PT103481A - Inalador de uso simples e método de inalação - Google Patents
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Abstract
INALADOR DE PÓ PARA USO PULMONAR OU NASAL, COMPOSTO POR, PELO MENOS, UM CORPO DE INALADOR (300) E UM CONTENTOR (310) COM UM OU DOIS COMPARTIMENTOS (321) QUE CONTÊM CADA UM UMA DOSE DE FÁRMACO (322). O COMPARTIMENTO TEM ORIFÍCIOS DE ENTRADA DE AR E ORIFÍCIOS DE SAÍDA DO PÓ, QUE, EM USO, COMUNICAM COM UM CANAL DE INALAÇÃO (303) NO CORPO DO INALADOR. PARA EVITAR QUE O PÓ SE ESCAPE PELOS ORIFÍCIOS DO COMPARTIMENTO ANTES DA UTILIZAÇÃO, OS ORIFÍCIOS DE ENTRADA DE AR SÃO DE DIMENSÃO REDUZIDA, IMPEDINDO OU DIFICULTANDO A SAÍDA DO PÓ POR GRAVIDADE. QUANDO O CONTENTOR (310) ESTÁ INSERIDO DENTRO DO CORPO DO INALADOR (300), TODOS OS SEUS ORIFÍCIOS ESTÃO OBSTRUÍDOS. MOVENDO-SE O COMPARTIMENTO EM RELAÇÃO AO CORPO ATÉ Á POSIÇÃO DE INALAÇÃO, OS ORIFÍCIOS PASSAM A COMUNICAR ENTRE SI PERMITINDO UM FLUXO DE AR QUE DISPERSA E ARRASTA A DOSE PELO BOCAL (303). SÃO APRESENTADAS CINCO REPRESENTAÇÕES DA MESMA INVENÇÃO.
Description
Descrição
Inalador de uso simples e método de inalação A presente invenção descreve um inalador pulmonar ou nasal de simples construção e operação.
Inaladores utilizados na administração de fármacos são bem conhecidos, tendo-se popularizado depois do desenvolvimento da válvula doseadora e do inalador doseador pressurizado por Charles Thiel em 1956 e pela introdução de vários inaladores de pó que se iniciou na década de 1960 e que tem continuado até hoje. $ Estes inaladores têm sido usados sobretudo no tratamento de doenças como asma e doença pulmonar crónica obstrutiva, mas mais recentemente foram desenvolvidas aplicações para administrar medicamentos sistemicamente pela via pulmonar ou nasal. A necessidade de combinar eficácia, facilidade de uso e dimensões reduzidas têm i s dominado estes esforços. Os primeiros dispositivos de pó empregavam cápsulas (GB 1,182,779, Spinhaler; GB 2 064 336, Rotahaler; US 4,889,114, Inhalator; e FR 75 21844, Cyclohaler), mas as cápsulas requerem agilidade no seu manuseamento, o que é inconveniente e aumenta o custo. Estes inaladores também requerem um mecanismo que fure, corte ou abra as cápsulas, na maioria dos casos empregando 26 agulhas ou lâminas de metal (PT 101.450 FlowCaps), o que é mais uma fonte de custo. Existem maneiras de evitar o manuseamento de cápsulas, por exemplo nas patentes US5,595,175 e US 5,651,359, mas o método usado introduziu mais complexidade e, portanto, mais custos.
Em situações em que um agente infeccioso está a ser tratado, ou simplesmente 3$ se encontra na boca e nas vias respiratórias, existe a necessidade de se eliminar a possibilidade de contaminação do inalador e para essa fim é altamente desejável ter um dispositivo suficientemente económico que possa ser usado uma só vez e descartado. São efectivamente conhecidos inaladores que tratam doenças virais, como a gripe (GB 2 178 965 Diskhaler), mas este inalador precisa de ser recarregado e reutilizado durante a duração total do tratamento de cinco dias, sendo assim repetidamente contaminado pelo vírus. Adicionalmente, a grande maioria dos pacientes com gripe não têm experiência prévia de inalação, o que exige que o inalador seja de extrema simplicidade e de uso intuitivo.
Por conseguinte, tem sido dada muita atenção a dispositivos descartáveis, e â5 construções muito económicas têm sido apresentadas na literatura. Um desafio recorrente para os inventores tem sido a necessidade de segregar uma dose de pó para impedir que saia ou se entorne antes de ser administrada. Num caso, conhecem-se seis patentes (US5,533,505, US5,660,169, US5.918,594, US6,102,035, 1 í 17 y US6,105,574 e US6.286.507) que foram concedidas para o mesmo inalador, descrevendo métodos de embalagem de dose dentro do dispositivo. Isto não é difícil em si, mas é uma fonte de custo e de complexidade industrial e operacional, todos factores a evitar. 5 A US7.032.593 descreve um dispositivo simples contendo uma dose de pó, que não verte graças a uma tira que se remove imediatamente antes de uso; mas nesta e noutra versão do invento na mesma patente, a possibilidade de haver uma fuga antes da inalação do pó muito fino e fluído pelos orifícios de ventilação não parece ter sido contemplada. 10 Dispositivos descartáveis têm também sido frequentemente deficientes na mais importante função de um inalador, que é a de dispersar aglomerados de partículas de substância activa e de excipientes, reduzindo as primeiras ao seu tamanho de partícula original de menos de 5 pm. Uma das concepções mais simples usa uma simples palha (de beber) (US5.797.392, DirectHaler), mas o facto que a dispersão e o 15 transporte do pó ocorrem em simultâneo num muito curto espaço de tempo - uma fracção de segundo - pode reduzir a eficácia do dispositivo e depositar uma dose menor no pulmão. Outros dispositivos muito simples sem meios aparentes de dispersão do pó estão descritos nas patentes 1185,042,472, US5.239.991 e US6,098,619. Com uma eficácia reduzida, pode tornar-se necessário aumentar a dose 20 para se obter o mesmo efeito terapêutico, enquanto que a administração rápida pode causar a sensação de "boca empoeirada". Nenhumas destas características são desejáveis.
Tendo os inaladores para a asma sido tipicamente desenvolvidos para armazenarem um grande número de doses de produtos potentes, doseadas quer 25 individualmente por um processo industrial, quer pelo próprio dispositivo, nunca foram verdadeiramente adequados para a administração de doses grandes. Inaladores contendo doses individuais são preferíveis, pois aqueles que contêm um auto-doseador têm tendência para variabilidade no doseamento. Dispositivos que utilizam uma cavidade num sistema de auto-doseamento que inclui um mecanismo deslizante 30 são conhecidos (US 4,524,769 Turbuhaler, US 5,575,280 Clickhaler; US5,829,434 Twisthaler, US6,332,461 Easyhaler) mas não são apropriados para dosearem doses grandes e a sua função resume-se a dosear e a transportar uma dose de um reservatório até ao bocal de inalação.
