PT1321243E - Sistema de retenção de pistão para uma ferramenta de colocação de elementos de fixação - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

"SISTEMA. DE RETENÇÃO DE PISTÃO PARA UMA FERRAMENTA DE COLOCAÇÃO DE ELEMENTOS DE FIXAÇÃO" ANTECEDENTES DA INVENÇÃO 1. Campo da Invenção A presente invenção dirige-se a um sistema de retenção para um pistão, numa ferramenta accionada de colocação de elementos de fixação. 2. Descrição da Técnica Relacionada

As ferramentas accionadas de colocação de elementos de fixação são utilizadas em muitas aplicações, tais como a colocação de pinos de fixação em betão ou aço. É comum uma ferramenta de colocação possuir meios de accionamento, tais como pó explosivo, combustão de gasolina, ou ar comprimido, que actuam num pistão que percorre um cilindro. A Patente U.S. 5273198 atribuída a Illinois Tool Works Inc. divulga uma ferramenta de colocação de elementos de fixação, accionada por pó para colocação de elementos de fixação, tal como a colocação de pinos em substratos de betão, pedra ou aço. É desejável que as ferramentas accionadas de colocação de elementos de fixação possuam um mecanismo para retenção de um pistão no cilindro, numa posição recuada antes do disparo da 1 ferramenta, de modo a manter o volume de câmara óptimo para um desempenho ideal da ferramenta. A Patente U.S. 4941391 divulga a utilização de rolamentos de esferas na boca da ferramenta, para retenção do pistão na posição mais recuada, com um conjunto de molas proporcionando a força para impelir os rolamentos em direcção ao pistão. As Patentes U.S. 5950900 e 6092710 divulgam igualmente a utilização de rolamentos para retenção do pistão, mas, em alternativa, utilizam uma anilha de mola e um anel, respectivamente, para proporcionar a força nos rolamentos para os impelir em direcção ao pistão.

Embora os dispositivos de retenção das Patentes U.S. 4941391, 5950900 e 6092710 possam ser eficazes na retenção do pistão durante o funcionamento normal, eles oferecem problemas devido à sua complexidade e ao seu posicionamento no interior da ferramenta. As molas, anilhas de mola, anéis e rolamentos dos componentes de retenção anteriores são, todas, peças que se desgastam devido às forças de elevada magnitude, violentas e frequentes exercidas pelo pistão. Os componentes são, geralmente, colocados no interior da boca da ferramenta e tem de se desmontar a boca na sua totalidade para substituir as peças de desgaste. Igualmente, devido aos próprios componentes de retenção serem complexos, são exigidos tempos excessivos de desmontagem e nova montagem para os componentes de retenção funcionarem adequadamente.

As Patentes U.S. 4941391, 5273198 e 5950900 divulgam igualmente um amortecedor para absorção de choque proveniente do pistão. Quando é accionado, o amortecedor proporciona um método de amortecimento do pistão para evitar danos no pistão ou na ferramenta. O amortecedor é, igualmente, uma peça de desgaste que é habitualmente colocada no cilindro da ferramenta para 2 absorver o choque, antes deste se fazer sentir na boca ou noutras peças da ferramenta. 0 que é necessário é um sistema de retenção de pistão que elimine a necessidade de uma concepção complicada com molas, anilhas ou anéis no interior da ferramenta de colocação de elementos de fixação. Também o que é necessário é um sistema que permita a troca fácil e simultânea de ambas as peças de desgaste, os rolamentos e o amortecedor, de modo a permitir tempos de manutenção reduzidos para a ferramenta.

BREVE RESUMO DA INVENÇÃO É um objectivo da presente invenção proporcionar um sistema de retenção de pistão simplificado, para que uma ferramenta de colocação de elementos de fixação retenha um pistão numa posição predeterminada, quando a ferramenta não está a ser disparada. É um outro objectivo da invenção proporcionar um sistema de retenção de pistão que incorpore um conjunto de rolamentos e o amortecedor de forma a que os rolamentos possam ser removidos da boca e de forma a que as peças de desgaste dos rolamentos e do amortecedor possam ser colocadas na mesma localização geral para troca fácil na manutenção.

