PT1605126E - Dispositivo de fecho de portas - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

DISPOSITIVO DE FECHO DE PORTAS

Descrição da invenção

Esta invenção refere-se a um dispositivo de fecho de portas e mais particularmente a um dispositivo de fecho de portas do tipo que inclui uma unidade actuadora destinada a instalação oculta na espessura da porta, e a um elemento de ancoragem para fixação ao caixilho da porta, no qual é acoplado um elemento de operação ao elemento de ancoragem, que pode ser deslocado na unidade actuadora sob a acção de um aparelho de comando, incluindo geralmente uma ou mais molas mecânicas, e sob o controlo de um mecanismo de amortecimento, como um amortecedor hidráulico (geralmente, unidireccional), cujo objectivo é regular a velocidade de movimento da porta na direcção de fecho sem restringir significativamente a velocidade de movimento da porta na direcção de abertura.

Um dispositivo de fecho de portas é divulgado no nosso anterior pedido de patente europeia com o número EP-A-1159503, no qual, durante uma parte final do movimento de fecho da porta, é aplicado um impulso aumentado sobre a porta no intuito de se sobrepor à força de, por exemplo, um trinco de porta sob força de mola. Na referida proposta, descreve-se um mecanismo de impulso que inclui uma disposição de esferas e encaixes.

Descreve-se um mecanismo melhorado para se conseguir a aplicação de um maior impulso durante a parte final do movimento de fecho da porta no nosso último pedido de patente internacional com o número WO-A-02/063125. Nesta proposta, é fornecido um mecanismo de carnes, incluindo um entalhe e um seguidor do carne para aplicação do impulso aumentado. A 1 presente invenção representa um melhoramento em relação às nossas duas propostas anteriores.

De acordo com a invenção, fornecemos um dispositivo de fecho de portas em conformidade com a reivindicação 1.

Deste modo, em contraste com as nossas anteriores propostas nas quais se exercia uma força de impulso aumentado sobre o elemento de operação para fechar a porta na parte final do respectivo movimento até à posição fechada através de molas que actuam numa direcção geralmente paralela à direcção do movimento do elemento de operação, em conformidade com a presente invenção, pelo menos uma mola actua geralmente normalmente nesta direcção.

De preferência o ponto em que o dispositivo de impulso resiliente fica operacional para aplicar a força de impulso aumentada depende das posições relativas da posição de um carne e do seguidor do carne do dispositivo de impulso resiliente.

De preferência, pelo menos uma mola inclui uma mola de folhas que é fixa ou adjacente a uma extremidade relativamente a um apoio da unidade actuadora, e a mola transporta, ou está adjacente a uma extremidade oposta, o seguidor do carne que, quando o dispositivo de impulso está em funcionamento, segue e exerce uma força sobre um carne que se movimenta com o elemento de operação. 0 carne é fornecido no exterior de um suporte que se move com o elemento de operação, e quando o dispositivo de impulso está em funcionamento, a mola de folha exerce uma força geralmente radial na direcção do eixo ao longo do qual o suporte se desloca à medida que a porta é fechada pelo aparelho de comando. 0 seguidor do carne inclui um rolo para facilitar o respectivo movimento ao longo do carne. 2

Num exemplo, o suporte é fornecido por uma manga fixa relativamente ao elemento de operação, e a manga é recebida e pode ser deslizada ao longo de uma vareta que assim orienta o movimento do suporte, estando a vareta fixa em relação à montagem da unidade actuadora. A posição da manga na vareta onde a força de impulso aumentada se torna operacional pode ser regulável variando as posições relativas do elemento de operação e de um elemento de ancoragem da unidade de ancoragem. Por exemplo, a unidade de ancoragem pode incluir uma placa de montagem que é fixa relativamente ao caixilho da porta, e um elemento de ancoragem ao qual é fixa a ligação articulada, e é possível regular a posição do elemento de ancoragem relativamente à placa de montagem. Porém, é possível efectuar ajustes alternativos conforme pretendido.