Existe assim uma necessidade para um inalador que é pré-doseado, para 35 comodidade do paciente; ser descartável, por razões de segurança e higiene; simples, por razões económicas e facilidade de utilização; e com uma grande capacidade dispersiva e de transporte, para eficácia terapêutica.
A presente invenção tem por objecto um inalador de pó, cuja finalidade é combinar todas estas característicase vantagens. O inalador de pó desta invenção destina-se a administração pulmonar ou nasal, e inclui um corpo de inalador compreendendo um bocal ou adaptador nasal e uma 5 abertura no corpo. O inalador tem um orifício superior do corpo que permite a comunicação entre o bocal e a abertura no corpo, e inclui também um contentor de pó montado na abertura do corpo. O contentor de pó tem, pelo menos, um compartimento de pó e é desenhado de forma a poder mover-se dentro da abertura, o corpo do inalador tendo preferivelmente meios para prender o contentor na abertura 10 do corpo e meios para limitar a distância de forma ao contentor poder mover-se dentro do abertura. Cada compartimento de pó tem um orifício superior e o contentor pode mover-se dentro da abertura a partir de uma primeira posição, em que o orifício superior está desfasado do canal do bocal, em direcção a uma segunda posição na qual o orifício superior do compartimento se encontra alinhado com ele. Na primeira 11 posição, não há comunicação de ar e o pó dentro do compartimento encontra-se isolado do bocal e não pode ser administrado. Na segunda posição, o contentor foi deslocado para um ponto onde o orifício superior do compartimento está alinhado com o bocal, definindo-se assim uma câmara de dispersão a partir da qual o conteúdo da câmara de pó pode ser administrado ao bocal. Esta construção proporciona uma 20 economia considerável, já que dispensa o uso de câmaras de armazenamento distintas de câmaras de dispersão. A combinação de dois componentes para formar uma área de dispersão é uma característica inventiva da presente invenção. Evitando que o pó seja armazenado numa câmara e dispersado noutra, tem outras vantagens técnicas, já que se evita perdas de pó na transferência de uma câmara para a outra e 25 que a área das superfícies, onde o pó pode aderir sem ser devidamente dispersado e arrastado, é reduzida. Outra vantagem é que o utilizador já não tem de manipular doses unitárias. (Na descrição que se segue, "próximo" refere-se a pontos no inalador que estão mais próximos da boca ou do nariz, e "distante" refere-se a pontos que estão mais 30 longe. Referências a "bocal" incluem "adaptador nasal").
Para que um compartimento de pó se possa transformar numa câmara de dispersão, é necessário admitir ar. No inalador da presente invenção, o corpo do inalador inclui ainda um orifício inferior do corpo, que liga o corpo do inalador a abertura do corpo e cada compartimento de pó inclui um orifício inferior do 35 compartimento. Em adição, colocamos no corpo do inalador um orifício superior do corpo, mais precisamente na extremidade distante do canal do bocal, e ainda orifícios laterais do corpo, os quais admitem ar directamente da atmosfera ao canal do bocal e 3/1? aumentam o volume de ar que atravessa o compartimento de pó. O orifício lateral do corpo, de preferência, deve fazer a ligação com o canal do bocal, num ponto o mais perto possível do orifício superior do corpo para criar turbulência a sua superfície e evitar assim zonas de acumulação de pó, o que é indesejável. 5 Quando um compartimento de pó se encontra na segunda posição conforme acima descrito, o ar consegue entrar pelo orifício inferior do corpo, daí para o orifício inferior do compartimento, atravessando o compartimento e saindo dele pelo orifício superior do compartimento, de seguida pelo orifício superior do corpo e para o canal do bocal, e finalmente fora do inalador. Quando este fluxo é estabelecido por uma 10 sucção no bocal ou no adaptador nasal e uma dose de um fármaco em pó se encontra dentro do compartimento, o fluxo gerado induz uma turbulência que quebra os aglomerados de pó a uma dispersão de partículas, para arrasto e deposição final no local desejado, no pulmão ou nas fossas nasais, conforme a aplicação.
Este inalador não usa cápsulas farmacêuticas convencionais, de gelatina ou de 15 celulose/HPMC. No seu lugar, as doses de pó estão contidas dentro de compartimentos que têm a forma de uma cápsula. Embora outras formas sejam possíveis, as extremidades arredondadas da cápsula e a sua secção cilíndrica e constante fazem desta forma uma boa escolha para minimizar a retenção de pó durante e após a inalação. De facto, qualquer forma sem grandes ângulos, esférica, 20 oval, cónica, bi-cónica ou desse género seriam igualmente vantajosas.
Os compartimentos de pó, dos quais podem haver unicamente um ou vários conforme a aplicação, mas de que existem de preferência um ou dois, são construídos, formados, brocados ou moldados dentro de um contentor. Assim um único componente, que pode ser fabricado num só passo se se recorrer a moldagem 25 por injecção contem o ou os compartimentos de pó. Qualquer que seja o seu número, fica claro que se encontram sempre isolados um do outro e que não existe comunicação entre eles. Tal contentor, tendo dois compartimentos de pó, é uma característica inventiva da presente invenção. O corpo do inalador e o contentor de pó podem ser fabricados de qualquer 30 material próprio para uso farmacêutico, mas o plástico é preferido, e o material usado para o contentor de preferência deverá ser transparente. O contentor de pó tem orifícios que permitem que o ar atravesse um compartimento de pó, que disperse o pó, que o arraste para o bocal e que seja transportado para a boca do paciente. No entanto, o orifício inferior do compartimento, 35 situado no lado distante de admissão do ar de um compartimento de pó, precisa de ser muito pequeno para evitar que, imediatamente depois de encher com pó e antes que o contentor seja inserido no corpo do inalador, o pó se escape por esse orifício 4 Π ? inferior do compartimento sob a força da gravidade. Preferimos configurar esse orifício inferior do compartimento como uma ranhura estreita, uma por compartimento de pó, mas a mesma função podia ser conseguida com pequenos furos redondos de um diâmetro de 1 mm ou menos. No caso de moldagem por injecção, a ranhura é mais 5 fácil de fabricar, e preferimos que cada ranhura tenha uma largura de 1 mm ou menos, já que observámos que essa dimensão pode ou bloquear ou substancialmente dificultar que o pó se escape do compartimento.
Quer se use uma ranhura ou um pequeno furo no orifício inferior do compartimento para admitir ar para o compartimento de pó, descobrimos que ío alargando as paredes da ranhura ou do furo em direcção ao compartimento, promove a colmatação do pó. Esse alargamento cria um funil situado directamente em cima do orifício inferior do compartimento e calculámos que o melhor ângulo para colmatar o pó está incluído entre 179° e o ângulo de repouso do pó contido dentro do compartimento, de preferência entre 120° e o ângulo de repouso do pó. Este funil impede a fuga de pó sob a força da gravidade pela formação de uma abóbada de partículas sobre o funil e tal é mais uma característica inventiva da presente invenção.
