solvatos, por exemplo hidratos, e a presente invenção inclui cada solvato e as suas misturas.
Numa forma de realização, os compostos aqui descritos, e seus os sais farmaceuticamente aceitáveis, são utilizados em preparações farmacêuticas em associação com um veículo ou diluente farmaceuticamente aceitável. Veículos farmaceuticamente aceitáveis adequados incluem enchimentos ou diluentes sólidos inertes e soluções aquosas ou orgânicas estéreis. Os compostos vão estar presentes nessas composições farmacêuticas em quantidades 59 ΡΕ1804804 suficientes para proporcionar a quantidade de dosagem desejada na gama aqui descrita. Técnicas para formulação e administração dos compostos descritos da invenção podem ser encontradas em Remington: the Science and Practice of Pharmacy, acima.
Tipicamente, o composto é preparado para administração oral, em que os compostos descritos ou os seus sais divulgados são associados com um veiculo ou diluente sólido ou liquido adequado para formar cápsulas, comprimidos, pílulas, pós, xaropes, soluções, suspensões e outras semelhantes.
Os comprimidos, pílulas, cápsulas e outros semelhantes contêm de cerca de 1 a cerca de 99 por cento em peso do ingrediente activo e um aglutinante, como goma tragacanta, acácias, amido de milho ou gelatina; exci-pientes como fosfato dicálcico; um agente desintegrante como amido de milho, fécula de batata ou ácido algínico; um lubrificante como estearato de magnésio; e/ou um agente edulcorante como sacarose, lactose, sacarina, xilitol e outros semelhantes. Quando uma forma de dosagem unitária é uma cápsula, muitas vezes contém, além de materiais do tipo referido acima, um veículo líquido como um óleo gordo.
Em algumas formas de realização, vários outros materiais estão presentes como revestimentos ou para modificar a forma física da unidade de dosagem. Por 60 ΡΕ1804804 exemplo, em algumas formas de realização, os comprimidos são revestidos com goma-laca, açúcar ou ambos. Em algumas formas de realização, um xarope ou elixir contém, além do ingrediente activo, sacarose como um agente edulcorante, metilo e propilparabenos como conservantes, um corante e um aromatizante, como sabor cereja ou de laranja, e outros semelhantes.
Para algumas formas de realização relativas à administração parentérica, os compostos descritos, ou os seus sais, solvatos ou polimorfos, podem ser associados com meios aquosos ou orgânicos estéreis para formar soluções ou suspensões injectáveis. Composições injec-táveis são preferencialmente soluções ou suspensões isotónicas aquosas. As composições podem ser esterilizados e/ou conter adjuvantes, como agentes conservantes, estabilizadores, molhantes ou emulsionantes, promotores de dissolução, sais para a regulação da pressão osmótica e/ou tampões. Além disso, também podem conter outras substâncias terapeuticamente valiosas. As composições são preparadas de acordo com métodos convencionais de mistura, granulação ou revestimento, respectivamente, e contêm cerca de 0,1 a 75%, preferencialmente cerca de 1 a 50%, do ingrediente activo.
Por exemplo, soluções injectáveis são produzidas utilizando solventes como óleo de sésamo ou de amendoim ou propileno glicol aquoso, bem como soluções aquosas de, sais farmaceuticamente aceitáveis solúveis em água dos 61 ΡΕ1804804 compostos. Em algumas formas de realização, as dispersões são preparados em glicerol, polietileno glicóis líquidos e suas misturas em óleos. Em condições normais de armazenagem e utilização normais, estas preparações contém um conservante para evitar o crescimento de microrganismos. Os termos "administração parentérica" e "administrada parentericamente" tal como aqui utilizados significam modos de administração diferentes da administração entérica e tópica, normalmente por injecção, e incluem, sem limitação, injecção intravenosa, intramuscular, intra-arterial, intratecal, intracapsular, intra-orbital, intracardíaca, intradérmica, intraperitoneal, transtra-queal, subcutânea, subcuticular, intra-articular, subarac-nóide, subcapsular, intra-espinal e intrasternal e perfusão.
Para administração rectal, composições farmacêuticas adequadas são, por exemplo, preparações tópicas, supositórios ou enemas. Os supositórios são preparados com vantagem a partir de emulsões ou suspensões gordas. As composições podem ser esterilizadas e/ou conter adjuvantes, como agentes conservantes, estabilizantes, molhantes ou emulsionantes, promotores da dissolução, sais para a regulação da pressão osmótica e/ou tampões. Além disso, também podem conter outras substâncias terapeuticamente valiosas. As composições são preparadas de acordo com métodos convencionais de mistura, granulação ou revestimento, respectivamente, e contêm cerca de 0,1 a 75%, preferencialmente cerca de 1 a 50%, do ingrediente activo. 62 ΡΕ1804804
Em algumas formas de realização, os compostos são formulados para administrar o agente activo por administração pulmonar, e.g., administração de uma formulação em aerossol contendo o agente activo a partir, por exemplo, uma bomba de pulverização manual, nebulizador ou inalador doseador pressurizado. Em algumas formas de realização, as formulações adequadas deste tipo também incluem outros agentes, como agentes anti-estáticos, para manter os compostos descritos como aerossoles eficazes.
Um dispositivo de administração de fármacos para administração de aerossoles compreende uma lata de aerossol adequada com uma válvula doseadora contendo uma formulação farmacêutica em aerossol tal como descrito e uma estrutura do accionador adaptada para segurar a lata e permitir a administração do fármaco. A lata do dispositivo de administração de fármacos tem um espaço de cabeça que representa mais do que cerca de 15% do volume total da lata. Frequentemente o polimero destinado a administração pulmonar está dissolvido, suspenso ou emulsionado numa mistura de um solvente, tensoactivo e propulsor. A mistura é mantida sob pressão numa lata que foi selada com uma válvula doseadora.
Para administração nasal, pode utilizar-se um veiculo sólido ou liquido. O veiculo sólido inclui um pó grosso com um tamanho das partículas na gama, por exemplo, de cerca de 20 a cerca de 500 micrometros e essa 63 ΡΕ1804804 formulação é administrada por inalação rápida através das fossas nasais. Em algumas formas de realização em que é utilizado veiculo liquido, a formulação é administrada como uma preparação para pulverização ou gotas nasais e inclui soluções oleosas ou aquosas dos ingredientes activos.
Também estão contempladas formulações que são formas de dosagem de dispersão rápida, também conhecidas como formas de "dose flash". Em particular, algumas formas de realização da presente invenção são formuladas como composições que libertam os seus ingredientes activos dentro de um período de tempo curto, e.g., tipicamente menos do que cerca de cinco minutos, preferencialmente menos do que cerca de noventa segundos, mais preferencialmente em menos do que cerca de trinta segundos e mais preferencialmente em menos do que cerca de dez ou quinze segundos. Essas formulações são adequadas para administração a um indivíduo através de uma variedade de vias, por exemplo, por inserção numa cavidade corporal ou aplicação a uma superfície corporal húmida ou ferida aberta.
Tipicamente, uma "dosagem flash" é uma forma de dosagem sólida que é administrado por via oral, que se dispersa rapidamente na boca e, portanto, não exige grande esforço de deglutição e permite que o composto seja rapidamente ingerido ou absorvido através das membranas mucosas orais. Em algumas formas de realização, formas de 64 ΡΕ1804804 dosagem de dispersão rápidas adequadas também são utilizadas noutras aplicações, incluindo o tratamento de feridas e outras lesões corporais e estados patológicos em que não é possível a libertação do medicamento proporcionada por humidade externa.
As formas de "dose flash" são conhecidas na técnica; ver, por exemplo, formas de dosagem efervescentes e revestimentos de libertação rápida de microparticulas insolúveis nas patentes U.S. N° 5578322 e 5607697; espumas e líquidos liofilizados nas patentes U.S. N° 4642903 e 5631023; extrusão por fusão de formas farmacêuticas nas patentes U.S. N° 4855326, 5380473 e 5518730; fabrico da forma livre de sólidos, na patente U.S. N° 6471992; matriz transportadora à base de sacáridos e um aglutinante líquido nas patentes U.S. N° 5587172, 5616344, 6277406 e 5622719 e outras formas conhecidas na técnica.
Os análogos de loxapina da invenção também são formulados como formulações de "libertação pulsada", em que o análogo é libertado das composições farmacêuticas numa série de libertações (i.e., pulsos). Os análogos de loxapina também são formulados como formulações de "libertação controlada" em que o análogo é continuamente libertado da composição farmacêutica durante um período prolongado.
Também estão contempladas formulações, e.g., formulações líquidas, incluindo agentes cíclicos ou ací- 65 ΡΕ1804804 clicos encapsulantes ou solvatantes, e.g., ciclodextrinas, poliéteres ou polissacáridos (e.g., metilcelulose) ou, mais preferencialmente, derivados de β-ciclodextrina polianiónicos com um grupo sal sulfonato de sódio separado da cavidade lipófila por um grupo espaçador éter alquilico ou polissacáridos. Numa forma de realização, o agente é a metilcelulose. Noutra forma de realização, o agente é um derivado de β-ciclodextrina polianiónico com um sal sulfonato de sódio separado da cavidade lipófila por um ® grupo espaçador éter butilico, e.g., CAPTISOL (CyDex, Overland, KS) . Um especialista na matéria possa avaliar as proporções da formulação adequadas de agente/composto descrito por preparação de uma solução do agente em água, e.g., uma solução a 40% em peso; preparação de diluições em série, e.g., para preparar soluções de 20%, 10,5% , 2,5%, 0% (controlo) e outras semelhantes; adição de um excesso (em comparação com a quantidade que pode ser solubilizada pelo agente) do composto descrito; mistura em condições apropriadas, e.g., aquecimento, agitação, sonicação e outras semelhantes; centrifugação ou filtração das misturas resultantes para se obter soluções límpidas, e análise das soluções quanto à concentração do composto descrito.
Para além das formulações terapêuticas descritas acima, uma terapêutica incluindo os compostos da presente invenção inclui opcionalmente a co-administração com uma ou mais terapêuticas adicionais, e.g., fármacos ou tratamentos físicos ou comportamentais (e.g., terapêutica 66 ΡΕ1804804 da luz, estimulação eléctrica, modificação de comportamento, terapêutica cognitiva, modificação do ritmo circadiano, e outras semelhantes). Essa prática é conhecida como "terapêutica de associação". A outra terapêutica ou terapêuticas na terapêutica de associação incluem terapias reconhecidas por um especialista na matéria como desejável em associação com o composto da invenção, por exemplo, terapêutica conhecidas na técnica ou terapêutica que são propostas ou descobertas na técnica para o tratamento de perturbações do sono ou tratamento de doenças associadas a perturbações do sono, por exemplo, terapêutica para qualquer das perturbações do sono ou outras patologias aqui descritas. Em algumas formas de realização o composto é administrado como uma terapêutica de associação que é administrado como monoterapêutica noutras formas de realização.
Tipicamente, o composto é administrado como mono terapêutica.
Um especialista na matéria vai compreender que uma terapêutica administrada em associação com os compostos da presente invenção é direccionada para a mesma ou para uma patologia alvo diferente da que é alvo dos compostos da presente invenção. A administração do composto da invenção é a primeira, seguida pela outra terapêutica ou, alternativamente, a administração da terapêutica outros pode ser a primeira. A outra terapêutica é qualquer conhecida na técnica de tratar, prevenir ou 67 ΡΕ1804804 reduzir os sintomas da doença alvo, e.g., uma perturbação do sono ou outras doenças, e.g., outras doenças do SNC. Além disso, algumas formas de realização da presente invenção têm compostos administrados em associação com outras terapêuticas conhecidas para a doença alvo. Acresce que a outra terapêutica inclui qualquer agente vantajoso para o doente quando administrado em associação com o composto descrito.
