PT1021608E - Produto de acabamento para material destinado a "jeans" ¬gangas| - Google Patents

Description

/ DESCRIÇÃO ' PRODUTO DE ACABAMENTO PARA MATERIAL DESTINADO A “JEANS” [GANGAS] PRODUTO DE ACABAMENTO PARA MATERIAL DE “JEANS ”fGANGAS] A EP-A-0230910 descreve composições para tratamento de têxteis preparadas por meio da reacção de ácidos gordos C10-22 com poliaminas e neutralização do produto da reacção com um ácido inorgânico não oxidante onde, como poliamina, a aminoetiletanolamina e como ácido inorgânico, o ácido fosforoso, entre outros, são preferidos e são descritos nos exemplos. O ácido é empregue numa quantidade definida de entre 0,7 e 1,3 de equivalentes de ácido por equivalente de amina (EP-A-0230910, página 3, linha 17), isto é, numa quantidade que não é suficiente para se conseguir um pH acídico para 0 ácido fosforoso dibásico. Se for empregue este ácido em tais quantidades que se forme uma dispersão acídica, essa dispersão é instável e, ao assentar, em breve se separa em duas fases de diferente concentração, o que é inadequado para a prática (produção, venda, armazenamento e utilização). A EP-A-0230910 refere também bons resultados no que se refere ao cheiro, na página 3, linha 6. A esse respeito deverá comentar-se que, muito embora o ácido fosforoso seja ele mesmo inodoro, sob condições acídicas em presença de outros produtos se espalha um cheiro forte desagradável, o que é também inadequado para a prática. Assim, por exemplo, o uso em lixívias de enxaguamento alcalinas ou posteriores é referido na página 3, linhas 34-35. O principal objecto da EP-A-0230910 é evitar a descoloração ou o amarelecimento de material têxtil, que são provocados imediatamente a seguir ao acabamento, por exemplo com um amaciador de tecido, devido ao tratamento a quente que se segue, particularmente devido ao tratamento termosol, como é usual para as fibras sintéticas, tendo como consequência que o material termofixado aparece mais amarelado ou acastanhado. 2 / / A DE-A-l9603401 descreve a inibição do amarelecimento de artigos de tecidos de ganga em armazém. De acordo com a DE-A-19603401 é aplicado para esse fim um composto peróxi em combinação com um amaciador de solução aquosa. Os amaciadores podem ser, entre outros, produtos de condensação de ácidos gordos > Cio com alcanolaminas. Os produtos de condensação podem também ser quatemados. A US-A-4155710 descreve a utilização de produtos especiais de N-oxipropilação quatemizada de N,N-bis-[2-(C8-i8-ácido gordo acilamino)-etil] amina para inibir o debotar dos tecidos para jeans. Os compostos são aplicados em forma aquosa. O “Vergilbung indigohaltiger Jeanswear”, P.Maier e outros, Melliand Textilberichte 11/1996, páginas 786-787, descreve produtos de condensação de ácidos gordos para redução do amarelecimento.

No entanto, um problema essencialmente diferente é o amarelecimento que não se verifica até que tenha passado um certo tempo sobre o acabamento dos artigos têxteis, que não tenham amarelecido devido às várias fases de tratamento da sua produção, nomeadamente e em exclusivo nos artigos de jeans, os quais são essencialmente tecidos que contêm celulose (em geral contendo algodão), os quais foram tecidos ou tricotados de uma certa maneira e foram tingidos e facultativamente secos e sujeitos a mais tratamentos de determinada maneira.

