PT1344503E - Lente intraocular - Google Patents

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PT1344503E
PT1344503E PT02076022T PT02076022T PT1344503E PT 1344503 E PT1344503 E PT 1344503E PT 02076022 T PT02076022 T PT 02076022T PT 02076022 T PT02076022 T PT 02076022T PT 1344503 E PT1344503 E PT 1344503E
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Jan Gerben Frans Worst
Harry Franciscus Simon
Martinus Aponno
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Ophtec Bv
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Description

ΡΕ1344503 - 1 -
DESCRIÇÃO "LENTE INTRAOCULAR"
CAMPO E ANTECEDENTES DA INVENÇÃO A invenção refere-se a uma lente de acordo com a parte introdutória da reivindicação 1. Uma lente deste tipo é conhecida a partir da publ. do pedido de patente internacional n° WO 00/78252. De acordo com este documento, os elementos hápticos [componentes de suporte de uma lente artificial] têm uma forma anelar e são concebidos para se flexionarem num plano geralmente paralelo ao da parte óptica da lente e geralmente perpendicular ao do eixo óptico do olho, de modo a que um ou apenas alguns tamanhos padrão sejam suficientes para obter um encaixe apropriado para a maior parte dos tamanhos dos olhos dos doentes. A caracteristica flexível de elementos hápticos anelares também minimiza o deslocamento axial da parte óptica numa direcção ao longo do eixo óptica do olho.
Os elementos hápticos anelares mudam, gradualmente, desde uma espessura relativamente fina na direcção do eixo óptico, na parte de borda exterior, para uma relativamente espessa na direcção do eixo óptico, em partes de fixação e na parte óptica. A caracteristica de flexibilidade desejada dos elementos hápticos anelares também pode ser conseguida ou melhorada incorporando um elemento de rigidez, na forma de uma fita, num ou mais elementos hápticos anelares. O elemento de rigidez pode ser posicionado no elemento háptico em anel de modo a que a -2- ΡΕ1344503 face plana fique paralela ao eixo óptico. 0 elemento de rigidez funciona de um modo semelhante ao de uma viga I, em termos de construção, para impedir um deslocamento axial ao longo do eixo óptico quando uma força compressiva é aplicada aos hápticos. 0 elemento de rigidez é formado por um material menos flexível do que o da lente. A implantação de uma lente intraocular após a remoção cirúrgica da lente opaca, uma estrutura tendo uma espessura de, aproximadamente, 5 mm e um diâmetro de, aproximadamente, 9 mm, do olho de um doente com cataratas é uma das formas mais comuns de cirurgia ocular. A lente é, normalmente, implantada na câmara anterior do olho (em frente da íris) ou na câmara posterior do olho (atrás da íris) no saco capsular ou no sulco.
Outra indicação para a prescrição de lentes intraoculares é no caso da correcção óptica da lente natural. Com essa finalidade, a lente é implantada na câmara anterior do olho, na frente da lente natural, na sua posição natural. Um exemplo desta lente é divulgado na patente dos Estados Unidos 5192319. Esta lente tem uma parte óptica rígida e, dispostos ao longo da circunferência da parte óptica, hápticos na forma de pares de braços que são flexíveis, mas suficientemente rígidos, para comprimir uma dobra de material de íris entre extremidades livres do mesmo para prender a lente relativamente à íris. A implantação de uma lente intraocular implica a execução de uma incisão corneai ou corneoscleral. A lente intraocular é introduzida através desta incisão no olho. Tem-se reconhecido, há muito tempo, que seria vantajoso se a lente a implantar pudesse atravessar uma pequena incisão, ΡΕ1344503 -3 - em particular, se a lente natural não fosse removida ou se a lente natural fosse removida após ter sido emulsionada, de modo a que o tamanho da incisão não tivesse que satisfazer exiqências resultantes da necessidade de remover a lente natural através dessa incisão. Uma desvantaqem da lente intraocular riqida é que a inserção da lente requer uma incisão relativamente qrande no tecido ocular.
Com a finalidade de reduzir o tamanho requerido para a incisão através da qual a lente é introduzida no olho, descreve-se na patente dos Estados Unidos 4573998 uma lente com uma parte óptica deformável. Um leque variado de instrumentos de inserção, lentes e métodos é divulgado neste documento.
Um método para deformar a lente divulgada neste documento implica deformar a lente intraocular através de uma parte distai da lente e impelir a lente através de uma incisão relativamente pequena feita no tecido ocular. Uma das lentes divulgadas neste documento tem hápticos na forma de apêndices do tipo suporte compressivel-integrado, que são uniplanares com a parte de zona óptica da lente. Um elemento de suporte interno estende-se, estreitamente, ao longo de uma borda do apêndice.
Um instrumento de inserção especialmente concebido, que pode ser, geralmente, descrito como um dispositivo de micro-gancho individual compreendendo um veio muito fino, relativamente rígido, tendo uma curvatura de engate na parte dianteira, engata-se na borda distai ou furo da lente intraocular e efectua a inserção da lente através da incisão. Durante a cirurgia, o dispositivo de micro-gancho engatado na lente é introduzido, inicialmente, -4- ΡΕ1344503 através da incisão e a lente é deformada até atingir um diâmetro apropriado pela compressão da lente provocada pela pressão exercida pelo tecido da córnea em torno da incisão. A lente é, subsequentemente, introduzida totalmente no olho.
Outro método para a implantação da lente no olho, divulgado neste documento, inclui a utilização de um dispositivo do tipo micro-gancho duplo para esticar a lente intra-ocular numa direcção paralela à direcção de inserção, deformando, desse modo e suficientemente, a lente no plano da incisão para permitir a inserção da lente através de uma incisão relativamente pequena.
Este método de implantação é desvantajoso na medida em que é complicado engatar a lente no instrumento e o controlo da posição da lente em relação ao instrumento é difícil. Além disso, o gancho pode facilmente deslocar a lente posicionada quando o instrumento é retirado do olho.
Outra opção descrita neste documento é inserir a lente deformável através de um canal com uma secção circular. A lente é retirada do canal por trás da incisão. A remoção da lente e a posição da lente antes da inserção no tubo e após remoção do tubo são difíceis de controlar.