Por exemplo, em algumas formas de realização em que a outra terapêutica é um fármaco, é administrado como uma formulação separada ou na mesma formulação como o composto da invenção. Um composto da invenção é administrado em terapêutica de associação com qualquer um ou mais dos medicamentos disponíveis comercialmente, de venda livre ou com receita médica, incluindo, mas não limitado a anti-histaminas, agentes antimicrobianos, agentes fungis-táticos, agentes germicidas, hormonas, antipiréticos, agentes antidiabéticos, broncodilatadores, agentes antidi-arreicos, agentes anti-arrítmicos, agentes de dilatação coronária, glicosidos, espasmolíticos, anti-hipertensores, antidepressivos, agentes ansiolíticos, outros agentes psicoterapêuticos, esteróides, corticosteróides, analgésicos, medicamentos contra resfriados, vitaminas, sedativos, hipnóticos, anticoncepcionais, fármacos anti-inflamatórios não esteroidais, agentes de abaixamento da glucose no sangue, agentes de abaixamento de colesterol, anticonvul-sivos, outros agentes anti-epilépticos, imunomoduladores, anticolinérgicos, simpatolíticos, simpatomiméticos, agen- 68 ΡΕ1804804 tes vasodilatadores, anticoagulantes, anti-arrítmicos, prostaglandinas tendo várias actividades farmacológicas, diuréticos, auxiliares do sono, agentes anti-histamínicos, agentes antineoplásicos, agentes oncoliticos, anti-andro-génios, agentes antimaláricos, agentes anti-lepra vários outros tipos de fármacos. Ver Goodman e Gilman's The Basis of Therapeutics (Eight Edition, Pergamon Press, Inc., USA, 1990) e The Merck Index (Eleventh Edition, Merck & Co., Inc., USA, 1989).
Exemplos de fármacos utilizados em associação com os compostos da invenção incluem, mas não estão limitados ® ® a AMBIEN , STILNOX (tartarato de Zolpidem), indiplon,
™ ® ® ESTORRA (eszopiclone), NEURONTIN (gabapentina) , LYRICA
® TM
(pregabalina), eplivanserina, SONATA (zaleplon), ESTORRA
TM TM (eszopiclone), ZOPICLONE (imovane), DESYREL (cloridrato
TM de trazodona), SEROQUEL (fumarato de quetiapina), CLO-
® ® ZARIL (clozapina) , ZYPREXA (olanzapma) , RISPERDAL
TM (risperidona), M100907 e LUNESTA .
Numa forma de realização, os compostos da invenção são úteis em associação com uma terapêutica mecânica, como CPAP. "CPAP" ou "pressão positiva continua nas vias aéreas" é um dispositivo mecânico para o tratamento da apneia do sono e outras doenças respiratórias relacionadas com o sono (incluindo ressonar). O tratamento com um dispositivo de CPAP é tipicamente administrado através do nariz ou da boca do doente. 69 ΡΕ1804804
No tratamento com CPAP, um indivíduo usa uma máscara de plástico bem apertada sobre o nariz quando dorme. A máscara é ligada a um compressor, que força o ar para dentro do nariz, criando uma pressão positiva nas vias aéreas do indivíduo. 0 princípio do método é que a pressurização das vias aéreas proporciona uma acção mecânica de "imobilização", que impede ou diminui o colapso das vias aéreas e, portanto, a apneia obstrutiva do sono. Embora se observe uma resposta terapêutica eficaz na maioria dos indivíduos que se submetem ao tratamento com CPAP, muitos indivíduos não conseguem tolerar o aparelho ou a pressão e recusam o tratamento. Além disso, estudos recentes de monitorização secreta demonstraram que o cumprimento de longo prazo do tratamento com o dispositivo CPAP é muito fraco. Sabe-se que os indivíduos retiram a sua máscara enquanto dormem.
Num aspecto, o composto da invenção é administrado em conjunto com um dispositivo CPAP para promover o sono. Noutro aspecto, o composto da invenção é administrado em conjunto com um dispositivo CPAP para melhorar o sono. Noutro aspecto, o composto da invenção é administrado em conjunto com um dispositivo CPAP para melhorar o cumprimento em relação ao tratamento com CPAP. Sem querer ficar comprometidos com a teoria, crê-se que a administração de uma quantidade eficaz de um composto da invenção promotor do sono a um indivíduo em conjunto com o tratamento com CPAP, o indivíduo vai dormir melhor e mais profundamente e, portanto, não é tão provável que retire a mascara. 70 ΡΕ1804804
Numa forma de realização, o composto da presente invenção é administrado antes do tratamento com CPAP. Noutra forma de realização, o composto da presente invenção é administrado substancialmente ao mesmo tempo que o tratamento com CPAP. Numa forma de realização, a administração paralela de uma quantidade eficaz do composto é realizada pela adição de um canal de aerossoles adicional à parte de tratamento com pressão de ar do dispositivo CPAP, administrando assim o composto da presente invenção numa forma nebulizada através da máscara nasal ou oral do dispositivo CPAP. Alternativamente, uma quantidade eficaz do composto pode ser adicionada à água ou ao reservatório de liquido que tipicamente faz parte do dispositivo de tratamento CPAP.
Usando a máscara de tratamento CPAP, o composto da invenção é administrado numa concentração baixa durante toda a noite, ou em concentrações mais elevadas, como um bolus, em diferentes pontos de tempo no inicio e no decurso da noite.
Todas as publicações e documentos de patentes aqui citados são aqui dados como incorporadas por citação como se cada publicação ou documento fosse especificamente e individualmente indicado como sendo aqui incorporado por citação. A citação de publicações e documentos de patentes não pretende ser uma admissão de que qualquer deles é estado da técnica pertinente, nem constitui qualquer 71 ΡΕ1804804 admissão quanto ao teor ou data do mesmo. Tendo a invenção sido agora descrita por meio da descrição escrita, os especialistas na matéria vão reconhecer que a invenção pode ser praticada numa variedade de formas de realização e que a descrição anterior e exemplos adiante são para fins de ilustração e não de limitação das reivindicações anexas. EXEMPLO 1: Síntese de análogos de loxapina 0 composto da invenção e os seus sais, hidratos e solvatos relacionados podem ser sintetizados por métodos conhecidos por um especialista na matéria. 0 Exemplo 10 descreve a síntese do composto 1. EXEMPLO 2: Propriedades indutoras do Sono dos compostos da invenção 0 sono em mamíferos pode ser dividido em sono que ocorre durante períodos de movimento rápido dos olhos (REM), acompanhada de actividade cerebral substancial, e períodos de sono não REM (NREM) , acompanhados por actividade cerebral diminuída. Tipicamente, um período de sono nocturno normal é ocupada principalmente pelo sono NREM, e assim a acumulação de NREM pode servir como uma medida de acumulação de sono total, e.g. NREM significativamente diminuído pode ser associada a insónia e uma acumulação de "défice de sono", e.g., uma necessidade fisiológica acumulada de sono que tende a persistir até 72 ΡΕ1804804 que seja acumulada uma quantidade suficiente de sono adicional. Assim, um aumento de NREM associado a um tratamento pode indicar a eficácia do tratamento no tratamento de insónia. A qualidade do sono pode ser associada à continuidade do sono ou à manutenção do sono. Por exemplo, um indivíduo com apneia do sono acorda várias vezes durante um período de sono, e.g., o indivíduo tem dificuldade em manter o sono contínuo. Embora esse indivíduo possa acumular uma duração do sono nocturno típica de, e.g., 8 horas, o sono é não refrescante ou não restaurador devido ao acordar causado pela apneia do sono. Assim, um aumento do período de sono não interrompido mais longo (LUSB, também conhecido como período de sono mais longo) associado a um tratamento pode indicar a eficácia do tratamento no melhoramento da continuidade do sono e, portanto, no tratamento de insónia de manutenção do sono. O ciclo de sono-vigília, a actividade locomotora e a temperatura corporal são monitorizados em ratos Wistar machos tratados com um composto de teste (i.e., análogo de loxapina), inicialmente numa concentração de 10 mg/kg. Doses mais altas e mais baixas são testadas para seleccionar compostos (e.g., tão altas como 45 mg/kg, e tão baixas quanto necessário estabelecer uma dose sem efeito). Os tratamentos são administrados no CT-18, o pico do período dominado por actividade (6 horas depois das luzes apagadas), e produzem efeitos soporíferos (indutores 73 ΡΕ1804804 do sono) caracterizados por tempo de sono não REM aumentado, aumento da continuidade do sono, mas sem evidência de inibição do sono REM ou insónia de ricochete.
0 ciclo de sono-vigilia, a actividade locomotora e a temperatura corporal foram monitorizados in vivo com composto 1. Ratos Wistar machos adultos (250 g no momento da cirurgia, Charles River Laboratories, Wilmington MA) foram anestesiados (isoflurano a 2% em oxigénio de qualidade medicinal) e preparados cirurgicamente com um implante craniano para permitir o registo crónico de electroencefalograma (EEG) e electromiograma (EMG). A temperatura corporal e a actividade locomotora foram monitorizadas através de um transmissor em miniatura (Mini-Mitter, Bend, OR) colocado cirurgicamente no abdómen. O implante craniano consistia em parafusos de aço inoxidável (dois frontais (3,2 AP de bregma, ± 2,0 ML) e dois occipitais (-6,9 AP, ± 5,5 ML)) para registo do EEG. Dois ® fios de aço inoxidável revestidos com Teflon foram posicionados sob os músculos trapezoidais da nuca para o registo do EMG. Todos os terminais foram soldados a um conector em miniatura antes da cirurgia, e esterilizados em óxido de etileno gasoso. 0 conjunto do implante foi fixado no crânio com acrílico dental. Foi dado um mínimo de três semanas para recuperação da cirurgia. Cada rato foi alojado permanentemente na sua gaiola de registo individual localizada dentro de compartimentos ventilados, separados, de armários de aço ΡΕ1804804 - 74 - inoxidável feitos por encomenda. Cada gaiola foi aumentada com um tubo de ligação com topo de filtro e comutador giratório de baixo torque. Alimentos e água estavam disponíveis ad libitum. Foi mantido um ciclo claro-escuro de 24 horas (12 horas de luz e 12 horas de escuridão) durante todo o estudo. Animais foram mantidos sem ser perturbado durante pelo menos 48 horas antes e depois dos tratamentos. 0 sono e a vigília foram determinados utilizando
TM o "SCORE-2000 " (Hypnion, Worcester, MA) - um sistema de monitorização do sono-vigília e fisiológico baseado na Internet. 0 sistema monitorizou o EEG amplificado (passagem de banda 1-30 Hz) , EMG integrado (passagem de banda 1-10 Hz), temperatura corporal e actividade locomotora não específica (LMA), através de telemetria, e actividade de beber, de modo contínuo e simultâneo. Os estados de despertar foram classificados em linha como sono não REM (NREM), sono REM, vigília, ou vigília dominada por teta a cada 10 segundos. A bebida total e as contagens de actividade locomotora e a temperatura corporal foram quantificadas e registadas em cada minuto, utilizando a extracção de características do EEG e algoritmos de reconhecimento de padrões. A partir destes dados, obteve-se o episódio de sono ininterrupto mais longo (LUSB). 0 algoritmo de classificação utilizou modelos do estado de despertar do EEG ensinados individualmente, bem como critérios de EMG para diferenciar o sono REM da vigília dominada por teta, além de regras contextuais de 75 ΡΕ1804804 comportamento dependente (e.g., se o animal estava a beber, está acordado). A bebida e a intensidade da actividade locomotora (LMA) foram registados a cada 10 segundos, enquanto que a temperatura corporal foi registada a cada minuto. A actividade locomotora foi detectada por um receptor de telemetria (Mini-Mitter) sob a gaiola. As medidas de telemetria (LMA e temperatura corporal) não faziam parte do algoritmo de pontuação; assim, os dados de pontuação do sono e de telemetria eram medidas independentes. 0 composto 1 foi administrado ao CT-18, o pico do período dominada por actividade, tempo suficiente para permitido observar o curso do tempo do efeito do tratamento antes das luzes acesas (6 horas pós-tratamento). O composto 1 foi suspenso em metilcelulose a 0,25% ou 0,5% estéril (1-2 mL/kg). O tratamento foi administrado por via oral como um bolus.
Foi utilizado um projecto de estudo de grupo paralelo. Os controlos do veículo foram retirados de uma grande reserva (N> 200) : foi seleccionado um subconjunto dos controlos do veículo da reserva, com base na correlação computorizada com a linha de base de pré-tratamento de 24 horas do grupo de tratamento activo.