Os tecidos usados para os jeans (tecidos de ganga) são geralmente feitos de fios tingidos, geralmente tingidos na urdidura, fio urdido e fio tramado não tingido, que geralmente são tecidos ou tricotados de tal maneira que a parte tingida predomina no lado do direito do tecido, enquanto que a parte não tingida predomina no lado do avesso do tecido, por exemplo por meio do método de tecelagem de saija (por exemplo 1—2 ou 1—3) ou por qualquer outro método de tecelagem ou de tricotagem que seja adequado para este fim. O fingimento é geralmente efectuado com utilização de corantes índigo, tais como, por exemplo, o 1 Vat Blue do Colour Index ou corantes semelhantes. Por meio de diversos tratamentos de descoloração, como sejam, por exemplo, lavagem com pedra, branqueamento e/ou lavagem, pode ser dado ao artigo de jeans a conhecida aparência usada da raoda. No entanto, verificou-se agora que em armazém, os artigos de ganga (artigos dc jeans) tratados dessa maneira, amarelam com o passai do tempo, por exemplo devido à acção de constituintes do ar ambiente, como seja o ozono, óxidos de azoto, etc., especialmente em combinação com a luz do dia. Embora o amarelecimento possa ser de novo removido dos artigos feitos e amarelados, através de uma lavagem adequada, tais processos dc lavagem não são, no entanto, geralmente executados pelo retalhista final. Por isso têm sido feitas tentativas para retardar este efeito de amarelecimento por meio da utilização de determinadas composições de acabamento, mas o indesejado amarelecimento dá-se passado um certo tempo, que é relativamente curto para fins de armazenagem e/ou vendas. Existe por isso o desejo de empregar composições que possuam uma acção de inibição do amarelecimento mais forte e mais duradoura, de modo que os artigos possam ser armazenados e/ou expostos durante um período de tempo mais longo sem danos de amarelecimento e possam ser oferecidos para venda em perfeitas condições.

Foi agora verificado que uma melhoria surpreendentemente boa na acção de inibição do amarelecimento, contra esse amarelecimento dos artigos de jeans devido ao armazenamento, pode ser conseguida com a utilização dos fosfatos de formação de sal abaixo definidos dos compostos amino definidos com pelo menos 1,5 equivalentes de ácido ortofosfórico por equivalente de grupos amino básicos, cujas dispersões são muito estáveis mesmo sob condições acídicas. A invenção refere-se à utilização dos fosfatos definidos para a inibição do referido amarelecimento e para o processamento com eles do acabamento inibidor do amarelecimento. A invenção proporciona assim um processo para o acabamento inibidor do amarelecimento de artigos têxteis de ganga, tingidos com índigo, lavados e/ou lavados com pedra e/ou branqueados, o qual se caracteriza por o acabamento ser efectuado a partir de um meio aquoso com esteraminoamidas protonadas de ácidos gordos e/ou hidroxiaminoamidas de N-(p-hidroxietil)-etilenodiamina em que os radicais de ácido gordo contêm, cada um deles, entre 12 e 22 átomos de carbono e que são protonados com pelo menos 1,5 equivalentes de ácido ortofosfórico por equivalente de grupos amino básicos.

As aminoamidas protonadas de éster de ácidos gordos e/ ou hidroxiaminoamidas a ser empregues de acordo com a invenção são vantajosamente empregues sob a forma de condensados protonados dos referidos ácidos gordos C12-22 com N-(P-liidroxietil)-etilenodiamina. Ácidos gordos adequados são todos os desejados, preferivelmente ácidos gordos lineares com 12 a 22 átomos de carbono, os quais são em si convencionais, preferivelmente ácidos gordos saturados, por exemplo ácido láurico, ácido mirístico, ácido palmítico, ácido esteárico, ácido arácico e ácido deénico. Tanto os ácidos individuais como os ácidos de grau técnico (misturas de ácidos) como seja, por exemplo, ácido gordo de sebo hidrogenado, podem ser empregues. Dos referidos ácidos, são preferidos aqueles que têm entre 14 e 18 átomos de carbono e também as misturas de grau técnico de tais ácidos.