Na patente dos Estados Unidos 5047051, propõe-se montar a parte óptica deformável da lente numa placa de fixação de hápticos semi-rígida envolvendo a parte óptica deformável na qual os hápticos anelares relativamente curtos de placa de fixação estão acoplados. No entanto, a placa de fixação semi-rígida reduz a compressibilidade da lente e o desdobramento da placa semi-rígida na câmara -5- ΡΕ1344503 anterior do olho implica o risco de danificar o tecido ocular delimitador da câmara anterior e, em particular, a córnea.
Na patente dos Estados Unidos 5147395, propõe-se proporcionar uma lente com um elemento de fixação incluindo um elemento deformável integrado na óptica deformável e, pelo menos, um elemento de rigidez resiliente no interior do elemento deformável e da óptica. Isto implica que o elemento de rigidez se estende dentro da óptica e, consequentemente, reduz a área óptica efectiva da lente.
Na patente dos Estados Unidos 5562676, menciona-se o facto de empurrar, puxar ou transportar uma lente através de um lúmen que se projecta para dentro de um olho, para inserir a lente num olho. Para empurrar ou transportar a lente através do lúmen, menciona-se a utilização de uma pinça, pinça essa que entra no lúmen pela zona proximal. Isto implica que a pinça, que precisa de estender-se no lúmen ao longo da lente, ocupa uma parte relativamente grande da secção transversal do lúmen na secção do lúmen onde se encontra posicionada a lente. Além disso, é difícil de assegurar um engate fiável da pinça estendendo-se através de um lúmen estreito. A lente tem hápticos relativamente delgados que podem ser facilmente danificados durante a passagem através do lúmen.
Na publ. de pedido de patente internacional n° WO 95/21594, descreve-se a aspiração de uma lente tendo uma óptica deformável para dentro de um tubo tendo um diâmetro interno de 4 mm utilizando um funil de carga. Após a extremidade distai do tubo ser inserida no olho, a lente é ejectada do tubo por aplicação de pressão de fluido por -6- ΡΕ1344503 trás da lente. O surgimento da lente do tubo é difícil de controlar, em particular, no que se refere à velocidade com que a lente recupera a sua forma original e à orientação da lente após sair do tubo.
No pedido de patente europeia 0766952, propõe-se uma lente cujos hápticos e parte óptica são constituídos por materiais com recuperação de forma, sendo que o material dos hápticos recupera a forma mais rapidamente do que o material da lente. A recuperação de forma é obtida por hidratação ou temperatura. Isto exige um controlo rigoroso da humidade ou temperatura da lente antes da inserção. Além disso, a preparação das lentes requer hidratação ou aquecimento, deformação e secagem ou arrefecimento no estado deformado, o que é relativamente complicado.
Na patente dos Estados Unidos 5843187, descreve-se a redução das dimensões transversais de uma lente intraocular durante a passagem através de uma incisão no olho ao esticar a lente na direcção de inserção. Para isso, furos nos hápticos são engatados por micro-ganchos. Este tratamento é desvantajoso na medida em que o engate da lente com os micro-ganchos é complicado e por se fazer mais uma incisão no olho para a inserção do segundo instrumento de micro-gancho que puxa a lente para o olho. Além disso, o controlo coordenado dos dois instrumentos inseridos no olho através de incisões diferentes é relativamente difícil.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO É um objectivo da presente invenção facilitar o controlo sobre uma lente, que, para inserir a lente num -7- ΡΕ1344503 olho, é passada através de uma passagem, tal como uma incisão ou um canal na/o qual a lente é inserida em preparação para a inserção no olho.
De acordo com um aspecto da invenção, este objectivo é conseguido ao proporcionar-se uma lente de acordo com a reivindicação 1. 0 melhor controlo sobre a orientação da lente facilita o manuseamento da lente e imediatamente após a libertação do estado deformado na passagem, reduz o risco de a lente entrar em contacto com tecido sensível dentro do olho quando libertada da passagem.
Elaborações e formas de realização particulares da invenção são definidas nas reivindicações dependentes.
Outras características, efeitos e detalhes da invenção aparecem como resultado da descrição detalhada e dos desenhos.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DOS DESENHOS A Fig. 1 é uma vista em perspectiva de uma parte distai de um primeiro exemplo de um instrumento para a implantação de uma lente de acordo com a invenção, A Fig. 2 é uma vista em perspectiva ampliada de uma parte de extremidade distai do instrumento de acordo com a Fig. 1 e de um primeiro exemplo de uma lente de acordo com a invenção presa pelo instrumento, ΡΕ1344503 - 8 - A Fig. 3 é uma vista em perspectiva de uma parte de extremidade distai de um segundo exemplo de um instrumento para a implantação de uma lente de acordo com a invenção, A Fig. 4 é uma vista em planta de topo de uma parte de extremidade distai de um terceiro exemplo de um instrumento para a implantação de uma lente de acordo com a invenção e de uma lente, como mostrada na Fig. 2, presa pelo instrumento, A Fig. 5 é uma vista lateral de uma parte de extremidade distai do instrumento e da lente mostrada na Fig. 4, A Fig. 6 é uma vista em perspectiva de uma parte de extremidade distai de um quarto exemplo de um instrumento para a implantação de uma lente de acordo com a invenção, A Fig. 7 é uma vista em planta de topo, em corte, de uma parte de extremidade distai de um quinto exemplo de um instrumento para a implantação de uma lente de acordo com a invenção e de um segundo exemplo de uma lente de acordo com a invenção, A Fig. 8 é uma vista lateral da configuração mostrada na Fig. 7, A Fig. 9 é uma vista em corte ao longo da linha IX-IX na Fig. 8 com a lente posicionada numa parte de tubo do instrumento, -9- ΡΕ1344503 A Fig. 10 é uma vista lateral, em corte, de uma parte de extremidade distai de um sexto exemplo de um instrumento de acordo com a invenção e de uma lente, como mostrada na Fig. 2, antes da inserção num funil do instrumento, A Fig. 11 é uma vista em planta de topo, em corte, ao longo da linha XI-XI na Fig. 10, A Fig. 12 é uma vista de acordo com a Fig. 10, mas com a lente inserida no funil, A Fig. 13 é uma vista em planta de topo, em corte, ao longo da linha XIII-XIII na Fig. 12, A Fig. 14 é uma vista em corte ao longo da linha XIV-XIV na Fig. 15 de um sétimo exemplo de um instrumento de acordo com a invenção e de uma lente, como mostrada na Fig. 3, A Fig. 15 é uma vista inferior da configuração mostrada na Fig. 14, mas excluindo uma tampa mostrada na Fig. 14, A Fig. 16 é uma vista em corte ao longo da linha XVI-XVI na Fig. 17, A Fig. 17 é uma vista inferior, em corte, da configuração mostrada na Fig. 15, mas com a lente engatada numa tampa do instrumento, A Fig. 18 é uma vista em planta de topo da lente mostrada na Fig. 2, -10- ΡΕ1344503 A Fig. 19 é uma vista em planta de topo de um terceiro exemplo de uma lente de acordo com a invenção, A Fig. 2 0 é uma vista em planta de topo de uma parte incluindo um háptico de uma lente, como mostrada na Fig. 7, A Fig. 21 é uma vista em planta de topo parcial de um quarto e quinto exemplo de uma lente de acordo com a invenção, A Fig. 22 é uma vista em corte ao longo da linha XXII-XXII na Fig. 21, A Fig. 23 é uma vista em planta de topo parcial de um sexto e sétimo exemplo de uma lente de acordo com a invenção, e A Fig. 24 é uma vista em corte ao longo da linha XXIV-XXIV na Fig. 23.