Os resultados de REM e parâmetros LUSB foram medidos para o Composto 1. Resultados representativos estão apresentados na Tabela 6. 76 ΡΕ1804804
Tabela 6: Propriedades* indutoras de sono de Compostos # dose NREM LUSB 1 1 6,0 ± 2,3 3 39 ± 6 18,8 ±3,0 10 19,7 ± 6,7 * dose é em mg/kg; NREM e LUSB são em minutos. EXEMPLO 3: Efeitos secundários da triagem de
Irwin A triagem de Irwin pode fornecer informações úteis sobre os potenciais efeitos secundários de compostos nas funções fisiológicas e comportamentais gerais. A triagem é realizada por administração de compostos de teste por via oral em metilcelulose aquosa a 0,25% utilizando ratos Wistar machos, uma espécie utilizada frequentemente usados em estudos e para o qual os dados de fundo estão prontamente disponíveis. A triagem de Irwin testa numerosos parâmetros em animais a quem foi administrado o composto de teste. Por exemplo, a triagem pode incluir: efeitos dentro da gaiola, e.g., dispersão, taxa respiratória, actividade locomotora, inquietação, luta, alerta, apatia e exoftalmia; efeitos na arena, e.g., excitação de transferência, locomoção espacial, ptose, surpresa, elevação da cauda, piloerecção, escape do toque, passividade posicionai, catalepsia, 77 ΡΕ1804804 reflexo da pressão, colocação visual, força de preensão, pavilhão auricular, córnea, resposta à dor, e manobra no arame; parâmetros observados no manuseamento, e.g., cianose, fluxo sanguíneo cutâneo, hipotermia, tónus corporal, tamanho da pupila, resposta da pupila à luz, lacrimação, tratamento do pelo, coloração vermelha, salivação e mordeduras provocadas; pontuações gerais, e.g., irritabilidade, marcha anormal, postura corporal anormal, tremores, con-tracções musculares, convulsões, comportamento bizarro, contorções, vocalização, diarreia, número de defecações, número de micções, moribundo, letalidade e as anormalidades detectadas. Mais pormenores podem ser encontrados em Irwin, S; Comprehensive observational assessment: Ia. A systematic, quantitative procedure for assessing the behavioural and physiological State of the mouse. Psychopharmacologia (Berl.) 13: 222-257, 1968, cujos ensinamentos aqui são dados como incorporados por citação.
As triagens de Irwin dos agentes de indução do sono descritos são realizadas pela Covance (Princeton, NJ) de acordo com Irwin, acima; Covance Standard Operating Procedure (current revision of SOP PHARM 8.10); pelas directrizes da autoridade reguladora relevante ICH (International Committee for Harmonization) Guideline (Topic S7A; CPMP/ICH/539/00) on Safety Pharmacology Studies for Human Pharmaceuticals (November 2000); e todos os procedimentos realizados em animais vivos estão sujeitos às disposições da legislação do Reino Unido, em particular The Animais (Scientific Procedures) Act, 1986, 78 ΡΕ1804804 que obriga todos os laboratórios do Reino Unido a manter um processo de revisão ética local para garantir que toda a utilização de animais no estabelecimento é cuidadosamente considerada e justificada; que sejam consideradas todas as possibilidades de redução, refinamento ou substituição e que sejam conseguidos elevados padrões de alojamento e cuidados.
Todos os produtos químicos utilizados são adquiridos a Colorcon, Ltd, Dartfor, Kent, Reino Unido, salvo indicação em contrário e são de pureza de qualidade reagente ACS ou superior. Todas as formulações de composto de teste são preparadas no dia da administração por Covance Harrogate Dispensary. Os compostos de teste são formuladas em solução aquosa de metilcelulose a 0,25% na concentração mais alta requerida. Doses mais baixas são obtidas por diluição em série da concentração mais alta usando metilcelulose aquosa a 0,25%. Os níveis da dose são expressas em termos da quantidade de composto de teste administrado independentemente da pureza ou teor activo. Todas as formulações são armazenadas à temperatura ambiente (nominalmente 10 a 30°C) em recipientes selados e protegidos da luz.
Um número adequado de ratos Wistar machos (Cri:WI(Glx/BRL/Han)BR:WH) é obtido de Charles River Ltd. (Margate, Kent, Reino Unido). Os ratos têm aproximadamente 5 semanas de idade e pesam entre 150 e 170 g à chegada. Os animais são alojados em grupos de não mais do que seis em 79 ΡΕ1804804 gaiolas de polipropileno (33 x 15 x 13 cm) ou (45 x 28 x 20 cm) com piso sólido e lascas de madeira de Grau 10 (Datesand Ltd., Cheshire, Reino Unido) como cama. As gaiolas são limpas e secas antes da utilização. Blocos de mastigar Aspen são colocados dentro das gaiolas como forma de enriquecimento ambiental. Rotineiramente, compartimentos de espera são mantidas dentro de limites aceitáveis de temperatura e humidade relativa (nominalmente 19 a 25°C e 40% a 70%, respectivamente). Estes compartimentos são iluminados por luz fluorescente durante 12 horas de cada ciclo de 24 horas e projectados para receber pelo menos 15 mudanças de ar fresco por hora. Dieta (RM1. (E) . SQC. (Special Diets Services Ltd., Witham, Reino Unido) e água da torneira são fornecidas ad libitum (excepto durante o manuseamento). Estes são analisados em rotina quanto a constituintes específicos e verifica-se que não contêm qualquer entidade biológica ou química que possa interferir com o sistema de teste. À chegada, todos os animais são examinados quanto a problemas de saúde. Os animais são aclimatados durante um período de pelo menos 5 dias. Durante este tempo, os animais são identificados pelas etiquetas da sua gaiola. É realizado um exame veterinário antes do início de quaisquer procedimentos experimentais para assegurar a sua adequação para o estudo. Antes do início do estudo, os animais são alocados aleatoriamente a grupos de tratamento e marcados individualmente na cauda à medida que chegam à mão. No final do estudo, os animais são eutanizados. 80 ΡΕ1804804
Cada animal recebe uma administração oral única de veiculo ou artigo de teste, utilizando uma dose constante de 1 mg/kg. As doses individuais são baseadas nos pesos corporais individuais, obtidos no dia da administração .
Os parâmetros do rastreio de Irwin acima referidos são sistematicamente avaliados de acordo com os controlos relevantes. Em geral, alterações induzidas por fármacos, ausente em animais normais, são pontuadas com números inteiros crescentes sendo "0" normal (também se pode utilizar +/-, presente/ausente). Os parâmetros presentes em animais normais são pontuados com um número inteiro que permite que sejam registados aumentos e diminuições. Observações pormenorizadas são realizadas aos 30, 60, 90, 180 e 300 minutos pós-administração. Os ani mais são mantidos durante um período de 7 dias pós-administração, período durante o qual são observados diariamente quanto a sinais evidentes de toxicidade e mortalidade. EXEMPLO 4: Efeitos secundários dos agentes
descritos no hERG 0 canal de potássio cardíaco, hERG, é responsável pela corrente rectificadora rápida retardada (iKr) nos ventrículos humanos. Este canal foi seleccionado para a avaliação, porque a inibição da iKr é a causa mais comum de prolongamento do potencial de acção cardíaco indesejável 81 ΡΕ1804804 por fármacos não cardíacos. A duração acrescida do potencial de acção causa prolongamento do intervalo QT que tem sido associado a uma arritmia ventricular perigosa, torsade de pointes (Brown, A. M.; Rampe, D. (2000). Drug-induced long QT syndrome: is hERG the root of all evil?; e Pharmaceutical News 7, 15-2 0; Rampe, D.; Roy, M. L.; Dennis, A ; Brown, A. M. (1997), cujos ensinamentos são aqui dados como integralmente incorporados por referência) . Os canais hERG foram expressos numa linha celular de rim humano embrionário (HEK293) que não tem iKr endógena. A expressão numa linha celular de mamífero é preferível à expressão transitória em oócitos de Xenopus, porque esta última apresenta uma sensibilidade consistente 10-100 vezes inferior aos bloqueadores de canais hERG. Ver também, por exemplo: A mechanism for the pro-arrhythmic effects of cisapride (Propulsid): high affinity blockade of the human cardiac potassium channel hERG. FEBS Lett. 411, 28-32; Weirich, J.; Antoni, H. (1998); Rate-dependence of anti-arrhythmic and pro-arrhythmic properties of class I and class III anti-arrhythmic drugs. Basic Res. Cardiol. 93 Suppl 1, 125-132; e Yap, Y. G.; Camm, A. J. (1999); e Arrhythmogenic mechanisms of non-sedating antihistamines. Clin. Exp. Allergy 29 Suppl. 3, 174-181. Os ensinamentos dos artigos anteriores são aqui dados como integralmente incorporados por citação.
Os efeitos in vitro dos agentes indutores do sono descritos na corrente do canal hERG ("human ether-a-go-go-related gene") (iKr, a corrente de potássio cardíaca 82 ΡΕ1804804 rectificadora retardada, de activação rápida) foram determinados pelo ChanTest (Cleveland, OH) de acordo com Procedimentos Operacionais Normalizados do ChanTest.
Todos os produtos químicos utilizados foram adquiridos a Sigma (St. Louis, MO) salvo indicação em contrário e eram de pureza de qualidade reagente ACS ou superior. Soluções mãe de artigos de teste e terfenadina (controlo positivo) foram preparadas utilizando sulfóxido de dimetilo (DMSO) e armazenadas congeladas. Foram preparadas concentrações do artigo de teste e do controlo positivo por diluição de soluções mãe em HEPES (solução de soro fisiológico tamponado com ácido N-[2-hidroxietil]-piperazino-N'-[2-etanossulfónico]) (HB-PS) (composição em mM) : NaCl, 137; KC1, 4,0; CaCl2, 1,8; MgCl2, 1; HEPES, 10; glucose, 10; pH ajustado para 7,4 com NaOH (preparado semanalmente e refrigerado até à sua utilização) . Como os resultados anteriores demonstraram que 0,3% de DMSO não afecta a corrente do canal, todas as soluções de teste e de controlo vão conter 0,1% de DMSO. Se a concentração final de DMSO tiver de ser superior a 0,3%, para atingir uma concentração especificado do artigo de teste, foi realizado um teste separado de controlo do veículo com um n> 2 na concentração final de DMSO mais alta. As soluções de teste e de controlo foram preparados a partir de soluções mãe numa base diária.
As células utilizadas eram células renais epite-liais embrionárias humanas (HEK293; fonte da estirpe, 83 ΡΕ1804804
American Type Culture Collection, Manassas, VA; subes-tirpe, ChanTest, Cleveland, OH) , transformadas com o ADN do adenovírus 5 e transf ectadas com ADNc de hERG. Os transfectantes estáveis foram seleccionados por co- expressão com o gene de resistência ao G418 incorporado no plasmídeo de expressão. Foi mantida a pressão de selecção por inclusão de G418 no meio de cultura. As células foram cultivadas em meio de Eagle modificado por Dulbecco/Mis-tura de Nutrientes F-12 (D-MEM/F-12) suplementado com 10% de soro fetal bovino, 100 U/mL de penicilina G de sódio, 100 pg/mL de sulfato de estreptomicina e 500 pg/mL de G418 . A aquisição de dados e as análises foram realizadas utilizando o software integrado dos programas pCLAMP (Axon Instruments, CA) . O estado estacionário era uma velocidade limitativa da alteração com o tempo (dependência linear do tempo) antes e depois da aplicação do artigo de teste. 0 decréscimo da amplitude da corrente ao ser atingido o estado estacionário foi utilizado para calcular a percentagem de bloqueamento em relação ao controlo.