Convém referir que o formato do carne é essencial para uma maior força de impulso de magnitude apropriada a ser exercida numa direcção adequada. De preferência, o carne estende-se a partir de um suporte ao longo do qual o seguidor do carne se pode mover durante o movimento do elemento de operação de modo diferente da respectiva parte definida da sua amplitude de movimento à medida que o elemento de operação se aproxima da posição retraída. 0 carne pode incluir uma superfície inclinada simples ao longo da qual o seguidor do carne se movimenta, sendo a força resultante aplicada por uma mola que actua transversalmente em relação à direcção do movimento do suporte, e a reacção da superfície inclinada realiza-se na direcção do movimento do elemento de operação para aplicar a força aumentada. 0 mecanismo do amortecedor pode ser um mecanismo de amortecedor accionado por fluido, incluindo um cilindro com fluido, uma biela que transporta um pistão que divide o cilindro em duas câmaras, e um dispositivo de restrição de fluxo para limitar o débito de fluido de uma das câmaras para 3 a outra pelo menos numa direcção do caudal do fluido em resposta ao movimento do elemento de operação para a posição retraída. Todavia, se for necessário, pode ser fornecido um mecanismo de amortecedor alternativo.

Nos casos em que o mecanismo do amortecedor é accionado por fluido, o dispositivo de restrição de fluxo pode incluir uma borboleta regulável que: inclui dois elementos combinados, restrição de fluxo de fluido imposta sobre o fluido por a borboleta ser variável através de um ajuste da posição relativa dos dois elementos da borboleta. Pode ser fornecido um elemento de regulação para permitir que a posição de um dos elementos da borboleta seja ajustada relativamente à outra de modo a variar a restrição de fluxo imposta pela borboleta sobre o fluido hidráulico.

Nas nossas propostas anteriores descritas nas patentes prévias identificadas acima, um dos elementos da borboleta ajustável era uma válvula de agulha, cuja posição é regulável em relação a uma sede de válvula que se incluía no outro elemento.

Para permitir ajustes mais rigorosos à restrição do fluxo de fluido do que já é possível com a estrutura actual, de preferência um dos elementos da borboleta regulável inclui um trajecto de fluido que restringe o fluxo de fluido, o comprimento do trajecto do fluxo do fluido, permitindo assim ajustar a restrição do fluxo de fluido. Por exemplo, o primeiro elemento pode incluir uma ranhura, tal como uma ranhura em espiral, que se estende à volta e ao longo de um eixo à volta do qual e ao longo do qual um dos elementos se move, através do elemento de ajuste, o outro dos dois elementos, incluindo uma porta com a qual uma parte desejada da ranhura é associada para proporcionar uma restrição de fluxo de fluido pretendida. Para permitir esse movimento do primeiro elemento da borboleta, o primeiro elemento pode incluir uma formação roscada externa que engata uma formação roscada interna numa passagem na qual pode ser integrado o dispositivo de restrição do fluxo, sendo que a passagem comunica com a primeira e a segunda câmaras do cilindro.

Quando fornecido, o elemento de ajuste pode ser acessível inserindo uma ferramenta axialmente numa abertura num apoio da extremidade da unidade actuadora no extremo da porta. 0 elemento de ajuste pode incluir uma formação tipo cabeça, na qual se pode engatar uma ferramenta para permitir que o primeiro elemento seja rodado e assim posicioná-lo em relação ao outro elemento, para ser ajustado.

Numa concepção preferencial, o dispositivo de fecho de portas inclui dois aparelhos de comando, e o dispositivo de impulso resiliente inclui duas molas, que actuam numa direcção transversal à direcção do movimento do elemento de operação, e de preferência em direcções mutuamente opostas, p. ex., na direcção uma da outra, no intuito de aplicar a força de impulso aumentada sobre o elemento de operação. Deste modo, as duas molas do dispositivo de impulso resiliente podem ambas ter seguidores do carne, que podem actuar sobre um carne comum, onde o carne integra externamente um suporte que se desloca com o elemento de operação. A estrutura do aparelho de comando e do dispositivo de impulso resiliente pode portanto ser disposta simetricamente sobre um eixo ao longo do qual o suporte do elemento de operação se desloca quando a porta é aberta e fechada. Todavia, são possíveis estruturas assimétricas.

