PT100237B - Mecanismo piezoelectrico para isqueiros de gas - Google Patents

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    • F23QIGNITION; EXTINGUISHING-DEVICES
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Description

DESCRICÂO
DA
PATENTE DE INVENÇÃO
N.° 100.237
REQUERENTE: LAFOREST BIC, S.A., espanhola, com sede em Poligono Industrial Entre Vias, 43006 Tarragona, Espanha
EPÍGRAFE: Mecanismo piezoelêctrico para isqueiros de gás
INVENTORES: Mareei Meury,
Reivindicação do direito de prioridade ao abrigo do artigo 4.° da Convenção de Paris de 20 de Março de 1883.
Espanha, 13 de Março de 1991, sob ο N2.: 9100652 Espanha, 23 de Junho de 1991, sob o NQ.: 9101719
INPI MC!
1*722
LAFOREST BIC, S.A.
MECANISMO PIEZOELÉCTRICO PARA ISQUEIROS DE GÁS
OBJECTO DA INVENÇÃO
A presente invenção refere-se a um mecanismo piezoeléctrico para isqueiros de gás, que compreende uma série de características relevantes em face das apresentadas pelos mecanismos piezoeléctricos que actualmente se utilizam com a mesma finalidade.
Como é sabido, todos os mecanismos piezoeléctricos são formados basicamente por dois corpos telescópicos submetidos mutuamente à acção de uma mola que os mantém na posição de extensão máxima, prevendó-se meios que limitam a sua separação total acidental. Solidamente fixado num destes corpos, indiferentemente, está situado o cristal ou elemento piezoeléctrico que proporciona a faísca de acendimento quando nele bate um martelo percutor. O elemento piezoeléctrico está disposto, por sua vez, entre uma peça metálica, denominada bigorna e outra peça que é a que recebe realmente o impacto do martelo percutor, chamada base ou batente.
martelo percutor funciona na cavidade axial do corpo telescópico interior e, na posição de repouso, está afastado do elemento piezoeléctrico, devido a existirem meios de retenção que serão referidos mais adiante. Quando se exerce uma força manual de compressão do conjunto telescópico para provocar o acendimento, o que se faz vencendo a acção da mola que actua no conjunto telescópico, simultaneamente tem lugar a compressão de uma segunda mola que posteriormente impulsionará o martelo percutor, no momento do disparo, criando-se assim a energia de impacto do martelo.
Os meios de guia do martelo percutor são definidos por duas ranhuras longitudinais opostas, que atravessam a parede de um dos corpos tubulares, incluindo-se em cada uma delas saliências diametrais do martelo percutor.
Na condição de repouso do mecanismo, o martelo percutor fica retido, pelas suas saliências transversais, em cavas abertas de um lado da ranhura longitudinal respectiva do referido corpo tubular, introduzindo-se nas mesmas quando se obriga o martelo percutor a efectuar um movimento de rotação. Para que o martelo percutor efectue uma pequena rotação, tanto para sair das cavas de retenção como para entrar nas mesmas depois do impacto, e se verifique o rearme do mecanismo, no fim do percurso de compressão do conjunto telescópico e durante a distensão do mesmo, respectivamente, as saliências diametrais do martelo percutor são pressionadas pelos bordos em rampa de janelas respectivas previstas no outro corpo telescópico, onde também funcionam estas saliências.
Um objecto da presente invenção consiste em proporcionar um guiamento perfeito dos dois corpos telescópicos, que têm uma geometria totalmente simétrica, de construção fácil, sendo
a mola de reposição para a posição de afastamento máximo do conjunto telescópico exterior, e sendo a mola que acciona o martelo percutor completamente guiada no seu percurso.
Outro objecto da presente invenção consiste em eliminar os efeitos de indução que se criam no instante em que se produz a faísca, por se ter previsto que a mola exterior ocupe uma posição axialmente distante do elemento piezoeléctrico.
Outro objecto da presente invenção consiste em encurtar o percurso do circuito eléctrico, intervindo nele o menor número possível de elementos, para poder utilizar plástico não condutor e diminuir os custos de produção, bem como no facto de se obter, antes do instante em que se produz a faísca de acendimento do gás, uma mistura perfeita deste com o ar e optimizar a combustão.