Os condensados [isto é, produtos de acilação de N-(p-hidroxietil)-etilenodiamina] podem ser preparados, de uma maneira que é conhecida em si, por condensação dos referidos ácidos gordos com N-(p-hidroxietil)-etilenodiamina sob condições de eliminação de água. Para a sua preparação, entre 1 e 2,5 moles, preferivelmente entre 1,2 e 2,2 moles, em especial entre 1,4 e 2 moles, de ácido gordo são vantajosamente empregues por mole de N-(P-hidroxietil)-etilenodiamina. A condensação é vantajosamente levada a efeito num meio anidro, mais simplesmente na ausência de solventes, por exemplo a temperaturas na gama dos 140 a 220°C, vantajosamente sob uma atmosfera inerte (por exemplo sob azoto) e/ou facultativamente sob pressão reduzida. Além das monoamidas acima mencionadas, os referidos condensados podem, facultativamente, dependendo do rácio molar e das condições de condensação, conter mais amidas, nomeadamente diamidas, isto é, pelo menos uma diamida de ácido gordo e/ou pelo menos uma diamida de éster de ácido gordo de Ν-(β- hidroxietil)-etilenodiamina. Além dos grupos amida, 0 produto de acilação preparado desta maneira - referido abaixo como “condensado amino” - contém grupos amino básicos, os quais 5 são agora pelo menos parcialmente protonados com ácido fosfórico para darem o correspondente sal dc condensado amino - ácido fosfórico. A proporção de grupos amino básicos protonáveis no condensado amino pode ser determinada por meio da medida do número amino. O número amino situa-se, vantajosamente, na gama dos 30 aos 100 mg, preferivelmente entre 50 e 70 mg, de KOH por g de condensado amino. De 0,5 a 1,1 mole, preferivelmente dc 0,8 a 1 mole, de ácido fosfórico são vantajosamente empregues por equivalente molar de grupos amino básicos (ou amino azoto) no condensado amino. O ácido fosfórico é vantajosamente empregue sob a forma de uma solução aquosa, calculada por exemplo como ácido ortofosfórico H3PO4 - numa solução de 1 a 10% em peso. É vantajoso adicionar um surfactante hidrófilo, não ionogénico, preferivelmente que tenha um HLB de >12, por exemplo um produto da adição de entre 10 e 70 moles, preferivelmente de entre 25 e 60 moles de óxido de etileno a 1 mole de álcool gordo em C9-24. Álcoois gordos adequados são quaisquer que se queira, preferivelmente álcoois saturados com 9 a 24 átomos de carbono, preferivelmente 11 a 18 átomos de carbono, os quais são em si convencionais; por exemplo, álcoois gordos lineares, como seja álcool laurílico, álcool miristílico, álcool cetílico ou álcool estearílico, ou podem também ser empregues álcoois gordos ramificados, tendo por exemplo 9 a 15 átomos de carbono, preferivelmente 11 a 15 átomos de carbono. Entre 1 e 30 partes em peso, preferivelmente entre 2 e 15 partes em peso de surfactante são vantajosamente empregues por 100 partes em peso de sal de condensado amino - ácido fosfórico. De acordo com um procedimento vantajoso, 0 surfactante não ionogénico é misturado com o condensado amino antes de se acrescentar o ácido fosfórico e a mistura é então vantajosamente adicionada, preferivelmente sob a forma de uma fusão, ao ácido fosfórico aquoso. A quantidade de água presente no ácido fosfórico aquoso é vantajosamente escolhida de modo que a concentração de sal de condensado amino -ácido fosfórico na preparação aquosa se situe na gama dos 5 aos 40% em peso, preferivelmente entre 10 e 30% em peso. O pH das dispersões aquosas corresponde às quantidades dos componentes empregues, particularmente do ácido fosfórico e é

I 6

principalmente < 6 nessas dispersões , vantajosamente dentro da gama de 2 a 6, preferivelmente entre 2 e 4,5, e particularmente entre 2,5 e 4,5. O termo “sal de condensado amino - ácido fosfórico” é aqui tomado como significando o produto acima descrito da reacção do ácido fosfórico com todo o condensado amino.

As aminoamidas de éster de ácido gordo acima referidas e/ou as hidroxiaminoamidas de ácido gordo protonadas com ácido fosfórico, vantajosamente na forma dos condensados amino protonados referidos, preferivelmente como formulações aquosas conforme descrito, podem ser empregues para o acabamento final destinado à inibição do amarelamento.

Os substratos são geralmente artigos fabricados (artigos de jeans) produzidos a partir de tecido de ganga tingido com índigo, que foram descoloridos por meio de tratamento convencional em si conhecido, particularmente por meio de lavagem e/ou lavagem com pedra (geralmente com pedra-pomes) e/ou branqueamento para proporcionar o aspecto típico dos jeans.

Corantes adequados para tingir os fios de urdidura são os conhecidos corantes de tina da série índigo, principalmente os corantes azuis e facultativamente também corantes de enxofre tipo índigo, estes últimos em combinação, por exemplo, com corantes de tina azuis da série índigo. Para tecelagem ou tricotagem, os fios são geralmente embebidos em goma, de modo que os artigos fabricados geralmente ainda contêm o agente de gomação antes da referida descoloração. Para o fabrico, o tecido é facultativamente acabado com um lubrificante, por exemplo um melhorador da capacidade de costura. Estes auxiliares podem ser removidos durante o tratamento de descoloração, por exemplo através de lavagem.

