PT1238163E - Relva artificial que inclui material de amortecimento - Google Patents
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Description
ΕΡ 1 238 163 /PT DESCRIÇÃO "Relva artificial que inclui material de amortecimento" 0 presente invento refere-se a uma relva artificial, que compreende um suporte, um grande número de lâminas de erva artificial que estão fixas ao mesmo, sobressaem substancialmente de modo transversal do mesmo e são fabricadas a partir de plástico, e um material fibroso disposto entre as lâminas de erva artificial e ligado ao suporte ou às lâminas, diferindo o referido material fibroso do plástico a partir do qual as lâminas de erva artificial são fabricadas. Uma tal relva artificial é conhecida a partir do documento EP-A-0 678 622. A relva artificial é utilizada numa maior escala para praticar desportos tais como futebol, hóquei, ténis, "rugby", "baseball", futebol americano e semelhantes. A relva artificial convencional consiste num suporte, por exemplo um tecido de fios sintéticos ao qual um grande número de lâminas de erva artificial estão fixas. Estas lâminas de erva artificial, as quais podem ser tufadas ou tricotadas no suporte ou tecidas em conjunto com o mesmo, sobressaem substancialmente de modo transversal do suporte. As lâminas de erva artificial são geralmente fabricadas a partir de tipos de plástico um tanto duros e lisos, por exemplo poliolefinas tais como polietileno, polipropileno ou misturas dos mesmos, ou poliamidas tais como nylon. As lâminas de erva artificial formam assim um chão relativamente robusto resistente ao desgaste para praticar desportos ou jogos.
De modo a formar uma superfície de erva artificial a relva artificial convencional é disposta sobre um substrato firme ou camada de base de por exemplo areia, asfalto, pedaços de pedra, lava ou outro material de preferência permeável à humidade. Tipos particulares de relva artificial têm aqui também areia ali espalhada depois do seu assentamento.
De modo a se poder jogar sobre a superfície na mesma maneira do que sobre um campo de erva normal, é importante que a superfície de relva artificial tenha grosseiramente as 2 ΕΡ 1 238 163 /PT mesmas propriedades, particularmente em relação a aspectos tais como o comportamento da bola sobre a superfície. Para este fim a superfície de relva artificial tem de ser um tanto resiliente e ser capaz de amortecer choques o suficiente, o que também é importante no impedimento de ferimentos às articulações. Esta é a razão porque a superfície de relva artificial conhecida está geralmente provida de um material de amortecimento. Este material de amortecimento, por exemplo borracha ou uma espuma de poliuretano, pode ser disposto por baixo da relva artificial, pelo que a acção de amortecimento não é, contudo, muito directa. É frequentemente utilizada por conseguinte borracha na forma de grãos ou granulado, a qual é disposta entre as lâminas de erva artificial. Estes grânulos de borracha, os quais no caso de uma superfície de relva artificial com areia ali espalhada podem ser misturados com a areia, tal como por exemplo descrito no documento US-A-5 958 527, assentando soltos por conseguinte na relva artificial. Isto tem a desvantagem de não ser simples de obter e manter uma distribuição uniforme do amortecimento ao longo da superfície da relva artificial, uma vez que os grânulos de borracha não são per se totalmente idênticos e, quando o campo é utilizado, irão além do mais ser deslocados e assim espalhados de forma desigual. No caso de uma queda de chuva sobre um campo com fraca drenagem vertical os grânulos podem, por exemplo, ser levados para fora para partes de assentamento mais baixas do campo. Em adição, os grânulos podem vir a assentar sobre a superfície, pelo que os mesmos podem aderir à bola e a superfície de jogo irá além disso ficar relativamente áspera localmente. Também, quando os grânulos de borracha são utilizados numa superfície com areia ali espalhada, ocorre na prática uma separação rápida da areia e dos grânulos de borracha, pelo que o amortecimento irá variar consideravelmente ao longo da superfície. 