BRPI1009644B1 - Peptídeo cíclico ou um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo, composição farmacêutica e uso da composição farmacêutica - Google Patents

Peptídeo cíclico ou um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo, composição farmacêutica e uso da composição farmacêutica Download PDF

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Shubh D. Sharma
John H. Dodd
Wei Yang
Xin Chen
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Abstract

peptídeo cíclico, composição farmacêutica, uso da composição farmacêutica, e, heptapeptídeo cíclico peptídeos cíclicos específicos de receptores de melanocortina da fórmula onde r1, r2, r3, r4, r5, r6, r7, r8, r9, r10 e z são conforme definidos na especificação, composições e formulações incluindo os peptídeos da fórmula acima exposta e métodos para prevenir, melhor ou tratar doenças, indicações, condições de melanocortina.

Description

REFERÊNCIA CRUZADA AO PEDIDO CORRELATO
Este pedido reivindica prioridade e benefício do depósito do Pedido de Patente Provisória Americana Série N° 61/184.929 intitulada “Peptídeos Específicos De Receptores De Melanocortina”, depositado em 8 de junho de 2009, e a especificação e reivindicações do mesmo são incorporados neste por referência.
HISTÓRICO DA INVENÇÃO CAMPO DA INVENÇÃO (CAMPO TÉCNICO):
A presente invenção se refere a peptídeos cíclicos específicos de receptores de melanocortina que podem ser usados no tratamento de doenças, indicações, condições e síndromes mediadas por receptores de melanocortina.
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA CORRELATA:
A discussão a seguir se refere a um número de publicações por autor(es) e ano de publicação, e que devido a datas recentes de publicação, determinadas publicações não devem ser consideradas como técnica anterior em face à presente invenção. A discussão de tais publicações aqui é feita para um histórico mais completo e não deve ser interpretada como admissão de que tais publicações são a técnica anterior, para fins de determinação de patenteabilidade.
Foi identificada uma família de tipos e subtipos de receptores de melanocortina, incluindo receptores de melanocortina-1 (MC1-R) expressos em melanócitos humanos normais e células de melanoma, receptores de melanocortina-2 (MC2-R) para ACTH (adrenocorticotropina) expressos nas células da glândula adrenal, receptores de melanocortina-3 e melanocortina-4 (MC3-R e MC4-R) expressos primariamente em células no hipotálamo, mesencéfalo e tronco encefálico e receptores de melanocortina-5 (MC5-R), expressos em uma ampla distribuição de tecidos periféricos. Foi sugerido que MC1-R está associado à pigmentação da pele e cabelos e inflamação, acredita-se que MC2-R medie a esteroidogênese, foi sugerido que MC3-R está associado à homeostase de energia, ingestão de alimentação e inflamação, acredita-se que MC4-R controle o comportamento nutricional, a homeostase de energia e as funções sexuais (por exemplo, as funções eréteis), e sugere- se que o MC5-R está envolvido no sistema da glândula exócrina.
Foi feito um trabalho significativo para se determinar a estrutura dos receptores de melanocortina, incluindo tanto as sequências de ácido nucleico que codificam para os receptores como as sequências de aminoácidos que constituem os receptores.
MC4-R é um receptor 7-transmembrana acoplado à proteína G, e acredita-se ser expresso primariamente no cérebro. Foi mostrado que a inativação de MC4-R resulta em obesidade (Hadley, 1999, Ann N Y Acad Sci, 885:1-21) . A proteína relacionada ao Agouti (AgRP) é um composto endógeno que, sugere-se, é um antagonista de MC ou agonista inverso em MC4-R. Acredita-se que o hormônio estimulante de a- melanócitos (a-MSH) seja o princípio do agonista endógeno de MC4-R.
Além disso, foi sugerido que os receptores de MC4-R localizados perifericamente estão envolvido no controle de homeostase de energia e no papel da sinalização de MC4-R no nervo vago e sua relevância para o tratamento da obesidade e diabetes é discutida por Gautron et al, The Journal of Comparative Neurology, 518:6-24 (2010).
Acredita-se que os peptídeos específicos para MC4-R e, em segundo lugar, os peptídeos específicos para MC3-R, são úteis na regulação da homeostase de energia em mamíferos,incluindo o uso de agentes para atenuação da ingestão de alimentos e ganho de peso corporal. Acredita-se que os peptídeos agonistas de MC4-R são úteis para o tratamento de disfunção sexual, incluindo a disfunção erétil masculina, e para inibição da ingestão de alimentos e do ganho de peso corporal, para o tratamento da obesidade. Esses peptídeos também podem ser empregados para diminuição do consumo voluntario de etanol, tratamento de vício em drogas e outros. Os peptídeos agonistas de MC4-R, assim como os peptídeos agonistas de MC3-R, podem ser também empregados no tratamento de choque circulatório, isquemia, choque hemorrágico, doenças inflamatórias e doenças, indicações, condições e síndromes correlatas. Em comparação, acredita-se que os peptídeos antagonistas de MC4-R são úteis para auxiliar o ganho de peso, e também para uso no tratamento de caquexia, sarcopenia, síndrome ou doença de emaciação, e anorexia. Esses peptídeos também podem ser empregados para o tratamento de depressão e distúrbios correlatos. (Wikberg et al, Nature Reviews, Drug Discovery, 7, 307, (2008); Adan et al, British J. Pharm. , 149, 815-827 (2006); Nogueiras et al, J. CHn.,Invest, 117(11 ): 3475-3488 (2007); Maaser et al, Ann. N.Y. Acad. Sci., 1072, 123-134 (2006); Giuliani et al, British J. Pharm., 150, 595-603 (2007); Balbani, Expert Opin. Ther. Patents, 17(3), 287-297 (2007); e Navarro et al, Álcool. CHn. Exp. Res. , 29(6), 949-957 (2005)).Peptídeos cíclicos específicos de receptores de melanocortina incluem peptídeos análogos do hormônio estimulante de a-melanócitos (“a-MSH”) cíclico, como Ac-Nle- ciclo(-Asp-His-D-Phe-Arg-Trp-Lys)-NH2 (Consulte as Patentes Americanas N° 5,674,839 e 5,576,290) e Ac-Nle-ciclo(-Asp-His- D-Phe-Arg-Trp-Lys)-OH (Consulte as Patentes Americanas N° 6,579,968 e 6,794,489). Esses e outros peptídeos específicos de receptor de melanocortina contêm a sequência central de tetrapeptídeo do α-MSH, His6-Phe7-Arg8-Trp9 (SEQ ID NO:1) nativo ou uma mimética ou variação do mesmo, como a substituição do D-Phe for Phe7. Outros peptídeos ou compostos semelhantes a peptídeos considerados específicos para um ou mais receptores de melanocortina são revelados nas Patentes Americanas N° 5,731,408, 6,054,556, 6,350,430, 6,476,187, 6, 600, 015, 6, 613, 874, 6, 693,165, 6, 699, 873, 6, 887, 846, 6,951,916, 7,008,925, 7,176,279 e 7,517,854; nos pedidos de patente americanos publicados N° 2001/0056179, 2002/0143141 , 2003/0064921, 2003/0105024, 2003/0212002, 2004/0023859, 2005/0130901, 2005/0187164, 2005/0239711, 2006/0105951, 2006/0111281, 2006/0293223, 2007/0027091, 2007/0105759, 2007/0123453, 2007/0244054, 2008/0004213, 2008/0039387 e 2008/0305152; e nos pedidos de patente internacional n° WO 98/27113, WO 99/21571, WO 00/05263, WO 99/54358, WO 00/35952, WO 00/58361, WO 01/30808, WO 01/52880, WO 01/74844, WO 01/85930, WO 01/90140, WO 02/18437, WO 02/26774, WO 03/006604, WO 2004/046166, WO 2004/099246, WO 2005/000338, WO 2005/000339, WO 2005/000877, WO 2005/030797, WO 2005/060985, WO 2006/012667, WO 2006/048449, WO 2006/048450, WO 2006/048451, WO 2006/048452, WO 2006/097526, WO 2007/008684, WO 2007/008704, WO 2007/009894, WO 2008/025094 e WO 2009/061411. Peptídeos cíclicos específicos de receptores de melanocortina revelados acima são normalmente ciclizados por meio de uma ponte de lactama formada pelas cadeias laterais de Asp (ácido aspártico) e Lys (lisina) ou alternativamente por meio de uma ponte dissulfeto formada pelas cadeias laterais de duas Cys (cisteína) ou outros resíduos reativos contendo tiol. Apesar do intenso interesse científico e farmacêutico em peptídeos específicos de receptor de melanocortina, evidenciado por inúmeros artigos da literatura científica e inúmeros pedidos de patente e patentes emitidas, nenhum receptor de peptídeo específico de melanocortina foi aprovado como fármaco para qualquer indicação terapêutica. De fato, não há relatórios de qualquer peptídeo específico de receptor de melanocortina para qualquer indicação terapêutica que tenha ido além dos estudos clínicos da Fase II. Ainda há a necessidade significativa e substancial de peptídeos específicos de receptor de melanocortina para uso em aplicações farmacêuticas. A presente invenção foi feita para atender a essas necessidades existentes.
BREVE SUMÁRIO DA INVENÇÃO
Em um aspecto, a presente invenção se refere a um peptídeo cíclico da fórmula estrutural (I):
Figure img0001
incluindo todos os enantiômeros, estereoisômeros ou diastereoisômeros do mesmo, ou um sal farmaceuticamente aceitável de qualquer um dos anteriores, em que: R1 é H- ou um grupo acil C1 a C7, em que C1 a C7 compreende um alquil ou cicloalquil linear ou ramificado ou um alquil e um cicloalquil linear; R2 é -N(R15a)(R15b), -NH-(CH2)z-N(R15a)(R15b), NH- C(=NH)-N(R15a)(R15b), C(=O)-N(R15a)(R15b) ou NH-C(=O)- N(R15a) (R15b) ; R3 é -H, -CH3 ou -CH2-, e se for -CH2- forma com R4 um anel da estrutura geral
Figure img0002
R4 é -H, -(CH2)Z- se R3 for -CH2-, e se for -(CH2)Z- forma o anel com R3, contanto que se R11 não for H, então o átomo de carbono ao qual R11 está ligado é -CH-, ou R4 é - (CH2)W-R12-(CH2)W-R13, em que qualquer H em (CH2)W é opcionalmente substituído por -(CH2)W-CH3, mas, se R1 for CH3- (C=O)-, R5 é fenil não substituído, R6 é H, R7 é -(CH2)3-NH- C(=NH)-NH2, R8 é indol e R9 é C(=O)-OH ou C(=O)-NH2, excluindo então: -(CH2)2- mas somente se R3 for -CH2- e forma um anel de pirrolidina não substituído por R3 e R10 é -CH2-C (=O) -NH- (CH2) 4, - (CH2) 2-C (=O) -NH- (CH2) 3 ou - (CH2) 3-NH-C (=O) - (CH2) 2,
Figure img0003
mas somente se R10 for -CH2-C(=O)-NH-(CH2)4, -(CH2)2- C(=O)-NH-(CH2)3 ou -(CH2)3-NH-C(=O)-(CH2)2, e
Figure img0004
mas somente se R10 for -CH2-C (=O) -NH- (CH2)3, -(CH2)2-C(=O)-NH- (CHZ)3I-CH2-C(=O)-NH-(CH2)4 ou - (CH2)2-C(=O)-NH-(CH2)4; R5 é fenil ou naftil não substituído; R6 é -H, -CH3 ou -CH2-, e se for -CH2- forma com R7 um anel da estrutura geral
Figure img0005
se R6 for -CH2-, e se for -(CH2)Z- Rs is
Figure img0006
opcionalmente substituído por um ou mais substituintes de anéis, e quando um ou mais estão presentes, são os mesmos ou diferentes e independentemente hidroxil, halogênio, sulfonamida, alquil, -O-alquil, aril, ou -O-aril; R9 é H, -C(=O)-OH, -C(=O)-N(R15a)(R15b), -C(=O)- (CH2)w-cicloalquil ou -C(=O)-R16;.. R10 é - (CH2) x-C (=O) -NH- (CH2) y-, - (CH2) x-NH-C (=O) - (CH2) y-, - (CH2) x-C (=O) - (CH2) z-C (=O) - (CH2) y-, - (CH2) x-C (=O) -NH-C (=O) - (CH2) y-, ou - (CH2) x-NH-C (=O) -NH- (CH2) y-; R11 é -H ou -R12- (CH2)w-R13; R12 é opcionalmente presente, e se estiver presente é -O-, -S-, -NH-, Si=O)2-, - S(=O)-, - S(=O)2-NH-, - NH-S(=O)2-, - C(=O)-, -C(=O)-O-, -O-C(=O)-, -NH-C(=O)-O-, -O-C(=O)-NH-, -NH-C(=O)-, ou -C (=O)-NH-; R13 é H, -CH3, -N(R15a)(R15b), -NH-(CH2)z-N(R15a)(R15b), -NH-CH(=NH)-N(Ri5a)(Ri5b), -NH-CH(=O)-N(Ri5a)(Ri5b), -O(Ri5a) , -(R15a)(R15b), -S(=O)2(R15a), -C(=O)-O(R15a) ,
Figure img0007
em que qualquer anel em R13 é opcionalmente substituído por um ou mais substituintes de anéis, e quando um ou mais estiverem presentes, são os mesmos ou diferentes e independentemente hidroxil, halogênio, sulfonamida, alquil, - O-alquil, aril, -O-aril, C(=O)-OH, ou C(=O)-N(R15a) (R15b); R14 é H, -N(R15a)(R15b), -NH-(CH2)z-N(R15a)(R15b), -NH- CH(=NH)-N(R15a)(R15b), -NH-CH(=O)-N(R15a)(R15b), -O(R15a), uma cadeia de alquil C1 a C17 linear ou ramificada, -C (=O)- N(R15a)(R15b), -S(=O)2(R15a),
Figure img0008
em que qualquer anel é opcionalmente substituído por um ou mais substituintes opcionais de anéis, e quando um ou mais estiverem presentes, são os mesmos ou diferentes e independentemente hidroxil, halogênio, sulfonamida, alquil, - O-alquil, aril, aralquil, O-aralquil, ou -O-aril; independentemente H ou uma cadeia de alquil C1 a C4 linear ou ramificada; R15a e R15b são cada um, independentemente, H ou uma cadeia de alquil C1 a C4 linear ou ramificada; R16 e
Figure img0009
R17 é H, -C(=O)-OH, ou -C(=O)-N(R15a)(R15b); w é em cada instância independente 0 a 5; x é 1 a 5; y é 1 a 5; e z é em cada instância independentemente 1 a 5.
Em outro aspecto, é provido o peptídeo cíclico da fórmula (I) em que R10 é -(CH2)X-C(=O)- NH-(CH2)y- em que x é 4 e y é 3, em que x é 3 e y é 2, ou em que x é 2 e y é 1. Em um aspecto alternativo, é provido o peptídeo cíclico da fórmula (I) em que R10 é -(CH2)x-NH-C(=O)-(CH2)y- em que x é 1 e y é 2, em que x é 2 e y é 3, ou em que x é 3 e y é 4.
Em outro aspecto, é provido o peptídeo cíclico da fórmula (I) em que z é três e R2 é NH-C(=NH)-NH2.
Em outro aspecto, é provido o peptídeo cíclico da fórmula (I) em que R16 é
Figure img0010
Em outro aspecto, é provido o peptídeo cíclico da fórmula (I) em que R16 é
Figure img0011
Nesse peptídeo cíclico, R17 pode ser opcionalmente -C(=O)-OH ou -C(=O)-NH2
Em outro aspecto, é provido o peptídeo cíclico da fórmula (I), em que R3 forma com R4 um anel da estrutura geral
Figure img0012
, em que z é 3.
Em outro aspecto, é provido um heptapeptídeo cíclico da fórmula (II) Z V-i-i1 V-i-i2 V-i-i3 V-i-i4 V-i-i5 V-i-i6 V-i-i7 -xaa -xaa -xaa -xaa -xaa -xaa -xaa —Y (II) ou um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que: Z é H ou um grupo N-terminal; Xaa1 é um aminoácido com uma cadeia lateral incluindo no mínimo um grupo primário de amina, guanidina ou ureia; Xaa2 e Xaa7 são aminoácidos em que as cadeias laterais dos mesmos formam uma ponte cíclica contendo lactama;.. Xaa3 é Pro, opcionalmente substituído por hidroxil, halogênio, sulfonamida, alquil, -O-alquil, aril, alquil-aril, alquil-O-aril, alquil-O-alquil-aril ou -O-aril, ou Xaa3 é um aminoácido com uma cadeia lateral incluindo no mínimo uma amina primária, amina secundária, alquil, cicloalquil, cicloheteroalquil, aril, heteroaril, éter, sulfeto ou carboxil; Xaa4 é um aminoácido com uma cadeia lateral incluindo fenil ou naftil não substituído; Xaa5 é Pro ou Xaa5 é um aminoácido com uma cadeia lateral incluindo no mínimo uma amina primária, amina secundária, guanidina, ureia, alquil, cicloalquil, cicloheteroalquil, aril, heteroaril, ou éter; Xaa6 é um aminoácido com uma cadeia lateral incluindo no mínimo um aril ou heteroaril, opcionalmente substituído por um ou mais substituintes de anéis, e quando um ou mais estiverem presentes, são os mesmos ou diferentes e independentemente hidroxil, halogênio, sulfonamida, alquil, - O-alquil, aril, ou -O-aril; e Y é um grupo C-terminal; porém, excluindo peptídeos cíclicos em que Z é Ac, Xaa1 é Arg, Xaa2 e Xaa7 juntos são Glu... Orn, Orn...Glu, ou Asp...Lys, Xaa3 é Pro ou Ser(Bzl), Xaa4 é D-Phe, Xaa5 é Arg, Xaa6 é Trp, e Y é - OH ou -NH2. I Em outro aspecto, é provido o peptídeo cíclico da fórmula (II) em que Xaa1 é Dap, Dab, Orn, Lys, Cit ou Arg.
Em outro aspecto, é provido o peptídeo cíclico da fórmula (II) em que Xaa4 é D-Phe.
Em outro aspecto, é provido o peptídeo cíclico da fórmula (II) em que um dos Xaa2 e Xaa7 é Asp, hGlu ou Glu e o outro dos Xaa2 e Xaa7 é Lys, Orn, Dab ou Dap.
Em outro aspecto, é provido o peptídeo cíclico da fórmula (II) em que o grupo N-terminal é um grupo acil C1 a C7, uma cadeia de alquil, aril, heteroaril, alqueno, alquenil, ou aralquil C1 a C17 linear ou ramificada ou uma cadeia de alquil, aril, heteroaril, alqueno, alquenil, ou aralquil C1 a C17 linear ou ramificada N-acilada.
Em outro aspecto, é provido o peptídeo cíclico da fórmula (II) em que Y é um hidroxil, uma amida, uma amida substituída por uma ou duas cadeias de alquil, cicloalquil, aril, alquil cicloalquil, aralquil, heteroaril, alqueno, alquenil, ou aralquil C1 a C17 lineares ou ramificadas. Em outro aspecto, a presente invenção provê uma composição farmacêutica à base de peptídeo específico de receptor de melanocortina para uso no tratamento de doenças, indicações, condições e síndromes mediadas por receptores de melanocortina.
Em outro aspecto, a presente invenção provê um produto farmacêutico específico de receptor de melanocortina à base de peptídeos, em que o peptídeo é um ligante seletivo MC4-R, para uso no tratamento de disfunção sexual e outros distúrbios associados a MC4-R.
Em outro aspecto, a presente invenção provê peptídeos que são específicos para o receptor de melanocortina MC4-R e que são agonistas.
