PT1137595E - Novos reguladores de reologia do tipo carbonatos de cálcio naturais moídos, eventualmente tratados com um ácido gordo ou um seu sal, e sua aplicação - Google Patents

Novos reguladores de reologia do tipo carbonatos de cálcio naturais moídos, eventualmente tratados com um ácido gordo ou um seu sal, e sua aplicação Download PDF

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PT1137595E PT99946379T PT99946379T PT1137595E PT 1137595 E PT1137595 E PT 1137595E PT 99946379 T PT99946379 T PT 99946379T PT 99946379 T PT99946379 T PT 99946379T PT 1137595 E PT1137595 E PT 1137595E
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Description

1
DESCRIÇÃO "NOVOS REGULADORES DE REOLOGIA DO TIPO CARBONATOS DE CÁLCIO NATURAIS MOÍDOS, EVENTUALMENTE TRATADOS COM UM ÁCIDO GORDO OU UM SEU SAL, E SUA APLICAÇÃO" A presente invenção refere-se ao sector técnico dos plastisóis. São conhecidas, neste domínio, composições poliméricas carregadas ou não, por exemplo, os poliuretanos com terminação silano, que são utilizados como mastiques ou adesivos endurecíveis com a humidade.
Na presença da humidade, os grupos silano terminais sofrem de maneira conhecida uma reacção de hidrólise e de condensação. Forma-se então uma rede estável de siloxano (Si-O-Si) .
Produtos deste tipo têm numerosas aplicações em diversos domínios industriais, tais como a indústria do transporte e da construção.
Procuraram-se então formulações cada vez mais sofisticadas, nomeadamente do tipo "mono-componente", e capazes de serem aplicadas em diversos substratos, colocando problemas cada vez mais difíceis de se resolver. A composição deste tipo de formulações compreende uma ou várias cargas, que podem ser um ou vários carbonatos de cálcio habitualmente qualificados de "finos".
Foi descoberto de acordo com a invenção que, de maneira surpreendente, a selecção de um carbonato de cálcio natural moído muito finamente, que será descrito abaixo, ou deste carbonato de cálcio tratado igualmente como é descrito abaixo, permite atingir um conjunto inigualável de propriedades satisfatórias para o produto final. Pode nomeadamente citar-se uma boa adaptabilidade à aderência em numerosos tipos de substratos, como alguns plásticos difíceis, incluindo sem 2 camada primária ou "primer" prévia, uma redução da quantidade necessária de polímero (e portanto uma redução de custo de materiais), ou ainda uma redução notável do tempo de mistura (podendo atingir um factor 1/2 para cada etapa, o que representa um grande interesse económico evidente). É ainda mais surpreendente verificar que esta melhoria notável de um conjunto de propriedades do produto final não se consegue, como os peritos na técnica o previam logicamente, em detrimento das propriedades mecânicas finais, ou de propriedades como a resistência aos agentes químicos ou aos raios UV, ou propriedades análogas solicitadas classicamente a agentes deste tipo.
Conhecem-se igualmente as formulações de tipo plastisol à base de policloreto de vinilo (PVC). É de recordar aqui que um plastisol designa uma suspensão de uma ou várias resinas de PVC num plastificante líquido, assim como adjuvantes, tais como cargas minerais, estabilizadores, pigmentos minerais e/ou orgânicos, agentes de expansão, promotores de aderência, fluidificantes e outros.
Após a gelificação térmica, o plastisol toma o aspecto de uma massa compacta mais ou menos macia.
Uma das cargas minerais habitualmente utilizada consiste num carbonato de cálcio sintético, obtido por via química (carbonato de cálcio precipitado: PCC) como por exemplo, o produto Winnofil SPT Premium™ de Zeneca.
De acordo com a invenção, é proposto utilizar como matéria mineral reguladora de reologia, um carbonato de cálcio natural moído muito finamente, na presença ou não de um agente dispersante. Este carbonato de cálcio natural é escolhido entre greda, calcite, mármore, só ou em mistura, ou entre os mesmos carbonatos de cálcio tratados com um ácido, pelo menos um ácido gordo ou um seu sal ou a sua mistura e preferencialmente com o auxílio de ácido esteárico ou um seu sal, tal como nomeadamente o estearato de cálcio, de magnésio, 3 de zinco e muito preferencialmente com o auxilio de ácido esteárico ou do seu sal de cálcio, tudo como é descrito em pormenor abaixo. 0 produto, regulador de reologia, de acordo com a invenção é caracterizado por se tratar de um carbonato de cálcio natural, com superfície especifica da ordem de 14 a 30 m2/g, de preferência 16 a 24 m2/g, e muito preferencialmente da ordem de 20 m2/g, medido segundo o método B.E.T. norma ISO 4652.