DESCRIÇÃO PORMENORIZADA A invenção é, em primeiro lugar, descrita recorrendo às Figs. 1 e 2, nas quais se mostram primeiros exemplos de uma lente de acordo com a invenção e de um instrumento para a implantação dessa lente. A lente mostrada na Fig. 2 também é mostrada na Fig. 18. O instrumento 1 de inserção mostrado nas Figs. 1 e 2 destina-se a inserir uma lente 4 intraocular num olho por meio de uma incisão 20 (mostrada, esquematicamente, na Fig. 2) na córnea. O instrumento 1 tem um elemento 2 de -11- ΡΕ1344503 inserção alongado projectado desde uma pega 14 e, numa extremidade distai do elemento 2, um gancho 3 projectado transversalmente desde o elemento 2. A lente 4 a implantar, utilizando o instrumento 1, tem hápticos 5, 6 projectados radialmente a partir de lados opostos de uma parte 7 óptica da lente 4. A parte 7 óptica é deformável. Cada um dos hápticos 5, 6 é formado por um par de braços 8, 9 para prender tecido da íris entre superfícies dos braços 8, 9, de frente um para o outro, numa área 10 de retenção e são configurados para suportar a parte 7 óptica numa posição paralela ao e de encontro ao plano de superfície anterior da íris, quando a lente 4 está na condição de implantada. Na Fig. 2, um dos hápticos 5 está localizado num lado da parte 6 óptica virado para a extremidade distai do elemento 2 de inserção do instrumento e o outro háptico 6 está localizado num lado da parte 7 óptica virado para a extremidade proximal do elemento 2 de inserção do instrumento 1. Os hápticos 5, 6 sobressaem radialmente da parte 7 óptica para prender a lente 4 com a sua parte 7 óptica numa posição essencialmente paralela a um plano formado pela superfície anterior da íris, quando na condição de implantada. Aberturas 13 são limitadas pelos hápticos 5, 6 e o material da parte 7 óptica é transparente e deformável. 0 gancho 3 engata-se no háptico 5 virado para a extremidade distai do elemento 2 de inserção. A parte de extremidade distai do elemento 2 de inserção inclui partes 11, 12 largas tendo uma largura para se engatar na lente 4 em posições espaçadas lateralmente. -12- ΡΕ1344503
Para preparar a inserção da lente 4 num olho, a lente 4 é posicionada com a parte 7 óptica de encontro ao elemento 2 de inserção e uma parte do háptico 5, que está localizada, distalmente, em relação à parte 7 óptica, é engatada pelo gancho 3. 0 elemento 2 de inserção, então, suporta a lente engatada pelo gancho 3.
Mais especificamente, a lente é engatada pelas partes 11, 12 largas da parte de extremidade distai em, pelo menos, posições lateralmente espaçadas. Isto contraria a inclinação da lente 4 em torno do elemento 2 de inserção, pelo que se melhora o controlo sobre a orientação da lente 4 antes e depois da inserção. Isto, por sua vez, é vantajoso na medida em que facilita a inserção e evita o contacto entre a lente e o tecido sensível no olho. 0 suporte da lente 4 em posições lateralmente espaçadas faz com que a lente seja suportada em, pelo menos, três posições, pelo que a sua posição em relação ao elemento de inserção é, em principio, totalmente controlada. A largura das partes largas é, de preferência e pelo menos, um milímetro.
De acordo com o presente exemplo, as partes 11, 12 largas incluem uma plataforma 12 de suporte estreitamente adjacente ao gancho 3. Esta plataforma 12 de suporte suporta a lente 4 engatada pelo gancho 3. Uma vantagem particular da existência de uma plataforma de suporte, que pode ter uma estrutura fechada ou aberta, é que a lente 4 é facilmente mantida na posição devida ao longo do elemento 2 de inserção. Este efeito pode ser obtido por gravidade se a lente 4 estiver localizada na parte superior do elemento de inserção. Além disso ou em -13- ΡΕ1344503 alternativa, líquido viscoelástico, tal como HPMC (hidroxipropilmetilcelulose) ou Hialuronato de sódio - por exemplo, do tipo que é, normalmente, injectado no olho para manter o volume da câmara anterior - pode ser aplicado (de preferência, livremente) à lente 4 e/ou ao elemento 2 de inserção. Esta substância faz com que a lente 4 adira ao elemento 2 de inserção e este efeito de aderência é particularmente eficaz se a substância estiver localizada entre a superfície relativamente grande formada pela parte 12 larga do elemento 2 de inserção e a lente 4. A substância também forma um lubrificante entre a lente 4 e o elemento 2 de inserção reduzindo o atrito entre a lente 4 e o elemento 2 de inserção, se a lente 4 deslizar sobre o elemento 2 de inserção, e reduzindo o risco de danificar a lente 4 e, em particular, a parte 7 óptica da lente 4. A parte 12 larga do elemento 2 de inserção define, assim, um plano de encontro ao qual a lente 4 é retida de um modo estreitamente adjacente ao gancho 3, para que o instrumento de inserção suporte, de modo fiável, a lente 4 engatada pelo gancho 3 antes da inserção da lente 4 com uma orientação bem controlada essencialmente paralela à parte 12 larga. Neste exemplo, a largura da parte 12 larga é de cerca de dois a quatro milímetros.