De seguida, descreve-se a invenção através de concepções que incluem referências aos desenhos que acompanham o texto, dos quais: A FIGURA 1 é uma vista transversal lateral de uma concepção de um dispositivo de fecho de portas em conformidade com a presente invenção, que ilustra as posições dos componentes do dispositivo de fecho de portas quando a porta está nas posições fechada (na parte superior da figura) e aberta (na parte inferior da figura); A FIGURA 2 é uma vista transversal de uma unidade actuadora do dispositivo de fecho de portas da figura 1 na direcção da seta II-II da Figura 1, A FIGURA 3 é uma vista transversal horizontal da linha B-B da Figura 2 de parte do dispositivo de fecho de portas, ilustrando detalhes adicionais não vistos na figura 1, A FIGURA 4 é uma vista ampliada do dispositivo de fecho de portas ilustrado na figura, mas mais detalhada. 0 dispositivo de fecho de portas 1 ilustrado nas figuras inclui uma unidade de ancoragem 10, que durante a respectiva utilização,, fica montada em ou sobre um caixilho de porta numa extremidade do mesmo virado para uma extremidade da porta com dobradiças no caixilho, e uma unidade actuadora 30 que é montada, que durante a respectiva utilização, fica montada dentro da espessura da porta. A unidade de ancoragem 10 inclui uma placa de montagem II que é fixa relativamente ao caixilho, e um elemento de ancoragem regulável 12 que neste exemplo é uma placa separada a uma distância ajustável desde a placa de montagem 11 do lado afastado da porta. Um parafuso regulável 13 é inserido num orifício roscado 14 formado no elemento de ancoragem 12, e uma parte da cabeça ranhurada 15 do parafuso 13 é encostada à placa de montagem 11 e localizada num orifício central 16 formado na placa de montagem 11. Compreende-se que, através da rotação do parafuso 13 o espaçamento entre o elemento de ancoragem 12 e a placa de montagem 11 pode ser alterado para os fins seguidamente descritos. 6 A placa de montagem 11 também é formada por duas aberturas 17 perto das respectivas extremidades e o elemento de ancoragem 12 é formado por duas aberturas 18 alinhadas com as aberturas 17. 0 elemento de ancoragem 12 é acoplado a uma extremidade de duas ligações que incluem cada ligações articuladas 20, através de cavilhas transversais 21 que são acomodadas na espessura do elemento de ancoragem 12, e as outras extremidades das ligações 20 são acopladas a um elemento transversal 35 de um elemento de operação 22 da unidade actuadora 30 para um fim seguidamente descrito. A unidade actuadora 30 tem as dimensões adequadas para caber na espessura da porta e, para tal, dispõe de um invólucro 23 que inclui um elemento de instalação na extremidade 24 que , quando utilizado, se localiza na extremidade da portam e o elemento da montagem na extremidade 24 tem aberturas 25 que se alinham com as aberturas 17 da placa de montagem da unidade de ancoragem 11, e flanges que se estendem para o exterior 26 que têm aberturas para receberem parafusos de fixação 27 para fixação da unidade actuadora 30.