Este carbonato é eventualmente tratado com pelo menos um ácido gordo ou um seu sal ou a sua mistura, com ácido que é um ácido que contém 10 a 24 átomos de carbono, e mais particularmente ácido esteárico ou um seu sal, tal como nomeadamente o estearato de cálcio, de magnésio, de zinco e muito preferencialmente com o auxilio do ácido esteárico ou o seu sal de cálcio, de preferência à razão de 0,01% a 5% em peso e mais preferencialmente de 1% a 4% em peso. É de notar aqui que se entendem por ácido esteárico os ácidos esteáricos de qualidade industrial, compostos principalmente por 50% a 70% de ácido dodecanóico e por 30% a 50% de ácido hexadecanóico.
Uma vantagem original do produto de acordo com a invenção é que este produto é um carbonato de cálcio que cumpre uma função de regulador de reologia. Esta função é habitualmente reservada aos polímeros e aos aditivos contidos na formulação polimérica, tais como por exemplo, os redutores de viscosidade e o requerente foi surpreendido por a ver desempenhada por um produto de tipo matéria de carga mineral natural de grande finura. O produto seleccionado de acordo com a invenção consiste num carbonato de cálcio natural moído muito finamente, na presença ou não de um agente dispersante e eventualmente tratado com pelo menos um ácido gordo ou um seu sal ou a sua mistura. 4
Uma outra das suas características reside na sua retenção de óleo, que é superior a 16, medida segundo a norma ISO 787-V (método "rub-out") .
Um carbonato de cálcio com superfície específica de 19 a 26 m2/g foi descrito na patente EP 0 795 588. É conhecido, de acordo com este documento, como pigmento que fornece brilho e opacidade no domínio do papel. Este domínio de aplicação é totalmente diferente. Aliás, uma função deste tipo é totalmente diferente da de uma acção de regulador de reologia, e nada sugeria nem a função revelada pela invenção, nem o facto de que esta nova aplicação poderia conduzir a um conjunto surpreendente de propriedades que apresentam um tão grande interesse económico. A invenção refere-se à utilização, como regulador de reologia para a preparação de plastisóis, destes carbonatos de cálcio naturais moídos com uma grande finura, eventualmente tratados com o auxílio de pelo menos um ácido gordo ou de um seu sal, nomeadamente cálcio, magnésio, ou zinco, ou da sua mistura. Este ácido, que é um ácido que contém 10 a 24 átomos de carbono, é mais particularmente o ácido esteárico ou um seu sal, como nomeadamente o estearato de cálcio, magnésio, zinco e muito preferencialmente o ácido esteárico ou o seu sal de cálcio. O tratamento efectua-se de preferência à razão de 0,01% a 5% em peso e mais preferencialmente de 1% a 4% em peso de pelo menos um ácido gordo ou de um seu sal, ou da sua mistura.
Outras características e vantagens da invenção serão melhor compreendidas com a leitura da descrição e dos exemplos que vão seguir-se. Estes exemplos não representam qualquer aspecto limitativo da invenção.