De acordo com a presente invenção, proporciona-se um sistema de retenção de pistão para uma ferramenta de colocação de elementos de fixação. 0 sistema de retenção de pistão para um pistão passível de ser accionado inclui um amortecedor para absorção de choque proveniente do pistão, um conjunto de rolamentos encostados ao amortecedor e uma caixa para retenção 3 dos rolamentos. 0 amortecedor é colocado de forma a proporcionar uma força sobre os rolamentos, impelindo os rolamentos para dentro, de modo radial, em direcção ao pistão, de forma a que o pistão fique retido numa posição predeterminada quando o pistão não está a ser accionado. 0 pistão passível de ser accionado, o amortecedor, os rolamentos e a caixa são colocados no interior de um cilindro, de um guia de pistão, de uma ferramenta de colocação de elementos de fixação. Uma boca, possuindo um furo de passagem, pode igualmente ser ligada ao guia de pistão, para guiar o pistão à medida que ele é accionado e para guiar um elemento de fixação colocado pelo pistão. A presente invenção simplifica a concepção do sistema de retenção de pistão, combinando o amortecedor com os rolamentos e elimina a necessidade de um aparelho complicado na boca. A concepção simplificada também proporciona menores custos de fabrico. 0 novo sistema de retenção de pistão da presente invenção permite a troca modular rápida e fácil, tanto dos rolamentos como do amortecedor, ambas peças de desgaste. Esta troca modular melhora o tempo e os custos de manutenção.

Estes e outros objectivos, características e vantagens são evidentes a partir da descrição seguinte de uma forma de realização da presente invenção, fazendo referência aos desenhos associados. 4

BREVE DESCRIÇÃO DAS DIVERSAS VISTAS DOS DESENHOS A FIG. 1 é uma vista em corte axial do sistema de retenção de pistão. A FIG. 2 é uma vista em corte axial de uma ferramenta de colocação de elementos de fixação, utilizando o sistema de retenção de pistão da FIG. 1. A FIG. 3 é uma vista em corte tomada ao longo da linha 3 -3 da FIG. 1. A FIG. 4 é uma vista em corte parcial do amortecedor. A FIG. 5 é uma vista em corte da caixa de rolamento tomada ao longo da linha 5 - 5 da FIG. 6. A FIG. 6 é uma vista em corte da caixa de rolamento tomada ao longo da linha 6 - 6 da FIG. 5.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

Fazendo referência à FIG. 1, mostra-se um novo e melhorado sistema 10 de retenção para um pistão 12 de uma ferramenta 14 accionada de colocação de elementos de fixação. O sistema 10 inventivo de retenção de pistão incorpora, de uma forma vantajosa, um conjunto de rolamentos 16, retidos no interior de uma caixa 18 de rolamentos e um amortecedor 20. O amortecedor 20 serve a dupla finalidade de absorver o choque proveniente do pistão 12, particularmente quando o pistão 12 está numa situação de sobrecarga, de forma a que tanto o pistão 12 como a 5 ferramenta 14 fiquem protegidos contra danos, e de proporcionar uma força nos rolamentos 16, impelindo os rolamentos 16 para dentro, de modo radial, de forma a que os rolamentos 16 retenham o pistão 12 numa posição predeterminada quando o pistão 12 não está a ser disparado. 0 sistema 10 inventivo de retenção combina duas funções, a retenção de pistão e a absorção e protecção de choque de pistão, numa unidade criando uma peça de equipamento menos complexa, mais rentável e mais fácil de manter. A FIG. 2 mostra uma ferramenta 14 de colocação de elementos de fixação numa posição de prontidão, com o lado esquerdo da ferramenta 14 constituindo a extremidade dianteira ou de colocação, e o lado direito da ferramenta 14 constituindo a extremidade de retaguarda. A ferramenta 14 pode ser utilizada para a colocação de um elemento 22 de fixação num substrato 24, tal como betão ou aço. A ferramenta 14 possui um alojamento 26 para envolver outras peças da ferramenta 14. No interior do alojamento 26 da ferramenta 14 existe uma câmara 28, onde é criada a força de accionamento da ferramenta 14. Podem ser utilizados diversos meios para criar a força necessária para accionar o pistão 12, tais como combustão de gasolina ou pó explosivo. Para facilitar a discussão, a ferramenta 14 será descrita como sendo accionada por um pó explosivo; contudo, a ferramenta 14 não está limitada a uma ferramenta accionada por pó explosivo.