Finalmente, pode mencionar-se ainda como objectivo da presente invenção a obtenção segura de um assentamento perfeito do martelo no elemento piezoeléctrico, por intermédio do batente ou base do percutor, para conseguir a maior intensidade e a maior duração da faísca.
Num aperfeiçoamento da presente invenção, considera-se ainda outro objectivo que consiste em melhorar o comportamento funcional do isqueiro, eliminando completamente a possível folga axial existente no mecanismo piezoeléctrico devida à possível acumulação de folgas na montagem dos diferentes componentes, e ainda entre o próprio mecanismo piezoeléctrico e o corpo do isqueiro, obtendo-se esta melhoria sem a necessidade de uma mola
adicional.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
Actualmente, embora o contorno exterior do conjunto telescópico seja quadrangular e todo o mecanismo fique situado num alojamento preparado para esse fim no corpo do isqueiro, não deve ser possível o movimento de rotação relativo dos dóis componentes, resolvendo-se este problema em alguns casos fazendo com que a secção interior do corpo exterior e o contorno exterior do corpo interior sejam diferentes da circular e de forma oblonga para possibilitar a introdução de um martelo percutor com saliências diametrais solidárias, podendo as mesmas situar-se posteriormente numa posição rodada para se alojar nas janelas existentes no outro corpo telescópico, sendo no entanto a moldação destas formas não simétricas difícil.
Noutros casos, estas secções são circulares e isso implica que as saliências diametrais do percutor sejam materializadas por uma cavilha, que deve ser montada posteriormente à introdução do martelo e simultaneamente com a compressão efectuada no conjunto telescópico. A montagem deste passador postiço encarece consideravelmente a fabricação da própria peça e as montagens do mecanismo.
A requerente é titular da patente de invenção P-8902741, na qual se descreve e reivindica um mecanismo piezoeléctrico para isqueiros de gás no qual estão resolvidos os problemas atrás ί
( Ε .
referidos, ou pelo menos atenuados de maneira favorável, tanto no aspecto económico como nos funcional e estrutural. Nesta patente de invenção consegue-se impedir o deslocamento angular relativo dos dois componentes telescópicos, prevendo-se no corpo exterior duas saliências que actuam com funções de chaveta, as quais trabalham no interior das próprias ranhuras previstas no corpo telescópico interior para o deslocamento axial do martelo percutor, de modo que estas ranhuras têm de ter um comprimento maior do que o necessário para o guiamento do martelo. Consegue-se encurtar o caminho percorrido pela corrente eléctrica dado que esta circula apenas através da bigorna, do elemento piezoeléctrico, do batente do martelo percutor e do corpo telescópico exterior, em contraste com outros mecanismos anteriores nos quais a corrente eléctrica passará também através das molas que actuam no martelo percutor e no conjunto telescópico. Embora este caminho seja curto e a corrente eléctrica passe do batente do percutor ou da base inferior do elemento piezoeléctrico, para as chavetas do corpo telescópico exterior no instante da produção da faísca, há uma pequena folga nas superfícies de contacto destes elementos, o que pode provocar falhas no acendimento, ou dar lugar a derivações da corrente por outro caminho mais longo, sobretudo se não existir um assentamento perfeito do martelo na peça de batente e desta na face interior do elemento piezoeléctrico.
Em todos os casos, a mola que actua no martelo percutor é guiada total ou parcialmente no interior do corpo telescópico /
-6- * que aloja o martelo percutor, apoiándo-se a sua outra extremidade numa tampa que se fixa na extremidade livre do referido corpo, visto preverem-se saliências com a secção em dente de serra que se introduzem em janelas laterais respectivas existentes nas paredes opostas do corpo telescópico, imobilizando-se nessa posição fixa.
Verificou-se que todo o mecanismo piezoeléctrico, isto ê, o conjunto telescópico com os seus elementos anexos, tem ligeiras folgas no seu alojamento no corpo do isqueiro, principalmente na direcção axial, donde resulta um movimento indesejado do gatilho.