Nos exemplos, os produtos apresentam as seguintes características: 5 PRODUTO A:
Carga da técnica anterior, constituída por um carbonato de cálcio natural de tipo greda, moído e seco, não tratado, com diâmetro médio de grão 0,67 micrómetros, medido com o auxílio do Sédigraph 5100 da sociedade Micromeritics, com superfície específica 11 m2/g medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652. PRODUTO B:
Regulador de reologia de acordo com a invenção, constituído por um carbonato de cálcio natural de tipo greda, moído e seco, não tratado, com diâmetro médio de grão 0,60 micrómetros, medido com o auxílio do Sédigraph 5100 da sociedade Micromeritics, com superfície específica 19,5 m2/g medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652, e com retenção de óleo igual a 18,75 medido segundo a norma ISO 787-V (método "rub-out”) . PRODUTO C:
Regulador de reologia de acordo com a invenção, constituído por um carbonato de cálcio natural de tipo calcite urgoniana, moído em via húmida e seco, não tratado, com diâmetro médio de grão 0,44 micrómetros, medido com o auxílio do Sédigraph 5100 da sociedade Micromeritics, com superfície específica de 16,5 m2/g medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652, e com retenção de óleo igual a 20 medida segundo a norma ISO 787-V (método "rub-out"). PRODUTO D: 6
Regulador de reologia de acordo com a invenção, constituído por um carbonato de cálcio natural do tipo greda, moído em via húmida e seco, tratado pela utilização de 3% em peso de ácido esteárico, com diâmetro médio de grão 0, 59 micrómetros, medido com o auxílio do Sédigraph 5100 da sociedade Micromeritics, com superfície específica, após 0 tratamento, igual a 16 m2/g medida segundo o método B.E.T., norma ISO 4652 e com retenção de óleo, após o tratamento, igual a 16,3 medido segundo a norma ISO 787-V (método "rub-out") . PRODUTO E:
Regulador de reologia de acordo com a invenção, constituído por um carbonato de cálcio natural de tipo calcite urgoniana, moído em via húmida e seco, não tratado, com diâmetro médio de grão 0,58 micrómetros, medido com o auxílio do sédigraph 5100 da sociedade Micromeritics, com superfície específica de 14,4 m2/g medida segundo o método B.E.T., norma ISO 4652, e com retenção de óleo igual a 17,9 medida segundo a norma ISO 787-V (método "rub-out"). PRODUTO F:
Regulador de reologia de acordo com a invenção, constituído por um carbonato de cálcio natural de tipo greda, moído em via húmida e seco, tratado por meio de 1% em peso de ácido esteárico, de granulometria resultante igual a 96% < 1 micrómetros e 39% < 0,2 micrómetros, medida com o auxílio do Sérigraph 5000 da sociedade Micromeritics, com superfície específica, após o tratamento, igual a 28 m2/g medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652, e com retenção de óleo, após o tratamento, igual a 19,5 medida segundo a norma ISO 787-V (método "rub-out"). 7 PRODUTO G:
Regulador de reologia de acordo com a invenção, constituído por um carbonato de cálcio natural de tipo greda, moído em via húmida e seco, não tratado, com superfície específica 22 m2/g medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652 e com retenção de óleo igual a 19,4 medido segundo a norma ISO 787-V (método "rub-out”) . PRODUTO H:
Carga da técnica anterior, constituída por um carbonato de cálcio precipitado comercializado pela sociedade Zeneca sob o nome de Winnofil SPT™. PRODUTO I:
Carga da técnica anterior, constituída por um carbonato de cálcio natural de tipo greda, moído em via húmida e seco, tratado por meio de 1% de ácido esteárico, com diâmetro médio igual a 1,4 micrómetros, medido com o auxílio do sédigraph 5100 da sociedade Micromeritics e com superfície específica igual a 6 m2/g medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652. PRODUTO J:
Carga da técnica anterior, constituída por um carbonato de cálcio natural de tipo greda, moído em via húmida e seco, tratado pela utilização de 1% em peso de ácido esteárico, com diâmetro médio igual a 1 micrómetro, medido com o auxílio do Sédigraph 5100 da sociedade Micromeritics e superfície específica 10 m2/g, medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652. PRODUTO K:
Carga da técnica anterior, constituída por um carbonato de cálcio precipitado, tratado comercialmente pela sociedade Solvay sob o nome de Socai U1S2. EXEMPLO 1:
Este exemplo refere-se à utilização de carbonato de cálcio como regulador de reologia para a preparação de plastisóis.
Testou-se nestes ensaios a substituição do carbonato de cálcio sintético obtido por precipitação, da técnica anterior, ou carbonato de cálcio precipitado (PCC) pelo carbonato de cálcio natural específico de acordo com a invenção.
Numa formulação tipo plastisol à base de PVC (cloreto de polivinilo) que não contém carbonato de cálcio, procurou-se comparar a influência da substituição de 50% a 100% da carga mineral habitualmente utilizada, nomeadamente, um carbonato de cálcio precipitado por um carbonato de cálcio natural moído muito finamente de acordo com a invenção.