Com o invólucro 23 da unidade actuadora 30 é fornecida uma vareta 31 que tem uma extremidade roscada que é recebida num orifício roscado do elemento de montagem na extremidade 24, um eixo central A da haste 31 que coincide neste exemplo, com um eixo de simetria da unidade actuadora 30. O elemento de operação 22 inclui um par de veios paralelos 32 que se estendem geralmente em paralelo à vareta 31, aos veios paralelos 32, cada um acoplado a uma ligação articulada respectiva 20 numa ligação articulada 33, e cada ligação 20 inclui duas secções ligadas em 34, para que a articulação possa existir entre as secções da ligação 20, e as ligações 20 e os veios 32 quando a porta é aberta e fechada. 7 0 elemento de operação 22 inclui ainda, nas outras extremidades dos veios 32, o elemento cruzado 35 ao qual cada um dos veios 32 é ligado por uma 5 cavilha transversal 36 que é recebida na espessura do elemento cruzado 35. 0 elemento cruzado 35 também transporta uma manga 38 que o recebe no seu interior, conforme se descreve de seguida, a vareta 31, e o elemento cruzado 35 inclui ainda uma abertura 37 através da qual a vareta 31 se estende, tal como o elemento de operação 22 e a manga 38 transportada pelo mesmo, desloca-se no invólucro 23 na direcção do eixo A, quando a porta é aberta e fechada. 0 elemento de operação 22 é desviado para o interior do invólucro 23 para uma posição retraida ou de "porta fechada" ilustrada na parte superior da figura 1, sob a força de um dispositivo de comando resiliente disponibilizado por duas molas de comando 45. As molas 45 estendem-se entre o elemento cruzado 35 e a extremidade do elemento de montagem 24 e são ambas recebidas are numa manga flutuante 40 recebida num veio 32 do elemento de operação 22. No exemplo ilustrado, a manga 40 também recebe uma parte da ligação articulada 20, pelo menos quando a ligação 20 é totalmente retraida para o invólucro 23 conforme se ilustra na parte de cima da figura 1. Na concepção ilustrada, as molas de comando 45 são ambas fornecidas por um par de molas helicoidais que podem ser enroladas em sentidos opostos e separadas por uma flange 41 da respectiva manga flutuante 40, de modo a que a força resiliente aplicada sobre o elemento de operação 22 para retrair as ligações articuladas 20 seja normalizada ao longo de todo o leque de movimento do elemento de operação 22.

Tal como será evidente, as molas de comando 45, quando comprimidas, actuam sobre o elemento cruzado 35 para accionar este último para o interior da unidade actuadora 30 (ou seja, para a direita, conforme se ilustra na figura 1) para a 8 posição retraída e para puxar os veios 32 e as ligações associadas 20 para o interior do invólucro 23 de modo a que a placa de montagem 11 da unidade de ancoragem 10 seja elevada até à extremidade do elemento de montagem 24 da unidade actuadora 30, fazendo assim com que a porta fique na posição fechada.

Quando a porta é aberta, conforme se ilustra na parte inferior da figura 1, os veios 32 e o elemento cruzado 35 do elemento de operação 22 são extraídos para o exterior (ou seja, para a esquerda), fazendo assim com que as molas de comando 45 sejam mais comprimidas. Quando a porta é libertada da posição de "porta aberta", as molas de comando 45 actuam de modo a colocar o elemento cruzado 35 e os veios 32 nas posições iniciais, colocando deste modo a porta novamente na posição fechada relativamente ao caixilho. A unidade actuadora 30 inclui ainda um mecanismo de amortecedor 50 para regular a velocidade de fecho da porta sob a acção das molas de comando 45. O mecanismo de amortecedor 50, conforme melhor ilustrado na figura 3, inclui um pistão fixo 51 constituído pela vareta 31 numa posição intermédia em relação às suas extremidades, e um cilindro 52 proporcionado pela manga 38 transportado pelo elemento de operação 22. O cilindro 52 contém um fluido, de preferência fluido hidráulico. O cilindro 52 tem na extremidade mais próxima o elemento cruzado 35, um vedante 53 que se desloca ao longo da vareta 31 com o cilindro 52 e contém o fluido numa câmara interior 65 do cilindro 52 entre o vedante 53 e o pistão 51. Na outra extremidade do cilindro 52, existe outro vedante 54 que se desloca ao longo da vareta 31 com o cilindro 52 e contém o fluido numa câmara exterior 66 do cilindro 52 entre o vedante 54 e o pistão 51. 9 0 pistão 51 é anular e inclui uma cabeça de pistão 57 e um vedante 58 que proporciona vedação entre o pistão 51 e cada cilindro 52 e a vareta 31, à medida que o cilindro 52 se desloca ao longo da vareta 31. 0 pistão 51 é fixo à vareta 31 por duas cavilhas 57a, 57b. Assim, o pistão 51 divide o cilindro 52 em câmaras internas e externas 65, 66. 0 pistão 51 inclui um anel de apoio R para apoiar melhor o vedante 58. É disponibilizada uma primeira passagem de fluido 70 geralmente paralela à vareta 31 numa parede do cilindro 52 para permitir a passagem de fluido da câmara exterior 66 para a câmara interior 65 de uma maneira controlada, à medida que a porta e deslocada para a posição fechada pelo aparelho de comando resiliente disponibilizado pela mola 45. Tal é ilustrado na parte superior da figura 3. A primeira passagem de fluido 70 inclui uma borboleta regulável 71 (ver a figura 4) que restringe o fluxo de fluido ao longo da primeira passagem de fluido 70, a extensão do trajecto de fluido através da borboleta 71, e assim permitindo a regulação da restrição do fluxo de fluido.

