PT1367199E - Fechadura automática - Google Patents
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Description
Proc. 4377
DESCRIÇÃO
FECHADURA AUTOMÁTICA
OBJECTO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a uma fechadura automática de funcionamento mecânico que, quando a porta é fechada, mantém a(s) linqueta(s), assim como o trinco, introduzidos na armação sem necessidade de utilização de uma chave.
Uma das caracteristicas desta fechadura consiste na existência de um botão de pressão na face interior que permite a abertura tanto da lingueta como do trinco, bastando, para isso, premir o referido botão.
Uma outra caracteristica consiste na abertura de todos os elementos de fixação a partir do exterior rodando a chave num quarto de volta.
Esta fechadura permite a integração de mecanismos de abertura à distância.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
As fechaduras automáticas são conhecidas pela sua aplicação em portas de emergência, como as apresentadas na patente ES 2 006 126, na qual é descrito um mecanismo que actua sobre linguetas secundárias através de saídas verticais independentes, sendo a abertura efectuada através de um puxador e dispondo igualmente de uma chave.
Esta fechadura é especialmente concebida como um sistema de abertura de emergência no qual as linguetas são imediatamente libertadas quando a porta é aberta através da manipulação do puxador.
Também são conhecidas e habitualmente utilizadas as fechaduras que dispõem de um sistema de chave que, uma vez dadas as voltas necessárias, destranca a porta soltando as linguetas e, na última fase, soltando o trinco. A presente invenção compreende uma fechadura automática baseada numa disposição especial de molas, braços oscilantes e dispositivos de desbloqueio que permitem trancar e porta e, consequentemente, alojar as linguetas na armação de forma automática sem usar a chave, e que, ao abrir, é destrancada apenas com o premir de um botão de pressão ou, na falta deste, rodando a chave 450.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO A invenção aqui proposta consiste numa fechadura automática que permite trancar a porta onde se encontra instalada através da deslocação e libertação de uma ou mais linguetas, empurradas por molas comprimidas pelo trinco quando a porta é fechada.
Neste processo de fecho e bloqueio não intervem, nem a chave nem o accionamento de um puxador. À semelhança do que sucede com a abertura, o fecho da porta é efectuado com outro conjunto de molas previamente tensionadas, para que, com o simples premir de um botão de pressão a partir do interior, estas 2 destranquem a porta, libertando as linguetas e o trinco.
As caracteristicas mais notáveis deste mecanismo assentam no facto de não ser necessária a alimentação de energia exterior sob a forma de uma fonte eléctrica, pneumática ou hidráulica, uma vez que a energia necessária para o seu funcionamento é obtida através da pressão exercida pela armação sobre o trinco durante a abertura e o fecho da porta: uma parte da energia obtida com o fecho da porta é utilizada para deslocar a(s) lingueta(s) e o trinco, enquanto outra parte é armazenada num conjunto de molas a utilizar posteriormente no processo de abertura; a energia obtida com a abertura da porta é utilizada para fazer o trinco retrair-se e retomar a sua posição inicial.
Além disso, esta fechadura pode ser accionada por qualquer tipo de chave, quer convencional, quer de cartão electrónico, ou através de um sinal remoto, caso em que estes dispositivos electrónicos adicionais seriam os únicos elementos a requerer energia eléctrica. A integração de um sistema de funcionamento remoto faz sentido, por exemplo, no caso de portões de acesso a complexos habitacionais, em que, para além de ter acesso directo, é possível dispor de um sistema de abertura remoto através de um comando à distância ou a partir de cada habitação.
Dependendo de cada caso individual, é possível substituir o botão de pressão por um relé ou instalar ambos os mecanismos.
Deverá ser suficiente configurar a presente invenção num tamanho adequado que permita a sua instalação em 3 vários tipos de portas, por exemplo portas de casas, cofres, e outras. 0 principio de funcionamento essencial desta fechadura consiste em tirar partido da energia aplicada sobre o painel da porta quando esta é fechada e armazenar a energia obtida em diversas molas que actuarão para deslocar as linguetas de forma automática.
Parte desta energia deverá também ser utilizada para abrir a porta, desbloqueando as linguetas e soltando o trinco.
Uma vez libertadas as linguetas e o trinco, este último tem capacidade para rodar, de forma a que o impulso exercido sobre o painel da porta para a abertura resulte no armazenamento de uma quantidade de energia noutras molas que deverão permitir a execução das operações de bloqueio e desbloqueio da porta. A descrição dos vários mecanismos que compõem e accionam esta fechadura está dividida em duas secções que correspondem a duas operações: a de fecho e a de abertura.