Em outro aspecto, a presente invenção provê um produto farmacêutico específico de receptor de melanocortina à base de peptídeos para uso no tratamento de obesidade, modulação de comportamento nutricional e outros distúrbios de homeostase de energia.
Em outro aspecto, a presente invenção provê um peptídeo cíclico específico de MC4-R que é eficaz em um intervalo de dosagem significativo.
Outros aspectos e funções inovadoras, e o escopo da aplicabilidade da presente invenção serão especificados em parte na descrição detalhada a seguir, e em parte serão evidenciados aos técnicos no assunto mediante a examinação a seguir, ou poderão ser aprendidos na prática da invenção. Os aspectos da invenção podem ser realizados e alcançados por meio dos instrumentos e combinações especificamente apontados nas reivindicações anexadas.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO 1.0 DEFINIÇÕES
Antes de procedermos com a descrição da invenção, alguns termos serão definidos a seguir.
Nas sequências dadas para os peptídeos de acordo com a presente invenção, os resíduos de aminoácidos têm seu significado convencional conforme exposto no Capítulo 2400 do Manual of Patent Examining Procedure (“Manual de Procedimentos de Examinação de Patentes”), 8a edição. Dessa forma, “Ala” é alanina, “Asn” é asparagina, “Asp” é ácido aspártico, “Arg” é arginina, “Cys” é cisteína, “Gly” é glicina, “Gln” é glutamina, “Glu” é ácido glutâmico, “His” é histidina, “Ile” é isoleucina, “Leu” é leucina, “Lys” é lisina, “Met” é metionina, “Phe” é fenilalanina, “Pro” é prolina, “Ser” é serina, “Thr” é treonina, “Trp” é triptofano, “Tyr” é tirosina, e “Val” é valina, e assim por diante. Deve ser entendido que os isômeros “D” são designados por “D-” antes do código de três letras ou nome do 5 aminoácido, de modo que, por exemplo, D-Phe é D-fenilalanina.
Os resíduos de aminoácidos não englobados acima têm as definições a seguir:
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Um “aminoácido a, a-dissubstituído” significa qualquer a-aminoácido tendo mais um substituinte na exposição, cujo substituinte pode ser o mesmo ou diferente da porção da cadeia lateral do a-aminoácido. Substituintes adequados, em adição à porção da cadeia lateral do a- aminoácido, incluem o alquil C1 a C6 linear ou ramificada. Aib é um exemplo de um aminoácido a, a-dissubstituído. Enquanto os aminoácidos a, a-dissubstituído podem ser referidos com o uso de referências L-isoméricas e D- isoméricas convencionais, deve ser entendido que essas referências são para fins de conveniência, e que eram os substituintes na a-posição são diferentes, esse aminoácido também pode ser chamado de aminoácido a, a-dissubstituído derivado do L- ou D-isômero, conforme apropriado, de um resíduo com a porção de aminoácido da cadeia lateral designada. Com isso, o ácido (S)-2-Amino-2-metil-hexanóico pode ser chamado de aminoácido a, a-dissubstituído derivado de L-Nle ou aminoácido a, a-dissubstituído derivado de D-Ala. Da mesma forma, Aib pode ser chamado de aminoácido a, a- dissubstituído derivado de Ala. Sempre que um aminoácido a, a-dissubstituído é provido, deve ser entendido como incluindo todas as configurações (R) e (S) do mesmo. Sempre que uma reivindicação ou descrição aqui se referir a um “aminoácido”, essa designação inclui, sem limitação, um “aminoácido a, a- dissubstituído.”
Um “aminoácido N-substituído” significa qualquer aminoácido em que uma porção da cadeia lateral do aminoácido é ligada covalentemente ao grupo amino da estrutura básica, incluindo opcionalmente onde não há substituintes que não o H na posição a-carbono. Sarcosina é um exemplo de um aminoácido N-substituído. Como forma de exemplo, a sarcosina pode ser chamada de aminoácido N-substituído derivado de Ala, em que a porção de aminoácido da cadeia lateral de sarcosina e Ala são as mesmas, metil. Sempre que uma reivindicação ou descrição aqui se referir a um “aminoácido”, essa designação inclui, sem limitação, um “aminoácido N-substituído.”
O termo “alcano” inclui hidrocarbonos saturados lineares ou ramificados. Exemplos de grupos de alcano lineares incluem metano, etano, propano e outros. Exemplos de grupos de alcano ramificados ou substituídos incluem metilbutano ou dimetilbutano, metilpentano, dimetilpentano ou trimetilpentano e outros. De modo geral, qualquer grupo de alquil pode ser um substituinte de um alcano.
O termo “alqueno” inclui hidrocarbonos insaturados que contêm uma ou mais ligações duplas de carbono-carbono. Exemplos desses grupos de alqueno incluem etileno, propeno e outros. O termo “alquenil” inclui um radical de hidrocarbono monovalente linear de dois a seis átomos de carbono ou um radical de hidrocarbono monovalente ramificado de três a seis átomos de carbono contendo no mínimo uma ligação dupla; entre os exemplos estão etenil, 2-propenil e outros.
Os grupos “alquil” aqui especificados incluem radicais de alquil da extensão designada em uma configuração direta ou ramificada. Exemplos desses radicais de alquil incluem metil, etil, propil, isopropil, butil, sec-butil, butil terciário, pentil, isopentil, hexil, isohexil e outros.
O termo “alcino” inclui um radical de hidrocarbono monovalente linear de dois a seis átomos de carbono ou um radical de hidrocarbono monovalente ramificado de três a seis átomos de carbono contendo no mínimo uma ligação tripla; entre os exemplos estão etino, propino, butino e outros.
O termo “aril” inclui um radical de hidrocarbono aromático monocíclico ou bicíclico de 6 a 12 átomos de anéis, e opcionalmente substituído independentemente com um ou mais substituintes selecionados de alquil, haloalquil, cicloalquil, alcoxi, alquitio, halo, nitro, acil, ciano, amino, amino monossubstituído, amino dissubstituído, hidroxi, carboxi ou alcoxi-carbonil. Exemplos de um grupo aril incluem fenil, bifenil, naftil, 1-naftil, e 2-naftil, derivados desses e outros.
O termo “aralquil” inclui um radical - RaRb em que Ra é um grupo de alquileno (um alquil bivalente) e Rb é um grupo aril conforme definido acima. Exemplos de grupos aralquil incluem benzil, feniletil, 3-(3-clorofenil)-2- metilpentil e outros.
O termo “alifático” inclui compostos com cadeias de hidrocarbono como, por exemplo, alcanos, alquenos, alcinos e derivados dos mesmos.
O termo “acil” inclui um grupo R(C=O)-, em que R é um grupo orgânico, como um alquil, aril, heteroaril, carbociclil ou heterociclil. Sendo assim, quando houver referência a um grupo acil substituído, significa que o dito grupo orgânico (R) é substituído. O grupo acetil CH3-C(=O)-, aqui chamado de “Ac”, é um exemplo não limitante de um acil.
Uma porção de peptídeo ou alifática é “acilado” quando um grupo alquil ou alquil substituído conforme definido acima é ligado através de um ou mais grupos de carbonil {-(C=O)-}. Um peptídeo é mais comumente acilado em N-terminus.
Uma “cadeia alifática de ômega-amino” inclui uma porção alifática com um grupo amino terminal. Exemplos de cadeias alifáticas de ômega-amino incluem amino-heptanoil e as porções de cadeia lateral de aminoácido de ornitina e lisina.
O termo “heteroaril” inclui anéis aromáticos mono e bicíclicos contendo 1 a 4 heteroátomos selecionados de nitrogênio, oxigênio e enxofre. Heteroaril de 5 ou 6 membros são anéis heteroaromáticos monocíclicos; entre os exemplos estão tiazol, oxazol, tiofeno, furano, pirrol, imidazol, isoxazol, pirazol, triazol, tiadiazol, tetrazol, oxadiazol, piridina, piridazina, pirimidina, pirazina e outros. Anéis heteroaromáticos bicíclicos incluem, sem limitação, benzotiadiazol, indol, benzotiofeno, benzofurano, benzimidazol, benzisoxazol, benzotiazol, quinolina, benzotriazol, benzoxazol, isoquinolina, purina, furopiridina e tienopiridina.
Conforme aqui empregado, o termo “amida” inclui compostos que tenham um nitrogênio trivalente anexado a um grupo carbonil, ou seja, -C(=O)-NH2 (ou seja, amida primária) , -C (=O) -NHRC e -C (=O) -NRcRd, em que cada Rc e Rd representa independentemente um grupo orgânico. Quando se faz referência a um grupo amida substituído, isso significa que no mínimo um dos ditos grupos orgânicos (Rc e Rd) é substituído. Exemplos de amidas incluem metilamida, etilamida, propilamida e outros.
Uma “amina” inclui um grupo amino (-NH2) , -NHR3 e - NRaRb, em que cada Ra e Rb representa independentemente um grupo orgânico. Quando se faz referência a um grupo amina substituído, isso significa que no mínimo um dos grupos orgânicos (Ra e Rb) é substituído.
Uma “imida” inclui compostos contendo um grupo imido (-C(=O)-NH-C(=O)-) . Uma “nitrila” inclui compostos que contêm um grupo (-CN) ligado a um grupo orgânico.
O termo “halogênio” pretende incluir os átomos de halogênio fluorina, clorina, bromina e iodina, e grupos incluindo um ou mais átomos de halogênio, como -CF3 e outros.
O termo “composição”, como em composição farmacêutica, pretende englobar um produto compreendendo o(s) ingrediente(s) ativo(s) que fazem o transportador, assim como qualquer produto que resulta, direta ou indiretamente, da combinação, complexação ou agregação de dois ou mais dos ingredientes, ou a dissociação de um ou mais dos ingredientes, ou de outros tipos de reações ou interações de um ou mais ingredientes. Da mesma forma, as composições farmacêuticas utilizadas na presente invenção englobam qualquer composição feita pela admistura de um ingrediente ativo e um ou mais transportadores farmaceuticamente aceitáveis. Por um “agonista” de receptor de melanocortina entende-se uma substância, fármaco ou composto endógeno, incluindo um composto como os peptídeos da presente invenção, que pode interagir com um receptor de melanocortina e iniciar uma resposta farmacológica, incluindo sem limitação a ativação de adenil ciclase, característica do receptor de melanocortina. Na presente invenção, é preferido um agonista de receptor de melanocortina que é um agonista no receptor melanocortina-4 (MC4-R), mas para determinadas aplicações, é preferido um agonista de receptor de melanocortina que é um agonista em receptor de MC4-R e melanocortina-1 (MC1-R), e para outras aplicações é preferido um agonista de receptor de melanocortina que é um agonista em um ou mais receptor de MC 1-R, melanocortina-3 (MC3-R) , MC4-R e melanocortina-5 (MC5- R) .
Por “a-MSH” entende-se o peptídeo Ac-Ser-Tyr-Ser- Met-Glu-His-Phe-Arg-Trp-Gly-Lys-Pro-Val-NH2 (SEQ ID NO:2) e seus análogos e homólogos, incluindo sem limitação NDP-a-MSH. Por “NDP-a-MSH” entende-se o peptídeo Ac-Ser-Tyr-Ser-Nle-Glu- His-D-Phe-Arg-Trp-Gly-Lys-Pro-Val-NH2and seus análogos e homólogos.
Por “EC50” entende-se a concentração molar de um agonista, incluindo um agonista parcial, que produziu 50% da resposta máxima possível para esse agonista. Por meio de exemplo, um composto de teste que, em uma concentração de 72 nM, produz 50% da resposta máxima possível para esse composto conforme determinado em um ensaio cAMP em um sistema de expressão celular MC4-R tem um EC50 de 72 nM. A menos que especificado o contrário, a concentração molar associada a uma determinação de EC50 é em nanomoles por litro (nM).
Por “Ki (nM)” entende-se a constante de dissociação do inibidor de equilíbrio representando a concentração molar de um composto competitivo que se liga a metade dos locais de ligação de um receptor no equilíbrio na ausência de radioligante ou outros competidores. De modo geral, o valor numérico do Ki tem correlação inversa com a afinidade do composto para o receptor, de modo que se o Ki for baixo, a afinidade é alta. O Ki pode ser determinado usando-se a equação de Cheng e Prusoff (Cheng Y., Prusoff W. H., Biochem. Pharmacol. 22: 3099-3108, 1973):
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em que “ligand” (ligante) é a concentração de radioligante e KD é uma medida inversa da afinidade do receptor com o radioligante que produz 50% de ocupação do receptor pelo radioligante. A menos que especificado o contrário, a concentração molar associada a uma determinação de Ki é em nM. O Ki pode ser expresso em termos de receptores específicos (como MC1-R, MC3-R, MC4-R ou MC5-R) e ligantes específicos (como a-MSH ou NDP-a-MSH). Por “inibição” entende-se a atenuação de porcentagem ou diminuição da ligação do receptor em um ensaio de inibição competitiva em comparação com um padrão conhecido. Sendo assim, por “inibição a 1 μM (NDP-α-MSH)” entende-se a diminuição de porcentagem na ligação de NDP-a-MSH por adição de uma quantidade determinada do composto a ser testado, como 1 μM de um composto de teste, como sob as condições de ensaio aqui descritas. Como forma de exemplo, um composto de teste que não inibe a ligação de NDP-a-MSH tem inibição de 0%, e um composto de teste que inibe completamente a ligação de NDP-a- MSH tem inibição de 100%. Normalmente, conforme descrito aqui, um ensaio de rádio é usado para teste de inibição competitiva, por exemplo, com I125-marcado NDP-a-MSH, ou um ensaio fluorescente de quelato de lantanídio, por exemplo, com Eu-NDP-a-MSH. No entanto, outros métodos de teste de inibição competitiva são conhecidos, incluindo o uso de sistemas de etiqueta ou rótulo que não os radioisótopos, e em geral qualquer método conhecido na técnica para teste de inibição competitiva pode ser empregado nesta invenção. Deve ser observado que “inibição” é uma medida para determinar se um composto de teste atenua a ligação de a-MSH a receptores de melanocortina.
Por “afinidade de ligação” entenda-se a habilidade de um composto ou droga se ligar ao seu alvo biológico, aqui expresso na forma de Ki (nM).
Por “atividade intrínseca” entenda-se a atividade funcional máxima que pode alcançar um composto em um receptor especificado de melanocortina expressando o sistema celular, como a estimulação máxima de adenilil ciclase. A estimulação máxima por a-MSH ou NDP-a-MSH é designada como uma atividade intrínseca de 1,0 (ou 100%) e um composto capaz de estimular metade da atividade máxima de a-MSH ou NDP-a-MSH é designado como tendo uma atividade intrínseca de 0,5 (ou 50%) . Um composto desta invenção que sob as condições de ensaio aqui descritas tiver uma atividade intrínseca de 0,7 (70%) ou mais é classificado como agonista, um composto com atividade intrínseca entre 0,1 (10%) e 0,7 (70%) é classificado como um agonista parcial e um composto com atividade intrínseca abaixo de 0,1 (10%) é classificado como inativo ou tendo nenhuma atividade intrínseca. Em outro aspecto, os peptídeos cíclicos da presente invenção podem ser geralmente caracterizados como um agonista parcial em MC4-R com relação a a-MSH ou NDP-a-MSH.
De modo geral, “atividade funcional” é uma medida de sinalização de um receptor, ou medida de mudança na sinalização associada ao receptor, como um receptor de melanocortina, e especificamente MC4-R ou hMC4-R, mediante a ativação por um composto. Os receptores de melanocortina iniciam a transdução de sinal por meio da ativação de proteínas G heterotriméricas. Em outro aspecto, os receptores de sinal de melanocortina através de Ga3, que catalisa a produção de cAMP por adenilil ciclase. Com isso, a determinação da estimulação de adenilil ciclase, como a determinação da estimulação máxima de adenilil ciclase, é uma medida de atividade funcional, e é a medida primária aqui exemplificada. No entanto, deve ser entendido que medidas alternativas de atividade funcional podem ser empregadas na prática desta invenção, e são especificamente contempladas e incluídas no escopo desta invenção. Sendo assim, em um exemplo, o cálcio livre intracelular pode ser medido, relatado e usando os métodos revelados em Mountjoy K. G. et al., Melanocortin receptor-medicated mobilization of intracellular free calcium in HEK293 cells. Physiol Genomics 5:11-19, 2001, ou Kassack M. U. et al., Functional screening of G protein-coupled receptors by measuring intracellular calcium with a fluorescence microplate reader. Biomol Screening 7:233-246, 2002. É também possível medir a ativação pela medição da produção de inositol trifosfato ou diacilglicerol de fosfatidilinositol 4,5-bifosfato, como por uso de radioensaios. Outra medida de atividade funcional é a internalização do receptor, resultante da ativação de caminhos regulatórios, como com o uso dos métodos revelados em Nickolls S.A. et al., Functional selectivity of melanocortin 4 receptor peptide e nonpeptide agonists: evidence for ligand specific conformational states. J Pharm Exper Therapeutics 313:1281-1288, 2005. Outra medida de atividade funcional é a troca, e taxa de troca, de nucleotídeos associados à ativação de um receptor de proteína G, como a troca de GDP (guanosina difosfato) para GTP (guanosina trifosfato) na subunidade o da proteína G, que pode ser medida por qualquer número de meios, incluindo um radioensaio utilizando guanosina 5'-(Y-[35S]tio)-trifosfato, conforme revelado em Manning D. R., Measures of efficay using G proteins as endpoints: differential engagement of G proteins through single receptors. Mol Pharmacol 62:451-452, 2002. Vários ensaios à base de genes foram desenvolvidos para mediar a ativação de proteínas G acopladas, como s revelados em Chen W. et al., A colorimetric assay from measuring activation of Gs- e Gq-coupled signaling pathways. Anal Biochem 226:349-354, 1995; Kent T.C. et al., Development of a generic dual-reporter gene assay for screening G-protein- coupled receptors. Biomol Screening, 5:437-446, 2005; ou Kotarsky K. et al., Improved receptor gene assays used to identify ligands acting on orphan seven-transmembrane receptors. Pharmacology & Toxicology 93:249-258, 2003. O ensaio colorimétrico de Chen et al. Foi adaptado para uso na medição da ativação do receptor de melanocortina, conforme revelado em Hruby V.J. et al., Cyclic lactam α-melanocortin analogues of Ac-Nle4-cyclo[Asp5,D-Phe7,Lys101 hormone stimulating α-melanocytes -(4-10)-NH2 with bulky aromatic aminoacids at position 7 shows high antagonist potency and selectivity at specific receptors of melanocortin. J Med Chem 38:3454-3461 , 1995. De modo geral, a atividade funcional pode ser medida por qualquer método, incluindo métodos de determinação da ativação e/ou sinalização de um receptor acoplado à proteína G, e incluindo também métodos que possam ser desenvolvidos ou relatados. Cada um dos artigos anteriores e os métodos neles revelados é aqui incorporado completamente, por referência.
Os termos “tratar,” “tratando” e “tratamento,” conforme aqui utilizado, contemplam uma ação que ocorre enquanto um paciente estiver sofrendo da doença ou distúrbio especificado, o que reduz a gravidade da doença ou distúrbio.
Conforme aqui empregado, o termo “quantidade farmacologicamente eficaz” (incluindo “quantidade terapeuticamente eficaz”) significa uma quantidade de um peptídeo de acordo com a invenção que é suficiente para induzir um efeito terapêutico ou biológico desejado.
Conforme aqui empregado, o termo “quantidade terapeuticamente eficaz” significa a quantidade de um composto incluindo um peptídeo da invenção que cause uma resposta biológica ou médica no mamífero que está sendo tratado.