Todas as experiências foram realizadas à temperatura ambiente (18°C -24°C). Cada célula actuou como seu próprio controlo. Uma concentração (10 pM) de cada artigo de teste foi aplicada em células que expressam hERG (n > = 3, em que n = número de células) . A duração de exposição para cada concentração foi limitada ao tempo necessário 84 ΡΕ1804804 para atingir o bloqueamento do estado estacionário, mas não mais que 10 minutos. Uma concentração do artigo de controlo positivo (terfenadina 60 nM) foi aplicada a duas células (n > 2) . As células foram transferidas para a
câmara de registo e superfundidas com solução de HB-PS. A solução de pipetagem para os registos das células inteiras foram (composição em mM): aspartato de potássio, 130/ MgCl2, 5/ EGTA (tetraacetato de etileno glicol), 5/ ATP (trifosfato de adenosina), 4; HEPES, 10; pH ajustado para 7,2 com KOH. A solução da pipetagem foi preparada em lotes, dividida em aliquotas, armazenadas congeladas, e uma aliquota fresca foi descongelada diariamente. As pipetas para membranas foram feitas a partir de tubos capilares de vidro utilizando um estirador de micropipetas P-97 (Sutter Instruments, CA). Um amplificador de voltagem comercial foi utilizado para os registos de células inteiras. Antes da digitalização, os registos das correntes foram filtrados passa-baixo a um quinto da frequência de amostragem. O inicio e bloqueamento do estado estacionário da corrente de hERG para testar o artigo foram medidos utilizando um padrão de pulso com amplitudes fixas (despolarização: +20 mV durante 2 s; repolarização: -50 mV durante 2 s) repetido a intervalos de 10 s, a partir de um potencial de manutenção de -80 mV. A corrente da cauda de pico foi medida durante o passo de 2 s a -50 mV. Foi mantido um estado estacionário durante pelo menos 30 segundos antes de aplicar o artigo de teste ou o controlo 85 ΡΕ1804804 positivo. As correntes de cauda de pico foram medidas até que fosse atingido um novo estado estacionário. A Tabela 7 mostra a % de bloqueamento do canal de hERG nas concentrações indicadas para vários agentes indutores do sono descritos. Tipicamente, valores de cerca de 10% ou menos são considerados desejáveis, valores de cerca de 12% a cerca de 30% podem ser aceitáveis se o composto tiver desempenho indutor de sono forte e sem outros efeitos secundários significativos, e valores superiores a cerca de 30% são consideradas indesejáveis.
Tabela 7: Bloqueamento de hERG
Composto hERG a 10 micromolar Composto hERG a 10 micromolar 1 6,2% 30 4,50% EXEMPLO 5: Especificidade para receptores de histamina Hl
Os ensaios de ligação foram realizados utilizando o composto 1 indutor do sono descrito acima em ensaios de ligação competitiva com padrões conhecidos ao receptor Hl de histamina, e aos receptores muscarínicos Ml, M2, M3, aos receptores alfa 1 e alfa 2, e aos receptores Dl e D2.
Os ensaios de histamina Hl estão descritos em Chang et al., Heterogeneity of Histamine Hi-Receptors: 3
Species Variation in [ HJMepyramine Binding of Brain Membranes. Journal of Neurochemistry, 32:1653-63 (1979); 86 ΡΕ1804804
Martinez-Mir, Μ. I., Pollard, H., Moreau, J. et al., Three Histamina Receptors (Ηχ, H2, and H3) Visualized in the
Brain of Human and Non-Human Primates, Brain Res., 526:322-27 (1990); Haaksma, E. E. J., Leurs, R. e
Timmerman, H. Histamine Receptors: Subclasses and Specific Ligands. Pharmac. Ther., 47:73-104 (1990). Os ensaios muscarínicos são descritos em Buckley, N. J., Bonner, T. I., Buckley, C. M. e Brann, M. R. Antagonist Binding
Properties of Five Cloned Muscarinic Receptors Expressed in CHO-K1 Cells. Mol. Pharmacol. 35: 469-476 (1989). Os ensaios foram realizados de acordo com os artigos anteriores, com as seguintes modificações. Os reagentes químicos a seguir foram obtidos de Sigma, St. Louis, MO.
Para os ensaios de histamina Hl, os receptores foram obtidos a partir de tecido de membrana cerebelar bovina, com um Bmax (número de receptores) de 6,2 fen- tomol/mg de tecido (peso húmido) e uma KD ( afinidade de ligação) de 1,3 nM. Utilizou-se um ligando radioactivo ([3H]pirilamina (15-25) Ci/mmol), Κχ 1,9 nM, concentração final 2,0 nM) e utilizou-se triprolidina 10 μΜ (Κχ 3,3 nM) como um determinante não específico, composto de referência e controlo positivo. O receptor e o ligando radio-activo foram combinados com o composto de teste numa gama de concentrações de compostos de teste de cerca de 10 10 a -6 cerca de 10 M e a mistura foi incubada em Na-KPC>4 50 nM (pH 7,5) a 25°C durante 60 minutos. A reacção foi terminada por filtração em vácuo rápida em filtros de fibra de vidro. A radioactividade do ligando radioactivo deslocado 87 ΡΕ1804804 retido nos filtros foi determinada e comparada com valores de controlo para medir quaisquer interacções do composto de teste com o sitio de ligação a histamina Hl.
Para os ensaios muscarinicos, os receptores foram obtidos a partir de receptores humanos recombinantes expressos em células CHO (PerkinElmer, Inc., Wellesley, MA) . 0 ligando radioactivo utilizado foi N-metil cloreto 3 de [ H]-escopolamina (80-100 Ci/mmol) . Utilizou-se brometo de (-)-metilescopolamina, 1,0 μΜ, como o determinante não especifico, composto de referência e controlo positivo. Após a incubação, as reacções foram terminadas por filtração em vácuo rápida em filtros de fibra de vidro. A radioactividade do ligando radioactivo deslocado retida nos filtros foi determinada e comparada com valores de controlo para medir quaisquer interacções do composto de teste com o respectivo receptor.
Para o ensaio dos receptores Ml, o Bmax (número de receptores) foi de 4,2 picomol/mg de proteína e a Κμ
(afinidade de ligação) do receptor foi de 0,05 nM. O ligando radioactivo foi utilizado numa concentração final de 0,5 nM, enquanto que o brometo de (-)-metilescopolamina tinha uma Kg de 0,09 nM. 0 receptor e o ligando radioactivo foram combinados com o composto de teste numa gama de -12 concentrações do composto de teste de cerca de 10 a -5 cerca de 10 M, incubados em soro fisiológico tamponado com fosfato(PBS) de Dulbecco durante 60 minutos a 25°C, processados tal como descrito acima. 88 ΡΕ1804804
Para o ensaio do receptor M2, o Bmax (número de receptores) foi de 2,1 picomol/mg de proteína e a Kd
(afinidade de ligação) do receptor foi de 0,29 nM. O ligando radioactivo foi utilizado na concentração final de 0,5 nM, enquanto o brometo de (-)-metilescopolamina tinha uma Ki de 0,3 nM. O receptor e o ligando radioactivo foram combinados com o composto de teste numa gama de -12 concentrações de composto de teste de cerca de 10 a -5 cerca de 10 M, incubados em soro fisiológico tamponado com fosfato (PBS) de Dulbecco durante 60 minutos a 25°C e processados como descrito acima.
Para o ensaio do receptor M3, o Bmax (número de receptores) foi de 4,0 picomol/mg de proteína e a Kp
(afinidade de ligação) do receptor foi de 0,14 nM. O ligando radioactivo foi utilizado numa concentração final de 0,2 nM, enquanto o brometo de (-)-metilescopolamina tinha uma Ki de 0,3 nM. O receptor e o ligando radioactivo foram combinados com o composto de teste numa gama de -12 concentrações de composto de teste de cerca de 10 a -5 cerca de 10 M, incubados em Tris-HCl 50 mM (pH 7,4) contendo MgCl2 10 mM, EDTA 1 mM, durante 60 minutos a 25°C e processados tal como descrito acima. O ensaio de ligação a receptores purinérgicos de adenosina Αχ foi feito de acordo com procedimentos publicados. Ver, e.g., Bruns et al., Naunyn Schmiedebergs Arch. Pharmacol., 335(1): 59-63 (1987), com pequenas 89 ΡΕ1804804 modificações, e Ferlany et al. Drug Dev. Res. 9:85-93 (1986). 0 ensaio de ligação a receptores purinérgicos de adenosina A2 foi feito de acordo com procedimentos publicados. Ver, e.g., Jarvis et al. , J. Pharmacol. Exper. Ther. 251(3) : 888-93 (1989) com modificações, e Bruns et al., Mol. Pharmacol. 29(4): 331-46 (1986) com modi ficações . 0 ensaio de ligação a receptores de dopamina Di (recombinante humana) foi feito de acordo com procedimentos publicados. Ver, e.g., Jarvis et al., J. Recept. Res., 13(1-4): 573-90 (1993) e Billard et al., Life
Sciences 35(18): 1885-1893 (1984), com modificações. 0 ensaio de ligação a receptores de dopamina Όχ (recombinante humana) foi feito de acordo com procedimentos publicados. Ver, e.g., Jarvis et al., J. Recept. Res., 13(1-4): 573-90 (1993) e Gundlach et al., Life
Sciences, 35(19): 1981-8 (1984) com modificações A ligação a Hl pode ser uma indicação da activi-dade indutora do sono desejada do composto. A ligação aos receptores muscarinicos mostra ligação não especifica e pode indicar actividade anticolinérgica que pode resultar em efeitos secundários indesejados, e.g., os efeitos secundários de muitas anti-histaminas conhecidas, e.g., visão turva, boca seca, obstipação, problemas urinários, 90 ΡΕ1804804 tontura, ansiedade, e outros semelhantes. Uma diminuição da ligação dos compostos aos receptores M1-M3, em relação à ligação do composto ao receptor Hl, é uma indicação da maior especificidade do composto para o receptor de histamina em relação ao receptor muscarinico. Além disso, um fármaco com maior especificidade para o receptor de histamina iria ter menos efeitos secundários anticolinér-gicos. A Tabela 8 mostra a constante de inibição Ki em nM para Hl e os receptores muscarinicos. Pode observar-se que o composto descrito é altamente especifico para Hl em relação aos receptores muscarinicos. Assim, pode esperar-se que o composto descrito apresente um bom desempenho de indução do sono com efeitos secundários limitados associados à inibição dos receptores muscarinicos.
Tabela 8: Especificidade para os receptores de histamina Hl
Ccmp.# Hl (bovino) Ml M2 M3 Alfal Alfa2 Dl D2 >10000 >10000 1 40,31 >10000 >10000 >10000 >10000 >10000 rato e rato e humano humano 111,5 em ratos , 23,7 em seres humanos. EXEMPLO 6: Avaliação de análogos de loxapina
Os seguintes parâmetros farmacocinéticos são 91 ΡΕ1804804 calculados a partir das concentrações plasmáticas individuais do composto anti-histamínico modificado utilizando uma abordagem não compartimentada e software farmacoci-nético apropriado validado (e.g., WinNonlin Professional). Os valores da concentração descritos como BLQ estão ajustados para zero. Se os dados de concentração estiverem disponíveis, os cálculos provisórios são feitos (dados de não QC.d) entre os períodos, se possível. O escalonamento da dose não depende dos cálculos farmacocinéticos.
Estatísticas descritivas, incluindo média, desvio padrão, coeficiente de variação, média geométrica, mediana, mínimo e máximo, são computadas para cada parâmetro farmacocinético por grupo de dose. As estatísticas descritivas para AUC(O-t), AUC(O-inf) e Cmax transformadas na forma de logaritmo natural são fornecidas para cada nível da dose. Além disso, são fornecidos os gráficos da concentração média e mediana em função do tempo. A proporcionalidade da dose seguindo a medicação do estudo é explorada através da análise das variáveis farmacocinéticas AUC(O-t), AUC(O-inf) e Cmax transformadas na forma de logaritmo natural com um modelo linear incluindo a dose transformada na forma de logaritmo natural como covariáveis. A proporcionalidade da dose é concluída se o intervalo de confiança de 95% para o declive da covariável inclui o valor de 1. A linearidade da dose para AUC(O-t), AUC (0-inf) e Cmax também é explorado por um modelo linear. Ver, e.g., Gibaldi e 92 ΡΕ1804804
Perrier, Pharmacokínetícs, Second Ed., Mareei Dekker: New York, New York (1982) . Os tempos nominais de colheita de amostras foram utilizados nos cálculos, excepto quando os tempos de amostragem reais estavam fora dos intervalos de tempo aceitáveis especificados nos protocolos. Foram estimados os seguintes parâmetros:
Cmax Concentração plasmática máxima
Tmax Tempo até à concentração máxima
Cmax e Tmax foram descritos directamente a partir dos dados de concentração em função do tempo AUCo-t Área sob a curva da concentração plasmática em função do tempo desde o tempo 9 até ao último ponto de tempo com concentrações mensuráveis, estimado pela regra trapezoidal linear AUCo-°° Área sob a curva da concentração plasmática em função do tempo extrapolada para o infinito, calculada utilizando a fórmula: AUCmo® AUGm * Co/λο em que Ct é a última concentração plasmática mensurável e λζ é a constante de velocidade de eliminação da fase terminal, estimada utilizando regressão linear logarítmica durante a fase de eliminação terminal. 0 número de pontos utilizados no cálculo de λζ foi determinado por inspecção 93 ΡΕ1804804 visual dos dados que descrevem a fase terminal. Pelo menos os últimos três pontos de tempo com valores mensuráveis foram utilizados no cálculo de λζ. 0 número de pontos utilizados no cálculo de λζ é baseado na melhor correlação (r2 ajustado) obtida para os pontos de tempo que descrevem a fase de eliminação terminal.