Pelo contrário, o orifício superior do compartimento, situado na extremidade próxima do compartimento de pó, precisa de ser suficientemente largo para permitir o enchimento normal e a alta velocidade do pó. Na maioria dos casos, o orifício superior 20 do compartimento terá o mesmo diâmetro que o compartimento propriamente dito, o que significa que durante o enchimento o contentor de pó é colocado de preferência na mesma orientação com o orifício inferior do compartimento orientado para o chão, e o orifício superior do compartimento orientado para cima.
Imediatamente depois de encher o ou os compartimentos com uma dose unitária 25 de pó, de preferência em ambiente de automação industrial, o contentor de pó deve ser inserido dentro do corpo do inalador, que é construído de preferência a que os orifícios inferior e superior do compartimento estejam em contacto com uma superfície continua, lisa, no corpo do inalador e que esse contacto seja de tolerância apertada com as paredes inferior e superior do corpo do inalador onde se dá esse contacto. Na 3o posição de armazenamento, que se verifica quando o compartimento de pó está deslocado dos orifícios superior e inferior do corpo do inalador e do canal do bocal, a dose unitária de pó está efectivamente selada dentro do seu compartimento, pois o contentor está encaixado entre as paredes superior e inferior do corpo do inalador. Este contacto próximo com as paredes do corpo do inalador previnem a fuga do pó 35 durante o armazenamento e isso é mais uma característica inventiva da presente invenção. Neste momento, o inalador está pronto para embalagem, de preferência com filme metálico e sob baixas condições de humidade.
Para além de evitar que o pó se escape por gravidade, o orifício superior do compartimento bem como os orifícios superior e lateral do corpo têm um papel importante na função deste inalador, já que os seus diâmetros ou áreas respectivas e os seus posicionamentos determinam o perfil aerodinâmico do dispositivo e tal, por 5 sua vez, determina o conforto de inalação e a eficácia da administração do pó.
No caso presente, a fonte de energia para a dispersão do pó e transporte é o fluxo inspiratório do paciente e essa energia tem de ser utilizada da forma mais eficiente pelo inalador. Tais dispositivos, qualificados como passivos, não precisam de motores ou outros complexos elementos mecânicos para operar, mas por outro lado o seu 10 desempenho tende a depender da intensidade (volume e velocidade) do fluxo de ar: quanto maior for essa intensidade, maior será a dispersão e o arrastamento e maior será a dose depositada no pulmão ou nas fossas nasais. Tal é indesejável, pois o mesmo paciente inalando com intensidades diferentes irá obter doses variáveis. Assim, o desenvolvimento de um inalador que atinge perto da sua eficácia máxima a is um fluxo de ar relativamente baixo tem sido um dos objectivos importantes na tecnologia da inalação.
Quando um compartimento de pó se encontra em comunicação aérea com os vários orifícios do inalador, isto é quando está na posição de inalação, o ar e o pó podem misturarem-se e fluir para fora do inalador. A função do orifício ou orifícios 20 laterais do corpo é importante aqui, aumentando a pequena quantidade de ar que consegue penetrar dentro do compartimento através dos pequenos buracos ou ranhuras do orifício superior do compartimento. Estes orifícios laterais permitem que a inalação seja confortável e que o rácio pó/ar seja desejavelmente pobre em pó e rico em ar, maximizando assim a capacidade de transporte do ar. 25 Com a provisão do orifício lateral do corpo, o utilizador pode gerar confortavelmente uma diferença de pressão de 4 kPa, o que é reconhecido nas farmacopeias como uma depressão adequada do ponto de vista do inalador, mas também em relação a fisiologia pulmonar, já que esse valor é metade da depressão máxima que os músculos intercostais e o diafragma conseguem gerar. No caso do 30 nariz, a depressão que pode ser gerada é menor (porque a resistência a passagem do ar nas fossas nasais é maior do que na boca) e neste caso basta alterar o diâmetro e quantidade dos orifícios laterais do corpo para regular a diferença de pressão ideal para uma administração nasal.
Ora, se o utilizador pode assim aplicar uma sucção considerável ao bocal, é 35 importante evitar uma saída de pó que seja demasiadamente rápida. Esta é a função da configuração dos orifícios superior e inferior do compartimento, particularmente
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quanto a maneira como as suas dimensões podem ser variadas para regular a quantidade de ar que entra e sai do inalador.
Assim, para além de evitarem a fuga do pó sob a força da gravidade, as ranhuras ou os buracos do orifício inferior do compartimento restringem a admissão de ar. Experimentando com vários comprimentos de ranhura ou número de buracos, é possível afinar o inalador para permitir que uma dose de pó seja administrada no espaço de tempo desejado, a determinado fluxo de ar. Essa duração pode então ser regulada desde aproximadamente 200 milisegundos até vários segundos. No entanto, preferimos regular os comprimentos da ranhura ou o número de buracos por forma a permitir um tempo de administração mais longo que 0.5 segundo e de preferência até 2 segundos, a um fluxo de ar de 35 Umin1 , para que haja um excesso de ar para transportar o pó, reduzir o efeito de "boca empoeirada" e melhorar a deposição pulmonar. A esse fluxo, uma duração de inalação de 2 segundos resulta num volume inalado de 1.2 litros de ar. Como uma pessoa, inalando através de um inalador, usa cerca de 2 litros de ar para uma inalação completa (pode ser mais), temos ainda cerca de 0.8 litro de ar suplementar para fazer avançar a dose de pó mais profundamente dentro do pulmão. No caso de aplicações nasais, é desejável ter uma administração de duração mais curta. O tamanho e configuração do orifício superior do corpo também servem para regular o fluxo de ar. Na sua ausência, a administração do pó a partir do orifício superior do compartimento, que é muito largo, poderia ser muito rápida resultando em dispersão insuficiente. Assim, o orifício superior do corpo actua como mais uma barreira a passagem do pó e tal é uma vantagem, pois reduz a intensidade da administração e constitui um obstáculo no curso das partículas, promovendo a sua dispersão. Esta barreira é vantajosamente constituída por várias pequenas perfurações dispostas logo na entrada no canal de inalação, embora outras formas também possam ser usadas. A câmara de armazenamento de pó está agora completamente transformada em câmara de dispersão, dentro do mesmo compartimento, ou seja o compartimento confronta agora a barreira perfurada no orifício superior do corpo. A combinação de restrições à entrada e a saída de ar do compartimento resulta num fluxo de ar mais prolongado e numa administração desejavelmente mais gradual, o que reduz o efeito de "boca empoeirada" e melhora a deposição pulmonar. Esta combinação de pequenos buracos e a provisão de um orifício adicional, a jusante da câmara de dispersão, foram descritas na PT101.450, cujo ensinamento é aqui incorporado. nn
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Com esta configuração aerodinâmica, o compartimento é uma câmara de dispersão eficiente. As partículas podem continuar a sua dispersão dentro do canal de inalação no bocal, mas a dispersão, altamente turbulenta e gradual, é na realidade visível dentro do compartimento, quando este é construído de um material s transparente. Uma câmara de armazenamento que se transforma numa câmara de dispersão, essa câmara de dispersão sendo definida por elementos situados em componentes mecânicos diferentes que são combinados na altura da inalação, é mais uma característica inventiva da presente invenção.