Os artigos fabricados de ganga podem ser descoloridos por meio da utilização de processos, auxiliares e máquinas conhecidos - por lavagem e/ou lavagem com pedras e/ou branqueamento. 8

Para a lavagem pode fazer-se uso de detergentes conhecidos, por exemplo detergentes aniónicos ou não iónogénicos. Se desejado, pode executar-se simultaneamente um tratamento enzimático hidrolítico, por exemplo com hidrólases (por exemplo celulases). Se for executado um tratamento enzimático simultâneo, é vantajoso empregar-se detergentes não ionogénicos, por exemplo, facultativamente, produtos terminados da adição de óxido de elileno e opcionalmeiile de óxido de propileno a álcoois gordos de elevado peso molecular, principalmente produtos da adição de entre 5 e 50 moles de óxido de etileno e opcionalmente óxido de propileno (onde o óxido de etileno é preferivelmente preponderante) a um mole de álcool gordo em C9-18.

Para a lavagem pode ser feito uso, se desejado, de aditivos que possam ser empregues para retirar a goma , por exemplo sequestrantes - por exemplo ácidos policarboxílicos, como sejam os ácidos poliacrílicos e suas combinações com sacáridos ou ácidos policarboxílicos não poliméricos, como por exemplo ácido cítrico, ácido glicónico, NTA ou EDTA - e/ou enzimas (por exemplo α-amilases ou celulases) - os quais podem ser empregues, como é conhecido, como biocatalisadores para a retirada da goma. Tais sequestrantes estão descritos, por exemplo, nas EP-A 0465286, 0465287 e 0433010; enzimas adequados estão descritos, por exemplo, em “Textilbetrieb" 1983/07, Volume 101, página 44.

Depois da retirada da goma, pode ser introduzido, se desejado, um processo de lavagem com pedra, facultativamente em combinação com um tratamento enzimático hidrolítico. Para a lavagem com pedra, pode fazer-se uso de agentes de lavagem com pedra conhecidos por si, principalmente pedra-pomes ou aditivos com uma acção análoga.

Depois da retirada da goma e/ou depois da lavagem com pedra, pode introduzir-se, se desejado, um processo de lavagem antimanchas no avesso ou a fim de remover resíduos da lavagem com pedra. O processo de lavagem e/ou o processo de lavagem com pedra e, se desejado, o processo de hidrólise e/ou o processo de lavagem podem, se desejado, ser repetidos um certo número de vezes a fim de aumentar o efeito. 8 t

Para o branqueamento pode fazer-se uso de branqueadores conhecidos, pòr exemplo oxidantes, agentes redutores e/ou enzimas.

Para o branqueamento oxidante são adequados, branqueadores oxidantes conhecidos, por exemplo o cloro, por exemplo sob a forma de hipoclorito (mais simplesmente sob a forma dc KCIO, por exemplo como água de Javelle), ou peróxidos, tais como peróxido de hidrogénio, ou outros compostos per, como seja, por exemplo o permanganato de potássio, ou enzimas adequados.

Para o branqueamento redutivo, quaisquer agentes redutores desejados dos que são geralmente empregues para reduzir corantes de tina para a forma leuco, por exemplo sacáridos redutores, principalmente aldoses, por exemplo mono- e oligossacáridos, são geralmente adequados.

Os referidos tratamentos por meio de lavagem e/ou lavagem com pedras e/ou branqueamento, podem ser executados em um ou mais passos e/ou repetições. Em geral, na industria, são efectuados entre dois e seis, preferivelmente três ou quatro, tratamentos, que podem ser idênticos ou diferentes. Assim, por exemplo, a lavagem (retirada da goma) pode ser efectuada num primeiro passo e o branqueamento, por exemplo com ou sem tratamento enzimático, pode ser executado num ou mais passos subsequentes. O tratamento de lavagem com pedra, por exemplo com pedra-pomes, pode ser executado em qualquer desses passos de tratamento que se deseje, preferivelmente juntamente com celulases.