Durante a inserção da lente 4 no olho, a parte 7 óptica da lente 4 é deformada até adoptar uma forma que é alongada na direcção de inserção, dado que o gancho 3 puxa a lente 4 através de uma incisão relativamente pequena. Depois de a parte 7 óptica ultrapassar a incisão 20, torna a desdobrar-se e recupera a sua forma original na câmara anterior do olho. Isto permite que a parte 7 óptica atravesse uma incisão 20, que é demasiado pequena para -14- ΡΕ1344503 permitir a passagem da parte 7 óptica na condição não deformada.
Depois de a lente 4 entrar no olho, a parte 12 larga protege a íris e, quando aplicável, a lente natural relativamente à lente 4 e, particularmente, aos hápticos 5, 6, pelo que o risco de danificar estas partes internas do olho é particularmente baixo. 0 gancho 3 inclui uma primeira secção 15 que sobressai transversalmente do elemento 2 de inserção e uma segunda secção 16 que sobressai, distalmente, da primeira secção 15. A segunda secção 16 do gancho 3 inclui outra 11 das partes 11, 12 largas. A rigidez dos hápticos 5, 6 ou, pelo menos, de partes rígidas dos mesmos, relativamente à flexão em torno de um eixo na direcção longitudinal, de um háptico 5 para o outro háptico 6, é maior do que a da parte 7 óptica, pelo menos, antes da inserção da lente. Com esta finalidade, a parte óptica da lente, de acordo com este exemplo, é constituída por um material que tem uma maior capacidade de deformação específica e uma menor rigidez específica do que o material dos hápticos 5, 6. Exemplos de materiais para as partes ópticas são material de silicone e acrilato hidrófilo ou hidrófobo. Em geral, é vantajoso se estes materiais deformáveis para a parte óptica permitirem um alongamento elástico de, pelo menos, cerca de 50% e, mais preferivelmente, pelo menos, cerca de 75%. No entanto, também é possível alcançar a rigidez relativamente baixa da parte óptica em torno de um eixo na direcção longitudinal, de um háptico para o outro háptico, se se dimensionar adequadamente a parte óptica e os hápticos, quando os hápticos e a parte óptica são fabricados com o mesmo material a partir de materiais tendo uma rigidez específica -15- ΡΕ1344503 semelhante. Por exemplo, a parte óptica pode ser substancialmente mais fina do que as dimensões dos hápticos na direcção do eixo óptico da parte óptica.
Como é melhor mostrado na Fig. 18, a parte relativamente inflexível tem uma largura a, medida paralelamente ao plano de suporte definido pelos hápticos 5, 6 e perpendicularmente à direcção longitudinal, que é menor do que a largura b, medida na mesma direcção, da parte 7 óptica. As partes rígidas dos hápticos têm, de preferência, uma largura a, transversal à direcção radial na qual se projectam, inferior a 4 mm e inferior a 80% e, mais preferivelmente, 60% da largura b (medida na mesma direcção) da parte óptica.
Quando a lente 4 é engatada pelo gancho 3, a segunda secção 16 larga do gancho 3 engata-se no háptico em posições espaçadas transversalmente à direcção longitudinal do elemento 2 de inserção e, desse modo, impede a inclinação do háptico 5 em torno do eixo longitudinal do elemento 2 de inserção. Dado que o háptico 5 é relativamente rígido, as forças exercidas pelo gancho 3 sobre o háptico 5 são, efectivamente, transferidas para a parte 7 óptica deformável e definem uma zona 17, longitudinalmente alinhada com o háptico 5, em que a flexão da parte 7 óptica é neutralizada. Assim, se a parte 7 óptica for deformada antes ou durante a inserção no olho, a deformação flexionai é limitada, principalmente, às zonas 18, 19 laterais localizadas lateralmente em relação à zona 17 central. Desse modo, a orientação da zona 17 central - e dado que os hápticos 5, 6 e a zona 17 na qual a parte óptica é menos flexionada são retidos ao longo do elemento 2 de inserção e também de toda a lente 4 - quando a lente -16- ΡΕ1344503 recupera a sua forma original é muito previsível. A largura da segunda secção está compreendida entre 1,5 e 2,5 milímetros. A segunda secção 16 do gancho 3 é formada por um rebordo plano. Assim, o fim do elemento 2 de inserção é relativamente embotado, o que reduz o risco de danificar o tecido ocular. Além disso, esta característica facilita a inserção do gancho 3 na abertura 13 delimitada pelo háptico 5 a engatar pelo gancho 3 e o gancho 3 pode ser facilmente fabricado, por exemplo, dobrando material de placa ou por moldagem por injecção. A primeira secção 15 da estrutura de gancho 3 estende-se desde uma parte vizinha do elemento 2 de inserção numa direcção com um componente distai. Isto permite que o gancho 3 seja retirado com facilidade da abertura 13 no háptico 5 retraindo, simplesmente, o elemento 2 de inserção para trás, na sua direcção longitudinal, por exemplo, através da incisão 20 depois de a lente 4 ter sido inserida no olho. O ângulo entre a direcção longitudinal do elemento de inserção ou, pelo menos, da sua parte adjacente ao gancho 3 e a primeira parte do gancho 3 que sobressai daí pode, por exemplo, ser de, pelo menos, 20° ou, no máximo, 70°.
