PT1721864E - Recipiente para festas - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "RECIPIENTE PARA FESTAS" A presente invenção refere-se a um recipiente para cerveja, particularmente a um pequeno recipiente - o chamado barril para festas - com uma torneira de batoque fixamente instalada. Tais recipientes são conhecidos desde há muito tempo, veja-se particularmente, por exemplo, a antiga patente com o número 198 35 569. Este tipo de recipientes utiliza torneiras de batoque instaladas no fundo, as quais podem deslizar do interior do recipiente, de modo que o recipiente tem de estar colocado sobre um suporte ou sobre a borda das mesas, a fim de que o copo a ser cheio possa ser levado até debaixo dele. A isso estão ligadas incomodidades de utilização.

Nesses recipientes é ainda inconveniente que tenham de ser arejados após a perda da pressão interna do C02, a fim de permitir uma saída. Por essa razão o recipiente não é completamente despejado, aderindo o conteúdo às paredes ou sofrendo uma contaminação por bactérias.

Da US 6,745,922 Bl é conhecido um recipiente para o fornecimento de bebidas, como seja, particularmente, a cerveja, o qual apresenta no seu interior um recipiente contendo gás sob pressão, o qual mantém constantemente o interior do recipiente a um nível desejado de pressão do C02. Independentemente dessa unidade de pressão está prevista uma torneira de batoque, que pode ser unida a uma conduta ascendente, a qual, por meio da pressão negativa de uma mola abre uma válvula, a fim de que a bebida seja fornecida à torneira através da conduta ascendente. A torneira tem de ser sujeita separadamente a manutenção, 2 isto é, deve ser limpa para ser reutilizada, porque de outro modo depositam-se e multiplicam-se sobre ela os germes. A DE 203 10 836 Ul descreve um dispositivo de tiragem para um grande recipiente destinado a bebidas que, entre o tubo ascendente e o dispositivo de torneira, apresenta um redutor de pressão, o qual se apresenta no mesmo invólucro que a torneira de batoque. A presente invenção estabeleceu para isso o objecto de construir um recipiente desse tipo, no qual é possivel uma colocação da torneira de batoque na respectiva borda superior da superfície cilíndrica, de modo que os copos possam ser cheios acima do nível do fundo do recipiente e no qual é garantida a manutenção de uma sobrepressão correcta do C02, em que o impedimento do contacto do conteúdo do recipiente com o ar ambiente está garantido e em que a torneira está integrada no recipiente. A obtenção deste objecto baseia-se num recipiente para cerveja com um cartucho de C02 instalado no seu interior, o qual pode ser introduzido a partir do exterior e a que se encontra ligado um mecanismo redutor da pressão com manutenção de uma pressão constante, bem como uma torneira de batoque colocada na borda superior do recipiente, a qual, no seu lado terminal, se encontra ligada a uma conduta ascendente e que apresenta um tubo exterior, no qual se encontra colocado de modo deslizante um tubo interior, em que o tubo exterior é retido de forma hermeticamente selada na superfície cilíndrica do recipiente. A conduta ascendente termina numa manga situada no lado terminal do tubo exterior, em que o tubo interior 3 apresenta uma embocadura que, na posição inserida da torneira, fecha a conduta ascendente e na cabeça do tubo interior se encontra uma abertura de saída bem como, no lado frontal, um botão com uma corrediça, em que a corrediça se encontra ligada a um cone, o qual estreita na direcção da cabeça do tubo interior e que assenta numa cavidade cónica unida ao tubo interior. Nas reivindicações subordinadas encontram-se formas de realização vantajosas. A particular vantagem da presente solução é constituída, para além dos efeitos positivos a seguir descritos, por a torneira de batoque poder ser, a partir de agora, colocada em cima e ser impedido o contacto com o ar.

Após a inserção do cartucho de C02 ou com a temperatura ambiente, o conteúdo do recipiente mantém-se sob uma pressão correspondentemente elevada. Anteriormente isso levava facilmente a falhas de vedação da torneira de batoque e por outro lado a cerveja saía com muita espuma, de modo que era preciso esperar muito tempo até que pudesse ser bebida.