Após o último desses passos de tratamento, pode ser efectuado o tratamento final de acordo com a invenção com o sal de condensado amino - ácido fosfórico acima definido, na mesma sequência e no mesmo aparelho. O tratamento de acordo com a invenção com os sais de condensado amino - ácido fosfórico acima definidos é vantajosamente levado a efeito por processos de exaustão de um meio aquoso, por exemplo com uma proporção de lixívia conforme a também utilizada nos tratamentos anteriores, por exemplo de 4:1 a 30:1, preferivelmente de 6:1 a 9 20:1, em que os sais de condensado amino - ácido fosfórico são preferivelmente empregues sob a forma de dispersões aquosas conforme descritas acima. Os sais de condensado amino - ácido fosfórico são vantajosamente empregues em concentrações adequadas, baseadas no substrato, preferivelmente numa concentração situada na gama dos 0,02 a 4% em peso, particularmente preferível de 0,1 a 2% em peso, com base no substrato seco. O tratamento pode ser efectuado sob condições que em si são convencionais, por exemplo na gama de temperaturas dos 15 aos 95° C, preferivelmente entre 30 e 60° C e a valores de pH na região entre o acídico e o fracamente alcalino, por exemplo a um pH na gama dos 3 a 8, vantajosamente a um pH na gama dos 3 a 7 oreferencialmente de 4 a 7; em geral, os valores de pH acídico, isto é pH<7, são preferidos. O pH pode ser estabelecido por meio da utilização de ácidos, bases e/ou tampões que são por si conhecidos, utilizando-se, por exemplo, ácido fosfórico, ácido acético, carbonato de sódio e/ou sal mono- ou dissódico de ácido fosfórico. A duração do tratamento pode ser variada conforme se deseje e é geralmente escolhida em correspondência com o substrato, o aparelho usado, o produto empregue e o efeito desejado, por exemplo na gama dos 10 minutos a 1 hora, preferivelmente entre 15 minutos e 30 minutos, após o que os artigos tratados podem ser removidos da máquina e secos de uma maneira adequada, por exemplo num tambor de secagem (volteador) a por exemplo entre 40 e 80°C, ou ao ar.

Os artigos de jeans tratados desta maneira distinguem-se por uma resistência surpreendentemente boa e longa ao amarelecimento, tal como é causado particularmente pelos componentes do ar (ozono, óxidos de azoto, etc.), especialmente com a acção simultânea da luz do dia.

No exemplo abaixo, as partes são em peso e as percentagens são percentagens de peso; as temperaturas são dadas em graus Celsius. “C.I.” significa “Co/our Index” (índice de Cores), “kNu” significa “kiloNOVO units” (unidades NOVO quilo) e “GTU” significa “GENENCOR textile units ” (unidades têxteis GENENCOR) . 10

Exemplo 1 700 parles de ácido esteárico são aquecidas até 100° C sob azoto. Quando aquela temperatura tenha sido alcançada, 160 partes de N-(p-hidroxietil)-etilenodiamina são adicionadas ao longo de 60 minutos e a mistura é aquecida até 180° C, durante o que a reacção de condensação começa, com eliminação de água, a qual é extraída por destilação. 30 Minutos depois da adição da amina, o aparelho é evacuado até uma pressão residual de 140 mbar e a condensação é continuada sob as mesmas condições durante 2 horas. O número da amina do produto de condensação resultante é de 62 mg de KOH por g de condensado. É obtido um total de 50 partes de destilado. A mistura é então arrefecida até 80°C e, depois da adição de 60 partes de éter de estearil-poli(40)etilenoglicol, a fusão resultante a 70 - 80° C é vertida numa solução de 100 partes de ácido ortofosfórico (86 %) em 3130 partes de água a 60 - 70° C. Passadas 2 horas a 70 - 80° C, a mistura é arrefecida até à temperatura ambiente. Obtêm-se uma dispersão estável, branca, facilmente solúvel na água com um pH de 3.

Exemplo de Aplicação

Processo de 5 etapas: 2) 3) 4) 5) 1) Retirada da goma Lavagem com pedra Lavagem (antimanchas no avesso) Branqueamento

Acabamento inibidor do amarelecimento 5 kg de um artigo de ganga sob a forma de blue jeans (calças de ganga azuis) tingidas com índigo (com o Vat Blue 1 do C.I.) são introduzidos numa máquina de lavar D’HOOGE 80 G de carga frontal (tambor rotativo com um diâmetro de 70 cm).