Coloca-se um cartucho 30 de pó explosivo, possuindo uma quantidade predeterminada de pó explosivo, no interior da câmara 28 antes de cada disparo da ferramenta 14. Após assegurar que o pistão 12 está numa posição de disparo predeterminada, um percutor (não mostrado) é accionado para a frente, tal como por 6 uma mola, e atinge o cartucho 30 de pó, criando uma pequena explosão controlada no interior da câmara 28, obrigando o pistão 12 a avançar com força suficiente para colocar um elemento 22 de fixação no substrato 24. O percutor e o cartucho 30 de pó podem ser semelhantes aos que se divulgam na Patente U.S. 5273198 de Popovich et al. O pistão 12 aplica uma força num elemento 22 de fixação para colocar o elemento 22 de fixação no substrato 24. Como se mostra na FIG. 1, o pistão 12 inclui uma extremidade 32 dianteira ou de colocação e uma extremidade 34 de retaguarda. O pistão 12 possui uma cabeça 36 na extremidade 34 de retaguarda e um corpo 38 alongado, estendendo-se a partir da cabeça 36, na direcção de colocação. A secção transversal do pistão 12 pode ser de qualquer forma geométrica, mas prefere-se que o pistão 12 seja, geralmente, cilíndrico possuindo um diâmetro e um comprimento. A força proveniente da explosão controlada no interior da câmara 28 é transferida para a cabeça 36, de forma a que o pistão 12 seja obrigado a avançar, na direcção de colocação, em direcção ao elemento 22 de fixação.

Prefere-se que o diâmetro da cabeça 36 seja maior do que o diâmetro do corpo 38 e que o corpo 38 possua uma secção 40 cónica, onde o corpo 38 se junta à cabeça 36. Prefere-se que o comprimento do corpo 38 seja significativamente maior do que o comprimento da cabeça 36 e que o comprimento total do pistão 12 seja significativamente maior do que o diâmetro, tanto da cabeça 36 como do corpo 38.

Como se mostra na FIG. 2, um guia 42 de pistão está alojado no interior do alojamento 26 da ferramenta 14. O guia 42 de pistão inclui uma parte 44 dianteira e uma parte 46 de 7 retaguarda. 0 guia 42 de pistão também inclui um cilindro 48 para contenção do pistão 12. 0 diâmetro do cilindro 48 do guia 42 de pistão é tal que a cabeça 36 do pistão 12 encaixa no interior do cilindro 48 com uma tolerância predeterminada. 0 guia 42 de pistão está ligado a uma ponteira 50 na parte 44 dianteira. A ponteira 50 inclui um furo 52 de passagem para o corpo 38 do pistão 12 passar através dele. A ponteira 50 pode ser ligado ao guia 42 de pistão por qualquer número de métodos, mas prefere-se que a ligação seja feita de um modo separável, tal como uma ligação roscada, de forma a que ferramenta 14 possa ser facilmente desmontada e montada de novo. O diâmetro do furo 52 de passagem da ponteira 50 é tal que o corpo 38 do pistão 12 encaixa no interior do furo 52 de passagem com uma tolerância predeterminada. O elemento 22 de fixação também pode ser colocado dentro do furo 52 de passagem, como se mostra nas FIGS. 1 e 2, para guiar o elemento de fixação à medida que este é colocado, pelo pistão 12, no substrato 24.

Tanto o cilindro 48 do guia 42 de pistão como o furo 52 de passagem da ponteira 50 actuam como guias, de forma a que o pistão 12 permaneça centrado de modo radial e na posição adequada para colocar o elemento 22 de fixação. Por este motivo, as tolerâncias entre o cilindro 48 e a cabeça 36 e entre o furo 52 de passagem e o corpo 38 devem ser tão pequenas quanto possivel embora permitindo ainda o movimento livre do pistão 12.