Operação de fecho.
Tanto nesta descrição como nas formas de execução preferenciais da invenção, foram incluídos um trinco e uma lingueta única, salvaguardando, no entanto, o facto de uma maior quantidade de linguetas não alterar a natureza da invenção.
Tanto a lingueta como o trinco são alojados na armação da porta, de forma a permitir o bloqueio após o 4 fecho, ou seja, sempre que o painel se desloque para assumir a posição angular que coincide com a armação.
Visto o trinco apresentar uma face obliqua em relação à armação, esta última é empurrada para dentro quando o trinco entra em contacto com a armação durante o fecho, uma vez que o deslocamento linear é a única margem de liberdade de que dispõe.
Durante o seu deslocamento linear, transporta consigo um impulsor que assenta num ponto intermédio de um braço rotativo.
Este braço, articulado numa extremidade, tem a extremidade oposta fixa numa mola que faz com que a mola seja tensionada durante o movimento de rotação induzido pelo impulsor unido ao trinco.
Além disso, este braço dispõe, num ponto situado entre o impulsor e a extremidade unida à mola, de uma saliência de apoio que passa sobre um braço oscilante instalado na lingueta.
Este braço oscilante encontra-se numa posição inclinada por efeito de uma mola, cuja cavilha de eixo é perpendicular à base da caixa da fechadura.
Desta forma, a saliência do braço passa sobre o braço oscilante, que oscila na sua cavilha de eixo para permitir esta acção, vencendo a compressão da respectiva mola.
Assim que o trinco é posicionado do lado oposto ao do respectivo alojamento na armação, deixa de ter apoio e, através do efeito da força da mola que acabou de ser tensionada, é empurrado no sentido do alojamento. 5
Durante esta deslocação, empurrado pelo braço fixado à mola, volta a ter apoio sobre o braço oscilante, mas, desta vez, a inclinação não é favorável ao sentido de deslocação do braço, razão pela qual, em vez de passar sobre o braço, assenta no mesmo, puxando a lingueta que irá trancar a porta.
Uma vez que a lingueta tem um movimento linear e que o impulsor unido ao braço descreve um arco de círculo, a lingueta não é empurrada em todo o seu percurso; contudo, por inércia, a lingueta prossegue a sua deslocação até ao fim do curso.
Durante a sua deslocação, a lingueta tensiona uma segunda mola de menor tensão.
Através de uma mola, um segundo braço oscilante exerce força com a sua extremidade sobre uma face lateral da lingueta e, uma vez que a lingueta possui uma protuberância que ultrapassa a posição do braço oscilante quando atinge o fim do seu percurso, o retorno da lingueta é impedido enquanto a segunda mola é mantida sob tensão.
Após esta sequência de movimentos, tanto a lingueta como o trinco bloqueiam a porta, terminando assim a operação de fecho e bloqueio da mesma.
Abertura da porta. A abertura da porta tanto pode ser efectuada a partir do interior como do exterior.
Na parte interior, a porta possui um botão de 6 pressão e, na parte exterior, é possível utilizar uma chave que só requer um quarto de volta.
Qualquer dos dois mecanismos actua sobre o mesmo braço oscilante, o braço oscilante que retem o trinco no respectivo alojamento.
Quando o botão de pressão é accionado ou a chave é rodada, a extremidade de apoio do braço oscilante na protuberância da lingueta é removida, de modo a que a mola que foi tensionada puxe a lingueta para a sua posição interior.
Além disso, a outra extremidade do braço oscilante actua sobre o trinco para permitir a abertura da porta. 0 trinco, que tem sido referido como tendo apenas um movimento linear, também se pode encontrar numa posição superior para rodar em relação a um eixo descentrado junto à face oposta ao plano oblíquo exterior.
Até este momento, a rotação tem sido impedida por uma saliência situada na face oposta à da cavilha de eixo que encaixa no entalhe de uma placa.
Esta placa compõe o braço de um braço oscilante que, por sua vez, está unido ao braço oscilante que libertou a lingueta.
Através da união com este outro braço oscilante, dá-se a libertação, não só da lingueta, mas também da saliência do trinco alojada no entalhe da placa.