Para isto, mistura-se o carbonato de cálcio a ensaiar com 75 g de plastisol não carregado, num recipiente de 7 cm com diâmetro e homogeneíza-se com espátula. Procede-se em seguida à colocação em dispersão da mistura durante 2 minutos com o auxílio de uma aparelhagem de mistura de laboratório "Pendraulik"™ LD50, sendo o diâmetro do disco de colocação em dispersão de 5 cm, sendo a velocidade de rotação do disco 2700 r.p.m. (regulação manual em posição 3).
Estando terminada a colocação em dispersão, efectua-se a medida de viscosidade com o auxílio da aparelhagem «Rheomat 120»™, aparelho de medida segundo a norma din 125, a 20°C. 9
Ensaio n° 1:
Este ensaio ilustra a técnica anterior e utiliza 20 g de um carbonato de cálcio precipitado comercializado pela sociedade Zeneca sob o nome de Winnofil SPT™ (produto H) e 5 g de carbonato de cálcio natural vendido sob o nome Juraperle™ BS pela sociedade Juraweiss.
Ensaio n° 2:
Este ensaio ilustra a técnica anterior e utiliza 13 g de um carbonato de cálcio precipitado comercializado pela
TM sociedade Zeneca sob o nome de Winnofil SPT (produto H) e 12 g do produto A de acordo com a invenção.
Ensaio n° 3:
Este ensaio ilustra a invenção e utiliza 25 g do produto B de acordo com a invenção.
Ensaio n° 4:
Este ensaio ilustra a técnica anterior e utiliza 20 g de um carbonato de cálcio precipitado comercializado pela sociedade Zeneca sob o nome de Winnofil SPT™ (produto H).
Ensaio n° 5:
Este ensaio ilustra a invenção e utiliza 10 g de um carbonato de cálcio precipitado comercializado pela sociedade Zeneca sob o nome de Winnofil SPT™ (produto H) e 15 g do produto D de acordo com a invenção.
Ensaio n° 6: 10
Este ensaio ilustra a invenção e utiliza 10 g de um carbonato de cálcio precipitado comercializado pela sociedade Zeneca sob o nome de Winnofil SPT™ (produto H) e 15 g do produto C de acordo com a invenção.
Ensaio n° 7:
Este ensaio ilustra a invenção e utiliza 13 g de um carbonato de cálcio precipitado comercializado pela sociedade Zeneca sob o nome de Winnofil SPT™ (produto H) e 12 g do produto E de acordo com a invenção.
Ensaio n° 8:
Este ensaio ilustra a invenção e utiliza 10 g de um carbonato de cálcio precipitado comercializado pela sociedade Zeneca sob o nome de Winnofil SPT™ (produto H), 5 g de carbonato de cálcio natural vendido sob o nome Juraperle BS pela sociedade Juraweiss e 10 g do produto D de acordo com a invenção.
Ensaio n° 9:
Este ensaio ilustra a invenção e utiliza 10 g de um carbonato de cálcio precipitado comercializado pela sociedade Zeneca sob o nome de Winnofil SPT (produto H), 5 g de , Φίνι carbonato de cálcio natural vendido sob o nome Juraperle BS pela sociedade Juraweiss e 10 g do produto E de acordo com a invenção.
Ensaio n° 10: 11
Este ensaio ilustra a invenção e utiliza, para uma mistura com 72 g de plastisol, 10 g de um carbonato de cálcio precipitado comercializado pela sociedade Zeneca sob o nome de Winnofil spt™ (produto H), 5 g de carbonato de cálcio natural vendido sob o nome Juraperle™ BS pela sociedade Juraweiss e 13 g do produto E de acordo com a invenção.