Alem disso, como a tampa ou base interior do conjunto telescópico assenta directamente numa espiga que emerge do fundo do alojamento do corpo e que, de maneira conhecida, apresenta a sua extremidade terminada com forma cónica e introduzida num pequeno orifício ou cavidade disposta como base de assentamento e que contribui para a imobilização lateral do mecanismo piezoeléctrico, dá-se ao conjunto uma certa rigidez, o que determina a acumulação de folgas e, em definitivo, nota-se um pequeno movimento do mecanismo piezoeléctrico quando se produz o disparo, não chegando mesmo a repor-se na sua posição de repouso. Para solucionar este problema, embora encarecendo e complicando o dispositivo, monta-se actualmente uma mola adicional, interposta entre o fundo do alojamento do mecanismo piezoeléctrico e a tampa inferior deste último, sendo em alguns dos tipos de mecanismos piezoeléctricos conhecidos esta mola necessária além disso para poder abrir e recuperar gás, durante o basculamento da forquilha de actuação do queimador de gás do isqueiro.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
Para eliminar os inconvenientes atrás referidos e obter as características vantajosas pretendidas, o mecanismo piezoelêctrico para isqueiros de gás que constitui o objecto da presente invenção apresenta essencialmente dois corpos telescópicos, de secção circular, sem possibilidade de rotação relativa devido a uma peça angular exterior que se fixa no corpo telescópico interior por uma das suas abas, enquanto a outra se dispõe tangencialmente no exterior de uma das faces do corpo telescópico exterior. Para isso, uma das abas da peça angular apresenta uma ranhura longitudinal central na qual se introduzem transversalmente o corpo telescópico interior, provido para isso de duas cavas paralelas diametralmente opostas, estabelecendo o contacto entre esta peça angular e o batente do martelo percutor que, como atrás se mencionou, ocupa uma posição intermédia entre este e o cristal ou elemento piezoeléctrico. Isso será explicado com mais pormenor mais adiante, com referência aos desenhos.
A mola de reposição, na posição de afastamento máximo do conjunto telescópico, ou posição de repouso do mecanismo, envolve exteriormente o corpo telescópico interior, apoiando-se precisamente na peça angular. A. sua outra extremidade empurra frontalmente o corpo telescópico exterior.
ι
-8- /'
Com esta disposição, a mola exterior está sempre numa posição axialmente distante do elemento piezoelêctrico, visto que este último está situado mais além do batente oposto à peça angular de assentamento da mola.
A mola que actua no martelo percutor e perfeitamente guiada na cavidade axial cilíndrica do corpo telescópico interior, ficando, no momento em que se verifica o impacto do martelo percutor, totalmente alojada no interior do corpo.
A corrente eléctrica efectua um percurso curto, dado que passa, directamente e com um bom contacto, da base do percutor ou do batente do mesmo, para a peça angular metálica, de modo que o corpo telescópico exterior nao precisa de ser de material plástico condutor e portanto é mais económica a construção.
A aba livre da peça angular, que desempenha a função de inibidor da rotação dos componentes do conjunto telescópico, termina em rampa, regulando a sua inclinação a abertura de gás durante todo o curso de retracção do conjunto telescópico, quando se actua no gatilho do isqueiro, produzindo-se a faísca no último instante do referido curso.
Outra característica da presente invenção, como aperfeiçoamento do mecanismo, é constituída pelo facto de se melhorar o comportamento funcional do isqueiro, ao eliminar-se completamente a folga axial possível existente no mecanismo piezoeléctrico devido à acumulação de folgas na montagem dos diferentes componentes, bem como entre o próprio mecanismo piezoelêctrico e o corpo do isqueiro, o que se verifica sem a necessidade de usar / / •7
-9a terceira mola adicional que se interpunha entre o fundo do alojamento do corpo do isqueiro e a tampa do corpo telescópico inferior do mecanismo piezoeléctrico, como se referiu atrás.
Segundo a presente invenção, a tampa de fecho da extremidade livre do corpo telescópico, que se aloja no interior do corpo do isqueiro e que, como se verá mais adiante com referência aos desenhos, é precisamente a que fecha o corpo de maior secção do conjunto telescópico, nela se apoiando além disso a mola que actua no martelo percutor, e móvel axialmente relativamente ao corpo que ela fecha, visto que se previram as janelas de fixação das saliências em dente de serra da tampa inferior rasgadas, para permitir esta folga. Na posição de repouso do mecanismo, a tampa inferior fica na posição mais afastada da boca do corpo telescópico inferior, devido à existência da própria mola que actua no percutor, de modo que este se encontra na sua posição mais distendida, conseguindo-se portanto aumentar a vida da mola, visto não precisar de ser montada com uma tensão prévia.