Conforme aqui empregado, o termo “profilaticamente eficaz” ou “preventivo” significa a quantidade de um composto incluindo um peptídeo da invenção que prevenirá ou inibirá o sofrimento de um mamífero com uma condição médica que o médico/veterinário está tratando para prevenir, inibir ou mitigar antes que o paciente comece a sofrer da doença ou distúrbio especificado.
O termo “obesidade” significa a condição de excesso de gordura corporal (tecido adiposo), incluindo como exemplo, de acordo com o National Institutes of Health Federal Obesity Clinical Guidelines em adultos, em que o índice de massa corporal calculado pela divisão da massa em quilos pela altura em metros ao quadro é igual ou maior do que vinte e cinco (25), e incluindo a condição sobrepeso e condição comparável de obesidade e sobrepeso em crianças.
O termo “diabetes” inclui Diabetes do Tipo 1, que é a diabetes mellitus dependente de insulina conforme diagnosticada de acordo com critérios publicados no Report of the Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus (Diabetes Care, Vol. 24, Supp. 1 , Janeiro de 2001) em que o nível de glicose em jejum é maior ou igual a 126 miligramas por decilitro e no qual a causa primária é a destruição da célula beta pancreática, Diabetes Tipo 2, que é diabetes mellitus não dependente de insulina conforme diagnosticada de acordo com critério publicados no Report of the Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus em que o nível de glicose em jejum é maior ou igual a 126 miligramas por decilitro, e diabetes mellitus autoimune latente e adultos (LADA).
O termo “síndrome metabólica” se refere a distúrbios metabólicos, especificamente distúrbios de regulação de glicose e lipídios, incluindo resistência à insulina e defeito na secreção de insulina pelas células beta do pâncreas, e podem incluir ainda condições e estados como obesidade abdominal, dislipidemia, hipertensão, intolerância à glicose ou estado pró-trombótico, e que pode resultar também em distúrbios como hiperlipidemia, obesidade, diabetes, resistência à insulina, intolerância à glicose, hiperglicemia e hipertensão. “Disfunção sexual” significa qualquer condição que inibe ou prejudique a função sexual normal, inclusive o coito. O termo não se limita a condições fisiológicas e inclui condições psicogênicas ou falha percebida sem diagnóstico formal de patologia ou distúrbio. Disfunção sexual inclui a disfunção erétil em mamíferos do sexo masculino e a disfunção sexual feminina em mamíferos do sexo feminino.
“Disfunção erétil” é um distúrbio envolvendo a falha por um mamífero do sexo masculino em alcançar uma ereção funcional, uma ejaculação funcional ou ambos. A disfunção erétil é, coerentemente, sinônimo de impotência, e inclui a inabilidade de atingir ou manter uma ereção com rigidez suficiente para o coito. Os sintomas de disfunção erétil incluem inabilidade de atingir ou manter uma ereção, falha na ejaculação, ejaculação precoce ou inabilidade de alcançar o orgasmo. O aumento da disfunção erétil é frequentemente associado à idade ou pode ser causado por uma doença física, ou efeito colateral de tratamento com medicações.
“Disfunção sexual feminina” é um distúrbio incluindo distúrbio de excitação sexual. O termo “distúrbio de excitação sexual” inclui falha persistente ou recorrente em se atingir ou manter a resposta de lubrificação e inchaço à excitação sexual até a conclusão da atividade sexual. A disfunção sexual em mulheres também inclui inibição do orgasmo e dispaurenia, que é dor ou dificuldade durante o coito. A disfunção sexual feminina inclui, sem limitação, um número de categorias de doenças, condições e distúrbios incluindo distúrbio de desejo sexual hipoativo, anedonia sexual, distúrbio de excitação sexual, dispaurenia e vaginismo. O distúrbio de desejo sexual hipoativo inclui um distúrbio em que as fantasias sexuais e o desejo por atividade sexual são persistente ou recorrentemente diminuídos ou ausentes, causando muito sofrimento e dificuldade nas relações interpessoais. O distúrbio de desejo sexual hipoativo pode ser causado por tédio ou infelicidade em relacionamentos longos, depressão, dependência de álcool ou drogas psicoativas, efeitos colaterais de medicamentos receitados ou deficiências hormonais. A anedonia sexual inclui a diminuição ou ausência de prazer na atividade sexual. A anedonia sexual pode ser causada por depressão, drogas ou fatores interpessoais. O distúrbio de excitação sexual pode ser causado por redução do estrogênio, doença ou tratamento com agentes diuréticos, anti-histamínicos, antidepressivos ou anti-hipertensivos. Dispareunia e vaginismo são distúrbios de dor sexual caracterizados por dor resultante da penetração e podem ser causados, por exemplo, por medicações que reduzem a lubrificação, endometriose, doença pélvica inflamatória, doença intestinal inflamatória ou problemas no trato urinário.
Por “choque circulatório” entende-se a condição médica geral em que os órgãos e/ou tecidos do corpo do paciente, que pode ser humano ou animal, não estão recebendo fluxo sanguíneo adequadamente. O choque circulatório inclui condições como choque hipovolêmico, choque cardiogênico, choque vasodilatador e outros. Essas condições ou disfunções na circulação podem por sua vez ter causas diferentes, como infecção sanguínea bacteriana (choque séptico ou infeccioso), reação alérgica severa (choque anafilático), trauma (choque traumático), sangramento ou perda de sangue severo (choque hemorrágico), disfunção neurológica causando abertura anormal dos vasos sanguíneos (choque neurogênico) ou de natureza endócrina (choque endócrino). O choque circulatório pode ainda resultar em isquemia e danos isquêmicos aos órgãos, tecidos, células ou partes. Mediante reperfusão, ou restauração do fluxo sanguíneo, podem ocorrer lesões por isquemia-reperfusão, também resultando em danos a órgãos, tecidos, ou células do corpo.
Por “doença inflamatória,” também chamada de “condição inflamatória,” entende-se uma doença ou condição caracterizada em parte por mecanismos inflamatórios, como reações específicas de linfócitos T ou interações antígeno- anticorpo causando o recrutamento de células inflamatórias e mediadores químicos endógenos incluindo, sem limitação, citocinas, em que os mediadores químicos incluem sem limitação um ou mais aumento da atividade de NF-KB, aumento da produção de TNF-a, aumento da produção de IL-1 e aumento da produção de IL-6.
Por “choque de Estágio I,” também chamado de “choque compensado” ou “choque não progressivo,” entende-se a condição que ocorre quando o corpo detecta diminuição do fluxo sanguíneo ou perfusão e começa a ativar um ou mais de vários mecanismos reativos para restaurar a perfusão ou fluxo sanguíneo direto aos órgãos mais vitais do corpo. O choque do Estágio I pode ser sintomático, mas também pode incluir, sem limitação, sintomas como fluxo sanguíneo ou perfusão baixa, frequência cardíaca rápida ou aumentada, respiração rápida ou irregular, hipotensão, hipertensão, palidez e cianose.
Por “choque de Estágio II,” também chamado de “choque descompensado” ou “choque progressivo,” entende-se uma condição que ocorre quando os mecanismos compensatórios do corpo começam a falhar e a perfusão do órgão não pode ser restaurada ou mantida. Sintomas de choque de Estágio II incluem, sem limitação, confusão, ansiedade, desorientação e outros distúrbios mentais indicando falta de oxigênio ao cérebro, dores no peito, aumento da frequência cardíaca, oligúria, disfunção múltipla dos órgãos, queda da pressão sanguínea (hipotensão), respiração rápida, fraqueza e dilatação das pupilas.
Por “choque Estágio III,” também chamado de “choque irreversível,” entende-se uma condição que ocorre após o estado de diminuição da perfusão ou fluxo sanguíneo persistir por tanto tempo que os órgãos e tecidos do corpo são afetados permanentemente. Esses sintomas incluem, sem limitação, falência múltipla dos órgãos, falência dos rins, coma, acúmulo sanguíneo nas extremidades e óbito.
2.0 INDICAÇÕES CLÍNICAS E UTILIDADE.
As composições e métodos aqui revelados podem ser usados para aplicações médicas e veterinárias. Normalmente, os métodos são usados em humanos, mas também podem ser usados em outros mamíferos. O termo “paciente” designa um mamífero, e é assim utilizado em toda a especificação e nas reivindicações. As aplicações primárias da presente invenção envolvem pacientes humanos, porém, a presente invenção pode ser aplicada em laboratórios, fazendas, zoológicos, vida selvagem, animais domésticos, animais para esportes ou outros. As indicações clínicas e utilidades específicas incluem as seguintes:..
2.1 OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA CORRELATA.
Foi descoberto que peptídeos da fórmula (I) e (II) são ligantes do receptor de MC4. Acredita-se que esses peptídeos sejam úteis no tratamento de doenças, distúrbios e/ou condições em resposta à modulação da função de MC4-R, mais especificamente a ativação do MC4-R, ou seja, doenças, distúrbios e/ou condições que se beneficiariam do agonismo (total ou parcial) em MC4-R, incluindo homeostase de energia e metabólicas (como a diabetes, em particular a diabetes do tipo 2; dislipidemia; fígado gorduroso; hipercolesterolemia; hipertrigliceridemia; hiperuricacidemia; prejuízo da tolerância à glicose; glicemia de jejum prejudicada; síndrome de resistência à insulina; e síndrome metabólica), relacionadas à ingestão de alimentos (como hiperfagia; transtorno de compulsão alimentar periódica; bulimia; e compulsão alimentar) e/ou doenças , distúrbios e/ou condições relacionadas ao equilíbrio de energia e peso corporal, mais especificamente doenças, distúrbios e condições caracterizadas por excesso de peso e/ou de ingestão de alimentos. Acredita-se que esses peptídeos sejam especificamente úteis para o tratamento doenças, distúrbios e/ou condições relacionadas ao peso corporal caracterizadas por excesso de peso, incluindo obesidade e sobrepeso (por promoção de perda de peso, manutenção de perda de peso e/ou prevenção de ganho de peso, incluindo ganho de peso induzido por medicação ou ganho de peso após parar de fumar) , e doenças, distúrbios e/ou condições associadas à obesidade e/ou sobrepeso, como a resistência à insulina; prejuízo da tolerância à glicose; diabetes do tipo 2; síndrome metabólica; dislipidemia (incluindo hiperlipidemia); hipertensão; distúrbios do coração (como doença cardíaca coronariana, infarto do miocárdio); distúrbios cardiovasculares; doença hepática gordurosa não alcoólica (incluindo esteato-hepatite não alcoólica); distúrbios nas juntas (incluindo a osteoartrite secundária); refluxo gastroesofágico; apneia do sono; aterosclerose; derrame; doenças macro e microvasculares; esteatose (no fígado, por exemplo); pedras vesiculares; e distúrbios vesiculares. Será compreendido que há definições clinicamente aceitas para obesidade e sobrepeso. Um paciente pode ser identificado, por exemplo, medindo-se seu índice de massa corporal (IMC), que é calculado dividindo-se o peso em quilos pela altura em metros ao quadrado, e comparando o resultado com as definições. As classificações recomendadas para o IMC em seres humanos, adotada pelo Expert Panel on the Identification, Evaluation e Treatment of Overweight e Obesity in Adults, e suportado por organizações de profissionais de saúde, são as seguintes: peso abaixo do normal <18,5 kg/m2, peso normal 18,5 a 24,9 kg/m2, sobrepeso 25 a 29,9 kg/m2, obesidade (classe 1 ) 30 a 34,9 kg/m2, obesidade (classe 2) 35 a 39,9 kg/m2, obesidade extrema (classe 3) >40 kg/m2 (Practical Guide to the Identification, Evaluation, and Treatment of Overweight and Obesity in Adults, The North American Association for the Study of Obesity (NAASO) and National Heart, Lung and Blood Institute (NHLBI) 2000). Modificações dessa classificação podem ser usadas para grupos étnicos específicos. Uma alternativa para avaliação de sobrepeso e obesidade é medindo-se a circunferência da cintura. Há várias classificações e diferenças propostas nas divisões baseadas em grupo étnico. Por exemplo, de acordo com a classificação da Federação Internacional de Diabetes, homens com a circunferência da cintura acima de 94 cm (divisão feita para europeus) e mulheres com circunferência da cintura acima de 80 cm (divisão feita para europeus) têm maior risco de diabetes, dislipidemia, hipertensão e doenças cardiovasculares por causa do excesso de gordura abdominal. Outra classificação se baseia na recomendação do Adult Treatment Panel III onde as divisões recomendadas são de 102 cm para homens e 88 cm para mulheres. No entanto, os peptídeos da Fórmula I também podem ser usados para redução de sobrepeso autodiagnosticado e para diminuir o risco de obesidade em função do estilo de vida, considerações genéticas, hereditariedade e/ou outros fatores.
2.2 DISFUNÇÃO SEXUAL.
Peptídeos, composições e métodos da presente invenção podem ser empregados para o tratamento de disfunção sexual, incluindo a disfunção erétil masculina e a disfunção sexual feminina. Em uma realização específica, os peptídeos, composições e métodos da presente invenção são usados em pacientes do sexo masculino para aumentar função erétil, incluindo sem limitação o aumento da função erétil de modo a permitir a relação sexual vaginal. Em outra realização específica, os peptídeos, composições e métodos da presente invenção são usados para tratar a disfunção sexual feminina, incluindo sem limitação aumento da excitação, do desejo, dos níveis de excitação e desejo. Para a disfunção sexual feminina, pontos finais podem, embora não precisem, ser determinados para um número de instrumentos validados, incluindo sem limitação Escala de Desconforto Sexual Feminino, Perfil de Encontro Sexual Feminino, Índice de Função Sexual Feminino e Questionário de Avaliação Global. Os pacientes tratados para a disfunção sexual feminina podem ser mulheres antes ou após a menopausa.
2.3 CHOQUE CIRCULATÓRIO, DOENÇAS, INDICAÇÕES, CONDIÇÕES E SÍNDROMES CORRELATAS.
Peptídeos, composições e métodos da presente invenção podem ser empregados para o tratamento de choque circulatório em um paciente. As composições e métodos providos aqui podem ser empregados para tratar choque de Estágio I, choque de Estágio II ou choque de Estágio III. Em uma realização específica, os métodos da presente invenção são usados para tratar o estágio inicial do choque, e que o estágio inicial é caracterizado por resultado cardíaco insuficiente para atender às necessidades metabólicas do corpo, mas não baixo o bastante para produzir sintomas significativos. O paciente pode estar ansioso e alerta, aumento da respiração.
A invenção provê composições para uso e métodos para tratar ou prevenir choque hemorrágico em uma paciente, que incluem administrar uma composição incluindo um ou mais dos peptídeos da presente invenção para um paciente sofrendo de perda de sangue. A perda de sangue pode ser medida, embora não seja necessário, como a porcentagem do volume de sangue do paciente, por exemplo, a perda de sangue acima de 15% do volume total de sangue, ou acima de 20%, 25%, 30%, 35%, 40% ou 50% do volume total do paciente. Alternativamente, a perda de sangue pode ser medida, embora não seja necessário, em termos de queda de volume de sangue em qualquer quantidade que seja suficiente para causar choque hemorrágico e um paciente específico, por exemplo, perda de cerca de 750 ml, 1000 ml, de cerca de 1500 ml, ou de cerca de 2000 ml ou mais em humanos. A perda de sangue também pode ser medida em termos de queda de pressão sistólica, como, por exemplo, uma queda da pressão sistólica de cerca de 20 mm Hg, 30 mm Hg, 40 mm Hg, 5 0 mm Hg, 60 mm Hg, 7 0 mm Hg, 8 0 mm Hg, 90 mm Hg ou 100 mm Hg ou mais de 100 mm Hg abaixo do que a pressão sistólica normal do paciente. Em realizações específicas, o paciente está passando ou passou por um procedimento médico que pode ser, sem limitação, cirurgia, transfusão ou parto. Em outras realizações específicas, o paciente sofreu uma lesão traumática que pode ser, sem limitação, resultante de um acidente com veículo automotor, maquinário industrial ou disparo de tiros.
Em mais realizações da presente invenção, as composições e métodos são usados para tratar choque cardiogênico, choque hipovolêmico e choque vasodilatador, em que cada um pode estar em qualquer um dos estágios acima mencionados. Em uma realização específica da presente invenção, os métodos são usados para tratar choque cardiogênico. O choque cardiogênico é, de modo geral, fluxo sanguíneo ou perfusão baixa causada por mau funcionamento do coração, no qual o coração não bombeia sangue adequadamente. As causas podem incluir qualquer condição que interfira no enchimento ou esvaziamento ventricular, como, sem limitação, embolia, isquemia, regurgitação e mau funcionamento da válvula. Em outra realização específica da presente invenção, os métodos são usados para tratar choque vasodilatador. Choque vasodilatador é causado por dilatação venosa ou arteriolar severa, o que resulta em fluxo sanguíneo inadequado. Várias causas conhecidas contribuem para o choque vasodilatador incluindo, sem limitação, trauma cerebral, intoxicação por drogas ou veneno, anafilaxia, falência hepática, bacteremia e sepse. Em outra realização mais específica da presente invenção, os métodos são usados para tratar choque resultante de sepse ou bacteremia. Em uma realização ainda mais específica, as composições e métodos são usados para tratar choque séptico ou bacteriêmico em Estágio I, II ou III. Em mais outra realização, as composições e métodos da presente invenção são usados para tratar choque hipovolêmico. Choque hipovolêmico é, de modo geral, queda do volume intravascular, que pode ser uma queda relativa ou absoluta. A hemorragia de condições como por exemplo, sem limitação, úlceras, lesão gastrointestinal, trauma, acidentes, cirurgia e aneurisma podem causar choque hipovolêmico; porém, a perda de outros fluidos corporais também pode causar choque hipovolêmico. Por exemplo, perda de fluido renal, perda de fluido intravascular, agua ou outro fluido peritoneal pode contribuir para o choque hipovolêmico. Em uma realização específica da presente invenção, as composições e métodos, incluindo a administração de um ou mais dos peptídeos da presente invenção, são usados para tratar choque hipovolêmico. Em uma realização ainda mais específica, as composições e métodos são usados para tratar choque hipovolêmico no Estágio I, Estágio II ou Estágio III.
Choque circulatório, incluindo choque hemorrágico, também pode resultar de sangramento parcialmente controlado ou descontrolado em um ou mais vasos ou órgãos internos de um paciente. O sangramento pode resultar de qualquer causa, incluindo por exemplo, a ruptura de um aneurisma, dissecção da aorta, uma úlcera, trauma ou outro sangramento gastrointestinal. Em alguns casos, paciente exibe sinais de choque circulatório ou hipovolemia, que pode incluir hipotensão, mas a fonte do sangramento é desconhecida. Em uma realização, a invenção é voltada para métodos de utilização de um ou mais peptídeos da presente invenção para proteger o coração, cérebro ou outros órgãos de um paciente contra lesões causadas por choque circulatório. O efeito protetor contra choque circulatório ocorre instantaneamente ou em um curto período de tempo após a administração de uma composição compreendendo um ou mais peptídeos da presente invenção, preferivelmente em no mínimo cerca de 40 minutos após a administração, mais preferivelmente em 1 a 20 minutos, mais preferivelmente em 1 a 15 minutos, e mais preferivelmente em cerca de 1 a 10 minutos.