De acordo com o presente exemplo, o elemento 2 de inserção é uma tira plana de material de placa. Isto permite que o elemento 2 de inserção seja fabricado de forma simples e proporciona uma rigidez e flexibilidade suficientes para controlar e manobrar a lente 4 ao mesmo tempo que ocupa muito pouco da superfície transversal da incisão 20 durante a inserção da lente no olho 4. -17- ΡΕ1344503
Como é melhor visto na Fig. 1, uma parte 21 de ombro do elemento 2 de inserção estreitamente adjacente à estrutura do gancho 3 tem uma largura superior à da estrutura de gancho 3. Isto evita que a 4 lente engatada pelo gancho 3 do elemento 2 de inserção projectado através de uma abertura 13 delimitada pelo háptico 5 deslize ao longo do elemento 2 de inserção na direcção da pega. O ombro 21 constitui uma extremidade de uma parte do elemento 2 de inserção tendo uma largura maior que a largura da abertura 13 e não consegue, por conseguinte, atravessar a abertura 13.
Na Fig. 3, mostra-se um elemento 102 de inserção de um instrumento de inserção que tem uma secção 122 estreita adjacente à estrutura de gancho 103, sendo a secção 122 estreita mais estreita do que a parte 112 larga. A secção 122 estreita está localizada na zona de dobragem da parte óptica da lente quando esta é inserida dentro do olho e interfere menos com a dobragem da parte óptica e ocupa menos espaço do que se a secção estreita fosse tão larga como a parte 112 larga, para se obter espaço para partes dobradas de uma parte óptica de uma lente engatada pelo elemento de inserção. Isto facilita ainda mais a passagem da parte óptica da lente através da incisão.
Como é mostrado nas Figs. 4 e 5, o instrumento de inserção pode incluir, ainda, um elemento 223 de engate num lado do elemento 202 de inserção, estando o elemento 223 de engate e o gancho 203 localizados no mesmo lado do elemento 202 de inserção. O elemento 223 de engate está adaptado para se engatar num háptico 206 de uma lente 204 engatada pelo gancho 203 e projectando-se para fora do gancho 203. Assim, o elemento 223 de engate pode reter o háptico 206 -18- ΡΕ1344503 virado para o lado oposto ao do gancho 203 (e do háptico 205 engatado desse modo) na proximidade ou de encontro ao elemento 202 de inserção, para se obter um controlo ainda mais positivo da lente 204. O elemento 202 de inserção, de acordo com este exemplo, é formado por uma tira de metal flexível e pode ser facilmente dobrado na direcção oposta à do elemento 223 de engate. O elemento 202 de engate pode, então, ser facilmente enfiado na abertura 213 no háptico 206, de frente para o elemento 202 de engate, movendo a lente 204 na direcção longitudinal do elemento 202 de inserção. O engate entre a lente 204 e o gancho 203 pode ter sido previamente estabelecido, mas também pode ser estabelecido simultaneamente ou subsequentemente. Quando o elemento 202 de inserção se puder flexionar para trás, os braços do háptico 206 ficam retidos entre o elemento 202 de inserção e o elemento 223 de engate.
Para facilitar o desengate da lente 204 do elemento 223 de engate, após a inserção no olho, o elemento 223 de engate pode ser levantado a partir do elemento 202 de inserção para liberar o háptico 206 assim engatado. Para isso, o elemento 223 de engate pode, por exemplo, ser deslocado na direcção 224 longitudinal ao longo de uma parte do elemento de inserção que se estende obliquamente para a parte do elemento 2 02 de engate na área em que o háptico 206 está preso pelo elemento 223 de engate.
Na Fig. 6, mostra-se um elemento 302 de inserção de ainda um outro instrumento de inserção para a implantação de uma lente de acordo com a invenção. De acordo com este exemplo, adjacente à estrutura de gancho 303 e no mesmo lado do elemento 302 de inserção que o gancho 303, o elemento 302 de inserção tem uma secção tendo -19- ΡΕ1344503 uma zona 326 central saliente. A zona 326 central saliente suporta a flexão da parte óptica da lente numa direcção predeterminada, com as partes laterais da parte óptica na direcção do elemento 302 de inserção, quando a parte óptica é forçada a atravessar uma passagem estreita, tal como a incisão no olho. Um efeito semelhante, mas no sentido oposto, pode ser conseguido se a parte central for reentrante. As partes laterais da parte óptica da lente são, depois, obrigadas a flexionar-se afastando-se do elemento de inserção.
Nas Figs. 7-9, o instrumento de inserção inclui, ainda, um tubo 427 de alimentação com um comprimento inferior ao comprimento do elemento 402 de inserção. O tubo de alimentação tem um canal 428 interno para receber uma parte do elemento 402 de inserção e uma lente 404 cujo háptico 405 é engatado pelo gancho 403 e um funil 429 para comprimir a lente 404 durante a entrada no tubo 427. O funil 429 é montado, de modo a poder ser removido, numa extremidade distai do tubo 427.