0 documento da arte anterior acima identificado EP-A-1 678 622 descreve uma relva artificial que é construída por tufos de plantação ou filamentos em forma de relva ou lâminas de erva artificial numa estrutura de chão de modo a formar pilhas. Entre estes tufos de filamentos em forma de relva (lâminas de erva artificial) estão plantados tufos de 3 ΕΡ 1 238 163 /PT filamentos subsidiários que são mais curtos do que os filamentos em forma de relva. Estes "filamentos de auxilio" ou subsidiários, como são chamados, servem para suportar as lâminas de erva artificial, de modo a impedir que os mesmos sejam comprimidos e caiam sob carga durante a utilização. Por conseguinte, os filamentos de auxílio são feitos a partir de um material que é actualmente mais rijo do que a resina sintética a partir da qual as lâminas de erva artificial são fabricadas, tal como por exemplo um material de fibra natural tal como cânhamo ou juta. Consequentemente, estes filamentos de auxílio não melhoram as propriedades de amortecimento da relva artificial. 0 invento tem agora por seu objecto proporcionar uma relva artificial com características de amortecimento aperfeiçoadas. De acordo com o invento isto é alcançado numa relva artificial do tipo acima descrito pelo facto de o material fibroso ser menos rijo do que o plástico a partir do qual as lâminas de erva artificial são fabricadas, de modo a ter características de amortecimento inerente e amortecimento aperfeiçoado em relação às referidas lâminas de erva artificial. Um material que tem "características de amortecimento inerente" é aqui entendido como dando a entender um material que é relativamente macio e resiliente per se, independentemente da sua concretização, enquanto "fibroso" é entendido como dando a entender qualquer concretização alongada, delgada do material. A ligação do material de amortecimento ao resto da relva impede que o mesmo seja deslocado e uma sua distribuição uniforme é assim assegurada, o que pode além do mais ser ajustado e monitorado durante a produção da relva artificial. Em adição, a natureza fibrosa do material de amortecimento também resulta num aperfeiçoamento adicional da acção de amortecimento. Devido ao material inerentemente amortecedor, fibroso, ser um material diferente do plástico a partir do qual as lâminas de erva artificial são fabricadas, os requisitos um tanto conflituosos de resistência ao desgaste por um lado e o bom amortecimento por outro lado podem ser satisfeitos por uma escolha adequada do material. Devido ao facto de o material inerentemente amortecedor, fibroso, ser menos rijo do que o plástico das lâminas de erva artificial, 4 ΕΡ 1 238 163 /PT mesmo no caso de espessuras de material correspondentes, existe ainda diferenças no amortecimento entre as lâminas de erva artificial e o material inerentemente amortecedor, fibroso.
Uma relva artificial que é simples de fabricar e de assentar é obtida quando o material inerentemente amortecedor, fibroso, é disposto na forma de um grande número de lâminas ligadas ao suporte. Estas lâminas prolongam-se então de preferência substancialmente de modo transversal do suporte.
De modo a impedir que as caracteristicas de jogo da relva artificial sejam afectadas pelo material de amortecimento, as lâminas do material de amortecimento sobressaem vantajosamente menos do suporte do que as lâminas de erva artificial. Para este fim as lâminas do material de amortecimento podem ser mais curtas do que as lâminas de erva artificial, mas alternativamente ou adicionalmente também é possível que as mesmas sejam onduladas.
Numa outra concretização da relva artificial de acordo com o invento, o material inerentemente amortecedor, fibroso, toma a forma de um tricotado através do qual as lâminas de erva artificial sobressaem. Este tricotado é então de preferência formado integralmente com o suporte, pelo que a estrutura da relva artificial é simplificada. 0 material de amortecimento, o qual é de preferência absorvente de humidade de modo a impedir ferimentos tais como queimaduras no caso de uma "placagem deslizante", pode ser uma borracha natural ou sintética, muito embora um plástico flexível, que difere do plástico do tipo poliamida ou poliolefina relativamente dura e lisa que se utiliza para o fabrico de lâminas de erva artificial, tal como por exemplo um poliuretano, também possa ser considerado.
Os referidos materiais podem aqui ser aplicados de forma sólida ou como espuma. 5
ΕΡ 1 238 163 /PT Ο invento é agora elucidado com base em três concretizações, em que é feita referência aos desenhos anexos, nos quais: a fig. 1 é uma vista em secção transversal que mostra esquematicamente a estrutura da superfície de relva artificial da arte anterior; a fig. 2 é uma vista que corresponde à fig. 1 de outra superfície de relva artificial da arte anterior; a fig. 3 é uma vista em secção transversal de uma relva artificial de acordo com uma primeira concretização do invento; a fig. 4 mostra uma segunda concretização da relva artificial de acordo com o invento; e a fig. 5 é uma vista correspondente às figs. 3 e 4 de uma terceira concretização da relva artificial.