2.4 ISQUEMIA E DOENÇAS, INDICAÇÕES, CONDIÇÕES E SÍNDROMES CORRELATAS.
A isquemia se refere a qualquer diminuição ou cessão do fornecimento de sangue a qualquer órgão, tecido, célula ou parte do corpo, que leva especificamente a danos isquêmicos a esse determinado órgão, tecido, célula ou parte do corpo. Um “episódio isquêmico” se refere a qualquer período transitório ou permanente de isquemia. A isquemia pode resultar de qualquer constrição ou obstrução da vasculatura, ou pode resultar de choque circulatório, como choque hemorrágico, choque hipovolêmico ou outros. A queda ou falta de fluxo sanguíneo resulta em uma queda ou falta de oxigênio na parte do corpo afetada, e pode também resultar em aumento de mediadores químicos de doença inflamatória como várias citocinas e outras substâncias. Durante determinados procedimentos cirúrgicos, como cirurgia cardíaca e transplante de órgãos, o fluxo sanguíneo é cessado temporariamente e então continuado (reperfusão) , resultando em lesão de isquemia-reperfusão. Durante um ataque do coração, o sangue que supre o coração é parado, também resultando em isquemia que pode levar a infarto. O tratamento atual para ataque do coração exige a reperfusão da área isquêmica do coração, com o uso de drogas trombolíticas ou angioplastia coronária. A invenção tem aplicação específica na prevenção de lesões por isquemia renal, incluindo lesões nos pulmões após a isquemia renal, prevenção ou limitação de lesões isquêmicas no coração subsequentes a um infarto do miocárdio, prevenção ou limitação de lesões isquêmicas no cérebro subsequentes a uma lesão cardiovascular incluindo, sem limitação, infarto do miocárdio, derrame ou outros. A neuroproteção é provida pela administração de uma composição da invenção a um paciente com isquemia cerebral ou derrame, especificamente pacientes que também tenham hipotensão. A invenção tem uma aplicação mais específica na prevenção ou limitação de danos isquêmicos em transplante de órgãos, incluindo transplante do coração, rins, fígado, pulmões, pâncreas ou intestino delgado. Em outro aspecto, a composição farmacêutica da presente invenção pode ser utilizada para perfusão de um órgão de transplante, em que a perfusão pode ser antes, durante ou subsequente ao transplante do órgão. Em uma realização, a invenção é voltada para métodos de utilização de um ou mais peptídeos da presente invenção para proteger o coração, cérebro ou outros órgãos de um paciente contra lesões causadas por isquemia. O efeito protetor contra isquemia ocorre instantaneamente ou em um curto período de tempo após a administração de uma composição compreendendo um ou mais peptídeos da presente invenção, preferivelmente no mínimo cerca de 40 minutos após a administração, mais preferivelmente em 1 a 20 minutos, mais preferivelmente em 1 a 15 minutos, e mais preferivelmente ainda em cerca de 1 a 10 minutos.
A isquemia pode também resultar de uma variedade de doenças ou condições, e em uma realização a invenção é voltada para métodos de utilização de um ou mais peptídeos da presente invenção para proteger os órgãos de um paciente contra lesões resultantes de isquemia, em que a isquemia é causada por uma doença ou condição. Essa doença ou condição pode incluir, como exemplo não limitante, doenças ateroscleróticas como ateromatose com trombose, embolia do coração ou do vaso sanguíneo de qualquer órgão, vasoespasmo, hipotensão por doença do coração, hipotensão em função de doença sistêmica incluindo infecções ou reações alérgicas, ou hipotensão resultante de administração, ingestão ou outra exposição a um ou mais compostos tóxicos ou drogas. A isquemia também pode ser a isquemia secundária, e em outra realização a invenção é voltada para métodos de utilização de um ou mais peptídeos da presente invenção para proteger os órgãos de um paciente contra lesões resultantes de isquemia secundária. Essa isquemia secundária pode ser secundária a uma doença ou condição como diabetes mellitus, hiperlipidemia, hiperlipoproteinemia, dislipidemia, doença de Buerger, também chamada de tromboangeíte obliterante, arterite de Takayasu, arterite temporal, doença de Kawasaki, também chamada de síndrome do linfonodo, doença do linfonodo mucocutâneo, poliarterite infantil, sífilis cardiovascular e várias doenças e distúrbios do tecido conectivo.
2.5 LESÃO DE ISQUEMIA-REPERFUSÃO E DOENÇAS, INDICAÇÕES, CONDIÇÕES E SÍNDROMES CORRELATAS...
Isquemia-reperfusão é a interrupção de fluxo sanguíneo para um tecido do corpo e a subsequente e frequentemente abrupta restauração de fluxo sanguíneo para o tecido. Ao mesmo tempo em que a restauração de fluxo sanguíneo após a isquemia é essencial para preservar as funções do tecido, a reperfusão em si é conhecida por causar danos ao tecido. Tanto a isquemia como a reperfusão são conhecidas por contribuírem criticamente para a necrose do tecido. Vários mecanismos aparentemente têm papel na causa dos danos ao tecido associados à lesão de isquemia- reperfusão .
Vários métodos para limitar a lesão por reperfusão foram descritos, como hipotermia induzida, reperfusão controlada e pré-condicionamento isquêmico. A hipotermia induzida é a indução de hipotermia moderada, para suprimir muitas das reações químicas associadas à lesão por reperfusão. A reperfusão controlada se refere ao controle do período inicial de reperfusão com a reperfusão do tecido em baixa pressão utilizando sangue que tenha sido modificado para ser hiperosmolar, alcalótico e enriquecido com substratos. O pré-condicionamento isquêmico serve para que eventos isquêmicos curtos tenham efeito protetor, diminuindo o metabolismo celular durante um evento isquêmico mais duradouro. Embora esses tratamentos possam ser úteis em cirurgias (por exemplo, antes ou após cirurgia cardíaca planejada), eles não são possíveis em cirurgias de emergência.
A invenção tem aplicação específica na prevenção ou limitação da gravidade de lesão renal por reperfusão, incluindo lesão nos pulmões secundária à reperfusão renal, prevenção ou limitação de lesões no coração por reperfusão subsequentes a um infarto do miocárdio, prevenção ou limitação de lesões no cérebro por reperfusão subsequente a uma lesão cardiovascular, incluindo sem limitação o infarto do miocárdio, derrame ou outros. A invenção tem aplicação mais específica na prevenção ou limitação de danos por reperfusão em órgãos de transplante, incluindo o transplante do coração, rins, fígado, pulmões, pâncreas ou intestino delgado. Em outro aspecto, a composição farmacêutica da presente invenção pode ser usada para perfusão de um órgão de transplante, em que a perfusão pode ser antes, durante ou subsequente ao transplante do órgão.
Em uma realização, a invenção é voltada para métodos de utilização de um ou mais peptídeos da presente invenção para proteger o coração, cérebro ou outros órgãos de um paciente contra lesões causadas por isquemia-reperfusão, incluindo as lesões causadas por ou durante a reperfusão. O efeito protetor contra a lesão por isquemia-reperfusão ocorre instantaneamente ou em um curto período de tempo após a administração de uma composição compreendendo um ou mais peptídeos da presente invenção, preferivelmente em no mínimo cerca de 40 minutos após a administração, mais preferivelmente em 1 a 20 minutos, mais preferivelmente em 1 a 15 minutos, e mais preferivelmente em cerca de 1 a 10 minutos.
2.6 DOENÇAS RELACIONADAS AO AUMENTO DA EXPRESSÃO DE CITOCINAS E DOENÇAS, INDICAÇÕES, CONDIÇÕES E SÍNDROMES CORRELATAS.
A expressão de várias citocinas aumenta durante um processo inflamatório, incluindo um processo inflamatório secundário ao choque circulatório, isquemia, lesão por reperfusão e outros. TNF-a é uma citocina pleiotrópica produzida principalmente por macrófagos e também por outros tipos de células. Outras citocinas que aumentam durante um processo inflamatório, incluindo um processo inflamatório secundário a um choque circulatório, isquemia, lesão por reperfusão e outros, incluem IL-1 e IL-6. Ao mesmo tempo em que as citocinas como TNF-a têm efeitos benéficos em muitos casos, o aumento significante de seus níveis, como após o choque circulatório, isquemia, lesão por reperfusão e outros, pode ter efeitos patológicos. Em outro aspecto, a reperfusão de tecidos hipóxicos ou isquêmicos, como após um choque circulatório, resulta em respostas inflamatórias, incluindo aumento da expressão de citocina.
Em uma realização, a invenção é voltada para os métodos de utilização de um ou mais peptídeos da presente invenção para diminuir a produção e expressão de citocina pró-inflamatória, incluindo a diminuição da produção e expressão de citocina pró-inflamatória após um choque circulatório, isquemia, lesão por reperfusão e outros. A queda na produção e expressão de citocina pró-inflamatória, incluindo sem limitação um ou mais entre TNF-α, IL-1 e IL-6, ocorre instantaneamente ou em um curto período de tempo após a administração de uma composição compreendendo um ou mais peptídeos da presente invenção, preferivelmente em no mínimo cerca de 40 minutos após a administração, mais preferivelmente em 1 a 20 minutos, mais preferivelmente em 1 a 15 minutos, e mais preferivelmente em cerca de 1 a 10 minutos.
Em uma realização correlata, a invenção é voltada para métodos de uso de um ou mais dos peptídeos da presente invenção para aumentar a produção e expressão de citocina anti-inflamatória. O aumento da produção e expressão de citocina anti-inflamatória, incluindo sem limitação IL-10, ocorre instantaneamente ou em um curto período de tempo após a administração de uma composição compreendendo um ou mais peptídeos da presente invenção, preferivelmente em no mínimo cerca de 40 minutos após a administração, mais preferivelmente em 1 a 20 minutos, mais preferivelmente em 1 a 15 minutos, e mais preferivelmente em cerca de 1 a 10 minutos.
2.7 USO PARA HEMODIÁLISE...
As composições e métodos da presente invenção podem ser empregados para prevenir a hipotensão em pacientes que se submetem a hemodiálise, como um adjunto na remoção de fluido extracelular durante a hemodiálise prevenindo ou minimizando a hipotensão após a remoção do excesso de fluido, para estabilizar pressão sanguínea alta entre os tratamentos de hemodiálise pela remoção de excesso de fluido extracelular e para indicações similares e correlatas. Na hemodiálise, o sangue é bombeado pelo compartimento de sangue de um dialisador, expondo-o a uma membrana semipermeável. O sangue limpo é então devolvido ao corpo pelo circuito. A ultra- filtragem ocorre aumentando-se a pressão hidrostática na membrana do dialisador, geralmente aplicando-se uma pressão negativa ao compartimento do dialisado do dialisador. Essa gradiente de pressão faz com que a agua e os solutos dissolvidos passem do sangue para o dialisado e permite a remoção de vários litros de excesso de fluido extracelular durante um tratamento normal de 3 a 5 horas. A remoção do excesso de fluido extracelular em pacientes em hemodiálise de longo prazo é importante, pois a presença de expansão de volume crônico de fluido excessivo resulta em hipertensão. No entanto, frequentemente não é possível remover todo o excesso de fluido acumulado durante a hemodiálise por causa da hipotensão intradialítica (durante a diálise). A hipotensão intradialítica é definida como a queda da pressão sistólica em > 20 mm Hg ou uma queda da pressão arterial média em 10 mm Hg ou mais. A hipotensão intradialítica é associada a sintomas como desconforto abdominal, náuseas, vômitos, cólicas musculares, tontura ou desmaios e ansiedade. A hipotensão intradialítica pode induzir arritmia cardíaca e predispor o paciente a eventos isquêmicos coronarianos ou eventos isquêmicos cerebrais.
Estima-se que a hipotensão intradialítica ocorre em cerca de 25% a 50% de todas as sessões de hemodiálise. Acredita-se que a causa primária de hipotensão intradialítica seja a rápida remoção do volume circulatório durante a hemodiálise, resultando em instabilidade hemodinâmica. O tratamento mais comum atualmente para hipotensão intradialítica é diminuir a taxa de remoção de fluido ou fluido de infusão, mas os dois métodos resultam em diálise insuficiente e resultante sobrecarga de volume. Intervenções farmacológicas foram consideradas, como uso de midodrina, um agente a-adrenérgico. No entanto, isso está associado a um número de efeitos colaterais, incluindo a indução de hipertensão sistólica e supino. Além disso, vários agonistas de receptor de vasopressina foram considerados para esta indicação, conforme revelado na patente americana n° 7,183,255, emitida em 27 de fevereiro de 2007.
2.8 PERDA DE SANGUE AGUDA SECUNDÁRIA À CIRURGIA E INDICAÇÕES, CONDIÇÕES E SÍNDROMES CORRELATAS.
As composições farmacêuticas e métodos da presente invenção podem ser utilizados para pacientes com perda aguda de sangue que ocorre durante a cirurgia. Em uma realização, o paciente pode ser submetido a uma cirurgia que pode causar perda aguda de sangue. Em outra realização, o paciente pode ser submetido a uma cirurgia que pode causar a perda aguda de sangue. Em outra realização, o paciente pode estar predisposto ou em risco de precisar de uma cirurgia que possa causar perda aguda de sangue como resultado de fatores genéticos (por exemplo, histórico familiar) e/ou fatores ambientais (por exemplo, dieta).
Conforme aqui empregado, o termo “cirurgia” é usado de forma intercambiável com o termo “operação.” Uma cirurgia que causa perda aguda de sangue pode envolver qualquer tipo de célula (célula somática, célula germinativa, célula embriônica, célula-tronco), tecido (ossos, músculos, tecidos conectivos, sangue), e/ou órgão (cérebro, rins, pulmões, coração, pâncreas, próstata, ovário, útero, trato gastrointestinal). Exemplos de cirurgias que podem causar perda aguda de sangue incluem, sem limitação, cirurgia eletiva.
Há muitos tipos diferentes de cirurgia incluindo, sem limitação, cirurgia opcional ou eletiva, cirurgia necessária e cirurgia urgente ou emergencial. Muitos procedimentos cirúrgicos estão associados ao alto risco de hemorragia ou perda de sangue. Esses incluem cirurgias cardíacas, cirurgia de ponte de artéria coronária, histerectomias abdominais, angiopatia amiloide cerebral, reparo de aneurisma cerebral, radiocirurgia para má formação arteriovenosa, tratamento endovascular de aneurisma posterior ou de circulação, vitreoretinopatia proliferativa, excisão de lipoma e cirurgia dos seios da face. Assim, o paciente pode ser uma pessoa que esteja se submetendo, tenha cirurgia marcada, ou tenha passado por algum dos procedimentos cirúrgicos acima mencionados ou por qualquer outro procedimento cirúrgico com alto risco de hemorragia ou perda de sangue, ou qualquer outro procedimento cirúrgico em que há hemorragia, perda de sangue, hipovolemia ou hipotensão durante ou após a operação.
Em um aspecto, as composições e métodos da invenção têm aplicação específica em cirurgia cardíaca, como cirurgia de ponte de artéria coronária. Mais de 500.000 cirurgias de ponte são feitas todos os anos nos Estados Unidos, porém não há drogas cardioprotetoras aprovadas para redução de eventos cardiovasculares pós-cirurgia. Além disso, uma grande proporção de pacientes de ponte são hipotensos antes ou durante a cirurgia e recebem drogas vasopressoras convencionais.
O paciente pode receber composições incluindo um ou mais peptídeos da presente invenção pelos métodos da presente invenção antes, durante e/ou após a cirurgia. O momento e quantidade de composições administradas a um paciente que inclui um ou mais peptídeos da presente invenção podem ser selecionados pelo responsável com base em sua experiência, por exemplo, levando em conta o grau de perda de sangue do paciente.
2.9 PERDA AGUDA DE SANGUE SECUNDÁRIA A TRAUMAS E INDICAÇÕES, CONDIÇÕES E SÍNDROMES CORRELATAS.
As composições farmacêuticas e métodos da presente invenção podem ser usados em pacientes com perda aguda de sangue por trauma. Em uma realização, o paciente sofre ou é diagnosticado com um trauma que pode causar a perda aguda de sangue. Em outra realização, o paciente pode ter predisposição ou risco de sofrer um trauma que cause perda aguda de sangue como resultado de fatores genéticos (por exemplo, síndrome triplo X) e/ou fatores ambientais (por exemplo, morar em um bairro com altos índices de criminalidade) .
Conforme aqui empregado, o termo “trauma” é usado de forma intercambiável com o termo “lesão.” Um trauma que causa perda aguda de sangue pode envolver qualquer tipo de célula (célula somática, célula germinativa, célula embriônica, célula-tronco), tecido (ossos, músculos, tecidos conectivos, sangue), e/ou órgão (cérebro, rins, pulmões, coração, pâncreas, próstata, ovário, útero, trato gastrointestinal). Exemplos de traumas que podem causar perda aguda de sangue incluem, sem limitação, queimaduras, tiros e ferimentos por facada.
Há muitos tipos diferentes de trauma incluindo, sem limitação, lesões acidentais e lesões criminais. Uma lesão acidental é ocorre em qualquer tipo de acidente (por exemplo, lesões por acidente automobilístico, chicotadas, afogamento, queda, lesões esportivas, queimaduras, acidentes com maquinário pesado, sufocação, acidentes naturais, lesões oculares acidentais, lesões ocupacionais, lesões por acidentes com brinquedos). Lesões criminais são causadas por atividades criminosas (por exemplo, abuso infantil, ataques), e especificamente, ferimentos por tiros e por facadas.
Trauma também inclui traumas em campo de batalha. Isso inclui traumas após disparo de tiros ou dispositivo explosivo, incluindo sem limitação foguetes, morteiros, minas, explosivos improvisados e outros. Hemorragia descontrolada é a principal causa de morte em combate. A grande maioria dessas mortes ocorre no campo antes do ferido ser transportada para uma instalação de tratamento. Foi estimado que a causa mais comum de morte evitável em campo de batalha resulta de sangramento em ferimentos nas extremidades. O sangramento em ferimentos no torso é outra causa de morte evitável. Os traumas em campo de batalha também incluem lesões e ferimentos penetrantes na cabeça.
Podem ser administradas ao paciente composições incluindo um ou mais peptídeos da presente invenção pelos métodos da presente invenção, em que a administração pode ser feita antes do aparecimento dos sintomas de condições como choque hipovolêmico, choque traumático ou choque hemorrágico, ou após o aparecimento dos sintomas. O momento e quantidade de composições administradas podem ser selecionados por técnico no assunto com sua experiência levando em conta, por exemplo, o grau de perda de sangue no paciente.
2.10 DOENÇAS, INDICAÇÕES, CONDIÇÕES E SÍNDROMES OCULARES...
A doença do olho seco é uma doença ocular que afeta aproximadamente 10 a 20% da população. Essa doença afeta progressivamente grandes porcentagens da população com o passar do tempo, em sua maioria mulheres. Além disso, quase todos já apresentaram irritações oculares, ou os sintomas e/ou sinais de olho seco na forma de uma condição, de tempos em tempos, sob determinadas circunstâncias, como tarefas visuais prolongadas (por exemplo, trabalhando em um computador), estando em ambiente seco, utilizando medicações que resultem em secura ocular e assim por diante. Em indivíduos sofrendo de olho seco, a camada protetora de lágrimas que normalmente protege a superfície ocular é comprometida, resultado de produção insuficiente ou anormal de um ou mais componentes da lágrima. Isso pode levar à exposição da superfície do olho, levando à dessecação e danos nas células da superfície. Sinais e sintomas de olho seco incluem, sem limitação, ceratite, manchas nas conjuntivas e córneas, vermelhidão, visão embaçada, diminuição do tempo de quebra do filme lacrimal, diminuição da produção de lágrimas, volume e fluxo das lágrimas, aumento da vermelhidão conjuntiva, excesso de fragmentos no filme lacrimal, secura ocular, granulação ocular, queimação ocular, sensação de corpo estranho no olho, lacrimação excessiva, fotofobia, sensação de picada ocular, prejuízo da refrativa, sensibilidade ocular e irritação ocular. Os pacientes podem sofrer de um ou mais desses sintomas. A resposta de excesso de lacrimação pode ser contra-intuitiva, mas é um reflexo natural à irritação e à sensação de corpo estranho causada pelo olho seco. Alguns pacientes podem também sofrer de coceira ocular devido a uma combinação de alergia ocular e sintomas de olho seco.