Durante a utilização, promove-se, em primeiro lugar, o engate da lente 404 no gancho 403 do elemento 402 de inserção projectando-se desde o tubo 427 e funil 429. Em seguida, a lente 404 é puxada para dentro do tubo 427, o que pode ser efectuado pela aplicação, por exemplo, de uma sucção à extremidade proximal do tubo 427 ou pode utilizar-se uma haste 430 de tracção tendo um gancho 431 na sua extremidade distai e uma secção transversal menor que a secção transversal interna do tubo 427 de alimentação, como mostrado nas Figs. 7 e 8. Com a lente de 404, o elemento 402 de inserção é arrastado devido ao engate do gancho 403 na lente 404. A largura do canal 428 do tubo é menor que a -20- ΡΕ1344503 largura da parte óptica da lente 404, pelo que a parte óptica tem de ser deformada durante a entrada no canal 428 para se acomodar à largura do canal 428. Isto é facilitado pelo funil 429. Depois de a lente ser puxada para dentro do canal 428, o funil 429 é removido do tubo 427 para reduzir a secção transversal da parte do instrumento a inserir através da incisão na córnea. Em seguida, a extremidade distai do tubo é inserida no olho através da incisão na córnea. Em seguida, o elemento 402 de inserção é empurrado para fora de modo a que a lente seja puxada para fora do tubo 427 e emirja da extremidade distai do tubo 427 no olho. Embora a utilização de um tubo para manter a deformação da lente à medida que atravessa a incisão na córnea implique que parte da secção transversal efectiva da incisão esteja ocupada pelo tubo, ele é vantajoso na medida em que se podem aplicar forças relativamente grandes para deformar a lente e as forças aplicadas para deformar a lente não são exercidas sobre o tecido em torno da incisão na córnea. Também é possível manter o tubo 427 perto da e em frente da incisão através da qual se vai inserir a lente e, em seguida, conduzir a lente 504 para fora do tubo e através da incisão 34. Depois de se forçar a lente 404 a sair de uma extremidade distai do tubo 427 pelo instrumento 402 de inserção, esta permanece temporariamente engatada no instrumento de inserção depois de libertada do tubo 427. Consequentemente, a lente 404 está engatada no elemento 402 de inserção, pelo menos, enquanto começa a recuperar a sua forma original e, assim, a posição da lente 404 permanece controlada à medida que é libertada do tubo e o risco de a lente 404 alcançar uma posição indesejável ou a lente 404 tocar descontroladamente no tecido interno do olho depois de ser libertada é substancialmente reduzido. -21- ΡΕ1344503
Como é melhor visto na Fig. 9, o tubo 427 tem uma secção transversal alongada. Isto permite uma redução considerável das dimensões da lente 404 transversalmente à direcção em que o tubo se estende e em que a lente vai ser inserido e a secção transversal alongada pode ser inserida de uma forma relativamente fácil através de uma incisão filiforme.
Nas Figs. 10-13, mostra-se uma parte distai de outra forma de realização de um instrumento de inserção incluindo um tubo 527 no qual a lente 504 é introduzida. Nas Figs. 10 e 11, a lente 504 é mostrada numa posição em frente ao funil 529, posição essa em que é mantida pelo elemento 502 de inserção. O funil 529 faz parte integral do tubo 527. Nas Figs. 12 e 13, a lente 504 é mostrada depois de ter sido introduzida no tubo 527, na direcção da seta 532, empurrando o elemento 502 de inserção, do qual o gancho 503 se engata na lente 504 através do funil 529, para a parte mais estreita do tubo 527. Na condição mostrada nas Figs. 12 e 13, a lente 504 está pronta a ser inserida. Isto é realizado introduzindo a extremidade do tubo 527 afastada do funil 529 na incisão na córnea do olho e, subsequentemente, puxando a lente 504 para fora da extremidade distai do tubo 527 afastada do funil 529 continuando a deslocar o elemento 502 de inserção através do tubo 527 na direcção da seta 532. 0 tubo 527 também pode ser mantido próximo a e em frente da incisão através da
qual a lente vai ser inserida quando a lente 504 é conduzida para fora do tubo 527 e atravessa a incisão. A lente 504, depois, desdobra-se quando atravessa a incisão.
Nas Figs. 14-17, mostra-se uma lente 604 e uma parte de extremidade distai de uma forma de realização de -22- ΡΕ1344503 um instrumento de inserção que inclui, ainda, uma tampa 627. A tampa 627 tem uma largura para receber uma parte do elemento 602 de inserção adjacente ao gancho 603 com alguma folga. Quando a tampa 627 for posicionada sobre o elemento 602 de inserção numa direcção transversal à direcção longitudinal do elemento 602 de inserção (seta 630) , partes laterais da parte óptica da lente 604 engatada pelo elemento 602 de inserção estão dobradas em torno de bordas laterais do elemento 602 de inserção. Depois de a tampa 627 ser posicionada sobre a lente 604 e o elemento 602 de inserção, a lente 604, que é mantida numa condição deformada pela tampa 627, é inserida no olho. Em seguida, a tampa 627 é puxada para trás, a partir do olho, libertando, desse modo, a lente 604. Finalmente, o elemento de inserção também é puxado para trás a partir do olho, deixando a lente no olho para fixação na iris.
Em seguida, descrevem-se e discutem-se detalhes da lente mostrada na Fig. 18 e, subsequentemente, das lentes nas Figs. 19-24. As dimensões das aberturas 13 da lente 4 mostrada na Fig. 18 medidas paralelamente ao plano e perpendicularmente à direcção radial são maiores do que as dimensões das aberturas 13 medidas na direcção radial. Isto limita, substancialmente, a liberdade de rotação da lente 4 em torno da primeira parte 15 do gancho 3, de modo a que a lente 4 engatada pelo gancho 3 seja mantida, de modo fiável, numa posição alinhada essencialmente com o elemento 2 de inserção.
Cada uma das aberturas 13 nos hápticos 5, 6 é delimitada por e localizada entre braços 8, 9 flexíveis, tipo pinças, dos hápticos, braços esses que definem uma fenda 10 de aperto entre os braços para comprimir e fixar -23- ΡΕ1344503 uma parte de superfície anterior do tecido da íris sem penetrar na superfície posterior da íris. Assim, as aberturas 13 entre os braços 8, 9 para comprimir o tecido da íris também são utilizadas com a finalidade de engatar e reter a lente 4 no elemento de inserção antes e durante a inserção da lente 4 no olho e esta finalidade não exige mais aberturas distintas ou elementos construtivos.
Na Fig. 19, mostra-se uma lente 704 dotada com um háptico 706 que inclui um furo 733 além da abertura 713 entre os braços 708, 709. O furo 733 está adaptado para ser engatado por um gancho, tal como o gancho 431, e é mais pequeno do que a abertura 713. O furo 733 tem, de preferência, um diâmetro inferior a 1 milímetro. Outra característica da lente mostrada na Fig. 19 é que um dos braços 708, 709 é mais grossos do que o outro. Isto permite arranjar espaço para o furo 733 adicional. Outra vantagem de um braço ser mais grosso do que o outro é que, durante a introdução de uma prega do tecido da íris na fenda de aperto entre os braços de aperto, essencialmente, só o braço mais fino se flecte e, assim, o outro braço pode ser agarrado para prender, com precisão, a lente 704 no lugar. No entanto, um furo 833 para engate num gancho, tal como o gancho 431, também pode ser proporcionado num háptico 806 simétrico, como ilustrado na Fig. 20.