Com esta disposição, o mecanismo piezoeléctrico está montado na posição de repouso e de reposição total do gatilho, devido à montagem especial desta mola, de modo qúe ao efectuar-se o disparo para fazer o acendimento, em primeiro lugar comprime-se esta mola até que a tampa fique na posição de introdução e, em seguida, faz-se a compressão da mola exterior que actua no conjunto telescópico, e simultaneamente com este movimento verifica-se a compressão da mola que actua no martelo ί
-10- / percutor para chocar contra o cristal piezoeléctrico quando terminar este curso de compressão do conjunto telescópico, cujo funcionamento é bem conhecido.
Para facilitar a compreensão das características da presente invenção e fazendo parte integrante da presente memória descritiva, apresentam-se em anexo desenhos com carácter ilustrativo e não limitativo.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
As figuras dos desenhos anexos representam:
A fig. 1, uma vista em corte longitudinal, em alçado, do mecanismo piezoeléctrico para isqueiros de gás segundo a presente invenção, na posição de armado e situado no corpo do isqueiro, sendo o corte parcial;
A fig. 2, uma vista semelhante à da fig. 1, na posição de disparo e sem incluir o corpo do isqueiro;
A fig. 3, uma vista em alçado do corpo telescópico interior;
uma vista em alçado lateral correspondente ao da fig. 3;
A fig. 5, um corte longitudinal feito por (E-E) na fig.
A fig. 6, uma vista em planta correspondente à fig. 4;
A fig. 7, um corte pela linha (D-D) da fig. 4;
A fig. 8, um corte pela linha (A-A) da fig. 3;
3;
A fig. 9, uma vista de baixo de acordo com a fig. 4;
A fig. 10, uma vista em alçado do corpo telescópico exterior;
A fig. 11, uma vista em alçado lateral correspondente à fig. 10;
A fig. 12, um corte feito pela linha (C-C) da fig. 10;
A fig. 13, um corte feito pela linha (B-B) da fig. 11;
A fig. 14, uma vista em planta correspondente à fig. 11;
As fig. 15 e 16, vistas em planta e alçado, respectivamente, do martelo percutor;
As fig. 17, 18 e 19, vistas em alçado, em planta e lateral da tampa do corpo telescópico exterior;
As fig. 20, 21 e 22, vistas em alçado, em planta e lateral, respectivamente, da peça angular exterior que impede a rotaçao relativa dos dois corpos do conjunto telescópico;
A fig. 23, um corte parcial longitudinal de um mecanismo piezoeléctrico qúe inclui mais um aperfeiçoamento da presente invenção, mais concretamente determinado pela ligação telescópica da tampa de fecho do corpo telescópico exterior, estando o mecanismo na posição de repouso; e
A fig. 24, uma vista em corte, semelhante à representada na fig. 23, depois de iniciado o disparo.
DESCRIÇÃO DA FORMA DE REALIZAÇÃO PREFERIDA
Fazendo referência a numeração indicada nas figuras, po-
de ver-se que o mecanismo piezoeléctrico para isqueiros de gás segundo a presente invenção apresenta, tal como outros mecanismos do seu género, dois corpos telescópicos (1) e (2), correspondendo a referência (1) ao interior e a (2) ao exterior. Na fig. 2 pode ver-se a posição que ocupa o elemento piezoeléctrico (3) no interior do corpo telescópico (1), imobilizado entre a bigorna (4) e o batente ou base (5) que recebe os golpes do martelo percutor (6) que se desloca guiado na cavidade axial cilíndrica (7) do corpo interior (1) (fig. 5).
A bigorna (4) entra ajustada no orifício de secção quadrangular existente na parte superior do corpo (1), incluindo além disso duas saliências (8), em duas das suas faces opostas, graças às quais se consegue a imobilização da bigorna, quando se introduzem em janelas correspondentes (9) previstas no corpo (1) (fig. 4 a 6).