Além disso a abundância de espuma actua negativamente sobre o sabor. A solução de acordo com a invenção produz, por meio do cone e da superfície cónica que encosta a este, uma superfície de vedação muito grande, em que a pressão do recipiente actua sobre a base do cone e veda este proporcionalmente à pressão, de modo que, com o recuo da torneira de batoque é atingida uma vedação melhorada. No entanto, ao mesmo tempo, o cone é empurrado para trás, através do accionamento da corrediça e proporciona a libertação de uma fenda cónica 4 relativamente alongada. A cerveja dilata-se cuidadosamente para dentro desta e penetra na abertura de saída da torneira sem produzir um excesso de espuma.

De uma forma particularmente simples a peça cónica é, para isso, uma peça de inserção introduzida no tubo interior, a qual não precisa basicamente de ser fixada em relação à pressão do recipiente que actua sobre ela.

Para isso, por exemplo, sob o efeito de uma espera, é feito de tal modo que a peça inserida ou o cone fiquem, quando não accionados, a uma pequena distância à frente da corrediça.

Complementarmente a corrediça pode apresentar um lábio de vedação, que, sem accionamento, encosta contra uma zona de recepção do tubo interior. A vedação de acordo com a invenção permite uma união muito simples da conduta ascendente à torneira de batoque. Ela é constituída pela manga terminal, na qual a embocadura com a sua superfície cilíndrica assenta, no estado de introduzida da torneira e cobrindo-a, na extremidade superior da conduta ascendente, sendo que de preferência a embocadura é fendida a fim de poder ser comprimida de forma flexível. 0 accionamento da corrediça ou do cone da válvula dá-se por meio de um botão, que pode também ser um mecanismo de alavanca, que após o deslizamento do cone para o interior, por exemplo apoiado por meio de uma mola, é de novo movimentado automaticamente, devido à pressão do recipiente na direcção de libertação, para a posição de partida. 5

Uma forma de realização preferida para o accionamento da torneira com a ajuda de um botão de borracha está descrita na patente acima referida, onde também se vê a fixação à parede de chapa do recipiente.

Um tipo de fixação semelhante pode também servir para a montagem do produtor de pressão com o cartucho de C02. Este está colocado numa perfuração do fundo superior embutido do recipiente, de modo que o cartucho pode ser introduzido a partir de cima e além disso ficar colocado de tal modo que se mantém a capacidade de empilhamento.

Numa primeira forma de realização está previsto que, logo na montagem da tampa da unidade de válvula e na sua junção, o invólucro de protecção do cartucho seja introduzido já com o cartucho de gás nele colocado. Neste caso o gás que sai para o exterior do cartucho infiltra-se até uma câmara de pressão, em que a pressão que aí se cria é utilizada, sendo essa câmara fechada por meio de uma válvula (com a forma de um válvula de redução), até que a unidade de válvula seja accionada. 0 accionamento dá-se a partir do exterior, de acordo com as necessidades, de tal modo que a referida válvula de vedação seja aberta contra a força da pressão do gás, de maneira que o gás, vindo da câmara de pressão, possa penetrar numa câmara de regulação da pressão. Um sistema de molas vela para que a relação entre as pressões em ambas as câmaras seja de tal modo equilibrada, que no interior da unidade de válvula seja estabelecida uma pressão de cerca de 1,0 a 1,5 bares. Ao ser atingida essa pressão, a válvula de redução volta a fechar-se. Se no interior da unidade de válvula reinar uma pressão superior à do espaço interior do recipiente que contém o liquido, o gás, saído da unidade de válvula, pode 6 penetrar no espaço interior do recipiente que contém o liquido. No entanto, caso a pressão no interior do recipiente com o liquido seja mais elevada do que na unidade de válvula, uma válvula de retorno impede que o liquido saia do espaço principal do recipiente para a câmara de regulação da pressão da unidade de válvula.