Ha muitas variáveis possíveis que podem influenciar os sinais ou sintomas de olho seco, incluindo níveis de hormônios em circulação, várias doenças autoimunes (como a síndrome de Sjogren e lúpus eritematoso sistêmico), cirurgias oculares incluindo PRK ou LASIK, muitos medicamentos, condições ambientais, tarefas visuais como o uso de computador, fadiga ocular, uso de lentes de contato e influências mecânicas como sensibilidade da córnea, fechamento parcial da pálpebra, irregularidades na superfície (como o pterígio) e na pálpebra (como a ptose, entropion/ectropion, pinguécula). Ambientes com baixa umidade, que podem causar desidratação, podem piorar ou causar sintomas de olho seco, como entrar em um carro com aquecedor ligado ou morar em região de clima seco. Além disso, tarefas visuais podem piorar os sintomas. Tarefas que podem ter muita influência sobre esses sintomas incluem assistir TV ou usar computador por longos períodos, o que diminui a frequência com que os olhos piscam.
Uveíte é uma doença ocular envolvendo a inflamação da camada intermediária ou úvea do olho, e também pode incluir qualquer processo inflamatório envolvendo o interior do olho. A uveíte inclui formas anteriores, intermediárias, posteriores e panuveíticas, a maioria dos casos sendo de uveíte anterior, envolvendo a inflamação da íris e da câmara anterior. Essa condição pode ocorrer como episodio único e ser atenuada com devido tratamento ou pode tomar uma natureza recorrente ou crônica. Os sintomas incluem olhos vermelhos, conjuntiva injetada, dor e diminuição da visão. Sinais incluem vasos ciliares dilatados, presença de células e dilatação na câmara anterior e precipitados ceráticos na superfície posterior da córnea. A uveíte intermediária inclui inflamação e presença de células inflamatórias na cavidade vítrea e uveíte posterior incluem a inflamação da retina e coróide. A uveíte pode ser secundária a uma entre várias doenças e distúrbios, incluindo epiteliopatia pigmentar placóide multifocal posterior aguda, espondilite ancilosante, doença de Behget, retinocoroidopatia de Birdshot, brucelose, herpes simplex, herpes zoster, doença inflamatória do intestino, artrite reumatoide juvenil, doença de Kawasaki, leptospirose, doença de Lyme, esclerose múltipla, artrite psoriática, síndrome de Reiter, sarcoidose, sífilis, lúpus eritematoso sistêmico, toxocariase, toxoplasmose, tuberculose, síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada, doença de Whipple ou poliarterite nodosa.
2.11 DOENÇAS, INDICAÇÕES, CONDIÇÕES E SÍNDROMES INFLAMATÓRIAS.
Peptídeos, composições e métodos da presente invenção também são voltados para o tratamento de doenças inflamatórias e condições inflamatórias em um paciente. Há um número de doenças inflamatórias e condições inflamatórias que podem ser tratadas assim. Em outro aspecto, a condição inflamatória resulta de uma doença incluindo uma forma de artrite, incluindo sem limitação osteoartrite, artrite reumatoide, artrite séptica, gota e pseudogota, artrite idiopática juvenil, doença de Still e espondilite ancilosante, além de artrite secundária a outras doenças, como a artrite secundária ao lúpus eritematoso, púrpura de Henoch-Schonlein, artrite psoriática, artrite reativa, hemocromatose, hepatite, granulomatose de Wegener, síndromes vasculíticas, doença de Lyme, febre mediterrânica familiar, hiperimunoglobulinemia D com febre recorrente, síndrome periódica associada a receptor de TNF e doença inflamatória do intestino, incluindo doença de Crohn e colite ulcerativa. Em outro aspecto, a condição inflamatória resulta de uma doença incluindo uma forma de doença inflamatória do intestino, como a doença de Crohn, colite ulcerativa, colite colagenosa, colite linfocítica, colite isquêmica, colite de derivação fecal, síndrome de Behget, colite infecciosa e colite indeterminada. Em outro aspecto, a condição inflamatória resulta de uma doença autoimune, incluindo sem limitação síndromes sistêmicas como lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjogren, escleroderma, artrite reumatoide e polimiosite, ou uma síndrome afetando apenas um sistema local, como o sistema endócrino (diabetes mellitus tipo 1, tireoidite de Hashimoto, doença de Addison, etc.), sistema dermatológico (pênfigo vulgar), sistema hematológico (anemia hemolítica autoimune) ou sistema nervoso (esclerose múltipla). Assim, doenças autoimunes incluem, além das síndromes gerais discutidas anteriormente, doenças e condições como encefalomielite disseminada aguda, doença de Addison, espondilite ancilosante, síndrome do anticorpo antifosfolípide, anemia aplástica, hepatite autoimune, ooforite autoimune, doença celíaca, doença de Crohn, penfigóide gestacional, síndrome de Goodpasture, doença de Graves, síndrome de Guillain-Barre, doença de Hashimoto, purpura idiopática trombocitopênica, doença de Kawasaki, lúpus eritematoso, doença mista do tecido conectivo, esclerose múltipla, miastenia grave, síndrome de opsoclonia mioclonia, neurite ótica, tireoidite de Ord, pênfigo, anemia perniciosa, cirrose biliar primária, síndrome de Reiter, síndrome de Sjogren, arterite de Takayasu, arterite temporal, anemia hemolítica autoimune e granulomatose de Wegener.
Em outro aspecto, a condição inflamatória resulta de ou está relacionada à doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), também conhecida como doenças crônicas obstrutivas das vias aéreas incluindo, sem limitação, doenças caracterizadas por limitação patológica do fluxo de ar nas vias áreas que não é totalmente reversível, como a bronquite crônica, enfisema, pneumoconiose, neoplasmas pulmonares e outros distúrbios dos pulmões. Outras condições inflamatórias incluem doenças e distúrbios das vias aéreas superiores ou inferiores, como asma alérgica, asma não alérgica, rinite alérgica, rinite vasomotora, conjuntivite alérgica, conjuntivite não alérgica e outros, além de doenças das vias aéreas relacionadas a toxinas ou substâncias externas, como várias formas de pneumoconiose (pulmão negro, asbestose, silicose, fibrose de bauxita, beriliose ou siderose), bissinose ou pneumonite de hipersensibilidade (pulmões de fazendeiro ou pulmões de criador de aves).
Em mais outro aspecto, a condição inflamatória resulta de ou está relacionada a alguma forma de condição ou síndrome relacionada ao transplante, como doença de enxerto contra hospedeiro, rejeição hiperaguda, rejeição aguda ou rejeição crônica. A doença de enxerto contra hospedeiro é uma complicação comum do transplante halogênico de medula óssea, mas pode ocorrer em outros transplantes, especificamente naqueles com células T presentes no enxerto, seja como contaminante ou introduzido intencionalmente. A rejeição hiperaguda, aguda ou crônica pode ocorrer em órgãos como rins, fígado, pâncreas, baço, útero, coração ou pulmões, assim como no transplante de medula óssea, córnea, face, mãos, pênis ou pele. Em uma realização, a composição farmacêutica incluindo um ou mais peptídeos da presente invenção é administrada profilaticamente para limitar ou prevenir uma condição ou síndrome relacionada a transplante, imediatamente antes, durante ou após transplante de fluido, órgão ou parte do corpo. Em outra realização, o fluido, órgão ou parte do corpo a ser transplantado é perfusado com uma solução de uma composição farmacêutica incluindo um ou mais peptídeos da presente invenção. Em mais outra realização, um ou mais peptídeos da presente invenção são administrados em conjunto com, em combinação ou em série com um ou mais outros agentes para rejeição ao transplante, como inibidores de calcineurina incluindo ciclosporina ou tacrolimus, inibidores de mTOR incluindo sirolimus ou everolimus, anti- proliferadores incluindo azatioprina ou ácido micofenólico, corticosteroides incluindo prednisolona ou hidrocortisona, anticorpos como os anticorpos do receptor monoclonal anti-IL- 2Ra, basiliximab ou daclizumab, ou anticorpos policlonais anti-células T como a globulina anti-timócito ou globulina anti-linfócito.
2.12 OUTRAS DOENÇAS, INDICAÇÕES, CONDIÇÕES E SÍNDROMES CORRELATAS.
Em outro aspecto, um ou mais peptídeos da presente invenção pode ser empregado para inibir ou reduzir o consumo de álcool, ou para tratar ou prevenir o alcoolismo, abuso de álcool ou distúrbios relacionados ao álcool. Em outro aspecto correlato, um ou mais dos peptídeos presentes pode ser empregado para inibir ou reduzir o abuso de drogas, tratar ou prevenir o abuso de drogas ou distúrbios relacionados ao abuso de drogas. Normalmente, trata-se de substâncias controladas. Essas incluem drogas como heroína, morfina, opio, cocaína, maconha e outros, além de drogas sintéticas como Vicodin®, Lortab®, Lorcet®, Percocet®, Percodan®, Tylox®, hidrocodona, OxyContin®, metadona, tramadol, várias metanfetaminas e outros tranquilizantes, estimulantes ou sedativos conhecidos por abuso, além de drogas sem utilidade farmacêutica estabelecida, como ecstasy, LSD, ou PCP.
3.0 TERAPIA DE COMBINAÇÃO PARA DETERMINADAS INDICAÇÕES.
Os peptídeos, composições e métodos da presente invenção podem ser usados para tratamento de qualquer uma das doenças, indicações, condições ou síndromes anteriores, ou qualquer doença, indicação, condição ou síndrome que é mediado por receptor de melanocortina, por administração em combinação com um ou mais outros compostos farmaceuticamente ativos. Essa administração em combinação pode ser feita por meio de uma única forma de dosagem que inclui um peptídeo da presente invenção e mais outro composto farmaceuticamente ativo, em que essa forma de dosagem única inclui um comprimido, cápsula, spray, inalador, líquido injetável ou outros. Alternativamente, a administração em combinação pode ser por meio da administração de duas formas de dosagem diferentes, com uma forma de dosagem contendo um peptídeo da presente invenção e a outra forma de dosagem incluindo outro composto farmaceuticamente ativo. Nesse caso, as formas de dosagem podem ser iguais ou diferentes. Sem limitar as terapias de combinação, ha algumas terapias em combinação que podem ser empregadas.
3.1 TERAPIA DE COMBINAÇÃO PARA OBESIDADE E SÍNDROMES METABÓLICAS CORRELATAS.
Um ou mais peptídeos da invenção pode ser combinado com um ou mais agentes farmacologicamente ativos que são úteis no tratamento de vários distúrbios relacionados a peso e apetite, como obesidade e/ou sobrepeso, especificamente drogas anti-obesidade que afetam o gasto de energia, a glicólise, a gliconeogênese, glicogenólise, lipólise, lipogênese, absorção de gordura, armazenamento de gordura, excreção de gordura, mecanismo de fome e/ou saciedade e/ou vontade, apetite/motivação, ingestão de alimentos ou motilidade gastrintestinal. Drogas que reduzem a entrada de energia incluem, em parte, vários agentes farmacológicos, chamadas de drogas anoréticas, que são usadas como adjuntos à terapia comportamental em programas de redução de peso.
De modo geral, a dosagem total dos agentes ou medicamentos de controle de obesidade abaixo descritos, quando usada em combinação com um ou mais peptídeos da presente invenção pode variar de 0,1 a 3.000 mg/dia, preferivelmente de cerca de 1 a 1.000 mg/dia e mais preferivelmente de cerca de 1 a 200 mg/dia em doses únicas ou divididas em 2 a 4 vezes. A dose exata, entretanto, é determinada pelo medico e depende de fatores como a potência do composto administrado, idade, peso, condição e resposta do paciente.
Um ou mais peptídeos da invenção pode ser combinado com um ou mais outros agentes farmacologicamente ativos que são úteis no tratamento de diabetes, como outras drogas antidiabéticas.
Um ou mais peptídeos da invenção pode aditiva ou alternativamente ser combinado com um ou mais outros agentes farmacologicamente ativos que são úteis no tratamento de doenças, distúrbios e/ou condições associadas à obesidade e/ou sobrepeso, como a resistência à insulina; prejuízo da tolerância à glicose; diabetes do tipo 2; síndrome metabólica; dislipidemia (incluindo hiperlipidemia); hipertensão; coração distúrbios (como doença cardíaca coronariana, infarto do miocárdio); distúrbios cardiovasculares; doença hepática gordurosa não alcoólica (incluindo esteato-hepatite não alcoólica); distúrbios das juntas (incluindo osteoartrite secundária); refluxo gastroesofágico; apneia do sono; aterosclerose; derrame; doenças macro e microvasculares; esteatose (no fígado); pedras vesiculares; e distúrbios vesiculares.
De acordo com mais um aspecto da invenção, é provido um tratamento em combinação compreendendo a administração de uma quantidade farmacologicamente eficaz de um peptídeo de acordo com a invenção, ou um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo, opcionalmente com “um diluente ou transportador farmaceuticamente aceitável, com a administração simultânea, sequencial ou separada de um ou mais dos seguintes agentes selecionados de: - insulina e análogos de insulina; - secretagogos de insulina, incluindo sulfoniluréias (como glipizida) e reguladores de glicose prandial (às vezes chamados de “secretagogos de curta ação”), como meglitinidas (como repaglinida e nateglinida); - agentes que aprimoram a ação da incretina, como os inibidores de dipeptidil peptidase IV (DPP-4) (como vildagliptina, saxagliptina e sitagliptina) e agonistas de peptídeo-1 tipo glucagona (GLP-1) (como exenatida); - agentes sensibilizantes de insulina incluindo agonistas do receptor ativado por proliferador de peroxisoma gama (PPARy), como tiazolidinedionas (como pioglitazona e rosiglitazona) e agentes com qualquer combinação de atividade PPAR-alfa, -gama e -delta;.. - agentes que modulam o equilíbrio hepático modulado de glicose, por exemplo, biguanidas (como a metformina), inibidores de frutose 1,6-bisfosfatase, inibidores de glicogênio fosforilase, inibidores de glicogênio quinase sintase e ativadores de glicoquinase; - agentes designados para reduzir diminuir a absorção de glicose do intestino, como inibidores de alfa- glicosidase (como miglitol e acarbose); - agentes que antagonizam as ações ou reduzem a secreção de glucagon, como análogos de amilina (como a pramlintida); agentes que previnem a reabsorção de glicose pelos rins, como inibidores de transportador 2 de glicose dependente de sódio (SGLT-2) (como a dapagliflozina); - agentes designados para tratar as complicações de hiperglicemia prolongada, como inibidores de aldose redutase (como epalrestat e ranirestat) ; e agentes usados para tratar complicações relacionadas a microangiopatias; - agentes antidislipidemia, como inibidores de HMG- CoA redutase (estatinas como a rosuvastatina) e outros agentes de redução de colesterol; agonistas de PPARa (fibratos, como gemfibrozil e fenofibrato); sequestrantes de ácido biliar (como a colestiramina); inibidores de absorção de colesterol (como esteróis de plantas (ou seja, fitoesteróis), inibidores sintéticos); inibidores de proteína de transferência de colesteril éster (CETP); inibidores do sistema de transporte de ácido biliar ileal (inibidores de IBAT); resinas de ligação de ácido biliar; ácido nicotínico (niacina) e seus análogos; antioxidantes, como probucol; e ácidos graxos de ômega-3; - agentes anti-hipertensivos, incluindo antagonistas de receptor adrenérgico, como betabloqueadores (como o atenolol), alfa-bloqueadores (como a doxazosina), e bloqueadores mistos alfa/beta (como o labetalol); agonistas de receptor adrenérgico, incluindo agonistas alfa-2 (como a clonidina); inibidores da enzima de conversão de angiotensina (ECA) (como o lisinopril), bloqueadores de canais de cálcio, como diidropridinas (como a nifedipina), fenilalquilaminas (como o verapamil), e benzotiazepinas (como o diltiazem); antagonistas do receptor de angiotensina II (como o candesartan); antagonistas do receptor de aldosterona (como a eplerenona); drogas adrenérgicas de ação central, como alfa- agonistas centrais (como a clonidina); e agentes diuréticos (como a furosemida); - moduladores de hemóstase, incluindo antitrombóticos, como ativadores de fibrinólise; antagonistas de trombina; inibidores do fator Vila; anticoagulantes, como antagonistas da vitamina K (como a varfarina), heparina e seus análogos de peso molecular baixo, inibidores do fator Xa e inibidores diretos da trombina (como o argatroban); agentes antiplaquetas, como os inibidores de ciclooxigenase (como a aspirina), inibidores do receptor de adenosina difosfato (ADP) (como o clopidogrel), inibidores de fosfodiesterase (como o cilostazol), inibidores de glicoproteína IIB/IIA (como tirofibano), e inibidores de receptação de adenosina (como dipiridamol); - agentes anti-obesidade, como supressores de apetite (como efedrina), incluindo agentes noradrenérgicos (como fentermina) e agentes serotonérgicos (como sibutramina), inibidores de lipase pancreática (como orlistat), moduladores microssomais de proteína de transferência (MTP), inibidores de diacil glicerolaciltransferase (DGAT), e antagonistas do receptor de canabinóide (CB1) (como rimonabante); - agentes de modificação do comportamento alimentar, como moduladores do receptor de orexina e moduladores dos hormônios de concentração de melanina (MCH); - glucagon como moduladores do receptor de peptídeo-1 (GLP-1); - moduladores do receptor neuropeptídio Y (NPY) /NPY; - moduladores de piruvato desidrogenase quinase (PDK) ; - moduladores do receptor de serotonina; - leptina/moduladores do receptor de leptina; - grelina/moduladores do receptor de grelina; ou - agentes moduladores de transmissão de monoamina, como inibidores seletivas de recaptação de serotonina (ISRR) (como fluoxetina), inibidores de recaptação de noradrenalina (IRNA), inibidores de recaptação de noradrenalina-serotonina (IRNS), bloqueadores de recaptação de monoamina tripla (como tesofensina), e inibidores de monoamina oxidase (IMO) (como toloxatona e amiflamina) ou um sal, solvato, solvato desse sal farmaceuticamente aceitável, ou um pró-fármaco do mesmo, opcionalmente com “um transportador farmaceuticamente aceitável a um mamífero, como os seres humanos, que precise desse tratamento terapêutico.
De acordo com mais outro aspecto da presente invenção, é provido um tratamento em combinação compreendendo a administração de uma quantidade farmacologicamente eficaz de um composto de acordo com a invenção, ou um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo, opcionalmente com “um transportador farmaceuticamente aceitável, com a
administração simultânea, sequencial ou separada de dietas muito baixas de calorias (DMBC) ou de baixa caloria (DBC).
3.1 TERAPIA DE COMBINAÇÃO PARA DISFUNÇÃO SEXUAL.
É também possível e contemplado o uso de peptídeos cíclicos da presente invenção em combinação com outras drogas ou agentes, para o tratamento de disfunção sexual. Essas outras drogas e agentes podem incluir agentes que induzem a atividade erétil, incluindo inibidores de fosfodiesterase-5 (PDE-5), testosterona, prostaglandina e outros. Em uma realização preferida da invenção, os peptídeos cíclicos da invenção são usados em combinação com uma quantidade terapeuticamente eficaz de um inibidor de fosfodiesterase específico de GMP cíclico ou um receptor antagonista alfa- adrenérgico. Os ensinamentos e a revelação do Pedido de Patente Americana N° 7,235,625 intitulada “Terapia de Múltiplos Agentes para Disfunção Sexual” são aqui incorporados em sua totalidade, por meio de referência.