Uma das molas que exerce força sobre o trinco roda-a 7 parcialmente, pelo que a saliência deixa de estar oposta ao entalhe em que estava alojada; além disso, o trinco vai assentar numa segunda mola que impede a sua rotação.
Quando o painel da porta é empurrado, o trinco deve sair da armação, o que acontece através de um movimento de rotação que obriga a comprimir a mola que estava a impedir a rotação.
Deste modo, é acumulada energia suficiente para que, assim que o trinco sai da armação, a mola possa soltar o trinco, recuperando a tensão na primeira mola que o rodou parcialmente, sendo que a saliência é novamente alojada na placa para que o trinco possa deslocar-se apenas linearmente, permitindo assim o próximo fecho.
Desta forma, a operação de abertura é concluída e a posição inicial é recuperada, conforme previsto na operação de fecho. A invenção contempla igualmente a possibilidade de substituir as molas por elementos que desempenhem a mesma função, como cilindros pneumáticos ou elementos que acumulam energia através da compressão de um gás.
Uma possível variação que está incluída na segunda forma de execução preferencial da invenção consiste na instalação de um trinco sem capacidade de rotação.
Desta forma, o fecho processar-se-ia de modo idêntico, mas a abertura iria diferir por causa do trinco.
Após premir o botão de pressão, o mecanismo descrito libertaria a lingueta; no entanto, o trinco, que no caso 8 anterior assentava na parede do respectivo alojamento, assentaria agora contra uma placa que oscila em torno de um eixo vertical.
Esta placa é imobilizada através de um braço oscilante que assenta na lingueta.
Uma vez que a lingueta já foi puxada durante a abertura, a placa deixa de ser impedida de rodar, permitindo a passagem do trinco sobre si. A placa retoma a sua posição através de uma mola que espera pelo fecho da porta e liberta a lingueta que, por sua vez, bloqueará a placa do trinco.
DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
Para complementar a presente especificação descritiva, é anexado um conjunto de desenhos que ilustram a forma de execução da invenção de forma não limitativa. A figura 1 apresenta um esquema teórico de uma primeira forma de execução da invenção, na qual a fechadura permite a abertura da porta; além disso, é incluída uma vista de pormenor que representa a forma geométrica do trinco. A figura 2 apresenta um esquema teórico da primeira forma de execução preferencial da invenção em posição de fecho com a lingueta alojada na armação. A figura 3 apresenta um esquema teórico de uma segunda forma de execução preferencial da invenção, na qual o trinco não pode rodar e a lingueta não está a 9 bloquear a porta. A figura 4 apresenta um esquema teórico da segunda forma de execução preferencial da invenção, na qual a fechadura está a trancar a porta, sendo, além disso, incluída uma vista de pormenor superior do trinco e da placa oscilante instalada na armação. A figura 5 apresenta uma mola do tipo pneumático que pode ser utilizada em vez das molas helicoidais.
FORMAS DE EXECUÇÃO PREFERENCIAIS DA INVENÇÃO
Com base na explicação apresentada anteriormente, a presente invenção refere-se a uma fechadura automática que, funcionando principalmente através de braços oscilantes e molas, tem capacidade para bloquear e desbloquear a porta com a lingueta sem necessidade de uma chave.
Nesta secção são incluídas duas formas de execução que descrevem duas variantes possíveis da mesma invenção.
Primeira forma de execução.
Nesta primeira forma de execução, é considerada uma fechadura automática alojada numa caixa (1) instalada no lado de uma porta oposto às dobradiças e virada para alojamentos (2) e (3) existentes na armação (4).
Conforme já referido na descrição, as formas de execução preferenciais incluem apenas uma lingueta (5), que serve para trancar a porta quando esta é fechada. 10
Paralelamente a esta lingueta (5) está situado o trinco (6), em cuja figura de pormenor é apresentada a respectiva cavilha de eixo (6.1), contígua à face (6.4) paralela à porta, que pode oscilar em torno da mesma quando não é travada, uma vez que a saliência (6.3) existente no lado oposto está alojada no entalhe (7.4) da placa (7.1) de um braço oscilante (7).
De acordo com a vista de pormenor, o braço oscilante (7) assenta no trinco (6) através da oscilação numa cavilha de eixo (7.3), cuja base (8) é comum ao apoio da cavilha de eixo (6.1), ao trinco (6), a uma das extremidades da mola (9) que recolhe o trinco (6) e a uma das extremidades da mola (10) para retracção do trinco (6) .