Alternativamente a inserção do cartucho a partir de cima pode ser efectuada no momento, mas então é necessária uma compensação da perda da pressão no recipiente, que contém a bebida. A inserção do cartucho acciona então, de preferência simultaneamente, uma activação da unidade de válvula e a colocação da válvula de vedação no equilíbrio de pressões acima referido. Também nesta forma de realização é possível prever-se uma válvula de retorno. Em vez dela ou complementarmente pode no entanto ser previsto, que a inserção do cartucho se dê por meio de um invólucro interno tipo bainha, cujo movimento de rotação conduz uma ponta de perfuração a ele ligada na direcção da embocadura do cartucho do gás. Neste caso a presença de um invólucro interior giratório no compartimento exterior da unidade de válvula pode ser utilizada para isso, de modo que apenas quando o cartucho do gás seja ou tenha sido introduzido, o gás possa sair da câmara de regulação da pressão, por exemplo apenas quando o movimento rotativo daquele faça coincidir aberturas presentes na parede lateral do invólucro interior com outras existentes no invólucro exterior da unidade válvula, de modo que o gás possa penetrar no espaço interior do recipiente. A unidade de válvula de acordo com a invenção pode ser hermeticamente fixada, de qualquer modo conveniente, numa abertura correspondente do recipiente para líquidos. Essa 7 abertura encontra-se, de preferência, colocada excentricamente na zona da tampa do recipiente para líquidos. A zona terminal superior do suporte da válvula da unidade de válvula pode, por exemplo, estar ligada a uma tampa de arejamento da válvula, que além da função de fixação e de vedação, possui meios de accionamento para transferir uma força para o interior da unidade de válvula, a qual abre, conforme acima referido, a válvula de vedação contra a pressão do gás, quando essa tampa de ventilação da válvula é utilizada em combinação com a primeira forma de realização da invenção acima referida. Além disso ela pode ainda estar munida de meios que permitam a inserção do cartucho de gás de acordo com a segunda forma de realização da invenção acima referida, logo depois de completa a montagem e do fecho do recipiente para líquidos. A tampa de ventilação da válvula pode possuir dimensões e superfícies de vedação/garras de trancamento de tal modo, que sirva como tampa de vedação para a unidade de válvula de acordo com a invenção, com a qual esta é fixada na abertura do recipiente para líquidos. Em vez da utilização de uma tampa de ventilação da válvula a unidade de válvula pode também ser directamente inserida na abertura do recipiente para líquidos com a ajuda de meios de vedação.

Em qualquer dos casos é vantajoso que a unidade de válvula de acordo com a invenção apresente pelo menos um sistema de segurança, com ajuda do qual possa ser reduzida uma pressão demasiado alta na câmara de regulação da pressão e ser expulsa para fora, para o ambiente do recipiente para líquidos. Este sistema pode, no caso da referida segunda forma de realização da invenção, retirar também o excesso 8 de pressão do recipiente para líquidos. Pode ser fornecida uma válvula de retorno, mas no entanto isso não é necessário. Facultativamente pode existir ainda um segundo sistema de segurança suplementar, que com problemas de vedação e na vizinhança imediata da ponta de inserção, retira uma indesejada sobrepressão dos espaços aí criados e a conduz para o exterior. A presente invenção é descrita em mais pormenor com a ajuda das Figuras anexas.

Nestas vêem-se:

Na Figura 1, em corte, o recipiente de acordo com a invenção e

Na Figura 2, como pormenor, a torneira de batoque.

Na Figura 1 está representado o referido recipiente 1, tendo no seu interior o cartucho de C0S 2, o qual se encontra no interior de um redutor de pressão 3. Este apresenta, conforme acima referido, um mecanismo de mola, que vela pela manutenção de uma pressão constante predeterminada no interior do recipiente. A inserção do cartucho de C02 2 dá-se a partir de cima, conforme é indicado pelo espigão 19.

Além disso situa-se no interior do recipiente uma conduta ascendente 6, a qual termina numa manga 9, que faz parte da torneira de batoque 5. Esta torneira de batoque é constituída por um tubo exterior 7 unido fixamente à parede do recipiente, o qual, no lado terminal, é portador da 9 manga 9 e por um tubo interior 8 instalado de modo deslizante.

No tubo interior 8 encontra-se um cone livremente móvel 15, o qual é pressionado, devido à pressão interior do recipiente 1, contra a cavidade cónica de recepção 15 de uma peça inserida 20 no tubo interior.

Diante do cone 15 encontra-se uma corrediça 14, a qual é sustida na cabeça 11 da torneira por um botão de borracha 13. Na parte de baixo da cabeça 11 da torneira 5 encontra-se a abertura de saida 12. O recipiente 1 é entregue aos clientes com a torneira na posição de fechada, em que o tubo interior 8 está completamente inserido no tubo exterior 7 e está preso pela sua embocadura 10 na manga 9 e por isso fecha a conduta ascendente 6, de modo que a torneira se encontre sem pressão. A abertura da conduta ascendente e do canal de passagem para a cerveja 21 dá-se através da extracção do tubo interior, com o que esse movimento suporta a corrente da bebida sobre pressão para dentro do canal 21.