Prefere-se que o sistema 10 de retenção de pistão seja colocado no interior do cilindro 48, próximo da ponteira 50. O sistema 10 de retenção inclui um amortecedor 20, um conjunto de rolamentos 16, e uma caixa 18 de rolamento para retenção dos rolamentos 16. O amortecedor 20 actua de modo a proteger o pistão 12, absorvendo o choque, e actua de modo a impedir o avanço do pistão 12 antes do disparo da ferramenta 14 proporcionando uma força sobre os rolamentos 16 que retém o pistão 12 numa posição predeterminada. A dupla finalidade do amortecedor 20 simplifica a concepção do sistema 10 de retenção de pistão, o que permite um fabrico mais fácil e barato da ferramenta 14. A dupla concepção permite, igualmente, uma troca simultânea, mais fácil, de peças de desgaste, como os rolamentos 16 e o amortecedor 20.

O amortecedor 20 é colocado entre a ponteira 50 e uma partição 54 no cilindro 48, como se mostra na FIG. 1. A partição 54 é numa peça anular ligada ao interior do guia 42 de pistão, e actua de modo a manter o amortecedor 20 no lugar, na extremidade dianteira do amortecedor 20, sem interferir na absorção de choque proveniente do pistão 12, pelo amortecedor 20. Numa forma de realização, a partição 54 possui uma largura de cerca de 0,05 polegadas. O amortecedor 20 absorve o choque proveniente do pistão 12 quando o pistão 12 é accionado. O amortecedor 20 protege o pistão 12 e outras peças da ferramenta 14 contra danos devido às forças elevadas que estão associadas à natureza explosiva da ferramenta 14. O amortecedor 20 é particularmente necessário para proteger o pistão 12 e a ferramenta 14 numa situação de sobrecarga do pistão 12.

O amortecedor 20 pode ser de qualquer forma geométrica, mas deve possuir, geralmente, a mesma forma de secção transversal que o pistão 12. Numa forma de realização, o amortecedor 20 é, geralmente, de forma cilíndrica, com uma secção 56 dianteira e uma secção 58 de retaguarda como se mostra na FIG. 4. A 9 secção 58 de retaguarda do amortecedor 20 é, geralmente, de forma tronco-cónica com uma pequena parte 60 cilíndrica. Prefere-se que o diâmetro máximo da secção 56 dianteira seja, aproximadamente, o mesmo que o diâmetro da cabeça 36 do pistão 12, de forma a que o amortecedor 20 encaixe no interior do cilindro 48, com uma tolerância predeterminada. A secção 56 dianteira é, geralmente, de forma cilíndrica excepto numa parte 62 alargada, onde a secção 56 dianteira e a secção 58 de retaguarda se juntam, e numa parte 64 biselada na extremidade dianteira da secção 56 dianteira. O diâmetro da secção 56 dianteira deve ser menor do que o diâmetro da secção 58 de retaguarda, de forma a que a ponteira 50 possa encaixar sobre a secção 58 dianteira, como se mostra na FIG. 1. A superfície 66 interior do amortecedor 20 é, geralmente, cilíndrica através tanto da secção 56 dianteira como da secção 58 de retaguarda, excepto numa parte 68 cónica na extremidade de retaguarda. A forma de, pelo menos, uma parte da secção 40 cónica do pistão 12 corresponde a, pelo menos, uma parte da parte 68 cónica do amortecedor 20, devido à parte 68 cónica do amortecedor 20 absorver a maior quantidade de choque proveniente do pistão 12, e prefere-se que a secção 40 cónica do pistão 12 e a parte 68 cónica do amortecedor 20 encaixem conjuntamente, para optimizar esta absorção de choque. O diâmetro da superfície 66 interior deve ser maior do que o diâmetro do corpo 38, mas menor do que o diâmetro da cabeça 36. A superfície 66 interior do amortecedor 20 possui igualmente um conjunto de entalhes 70, correspondentes aos rolamentos 16 do sistema 10 de retenção de pistão. O número de entalhes 70 depende de quantos rolamentos 16 são utilizados, mas 10 três é o número preferido de rolamentos 16 e entalhes 70 para cada sistema 10 de retenção de pistão. Os entalhes são espaçados, de um modo uniforme, em torno da superfície 66 interior. No caso de três entalhes 70, correspondentes a três rolamentos 16, cada entalhe está a cerca de 120° de cada um dos outros dois entalhes. O espaçamento uniforme dos entalhes 70 permite que os rolamentos 16 também estejam espaçados de um modo uniforme. Cada entalhe 70 consiste numa curva de formato côncavo, com um raio de curvatura que é ligeiramente maior do que o raio dos rolamentos 16, de forma a que cada rolamento 16 encaixe no interior de um correspondente entalhe 70, como se mostra na FIG. 4. 0 amortecedor 20 pode ser feito de qualquer material que proporcione alguma elasticidade para absorção do choque proveniente do pistão 12, é substancialmente resistente ao calor para a temperatura de funcionamento mais elevada da ferramenta 14, criada pelo atrito no interior da ferramenta 14 e suficientemente resistente ao desgaste de forma a que cada amortecedor 20 possa durar um tempo substancial entre trocas. Embora o material do amortecedor 20 deva ser escolhido pela sua aptidão para suportar, de modo consistente, as forças no interior da ferramenta 14, eventualmente, desgastar-se-á. Por esse motivo, prefere-se que o material do amortecedor 20 seja razoavelmente pouco dispendioso, permitindo múltiplas trocas para ser rentável. Um material preferido seria um plástico ou borracha polimérica, resiliente, sendo o uretano um exemplo.