Os orifícios que admitem ar para dentro do inalador a partir da atmosfera, tal como m o orifício inferior do corpo e o orifício lateral do corpo, devem de preferência estar protegidos contra bloqueamento acidental, como poderia facilmente acontecer se fossem tapados por um dedo do utilizador. Preferimos assim que esses orifícios sejam construídos com meios que previnam esse entupimento. Por exemplo, o perímetro dos orifícios pode ter ameias, por forma a que, mesmo se forem tapados por um dedo, o ar a pode entrar pelas frestas das ameias. Outras construções são possíveis, tais como elementos nos componentes do inalador que formem frestas que são mais estreitas que um dedo, mas mais compridas que uma dedada, por forma a impedir o bloqueamento das passagens de ar. Meios que previnam o bloqueamento da admissão de ar ao inalador são uma característica inventiva da presente invenção. 2¾ Quando o paciente pretende usar o inalador da presente invenção, retira-o da sua embalagem. O contentor encontra-se então na posição de armazenamento. O paciente move então o contentor para a primeira posição de inalação, e neste ponto o compartimento tem o seu orifício inferior alinhado com o orifício superior do corpo, ou seja o pó poder-se-ia de novo escapar sob acção da gravidade. As ranhuras ou pequenos buracos têm nova função, já que impedem que o pó se escape sob acção da gravidade, quando o compartimento se encontra na posição de inalação, o que seria obviamente indesejável. O paciente inala então a primeira dose, conforme as instruções na embalagem. Caso haja um segundo compartimento, o paciente avança-o para a posição de inalação, e inala uma segunda vez, repetindo a manobra tantas B vezes quanto haja compartimentos. O presente inalador pode ter várias representações ou versões e os que são agora descritos são todos características inventivas da presente invenção.
Numa primeira versão, o contentor de pó é um tabuleiro que é inserido no lado do corpo do inalador e é movido transversalmente, de forma a que um compartimento de m pó possa ser alinhado com o canal do bocal e a inalação possa acontecer (o modelo Tabuleiro). Se o contentor de pó incluir um segundo compartimento de pó, o paciente continua a avançar o contentor na mesma direcção até o segundo compartimento t/1? m
estar também alinhado para inalação. A direcção do movimento do contentor pode ser perpendicular ao eixo longitudinal do corpo do inalador e do eixo do canal do bocal, mas podia ser outro ângulo, diferente de ângulo recto, desde que o eixo longitudinal do compartimento de pó em movimento seja substancialmente paralelo ao do canal do 5 bocal.
Noutra versão, que é uma variação da primeira, o contentor de pó é composto não por um, mas por dois tabuleiros distintos, cada tabuleiro contendo um compartimento de pó (o modelo Duplo Tabuleiro). Aqui, um contentor pode ser empurrado de lado para a posição central para o seu conteúdo ser inalado e depois o segundo contentor pode ser empurrado do outro lado, numa direcção contrária, deslocando então o primeiro contentor que está agora vazio, ocupando por sua vez a posição central e sendo o seu conteúdo inalado.
Uma terceira versão da presente invenção (o modelo Vaivém) combina as vantagens dos modelos Tabuleiro e Duplo Tabuleiro, empregando um só contentor is que se move bi-direccionalmente. Aqui o contentor de pó, contendo pelo menos um compartimento, também tem a forma de um tabuleiro, mas em vez de se mover numa só direcção, é movido numa primeira direcção até a posição central de inalação, onde o primeiro compartimento de pó pode ser inalado, e depois na direcção contrária para que o segundo compartimento seja por sua vez inalado.
Numa quarta versão da presente invenção, o contentor de pó é um cilindro que compreende, pelo menos, um compartimento de pó, o ou os compartimentos são paralelos ao cilindro (e um ao outro, no caso de haver vários compartimentos) e, neste caso, um compartimento de pó é alinhado com o canal do bocal, aplicando uma rotação ao cilindro (o modelo Cilindro). Aqui o plano de rotação do contentor de pó é 25 substancialmente paralelo ao eixo longitudinal do corpo do inalador e do canal do bocal.
Numa quinta versão da presente invenção, o contentor de pó é um disco que compreende um, dois ou mais compartimentos dispostos radialmente a partir do centro do disco e, neste caso, o compartimento de pó é alinhado com o canal do bocal 30 rodando o contentor de pó em forma de disco (o modelo Disco). Neste caso, o plano de rotação do contentor de pó é substancialmente paralelo ao eixo longitudinal do corpo do inalador e do canal do bocal.
Em todas as versões, na posição inicial de armazenamento, a dose unitária de pó está contida no ou nos compartimentos e nesta posição o pó está selado pelo contacto $$ com as paredes do corpo do inalador. Quando o contentor e movido e um compartimento de pó se encontra na posição de inalação, todos os orifícios destas versões do mesmo inalador estão em comunicação com o ar e a sucção aplicada ao
bocal provoca a aerossolizaçãodo pó e o seu transporte para a boca ou para o nariz. No caso de uma aplicação nasal, o canal de inalação terá idealmente uma bifurcação e duas extremidades simétricas, adaptadas ao tamanho das narinas, permitindo assim que a dose seja inalada simultaneamente por ambas as narinas. 5 No modelo Tabuleiro, o paciente pode ser informado com vantagem que o contentor de pó foi avançado e se encontra na posição de inalação pelo intermédio de elementos que formam barreiras recíprocas em componentes distintos, os quais ao passarem um pelo outro produzem um som ou estimulo táctil (vulgo "clic"). Nos modelos Vaivém, Tabuleiro duplo, Cilindro e Disco, não há necessidade dessas 10 barreiras recíprocas, já que estes dispositivos podem facilmente ser construídos com um elemento no corpo do inalador ou do contentor que bloqueia o movimento do contentor e impede o seu curso (deslizamento ou rotação) para lá do ponto preciso onde se encontrará na posição de inalação. Aqui, o utilizador só tem que mover o contentor até ao ponto onde não consegue avançá-lo mais. Isto é mais uma ss característica inventiva da presente invenção e é de grande importância, particularmente em indicações onde os pacientes estão pouco familiarizados com a inalação e precisam de usar bem o inalador a primeira tentativa.
Os modelos Tabuleiro, Vaivém, Cilindro e Disco requerem pelo menos dois componentes, enquanto que o Duplo Tabuleiro requer pelo menos três. Inaladores que 20 têm pelo menos dois componentes, em que uma dose unitária de pó, pré-doseada de origem, é mantida no seu lugar sem fugas pela disposição desses dois componentes, a qual é alterada na altura da inalação passando a permitir a comunicação de ar e a administração por inalação, mas mesmo assim continuando a impedir que o pó se escape de forma indesejável, é mais uma característica inventiva da presente 25 invenção.