Os resultados das medidas de viscosidade em função da velocidade de escoamento de acordo com a norma DIN 125 a 20°C estão reunidos nos quadros ia e ib a seguir. QUADRO Ia c Ensaio n° Técnica anterior Técnica anterior invenção Técnica anterior invenção 0 1 2 3 4 5 M Plastisol não 75, 00 75, 00 75,00 75,00 75, 00 P carregado (em g) 0 PCC (em g) 20, 00 13,00 - 25,00 10, 00 s Juraperle1” BS (em g) 5, 00 - - - - I Produto A (em g) - 12,00 - - - ç Produto B (em g) - - 25, 00 - - Ã Produto D (em g) - - - - 15, 00 0 Peso da mistura (em g) 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 " -^Viscosidade mPa.s Ensaio Ensaio Ensaio Ensaio Ensaio n° n° n° n° n° R Ve 1 o c i da de de escoamento 1 2 3 4 5 E 20 18200 17700 15200 17600 17100 40 10040 9650 8430 9900 9650 0 60 7260 7100 6280 7200 7100 80 5890 5730 5170 5850 5700 L 100 5100 4880 4390 5000 4800 0 120 4490 4380 3980 4450 4350 140 4100 4020 3550 3990 3990 160 3780 3650 3310 3650 3650 G 180 3460 3400 3110 3400 3380 200 3320 3220 2950 3190 3170 1 220 3140 3030 2780 3110 3000 240 3000 2870 2620 2890 2820 260 2870 2760 2520 2740 2700 280 2760 2680 2420 2610 2600 300 2660 2570 2350 2490 2490 12 QUADRO Ib
Ensaio n° invenção invenção invenção invenção invenção c 6 7 8 9 10 0 Plastisol não 75, 00 75,00 75, 00 75, 00 75, 00 M carregado (em g) P PCC (em g) 10, 00 13,00 10,00 10,00 10,00 0 Juraperle™ BS (em g) - - 5, 00 5, 00 5, 00 s Produto C (em g) 15, 00 - - - - I Produto D (em g) - - 10,00 - - Ç Produto E (em g) - 12,00 - 10,00 13,00 Ã 0 Peso da mistura (em g) 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 ^^Viscosidade mPa.s Ensaio Ensaio Ensaio Ensaio Ensaio n° n° n° n° n° R Velocidade^^^^ de escoamento s-1^— 6 7 8 9 10 E 20 12700 17300 13100 12500 17000 40 7280 9450 76700 7160 9500 0 60 5360 6950 5630 5250 7030 80 4430 5600 4850 4330 5580 L 100 3820 4830 4040 3780 4800 0 120 3400 4230 3600 3300 4320 140 3110 3950 2290 3000 3790 160 2860 3550 3040 2770 3550 G 180 2680 3260 2850 2590 3280 I 200 2520 3110 2680 2480 3080 220 2400 2910 2550 2320 2950 A 240 2290 2790 2430 2200 2800 260 2190 2670 2340 2130 2710 280 2120 2580 2250 2050 2610 300 2040 2490 2180 1970 2490 A leitura do quadro permite ver que a utilização do carbonato de cálcio de acordo com a invenção permite regular o comportamento reológico da composição de plastisol, mesmo quando 100% do carbonato de cálcio precipitado foi substituído pelo carbonato de cálcio de acordo com a invenção. EXEMPLO 2:
Este exemplo refere-se ao estudo das propriedades mecânicas clássicas conferidas pelo produto F de acordo com a invenção, ou seja, uma greda natural triturada de maneira a 13 obter uma superfície específica de 28 m2/g, a misturas à base de PVC plastificado, em comparação com misturas carregadas com o auxílio de carbonatos de cálcio naturais bem conhecidos da técnica anterior.
Para cada um dos ensaios, realiza-se a seguinte mistura: PVC «SOLVIC 239 D» comercializado pela 100 sociedade Solvay
Ftalato de dioctilo (Jayflex™ dop de Exxon) 50
Sulfato dibásico de chumbo 1
Sulfato tribásico de chumbo 2
Carga a testar 80
Preparação da composição:
As misturas secas ou «dry-blends» são preparadas no misturador adiabatico «GUEDU» , a 100°C durante um período de 15 minutos. As misturas são em seguida gelificadas em cilindros a 150°C no misturador de cilindros. Para todas as misturas, esta operação foi efectuada em 12 minutos.
Placas de 90 x 90 x 2 mm foram em seguida moldadas a 160°C após o pré-aquecimento da peça bruta durante 3 minutos, e postas sob pressão durante 2 minutos antes do arrefecimento, com o auxílio de uma prensa de compressão.
Os provetes necessários à determinação das propriedades mecânicas foram recortados nestas placas.
Os diferentes carbonatos de cálcio testados são:
Ensaio n° 11:
Este ensaio ilustra a técnica anterior e utiliza uma greda natural, tratada com 1% de ácido esteárico, com 14 superfície específica 6 m2/g medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652 (produto I).