Por seu lado, o batente (.5) onde bate o martelo percutor (6) tem a forma cilíndrica escalonada, para definir uma metade superior de maior diâmetro que a inferior. Este degrau apoia-se no ressalto anular (10) da cavidade cilíndrica do corpo interior (1), ficando a parte cilíndrica de menor diâmetro do batente (5) nesta zona axial de menor diâmetro do corpo interior (1 ).
martelo percutor (6), cuja geometria pode ver-se claramente nas fig. 15 e 16, tem secção cilíndrica escalonada e apresenta duas saliências (11) diametralmente opostas na sua zona de maior diâmetro, do outro lado da sua extremidade que ter-
mina em forma cónica. As saliências diametrais (11) tornam possível a retenção do martelo percutor (6) na posição de afastamento em relação ao elemento piezoeléctrico (3), para que, quando se eliminarem estes meios de retenção, o martelo percutor possa bater no cristal (3), por intermédio do batente (5), para produzir a faísca de acendimento. Estes meios de retenção são definidos, de maneira conhecida, pelas cavas laterais (12) que se abrem para um mesmo lado no sentido da rotação, de uma das faces laterais das ranhuras longitudinais (13) previstas na parte cilíndrica do corpo interior (1) e em posição diametral. Nelas trabalham as saliências transversais (11) diametralmente opostas do martelo percutor (6). Portanto, o martelo percutor desloca-se sem rotação ao longo das referidas ranhuras (13), só tendo de rodar para entrar nas cavas laterais (12), bem como para sair das mesmas .
martelo percutor (6) é actuado pela mola (14) que se apoia no fundo da tampa (15) que fecha a extremidade livre do corpo telescópico exterior (2), visto ambos apresentarem saliências dentadas (16) e janelas (17) complementares. A mola (14) é perfeitamente guiada quando introduz as suas extremidades na espiga cilíndrica (18) do martelo percutor (6) e no botão (19) da tampa (15). A estrutura desta tampa (15) pode ver-se claramente nas fig. 17 a 19.
Os corpos telescópicos interior (1) e exterior (2) são actuados pela mola exterior (20), que os solicita para a posição de extensão máxima do conjunto, limitada por uma espera que,
-14como se verá mais adiante, é definida pelas saliências diametrais (11) do martelo percutor (6), que são retidas nos bordos de janelas respectivas (21) existentes no corpo telescópico exterior (2), no interior das quais também funcionam.
Os corpos telescópicos (1) e (2) estão impedidos de rodar um em relação ao outro por meio de um elemento exterior definido pela peça angular (22), cuja geometria exterior pode ver-se nas fig. 20 a 22. A peça (22) tem a forma de L e é fixada por uma das suas abas no corpo telescópico interior (1), estando para isso provida de duas cavas paralelas e diametralmente opostas (23), nas quais se alojam os bordos interiores de patilhas respectivas (24) formadas de um lado e do outro da ranhura central (25) que existe nesta aba (26) da peça angular (22). A outra aba perpendicular (27) fica numa posição paralela ao eixo longitudinal do mecanismo e de modo que o seu bordo extremo fica ligeiramente sobreposto relativamente a uma das faces do corpo telescópico exterior (2), como se indica em (28) na fig. 1. Isso evita que se produza a rotação relativa entre estes elementos, dado que, quando o conjunto se retrai para produzir a faísca de acendimento, a zona sobreposta é muito maior, como se depreende da observação da fig. 2, que corresponde a esta última situação assinalada. A posição de repouso corresponde à da fig.
1.
A mola (20) apoia-se directamente na aba (26) da peça angular (22) estando esta última situada exactamente à altura onde fica situada a extremidade de maior diâmetro da peça de ba-
tente (5), como se vê na fig. 2. Portanto, o batente (5) está situado entre as patilhas (24) e, mais concretamente, entre as cavidades de meia cana (29) feitas nos seus bordos biselados, pertencendo estas cavidades a uma mesma circunferência à qual se ajusta com precisão a parte alargada do batente (5). Com esta construção apenas se permite atingir a posição correcta da peça angular (22) quando ainda não foi introduzida a peça de batente (5) e depòis da montagem desta última já nao pode extrair-se a peça angular (22) pois, como se mencionou, o conjunto definido pelo batente (5), o elemento piezoeléctrico (3) e a bigorna (4) formam uma unidade compacta imóvel.