Nas Figs. 21 e 22, mostra-se uma lente que, a título ilustrativo, tem dois hápticos diferentes. Na prática, prefere-se, de um modo geral, ter os mesmos hápticos nos dois lados da lente. Como mostrado na Fig. 22, os hápticos 905, 1005 projectam-se, posteriormente, desde a parte 907 óptica. De cada uma das aberturas 913, 1013, uma parte 934, 1034 mais afastada da parte 907 óptica é -24- ΡΕ1344503 posicionada posteriormente em relação a uma parte 935, 1035 mais próxima da parte 907 óptica. Isto facilita a inserção do gancho 3 e do elemento 223 de engate nas aberturas, uma vez que permite a inserção do mesmo numa direcção essencialmente paralela ao plano da parte 907 óptica. A projecção dos hápticos 905, 1005, posteriormente, desde a parte 907 óptica também é vantajosa para manter a parte óptica elevada desde o plano definido pela superfície anterior da íris, quando na condição de implantada. Isto é vantajoso para permitir uma circulação aquosa através da pupila. A parte 907 óptica tem uma superfície 937 côncava posterior, de modo a que a superfície 937 côncava limite um espaço em forma de cúpula entre a parte 907 óptica e o plano 936. Um dos hápticos 1005 tem uma porta 1038 lateral que intercepta a superfície 937 côncava posterior e comunica com o espaço em forma de cúpula. Assim, o risco de inibir demasiado a circulação aquosa é reduzido. Mesmo que a borda periférica posterior da parte 907 óptica esteja em contacto com a superfície 936 da íris, por exemplo, porque o háptico 1005 é acoplado à íris na área de uma reentrância na superfície da íris, essa porta 1038 lateral irá, em geral, permanecer aberta. Quando essas portas laterais são proporcionadas numa parte óptica com material facilmente deformável, como o que é utilizado para lentes dobráveis ou deformáveis, as propriedades ópticas na área adjacente à porta lateral podem ser facilmente afectadas desfavoravelmente. Com um háptico 1005 de acordo com o presente exemplo, a probabilidade de um tal efeito é reduzida, porque uma parte 1039 do háptico 1005 se estende ao longo da porta 1038 lateral e estabiliza a parte 907 óptica na área da porta 1038 lateral. -25- ΡΕ1344503
Para conseguir um forte vínculo entre o háptico 905, 1005 constituído por um material relativamente rígido e a parte 907 óptica constituída por um material relativamente resiliente, mantendo estreita, ao mesmo tempo, a área ocupada pela ligação entre o háptico 905, 1005 e a parte óptica para evitar perturbações ópticas e para obter uma lente com uma concepção compacta, os hápticos 905, 1005 estão ligados à parte óptica. Neste exemplo, a ligação é realizada por um adesivo, mas pode realizar-se uma ligação directa, por exemplo, obtida durante moldagem por injecção em torno de uma inserção. O adesivo está, pelo menos parcialmente, localizado numa ranhura 940, 1040 na parte 907 óptica. Além disso ou em alternativa, também é possível colocar o adesivo numa ranhura no háptico se o háptico e a parte óptica forem preparados para isso.
Para facilitar a montagem dos hápticos 905, 1005 e aumentar a força da ligação entre os hápticos 905, 1005 e a parte 907 óptica, proporcionam-se flanges 943, 1043. As flanges 943 estão integradas na parte 907 óptica, cuja superfície 937 côncava posterior se estende até às extremidades exteriores da flanges. Como pode ser visto na Fig. 22, esta característica construtiva dá origem a portas 951 laterais na parte 907 óptica ao longo das partes da circunferência da parte 907 óptica entre os hápticos.
As flanges 1043 projectam-se desde a parte 907 óptica. As flanges 943, 1043 estão dotadas com protuberâncias 944, 1044 em cooperação com reentrâncias 945, 1045 nos hápticos. Isto reforça ainda mais a ligação e proporciona, ainda, uma acção de encaixe durante a montagem dos hápticos 905, 1005, o que facilita a montagem da lente -26- ΡΕ1344503 904. Também é possível colocar as protuberâncias nos hápticos e as reentrâncias nas flanges da parte óptica.
Também se mostram, nas Figs. 23 e 24 e a título ilustrativo, hápticos 1105, 1205 diferentes em lados opostos da lente 1104. Também nesta lente, os hápticos 1105, 1205 estão ligados à parte 1107 óptica por um adesivo. Nesta lente 1104, a parte 1107 óptica e os hápticos 1105, 1205 têm, cada um, uma parte 1142, 1242 de extremidade proximal envolvida perifericamente por partes 1146, 1246 de posicionamento das flanges 1143, 1243. O adesivo é, pelo menos parcialmente, posicionado entre o háptico 1105, 1205 e as partes 1146, 1246 de posicionamento, de modo a obter-se uma ligação particularmente fiável. As flanges 1143, 1243 estão integradas na parte 1107 óptica, cuja superfície côncava posterior se estende ao longo de partes de superfície posterior das flanges. Como pode ser visto na Fig. 24, esta característica construtiva dá origem a portas 1151, 1251 laterais na parte 1107 óptica ao longo das partes da circunferência da parte 1107 óptica entre os hápticos.
Uma característica particular do háptico 1105 é que inclui uma abertura 1147 lateral na parte 1107 óptica, além da abertura 1113 delimitada pelos braços 1108, 1109 de aperto. A abertura 1147 na parte 1107 óptica comunica com o espaço em forma de cúpula limitado pela superfície côncava posterior da parte 1107 óptica. Assim, a circulação aquosa na área pupilar é assegurada de um modo particularmente fiável. Para continuar a proporcionar passagens para a circulação aquosa na área pupilar, existe uma porta 1148 lateral interligando a abertura 1147 lateral na parte 1107 óptica e a abertura 1113 delimitada pelos braços 1108, 1109 -27- ΡΕ1344503 de aperto. Uma fixação particularmente estável da lente 1104 à superfície anterior da íris é obtida, porque o háptico 1105 tem, além disso, superfícies 1149 de suporte que definem um plano 1136 essencialmente paralelo ao plano 1150 óptico da parte 1107 óptica.