Ensaio n° 12:
Este ensaio ilustra a técnica anterior e utiliza uma greda natural, tratada com 1% de ácido esteárico, com superfície específica 10 m2/g medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652 (produto J).
Ensaio n° 13:
Este ensaio ilustra a invenção e utiliza o produto F de acordo com a invenção.
As propriedades mecânicas são apreciadas pelos ensaios dinamométricos (resistência à ruptura, alongamento à ruptura, módulo 100%) efectuados pela utilização da aparelhagem Instron™ segundo a norma ISO 37, a uma temperatura de 23°C e para uma velocidade de tracção de 10 cm/min. A resistência à ruptura ASTM-C é determinada segundo o método da norma ISO R-34 e a dureza Shore C segundo o método da norma ISO 868.
Os resultados destas medidas de propriedades mecânicas estão reunidos no quadro II a seguir.
Quadro II
Ensaio n° Técnica anterior Técnica anterior invenção 11 12 13 Resistência à ruptura (daN/crró) 128 130 136 Alongamento à ruptura (%) 300 260 172 Módulo 100% (daN/cm2) 83 106 127 Resistência ao rasgamento ASTM-C (daN/cm) 47 56 58 Dureza shore C a 15 s (em daN/cm) 60 64 74 15 Vê-se que as propriedades mecânicas obtidas são excelentes e são superiores às obtidas com os carbonatos de cálcio naturais moídos, mas com superfície específica fora do domínio da invenção. A invenção permite portanto optimizar as formulações em função da propriedade mecânica a privilegiar.
Lisboa, 23 de Março de 2010

Claims (9)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Utilização, como regulador de reologia do plastisol, de um carbonato de cálcio caracterizado por se tratar de um carbonato de cálcio natural, moido muito finamente, com superfície especifica da ordem de 14 a 30 m2/g, de preferência da ordem de 16 a 24 m2/g e muito preferencialmente da ordem de 20 m2/g, medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652.
  2. 2. Utilização como regulador de reologia de um carbonato de cálcio de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se tratar de um carbonato de cálcio natural, moido muito finamente, com superfície específica de 14,4 m2/g medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652.
  3. 3. Utilização como regulador de reologia de um carbonato de cálcio de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se tratar de um carbonato de cálcio natural, moído muito finamente, com superfície específica de 16 m2/g medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652.
  4. 4. Utilização como regulador de reologia de um carbonato de cálcio de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se tratar de um carbonato de cálcio natural, moído muito finamente, com superfície específica de 16,5 m2/g medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652.
  5. 5. Utilização como regulador de reologia de um carbonato de cálcio de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se tratar de um carbonato de cálcio natural, moído muito finamente, com superfície específica de 22 m2/g medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652. 1
  6. 6. Utilização como regulador de reologia de um carbonato de cálcio de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se tratar de um carbonato de cálcio natural, moido muito finamente, com superfície especifica de 28 m2/g medida segundo o método B.E.T. norma ISO 4652.
  7. 7. Utilização como regulador de reologia de um carbonato de cálcio de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se tratar de um carbonato de cálcio natural tratado com o auxilio de pelo menos um ácido gordo que contém 10 a 24 átomos de carbono, um seu sal escolhido entre os sais de cálcio, de magnésio, de zinco, ou a sua mistura, e mais particularmente com o auxilio do ácido esteárico ou do seu sal de cálcio, numa proporção da ordem de 0,01 % a 5 % em peso.
  8. 8. Utilização como regulador de reologia de um carbonato de cálcio de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por se tratar de um carbonato de cálcio natural tratado com o auxilio de pelo menos um ácido gordo que contém 10 a 24 átomos de carbono, ou um seu sal escolhido entre os sais de cálcio, de magnésio, de zinco, ou a sua mistura e mais particularmente com o auxilio de ácido esteárico ou do seu sal de cálcio, numa proporção na ordem de 1% a 4% em peso.
  9. 9. Utilização como regulador de reologia de um carbonato de cálcio de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 8, caracterizado por apresentar uma retenção de óleo que é superior a 16 medida segundo a norma ISO 787-v (método “rub-out") . Lisboa, 23 de Março de 2010
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