50 litros de água a 50° C são introduzidos na máquina. Depois da adição de 0,3 g/1 de éter de nonilfenolpoli(9)etilenoglicol (agente humectante) e 1 g/1 de α-amilase com 130 kNU por g (AQUAZYME 120L do NOVO) e ajustamento do pH para 6,0 ± 0,5, a mistura é aquecida até 60° C e a máquina de lavar é ligada a 30 rpm. Após 15 minutos, o banho é descarregado e a máquina é cheia de novo ao mesmo nível com água fria. A água é então aquecida até 40 - 45° C e o pH é ajustado para 5,5 ± 0,2 por meio da utilização de ácido acético. São adicionados 2,5 kg (50 % com base no peso dos artigos) de pedra-pomes e 25 g (0,5 % com base no peso dos artigos) de celulase ácida com 6500 GTU por g (INDIAGE SUPER GX da GENENCOR), o pH é reajustado para 5,5 e a máquina é deixada rodar a 30 rpm a 40 - 45° C durante 60 minutos. O banho é posteriormente descarregado, os artigos são enxaguados uma vez a 70 - 80” C e a máquina volta então a ser cheia com água ao mesmo nível. São adicionados 10 g de sal de sódio do ácido dodecilbenzenossulfónico e a máquina é deixada rodar a 60° C durante 10 minutos. O banho é então descarregado e os artigos são enxaguados uma vez a quente a 70 - 80° C. A máquina volta então a ser cheia com água ao mesmo nível e aquecida até 40° C. O pH é depois ajustado para 8,0 ± 0,2 por meio da utilização de carbonato de sódio e é adicionada água de Javelle suficiente para que possam ser titulados 2 g/1 de cloro activo. Passados 15 minutos a 40° C, os artigos são enxaguados uma vez a quente (40° C) e uma vez a frio (temperatura ambiente), depois a máquina volta a ser cheia com água ao mesmo nível e aquecida até 40° C. Depois do pH ter sido ajustado para 5-6 por meio da utilização de ácido fosfórico, são adicionados 150 g da dispersão de acordo com o Exemplo 1 e os artigos são tratados a 40° C durante 20 minutos. O banho é depois descarregado e os artigos têxteis de ganga são descarregados e secos a 70 - 80° C num secador de tambor.

Os artigos acabados desta forma possuem uma elevada protecção contra o amarelecimento causado pelo ar ambiente e podem ser armazenados descobertos, ao ar, durante um longo período sem um amarelecimento nocivo significativo.

Lisboa, 3 - OEZ. 2001

Maria Silvina Ferreira

ADVOGADA

Agente Oficial de Propriedade Industrial R. Castilho, 50-5?- 1250 - 071 LISBOA Tel. 21 381 50 50 - Fax. 21 383 11 50

Claims (3)

1. / REIVINDICA ÇOES Processo para acabamento de inibição do amarelecimento de artigos têxteis de ganga, tingidos com índigo, lavados e/ou lavados com pedra e/ou branqueados, caracterizado por o acabamento ser efectuado a partir de um meio aquoso com esleraminuamidas protonadas de ácido gordo e/ou hidroxiaminoamidas de N-(P-hidroxietil)-etilenodiamina, em que os radicais do ácido gordo contêm, cada um deles, entre 12 e 22 átomos de carbono e os quais são protonados com pelo menos 1,5 equivalentes de ácido ortofosfórico por equivalente de grupos amino básicos. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a esteraminoamida protonada de ácido gordo e/ou a hidroxaminoamida serem empregues numa mistura com pelo menos uma diamida de ácido gordo de N-(P-hidroxietil)-etilenodiamina e/ou esterdiamida de ácido gordo de Ν-(β-hidroxietil)-etilenodiamina, em que os radicais de ácido gordo contêm cada um deles entre 12 e 22 átomos de carbono. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado por nele ser empregue um produto de acilação da N-(P-hidroxietil)-etilenodiamina com pelo menos um ácido gordo C12-20» protonado com pelo menos 1,5 equivalentes de ácido ortofosfórico por equivalente de grupos amino básicos. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por ser empregue um produto de acilação protonado com entre 0,5 e 1,1 moles de ácido, fosfórico por equivalente molar de grupos amino básicos no condensado amino. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por , além disso, ser empregue um surfactante hidrófilo não ionogénico.
2. 2 7. 8. 9. 10. Lisboa, / / Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por os produtos protonados com ácido fosfórico serem empregues sob a forma de uma dispersão aquosa. Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por os produtos protonados com ácido fosfórico serem empregues sob a forma de uma dispersão aquosa com um pH de entre 2 e 6. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por o acabamento ser efectuado a um pH <7. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por os artigos de ganga a ser tratados serem sujeitos a branqueamento. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado por os artigos de ganga a ser tratados terem sido sujeitos a pelo menos um tratamento enzimático.
3. 3 - DEI 2001

   Maria Silvina Ferreira ADVOGADA Agente Oficial de Propriedade Industrial R. Castilho, 50 - 5? - 1250 - 071 LISBOA Tel. 21 381 50 50 - Fax. 21 383 11 50