Todas as cinco versões são fáceis de usar, já que um movimento único do contentor de pó é suficiente para avançar um compartimento para a posição de alinhamento com o canal do bocal e tal é uma importante vantagem para inaladores desta invenção. Completar a operação com um só movimento das partes do inalador 30 quando este é constituído por, pelo menos, dois componentes é uma característica inventiva da presente invenção.
Todas e cada uma destas versões compreendem características inventivas desta invenção e o perito nesta área não terá dificuldade em aplicar os ensinamentos aqui descritos a outros inaladores, de modo que estas descrições não limitam de forma alguma a invenção ás versões aqui descritas. mh? 35
Para melhor entender a invenção, algumas das suas versões serão agora descritas, a título de exemplo, fazendo-se referências aos desenhos anexos, nos quais: • Os desenhos 1 e 2 são cortes longitudinais da primeira versão na * forma de um modelo Tabuleiro; • O desenho 3 é uma perspectiva de um contentor de pó como usado no modelo Tabuleiro; • Os desenhos 4 e 5 são plantas superior e inferior, respectivamente, de um contentor de pó como usado no modelo m Tabuleiro; • Os desenhos 6, 7, e 8 são plantas do modelo Tabuleiro em operação; • Os desenhos 9, 10 e 11 são perspectivas de cortes da segunda versão na forma de um modelo Tabuleiro Duplo em operação; • O desenho 12 é um corte longitudinal de uma terceira versão na forma de um modelo Vaivém; • O desenho 13 é um corte transversal de um modelo Vaivém; • Os desenhos 14 e 15 são plantas superior e inferior, respectivamente, de um modelo Vaivém; iO · Os desenhos 16, 17 e 18 são plantas de um modelo Vaivém em operação; • Os desenhos 19 e 20 são perspectivas de um corpo de inalador e de um contentor de pó, respectivamente, segundo uma quarta versão, como o modelo Cilindro; η · O desenho 21 é um corte longitudinal de uma quinta versão referida como modelo Disco. • O desenho 22 é uma perspectiva de um corpo de inalador e de um contentor de pó de um modelo Disco. • O desenho 23 é um corte longitudinal de um detalhe de um 30 contentor.
Fazendo referência aos desenhos, numerados sequencialmente a seguir a expressão "Fig.", os mesmos números identificam as mesmas partes, e cada uma das cinco versões e identificada com uma série de números onde o número das centenas se refere ao número da versão (Ixx a 5xx) e o elemento equivalente é identificado 35 pela mesma dezena e unidade xx em cada uma das versões. 11/17
Mostra-se no desenho 1 uma primeira versão, o modelo Tabuleiro, compreendendo um corpo de inalador 100 com uma abertura 102, um bocal 103, orifícios de ar no corpo 105; 106, uma parede superior 108 e uma parede inferior 109.
Como todos as outras versões ilustradas são de construção e de operação muito similares a primeira versão, por razões de clareza nem todos elementos estão repetidos em todos os desenhos, e o perito não terá dificuldade em determinar onde são necessários.
No desenho 1, o corpo do inalador 100 tem um carril 104 que guia e mantém no seu lugar um contentor de pó 110, mostrado em mais detalhe no desenho 3, da maneira ilustrada no desenho 2. Como se pode ver nos desenhos 2 e 3, o contentor de pó 110 tem um guia de carril 124 formado numa face, e que é de tamanho e forma complementarão carril 104, o interface entre carrile guia restringindo o contentora um movimento de deslizamento transversal na abertura 102.
No desenho 3, o contentor de pó 110, usado num modelo Tabuleiro, inclui dois compartimentosde pó idênticos 121. Os compartimentos 121 estão ilustrados com um enchimento de pó 122 parcial, mas podem ser enchidos até a capacidade total, dependendo nas características do pó. Pós com más propriedades de escoamento requerem espaço livre dentro do compartimento 121, enquanto que pós com bom escoamento são mais permeáveis ao ar e serão dispersados e arrastados para fora do compartimento, mesmo quando totalmente cheio. Cada compartimento 121 tem na sua face superior um orifício superior do compartimento 120, através do qual o pó fluirá quando uma sucção for aplicada ao bocal 103 estando o compartimento 121 alinhado com o orifício superior do corpo 105. Para permitir que o ar penetre no compartimento 121 para criar um fluxo de ar quando essa sucção é aplicada, cada compartimento 121 também inclui um orifício inferior do compartimento 123 na face inferior do contentor 110, que tem de ser alinhada com o orifício inferior do corpo 106 para a comunicação de ar poder ser estabelecida. Ar suplementará admitido ao fluxo de inalação através de orifícios laterais do corpo 130 e 131, que se estende do corpo do inalador 100 até ao canal do bocal 103, imediatamente por cima do orifício superior do corpo 105.
Os desenhos 4 e 5 mostram plantas do contentor de pó 110. A planta no desenho 4 (ilustrando o corte AA no desenho 3) ilustra um dos orifícios superiores do compartimento 121, que ficará encostado a parede superior 108 e estará alinhado com o orifício superior do corpo 105 na posição de inalação. A planta no desenho 5 (ilustrando o corte BB no desenho 3) mostra um dos orifícios inferiores do compartimento 123, que ficará encostado a parede inferior 109, em que cada um deles admite ar ao compartimento 121 respectivo, para que o ar possa atravessar o pó mm
I
nele contido, cada orifício inferior do compartimento 123 sendo configurado como uma ranhura muito estreita, para impedir que o pó se escape durante o enchimento. O guia do carril 124 é característico do contentor de pó 110 usado num modelo Tabuleiro, e está ausente do compartimento de pó do modelos Vaivém, Tabuleiro, Cilindro ou s Disco descritos de seguida, onde as paredes do contentor de pó 110 podem ser lisas. Um mecanismo de “clic” pode estar presente numa das paredes do contentor de pó 110 e numa área adjacente numa das paredes da abertura 102 (não ilustrado) no modelo Tabuleiro, dando um sinal audível ou táctil ao utilizador nos pontos precisos de posições de inalação. Quanto aos modelos Vaivém, Tabuleiro Duplo, Cilindro e Disco, T:> estes podem ter meios para evitar que o utilizador ultrapasse a posição de inalação. O desenho 23 é um detalhe de um corte de um contentor de pó 110 que pode ser utilizado no modelo Tabuleiro, mas em todas as outras versões também. As paredes do orifício inferior do compartimento 123 são inicialmente paralelas, mas começam a alargar para formar um funil 150, cujo objectivo é promover a colmataçãodo pó 122 l;$ sobre o funil 150, ou de permitir que o pó 122 entre no funil e o entupa. Em ambos os casos o objectivo é evitar qualquer fuga de pó do orifício inferior do compartimento 123.