Uma superfície de relva artificial da arte anterior 1 é formada por uma camada de base 2 de preferência permeável à humidade de por exemplo areia, asfalto, pedaços de pedra partida ou grânulos de lava, sobre a qual está disposta uma relva artificial 3 (fig. 1). A relva artificial 3 consiste aqui num suporte 4 que tem fixo ao mesmo um grande número de lâminas de pé 5 de um material plástico relativamente duro e liso, tal como por exemplo poliolefinas tais como polietileno, polipropileno ou suas misturas, ou poliamidas tais como nylon. De modo a dar à superfície de relva artificial 1 uma natureza um tanto resiliente correspondente ao campo de erva natural, uma camada resiliente 6 de um material amortecedor é disposta entre a camada de base 2 e a relva artificial 3, tal como por exemplo grânulos ligados opcionalmente ou tapetes de uma borracha sintética ou natural ou um plástico de espuma. No caso desta superfície de relva artificial 1 toda a relva artificial 3 é assim suportada de modo resiliente, pelo que um amortecimento indirecto e uma superfície relativamente dura e rígida se obtêm.
Numa outra variante de uma superfície de relva artificial 11 da arte anterior o material de amortecimento 16 não está disposto entre a camada de base 12 e a relva artificial 13, mas na relva artificial 13 entre as lâminas de erva artificial 15 (fig. 2). 0 material de amortecimento 16 é 6
ΕΡ 1 238 163 /PT aqui formado por grânulos de borracha que na concretização mostrada são misturados dentro de uma camada 17 de areia espalhada. Verifica-se que os grânulos de borracha 16 e a areia 17 na prática se separam quando a superfície de relva artificial 11 é utilizada para jogar, após o que os grânulos de borracha 16 vêm a ficar livres e são deslocados através ou sobre a relva artificial 13, o que resulta num amortecimento desigual da superfície de relva artificial 11. As propriedades da relva são além do mais afectadas de modo adverso pelos grânulos de borracha 16 que assentam possivelmente sobre a superfície da relva artificial 13, embora os grânulos de borracha 16 possam até afectar o jogo ao aderirem, por exemplo, a uma bola de jogar.
De acordo com o invento é agora proposta uma relva artificial 33 que, de modo semelhante, consiste num suporte 34 e num grande número de lâminas sintéticas 35 fixas ao mesmo, mas em que o material de amortecimento 36 está ligado no lado superior ao resto da relva 3. De acordo com uma primeira concretização preferida do invento o material de amortecimento 36 é aqui formado por lâminas ou fibras de, por exemplo, borracha natural ou sintética ou um plástico que é mais flexível do que o plástico a partir do qual as lâminas de erva artificial 35 são fabricadas (fig. 3). Estas lâminas de amortecimento ou fibras 36 são ligadas ao suporte 34 de relva artificial 33, por exemplo, por uma acção de tufar, tricotagem ou tecelagem. Em princípio, as lâminas de amortecimento 36 podem ser fixas ao suporte 34 da mesma maneira e na mesma operação de processamento que as fibras de erva artificial 35.
Pode ainda ter importância em condições particulares que as lâminas de amortecimento 36 sobressaiam menos para fora do suporte 34 do que as lâminas de erva artificial reais 35, de modo a impedir que as mesmas formem a superfície de jogo. Isto é porque as propriedades das fibras de amortecimento 36, em particular a sua aspereza, podem afectar negativamente a capacidade para jogo da superfície de relva artificial. Na concretização mostrada isto é alcançado ao dar às fibras de amortecimento 36 um comprimento mais curto do que as fibras de erva artificial 35. 7
ΕΡ 1 238 163 /PT
Numa concretização alternativa de relva artificial 43 as lâminas de amortecimento 46 não são direitas mas onduladas (fig. 4) . Assim, consegue-se que, embora as mesmas tenham o mesmo comprimento que as lâminas de erva artificial 45, as mesmas não sobressaiam dali para cima, embora um volume relativamente grande de material de amortecimento seja todavia incorporado dentro da relva artificial 43.
Ainda outra concretização da relva artificial 53 tem uma camada de material de amortecimento 56 na forma de um tricotado de fibras de amortecimento (fig. 5) . 0 suporte 54 pode aqui ser formado por um não tecido fixo a um lado do tricotado, mas também é possível distribuir totalmente com um suporte separado e fixar as lâminas de erva artificial 56 directamente ao tricotado de fibras de amortecimento 56, ao tufar ou tricotar. Uma tal relva artificial 53 é muito simples de fabricar.
Quando um material de absorção de humidade é escolhido como material de amortecimento, isto é, um material que não só pode absorver humidade como também se livra da mesma, tal como por exemplo uma espuma, é obtida uma relva artificial sobre a qual podem ser feitas "placagens deslizantes" sem que isto resulte em queimaduras, tal como é o caso com as relvas artificiais convencionais. A humidade tirada no material é então libertada de novo quando o material é carregado, por exemplo comprimido, e forma assim uma camada de deslize fina. 0 invento proporciona assim uma relva artificial que exibe um amortecimento muito bom que é comparável com o amortecimento de erva natural e em que este amortecimento é uniforme ao longo de toda a superfície. Em adição, a relva artificial de acordo com as concretizações preferidas mostradas do invento é relativamente simples de fabricar nas máquinas existentes e com os métodos existentes, porque as fibras de amortecimento ou lâminas podem ser incorporadas ali da mesma maneira que as fibras de erva artificial reais.