Um valor ajustado de r2 para a linha de regressão é considerado como definindo com exactidão a fase de eliminação terminal se o valor for > 0,7.
Semi-vida de eliminação, determinada por ln (2 ) λζ . CL Libertação sistémica; para bolus ou per- fusão intravenosa, calculada utilizando a fórmula: CL-Dose/AUCg^
Descrever como CL/F, em que F = biodisponibilidade absoluta, para todas as outras vias de administração. V2 Volume de distribuição para todas as vias de administração, calculado utilizando a fórmula:
V* * CL CL/F é utilizado para calcular V2/F para as vias de administração extravasculares. 94 ΡΕ1804804 A análise farmacocinética é realizada utilizando o WinNonlin Professional Edition (Pharsight Corporation, versão 3.3 ou 4.1). A estatística descritiva, como a média e o desvio padrão, são calculados em Microsoft Excel (versão 8.Oe) . 0 metabolismo dos artigos de teste em hepatócitos criopreservados de macacos e seres humanos foi testado como se segue:
MATERIAIS
Materiais Fabricante, número do lote e data em que expira Hepatócitos de Cellzdirect Macaco Ser humano Meio E de Williams Sigma W1878, válido até 2004-11 Soro fetal de vitelo Fisher BW 14-501F, lote 01104637, válido até 17 Fev 10 Azul de Tripano 0.45 Biowhittaker 17-942E, lote 01104637, válido Janeiro 14 Solução mãe de material de teste CB-l/III/6 DMSO Fisher BP231-100, lote 041215, válido até 12 Julho 09 Etoxicumarina 10 mM em metanol PSLB 22-A-15, válida até 9-25-04 ACN Fisher A998-4, lote 041181, válido até 6/07 Ácido fómico Fisher 032879, válido até 03-14-06 95 ΡΕ1804804
Preparação de pré-incubação: A amostra é diluída com DMSO, para preparar soluções mãe 100 μΜ e 10 μΜ. Prepara-se ácido fórmico a 0,1% em acetonitrilo pela adição de 1 mL de ácido fórmico por 1 L de acetonitrilo (armazenar à TA durante 3 meses) . Prepara-se placas de desactivação com 96 poços de 10 minutos, 60 e 120 minutos com 150 pL de acetonitrilo + ácido fórmico a 0,1% em cada poço. Armazena-se em gelo ou refrigerada.
Em seguida, os hepatócitos são descongelados e coloca-se 100 pL de suspensão de células num tubo de microcentrífuga com 100 pL de solução de Azul de Tripano a 0,4% e suavemente misturados por inversão. Uma pequena quantidade da suspensão de células coradas (aproximada-mente 15 pL) é colocada num hemacitómetro limpo com uma lamela. 0 hemacitómetro é colocado na platina do microscópio e do foco e a potência são ajustados até que um único quadrado de contagem preencha o campo. Conta-se o número de células nos quatro quadrados subdivididos do canto externo do hemacitómetro. As células viáveis são opalescentes, redondas e pálidas com um contorno mais escuro. As células não viáveis são azuis escuras, opacas. A % de viabilidade é calculada como o número de células viáveis dividido pelo total de células x 100. 96 ΡΕ1804804
Calcula-se a densidade de células viáveis e o número total de células viáveis:
Densidade das células viáveis (D) = Média de 3 células viáveis contadas (C) x 104*12; Número total de células viáveis (E) = D x 26 (volume de ressuspensão).
Calcula-se o meio adicional necessário para 6 atingir uma concentração de 1 x 10 células/mL:
Volume de meio adicional = células viáveis totais (E) - 26 ml_ 1 x 106
As células são diluídos em conformidade e armazenadas à temperatura ambiente.
Incubações 198 pL de hepatócitos são transferidos para poços relevantes numa placa doseadora. A suspensão de hepatócitos restante é combinada e colocada num recipiente adequado de água praticamente a ferver e deixada durante 5 minutos para inactivar as células (para controlos inac-tivos e preparação da curva padrão). 198 pL de hepatócitos inactivos são transferidos para poços de controlo e 198 pL de meio em branco são transferidos para poços de controlo com tampão. As placas são pré-incubadas durante pelo menos 15 min. As reacções 97 ΡΕ1804804 são iniciadas com 2 pL da diluição apropriada de composto de teste da placa doseadora. As placas são incubadas numa incubadora regulada para 37°C durante aproximadamente 10 minutos, depois retira-se 50 pL de incubado para uma placa de desactivação de 10 minutos contendo 150 pL de ace-tonitrilo L + ácido fórmico a 0,1% e armazenadas refrigeradas ou em gelo. Após 60 minutos, retira-se 50 pL de incubado para uma placa de desactivação de 60 minutos contendo 150 pL de acetonitrilo + ácido fórmico a 0,1% e armazena-se refrigerada ou em gelo. Após 120 minutos, retira-se 50 pL de incubado para uma placa de desactivação de 120 minutos contendo 150 pL de acetonitrilo + ácido fórmico a 0,1% e armazena-se refrigerada ou em gelo. Os restantes 50 pL são congelados em placas de incubação. Os tubos são então centrifugadas a ~4°C a ~1400 x g durante ~10 minutos. 100 pL de sobrenadante são diluídos com 100 pL de água em placas de análise, as placas são armazenadas congeladas a -20°C antes da análise.
Preparação de curvas padrão
Padrão 0,1 pM é preparado pela adição de 2 pL de soluções de dosagem 10 pM para 198 pL de hepatócitos inactivos na placa de preparação padrão. 150 pL de acetonitrilo+ ácido fórmico a 0,1% são adicionados à placa de desactivação padrão. 150 pL de padrão 0,1 pM são transferidos para uma coluna de uma placa padrão. 75 pL de hepatócitos inactivos são adicionados aos poços restantes. 75 pL de padrão 0,1 pM são transferidos para um poço 98 ΡΕ1804804 adjacente na coluna da placa e bem misturados por titulação. A diluição em série é continuada. Retira-se 75 pL do padrão final (todos os poços contêm 75 pL) . As placas são incubadas a aproximadamente 37 °C durante 10 minutos. Transfere-se 50 pL para uma placa de desactivação padrão contendo 150 pL de acetonitrilo + ácido fórmico a 0,1%. As placas são centrifugadas juntamente com as amostras e o sobrenadante é diluído 1:1 com água como descrito acima. As amostras são armazenadas congeladas a ~ -2 0 °C. EXEMPLO 7: Avaliação clinica de análogos de loxapina 0 objectivo do ensaio clínico humana é recolher dados sobre os efeitos dos derivados de loxapina. Esses dados incluem, por exemplo, sinais e sintomas clínicos a partir do exame físico, eventos adversos, segurança laboratorial (e.g., hematologia, química clínica sérica, análise de urina), dados de sinais vitais (e.g., tensão arterial, frequência cardíaca, temperatura, taxa respiratória) e electrocardiograma (ECG).
Os ensaios clínicos são realizados como se segue: I. Selecção dos indivíduos
Utiliza-se um mínimo de 18 indivíduos (2 grupos de inscrição, de 9 de indivíduos cada um) . Os indivíduos 99 ΡΕ1804804 candidatos que preenchem os seguintes critérios de inclusão são elegíveis para participação no estudo: • Indivíduos do sexo masculino, adultos, saudáveis, com idades dos 18-45 anos. • Peso de pelo menos 60 kg e dentro de 15% do seu peso ideal (ver Tabela de pesos desejáveis de adultos, Metropolitan Life Insurance Company, 1983). • Indivíduos medicamente saudáveis com resultados de triagem clinicamente não significativos (e.g., perfis laboratoriais, histórias médicas, ECGS, exame físico) .
Os indivíduos candidatos que preenchem um dos seguintes critérios de exclusão não são elegíveis para participação no estudo: • História ou presença de doença significativa cardiovascular, pulmonar, hepática, renal, hematológica, gastrointestinal, endócrina, imunológica, dermatológica, neurológica ou psiquiátrica. • História ou presença de doenças do sono. • História de alergias crónicas ou sazonais que requerem tratamento com antagonistas de receptores Hl (í.e., terfenadina, astemizole) dentro dos 90 dias anteriores ao estudo. • História ou presença de alcoolismo ou abuso de drogas nos últimos 2 anos. • Utilização de tabaco ou nicotina dentro dos 90 dias anteriores ao estudo. 100 ΡΕ1804804 • Hipersensibilidade conhecida ou reacção idiossincrática ao fármaco do estudo, possíveis excipientes da ® formulação do estudo (Captisol ; sacarina sódica, F.C.C.; glicerina, U.S.P.; sabor de laranja; metilce-lulose 400 centipoise, U.S.P.; água purificada) ou compostos relacionados. • Doação (guantidade padrão de doação ou mais) de sangue ou produtos de sangue dentro de 90 dias antes do estudo. • Participação noutro ensaio clínico dentro de 90 dias antes da primeira dose. • História ou presença de gualquer doença, condição médica, ou cirurgia, gue possa ter um efeito na absorção, metabolismo, distribuição ou excreção do fármaco. • Perda ou ganho de peso (>10%) nos 30 dias anteriores ao estudo. • Consumo regular (e.g., mais dias sim do que não) de quantidades excessivas de bebidas contendo cafeína (e.g., mais do que 5 chávenas de café ou equivalente por dia) nos 30 dias anteriores ao estudo. • Qualquer patologia que, na opinião do investigador ou patrocinador, torna o indivíduo inadequado para o estudo. • Utilização anterior ou concomitante de quaisquer medicações proibidas. A cada indivíduo que completa as avaliações de triagem do estudo, cumpre todos os critérios de 101 ΡΕ1804804 elegibilidade e é aceite para o estudo, é atribuído um número de identificação único e recebe doses designadas da anti-histamina modificada e placebo de acordo com um esquema de aleatorização. 0 esquema de aleatorização está disponível apenas ao pessoal da farmácia clínica que prepara o fármaco (que não está envolvido na administração do fármaco) e não está disponível aos indivíduos, analistas ou membros da equipa responsável pela monitorização e avaliação das experiências adversas.
Os indivíduos podem ser retirados do estudo pelo Investigador Principal pelas seguintes razões: • Ocorrência secundária de um critério de exclusão principal. • Protecção da sua saúde. • Eventos adversos. • Dificuldades na colheita de sangue. • Para proteger a integridade do estudo. • Violação do protocolo. • Não cumprimento das instruções do estudo. O relatório clínico inclui os motivos para retiradas dos indivíduos, bem como os pormenores relevantes para a retirada. Os indivíduos retirados do estudo antes da conclusão do estudo são submetidos a todos os procedimentos programados para a conclusão do estudo. Os indivíduos retirados devido a qualquer evento adverso (seja grave ou não grave) ou valores de testes labora- 102 ΡΕ1804804 toriais anormais clinicamente significativos são avaliados pelo Investigador, ou um médico que faz a monitorização, e são tratados e/ou acompanhados até que os sintomas ou os valores voltem a níveis normais ou aceitáveis, de acordo com a avaliação do Investigador. II. Restrições do estudo
Os indivíduos não tomam medicação receitada nem de venda livre (incluindo produtos à base de plantas) durante os 7 dias que precederam o estudo até que tenha sido colhida a amostra final do período de amostragem farmacocinética final. Além disso, é proibido o consumo de alimentos e bebidas que contenham as seguintes substâncias, conforme indicado: • etilxantina: 72 horas antes de cada administração e durante todo o período de colheita de amostras, i.e., são proibidas bebidas de cafeína e equivalentes (e.gu, barras de chocolate). • Álcool: 72 horas antes de cada administração e durante todo o período de colheita de amostras.
Todos os medicamentos tomados durante os 30 dias anteriores ao início do estudo são registados. Quaisquer medicações tomadas para alergias crónicas ou sazonais nos 90 dias anteriores ao estudo são registadas.