Na posição de repouso do mecanismo (fig. 1), o martelo percutor (6) tem as suas saliências diametrais (11) alojadas nas respectivas cavas laterais (12) das ranhuras longitudinais (13) do corpo interior (1), conservando-se esta posição pela pressão ligeira que a mola (14) exerce no martelo percutor (6), mantendo aplicados contra o bordo transversal mais interior das janelas (21) do corpo exterior (2), os ressaltos diametrais (11), devido a serem estes bordos transversais oblíquos ou em rampa, de uma maneira conhecida. A mola exterior (20) está distendida ou em repouso.
Para conseguir que o martelo percutor (6) esbarre contra o batente (5), basta fazer a retracção do conjunto telescópico, exercendo uma pressão de compressão e durante a trajectória de retracção verifica-se a compressão das duas molas (14) e (20). Com este deslocamento tem também lugar o afastamento das saliên-
cias diametrais (11) do martelo percutor (6) em relação aos bordos inclinados (30) das janelas (21) respectivas, chegando um instante em que entram em contacto com o bordo oposto (31) das mesmas, também oblíquo ou em rampa, o que provoca uma rotação do martelo percutor (6) para que as saliências diametrais (11) saiam das ranhuras (12), fazendo-se em seguida deslizar a grande velocidade pelas ranhuras longitudinais (13) do corpo interior, produzindo-se o choque. Nestas condições, todavia, mantém-se comprimida a mola (20), correspondendo essa posição ã fig. 2.
Quando terminar a pressão de compressão exercida pelo utilizador no gatilho (32) (fig. 1) do isqueiro, os corpos telescópicos (1) e (2) estendem-se, pela acção da mola exterior (20). Durante este curso, as saliências diametrais (11) do martelo percutor (6) deslocam-se pelas ranhuras respectivas (13) do corpo interior (1) atéralcançarem as cavas laterais (12) respectivas, altura em que se introduzem nas mesmas devido à pressão que nessas saliências diametrais (11) exercem os bordos em rampa (30) das janelas (21) do corpo exterior (2), atingindo-se então a posição limite de extensão do conjunto telescópico.
funcionamento do mecanismo é o seguinte:
Com referência à fig. 1, que representa parcial e esquematicamente o corpo do isqueiro e os dispositivos relacionados com o acendimento, pode ver-se que, ao exercer uma pressão sobre o gatilho (32), o conjunto telescópico retrai-se dado que a sua extremidade inferior se apoia no ressalto (33) do fundo do alojamento. Durante este curso, a aba exterior (27) da peça
-λΊ-
angular (22) empurra progressivamente a forquilha (34) que actua na boquilha (35) do queimador para produzir o escape de gás e por forma que este se misture infimamente com o ar, já que a faísca não se produz até ao momento final deste curso de compressão. A aba (27) define portanto uma came cujo remate em rampa (36) materializa uma inclinação de regulação da abertura de gás, quando desloca angular e inicialmente a forquilha (34) inicialmente, mantendo-a depois nesta posição.
A peça angular (22), além de constituir o meio contra a rotação do conjunto telescópico e de funcionar como came para provocar a saída de gás, define o elemento de transmissão de corrente no circuito eléctrico ao produzir-se a faísca de acendimento. A corrente eléctrica efectua um percurso curto quando se fecha o circuito, com as peças: bigorna (4), elemento piezoeléctrίσο (3), peça de base (5) do percutor e peça angular (22), passando desta peça para a forquilha condutora (34) e para a boquilha do queimador (35). Garante-se uma transmissão eléctrica perfeita no apoio da peça angular (26) em relação ao batente (5), visto que em todos os instantes estabelecem contacto, como atrás se explicou.
Com esta estrutura e este modo de funcionamento do mecanismo piezoeléctrico, o corpo exterior (2) e a sua tampa de fundo (15) não precisam de ser de plástico condutor, visto que por eles não tem de passar corrente, que é desviada pela peça angular (22).