Neste exemplo, a borboleta 71 integra um elemento de borboleta 72 que inclui uma ranhura, por exemplo em espiral 73 (ver a figura 4 onde este detalhe é melhor ilustrado), ranhura essa 73 que se estende à volta e ao longo do eixo B da primeira passagem de fluido 70 à volta da qual e ao longo da qual o elemento da borboleta 72 se desloca através de um elemento de regulação 81. O elemento da borboleta 72 pode ser deslocado relativamente a uma porta 74 para a qual o fluido da câmara exterior 66 pode fluir através de uma passagem de ligação transversal 75, com cuja porta 74 pode ser levada para registo uma parte desejada da ranhura 73 para alterar a extensão da ranhura 73 ao longo da qual o fluido é limitado para fluir da porta 74 para a parte exterior do elemento da borboleta 72 e assim para a câmara interior 65 do cilindro 52 10 através de outra passagem de ligação transversal 76, para proporcionar uma restrição de fluxo do fluido necessária e assim um fluxo de fluido controlado.

Para permitir que a posição do elemento da borboleta 72 seja ajustada, o elemento da borboleta 72 inclui uma formação roscada externa que engata numa formação roscada interna correspondente 77 na primeira passagem de fluxo de fluido 70. 0 elemento de ajuste 81 tem uma formação de cabeça integral 78 que inclui um entalhe 79 ou outra formação com a qual uma ferramenta, tal como uma chave de fendas, pode ser inserida, inserindo a ferramenta por uma abertura 80 (ver a figura 1) na extremidade do elemento de montagem 24.

Uma segunda passagem de fluido 82 geralmente paralela à vareta 31 é disponibilizada na parede do cilindro 52 também, para permitir a passagem de fluido desde a câmara interna 65 para a câmara externa 66, à medida que a porta é movida para a posição aberta, sendo o referido fluido substancialmente desimpedido.

Tal como se pode ver na parte inferior da figura 3, a segunda passagem de fluxo de fluido 82 comunica com cada uma das câmaras interna e externa 65, 66 através da respectiva passagem de ligação transversal 83, 85, mas no interior da segunda passagem de fluxo de fluido 82 é disponibilizada uma válvula unidireccional 84. Neste exemplo, inclui-se um elemento de válvula esférica sob força de mola 88 que é aplicada contra uma sede 89, de modo que o elemento da válvula 88 impede que o fluxo de fluido passe da passagem externa para a interna 66, 65 à medida que a porta é fechada, mas é levantada da sede 89 em resposta à pressão do fluido à medida que o fluido flui da câmara interna para a externa 65, 66 à medida que a porta é aberta. 11

Deste modo, o fluido pode fluir livremente da câmara interna 65 para a câmara externa 66 através da segunda passagem de fluxo de fluido 82 e a porta pode ser aberta livremente. Porém, em resposta ao movimento da porta para a respectiva posição fechada, o fluxo de fluido da câmara externa para a interna 66, 65 através da primeira passagem de fluxo de fluido 70 é permitido de uma maneira controlada através da borboleta 71. Qualquer fluxo de fluido da câmara interna para a externa 65, 66 através da borboleta 71 durante a abertura da porta não tem consequências. O dispositivo de fecho de portas 1 inclui ainda um dispositivo de impulso resiliente 90 para exercer uma força de impulso aumentada no elemento de operação 22 sobre uma parte definida da respectiva amplitude de movimento à medida que o elemento de operação 22 se aproxima da posição retraída, correspondendo ao movimento da porta numa parte final do respectivo movimento para a posição fechada. O dispositivo de impulso 90 inclui duas molas, neste exemplo, molas de folha 92, que actuam numa direcção geralmente normal na direcção do movimento do elemento de operação 22 que se desloca ao longo do eixo A. Podem ser fornecidas em alternativa outras disposições de mola que actuam nesta direcção.