Esta base comum (8) oferece a possibilidade de um deslocamento linear que permite a retracção do trinco (6) quando a armação (4) assenta sobre a respectiva face oblíqua (6.2) .
Durante o deslocamento linear da base (8), um braço (12) é empurrado por um impulsor (11.1) unido à base (8) através de uma estrutura de união (11). O braço (12) oscila em torno da sua extremidade inferior (12.1), estando a outra extremidade ligada a uma mola (20) que é tensionada.
Num ponto intermédio do braço encontra-se um suporte (12.2) que passa sobre um braço oscilante (13) unido à lingueta (5).
Este braço oscilante (13) é ultrapassado porque está inclinado favoravelmente ao efeito de uma mola 11 (13.1), razão pela qual o suporte (12.2) do braço (12) comprime a mola (13.1), obrigando à rotação do braço oscilante em torno da respectiva cavilha de eixo (13.2).
Quando oposto ao respectivo alojamento (3) na armação (4), o trinco (6) entra e retoma a posição inicial.
Puxado pela mola (20), o braço (12) retoma igualmente a sua posição inicial, puxando por sua vez a lingueta (5), uma vez que o braço oscilante (13) não está virado favoravelmente para a respectiva extremidade.
Durante o deslocamento, é tensionada uma mola (14) ligada à lingueta (5).
Chega-se a um ponto em que o braço (12) deixa de assentar contra o braço oscilante (13), visto o arco descrito pelo ponto de apoio (12.2) descer para um nível inferior ao da localização do braço oscilante (13).
Na figura 1 é possível observar um arco desenhado com traços e pontos alternados que indica a localização do ponto de apoio (12.2) do braço (12). A lingueta (5) prossegue o seu percurso por inércia até a protuberância (5.1) ultrapassar a posição da extremidade (15.1) do outro braço oscilante (15).
Esta extremidade (15.1) do braço oscilante exerce pressão sobre a lingueta (5), através de uma mola (15.2) para a reter no fim do seu percurso e manter a tensão na respectiva mola (14).
Quando este ponto é alcançado, a operação de fecho 12 da porta é concluída. A abertura é efectuada premindo um botão de pressão (16) a partir da face interior da porta ou utilizando uma chave (17).
Qualquer destes dois elementos levanta a extremidade do braço oscilante (15.1) que está a bloquear a lingueta (5), de modo a que esta última (5) seja recolhida por acção da respectiva mola (14).
Por outro lado, é a outra extremidade (15.3) do braço oscilante (15) que se encontra unida, no seu movimento perpendicular, ao lado principal da fechadura, com a extremidade (7.2) oposta à placa (7.1) do braço oscilante (7), que bloqueia o trinco (6).
Esta união permite, não só a libertação da lingueta (5), mas também da saliência (6.3) do trinco (6), de modo a que esta possa ser recolhida por acção da mola (9), que actua por tracção, e completar a sua rotação devido à força exercida pela armação sobre o trinco (6) .
Esta rotação comprime a mola (10) que actua por compressão e que irá repor a tensão anterior da mola (9) e a posição inicial do trinco (6).
Na figura 3 é apresentada uma segunda forma de execução da invenção, na qual o trinco (6) não tem possibilidade de rodar, podendo deslocar-se apenas de forma linear.
Assim, a descrição e os elementos envolvidos na operação de fecho são comuns aos apresentados na figura 1. 13 A diferença reside no facto de, para além da supressão dos elementos que permitem a rotação e a fixação do trinco (6), existir uma patilha (18) que fecha o alojamento (3) do trinco (6).
Esta patilha (18) oscila em torno da respectiva cavilha de eixo (18.1) disposta perpendicularmente ao percurso do trinco (6) quando este é libertado através de um braço oscilante (19) .
Conforme apresentado na vista de pormenor da figura 3, este braço oscilante (19) é firmemente retido pela lingueta (5) de modo a que, quanto a lingueta (5) é recolhida, a patilha (18) possa rodar e o trinco (6) fique livre para sair do respectivo alojamento (3). A patilha (18) retoma a sua posição por meio de uma mola que não está representada nas figuras. A figura 4 é uma repetição do mesmo esquema que mostra a lingueta (5) inserida no alojamento (2) da armação (4) e assente contra uma extremidade do braço oscilante (19) da armação (4), de forma a manter a patilha (18) bloqueada e, consequentemente, o trinco (6) . A figura 5 é uma vista de pormenor de uma mola do tipo pneumático que pode substituir as molas helicoidais convencionais. A natureza essencial da presente invenção permanece inalterada em caso de variações a nivel de material, forma, dimensão e disposição dos componentes, descritas de forma não limitativa e 14 suficiente para permitir a respectiva reprodução por um perito.