Triagem de indivíduos prévia ao estudo: O Termo 103 ΡΕ1804804 de Consentimento Informado é administrado na triagem. Dentro de 14 dias antes da administração, regista-se a história médica e dos dados demográficos, incluindo nome, sexo, idade, raça, peso corporal (kg), altura (cm), utilização de álcool e utilização de tabaco. Cada indivíduo faz um exame físico incluindo sinais vitais completos, ECG de 12 derivações e exames laboratoriais conforme especificado. Os exames laboratoriais incluem o seguinte: a) Hematologia incluindo hemoglobina, MCV, contagem de glóbulos vermelhos do sangue, hematócrito, MCHC, contagem de glóbulos brancos do sangue com contagem diferencial de plaquetas e MCH; b) Química sérica incluindo azoto de ureia no sangue, albumina, ALT (TGO), creatinina, fosfatase alcalina, glucose, bilirrubina total, creatina fosfoquinase (CPK), sódio, ácido úrico, AST (SGOT) e triglicéridos; c) Análise de urina, incluindo a aparência e cor, glucose, nitrito, pH, cetonas, urobilinogénio, densidade específica, bilirrubina, leucócitos, proteínas e sangue; d) Testes adicionais, incluindo VIH, rastreio de drogas na urina, HbsAg, canabinóides, HCV, benzodiaze-pinas, HCV, anfetaminas, hepatite A (IgM), opiáceos, álcool, cocaína e continina.
Gestão dos indivíduos: Os indivíduos são alojados a partir de pelo menos 36 horas antes da dose até estarem completados os eventos 24 horas pós-dose. Vão regressar para uma visita de acompanhamento após a dose final ou se forem retirados mais cedo. 104 ΡΕ1804804
Os indivíduos permanecem semi-deitados na cama durante as primeiras 4 horas após a administração do fár-maco. No entanto, se ocorrerem eventos adversos em qualquer momento, os indivíduos são colocados numa posição apropriada ou têm autorização para se deitar sobre o seu lado direito. Os indivíduos não se envolvem em actividade extenuante em qualquer momento durante o período de confinamento. São fornecidas refeições padrão no Dia 1 e no Dia 2. No Dia 1, é exigido que os indivíduos jejuem durante um período mínimo de 10 horas de um dia para o outro antes da administração e durante pelo menos 4 horas depois dela. No entanto, se for utilizada a opção por uma dose anterior no estado alimentado no Período 3 do Grupo 2, é dada uma refeição rica em gorduras normalizada 30 minutos antes da administração da dose. Neste caso, o pequeno-almoço rico em gordura (i.e., aproximadamente 50% de calorias provenientes de gordura) consiste em dois ovos estrelados em manteiga, duas tiras de bacon, duas fatias de torrada com manteiga, quatro onças de "hash browns" (batatas raladas e fritas), e oito onças de leite gordo. Alimentos e bebidas contendo cafeína ou equivalente (e.g., tablete de chocolate) estão proibidos durante o confinamento. A água não é permitida desde 2 horas antes até 2 horas depois da administração. É permitida água em todas as outras ocasiões. São fornecidas refeições normalizadas 105 ΡΕ1804804 aproximadamente 4 e 9 horas após a administração e nas alturas apropriadas depois disso. III. Administração do fármaco
Os indivíduos recebem a dose para cada período tal como lhe foi atribuído de acordo com o esquema de aleatorização para a sequência de dosagem para cada grupo de dose (de inscrição). Os indivíduos recebem a dose atribuída num copo de vidro graduado, e dentro de cada grupo de dose , todas as doses, activa e placebo, são administradas no mesmo volume para manter o duplo cego . Os indivíduos são instruídos a engolir a dose É dado um total de 240 mL de água com a dosagem. Uma porção designada de água (atribuída pelo farmacêutico com base no volume de dosagem) é adicionada ao copo graduado esvaziado, circulada no copo para o enxaguar e engolida pelo indivíduo. Este processo é repetido duas vezes e depois a água restante é consumida pelo indivíduo. A dose de partida para o primeiro nível de dose humana é baseada nos perfis de toxicidade e segurança em estudos pré-clínicos. A conversão da área de superfície do corpo equivalente de ser humano para rato e 1/6 (Toxicological Handbook, Michael J. Dereleko, CRC Press, Boca Raton, FL) . Com base no NOAEL de 30 mg/kg/dia para o rato e os critérios equivalentes de superfície corporal, a dose equivalente num indivíduo de 60 kg é de 300 mg/dia 106 ΡΕ1804804 (1/6 χ 30 mg/kg/dia [NOAEL para o rato] x 60 kg). Com base na dose NOAEL no rato (30 mg/kg/dia), a dose de 3 mg é aproximadamente 1/10 da dose NOAEL em ratos. A dose mais elevada proposta de 160 mg está também abaixo do NOAEL em ratos.
Se for observada uma toxicidade que limita a dose (Grau 3 ou 4 de acordo com a escala de classificação modificada de WHO Common Toxicity Criteria - Appendix I) que se considera estar relacionada com a medicação do estudo em quaisquer 2 dos 6 indivíduos em qualquer nível de dose, para-se o escalonamento das doses e a dose anterior é considerada a dose máxima tolerada (MTD).
Se um indivíduo em qualquer nível de dose sofrer uma toxicidade limitante da dose, o Investigador Principal (em consulta com o Patrocinador) decide, usando bom julgamento clínico, se continuar para o nível de dose seguinte como planeado, ou se ajustar o nível de dose seguinte para baixo em relação à dose planeada. Esta consulta é feita para todos os grupos que seguem o grupo de dose anterior para decidir se prosseguir com as doses planeadas ou se ajustar as doses reduzindo-as. Adicionalmente, as doses planeadas podem ser substituídas por doses intermédias se surgirem questões emergentes de segurança ou tolerabilidade (i.e., não tem de ser um evento de Grau 3 ou 4) em relação à dose anterior que sugiram a necessidade de incrementar mais lentamente.
Os incrementos de dose só são permitidos se, na 107 ΡΕ1804804 opinião do Investigador Principal, tiverem sido demonstradas segurança e tolerabilidade adequada na dose mais baixa anterior. Em todos os casos, o Investigador Principal usa a boa avaliação clinica para decidir se ajustar a dose ou parar o estudo com base numa avaliação de todos os factores relevantes para a segurança dos indivíduos. 0 Investigador Principal procede à revisão dos dados na admissão (e.g., resultados de exames físicos, sinais vitais, questionário, e os resultados do laboratório clínico (e.g., química sérica, hematologia, análise de urina, e rastreio de drogas na urina)) quanto a alterações clinicamente significativas desde a triagem ou o período anterior. 0 Investigador Principal determina se o indivíduo vai ser administrado com o fármaco ou retirado do estudo com base nesta revisão. IV. Observação clínica
Um painel de hematologia, um painel de química sérica e uma análise de urina é realizado na triagem, em cada verificação, 24 horas após cada dose, e uma semana após a última dose, ou por retirada antecipada. Amostras de sangue (cerca de 7 mL) são recolhidas por um cateter intravenoso residente em tubos de vidro evacuados contendo heparina sódica pré-dose e às 0,25, 0,5, 0,75, 1,0, 1,5, 2, 3, 4, 6, 8, 10, 12, 18 e 24 horas após a dose. Amostras de urina são colhidas pré-dose e durante o intervalo de 0-8 horas cada período. As amostras colhidas durante o 108 ΡΕ1804804 intervalo não são reunidas. Cada micção é considerada uma amostra. Os tempos de micção são à vontade, não programados (com a excepção da micção pré-dose e da micção no fim do intervalo de 8 horas).
Os sinais vitais são medidos durante as triagens. Quando o momento dos sinais vitais coincide com um ECG apenas, os sinais vitais são colhidos 10 minutos antes do ECG. Quando o momento dos sinais vitais coincide com uma colheita de sangue ou uma colheita de sangue e ECG, os sinais vitais são colhidos 10 minutos antes da colheita do sangue. As respirações e a temperatura são monitorizadas no momento da inspecção, 24 horas após cada dose, e uma semana após a última dose, ou quando há retirada antecipada. As medições individuais da pressão arterial e da frequência cardíaca são colhidas após um mínimo de cinco minutos numa posição semi-deitada. As medições realizadas durante o confinamento do estudo são monitorizadas com uma máquina de AVS no momento da inspecção; 0 (pré-dose); 0,25, 0,5, 0,75, 1, 1, 5, 2, 3, 4, 6, 8, 10, 12 , 18 e 24 horas após a dose, e uma semana depois da última dose, ou na retirada antecipada. Para qualquer medição da frequência cardíaca superior a 100 batimentos por minuto, a frequência cardíaca será verificada de novo dois minutos depois. No Dia 1, aproxima-damente 24 horas antes da administração, são feitas três medições da pressão arterial e da frequência cardíaca, tomadas com 2 minutos de intervalo, tal como descrito acima. 109 ΡΕ1804804 É feito um ECG de 12 derivações corrente para cada indivíduo na triagem, no Dia 1 em momentos que às vezes coincidem com os tempos do Dia 1 de 1 hora antes da dose e 1, 1,5, 2, 3, 4 e 6 horas após a dose; no Dia 1 à 1 hora pré-dose e 1, 1,5, 2, 3, 4, 6 e 24 horas após a dose, e uma semana após a última dose ou por retirada antecipada. Podem ser feitos ECG adicionais noutros momentos se for considerado necessário. Todos os ECG de 12 derivações correntes gravadas durante 10 segundos. 0 momento e a técnica de registo dos ECG é normalizado para todos os indivíduos. Os indivíduos devem estar deitados durante pelo menos 1 minuto antes de se fazer cada avaliação por ECG de 12 derivações. 0 Investigador Principal avalia PR, QRS, QT e os intervalos QTc. Quando o momento dos ECG coincide com uma colheita de sangue, o ECG será obtido após a colheita.
Um médico examina cada indivíduo na triagem, em cada verificação, 24 horas após cada dose e uma semana após a última dose, ou na retirada antecipada. Exames adicionais são realizados noutros momentos, se for considerado necessário.
Imediatamente antes da medição dos sinais vitais 1 hora pré-dose e à 1, 2, 6 e 24 horas após a dose (os sinais vitais são obtidos 10 minutos antes da colheita de sangue designada nesses momentos), aos indivíduos é apresentada uma escala visual analógica e pede-se-lhes 110 ΡΕ1804804 para desenhar uma marca vertical através de uma linha de 100 mm no ponto que varia entre Muito sonolento e Alerta/ Totalmente desperto, que melhor descreva o seu nivel de alerta nesse momento.
Os indivíduos são instruídos para informar o médico ou o pessoal do estudo de quaisquer eventos adversos ou doenças intercorrentes experimentadas durante o ensaio. Além disso, é realizado um inquérito específico sobre eventos adversos antes da administração, às 2, 4, 8 e 24 horas após a dose e uma semana após a última dose, ou na retirada antecipada. As questões são colocadas de uma forma não específica de modo a não influenciar as respostas.
Qualquer indivíduo que tenha qualquer evento adverso (seja grave ou não grave) ou valores de ensaios laboratoriais anormais clinicamente significativos é avaliado pelo Investigador, ou por um médico que faz a monitorização, e é tratado e/ou acompanhado até que os sintomas ou valores voltem aos níveis normais ou aceitáveis, conforme a avaliação do Investigador. Um médico, seja no local ou seja no serviço de urgências de um hospital próximo, administra tratamento para quaisquer eventos adversos graves. Quando apropriado, são realizados testes e exames médicos para documentar resolução do(s) evento(s). O resultado é classificado como, e.g., resolvido, melhorado, inalterado, pior, fatal, ou desconhecido (perdeu-se o acompanhamento). 111 ΡΕ1804804 V. Relatório
Todos os eventos adversos que ocorrem durante o ensaio clínico são registados. Os eventos adversos são codificados utilizando o MedDRA (versão 4.1) . Um even-to/experiência adverso (AE) é qualquer ocorrência médica injustificada num doente ou indivíduo em investigação clínica a quem foi administrada um produto farmacêutico que não tem necessariamente uma relação causal com este tratamento (ICH/WHO). Um evento adverso (AE) é, portanto, qualquer sinal desfavorável e não intencional (incluindo, por exemplo, um resultado laboratorial anormal), sintoma ou doença temporariamente associada à utilização de um produto médico, seja ou não considerado relacionado com o produto médico (ICH/WHO). O Investigador procede à revisão de cada caso e avalia a sua relação com o tratamento medicamentoso (i.e., não relacionado, improvável, possível, provável, pratica-mente certo). Cada sinal ou sintoma descrito é classificada numa escala de gravidade com 3 pontos (leve, moderada ou grave) e é anotada a data e hora de início, a relação temporal como a administração do fármaco, a duração e o resultado de cada evento. São utilizadas as seguintes definições para classificação da gravidade: (1) Leve: O evento adverso é facilmente tolerado e não interfere com a actividade diária, (2) Moderado: O evento adverso interfere na actividade diária, mas o indivíduo 112 ΡΕ1804804 ainda é capaz de funcionar; (3) Grave: O evento adverso é incapacitante e requer intervenção médica.