As molas de folha 92 são ambas fixas pelas, ou pelo menos próximas das próprias extremidades relativamente ao elemento de montagem da extremidade 24 da unidade actuadora 30, e cada uma 25 integra ou tem adjacente às extremidades opostas um seguidor de carne que integra um roleto 94 que é fixo relativamente à mola de folha 92 por um fixador 95.

As molas de folha 92 são instaladas de ambos os lados da vareta 31, e são configuradas para exercerem uma força resiliente geralmente radial para o interior da vareta 31. 12 É fornecido um came 96 que os seguidores de came 94 seguem durante a parte final do movimento da porta para a sua posição fechada. Neste exemplo, o came 96 é convenientemente transportado por um suporte de came disponibilizado pela manga deslizante 38 que também disponibiliza o cilindro 52 da unidade do amortecedor 50, numa superfície externa da manga 38. 0 formato do came 96 determinará a força resultante da força geralmente radial para o interior exercida pelas molas de folha 92 que actuam sobre o came 96, sendo o formato do came 96 tal que a força resultante actua numa direcção geralmente ao longo do eixo da vareta 31 para aumentar a força de comando disponibilizada pelo aparelho de comando e pelas molas de comando 45. Na sua forma mais simples, o came 96 pode ser uma superfície com uma inclinação de aproximadamente 45° para o eixo A da vareta 31, mas de preferência o came 96 tem uma forma mais complexa concebida para permitir um impulso aumentado máximo a ser aplicado inicialmente à medida que os seguidores 94 seguem uma parte inicial do came 96 cuja parte inicial do came 96 pode corresponder a uma posição da porta em que o trinco da porta de um mecanismo de fecho com mola engata primeiro a fechadura à medida que a porta fecha, e em cuja posição uma força de mola do mecanismo de trinco tem de ser ultrapassada. A posição da manga 38 na vareta 31, onde a força de impulso aumentada se torna operacional, ou seja, o ponto em que o dispositivo de impulso resiliente se torna operacional para aplicar a força de impulso aumentada para aumentar a força exercida sobre o elemento de operação 22 para fechar a porta, ao longo de uma amplitude definida de movimento de fecho, pode ser regulável alterando as posições relativas do elemento de operação 22 e o elemento de ancoragem 12 da unidade de ancoragem 10. Tal consegue-se conforme previamente 13 descrito regulando a posição do elemento de ancoragem 12 relativamente à placa de montagem 11 rodando o parafuso de ajuste 13, de modo a ajustar a posição do elemento de operação 22 relativamente ao elemento de ancoragem 12.

Deste modo, o efeito do dispositivo de impulso 90 consiste em disponibilizar uma força de fecho adicional durante a fase final da operação de fecho da porta, ultrapassando assim qualquer resistência ao fecho da porta que possa, por exemplo, ser imposta por um mecanismo de trinco que funcione entre a porta e o caixilho da porta. O dispositivo de impulso 90 também mantém uma força de ímpeto no elemento de operação 22 para ajudar a manter a porta fechada.

Deste modo, o elemento de ancoragem regulável 12 permite alterar o ponto em que o dispositivo de impulso 90 entra em funcionamento. A regulação do elemento de ancoragem 12 relativamente à placa de montagem 11 da unidade de ancoragem 10 altera a posição angular da porta em que o seguidor de carne 94 engata no carne 96.

Durante o fecho da porta, antes do ponto em que os seguidores de carne 94 engatam no carne 96, os seguidores de carne 94 podem estar montados sobre uma superfície de apoio 100 sem exercerem qualquer força de accionamento acrescida relativamente à força exercida pelo aparelho de comando, ou seja, as molas de comando 45.