Cada entalhe 70 possui um correspondente rolamento 16, colocado no interior do entalhe 70. O amortecedor 20 proporciona uma força sobre os rolamentos 16 nos entalhes 70. A força impele os rolamentos 16 para dentro, de modo radial, em direcção ao 11 pistão 12, de forma a que os rolamentos 16 actuem no pistão 12, de modo a retê-lo numa posição predeterminada de forma a que pistão 12 não avance antes da ferramenta 14 disparar. É particularmente importante que o pistão 12 esteja retido numa posição de recuada, ou em direcção à extremidade de retaquarda da ferramenta 14, de forma a que o volume da câmara 28 a ser utilizado seja optimizado, de forma a que ferramenta 14 funcione na sua máxima eficácia. 0 amortecedor 20 serve duas finalidades na ferramenta 14, como um amortecedor de choque, para proteqer o pistão 12, e como a origem da força para reter o pistão 12 antes da ferramenta 14 ser disparada. A dupla função do amortecedor 20 serve para simplificar e reforçar a concepção da ferramenta 14.

Os rolamentos 16 são, geralmente, de forma esférica e são colocados entre o pistão 12 e o amortecedor 20, como se mostra na FIG. 3. A força proporcionada pelo amortecedor 20 contra os rolamentos 16 é transferida para o pistão 12, de forma a que pistão 12 esteja retido numa posição predeterminada entre os disparos da ferramenta 14.

Pode utilizar-se qualquer número de rolamentos 16 no sistema 10 de retenção, mas três, ou mais, é um número preferido de rolamentos 16, espaçados de um modo uniforme em torno da periferia do pistão 12, de forma a que a força exercida no pistão 12 seja uniforme. No caso de três rolamentos 16, cada rolamento está espaçado de cerca de 120° de cada um dos restantes rolamentos, como se mostra na FIG. 3. Se forem utilizados quatro rolamentos 16, seria preferido que cada rolamento 16 estivesse espaçado de cerca de 90° dos rolamentos vizinhos. 12

Os rolamentos 16 devem ser feitos de um material que seja suficientemente forte para aplicar, de modo consistente, uma força no pistão 12 e que possa suportar a temperatura de funcionamento mais elevada da ferramenta 14. 0 material dos rolamentos 16 deve ser escolhido pela sua resistência e durabilidade, mas os rolamentos 16 continuarão a desgastar-se devido às forças extremas do pistão 12 e terão de ser substituídos a intervalos regulares. Um material preferido para os rolamentos 16 seria o aço inoxidável ou outro metal de elevada resistência.

Os rolamentos 16 e o amortecedor 20 são peças de desgaste devido às forças do pistão 12 no interior da ferramenta 14.

Contudo, quando o sistema 10 de retenção é montado, os rolamentos 16 e o amortecedor 20 são parte de uma peça única de forma a que possam ser removidos e substituídos simultaneamente durante os procedimentos de troca, na manutenção de rotina. A aptidão para trocar rapidamente tanto os rolamentos 16 como o amortecedor 20, em simultâneo, reduz grandemente as exigências de tempo e torna a ferramenta 14 mais fácil de manter.