As lentes de acordo com a invenção são, de preferência, proporcionadas, em combinação, como kits de tratamento ocular incluindo um instrumento e uma lente, sendo o instrumento dimensionado para se engatar na parte rígida da lente na abertura. Em seguida, é automaticamente assegurado que o instrumento utilizado para a implantação da lente se encaixa na lente.
Para facilitar ainda mais a implantação, a lente é, de preferência, fornecida pré-montada numa posição mantida pelo instrumento ou, pelo menos, pelo seu elemento de inserção e embalada e esterilizada com o instrumento ou, pelo menos, elemento da inserção numa embalagem comum. Assim, a necessidade de esterilizar separadamente o instrumento ou, pelo menos, o elemento de inserção é evitada e o risco de contaminação da lente e do elemento de inserção durante a montagem da lente no elemento de inserção é reduzido. Para reduzir desperdícios, elementos de inserção utilizados podem ser devolvidos para serem limpo, esterilizados e reembalados com outras lentes a implantar.
Lisboa, de 17 de Janeiro de 2012

Claims (10)

  1. ΡΕ1344503 - 1 - REIVINDICAÇÕES 1. Lente intra-ocular compreendendo uma parte (7/ 607/ 907; 1107) óptica num material transparente e deformável, pelo menos, um háptico (5, 6; 205, 206; 405, 406, 706; 806; 905; 1005; 1105; 1205) sobressaindo da parte (7; 607; 907; 1107) óptica numa direcção radial, para suportar a parte (7; 607; 907; 1107) óptica numa posição paralela e de encontro a um plano (936; 1136) de superfície anterior da íris, e, pelo menos, uma abertura (13; 213; 713; 913; 1013; 1113) delimitada pelo referido háptico (5, 6; 205, 206; 405, 406, 706; 806; 905; 1005; 1105; 1205), tendo o referido háptico uma largura (a) , medida paralelamente ao referido plano e perpendicularmente à referida direcção radial, que é menor do que o tamanho (b) da parte (7; 607; 907; 1107) óptica na direcção da referida largura, caracterizada por o referido háptico (5, 6; 205, 206; 405, 406, 706; 806; 905; 1005; 1105; 1205) ser dimensionado e/ou ser constituído por um material com uma rigidez específica maior do que a do material da parte óptica, de modo a que a rigidez do háptico relativamente à flexão em torno de um eixo na referida direcção radial seja superior à da parte (7; 607; 907; 1107) óptica.
  2. 2. Lente, de acordo com a reivindicação 1, em que o referido eixo na referida direcção radial é um eixo na direcção longitudinal de um háptico (5; 405; 905; 1005, 1105, 1205) para outro háptico (6; 206; 406; 706; 806).
  3. 3. Lente, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que o tamanho da abertura (13; 213; 713; 913; 1013; 1113) medido paralelamente ao referido plano e perpendicularmente à referida direcção radial é maior que o -2- ΡΕ1344503 tamanho da abertura (13; 213; 713; 913; 1013; 1113) medido na referida direcção radial.
  4. 4. Lente, de acordo com as reivindicações anteriores, em que o referido, pelo menos um, háptico (5, 6; 205; 206; 405, 406, 706; 806; 905; 1005; 1105; 1205) compreende um par de braços (8, 9; 708; 1109) flexíveis, tipo pinça, definindo uma zona de aperto entre os referidos braços para comprimir e fixar uma parte de superfície anterior de tecido da íris sem penetrar na superfície posterior da íris, estando a referida abertura (13; 213; 713; 913; 1013; 1113) localizada entre os referidos braços (8, 9; 708; 1109).
  5. 5. Lente, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que, pelo menos, a referida parte rígida do referido háptico (5, 6; 205; 206; 405, 406, 706; 806; 905; 1005; 1105; 1205) tem uma largura transversal à referida direcção radial inferior a 4 mm.
  6. 6. Lente, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, compreendendo, ainda, uma face posterior virada, posteriormente, para a íris quando na condição implantada, em que o referido háptico (5, 6; 205; 206; 405, 406, 706; 806; 905; 1005; 1105; 1205) sobressai, posteriormente, da referida parte (7; 607; 907; 1107) óptica e em que uma parte da referida abertura (13; 213; 713; 913; 1013; 1113) mais afastada da referida parte (7; 607; 907; 1107) óptica está localizada, posteriormente, em relação a uma parte da referida abertura (13; 213; 713; 913; 1013; 1113) mais próxima da referida parte (7; 607; 907; 1107) óptica. -3 - acordo com qualquer uma das em que o referido háptico (706; 833) com um diâmetro inferior a ΡΕ1344503
  7. 7. Lente, de reivindicações anteriores, 806) inclui um furo (733; 1 mm.
  8. 8. Lente, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o referido háptico (5, 6; 205; 206; 405, 406, 706; 806; 905; 1005; 1105; 1205) está unido a referida parte (7; 607; 907; 1107) óptica.
  9. 9. Lente, de acordo com a reivindicação 8, em que o referido, pelo menos um, háptico (1105; 1205) tem uma extremidade proximal envolvida perifericamente por uma parte (1146; 1246) de posicionamento da referida parte (1107) óptica ou referida flange (1243).
  10. 10. Lente, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a referida parte (907; 1107) óptica tem uma superfície (937) posterior côncava de modo a que a curva côncava forme um espaço entre a referida parte (907; 1107) óptica e o referido plano (936) de superfície anterior da íris, e em que o referido, pelo menos um, háptico tem, pelo menos, uma porta (1038; 1147) lateral interceptando a referida superfície (937) posterior côncava e comunicando com o referido espaço entre a referida parte (907; 1107) óptica e o referido plano (936) de superfície anterior da íris. Lisboa, 17 de Janeiro de 2012
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