Se qualquer dos eventos adversos acima referidos for graves, são seguidos procedimentos especiais. Todos os eventos adversos graves são comunicados ao Patrocinador dentro de 24 horas e seguido por relatórios escritos dentro de 48 horas, quer os eventos graves sejam ou não considerados relacionados com o fármaco.
Um evento adverso grave (SAE, de "Serious Adverse Event") é qualquer ocorrência médica injustificada que, em qualquer dose, resulta em morte, apresenta risco de vida, resulta em deficiência ou incapacidade permanente, requer hospitalização, prolonga a hospitalização, é uma anomalia congénita, podem comprometer o indivíduo ou pode requerer intervenção para evitar um ou mais dos outros resultados listados acima. VI. Farmacocinética
Os seguintes parâmetros farmacocinéticos são calculados a partir das concentrações plasmáticas individuais do composto anti-histamínico modificado utilizando uma abordagem não compartimentada e software apropriado validado farmacocinéticos {e.g., WinNonlin Professional). Os valores da concentração descritos como BLQ estão ajustados para zero. Se estiverem disponíveis os dados da concentração, são feitos os cálculos intermediários (dados 113 ΡΕ1804804 de não-QC.d) entre períodos, se possível. 0 aumento da dose não depende de cálculos farmacocinéticos.
Estatísticas descritivas, incluindo média, desvio padrão, coeficiente de variação, média geométrica, mediana, mínimo e máximo são computados para cada parâmetro farmacocinético por grupo de dose. Estatísticas descritivas para as variáveis farmacocinéticas AUC(O-t), ASC(0-inf) e Cmax transformadas na forma de logaritmo natural são fornecidas para cada nível de dose. Além disso, são proporcionados gráficos da concentração média e mediana em função do tempo. A proporcionalidade da dose seguindo a medicação do estudo é explorada através da análise das variáveis farmacocinéticos AUC(O-t), AUC (0-inf) e Cmax transformadas na forma de logaritmo natural com um modelo linear, incluindo a dose transformada na forma de logaritmo natural como covariáveis. Conclui-se pela proporcionalidade da dose se o intervalo de confiança de 95% para o declive da covariável incluir o valor de 1. A linearidade da dose para AUC(O-t), AUC(0-inf) e Cmax também é explorada por um modelo linear. VII. Avaliação da segurança É proporcionada uma listagem de dados de eventos adversos emergentes do tratamento por indivíduo, incluindo a duração textual, a duração preferida, o tratamento, a gravidade e a relação com o tratamento. 114 ΡΕ1804804 O número de indivíduos que experimentaram eventos adversos e o número de eventos adversos é sumariado por nível de dose utilizando contagens de frequência.
Os dados de segurança, incluindo avaliações laboratoriais e avaliações de sinais vitais, são sumariados por nível de dose e ponto de tempo de recolha. Estatísticas descritivas são calculadas para dados de segurança quantitativos e contagens de frequências são compiladas para classificação de dados de segurança qualitativos. Além disso, é fornecida uma alteração média à tabela de referência para os sinais vitais e uma tabela de desvios que descreve gamas de desvios fora do normal para resultados de laboratório clínico.
Os resultados de ECG são classificados como normais e anormais e sumariados utilizando contagens de frequência por grupo de dose e ponto de tempo de recolha. Estatísticas descritivas são calculadas para PR, QRS, QT e intervalos de QTc.
As alterações dos exames físicos estão descritas no texto do relatório final.
Os dados de frequência cardíaca estão sumariados por grupo de tratamento e ponto de tempo utilizando estatística descritiva, tal como a alteração individual em relação aos valores basais. Alteração média em relação aos 115 ΡΕ1804804 resultados basais é utilizada para comparar grupos de dose activa com o placebo em cada ponto de tempo. Dados de seis indivíduos completados por nível de dose devem proporcionar 80% de certeza para detectar uma diferença de 20 batimentos por minuto. Uma análise intermédia é concluída após cada período. VIII. Avaliação da eficácia
As pontuações de sedação de VAS estão sumariadas por ponto de tempo de recolha para cada nível de dose utilizando estatística descritiva. EXEMPLO 8: Avaliação pré-clinica de análogos de loxapina
Antes do ensaio clínico em seres humanos de compostos, são realizados ensaios pré-clínicos. A avaliação pré-clínica inclui os seguintes ensaios: i. Absorção, distribuição, metabolismo e excreção pré-clínica O composto é administrada a ratos, cães e macacos cynomolgus numa dose de aproximadamente de 3 mg/kg por via oral e por via intravenosa. Amostras de plasma foram colhidas de todas as espécies para análise farmacoci-nética. O Tmax e semi-vida (em horas) é medido no rato, cão e macaco. A percentagem de proteína ligada no rato e em plasma humano é também medida. 116 ΡΕ1804804
Os cérebros são colhidos de ratos após administração oral para determinar os níveis cerebrais do fármaco mãe. A inibição do citocromo P450 é estudada in vitro. Além disso, é determinada para cada composto a velocidade do metabolismo in vitro em culturas de hepatócitos de rato, cão, macaco e ser humano. ii. Foco nos efeitos cardíacos A principal questão toxicológica estudada durante a fase de selecção do candidato clínico do projecto é prolongamento do intervalo QT. Historicamente, os antagonistas de Hl têm sido associados a este efeito. O prolongamento de QT em casos raros pode evoluir para arritmias cardíacas com risco de vida. 0 melhor teste in vitro para prever a probabilidade de um composto causar prolongamento de QT, o ensaio de ligação a hERG, foi o sistema de teste escolhido para estudar o potencial de um composto para produzir este efeito. O canal de hERG humano, transfectadas para uma linha celular estável, é estudado electrofisiologicamente e é descrita a percentagem de inibição da corrente do canal.
Para determinar se um composto pode produzir quaisquer alterações no intervalo QT, o composto é estudado em cães Beagle com telemetria. Nos cães são implantados 117 ΡΕ1804804 dispositivos para monitorizar continuamente a ECG e pressão arterial. Os cães (grupos de 4) são estudados num plano de estudos cruzado de quadrado latino, com cada cão a receber 3 doses diferentes e um placebo. São realizados dois estudos com doses de 0,3, 1, 3, 10 e 30 mg/kg. iii. Estudo agudo no rato 0 objectivo deste estudo é avaliar a toxicidade e a dose máxima tolerada (MTD) dos artigos de teste quando administrados por sonda oral a ratos. Ratos machos Cri:CD®(SD)IGS BR (3/grupo) são atribuídos a 5 grupos. No início da administração, os animais têm aproximadamente 7 semanas de idade com pesos corporais variando de 172 a 206 g. Cada grupo recebe 50, 100, 150, 200 ou 250 mg/kg do composto uma vez por dia durante 5 dias. Todos os animais sobreviventes são sacrificados no Dia 6. A avaliação da toxicidade é baseada na mortalidade, observações clinicas, e dados do peso corporal. iv. Estudo agudo no cão O objectivo deste estudo é avaliar a toxicidade e a dose máxima tolerada (MTD) do composto quando administrado em doses crescentes por sonda oral a cães. Dois cães machos de raça pura Beagle são atribuídos ao estudo. No início da administração, os animais têm pelo menos 6 meses de idade com pesos corporais variando de 8,0 a 10,9 kg. Os cães recebem preparações da dose contendo o composto uma 118 ΡΕ1804804 vez por dia durante 5 dias em doses crescentes de 25, 50 ou 75 mg/kg.
Os cães são observados às 0,25, 0,5, 0,75, 1,0, 1,5 e 2,0 horas ± 5 minutos e às 4, 6, 8 e 24 horas ± 15 minutos após a dose. São pesados nos Dias 1 e 6. São feitos electrocardiogramas e medida a tensão arterial antes da administração e às 1, 4 e 24 horas após a dose de 40 mg/kg no Dia 5.
Com base na gama e gravidade dos sinais clínicos observados, é calculada a MTD para o composto. v. Estudo de 14 dias no rato e estudo da recuperação O objectivo destes estudo é avaliar a toxicidade do composto quando administrado por sonda oral a ratos durante pelo menos 14 dias e avaliar a reversibilidade, persistência ou ocorrência retardada de quaisquer efeitos após um período de recuperação de até 14 dias.
Ratos machos e fêmeas Cri:CD®(SD)IGS BR são atribuídos a sete grupos, quatro grupos de estudo principais e três grupos para farmacocinética. Cada grupo recebe preparações da dose contendo 0,25% de metilcelulose, 400 cps em tampão acetato 200 mM, ou 10, 30 ou 150 mg de artigo de teste/kg de peso corporal (mg/kg/dia) num volume de dose de 5 mL/kg. 119 ΡΕ1804804 A avaliação da toxicidade é baseada na mortalidade, observações clinicas e oftalmológicas, pesos corporais, consumo de alimentos, patologia clinica, pesos dos orgãos e observações macroscópicas e microscópicas. Amostras de sangue são colhidas para avaliação toxicocinética.
Estudo de 14 dias no cão com fase de recuperação
Determina-se a toxicidade e a toxicocinética de um composto da invenção quando administrada diariamente por sonda oral (Fase 1) ou cápsulas (Fase 2) a cães durante pelo menos 14 dias. A reversibilidade, persistência ou ocorrência retardada de efeitos observáveis após um período de recuperação de 7 dias (Fase 1) ou 14 dias (Fase 2) é também avaliada. São estudadas doses de 3, 10, 30 e 70 mg/kg/dia. Todas os cães da Fase 1 e 2 sobreviveram até ao sacrifício programado.
Os compostos acima e os protocolos são úteis na avaliação pré-clínica de compostos de loxapina da invenção. EXEMPLO 9: Avaliação da actividade analgésica É analisada a actividade analgésica de um análogo de loxapina após administração oral. A actividade analgésica é avaliada por ensaios de espasmos abdominais no rato e no murganho. A actividade analgésica também é 120 ΡΕ1804804 avaliada utilizando o ensaio do corte na cauda no murganho, o ensaio da sacudidela da cauda no rato, o ensaio de Randall-Selitto no rato e as comparações são feitas com um grupo de controlo de veiculo. Os compostos de referência ASA (ácido acetilsalicilico) e morfina também estão incluídos para comparação. O ensaio do corte na cauda e da sacudidela da cauda dão informações úteis sobre a actividade analgésica central do artigo de teste. O ensaio de Randall-Selitto dá informações sobre a capacidade do composto para modificar um estado hiperalgésico e o ensaio dos espasmos abdominais dá informações sobre a actividade analgésica periférica do artigo de teste. O artigo de teste é administrado por sonda oral, sendo esta a via de administração clínica pretendida. Prevê-se que os níveis de dose utilizados abranjam a dose de eficácia e proporcionem uma margem de segurança adequada.
Artigo de teste, composto de referência e formulação irritante
Todas as formulações são preparadas em cada dia de administração. O artigo de teste é formulado em MC a 0,25% (p/v) à maior concentração requerida. Doses mais baixas são obtidas por diluição em série da concentração mais alta utilizando MC a 0,25% (p/v). O composto de referência, ácido acetilsalicilico, é formulado em MC a 0,25% (p/v) nas concentrações necessárias. Levedura de 121 ΡΕ1804804 cerveja é formulada em água para injecção na concentração necessária. Ácido acético é diluído com água para injecção para dar a concentração necessária para administração.
Os níveis da dose vão ser expressos em termos da quantidade do artigo de teste I composto de referên-cia/irritante administrado independentemente da pureza ou teor activo.
Animais
Obtém-se um número adequado de murganhos machos Cri:CD-I(ICR) BR e ratos Wistar de Charles River (UK) Ltd., Margate, Kent. Os murganhos têm aproximadamente 4 semanas de idade e pesam entre 18 e 22 g à chegada. Os ratos têm cerca de 5 semanas de idade e pesam entre 150 e 170 g à chegada. A idade e o peso dos animais no início do estudo ficam documentados nos dados brutos e relatório final.