Muito embora o invento seja elucidado acima com referência a um número de concretizações, será aparente para um perito que não se encontra limitado a isso. As lâminas de amortecimento não têm por exemplo de ser fabricadas 8 ΕΡ 1 238 163 /PT inteiramente a partir de um material de amortecimento, mas podem também ser formadas por fibras de um tipo de plástico mais duro, por exemplo o mesmo plástico que as fibras de erva artificial reais, que podem então ser revestidas com uma camada de amortecimento flexível. Além do mais, o invento não está limitado a superfícies de relva totalmente artificiais, mas pode ser também aplicado nas chamadas relvas híbridas, tal como descrito por exemplo na patente anterior WO 98/23817 do requerente. 0 campo do invento é, por conseguinte, definido apenas pelas reivindicações anexas.
Lisboa,
Claims (12)
- ΕΡ 1 238 163 /PT 1/2 REIVINDICAÇÕES 1 - Relva artificial (33;43;53), que compreende um suporte (34;44;54), um grande número de lâminas de erva artificial (35;45;55) que estão fixas ao mesmo, sobressaem substancialmente de modo transversal do mesmo e são fabricadas a partir de plástico, e um material fibroso (36;46;56) disposto entre as lâminas de erva artificial (35;45;55) e ligado ao suporte (34;44;54) ou às lâminas (35;45;55), diferindo o referido material fibroso (36;46;56) do plástico a partir do qual as lâminas de erva artificial (35;45;55) são fabricadas, caracterizada por o material fibroso (36;46;56) ser menos rijo do que o plástico a partir do qual as lâminas de erva artificial (35; 45; 55) são fabricadas, de modo a ter caracteristicas de amortecimento inerente e amortecimento aperfeiçoado em relação às referidas lâminas de erva artificial (35;45;55).
- 2 - Relva artificial (33;43) tal como reivindicada na reivindicação 1, caracterizada por o material inerentemente amortecedor, fibroso, (36;46) estar disposto na forma de um grande número de lâminas ligadas ao suporte (34;44).
- 3 - Relva artificial (33;43) tal como reivindicada na reivindicação 2, caracterizada por as lâminas do material de amortecimento (36;46) se prolongarem substancialmente de modo transversal do suporte (34;44).
- 4 - Relva artificial (33;43) tal como reivindicada na reivindicação 3, caracteriza por as lâminas do material de amortecimento (36;46) sobressaírem menos do suporte (34;44) do que as lâminas de erva artificial (35;45).
- 5 - Relva artificial (33) tal como reivindicada na reivindicação 4, caracterizada por as lâminas do material de amortecimento (36) serem mais curtas do que as lâminas de erva artificial (35).
- 6 - Relva artificial (43) tal como reivindicada nas reivindicações 4 ou 5, caracterizada por as lâminas do material de amortecimento (46) serem onduladas. ΕΡ 1 238 163 /PT 2/2
- 7 - Relva artificial (53) tal como reivindicada na reivindicação 1, caracterizada por o material inerentemente amortecedor, fibroso, (56) tomar a forma de um tricotado através do qual as lâminas de erva artificial (55) sobressaem.
- 8 - Relva artificial (53) tal como reivindicada na reivindicação 7, caracterizada por o tricotado (56) ser formado integralmente com o suporte (54).
- 9 - Relva artificial (33;43;53) tal como reivindicada em qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por o material inerentemente amortecedor, fibroso, (36;46;56) ser absorvente de humidade.
- 10 - Relva artificial (33;43;53) tal como reivindicada em qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por o material inerentemente amortecedor, fibroso, (36;46;56) ser uma borracha.
- 11 - Relva artificial (33;43;53) tal como reivindicada em qualquer das reivindicações 1-7, caracterizada por as lâminas de erva artificial (35;45;55) serem fabricadas a partir de um plástico relativamente duro e liso, por exemplo uma poliolefina ou uma poliamida, e por o material inerentemente amortecedor, fibroso, (36;46;56) ser um plástico diferente e flexível, tal como um polimetano.
- 12 - Relva artificial (33;43;53) tal como reivindicada na reivindicação 10 ou 11, caracterizada por o material inerentemente amortecedor, fibroso, (36;46;56) ser uma espuma. Lisboa,
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