A presente invenção provê assim métodos para tratamento de disfunção sexual, em que os métodos compreendem a etapa de administração ao paciente que tem ou está em risco de ter uma disfunção sexual de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um peptídeo cíclico da presente invenção em combinação com uma quantidade terapeuticamente eficaz de um segundo agente farmacêutico contra disfunção sexual. O peptídeo cíclico da presente invenção pode ser administrado simultaneamente, antes ou após a administração de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um segundo agente farmacêutico contra disfunção sexual. Preferivelmente, o peptídeo da presente invenção é administrado em uma hora, preferivelmente em menos de meia hora, da administração de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um segundo agente farmacêutico contra disfunção sexual. No entanto, para determinadas formas de terapia em combinação, como por exemplo, em combinação com uma quantidade terapeuticamente eficaz de um agente farmacêutico contra disfunção sexual à base de ou relacionado a hormônios, esse agente farmacêutico contra disfunção sexual à base de ou relacionado a hormônios ser administrado de forma independente, de modo que não há relação temporal estabelecida ou específica entre a administração do peptídeo da presente invenção e do agente farmacêutico contra disfunção sexual à base de ou relacionado a hormônios. Sendo assim, por exemplo, agente farmacêutico contra disfunção sexual à base de ou relacionado a hormônios pode ser administrado diariamente ou não, ou períodos contínuos e divergentes de administração, com a administração do peptídeo da presente invenção quando necessitado ou desejado pelo paciente.
A presente invenção provê com isso métodos para tratamento da disfunção sexual, em que os métodos compreendem a etapa de administração a um paciente que tem ou está em risco de ter uma disfunção sexual de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um peptídeo cíclico da presente invenção em combinação com outro composto que é útil no tratamento de disfunção sexual. Em uma realização preferida da terapia em combinação, a disfunção sexual é uma disfunção sexual feminina. Em uma realização especialmente preferida da terapia em combinação, a disfunção sexual é a disfunção erétil.
A presente invenção também provê composições farmacêuticas que compreendem um peptídeo cíclico da presente invenção e um segundo composto útil para o tratamento de disfunção sexual. Em uma realização da composição, os compostos adicionais úteis no tratamento de disfunção sexual são preferivelmente selecionados, sem limitação, do grupo que consiste de um inibidor de fosfodiesterase; um inibidor de fosfodiesterase específico de GMP cíclico; prostaglandinas; apomorfina; moduladores de oxitocina; antagonistas a- adrenérgicos; andrógenos; moduladores seletivos de receptor de andrógeno (MSRAs); bupropriona; peptídeo intestinal vasoativo (VIP); inibidores de endopeptidase neutra (NEP); e antagonistas do receptor de neuropeptídio Y (NPY).
Em uma realização do método e composição, o segundo agente farmacêutico para disfunção sexual é testosterona.
Em outra realização de terapia em combinação, o segundo agente farmacêutico para disfunção sexual é um inibidor de fosfodiesterase tipo V (PDE-5). Por exemplo, o inibidor de PDE-5 pode ser Viagra®, uma marca de sildenafil, Levitra®, uma marca do sal monocloridrato de vardenafil, ou Cialis®, uma marca do tadalafil. Outros inibidores de PDE-5 são revelados na patente americana n° 7,235,625, emitido em 22 de junho de 2007 e intitulada “Terapia de Agentes Múltiplos para Disfunção Sexual”, aqui incorporado por meio de referência. Em outra realização da composição acima, o composto útil para o tratamento de disfunção sexual é um agonista/antagonista de estrogênio. Em uma realização, a agonista/antagonista de estrogênio é (-)-cis-6-fenil-5-[-4- (2-pirrolidina-1-il-etoxi)-fenil]-5,6,7,8-tetrahidro-naft-taleno-2-ol (também conhecido como lasofoxifeno) ou um isômero ótico ou geométrico do mesmo; um sal farmaceuticamente aceitável, N-óxido, éster, sal quaternário de amônia; ou um pró-fármaco do mesmo. Mais preferivelmente, o agonista/antagonista de estrogênio está na forma de um sal de D-tartarato. Em mais uma realização da composição acima, o agonista/antagonista de estrogênio é selecionado do grupo que consiste de tamoxifeno, 4-hidroxitamoxifeno, raloxifeno, droloxifeno, toremifeno, Centchroman, idoxifeno, 6-(4- hidroxifenil)-5-[4-(2-piperidina-1-il-etoxi)-benzil]- naftaleno-2-ol, {4-[2-(2-aza-biciclo[2.2.1]hept-2-il)-etoxi]- fenil}-[6-hidroxi-2-(4-hidroxifenil)-benzo[b]tiofeno-3-il]- metanona, EM-652, EM-800, GW 5368, GW 7604, TSE-424 e isômeros óticos ou geométricos do mesmo; e sais farmaceuticamente aceitáveis, N-óxidos, ésteres, sais quaternários de amônia e pró-fármacos dos mesmos.
Em mais outra realização, um peptídeo cíclico da presente invenção pode ser usado em combinação com qualquer auxílio ou dispositivo mecânico.
A presente invenção também provê kits para o tratamento de disfunção sexual (incluindo disfunção erétil), em que os kits compreendem: uma primeira composição farmacêutica incluindo um peptídeo cíclico da presente invenção; uma segunda composição farmacêutica compreendendo um segundo composto útil para o tratamento de disfunção sexual; e um recipiente para a primeira e a segunda composição.
4.0 MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO E USO.
O método de administração e uso variam dependendo da característica dos peptídeos específicos da presente invenção, a doença, indicação, condição ou síndrome a ser tratada e outros fatores conhecidos na técnica. De modo geral, qualquer método de administração e uso conhecido na técnica ou aqui desenvolvido pode ser empregado com os peptídeos da presente invenção. Sem limitar o acima colocado, os métodos de administração e uso a seguir têm aplicação específica para as seguintes indicações.
4.1 MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO E USO PARA OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA CORRELATA.
Composições incluindo um ou mais peptídeos da presente invenção podem ser administradas por qualquer meio adequado para terapia, incluindo terapia profilática, de obesidade e síndrome metabólica. Em outro aspecto, a composição é formulada para injeção subcutânea, e uma injeção subcutânea é administrada uma ou mais vezes por dia, preferivelmente antes da refeição, mais preferivelmente entre cerca de uma e cerca de três horas antes da refeição. Em outro aspecto, a composição é formulada como formulação de liberação controlada. Em uma realização, a peptídeo da presente invenção é formulada com polietileno glicol, como polietileno glicol 3350, e opcionalmente um ou mais excipientes e preservativos adicionais, incluindo sem limitação excipientes como sais, polisorbato 80, hidróxido de sódio ou ácido clorídrico para ajustar o pH e outros. Em outra realização, um peptídeo da presente invenção é formulado com a poli(ortoéster), que pode ser um poli(ortoéster) autocatalisado com uma porcentagem variável de ácido lático na estrutura básica polimérica e opcionalmente um ou mais excipientes adicionais. Em uma realização poli (D,L-lactide-co-glicolídeo) polímero (PLGA polímero) é empregado, preferivelmente um grupo final hidrofílico de polímero PLGA, como PLGA RG502H da Boehringer Ingelheim, Inc. (Ingelheim, Alemanha). Essas formulações podem ser feitas, por exemplo, combinando um peptídeo da presente invenção em um solvente adequado, como metanol, com uma solução de PLGA em cloreto de metileno, e adição de uma solução de fase contínua de polivinil álcool sob condições de mistura adequadas em um reator. De modo geral, um número de polímeros injetáveis e biodegradáveis, que são preferivelmente também são polímeros adesivos, pode ser empregado em uma formulação injetável de liberação controlada. Os ensinamentos de Patentes Americanas N° 4,938,763, 6,432,438, e 6,673,767, e os polímeros biodegradáveis e métodos da formulação aqui revelada, são aqui incorporados por meio de referência. A formulação pode ser de uma injeção administrada semanalmente, mensal ou em outra periodicidade, dependendo da concentração e quantidade de peptídeo, da taxa de biodegradação do polímero e outros fatores conhecidos por técnicos no assunto...
Composições incluindo um ou mais peptídeos da presente invenção podem ser administradas oralmente e forma de dosagem individual como um comprimido ou cápsula. Em um aspecto preferido, a forma de dosagem individual inclui um revestimento entérico, e opcionalmente um ou mais agentes para aumentar a captação, diminuir a degradação da protease, aumentar a permeabilidade celular e outros.
4.2 MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO E USO PARA DISFUNÇÃO SEXUAL.
Para disfunção sexual, em um aspecto preferido, um ou mais peptídeos da presente invenção é formulado de modo que possa ser administrado conforme demanda, como cerca de menos de uma hora, menos de duas horas ou menos de cerca de quatro horas antes da atividade sexual. Em uma realização, a composição é formulada para injeção subcutânea. Em outra realização, a composição é formulada para uma variedade de rotas transdérmicas de administração, incluindo administração bucal, administração nasal, administração por inalação e outros. São particularmente preferidas as realizações em que a composição é formulada para administração nasal, como por um dispositivo em spray com medidor de volume de cerca de 200 μl de composição aquosa incluindo uma variedade de outros agentes, incluindo agentes de aprimoramento da permeabilidade.
4.3 MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO E USO PARA CHOQUE CIRCULATÓRIO, DOENÇAS, INDICAÇÕES, CONDIÇÕES E SÍNDROMES CORRELATAS.
Em mais outro aspecto, a invenção inclui métodos que incluem opcionalmente o monitoramento do paciente quanto aos sintomas de choque circulatório antes e após a administração de uma composição farmacêutica incluindo um ou mais peptídeos da presente invenção. Com isso, um paciente pode receber um ou mais peptídeos da presente invenção por um dos métodos da invenção após sofrer uma lesão que possa induzir o choque circulatório antes da manifestação dos sintomas visíveis de choque cardiovascular, incluindo antes da manifestação de choque circulatório no Estágio I, Estágio II ou Estágio III. Métodos para tratar ou prevenir o choque aqui descrito compreendem a administração de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um ou mais peptídeos da presente invenção a um paciente. Conforme aqui empregado, o termo “administrar” e “administração” são usados para demonstrar a introdução de um ou mais peptídeos da presente invenção no paciente. Quando a administração é para fins de tratamento, um ou mais peptídeos da presente invenção são providos em, ou após a ocorrência de um sintoma de choque. A administração terapêutica de um ou mais peptídeos da presente invenção serve para atenuar qualquer sintoma ou prevenir sintomas adicionais. Quando a administração é para prevenir choque (“administração profilática”), um ou mais peptídeos da presente invenção são providos com antecedência para qualquer sintoma visível ou detectável. A administração profilática de um ou mais peptídeos da presente invenção serve para atenuar os sintomas subsequentes ou prevenir que sintomas apareçam. A rota de administração de um ou mais peptídeos da presente invenção incluem, sem limitação, via tópica, transdérmica, intranasal, vaginal, retal, oral, subcutânea, intravenosa, intra-arterial, intramuscular, intraóssea, intraperitoneal, epidural e intratecal.
Além disso, os métodos para tratar ou prevenir choque circulatório da presente invenção também se referem à co-administração de um ou mais substâncias ao paciente além de um ou mais peptídeos da presente invenção. O termo “co- administrar” indica que cada um de no mínimo dois compostos é administrado durante um período de tempo em que os respectivos períodos de atividade biológica ou os efeitos se sobrepõem. Com isso, o termo inclui administração sequencial ou concomitante de compostos onde um composto é um ou mais peptídeos da presente invenção. Se mais de composto for co- administrado, as rotas de administração dos dois ou mais compostos não precisam ser os mesmos. O escopo da invenção não se limita à identidade do composto que pode ser co- administrado. Por exemplo, um ou mais peptídeos da presente invenção pode ser co-administrado com androstenetriol, androstenediol ou derivados desses, vários agonistas de vasopressina, ou outras substâncias farmaceuticamente ativas, como catecolaminas ou outros agonistas a-adrenérgicos, agonistas a2-adrenérgicos, agonistas p-adrenérgicos ou agonistas 32-adrenérgicos, incluindo sem limitação epinefrina, norepinefrina, dopamina, isoproterenol, vasopressina e dobutamina. Alternativamente, um ou mais peptídeos da presente invenção pode ser co-administrado com fluidos ou outras substâncias que podem aliviar, atenuar, prevenir ou remover sintomas em um paciente que sofre, exibe sintomas ou tem risco de sofrer de choque hipovolêmico, choque vasodilatador ou choque cardiogênico. Tipos de fluido que podem ser co-administrados com um ou mais peptídeos da presente invenção devem ser específicos para as circunstâncias em que o paciente se encontra, exibindo sintomas ou com risco de ter um choque. Por exemplo, fluidos que podem ser co-administrados com um ou mais peptídeos da presente invenção incluem, sem limitação, soluções de sal - como cloreto de sódio e bicarbonato de sódio - além de sangue integral, substitutos sintéticos de sangue, plasma, soro, albumina de soro e soluções coloides. Soluções coloides incluem, sem limitação, soluções contendo hetamido, albumina ou plasma. Em uma realização específica da presente invenção, fluidos como um ou mais de soluções de sal, soluções coloidais, sangue integral, substitutos sintéticos de sangue, plasma ou soro são co-administrados com um ou mais peptídeos da presente invenção em pacientes que sofrem de ou exibem sintomas de choque hipovolêmico, como choque hemorrágico. Realizações específicas dos métodos de co-administração da presente invenção incluem métodos de transfusão em um paciente, os métodos de transfusão compreendendo prover sangue ou substitutos sintéticos de sangue que compreendam um ou mais peptídeos da presente invenção a um paciente. O sangue usado nos métodos de transfusão pode ser sangue integral, substitutos sintéticos de sangue ou qualquer porção fracionada de sangue integral, como plasma, soro, ou eritrócitos.
4.4 MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO E USO PARA TERAPIA PROFILÁTICA PARA CHOQUE CIRCULATÓRIO, DOENÇAS, INDICAÇÕES, CONDIÇÕES E SÍNDROMES CORRELATAS.
A invenção também se refere a métodos de prevenção ou parar prevenir a progressão do choque em um paciente com risco de sofrer um choque pela administração de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um ou mais peptídeos da presente invenção ao paciente, antes ou imediatamente ao ocorrer os primeiros sintomas de choque. Conforme aqui empregado, o termo “prevenir,” no que se refere ao choque, indica que uma substância da presente invenção é administrada a um paciente para proibir um ou mais sintomas de choque de aparecer de forma detectável ou atenuar os efeitos de um ou mais sintomas de choque. O termo “prevenir” também engloba proibir totalmente o choque ou qualquer um de seus sintomas associados de aparecer de forma detectável. Com isso, um paciente pode ser “pré-tratado,” como um paciente em cirurgia, pelo uso de substâncias da presente invenção para prevenir que o choque aconteça. A expressão “prevenir a progressão do choque,” aqui referida, significa um procedimento designado para proibir a aparição detectável de um ou mais sintomas extras de choque em um paciente que já exiba um ou mais sintomas de choque, e também significa proibir que os sintomas de choque já presentes piorem no paciente. Os sintomas de choque que estão incluídos nos métodos preventivos da presente invenção incluem, sem limitação, os sintomas de choque aqui destacados, como taquicardia, respiração rápida ou errática e óbito. Um paciente “em risco de choque” pode ser reconhecido pelas suas circunstâncias específicas. Por exemplo, paciente de cirurgia ou paciente que tenha sido ferido e esteja perdendo sangue estaria em risco de choque. Da mesma forma, um paciente com infecção bacteriana e exibindo febre ou pressão baixa também pode estar em risco de choque ou doença ou condição inflamatória. Em mais realizações da presente invenção, os métodos são usados para prevenir choque cardiogênico, choque hipovolêmico e choque vasodilatador, que podem ocorrer em qualquer um dos três estágios do choque. Em uma realização específica da presente invenção, os métodos são usados para prevenir choque cardiogênico. Em outra realização específica da presente invenção, os métodos são usados para prevenir choque vasodilatador. Em outra realização mais específica da presente invenção, os métodos são usados para prevenir choque de sepse ou bacteremia. Em uma realização ainda mais específica, os métodos são usados para prevenir choque séptico ou choque bacteriêmico no Estágio I, II ou III do choque. Em mais outra realização, os métodos da presente invenção são usados para prevenir choque hipovolêmico. Em uma realização específica da presente invenção, os métodos são usados para prevenir choque hemorrágico. Em uma realização mais específica, os métodos são usados para prevenir choque hemorrágico no Estágio I, Estágio Il ou Estágio III.
Similar aos métodos de tratamento de choque aqui descritos, uma realização dos métodos de prevenção de choque da presente invenção compreende co-administrar outra substância com um ou mais peptídeos da presente invenção ou um derivado do mesmo. O escopo da invenção não se limita à identidade da substância que pode ser co-administrada com um ou mais peptídeos da presente invenção para prevenir o choque. Por exemplo, um ou mais peptídeos da presente invenção pode ser co-administrado com androstenetriol, androstenediol ou derivados desses, vários agonistas de vasopressina ou outras substâncias farmaceuticamente ativas, como catecolaminas ou outros agonistas a-adrenérgicos, agonistas a2-adrenergicos, agonistas p-adrenérgicos ou agonistas β2-adrenergicos, incluindo sem limitação epinefrina, norepinefrina, dopamina, isoproterenol, vasopressina e dobutamina para prevenir choque.
Alternativamente, um ou mais peptídeos da presente invenção pode ser co-administrado com fluidos ou outras substâncias que possam prevenir ou eliminar sintomas em um paciente com risco de choque hipovolêmico, choque vasodilatador ou choque cardiogênico. Os tipos de fluido que podem ser co-administrados com um ou mais peptídeos da presente invenção para prevenir choque devem ser específicos para as circunstâncias que cercam o paciente em risco de choque. Por exemplo, os fluidos que podem ser co- administrados com um ou mais peptídeos da presente invenção incluem, sem limitação, soluções de sal — como cloreto de sódio e bicarbonato de sódio — além de sangue integral, substitutos sintéticos de sangue, plasma, soro, albumina de soro e soluções coloides. Soluções coloides incluem, sem limitação, soluções contendo hetamido, albumina ou plasma. Em uma realização específica da presente invenção, fluidos incluindo um ou mais das soluções de sal, soluções coloidais, sangue integral, substitutos sintéticos de sangue, plasma ou soro são co-administrados com um ou mais peptídeos da presente invenção ou um derivado do mesmo em pacientes com risco de um choque hipovolêmico, como o choque hemorrágico.
4.5 MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO E USO EM APLICAÇÕES RELACIONADAS A INFLAMAÇÃO, DOENÇAS, INDICAÇÕES, CONDIÇÕES E SÍNDROMES.
Em mais outro aspecto, a invenção inclui métodos que opcionalmente incluem monitoramento do paciente quanto a sinais ou sintomas de inflamação, doenças inflamatórias ou condições inflamatórias antes e depois da administração de um ou mais peptídeos da presente invenção. Com isso, o paciente pode receber um ou mais peptídeos da presente invenção por um dos métodos da invenção após ser diagnosticado com uma condição, doença ou síndrome que possa induzir uma resposta inflamatória, porém antes da manifestação de sintomas evidentes de inflamação, doença inflamatória ou condição inflamatória. Métodos para tratamento ou prevenção de inflamação, doenças inflamatórias ou condições inflamatórias aqui descritos compreendem a administração de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um ou mais peptídeos da presente invenção a um paciente. Conforme aqui empregado, o termo “administrar” e “administração” significam a introdução de no mínimo um composto no paciente. Quando a administração é para fins de tratamento, a substância é provida durante ou após a ocorrência de um sinal ou sintoma de inflamação, doença inflamatória ou condição inflamatória. A administração terapêutica dessa substância serve para atenuar qualquer sintoma ou prevenir sintomas adicionais. Quando a administração é profilática para fins de prevenção ou limitação de inflamação, doença inflamatória ou condição inflamatória, uma composição farmacêutica incluindo um ou mais peptídeos da presente invenção é provida com antecedência a qualquer sintoma visível ou detectável. A administração profilática de um ou mais peptídeos da presente invenção serve para atenuar sintomas sequentes ou prevenir que surjam sintomas. A rota de administração de um ou mais peptídeos da presente invenção incluem, sem limitação, via tópica, transdérmica, intranasal, vaginal, retal, oral, subcutânea intravenosa, intra-arterial, intramuscular, intraóssea, intraperitoneal, epidural e intratecal.