Os rolamentos 16 são colocados na caixa 18 de rolamentos para assegurar que os rolamentos 16 permanecem com o seu espaçamento predeterminado e em alinhamento com os seus correspondentes entalhes 70. Como se mostra na FIG. 5, a caixa 18 possui uma secção 72 cilíndrica e um rebordo 74 com um ligeiro declive 76, entre a secção 72 cilíndrica e o rebordo 74. A secção 72 cilíndrica é colocada no interior do amortecedor 20 e o rebordo 74 permanece fora do amortecedor 20, como se mostra na FIG. 1. 13 A caixa 18 possui, igualmente, um conjunto de furos 78 correspondentes aos rolamentos 16. Por exemplo, se forem utilizados três rolamentos 16, existem três furos 78 espaçados de um modo uniforme de cerca de 120° dos restantes furos. Cada furo 78 estende-se através da secção 72 cilíndrica, como se mostra na FIG. 6, e é, geralmente, de forma cilíndrica com um diâmetro que é ligeiramente maior do que o diâmetro dos rolamentos 16, excepto numa pequena parte 80 alargada na parede 82 interior, da secção 72 cilíndrica, onde o diâmetro do furo 78 se torna menor do que o diâmetro dos rolamentos 16. Cada rolamento 16 é colocado no interior do seu correspondente furo 78, de forma a que uma pequena parte do rolamento 16 se projecte para além da parede 82 interior, e uma parte oposta do rolamento 16 se estenda para além da parede 84 exterior da parte 60 cilíndrica, como se mostra na FIG. 6. É a pequena parte de cada rolamento 16, que se projecta para além da parede 82 interior, que contacta com o pistão 12 para o manter na devida posição, e é a parte de cada rolamento 16 que se estende para além da parede 84 exterior, que contacta com o amortecedor 20 no entalhe 70. A parede 82 interior da secção 72 cilíndrica é, geralmente, de forma cilíndrica, com um diâmetro que é ligeiramente maior do que o diâmetro do corpo 38 do pistão 12, de forma a que o corpo 38 encaixe no interior da caixa 18, com uma tolerância predeterminada. A parede 84 exterior possui um diâmetro ligeiramente menor do que o diâmetro da superfície 66 interior do amortecedor 20, de forma a que caixa 18 encaixe no interior do amortecedor 20, com uma tolerância predeterminada. O rebordo 74 da caixa 18 permanece na parte de fora do amortecedor 20 e está em contacto com a ponteira 50 como se 14 mostra na FIG. 1. O contacto entre o rebordo 74 e a ponteira 50 actua de modo a manter a caixa 18 no lugar no interior do amortecedor 20. O rebordo 74 actua, igualmente, para impedir que a caixa 18 se estenda demasiadamente para dentro do amortecedor 20. O diâmetro do rebordo 74 deve ser menor do que o diâmetro da secção 58 de retaguarda do amortecedor 20 de forma a que o rebordo 74 não se estenda para além da parede externa do amortecedor 20.

Quaisquer dimensões apresentadas servem, estritamente, para contextualizar a presente invenção e para auxiliar na apresentação das relações entre as diferentes peças, não sendo limitativas.