Fazendo agora referência aos desenhos 6, 7 e 8, apresenta-se o modelo Tabuleiro em três posições de operação. No desenho 6, o contentor de pó 110 está na a? sua posição de armazenamento com o orifício superior do compartimento 120 de cada compartimento 121 desfasado do orifício superior do corpo 105 e do bocal 103 e fechado pelas paredes lisas 108 e 109 do corpo 100 de forma a que o pó 122 está selado dentro do compartimento 121. No desenho 7, o contentor de pó 110 foi avançado da posição de armazenamento ilustrada no desenho 6 numa primeira posição em que um dos compartimentos de pó 121 está alinhado com o bocal 103, estabelecendo comunicação de ar entre o orifício inferior do corpo 106 e o compartimento 121, e permitindo que a inalação do pó nele contido possa ocorrer.
Continuando o avanço do contentor 110 desde uma primeira posição, ilustrada no desenho 7, até uma segunda posição, o compartimento 121 fica então alinhado com o $S' bocal 103, para permitir que a inalação do pó nele contido possa ocorrer.
Fazendo referência aos desenhos 9, 10 e 11, estes ilustram uma perspectiva de um corte longitudinal do inalador em operação, de acordo com uma segunda versão a seguir referida como modelo Tabuleiro Duplo. Tal como a primeira versão, o modelo Tabuleiro Duplo tem um corpo de inalador 200, um bocal 203 que se estende do 35 orifício superior do corpo 205 e onde desembocam orifícios laterais do corpo 230 e 231. Por razões de clareza, os orifícios laterais do corpo foram desenhados mais longe do orifício superior do corpo 205 do que é desejável. Um orifício inferior do corpo 206 13/1:7 4
está de novo presente na parte inferior do corpo 200, alinhado com o eixo longitudinal do bocal 203 e com o orifício superior do corpo 205. O modelo Tabuleiro Duplo, ao contrário das outras versões, tem dois contentores de pó 210a, 210b, que são distintos um do outro, cada um contendo um só j compartimento. O desenho 9 apresenta um modelo Tabuleiro Duplo na posição de armazenamento em que ambos os contentores estão desfasados do orifício superior do corpo 205 e do bocal - os compartimentos 221a, 221b de cada contentor 210a, 210b estão encaixados entre as paredes lisas do corpo de inalador 200 por forma a selar o pó dentro dos 210a, 210b. A partir da posição de armazenamento no desenho í!í 9, atinge-se uma primeira posição de inalação avançando um dos contentores de pó 210b para dentro do corpo 200, como se ilustra no desenho 10, por forma a mover o compartimento 221b em alinhamento com o bocal 203, permitindo assim que a inalação possa acontecer. Uma segunda posição de inalação é então atingida avançando o outro contentor de pó 210a para dentro do corpo 200 na direcção contrária, empurrando o contentor de pó 210b agora vazio para fora da posição de inalação e a sua vez colocando o compartimento de 221a do outro contentor em alinhamento com o bocal 203. A inalação do pó do outro contentor pode agora ter lugar.
Fazendo agora referência ao desenho 12, é aqui apresentado um corte 20 longitudinal do corpo do inalador segundo uma terceira versão da presente invenção, identificada como o modelo Vaivém. Tal como em versões anteriores, o modelo Vaivém tem um corpo de inalador 300, um bocal 303 que se estende a partir do orifício superior do corpo 305, orifícios laterais do corpo 330,331, uma parede superior 308 e uma parede inferior 309. Um orifício inferior do corpo 306 está localizado na parte ss inferior do corpo do inalador 300, alinhado como o eixo longitudinal do bocal 303. O desenho 13 é uma secção transversal do modelo Vaivém (ou Tabuleiro Duplo), que mostra mais claramente a abertura 302 que é concebida para receber um contentor de pó. O desenho 14 é uma plantado corpo do inalador 300 (200) utilizado num modelo Vaivém (ou Tabuleiro Duplo), mostrando um bocal 303, e dentro deste, jí uma vista do orifício superior do corpo 305 que admite ar e pó ao bocal 303. O desenho 15 é uma planta do corpo do inalador 300 (200), utilizado nos mesmos modelos, mostrando aqui um único orifício inferior do corpo 306 para admitir ar e pó ao compartimento. Como se pode ver, o modelo Vaivém não inclui um carril no corpo ou um guia de carril no contentor, ao contrário da primeira versão. m· Os desenhos 16, 17 e 18 ilustram as posições de operação do modelo Vaivém. No desenho 16, o contentor de pó 310 encontra-se na posição de armazenamento como os compartimentos de pó 321 desfasados do bocal 303 e do orifício inferior do
esrp 3®8, m ssRfiprtwnfe 321 fcsf® ssteáespefeiíieâèí® justo com as paredes lisas superior 308 e inferior 309, de forma que o pó 322 fica bloqueado dentro do compartimento 321. No desenho 17, o contentor de pó 310 foi avançado para uma primeira posição de inalação na qual o compartimento de pó 321 está alinhado com o orifício inferior do corpo 306 e com o bocal 303, permitindo assim que a inalação do pó 322 do primeiro compartimento possa acontecer. No desenho 18, o contentor de pó 310 foi avançado na direcção oposta, movendo o contentor de regresso a sua posição de armazenamento e continuando o movimento, até alinhar o outro compartimento 321 com o bocal 303, permitindo que a inalação do pó 322 do segundo compartimento possa acontecer. Em contraste com o modelo Tabuleiro, no caso do modelo Vaivém o utilizador não tem de tomar cuidado em controlar o movimento do compartimento 321 para que coincida com o ponto preciso de inalação, já que só precisa de empurrar o contentor de pó 310 até que este pare para que o alinhamento se realize.