4.6 MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO E USO PARA DOENÇAS, INDICAÇÕES, CONDIÇÕES E SÍNDROMES OCULARES.
Para aplicações oculares, em um aspecto, um ou mais peptídeos da presente invenção são formulados em forma de dosagem oftálmica e são administrados na forma de gotas oculares, soluções de lavagem ou por meio de outros sistemas de administração ocular.
4.7 DISPOSITIVOS PARA ADMINISTRAÇÃO PARA HEMORRAGIA OU CHOQUE TRAUMÁTICO.
Em certos aspectos, podem ser providos dispositivos especiais para entrega e administração de uma composição farmacêutica incluindo um ou mais peptídeos da presente invenção. Com isso, em um aspecto, uma seringa pré-preenchida pode ser adaptada para uso em aplicações militares para tratamento de emergência em campo de batalha, como no tratamento de traumas em campo de batalha, ou uso por paramédicos atendendo a uma vítima de trauma. A seringa pré- preenchida pode incluir um componente liofilizado incluindo um ou mais peptídeos da presente invenção e um componente solubilizante aquoso, de modo que a composição farmacêutica possa ser reconstituída imediatamente antes do uso. A composição farmacêutica reconstituída resultante pode ser uma solução isotônica ou hipertônica. Em um aspecto correlato, a seringa pré-preenchida pode incluir um ou mais peptídeos da presente invenção em solução com uma composição farmacêutica incluindo um ou mais preservativos ou estabilizantes, de modo que a seringa pré-preenchida possa ser armazenada em um período especificado em temperatura ambiente, como em temperatura ambiente, sem degradação substancial.
5.0 MÉTODOS DE PREPARAÇÃO.
De modo geral, os peptídeos da presente invenção podem ser sintetizados por síntese de fase sólida e purificados de acordo com métodos conhecidos na técnica. Qualquer um entre inúmeros procedimentos conhecidos utilizando uma variedade de resinas e reagentes pode ser usada para preparar os peptídeos da presente invenção. Os peptídeos cíclicos da presente invenção podem ser prontamente sintetizados por procedimentos convencionais conhecidos para a formação de uma ligação de peptídeo entre aminoácidos. Esses procedimentos convencionais incluem, por exemplo, qualquer procedimento de fase de solução que permite uma condensação entre o grupo alfa amino livre de um aminoácido ou resíduo do mesmo tendo seu grupo carboxila e outros grupos reativos protegidos e o grupo carboxila primário livre de outro aminoácido ou resíduo do mesmo tendo seu grupo amino ou outros grupos reativos protegidos. Em um procedimento convencional preferido, os peptídeos cíclicos da presente invenção podem ser sintetizados por síntese de fase sólida e purificados de acordo com métodos conhecidos na técnica. Qualquer um entre inúmeros procedimentos conhecidos utilizando uma variedade de resinas e reagentes pode ser usado para preparar os peptídeos da presente invenção.
O processo de sintetização dos peptídeos cíclicos pode ser conduzido em um procedimento no qual cada aminoácido na sequência desejada é adicionado um por vez em sucessão a outro aminoácido ou resíduo do mesmo ou por um procedimento no qual fragmentos de peptídeo com a sequência de aminoácidos desejada são sintetizados convencionalmente e então condensados para prover o peptídeo desejado. O peptídeo resultante é então ciclizado para produzir um peptídeo cíclico da invenção.
Os métodos de síntese em fase sólida são conhecidos e praticados na técnica. Nesses métodos, a síntese de peptídeos da invenção pode ser conduzida pela incorporação sequencial de resíduos de aminoácido desejados um por vez na cadeia crescente de peptídeos de acordo com os princípios gerais dos métodos de fase sólida. Esses métodos são revelados em inúmeras referências, incluindo Merrifield, R. B., Solid phase synthesis (palestra do Nobel). Angew Chem 24:799-810 (1985) e Barany et al., The Peptides, Analysis, Synthesis and Biology, Vol. 2, Gross, E. e Meienhofer, J., Eds. Academic Press 1-284 (1980).
Em sínteses químicas dos peptídeos, os grupos de cadeia lateral reativa dos vários resíduos de aminoácidos são protegidos com grupos protetores adequados, que previnem que ocorra uma reação química nesse local até o grupo protetor ser removido. Também é comum a proteção do grupo alfa amino de um resíduo ou fragmento de aminoácido enquanto a entidade reage ao grupo carboxila, seguido da remoção seletiva do grupo protetor de alfa-amino para permitir uma reação subsequente nesse local. Grupos de proteção específicos foram revelados e são conhecidos em métodos de síntese de fase sólida e de síntese de fase de solução.
Grupos alfa-amino podem ser protegidos por um grupo de proteção adequado, incluindo um upo de proteção tipo uretano, como benziloxicarbonil (Z) e benziloxicarbonil substituído, como p-clorobenziloxicarbonil, p- nitrobenziloxicarbonil, p-bromobenziloxicarbonil, p-bifenil- isopropoxicarbonil, 9-fluorenilmetoxicarbonil (Fmoc) e p- metoxibenziloxicarbonil (Moz) e grupos protetores tipo uretano alifático, como t-butiloxicarbonil (Boc), diisopropilmetoxicarbonil, isopropoxicarbonil e aliloxicarbonil (Alloc). Fmoc são preferidos para proteção de alfa amino. Grupos guanidino podem ser protegidos por um grupo de proteção adequado, como nitro, p-toluenosulfonil (Tos), Z, pentametilcromanosulfonil (Pmc), adamantiloxicarbonil, pentametildiidrobenzofurano-5-sulfonil (Pbf) e Boc. Pbf e Pmc são os grupos de proteção preferidos para Arg.
Os peptídeos da invenção aqui descritos foram preparados com o uso de síntese de fase sólida, como por meio de um sintetizador automatizado de peptídeos “Symphony Multiplex Peptide Synthesizer” (Rainin Instrument Company) , com o uso de módulos de programação de acordo com o fabricante e seguindo-se os protocolos estabelecidos pelo manual do fabricante.
A síntese de fase sólida é iniciada a partir da ponta C-terminal do peptídeo pelo acoplamento de um alfa- aminoácido protegido para uma resina adequada. Esse material de início é preparado anexando-se um aminoácido protegido por alfa-amino por uma ligação de éster a uma resina de p- benziloxibenzil álcool (Wang), uma resina de cloreto de 2- clorotritil ou uma resina de oxima, por uma ligação de amida entre um ligador Fmoc, como ácido p-[(R, S)-a-[1-(9H-fluor- en-9-il-metoxiformamido]-2,4-dimetiloxibenzil]-fenoxiacético (ligador Rink) a uma resina de benziidrilamina (BHA), ou por outros meios conhecidos na técnica. Os suportes de resina de Fmoc-Ligador-BHA são disponíveis comercialmente e geralmente usados quando possível. As resinas são transportadas por ciclos repetitivos conforme necessário para adicionar os aminoácidos sequencialmente. Os grupos de proteção de alfa- amino Fmoc são removidos sob condições básicas. Piperidina, piperazina, dietilamina ou morfolina (20 a 40% v/v) em N,N- dimetilformamida (DMF) podem ser usados para esse fim.
Após a remoção do grupo de proteção de alfa-amino, os aminoácidos protegidos subsequentes são acoplados na ordem desejada para se obter uma resina de peptídeo protegida, intermediária. Os reagentes ativadores usados para acoplar os aminoácidos na síntese de fase sólida dos peptídeos são bem conhecidos na técnica. Após o peptídeo ser sintetizado, se desejado, os grupos de cadeia lateral ortogonalmente protegidos podem ser removidos por uso de métodos conhecidos na técnica para posterior derivação do peptídeo.
Normalmente, grupos de proteção ortogonal são usados conforme apropriado. Por exemplo, os peptídeos da invenção contêm múltiplos aminoácidos com uma cadeia lateral contendo grupo amino. Em outro aspecto, um esquema de proteção Allyl-Alloc é empregado com os aminoácidos formando uma ponte de lactama em suas cadeias laterais, e grupos de proteção ortogonal, cliváveis sob diferentes condições reativa, o uso de outros aminoácidos com cadeias laterais contendo grupo amino. Sendo assim, por exemplo, aminoácidos Fmoc-Lys(Alloc)-OH, Fmoc-Om(AlloC)-OH, Fmoc-Dap(Alloc)-OH, Fmoc-Dab(Alloc)-OH, Fmoc-Asp(OAII)-OH ou Fmoc-Glu(OAII)-OH podem ser empregados nas posições que formam uma ponte de lactama mediante ciclização, enquanto outros aminoácidos com cadeias laterais contendo grupo amino têm um grupo de proteção diferente e ortogonal, como com Fmoc-Arg(Pbf)-OH, Fmoc-Lys(Pbf)-OH, Fmoc-Dab(Pbf)-OH ou outros. Outros grupos de proteção podem ser empregados de forma similar; por meio de exemplo e sem limitação, Mtt/OPp (4-metiltritil/ 2- fenilisopropil) pode ser empregado com as cadeias laterais formando uma ponte de lactama mediante ciclização, com grupos de proteção ortogonal sendo utilizados para outras posições que não são cliváveis com o uso de condições adequadas para clivagem de Mtt/OPp. Grupos reativos em um peptídeo podem ser modificados seletivamente, durante a síntese de fase sólida ou após a remoção da resina. Por exemplo, os peptídeos podem ser modificados para se obter modificações de N-terminus, como acetilação, enquanto na resina, ou removidos da resina por uso de um reagente clivante e então modificado. Da mesma forma, métodos para modificação de cadeias laterais de aminoácidos são conhecidos para técnicos no assunto da síntese de peptídeo. A escolha de modificações feitas em grupos ativos presentes no peptídeo será determinada, em parte, pelas características que são desejadas no peptídeo. realização o grupo N-terminus é modificação pela introdução de um grupo N-acetil. Em outro aspecto, um método é empregado após a remoção do grupo de proteção no N-terminal, o peptídeo ligado à resina é reagido com anidreto acético em DMF na presença de uma base orgânica, como aspiridina ou diisopropiletilamina. Outros métodos de acetilação de N- terminus são conhecidos na técnica e podem ser empregados, incluindo a acetilação de fase de solução.
O peptídeo pode, em uma realização, ser ciclizado antes da clivagem da resina de peptídeo. Para ciclização por meio de porções de cadeia lateral reativa, as cadeias laterais desejadas são desprotegidas, e o peptídeo suspenso em um solvente adequado e um agente e acoplamento cíclico adicionado. Solventes adequados incluem, por exemplo, DMF, diclorometano (DCM) ou 1-metil-2-pirrolidona (NMP). Reagentes de acoplamento cíclico adequados incluem, por exemplo, 2-(1 H-benzotriazol-1-il)-1,1,3,3-tetrametilurônio tetrafluoroborato (TBTU), 2-(1 H-benzotriazol-1-il)-1,1,3,3- tetrametilurônio hexafluorofosfato (HBTU), benzotriazol-1-il- oxi-tris(dimetilamino)fosfônio hexafluorofosfato (BOP), benzotriazol-1-il-oxi-tris(pirrolidino) fosfônio hexafluorofosfato (PyBOP), 2-(7-aza-1 H-benzotriazol-1-il)-1 , 1 ,3,3-tetrametiluronium tetrafluoroborato (TATU), 2-(2-oxo-1(2H)-piridil)-1 ,1 ,3,3-tetrametiluronium tetrafluoroborato (TPTU) ou N.N'-diciclohexilcarbodiimida/i- hidroxibenzotriazol (DCCI/HOBt). O acoplamento é convencionalmente iniciado pelo uso de uma base adequada, como N,N-diisopropiletilamina (DIPEA), sim-colidina ou N- metilmorfolina (NMM).
Em peptídeos com ponte cíclica não-lactama, como os peptídeos contendo a ponte: - (CH2) x-NH-C (=O) - (CH2) z-C (=O) -NH- (CH2) y-, em que x, y e z são cada um1 a 5, de forma independente, os peptídeos podem ser feitos com o uso de síntese de fase sólida empregando um aminoácido de diamina protegida por cadeia lateral nas posições a serem ciclizadas. São especificamente preferidas em tais posições Dap, Dab ou Lys, preferivelmente com um grupo de proteção de amina como Alloc, Mtt, Mmt (metoxitritil), Dde (1-(4,4-dimetil-2,6- dioxociclohex-1-ilideno))etil), ivDde (1-(4,4-dimetil-2,6- dioxocyclohex-1-ilideno)-3-metilbutil) ou qualquer outro grupo de proteção clivável ortogonalmente. Normalmente, um grupo de proteção de cadeia é primeiramente removido, como a remoção de Mtt usando-se 2% TFA em diclorometano. Após lavagem da resina, a amina não protegida com ligação de resina resultante é acilada, por exemplo, com uma solução 0,5 M de um anidreto cíclico como anidreto succínico ou anidreto glutárico em diclorometano/piridina 1:1. Após as etapas de lavagem adicionais, o grupo de proteção clivável ortogonalmente do segundo diamino aminoácido é clivado, como a remoção de Alloc utilizando tetracis (trifenilfosfina) paládio (0) e fenil silano em diclorometano. Após lavagem com diclorometano e DMF o peptídeo ligado à resina é ciclizado utilizando-se reagentes padrão de acoplamento como TBTU e uma base. Alternativamente, diamino aminoácido ligado à resina protegido por ivDde pode ser desprotegido utilizando-se uma solução de 5% de hidrazina em DMF, e após lavagem com DMF a amina ligada à resina resultante pode ser acilada com um anidreto cíclico ou ciclizada com ácido carboxílico ligado à resina.
Os peptídeos ciclizados podem ser clivados desde a fase sólida, utilizando-se qualquer reagente adequado, como etilamina em DCM ou várias combinações de agentes, como ácido trifluoroacético (TFA), triisopropilsilano (TIS), dimetoxibenzeno (DMB), água e outros. O peptídeo bruto resultante é seco e os grupos de proteção de cadeia lateral de aminoácido restantes, se houver, são clivados usando-se qualquer reagente adequado, como (TFA) na presença de água, TIS, 2-mercaptoetanol (ME), e/ou 1,2-etanoditiol (EDT). O produto final é precipitado adicionando-se éter frio e coletado por filtração. A purificação final é por cromatografia líquida de alta performance de fase reversa (RP-HPLC) , com uso de coluna adequada, como uma coluna C18, ou outros métodos de separação ou purificação, como métodos com base no tamanho ou carga do peptídeo, também podem ser empregados. Quando purificado, o peptídeo pode ser caracterizado por qualquer número de métodos, como a cromatografia líquida de alta performance (HPLC), análise de aminoácidos, espectrometria de massa e outros.
Nos peptídeos da presente invenção que tenham um grupo C-terminus derivado de amida substituída ou N-alquil, a síntese pode ser feita pela síntese de fase sólida iniciada pela ponta C-terminal do peptídeo acoplando um alfa- aminoácido protegido a uma resina adequada. Esses métodos de preparação de derivados de amida substituídos na fase sólida foram descritos na técnica. Consulte, por exemplo, Barn D. R. et al., Synthesis of an array of amides by aluminum chloride assisted cleavage on resin bound esters. Tetrahedron Letters, 37:3213-3216 (1996); DeGrado W.F. e Kaiser E.T., Synthesis of solid phase of protected peptides on a polymer bound oxime: Preparation of segments comprising the sequences of a cytotoxic 26-peptide analogue. J. Org. Chem., 47:3258-3261 (1982). Esse material de início pode ser preparado anexando- se um aminoácido protegido por alfa-amino por ligação de éster a uma resina de p-benziloxibenzil álcool (Wang) ou uma resina de oxima por meios conhecidos. A cadeia de peptídeos cresce com a sequência desejada de aminoácidos, o peptídeo ciclizado e o resina tratada com peptídeo com uma solução de amina apropriada (como metil amina, dimetil amina, etilamina, e assim por diante). Peptídeos empregando uma resina de p- benziloxibenzil álcool (Wang) podem ser clivados da resina por cloreto de alumínio em DCM e peptídeos empregando uma resina de oxima podem ser clivados por DCM. Ao mesmo tempo em que a síntese foi descrita primariamente com referência á química da fase sólida Fmoc, deve ser entendido que outras químicas e métodos sintéticos podem ser empregados para fazer os peptídeos cíclicos da invenção, por exemplo e sem limitação, os métodos empregando química Boc, química de solução e outras químicas e métodos sintéticos.
6.0 FORMULAÇÕES.
Dependendo da rota desejada de administração, a formulação da composição incluindo um ou mais peptídeos cíclicos da presente invenção pode ser variada. Com isso, a formulação pode ser adequada para injeção subcutânea ou injeção intravenosa, aplicações tópicas, aplicações oculares, aplicações em spray nasal, aplicações por inalação, aplicações transdérmicas e outros.
6.1 FORMA DE SAL DE PEPTÍDEOS CÍCLICOS DA PRESENTE INVENÇÃO.
Os peptídeos cíclicos da presente invenção podem ser na forma de qualquer sal farmaceuticamente aceitável. O termo “sais farmaceuticamente aceitáveis” se refere a sais preparados de bases ou ácidos atóxicos farmaceuticamente aceitáveis incluindo bases inorgânicas ou orgânicas e ácidos inorgânicos ou orgânicos. Sais derivados de bases inorgânicas incluem sais de alumínio, amônia, cálcio, cobre, férricos, ferrosos, lítio, magnésio, sais mangânicos, manganosos, potássio, sódio, zinco e outros. São especificamente preferidos os sais de amônia, cálcio, lítio, magnésio, potássio e sódio. Sais derivados de bases atóxicas orgânicas farmaceuticamente aceitáveis incluem sais de aminas primárias, secundárias e terciárias, aminas substituídas incluindo aminas substituídas de ocorrência natural, aminas cíclicas, e resinas básicas de troca de íons, como arginina, betaína, cafeína, colina, N, N'-dibenziletilenediamina, dietilamina, 2-dietilaminoetanol, 2-dimetilaminoetanol, etanolamina, etilenediamina, N-etil-morfolina, N- etilpiperidina, glucamina, glucosamina, histidina, hidrabamina, isopropilamina, lisina, metilglucamina, morfolina, piperazina, piperidina, resinas de poliamina, procaína, purinas, teobromina, trietilamina, trimetilamina, tripropilamina, trometamina e outros...