Geralmente, a amplitude de fecho da porta a que a força de comando aumentada é aplicada é entre 0o e aproximadamente 7o da abertura, mas pode ser até 15° da abertura. Deste modo, num extremo, o dispositivo de impulso 90 pode ser tornado ineficaz à medida que os seguidores de carne 94 se encontram sobre a superfície de apoio 100, enquanto a amplitude do movimento angular sobre o qual o dispositivo de impulso 90 é 14 eficaz, pode ser definido, p. ex., até aproximadamente 7o de acordo com a geometria precisa adoptada. A regulação do mecanismo de amortecedor 50, através da regulação da borboleta 71, torna possivel disponibilizar um fecho controlado mesmo quando a força aumentada é exercida pelo dispositivo de impulso 90. Quando a restrição de fluxo é definida para um minimo, ou uma acção "macia", onde é disponibilizada uma restrição mínima de fluxo de fluido da câmara externa 66 para a câmara interna 65, ou seja, o elemento da borboleta 72 é posicionado para fora de modo a proporcionar um curto trajecto de fluxo restringido ao longo da ranhura 73, a força de comando aumentada exercida pelo dispositivo de impulso 90 pode ser aplicada durante um curto período, enquanto que quando a restrição de fluxo é definida para um máximo, onde a restrição máxima ao fluxo de fluido a partir da câmara externa 66 para a câmara interna 65 é fornecida, ou seja, o elemento da borboleta 72 é posicionado para o interior de modo a disponibilizar um longo trajecto de fluxo ao longo da ranhura 73, a força aumentada exercida pelo dispositivo de impulso 90 pode ser aplicada durante mais tempo.

Deste modo, o dispositivo de fecho de portas 1 conforme descrito é totalmente regulável relativamente à amplitude seleccionada de movimento angular ao longo do qual a força de fecho aumentada é aplicada, e relativamente ao nível de amortecimento aplicado, sendo particularmente compacto para que possa ser instalado numa porta sem comprometer a resistência da porta ao fogo. É possível efectuar várias modificações sem afastamento do âmbito do conjunto de reivindicações em anexo. Por exemplo, nas concepções descritas, o elemento de operaçao 22 foi disponibilizado por um par de veios 42 dispostos simetricamente ao longo do eixo A, mas noutro exemplo, pode 15 ser disponibilizado apenas um veio e consequentemente uma única mola de comando 45 (que pode incluir uma ou mais molas helicoidais) e uma ligação articulada 20.

Se desejado, quaisquer elementos dos vários componentes que se engatem entre si podem ser revestidos com um material com reduzido coeficiente de atrito (por exemplo, PTFE) para reduzir problemas de desgaste na medida do possível e maximizar a força aumentada aplicada pelo comando de impulso.