Outra versão é ilustrada nos desenhos 19 e 20. O desenho 19 é uma perspectiva de um corpo de inalador que opera conjuntamente com um contentor de pó 410 cilíndrico rotativo que é agora identificado como modelo Cilindro. A diferença em relação as versões previamente apresentadas é que o contentor de pó 410 é provido com uma abertura central 441 por via da qual o contentor pode ser encaixado num eixo do corpo 440 que se estende perpendicularmente até ao eixo longitudinal do bocal para permitir que o contentor 410 seja rodado relativamente ao corpo do inalador 400 para alinhar o compartimento de pó 420 com o bocal 403. O eixo 440 é oco e dispõem de um orifício (não ilustrado) para que, como nas outras versões, o ar possa fluir através de cada compartimento 421 e para dentro do bocal 403. A passagem de ar através do inalador é estabelecida substancialmente da mesma maneira que nos modelos Tabuleiro, Vaivém e Tabuleiro Duplo, alinhando o orifício superior do compartimento 420 com o canal do bocal 403 e permitindo assim que um fluxo de ar atravesse cada compartimento. O utilizador roda o contentor de pó 410 primeiro para um lado, até parar, para alinhar um primeiro compartimento com bocal 403 e inalar, e depois repete a acção na direcção oposta para inalar o pó do segundo compartimento. O desenho 21 mostra um corte longitudinal do corpo do inalador 500 montado com um contentor 510 segundo a quinta versão da invenção, agora referida como modelo Disco e o desenho 22 ilustra uma perspectiva correspondente. Aqui o contentor de pó 510 é formado como se fosse um disco, a abertura do corpo do inalador tendo uma forma complementar a do contentor 510, e os compartimentos521 estando dispostos a um ângulo de 90° um do outro. O contentor 510 tem também uma 15/17
pega 542, que o utilizador move de lado para lado para alinhar cada compartimento 521 como o orifício superior do corpo 505 e o bocal 503. A operação dos modelos Cilindro e Disco é análoga a dos outros modelos, o utilizador rodando o contentor410; 510numadirecçãode depois na outra, para alinhar cada compartimento 410; 510 com o bocal 403; 503. Em armazenamento, o pó contido no compartimento 421; 521 e impedido de se escapar por um contacto próximo com as paredes superior e inferior do corpo, das quais se ilustram a parede inferior 409 no Desenho 19 e a parede superior 509 no desenho 22. O desenho 23 mostra um detalhe de um compartimento 121, que pode ser incorporado no contentor 110 de todas as versões previamente descritas. O orifício inferior do compartimento 123 assume a forma de um funil 150 o que ajuda na formação de colmatação do pó 122 e reduz a probabilidade de fuga durante o enchimento ou durante a inalação.
Uma versão de inalador da presente invenção foi testada para determinar o seu perfil aerodinâmico bem como as suas propriedades de administração de pó comparados outro inalador de pó comercializado, FlowCaps ® (Hovione SA, Lisboa, Portugal). O método de determinação da diferença de pressão do inalador encontra-se descrita na Farmacopeia Europeia. Um protótipo de modelo Vaivém for usado para este teste e a diferença de pressão gerada pela aplicação de um fluxo de 35 L/mm1 ao inalador foi de 4.0 kPa, igual a do inalador FlowCaps.
Um ingrediente activo anti-viral experimental foi então formulado para determinar a dispersão e a capacidade de administração dos dois dispositivos. O ingrediente activo foi previamente micronizado usando um moinho de micronização convencional e obteve-se tamanhos de partícula onde mais de metade das partículas tinham um diâmetro inferior a 5 m, determinado por difracção de raios laser (Malvern, UK). O princípio activo foi formulado em lotes de 1,5 e 7.5 mg de activo por 25 mg de mistura de medicamento, sendo a diferença completada pela adição de lactose. Duas qualidades de lactose foram usada, DMV SV003 (lactose "grossa") e Pharmatose 450M (lactose "fina"), ambas de DMV (Holanda). Em vez de lactose, outras escolhas de excipiente podiam ter sido feitas, como glucose, sacarose, maltose, rnanitol, sorbitol, xilitol, ou dextrano, individualmente ou em combinação, e os quais são conhecidos por poderem ser utilizados com vantagem em formulações de inalação de pó.
Depois de misturar os componentes para se obter um mistura física e de se determinar a homogeneidade de cada lote, o pó formulado foi enchido em cápsulas número 4, de celulose (Shionogi, Japão) para utilização no inalador FlowCaps em 16/17 / compartimentos de pó para utilização no protótipo de Vaivém. Os inaladores foram então testados a um fluxo de 35 L/min1 num impactor em cascata Andersen (Graseby Andersen, Smyrna, GA, EUA), e actuados duas vezes para permitir que fossem atravessados por um volume de 2 x 2 litros de ar. A massa de princípio activo 5 depositada em cada estágio do impactor foi quantificada usando cromatografia líquida de alta pressão. A partir desses dados, a dose emitida e a dose de partículas finas foram calculadas, onde a dose emitida é a soma das massas de princípio activo recolhidas de todos os estágios do impactor, incluindo o indutor, e a dose de partículas finas é a massa de princípio activo recolhido abaixo dos 5 pm de tamanho de partícula, ίο O rácio da dose de partículas finas a dose emitida é a fracção fina e é uma medida da eficiência do inalador. Quanto maior for a fracção fina, maior será, em princípio, a dose pulmonar. Esses resultados estão compilados na tabela seguinte.
Dose nominal FlowCaps Vaivém 1 mg Dose emitida (DE) 0.72 mg 0.63 mg Dose de partículas finas (DPF) 0.28 mg 0.34 mg Fracção fina (DPF / DE) 38.9% 54.3% 5 mg Dose emitida (DE) 3.64 mg 3.18 mg Dose de partículas finas (DPF) 1.84 mg 1.92 mg Fracção fina (DPF / DE) 50.6% 60.4% 7.5 mg Dose emitida (DE) 4.24 mg 5.44 mg Dose de partículas finas (DPF) 2.30 mg 2.38 mg Fracção fina (DPF / DE) 54.2% 43.8% 15 Os dados indicam que ambos os inaladores têm um desempenho comparável em termos de dose de partículas finas, com boa correlação com o tamanho de partícula do princípio activo micronizado, e demonstram que inaladores da presente invenção são apropriados para a administração de grandes doses de princípios activos, doseados directamente dentro do inalador, sem uma embalagem primária como uma 20 cápsula ou um "blister". Tal resulta num inalador que é mais económico e simples de usar, sem diminuir o desempenho. O técnico nesta área reconhecerá neste desempenho a capacidade do presente inalador para administrar outros tipos de medicamento, nomeadamente beta2-agonistas, anti-colinérgicos, cortico-esteróides, analgésicos, proteínas, peptidos, e 25 outras produtos administráveis por inalação.
ãvúm í:U
K 17/17
Claims (19)
- Reinvindicações: 1. Um inalador de pó para administraçãopulmonar ou nasal, que inclui: (a) um corpo de inalador (100; 200; 300; 400; 500), tendo um bocal (103; 203; 303; 403; 503), uma abertura no corpo (102; 202; 302; 402; 502), e um orifício superior do corpo (105; 205; 305; 405; 505), que se estende do bocal até a abertura do corpo de forma a permitir o movimento de ar entre ambos; e (b) um contentor (110; 210; 310; 410; 510) montado de forma móvel na abertura do corpo contendo, pelo menos, um compartimento de pó (121; 221; 321; 421; 521) que faz parte do contentor, compartimento esse que incluí um orifício superior (120; 420; 520); caracterizado pelo facto que o dito contentor é móvel em relação ao dito corpo do inalador entre, pelo menos, uma primeira posição, na qual o orifício superior do compartimento (120; 420; 520) de, pelo menos, um compartimento de pó está desencontrado do orifício superior do corpo (105; 205; 305; 405; 505) de modo a isolar o conteúdo do compartimento de pó do bocal (103; 203; 303; 403; 503), e uma segunda posição na qual o orifício superior do compartimento (120; 420; 520) de, pelo menos, um compartimentode pó (121; 221; 321; 421; 521) está alinhado com o orifício superior do corpo (105; 205; 305; 405; 505) de forma a criar uma câmara de dispersão de onde o conteúdo da câmara de pó pode ser administrado, em direcção ao bocal (103, 203; 303; 403; 503).