De forma vantajosa a torneira 5 é fixada ao recipiente da maneira descrita na DE 198 35 569, podendo também ser utilizado o mecanismo giratório ai descrito para segurar e retirar a torneira.

Na posição de abertura mostrada da torneira 5 o orificio de saida 12 está duplamente vedado em relação ao canal de passagem da cerveja 21, como se pode ver na Figura 2. Aqui 10 a torneira encontra-se na posição fechada, isto é, o tubo interior 8 está inserido no tubo exterior 7. A embocadura 10 cobre aqui a extremidade superior da conduta ascendente 6 estando o canal para a cerveja 21 sem pressão. A abertura de saida 12 situa-se assim no interior do tubo exterior 7 e por isso encontra-se triplamente segura, uma vez por meio do trancamento da conduta ascendente 6, outra por meio do cone 15 que tranca o canal para a cerveja 21 contra a cavidade cónica 16 e dando-se o terceiro trancamento por intermédio do lábio de vedação 17 instalado na corrediça 14, o qual encosta contra uma inserção 18 do tubo interior 8. A corrediça 14 está unida a um botão de borracha flexível 13. Quando se pressiona o botão 13, a corrediça 14 desliza e pressiona o cone 15 para fora da sua cavidade cónica de recepção 16. Desse modo verifica-se o aparecimento de uma fenda entre as duas peças e a cerveja pode, na posição de abertura de acordo com a Figura 1, correr para fora, ao mesmo tempo que, desse modo, é reprimida uma indesejada formação de espuma. O canal para a cerveja 21 é continuado por uma dilatação 22 imediatamente a ele ligada. A torneira de batoque 5 está colocada próxima da borda superior 4 do recipiente 1, a extracção da torneira 5 é efectuada por meio das duas asas 23, através das quais o tubo interno 8 pode ser rodado e destrancado. 11

Lista de Referências 1 Recipiente para cerveja 2 Cartucho 3 Redutor de pressão 4 Borda superior 5 Torneira de batoque 6 Conduta ascendente 7 Tubo exterior 8 Tubo interior 9 Manga 10 Embocadura 11 Cabeça 12 Orificio de saida 13 Botão 14 Corrediça 15 Cone 16 Cavidade cónica 17 Lábio de vedação 18 Inserção 19 Espigão 20 Peça inserida 21 Canal para a cerveja 22 Dilatação 23 Asas

Lisboa, 17 de Março de 2010

Claims (4)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Recipiente para cerveja (1) com um cartucho de C02 (2) , que pode ser inserido a partir do exterior, ao qual se encontra unido um mecanismo redutor da pressão (3) com manutenção de uma pressão constante, bem como uma torneira de batoque (5) instalada na borda superior (4) do recipiente, com as seguintes caracteristicas: a) a torneira de batoque (5) está unida, no seu lado terminal, a uma conduta ascendente (6), b) a torneira de batoque apresenta um tubo exterior (7), no interior do qual se encontra colocado de forma deslizante um tubo interior (8), em que o tubo exterior é retido de forma estanque na parede cilíndrica do recipiente, c) a conduta ascendente (6) termina numa manga terminal (9) do tubo exterior, d) o tubo interior (8) apresenta uma embocadura (10) que, no estado de completamente inserida da torneira de batoque (5), fecha a conduta ascendente (6), e) na cabeça (11) do tubo interior (8) encontra-se uma abertura de saída (12), bem como, no lado frontal, um botão (13) com uma corrediça (14), em que f) a corrediça (14) se encontra unida a um cone (15), que estreita na direcção da cabeça (11) do tubo interior, o qual encosta numa cavidade cónica (16) ligada ao tubo interior (8). 2

2. Recipiente para cerveja de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado por a cavidade cónica (16) ser uma peça inserida separada (20) do tubo interior (8).

3. Recipiente para cerveja de acordo com a Reivindicação 1 ou 2, caracterizado por, na corrediça estar formado um lábio de vedação (17), o qual encosta contra uma inserção (18) do tubo interior (8).

4. Recipiente para cerveja de acordo com a Reivindicação 1 - 3, caracterizado por a torneira de batoque (5) poder ser accionada por meio de um botão de borracha. Lisboa, 17 de Março de 2010