Devido ao facto de o elemento piezoeléctrico (3), ou
A
-18cristal, se encontrar axialmentè distante da mola exterior (20), não se produzem efeitos de indução, o que melhora a intensidade e o tempo da faísca, bem como a tensão.
Fabrica-se o batente (5), ou base de percutor, com uma liga maleável que torna possível um assentamento perfeito no cristal ou elemento piezoeléctrico (3), que melhora com o tempo. Este mesmo material é utilizado na construção da bigorna (4), na peça angular ou carne (22) e no martelo percutor (6), embora este último não precise de ser de um material condutor.
A mola (14) que actua no martelo percutor (6) está quase na totalidade alojada na cavidade cilíndrica do corpo interior (1), na condição de repouso do mecanismo e totalmente oculto no seu interior no fim do curso de compressão, pois o bordo extremo do referido corpo interior (1) chega a estabelecer contacto com o fundo da tampa (15) do corpo exterior (2), o que melhora o funcionamento da mola, por não ser afectada por atritos e empenamentos indesejados.
Na posição de repouso do mecanismo, a extremidade do corpo telescópico interior (1) está introduzida na cavidade axial cilíndrica da tampa (15), o que contribui ainda mais para o guiamento do conjunto telescópico e o movimento das molas.
Como se vê na fig. 1, todo o mecanismo piezoeléctrico está introduzido no corpo do isqueiro, num alojamento previsto para esse efeito e de modo que a tampa de fecho (15) do corpo telescópico (2) fique assente na espiga (33) que emerge da parede de fundo do corpo do isqueiro.
/
-1 9Relativamente a este último parágrafo, e para melhorar o funcionamento do isqueiro eliminando-se as folgas dê montagem do mecanismo piezoelêctrico, bem como as que possam existir ou formar-se com o uso do isqueiro, entre este conjunto e o alojamento do corpo do isqueiro, por tolerâncias de fabrico dos seus diferentes componentes, o que determina um movimento indesejado quando se actua no gatilho (32), previu-se que a tampa de fecho (15) do corpo telescópico exterior (2) seja susceptível de deslocamento axial relativamente ao referido corpo (2), para poder aproximar-se e afastar-se do mesmo, contra ou a favor, respectivamente, da própria mola helicoidal (14) que actua no martelo percutor (6), sendo esse deslocamento limitado por esbarros, como adiante se verá com referência às fig. 23 e 24, nas quais estão considerados estes aperfeiçoamentos.
No exemplo de realização representado nas fig. 23 e 24, vê-se claramente a solução adoptada para se conseguir, de maneira fácil, que a tampa (15) fique ligeiramente afastada do corpo exterior (2) e accionada por uma mola, por se terem alargado as janelas (17) que recebem as saliências (16) com secção em dente de serra da tampa (15), tendo essas janelas alargadas a referência (17')·
Nestas condições, a mola helicoidal (14), que actua no martelo percutor (6), mantêm a posição mais afastada destes elementos (2) e (15), retida por meio dos dentes (16) que estabelecem apoio nos bordos mais inferiores das janelas (17') respectivas. Nesta posição, a mola (14) está na sua posição de repou
-20so, o que prolonga a vida da mesma, visto que apenas se comprime quando for necessário o seu uso para produzir a faísca de acendimento, quando se actuar no gatilho (32) do isqueiro.
Comparando as fig. 23 e 24, correspondentes respetivamente às posições de repouso e de disparo, pode ver-se o percurso telescópico que se efectua em primeiro lugar no conjunto telescópico, ao efectuar-se o disparo para o acendimento. Depois deste movimento efectua-se a retracção do conjunto telescópico, materializado pelos corpos (1) e (2) como se verificava no caso correspondente à fig. 1.