- 2. Um inalador de pó de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto que o corpo do inalador (100; 200; 300; 400; 500) inclui ainda um orifício inferior do corpo (106; 206; 306; 406) estendendo-se até a abertura do corpo, e o ou cada compartimento de pó (121; 221; 321; 421; 521) inclui um orifício inferior do compartimento (123), que se alinha com o dito orifício inferior do corpo (106; 206; 306; 406), na segunda posição do contentor, de forma a criar uma via de passagem de ar desde o dito compartimento de pó até ao bocal (103,203; 303; 403; 503).
- 3. Um inalador de pó de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto que o orifício inferior do compartimento (123) do ou de cada um dos compartimentos de pó é dimensionado de forma a substancialmente impedir a fuga do pó para fora do compartimento (121; 221; 321; 421; 521) devido a gravidade durante o enchimento, em particular o dito orifício inferior do compartimento tem uma dimensão que é igual ou menor que 1 mm.
- 4. Um inalador de pó de acordo com as reivindicações 2 ou 3, caracterizado pelo facto que o ou cada orifício inferior do compartimento (123), que preferencialmente toma a forma de uma ranhura, forma um funil (150), cujo ângulo se alarga em direcção ao compartimento (121; 221; 321; 421; 521).
- 5. Um inalador de pó de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo facto que o ângulo de alargamento do funil (150) está compreendido entre 179° e o ângulo de repouso do pó farmacêutico usado, e preferencialmente entre 120% e o dito ângulo de repouso.
- 6. Um inalador de pó de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 5, caracterizado pelo facto que o corpo do inalador (100; 200; 300; 400; 500) inclui ainda meios para prevenir a obstrução da passagem de ar pelo orifício inferior do compartimento (123) e o orifício lateral do corpo (130; 230; 330; 430; 530), pelo utilizador.
- 7. Um inalador de pó de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto que o ou cada contentor (110; 210; 310; 410; 510) tem um encaixe de tolerância reduzida na abertura (102; 202; 302; 402; 502) de forma a que quando o orifício superior do compartimento (120; 420; 520) de, pelo menos, um compartimento de pó (121; 221; 321; 421; 521) se encontra fora de alinhamento com o orifício superior do corpo (105; 205; 305; 405; 505), o corpo do inalador (100; 200; 300; 400; 500) sela substancialmente os orifícios superior (120; 420; 520) e inferior (123) do compartimento e impede a fuga do pó do dito compartimento.
- 8. Um inalador de pó de acordo com qualquer uma das reivindicações superiores, caracterizado pelo facto que um orifício superior do corpo (105; 205; 305; 405; 505) está disposto na extremidade distante do bocal (103; 203; 303; 403; 503) (ou adaptador nasal), orifício esse que, em combinação com um compartimento de pó (121; 221; 321; 421; 521), define uma área de dispersão de pó e reduz o fluxo de ar que sai do dito compartimento de pó e que entra no canal do dito bocal.
- 9. Um inalador de pó de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto que a abertura no corpo do inalador (102; 202; 302) atravessa transversalmente o corpo do inalador (100; 200; 300) e o contentor (110, 210, 310) é móvel deslizando ao longo da abertura (102; 202; 302) transversal ao corpo do inalador (100; 200; 300), estando o eixo longitudinal do ou de cada compartimento (121; 221; 321) orientado paralelamente ao eixo longitudinal do bocal (103; 203; 303).
- 10. Um inalador de pó de acordo com as reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo facto que o contentor (410; 510) está montado rotativamente na abertura (402; 502).
- 11. Um inalador de pó de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo facto qi® o contentor (410) tem uma forma cilíndrica e gira na abertura (402) a volta de um eixo (440) paralelo ao eixo longitudinal do canal do bocal (403).
- 12. Um inalador de pó de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo facto que o contentor (510) tem a forma de um disco e gira na abertura (502) sobre um eixo 540) substancialmenteperpendicularao eixo longitudinal da passagem do bocal (503).
- 13. Um inalador de pó de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto que, quando em uso, o contentor (110; 210; 310; 410; 510) pode ser avançado até alinhar um orifício superior do compartimento (120; 420; 520) com um orifício superior do corpo (105; 205; 305; 405; 505) através de um único movimento do contentor.
- 14. Um inalador de pó de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto que o contentor (110; 210; 310; 410; 510) inclui, pelo menos, dois compartimentos de pó (121; 221; 321; 421; 521) isolados entre si.
- 15. Um inalador de pó de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo facto que inclui ainda meios de bloqueio passíveis de evitar o movimento do contentor (210; 310; 410; 510) numa primeira direcção para além do ponto preciso, onde o primeiro orifício superior do compartimento (420; 520) está em alinhamento com o orifício superior do corpo (205; 305; 405; 505) e semelhante bloqueio passível de evitar o movimento do dito contentor na direcção contrária a primeira direcção para além do ponto preciso, onde o segundo orifício superior do compartimento (420; 520) está em alinhamento com o dito orifício superior do corpo.
- 16. Um inalador de pó de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto que inclui apenas um único contentor (110; 310; 410; 510), onde tanto o corpo do inalador (100; 300; 400; 500) como o dito contentor são componentes únicos, sendo o inalador formado por apenas duas partes.
- 17. Um inalador de pó de acordo com as reivindicações 1 a 15, caracterizado pelo facto que dois contentores (210a, 210b) estão montados transversalmente no corpo do inalador (200), cada contentor compreendendo, pelo menos, um compartimento (221a, 221b) contendo cada um uma dose unitária de pó, e o eixo longitudinal dos ditos compartimentos é substancialmente paralelo ao eixo longitudinal da passagem do bocal (203), e os ditos contentores, quando em uso, são movidos em direcções opostas de forma a ficarem alinhados com a passagem do bocal (303).
- 18. Um método de administrar medicamentos por inalação, usando o inalador de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto que é descartável, contém uma ou duas doses unitárias de um fármaco, tem meios para permitir que o alinhamento do compartimento (121; 221; 321; 421; 521) com a passagem do bocal (103; 203; 303; 403; 503) se faça com um só movimento do utilizador e que o percurso necessário para mover um compartimento desde a posição de armazenamento até a primeira posição de inalação ou desta até a segunda posição de inalação é limitado por meios situados no inalador.
- 19. Um método de administrar por inalação uma ou duas doses de uma formulação farmacêutica produzida por mistura, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto que cada dose pode conter lactose, glucose, sacarose, maltose, sorbitol, manitol, xilitol, ou dextrano, individualmente ou em combinação, e uma dose de um principio activo farmacêutico de 1 a 5 mg e preferencialmente até 7,5 mg, composto por partículas de ingrediente activo que na sua maioria têm um diâmetro inferior a 5 pm.
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