Lisboa, 18 de Junho de 2012. 16

Claims (8)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Um aparelho de fecho de portas (1) incluindo uma unidade de ancoragem (10) para instalação num caixilho de porta, uma unidade actuadora (30) com um invólucro (23) para instalação na espessura de uma porta com articulações para movimento entre as posições aberta e fechada relativamente ao caixilho da porta, a unidade actuadora (30) incluindo um elemento de operação (22) acoplado a uma ligação (20) à unidade de ancoragem (10) e instalado para uma amplitude de movimentos entre uma posição retraída em que a unidade de ancoragem (10) é mantida adjacente à unidade actuadora (30) e uma posição estendida em que a unidade de ancoragem (10) está espaçada em relação à unidade actuadora (30), um aparelho de comando resiliente (45) disposto para exercer uma força de comando sobre o elemento de operação (22) para comandar o elemento de operação (22) para a posição retraída e assim extrair a unidade de ancoragem (10) e a unidade actuadora (30) em conjunto de modo a que, quando instalado, o aparelho de fecho de portas (1) actue de modo a puxar a porta para a posição fechada relativamente ao caixilho, um mecanismo de amortecedor (50) operacionalmente ligado ao elemento de operação (22) de modo a amortecer o movimento do elemento de operação (22) pelo menos numa direcção para a posição retraída à medida que a porta é fechada pelo aparelho de comando (45), um dispositivo de impulso resiliente (90) disposto de modo a exercer uma força de comando aumentada no elemento de operação (22) sobre uma parte definida da sua amplitude de movimento à medida que o elemento de operação (22) se aproxima da posição retraída, correspondendo ao movimento da porta numa parte final do respectivo movimento para a posição fechada, e onde o dispositivo de impulso 1 menos uma mola (92) resiliente (90) inclui pelo caracterizada pelo facto de pelo menos uma mola (92) actua numa direcção geralmente normal para o interior na direcção do movimento do elemento de operação (22), para aplicar uma força de comando aumentada sobre o elemento de operação (22), a mola (92) que é fixa ou está adjacente a uma extremidade relativa à montagem da unidade actuadora (30), e a mola (92) que transporta ou está adjacente a uma extremidade oposta, um seguidor de carne (94) que, quando o dispositivo de impulso (90) está operacional, segue e exerce força sobre um carne (96) que se desloca com o elemento de operação (22), e o carne (96) é fornecido no exterior de um suporte (38) que se desloca com o elemento de operação (22), e quando o dispositivo de impulso (90) está operacional, a mola (92) exerce uma força geralmente radial na direcção de um eixo (A) ao longo do qual um suporte (38) se desloca enquanto a porta é fechada pelo aparelho de comando destinatário (45).
2. 2. Um dispositivo de fecho de acordo com a reivindicação 1 caracteriza-se pelo facto de que a mola inclui pelo menos (92) uma mola de folha.
3. 3. Um dispositivo de fecho de acordo com a reivindicação 2 caracteriza-se pelo facto de o carne (96) se estender de uma parte de suporte (38) ao longo da qual o seguidor do carne (94) se desloca durante o movimento do elemento de operação (22) e não ao longo da parte definida da respectiva amplitude de movimento à medida que o elemento de operação (22) se aproxima da posição retraída.
4. 4. Um dispositivo de fecho de acordo com a reivindicação 2 caracteriza-se pelo facto de o carne (96) incluir uma superfície inclinada ao longo da qual o seguidor do carne (94) se desloca, e a força resultante aplicada pela mola (92) actua transversalmente na direcção do movimento do suporte (38), e a reacção da superfície inclinada (98) é na direcção do movimento do elemento de operação (22) para aplicar a força aumentada.
5. 5. Um dispositivo de fecho de acordo com as reivindicações anteriores caracteriza-se pelo de facto de um mecanismo amortecedor (50) consiste num mecanismo amortecedor accionado por fluido incluindo um cilindro (52) que contém fluido, uma biela (31) que transporta um pistão (51) que divide o cilindro (52) em duas câmaras, e um dispositivo de restrição do fluxo (71) para limitar a velocidade do fluxo do fluido de uma das câmaras para a outra pelo menos numa direcção do fluxo do fluido em resposta ao movimento do elemento de operação (22) para a posição retraída, e o dispositivo de restrição do fluxo inclui uma borboleta regulável que inclui dois elementos (72, 73) combinados, restrição de fluxo do fluido imposta ao fluido através da borboleta (71) sendo variável pela regulação de posição relativa dos dois elementos da borboleta (72, 73).
6. 6. Um dispositivo de fecho de acordo com a reivindicação 5 caracteriza-se pelo facto de um elemento que tem no mínimo uma ranhura em espiral (73) que se estende em redor e ao longo de um eixo (B) à volta do qual e ao longo do qual o um elemento (72) se pode deslocar, o outro (72) dos dois elementos incluindo um orifício (74) com a qual uma parte desejada da ranhura (73) é associada para proporcionar uma restrição do fluxo de fluido.
7. 7. Um dispositivo de fecho de acordo com a reivindicação 6 caracteriza-se pelo facto de o elemento um (72) incluir uma formação roscada externa que engata numa formação roscada interna (77) numa passagem (70) na qual é integrado o dispositivo de restrição de fluxo, e a passagem (70) comunica com a primeira e a segunda câmaras do cilindro (52), havendo um elemento de regulação (78) 3 que pode ser acedido inserindo uma ferramenta axialmente numa abertura numa montagem na extremidade da unidade actuadora (30) na extremidade da porta, e o elemento de regulação (78) inclui uma formação de cabeça (79), com a qual a ferramenta pode ser engatada para permitir que o elemento um (72) seja rodado e assim posicionado relativamente ao outro elemento (73), para ser regulado.
8. 8. Uma concepção de porta que inclui um caixilho, uma porta montada no caixilho, e um dispositivo de fecho de portas de acordo com qualquer das reivindicações anteriores. Lisboa, 18 de Junho de 2012. 4