Lisboa, 15 de Dezembro de 2006 15
Claims (9)
- REIVINDICAÇÕES 1. Fechadura automática do tipo que bloqueia uma porta através de linguetas que funcionam em correspondência com o trinco tanto ao abrir como ao fechar, caracterizada pelo facto de consistir num mecanismo energeticamente independente que obtém a energia necessária para o seu funcionamento a partir da força exercida pela armação sobre o trinco (6) durante o fecho da porta, sendo composta por uma caixa (1) na qual se encontra instalado um trinco (6) unido a uma base (8) por uma cavilha de eixo (6.1) posicionada no lado oposto da face obliqua (6.2) do trinco (6) e que permite a respectiva rotação relativa, base (8) que é comum a um braço oscilante (7) e às extremidades de duas molas (9) e (10); na qual o lado superior do trinco (6) dispõe de uma saliência (6.3) que impede a rotação e que se encontra alojada num entalhe (7.4) da placa (7.1) que forma o braço do braço oscilante (7) de modo a que, quando este é libertado, o trinco (6) é recolhido, rodando em torno da respectiva cavilha de eixo (6.1) através de uma primeira mola (9), que actua por tracção, até assentar numa segunda mola de retorno (10) que actua por compressão; na qual a base (8) pode ser deslocada linearmente de forma a permitir a retracção do trinco (6) quando a porta é fechada, o qual é unido através de um impulsor (11.1) a um braço (12) capaz de se deslocar de forma angular e que se encontra apoiado num braço oscilante (13) montado na lingueta (5) que bloqueia a porta, apoio este que é permitido por uma saliência (12.2) apenas quando a rotação é favorável, tensionando 1 também, durante seu deslocamento, uma mola de retorno (20), ou seja, este braço oscilante (13) passa sobre a saliência (12.2) porque está inclinado favoravelmente graças ao efeito de uma mola (13.1), razão pela qual a saliência (12.2) do braço (12) comprime a mola (13.1), forçando a rotação do braço oscilante em torno da respectiva cavilha de eixo (13.2), e na qual a lingueta (5) dispõe de uma protuberância (5.1), de forma a ser retida através de um braço oscilante (15) unido ao braço oscilante de retenção (7) durante a rotação do trinco; esta fechadura dispõe igualmente de um botão de pressão (16), para o acesso a partir do interior, e de uma chave (17) para o acesso a partir do exterior, ligada ao braço oscilante que retém a lingueta (5) e actua sobre a retenção da rotação do trinco (6).
- 2. Fechadura automática do tipo que bloqueia uma porta através de linguetas que funcionam em correspondência com o trinco tanto ao abrir como ao fechar, caracterizada pelo facto de consistir num mecanismo energeticamente independente que obtém a energia necessária para o seu funcionamento a partir da força exercida pela armação (4) sobre o trinco (6) durante o fecho da porta, sendo composta por uma caixa (1), na qual está instalado um trinco (6) unido a uma base (8), e pela armação (4), na qual o trinco (6) não está preparado para rodar, sendo que na base móvel (8) existe apenas o trinco (6), cujo único movimento possível é linear para a retracção, sendo que a armação (4) dispõe, por sua vez, de uma patilha (18) com uma cavilha de eixo central (18.1) para a retenção do trinco (6) quando este é 2 impedido de rodar por meio de um braço oscilante (19) que é limitado pela lingueta (5), sendo a patilha (18) reposta na posição inicial através de uma mola, na qual a base (8) pode ser deslocada linearmente para permitir a recolha do trinco (6) quando a porta é fechada, o qual é unido através de um impulsor (11.1) a um braço (12) capaz de se deslocar de forma angular e que se encontra apoiado num braço oscilante (13) montado na lingueta (5) que bloqueia a porta, apoio este que é permitido por uma saliência (12.2) apenas quando a rotação é favorável, tensionando também, durante seu deslocamento, uma mola de retorno (20), ou seja, este braço oscilante (13) passa sobre a saliência (12.2) porque está inclinado favoravelmente graças ao efeito de uma mola (13.1), razão pela qual a saliência (12.2) do braço (12) comprime a mola (13.1) , forçando a rotação do braço oscilante em torno da respectiva cavilha de eixo (13.2), e na qual a lingueta (5) dispõe de uma protuberância (5.1) , de forma a ser retida através de um braço oscilante (15); esta fechadura dispõe igualmente de um botão de pressão (16), para o acesso a partir do interior, e de uma chave (17) para o acesso a partir do exterior, ligada ao braço oscilante que retém a lingueta (5) e actua sobre a retenção da rotação do trinco (6) .