Numa forma de realização, o diâmetro da cabeça 36 do pistão 12 pode ser cerca de 2,3 cm (0,9 polegadas), o diâmetro do corpo 38 pode ser cerca de 0,8 cm (0,3 polegadas), o comprimento da cabeça 36 pode ser cerca de 3,2 cm (1,25 polegadas) e o comprimento do corpo 38 pode ser cerca de 10 cm (4 polegadas) . O cilindro 48 do guia 42 de pistão pode possuir um diâmetro de cerca de 2,3 cm (0,91 polegadas) e o furo 52 de passagem da ponteira 50 pode possuir um diâmetro de cerca de 0,79 cm (0,31 polegadas). O diâmetro da parte 60 cilíndrica do amortecedor pode ser cerca de 2,3 cm (0,9 polegadas), o diâmetro da extremidade dianteira da secção 56 dianteira do amortecedor 20 pode ser cerca de 2 cm (0,8 polegadas), o diâmetro da secção 58 de retaguarda do amortecedor pode ser cerca de 1,9 cm (0,75 polegadas) e o diâmetro da superfície 66 interior do amortecedor 20 pode ser cerca de 1,5 cm (0,6 polegadas). Cada rolamento 16 pode possuir um raio de cerca de 0,2 cm 15 (0,08 polegadas). Cada entalhe 70 do amortecedor 20 pode possuir um raio de curvatura de cerca de 0,2 cm (0,08 polegadas). O furo 78 da caixa 18 pode possuir um diâmetro de cerca de 0,43 cm (0,17 polegadas) e o diâmetro de cada furo 78 na parte 80 alargada pode ser cerca de 0,38 cm (0,15 polegadas). O diâmetro da parede 84 exterior da secção 72 cilindrica da caixa 18 pode ser cerca de 1,4 cm (0,55 polegadas), o diâmetro da parede 82 interior da secção 72 cilindrica pode ser cerca de 0,89 cm (0,35 polegadas) e o diâmetro do rebordo 74 pode ser cerca de 1,8 cm (0,7 polegadas).

Contudo, o sistema 10 de retenção de pistão não está limitado a quaisquer das dimensões anteriores, podendo aumentar-se ou reduzir-se a escala como se desejar. O sistema 10 de retenção de pistão da presente invenção proporciona uma concepção simplificada da ferramenta 14. O sistema 10 de retenção proporciona a necessária função de retenção do pistão 12 numa posição predeterminada, para optimizar o funcionamento da ferramenta 14, e combina esta função com a protecção do pistão 12, através da absorção de choque. O sistema 10 de retenção melhorado da presente invenção retém o pistão 12 no lugar, sem a necessidade de peças tais como molas ou anilhas de mola a serem colocados conjuntamente de um modo complicado. A presente invenção combina, igualmente, duas peças de desgaste, os rolamentos 16 e o amortecedor 20, numa peça única, de forma a que possam ser trocadas simultaneamente durante a manutenção de rotina da ferramenta 14, poupando tempo e dinheiro. 16 A presente invenção não se limita às formas de realização anteriormente descritas, mas deve ser limitada somente pelas reivindicações seguintes.

Lisboa, 4 de Outubro de 2007 17

Claims (10)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Sistema de retenção para um pistão (12) de uma ferramenta (14) de colocação de elementos de fixação compreendendo: um amortecedor (20) para absorção de choque gerado por um pistão (12) ; e pelo menos, um rolamento (16) numa caixa (18), estando o rolamento encostado ao amortecedor; caracterizado por o amortecedor proporcionar uma força que impele os rolamentos para dentro, de modo radial, em direcção ao pistão, de forma a que os rolamentos retenham o pistão numa posição predeterminada, quando o pistão não está a ser accionado.
2. 2. Sistema de retenção de acordo com a reivindicação 1, em que o amortecedor (20) é feito de plástico.
3. 3. Sistema de retenção de acordo com a reivindicação 1, em que o amortecedor (20) é feito de uretano.
4. 4. Ferramenta (14) para colocação de elementos de fixação compreendendo: um guia (42) de pistão possuindo um cilindro (48); 1 um pistão (12) passível de ser accionado retido no cilindro (48), para colocar um elemento de fixação num substrato; meios para accionar o pistão ; e um sistema de retenção de acordo com a reivindicação 1, 2 ou 3.
5. 5. Ferramenta de acordo com a reivindicação 4, em que o pistão é accionado por combustão de gasolina.
6. 6. Ferramenta de acordo com a reivindicação 4, em que o pistão é accionado por pó explosivo.
7. 7. Ferramenta de acordo com a reivindicação 4, 5 ou 6 compreendendo ainda um furo de passagem da ponteira (50) para guiar o pistão.
8. 8. Ferramenta de acordo com a reivindicação 7, em que o furo de passagem da ponteira (50) serve, igualmente, para guiar um elemento de fixação.
9. 9. Ferramenta de acordo com a reivindicação 7, em que a ponteira (50) está ligada ao guia (42) de pistão.
10. 10. Ferramenta de acordo com a reivindicação 7, em que a ponteira e o guia de pistão são roscados. Lisboa, 4 de Outubro de 2007 2