Os animais são alojados em grupos apropriados ao tamanho das gaiolas utilizadas, em gaiolas em conformidade com o Código de Boas Práticas para o alojamento e cuidados de animais utilizado no Scientific Procedures Act (Home Office Animais Scientific Procedures Act 1986). 0 material das camas é fornecido numa base semanal para cada gaiola através da utilização de aparas de madeira limpa Aspen (Dates and Ltd, Manchester, UK) . 0 material das camas é analisado quanto a contaminantes específicos e os resultados conservados em arquivo na Covance. As gaiolas 122 ΡΕ1804804 são limpas e secas antes da utilização. Blocos para mascar Aspen são colocados dentro das gaiolas como forma de enriquecimento ambiental. Rotineiramente, compartimentos de espera são mantidas dentro de limites aceitáveis de temperatura e humidade relativa (nominalmente 19 a 25°C e 40 a 70%, respectivamente). Estes compartimentos são iluminados por luz fluorescente durante 1,2 horas de cada ciclo de 24 horas e concebidos para receber pelo menos 15 mudanças de ar fresco por hora. RM1.(E).SQC, (Special Diets Services Ltd., Witham, Reino Unido) e água da torneira da rede de alimentação vai ser fornecida ad libitum, excepto quando especificado adiante. Estes são rotineiramente analisados quanto a constituintes específicos e não são conhecidos por conter qualquer entidade biológica ou química que possa interferir com o sistema de teste. Os grupos de tratamento utilizados para o estudo são como indicado na Tabela 9:
Tabela 9 Grupos de tratamento.
Grupo 1 Tratamento Veículo Nível da dose (mg/kg) Cone. (mg/mL) # de animais 8 2 Análogo de loxapina 3 0, 3 8 3 Análogo de loxapina 10 1,0 8 4 Análogo de loxapina 30 3, 0 8 5 Morfina 100 10, 0 8 123 ΡΕ1804804
As medições de pressão são feitas nas patas posteriores esquerda e direita de cada animal imediatamente antes da administração de veiculo, artigo de teste ou composto de referência e aos 30, 60, 120 e 240 minutos após a administração oral. A ordem das medidas de pressão é pata esquerda seguida pela pata direita.
Ensaio dos espasmos abdominais no rato
Cada animal recebe uma única administração de veiculo, artigo de teste ou composto de referência por sonda oral, utilizando um volume de dose constante de 10 mg/kg dose. Volumes de doses individuais são baseados em pesos corporais individuais obtidos no dia da administração. Os grupos de tratamento estão apresentados na Tabela 10.
Tabela 10 Grupos de tratamento.
Grupo Tratamento 1 Veiculo 2 Análogo de loxapina 3 Análogo de loxapina 4 Análogo de loxapina 5 ASA Nível da Cone. # de dose (mg/kg) (mg/mL) animais - - 6 3 0, 3 6 10 O «·. i—1 6 30 3, 0 6 100 10, 0 6 124 ΡΕ1804804
Quarenta e cinco minutos após a administração oral, cada animal recebe uma injecção intraperitoneal de 1 mL de ácido acético a 1%. Os animais são imediatamente colocados em câmaras de observação individuais e é registado o número de espasmos abdominais eliciados ao longo do período subsequente de 25 minutos.
Ensaio dos espasmos abdominais no murganho
Cada animal recebe uma única administração de veículo, artigo de teste ou composto de referência por sonda oral, utilizando um volume de dose constante de 10 mg/kg dose. Volumes de doses individuais são baseados em pesos corporais individuais obtidos no dia da administração. Os grupos de tratamento estão apresentados na Tabela 11.
Tabela 11 Grupos de tratamento.
Grupo 1 Tratamento Veículo Nível da dose (mg/kg) Cone. (mg/mL) # de animais 6 2 Análogo de loxapina 3 0,3 6 3 Análogo de loxapina 10 1,0 6 4 Análogo de loxapina 30 3, 0 6 5 ASA 100 10, 0 6 125 ΡΕ1804804
Quarenta e cinco minutos após a administração oral, cada animal recebe uma injecção intraperitoneal de 0,25 mL de ácido acético a 0,5%. Os animais são imediatamente colocados em câmaras de observação individuais e é registado o número de espasmos abdominais eliciados ao longo do período subsequente de 25 minutos.
Procedimentos terminais
No final de cada ensaio, os animais são mortos humanamente por um composto da Lista 1 (e.g., exposição a dióxido de carbono numa concentração crescente seguida pelo deslocamento do pescoço) e descartados sem necropsia. Se um animal mostrou qualquer sinal de desconforto grave durante o estudo, é sacrificado imediatamente e humanamente. Qualquer animal encontrado morto ou morto prematuramente durante o estudo é submetido a uma necropsia. É realizado um exame macroscópico, após a abertura das cavidades torácica e abdominal, por observação da aparência dos tecidos in situ. São registadas quaisquer anomalias. EXEMPLO 10: Síntese de Composto 1 A síntese de Composto 1 está sumariada no Esquema I. ΡΕ1804804 126
Esquema I
O tratamento da 10H-dibenzo[b,f][1,4]oxazepin-11-ona tricíclica (3) com oxicloreto de fósforo na presença de N,N-dimetilanilina em amidina (5) com 2-carbometoxi 2-metil propionaldeido deu piperazina alquilada (6), que foi purificada em gel de sílica. A hidrólise básica do éster metílico de (5) em etanol aquoso seguida por acidificação deu o ácido carboxílico (7), que corresponde ao Composto 1.
Lisboa, 20 de Março de 2012

Claims (11)

  1. ΡΕ1804804 1 REIVINDICAÇÕES 1. Composto de fórmula:
    ou um seu sal, solvato ou hidrato.
  2. 2. Composto de acordo com a reivindicação 1 em que o composto é um solvato.
  3. 3. Composto de acordo com a reivindicação 1 em que o composto é um hidrato.
  4. 4. Composto de acordo com a reivindicação 1 em que o composto é um sal farmaceuticamente aceitável.
  5. 5. Composto de acordo com a reivindicação 4 em que o sal é um sal de adição de ácido.
  6. 6. Composto de acordo com a reivindicação 5 em que o sal é um sal cloridrato. 2 ΡΕ1804804
  7. 7. Composto de acordo com a reivindicação 6, em que o composto é:
  8. 8. Composto de acordo com a reivindicação 6, em que o composto é:
  9. 9. Composição farmacêutica que compreende um composto de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 8 e pelo menos um excipiente farmaceuticamente aceitável.
  10. 10. Composto de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 8, para utilização no tratamento de uma perturbação do sono.
  11. 11. Composto para utilização de acordo com a reivindicação 10, em que a referida perturbação do sono é 3 ΡΕ1804804 seleccionada de anormalidade do ritmo circadiano, insónia, parassonia, sindrome da apneia do sono, narcolepsia e hipersonia. Lisboa, 20 de Março de 2012 1 ΡΕ1804804 REFERÊNCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO Esta lista de referências citadas pelo requerente é apenas para conveniência do leitor. A mesma não faz parte do documento da patente Europeia. Ainda que tenha sido tomado o devido cuidado ao compilar as referências, podem não estar excluídos erros ou omissões e o IEP declina quaisquer responsabilidades a esse respeito. Documentos de patentes citadas na Descrição US 5518730 A US 6471992 B US 5587172 A US 5818344 A US 3277406 B U S 5622718 A * US 5578322 A * US S6076&7 A » US 4842903 A * US 5831023 A * US 4855328 A * US 5380473 A Literatura que não é de patentes citada na Descrição * Remingtcrfs Phanriaoeutieai Sciencas, MscK Fsife-tisfting Company, 1990 • Ciso»; Taiaiay. Asfv. Etrzyme Regtâ., 1984, vof. 22, 27-55 ♦ Ciiang et aí. J. munx&em., 1973, voi. 32,1S53-83 * i»artfnez-«ir st ai. firafcr Re&, ISSO, voí. 526, 322-27 ♦ Haaksnt» st al. Phammc. Tim., 1§S0, vai, 47, 73-104 ♦ Bttekiey et ai. MoL Ptssmaeof., 1989, yd. 35, 469-76 • Sreem; Rarops. Ptemaceutteai Nem 2000, vos 7,. 15-20 • Rampe st ai. FE8S Leã, 1897. sol. 417, 28-32 » Weirfcii: Arttoní. Basto Res. CanSoi., 1998, wá. 93 i1), 125-32 » Yap; Camm. C.tt? Esp. Aiimgy, 1999, vai. 29 (3). 174-81 • Tftorpy, SAJ JeiarnaitonaiCiassífseationsf Sieep Dis-ordsrs. Rsvised: Diagnostíe anã Codíng Manual. Aoiertcsn Síeep Dísarders Assoaísfioa 1937 * /CD-9-CM ♦ Rsrolngicn: «te Science and Prsdfce o? Rharmacy'. Mac* Msllshiog Co. 1985 ♦ Remlngícsn; the Ssisnse and Pracífce o? PParrogcy ♦ GocHfcnan and Giimans Ths Basís of TPsrapeulfcs. Fergamon Press, irsc, 1990 ♦ The MescA Index. Merek & Ca., irsc, 1989 ♦ trwln, S. Cemprsneoslve afeservattonai assessment: i a. A systemsiis, qysn tííafívs procedure fcr sssess-ing tiis Peitaviouraí and physsoíixsscaf síaíe of ftse iTscíise. PsycheptmtnaeBlogjB. 1868, vos. 13. 222-257 * Srown, AM: Rampe, D. Drug-íitóucedlofigQrsyn-âmms: is tiERQ 1he roof of aB svS?, 2980 - Rampe, D ; Roy, ML; Definis, A;; Srown, AS. Pimmacetáca! Nem, 1997, vol 7,15-20 - Weincts, J i Astoni, Η. A Fnsciint&m for lhe pro-ar-riiyfiiniíc efiscis of c.i&8pricís (Fropdsld}: Oigir alfsrsity bisckade of tse tasnm cardíao psiassium ehannsi PERG. FEBS Le£. 1SS8, vos. 417, 28-32 * Rats-dependencs of aníi-srriíyihRifc and: p®-an%ih-mte prapertses o? cises I and dsss III aatf-asrfvyiMc cSnags. Basto Roa CarM vai, 93(1), 125-132 * Anhythmogenic mechartisns of non-sedaling an8-hlstamins* cm. Exp. Msrgy, vai. 29 (3), 174-181 « Cbangstai. Hetsrcgeneity af Histemine Ht-Rscep-Íors:Sgscses Vanatsoís Sn |3H|Mepyrsfnsne8srKíjngo? Brsin Mensferanes. Jte&naiofNetifOChetâslry, 1979, vol. 32,1653-1863 * Martmez-Mir, S5i.: Poliard, H.; Btoreaa, J. st ai. Three Hísfarnine Reeeptors iHI, H2( artd H3) Visa-ssized ta Ide Brain of Hussnasi and RosvHusnan Pd-Biates. rnm Ree., 199G, VCl 526, 322-32? * RaalíSfría. E.E.d,: Leuts, R.; Timm(Hcn^i, H, Hss-tasnine Rscepíots: Sa&classessnd Spes;ific Liqands. Ptiamsc. Ther., 1990, vd. 47,73-104 * Bwckiey, N.J.; Baarser, T.í.; Bucktey, C.M,; Sranrs, *LR. Asiiagcmsst BMisig Propertiss of Fsve Gíaned Muscasinic Recepíars Expressetí sn CHCMC1 Cells.AM. PPanmeo!., 1989, ¥ol. 35,488-476 * Brens et ai, NBtinyti StímâeóetmgsArtít Pftanm· cqí, 1987, vai. 335 (t), 68-63 * Fetlasjy et aí, Dmg Dav. fim., 1988, vrá, 9, 85-93 » iarvis st ai. j. Phsnmeai Βφβτ. TJmr., 188§, vos 251 (3), 6S8-93 * B(«ns et af, MtA. Pftsvjnacoí, 1988, vai. 29 i4f, 331-46 * iarvis st ai. J. Rempi Rm., 19S3, vai 13 (1-4), 573*90 * Biiiard et ai. Uto Sderms, 1984, voi. 35 (18), 1885-93 2 ΡΕ1804804 * GutKttacft «I aí, Lfis S&eneos, 1884. «o!. 35 {19}, 1981-8 Glbakil; Perder. FihsrmaaokÍííete». Mareei DekScer, 1982· Miebael J,Dsref©to, soxieckogiesi HsníSbsxík. CRC press
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