- 3. Fechadura automática de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizada pelo facto de as molas nela integradas serem helicoidais.
- 4. Fechadura reivindicações automática de acordo com as 1 e 2, caracterizada pelo facto de algumas ou todas as molas nela integradas serem 3 cilindros pneumáticos.
- 5. Fechadura automática de acordo com as reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo facto de a lingueta (5) ser composta por mais de um corpo, todos eles unidos entre si.
- 6. Método de fecho por meio de uma fechadura automática de acordo com as reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo facto de se processar em duas fases: a primeira quando o painel da porta roda e a face obliqua (6.2) do trinco (6) entra em contacto com a armação (4) da porta, de modo a que este se retraia, deslocando integralmente todo o conjunto situado na base comum (8), bem como o braço (12), que serve para empurrar a lingueta (5) através do impulsor (11.1), tensionando a mola de retorno (20) e passando sobre o braço oscilante (13) situado na lingueta; na segunda fase, o trinco (6) deixa de ser apoiado pela armação (4) e é introduzido no respectivo alojamento (3), sendo que o braço (12) deixa de empurrar, de forma a que o trinco retome a sua posição inicial, puxado pela mola (20) que foi tensionada na primeira fase, retirando, durante o seu deslocamento, a lingueta (5), interferindo com o braço oscilante (13), que não permite ser ultrapassado através do acesso a partir do lado oposto, e mantendo o impulso até ao momento em que o arco descrito pelo impulsor (12.2) do braço deixar de interferir com o braço oscilante (13), pelo que a lingueta continua a deslocar-se por inércia, tensionando a respectiva mola de retorno (14) até 4 atingir a posição de fim de curso, onde é bloqueada pelo braço oscilante (15), que engata na protuberância lateral (5.1) da lingueta (5).
- 7. Processo de abertura por meio de uma fechadura automática de acordo com as reivindicações 1, 3, 4 e 5, caracterizado pelo facto de ocorrer quer quando o botão de pressão (16) é premido a partir do interior, quer quando a chave (17) é rodada a partir do exterior, visto que, em qualquer dos casos, é levantado o braço oscilante (15) que retém a lingueta (5), permitindo a sua retracção através da respectiva mola de retorno (14); este mesmo braço oscilante, que se encontra unido ao braço oscilante (7) de retenção do trinco (6), levanta a placa (7.1), soltando a saliência (6.3) que retém o trinco (6), de modo a que este último (6) possa retrair-se parcialmente devido ao efeito da mola (9) que actua por tracção, sendo limitado pela mola (10) que actua por compressão, prosseguindo o seu movimento rotativo por acção da força exercida pela armação (4) sobre a lingueta (6) até deixar de ter apoio, sendo que, nesse momento, a mola tensionada (10) desbloqueia a lingueta (6) até a respectiva saliência se alojar novamente no entalhe (7.4) que a retém e a tensão na mola de retorno (9) ser reposta.
- 8. Processo de abertura por meio de uma fechadura automática de acordo com as reivindicações 1, 3, 4 e 5, caracterizado pelo facto de ocorrer quer quando o botão de pressão (16) é premido a partir do interior, quer quando a chave (17) é rodada a partir do exterior, visto que, em qualquer dos casos, é levantado o braço oscilante (15) que retém a lingueta (5), permitindo a sua retracção através da respectiva mola de retorno (14); além disso, é libertado o braço oscilante (19) que retém uma patilha (18), permitindo assim a sua rotação em torno de uma 5 cavilha vertical (18.1) para que o trinco (6) possa soltar-se, sendo que a patilha (18) retoma subsequentemente a respectiva posição por meio de uma mo la.
- 9. Método de abertura da fechadura automática de acordo com as reivindicações 7 ou 8, caracterizado pelo facto de o botão de pressão (16) poder ser accionado através de um relé para permitir a abertura à distância. Lisboa, 15 de Dezembro de 2006 6
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