Claims (8)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1.- Mecanismo piezoeléctrico para isqueiros de gás, do tipo que inclui dois corpos'telescópicos auxiliados por uma mola que os mantém na posição estendida, encontrando-se no interior dos mesmos um elemento piezoeléctrico (3) , imobilizado entre uma bigorna (4) e um batente (5) no qual bate o martelo percutor (6) para gerar a faísca de acendimento, deslocando-se este martelo percutor guiado no interior do conjunto telescópi co e produzindo-se a percussão no troço final do retrocesso do conjunto telescópico devido ao disparo do martelo percutor (6) quando se libertam os meios que o mantêm retido na sua posição afastada do elemento piezoeléctrico (3) e como consequência da compressão de uma mola durante esse deslocamento, intervindo na retenção e libertação do martelo percutor (6) um par de ranhuras longitudinais (13) nas quais são guiadas saliências dia metrais (11) do martelo percutor (6), atingindo essas saliências diametrais (11) cavas laterais (12), sendo os meios de re tenção libertados quando o bordo de uma rampa (31) de uma jane la (21) respectiva, existente em duas paredes opostas do corpo telescópico, nas quais joga cada saliência (11) do martelo per cutor (6), incidir nas saliências diametrais (11), definindo o bordo oposto de cada janela (21) outro bordo (30) em rampa que incide nas referidas saliências diametrais (11) para deslocar e obrigar a rodar o martelo percutor (6) para que se retenha nas referidas cavas laterais (12) durante o curso de reposição do conjunto telescópico, estando a mola (14) que auxilia o mar telo percutor (6) apoiada pela sua outra extremidade numa tampa (15) fixada na extremidade livre do corpo telescópico no qual se encontra alojado, caracterizado por o corpo telescópico exterior (2) e o interior (1) não poderem rodar um em relação ao outro devido a uma peça angular exterior (22) que se fixa por uma das suas abas (26) no corpo telescópico interior (1) , dotado para esse fim com duas cavas paralelas (23) diametralmente opostas nas quais se alojam patilhas respectivas (24) formadas nos lados de uma ranhura central (25) da referida aba (26), tendo sido previsto que a outra aba ortogonal (27) contacte com uma das faces exteriores do corpo tubular exterior (2) de secção quadrada, estando a mola de reposição (20) colocada envolvendo o corpo tubular interior (1) e com uma das suas extremidades apoiada na aba (26) da referida peça angular (22), enquanto a outra extremidade se apoia numa base dianteira de apoio do corpo exterior (2).
  2. 2.- Mecanismo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a mola (14) que auxilia o martelo percutor (6) estar situada afastada axialmente da mola exterior (20) e // ζ esta última estar além disso afastada axialmente do elemento piezoeléctrico (3).
  3. 3. - Mecanismo de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado por a mola (14) que auxilia o martelo percutor (6) ser guiada na parte oca axial do cilindro (7) do corpo telescópico interior (1), chegando no instante do disparo, ou de máxima retracção do conjunto telescópico, a ficar completamente introduzida no seu interior..
  4. 4. - Mecanismo de acordo com as reivindicações ante, riores, caracterizado por a corrente eléctrica passar, quando se fecha o circuito, no instante de disparo, através das peças: bigorna (4), elemento piezoeléctrico (3), base (5) para o batente do percutor e a peça angular (22), passando para a forquilha condutora e para o queimador condutor.
  5. 5. - Mecanismo de acordo com as reivindicações ante, riores, caracterizado por a aba livre (27) da peça angular (22), disposta paralelamente ao eixo do mecanismo, terminar em rampa (36), cuja inclinação regula a abertura de gás quando se desloca angularmente a forquilha do isqueiro, durante o eur so de retracção do conjunto telescópico.
  6. 6.- Mecanismo de acordo com a reivindicação 1, ca- racterizado por as patilhas (24) da peça angular (22), de um e outro lado da ranhura central (25), terem recortes (29) respectivos opostos, com a forma de segmento circular e pertencentes a uma mesma circunferência cujo diâmetro coincide com o da base (5) do percutor, alojada entre as mesmas, determinan do meios anti-extracção da peça angular (22), bem como de transmissão de corrente do circuito eléctrico.
  7. 7. - Mecanismo de acordo com a reivindicação 1, carac. terizado por o corpo telescópico exterior (2) e a tampa (15) que fecha a sua extremidade livre serem susceptíveis de deslocamento axial relativo limitado entre batentes e mantido na po_ sição distante pela própria mola (14) que auxilia o martelo percutor (6).
  8. 8. - Mecanismo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por a folga axial entre o corpo (2) e a sua tampa (15) ser definida por um maior comprimento das janelas (17') em frente do corpo (2), em cujos bordos próximos assentam as saliências respectivas dentadas (16) previstas na tampa (15) .
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