Quando o peptídeo cíclico da presente invenção é básico, sais de adição ácida podem ser preparados de ácidos atóxicos farmaceuticamente aceitáveis, incluindo ácidos orgânicos e inorgânicos. Esses ácidos incluem ácido acético, benzenossulfônico, benzoico, canforsulfônico, carboxílico, cítrico, etanossulfônico, fórmico, fumárico, glucônico, glutâmico, bromídrico, clorídrico, isetiônico, lático, maleico, málico, mandélico, metanossulfônico, malônico, múcico, nítrico, pamoico, pantotênico, fosfórico, propiônico, succínico, sulfúrico, tartárico, ácido p-toluenossulfônico, ácido trifluoroacético e outros. Sais de adição de ácido de peptídeos da presente invenção são preparados em um solvente adequado para o peptídeo e excesso de um ácido, como o ácido clorídrico, bromídrico, sulfúrico, fosfórico, acético, trifluoroacético, cítrico, tartárico, maleico, succínico ou metanossulfônico. As formas de sal do acetato, acetato de amônia e ácido trifluoracético são especialmente úteis. Onde peptídeos da presente invenção incluírem uma porção acídica, sais farmaceuticamente aceitáveis adequados podem incluir sais de álcali metal, como sais de sódio ou potássio, ou sais de metal terroso alcalino, como sais de cálcio ou magnésio. Também deve ser compreendido que determinados peptídeos da fórmula (I) podem existir em formas solvatadas, incluindo solvatos de peptídeo livre ou solvatos de um sal do composto, além de formas não solvatadas. O termo “solvato” é aqui usado para descrever um complexo molecular compreendendo o composto da invenção e um ou mais moléculas solventes farmaceuticamente aceitáveis, por exemplo, etanol. O termo “hidrato” é empregado quando o dito solvente é água. Deve ser compreendido que todos os polimorfos, incluindo misturas de diferentes polimorfos, estão dentro do escopo dos peptídeos reivindicados.
6.2 COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS.
A invenção provê uma composição farmacêutica que inclui um peptídeo cíclico da presente invenção e um transportador farmaceuticamente aceitável. O transportador pode ser uma formulação líquida, e é preferivelmente uma solução tampão, isotônica, aquosa. Transportadores farmaceuticamente aceitáveis também incluem excipientes, como diluentes, transportadores e outros, e aditivos, como agentes estabilizantes, preservativos, agentes solubilizantes, tampões e outros, conforme será descrito.
As composições de peptídeo cíclico da presente invenção podem ser formuladas ou compostas em composições farmacêuticas que incluem no mínimo um peptídeo cíclico da presente invenção com “um ou mais transportadores farmaceuticamente aceitáveis, incluindo excipientes, como diluentes, transportadores e outros, e aditivos, como agentes estabilizantes, preservativos, agentes solubilizantes, tampões e outros, conforme desejado. Os excipientes da formulação podem incluir polivinil pirrolidona, gelatina, hidroxil propil celulose, acácia, polietileno glicol, manitol, cloreto de sódio e citrato de sódio. Para formulações para injeção ou outra forma de administração em líquido, é preferível água contendo no mínimo um ou mais constituintes de tampão e agentes estabilizantes, preservativos e agentes solubilizantes também podem ser empregados. Para formulações de administração sólida, qualquer um entre aditivos espessantes, preenchedor, de lote e transportador pode ser empregado, como amidos, açúcares, derivados de celulose, ácidos graxos e outros. Para formulações de administração tópica, pode ser empregada uma variedade de cremes, unguentos, géis, loções e outros. Na maioria das formulações farmacêuticas, ingrediente não ativo constitui a maior parte, em peso ou volume, da preparação. Em formulações farmacêuticas, é também contemplado que quaisquer formulações e aditivos de liberação controlada podem ser empregadas, para que a dosagem possa ser formuladas de modo a prover a administração de um peptídeo da presente invenção por um período de tempo.
De modo geral, a quantidade real de peptídeos cíclicos da presente invenção administradas a um paciente variará bastante, dependendo do modo de administração, da formulação usada e da resposta desejada.
No uso prático, os peptídeos cíclicos da invenção podem ser combinados como o ingrediente ativo em uma admistura com transportador farmacêutico de acordo com técnicas convencionais de composto farmacêutico. O transportador pode ter uma ampla variedade de formas dependendo da preparação desejada para administração, por exemplo, oral, parenteral (incluindo intravenosa), uretral, vaginal, nasal, bucal, sublingual ou outros. Na preparação das composições pra forma de dosagem oral, qualquer uma das mídias farmacêuticas pode ser empregada, como, por exemplo, água, glicóis, óleos, álcoois, agentes flavorizantes, preservativos, agentes corantes e outros no caso de preparações orais líquidas como, por exemplo, suspensões, elixires e soluções; ou transportadores como amidos, açúcares, celulose microcristalina, diluentes, agentes granuladores, lubrificantes, ligadores, agentes desintegrantes e outros no caso de preparações orais solidas como, por exemplo, pós, cápsulas macias e duras e comprimidos.
Por sua facilidade de administração, comprimidos e cápsulas representam uma forma de dosagem oral conveniente. Se desejado, os comprimidos podem ser revestidos com técnicas padrão aquosas e não aquosas. A quantidade de peptídeo ativo em composições terapeuticamente úteis deve gerar uma dosagem eficaz. Em outra forma de dosagem, podem ser usadas administrações sublinguais, como folhas, hóstias, comprimidos ou outros.
Os comprimidos, pílulas, cápsulas e outros também podem conter um aglutinador como povidona, goma tragacanto, acácia, amido de milho ou gelatina; diluentes; preenchedores como celulose mmicrocristalina; excipientes como fosfato bicálcico; um agente desintegrante como amido de milho, amido de batata ou ácido algínico; preservativos; colorantes; um lubrificante como estearato de magnésio; e um agente adoçante como sacarose, lactose ou sacarina. Quando a forma e dosagem for uma cápsula, pode conter um líquido transportador como óleo gorduroso, em adição aos materiais do tipo acima.
Vários outros materiais podem ser utilizados como revestimentos ou modificar a forma física da unidade de dosagem. Por exemplo, comprimidos podem ser revestidos com goma shellac, açúcar ou ambos. Um xarope ou elixir pode conter, em adição ao ingrediente ativo, sacarose como agente adoçante, metil e propilparabenos como preservativos, uma tintura e um flavorizante como aroma de cereja ou laranja.
Os peptídeos cíclicos também podem ser administrados por via parenteral. Soluções ou suspensões desses peptídeos ativos podem ser preparadas em água adequadamente misturada com um surfactante como hidroxi- propilcelulose. Dispersões também podem ser preparadas em glicerol, glicóis de polietileno líquido e misturas dos mesmos em óleos. Essas preparações podem conter opcionalmente um preservativo para prevenir a proliferação de microrganismos. As formas farmacêuticas adequadas para uso via injetável incluem soluções ou dispersões estéreis aquosas e pós estéreis para a preparação extemporânea de soluções ou dispersões estéreis injetáveis. Em todos os casos, a forma deve ser estéril e fluida de modo a poder ser administrada por seringa. A forma deve ser estável sob as condições de fabricação e armazenamento e deve ser preservada contra a contaminação de microrganismos como bactérias e fungos. O transportador pode ser um meio solvente ou de dispersão contendo, por exemplo, água, etanol, um poliol, por exemplo, glicerol, propileno glicol ou polietileno glicol líquido, misturas adequadas dos mesmos e óleos vegetais.
Os peptídeos cíclicos da presente invenção podem ser aplicados terapeuticamente por meio de administração nasal. Por “administração nasal” entende-se qualquer forma de administração intranasal de qualquer um dos peptídeos cíclicos da presente invenção. Os peptídeos podem estar em uma solução aquosa, como uma solução incluindo salina, citrato ou outros excipientes ou preservativos comuns. Os peptídeos também podem estar em uma formulação seca ou em pó.
Os peptídeos cíclicos da presente invenção podem ser formulados com qualquer um de uma variedade de agentes que aumentam a eficácia da absorção de drogas nasais, incluindo drogas com peptídeos. Esses agentes devem aumentar a absorção nasal sem danos inaceitáveis à mucosa. As patentes americanas n° 5,693,608, 5,977,070 e 5,908,825, entre outras, ensinam um número de composições farmacêuticas que podem ser empregadas, incluindo aprimoradores de absorção e os ensinamentos de cada uma das bibliografias acima mencionadas, e todas as referências e patentes ali citadas, são incorporados por referência.
Se estiver em uma solução aquosa, os peptídeos cíclicos podem ser adequadamente tamponizados por meio de salina, acetato, fosfato, citrato, acetato ou outros agentes de tampão, que podem ser e qualquer pH fisiologicamente aceitável, geralmente de pH 4 a cerca de pH 7. Uma combinação de agentes de tampão também pode ser empregada, como salina de tampão de fosfato, um tampão de salina e acetato e outros. No caso da salina, pode ser empregada uma solução salina a 0,9%. No caso de acetato, fosfato, citrato, e outros, pode ser empregada uma solução de 50 mM. Além dos agentes de tampão, pode ser empregado um preservativo adequado, para prevenir ou limitar bactérias e outras proliferações microbianas. Pode ser usado como preservativo o cloreto de benzalcônio a 0,05%.
Em uma realização alternativa, peptídeos cíclicos da presente invenção podem ser administrados diretamente aos pulmões, a administração intrapulmonar pode ser feita por meio de um inalador com metragem de dose, um dispositivo que permite a autoadministração de uma quantidade medida de um peptídeo da presente invenção ativado por um paciente durante a inspiração. Em um aspecto desta realização, o peptídeo cíclico pode estar em uma forma seca e particulada, por exemplo, com partículas entre cerca de 0,5 e 6,0 μm, de modo que as partículas tenha massa suficiente para se estabelecerem na superfície dos pulmões e não serem exaladas, mas que sejam pequenas o bastante para não se depositarem nas superfícies das passagens de ar antes de alcançar os pulmões. Podem ser usadas várias técnicas diferentes para se fazer as micropartículas de pó seco incluindo, sem limitação, micromoagem, secagem por spray e aerossol de congelamento rápido seguido de liofilização. Com micropartículas, peptídeos podem ser depositados no fundo dos pulmões, provendo rápida e eficiente absorção pela corrente sanguínea. Além disso, com isso não são necessários aprimoradores, como é no caso de rotas via mucosas transdérmicas, nasais ou orais. Podem ser empregados vários tipos de inaladores, incluindo aerossóis à base de propelentes, nebulizadores, inaladores em pó seco de dose única e de doses múltiplas. Dispositivos comuns atualmente incluem inaladores com medidor de dose, que são usados para administrar medicamentos para o tratamento de asma, doença pulmonar obstrutiva crônica e outros. Os dispositivos preferidos incluem inaladores de pó seco, que formam uma nuvem ou um aerossol de pó fino com tamanho de partícula de menos de cerca de 6,0 μm.
O tamanho de micropartícula, incluindo a distribuição média, pode ser controlado por meio do método de fabricação. Para micromoagem, o tamanho da cabeça de moagem, velocidade do rotor, tempo de processamento e outros controlam o tamanho da micropartícula. Para secagem por spray, o tamanho do bocal, a taxa de fluxo, o aquecimento do secador e outros controlam o tamanho da micropartícula. Para fabricação por meio de aerossol de congelamento seguido de liofilização, o tamanho do bocal, a taxa de fluxo, a concentração de solução em aerossol e outros controlam o tamanho da micropartícula. Esses e outros parâmetros podem ser empregados para controlar o tamanho de micropartícula.
Os peptídeos cíclicos da presente invenção podem ser terapeuticamente administrados por meio de uma injeção de uma formulação de liberação controlada. Em uma realização, um peptídeo cíclico da presente invenção é formulado para uma injeção intramuscular profunda, como no músculo glúteo ou deltoide, de uma formulação com um polietileno glicol, como o polietileno glicol 3350, e opcionalmente um ou mais excipientes e preservativos adicionais, incluindo sem limitação excipientes como sais, polisorbato 80, hidróxido de sódio ou ácido clorídrico para ajustar o pH e outros. Em outra realização, um peptídeo cíclico da presente invenção é formulado um poli(ortoéster) , que pode ser poli(ortoéster) autocatalisado com uma percentagem variável de ácido lático na estrutura básica polimérica, e opcionalmente um ou mais excipientes adicionais. Em uma realização, um polímero poli(D,L-lactídeo-co-glicolídeo) é empregado. De modo geral, qualquer número de polímeros injetáveis e biodegradáveis, que preferivelmente também são polímeros adesivos, pode ser empregado em uma formulação injetável de liberação controlada. Alternativamente, outras formulações injetáveis de liberação controlada podem ser empregadas, incluindo formulações que permitem injeção subcutânea, outras formulações podem incluir um ou mais das nano/microesferas (como composições incluindo polímeros de PLGA), lipossomas, emulsões (como emulsões de água-em-óleo), géis, sais insolúveis ou suspensões em óleo. A formulação pode ser uma injeção necessária diariamente, semanalmente, mensalmente ou outra base periódica, dependendo da concentração e quantidade de peptídeo cíclico, a taxa de liberação controlada dos materiais empregados e outros fatores conhecidos a um técnico do assunto.
6.3 FORMULAÇÕES ORAIS DE PEPTÍDEOS DA PRESENTE INVENÇÃO.
Em outro aspecto, os peptídeos da presente invenção são formulados para administração oral. O peptídeo é preferivelmente formulado e fabricado de modo que seja protegido entericamente, mais preferivelmente de modo que não seja liberado até o comprimido ou cápsula passar pelo estômago, e opcionalmente até parte do intestino delgado. No contexto desta aplicação entende-se que o termo “revestimento entérico” ou “material entérico” se refere a um revestimento ou material que passe pelo estômago intacto mas se desintegre rapidamente no intestino delgado para liberar a substância ativa. Uma solução de revestimento entérico que pode ser usada inclui ftalato de acetato celulose e opcionalmente outros ingredientes como hidróxido de amônia, triacetina, etil álcool, azul de metileno e água purificada. O ftalato de acetato celulose é um polímero que tem sido usado na indústria farmacêutica para revestir entericamente formas individuais de dosagem como comprimidos e cápsulas, e não é solúvel em um pH de menos de cerca de 5,8. Revestimentos entéricos incluindo ftalato de acetato celulose provêm proteção contra o ambiente ácido do estômago, mas começam a se dissolver no duodeno (pH cerca de 6 a 6,5) e são completamente dissolvidos no momento em que a forma de dosagem atinge o íleo (pH de 7 a 8). Além do ftalato de acetato celulose, outros materiais de revestimento entérico são conhecidos e podem ser usados com peptídeos da presente invenção, incluindo sem limitação o succinato de hidroxipropil metiletilcelulose, o ftalato de hidroxipropil metilcelulose, o ftalato de polivinil acetato e o copolímero metacrílico de ácido metil metacrilato. O revestimento entérico empregado promove a dissolução da forma de dosagem primariamente em um local fora do estômago, e pode ser selecionado de modo que o revestimento entérico se dissolva em um pH de aproximadamente no mínimo 6,0, mais preferivelmente em um pH de cerca de 6,0 a cerca de 8,0. Em um aspecto preferido, o revestimento entérico se dissolve e quebra na proximidade com o íleo.
Pode ser empregado qualquer dos vários aprimoradores de permeação para aumentar captação dos intestinos mediante a dissolução do revestimento entérico. Em outro aspecto, os aprimoradores de permeação aumentam os sistemas de transporte paracelular ou transcelular. Pode-se obter um aumento do transporte paracelular abrindo-se as junções apertadas das células; pode-se obter um aumento do transporte transcelular aumentando-se a fluidez da membrana celular. Exemplos representativos e não limitantes desses aprimoradores de permeação incluem queladores de cálcio, sais biliares (como colato de sódio) e ácidos graxos. Os peptídeos da presente invenção podem ser em uma forma de dosagem revestida entericamente que inclui um ácido graxo, como por exemplo oleato, palmitato, estearato, caprato de sódio ou ácido linoleico conjugado em uma cápsula revestida entericamente para aumentar o transporte paracelular. Em outro aspecto, a forma de dosagem individual, como um comprimido ou cápsula, opcionalmente inclui também ligadores farmacêuticos comuns como povidona, diluentes, glidantes, preenchedores como celulose microcristalina, lubrificantes como estearato de magnésio, desintegrantes como croscarmelose sódica, preservativos, colorantes e outros em tamanhos e quantidades comuns conhecidas. Em algumas realizações, peptídeos ou polipeptídeos que agem como substratos para proteases intestinais também são adicionados.
6.4 FORMULAÇÕES OFTÁLMICAS.
Em uma realização, doenças, indicações, condições e síndromes oculares, como doença do olho seco ou uveíte, podem ser tratadas com uma forma de dosagem oftálmica incluindo um ou mais peptídeos da presente invenção. A forma de dosagem oftálmica pode incluir um ou mais ingrediente ativos além de um ou mais peptídeos da presente invenção, como componentes de lágrima artificiais, corticosteroides tópicos, drogas anti-inflamatórias não esteroidais ou inibidores de calcineurina como ciclosporina-A (Restasis® - Allergan). Em uma realização correlata, um ou mais compostos podem ser dados separadamente de um ou mais peptídeos da presente invenção, como a administração separada de uma forma de dosagem oftálmica incluindo um componente artificial de lágrima, um corticosteroide tópico, drogas anti-inflamatórias não esteroidais, um inibidor de calcineurina como ciclosporina-A ou uma combinação dos anteriores.
6.5 ROTAS DE ADMINISTRAÇÃO.
Se a composição incluindo um ou mais peptídeos da presente invenção for administrada por injeção, a injeção pode ser intravenosa, subcutânea, intramuscular, intraperitoneal ou outro meio conhecido na técnica. Os peptídeos da presente invenção podem ser formulados por qualquer meio conhecido na técnica, incluindo sem limitação formulação na forma de comprimidos, cápsulas, comprimidos revestidos, suspensões, pós, preparações liofilizadas, supositórios, gotas oculares, patches, formulações orais solúveis, sprays, aerossóis e outros, e podem ser misturadas e formuladas com tampões, ligadores, excipientes, estabilizantes, antioxidantes e outros agentes conhecidos na técnica. De modo geral, qualquer rota de administração pela qual os peptídeos da invenção são introduzidos através de uma camada epidérmica de células pode ser empregada. Assim, os meios de administração incluem administração através de membranas da mucosa, administração bucal, administração oral, administração dérmica, administração por inalação, administração nasal, administração uretral, administração vaginal e outros.
6.6 QUANTIDADE TERAPEUTICAMENTE EFICAZ.
De modo geral, a quantidade real de peptídeo cíclico da presente invenção administrada a um paciente varia bastante dependendo do modo de administração, da formulação usada e da resposta desejada. A dosagem para tratamento é a administração, por qualquer um dos meios anteriores ou qualquer outro meio da técnica, de uma quantidade suficiente para se obter o efeito terapêutico desejado. Com isso, uma quantidade terapeuticamente eficaz inclui uma quantidade de um peptídeo ou composição farmacêutica da presente invenção que seja suficiente para atenuar terapeuticamente a disfunção sexual de um paciente ou prevenir ou retardar a ocorrência da disfunção sexual. De modo geral, os peptídeos cíclicos da presente invenção são altamente ativos. Por exemplo, o peptídeo cíclico pode ser administrado a cerca de 0,1, 0,5, 1, 5, 50, 100, 500, 1000 ou 5000 μg/kg de peso, dependendo do peptídeo específico selecionado, da resposta terapêutica desejada, da rota de administração, da formulação e de outros fatores conhecidos por técnicos do assunto.
7.0 PEPTÍDEOS DA PRESENTE INVENÇÃO.
Em outro aspecto, a invenção provê um heptapeptídeo cíclico que contém uma sequência de núcleo derivada de His- Phe-Arg-Trp em uma porção cíclica, e onde o aminoácido na primeira posição está fora da porção cíclica e tem uma cadeia lateral incluindo no mínimo um grupo de amina primária, guanidina ou ureia. Os aminoácidos representativos que podem estar na primeira posição incluem, sem limitação, Dap, Dab, Orn, Lys, Cit ou Arg. A sequência de núcleo derivada de His- Phe-Arg-Trp inclui D-Phe, D-Nal 1 ou D- Nal 2 não substituído na posição Phe, mas normalmente uma variedade de aminoácidos pode ser utilizada para os aminoácidos restante na sequência de núcleo. De modo geral, a posição His pode ser um Pro substituído ou não substituído, ou um aminoácido com uma cadeia lateral incluindo no mínimo uma amina primária, amina secundária, alquil, cicloalquil, cicloheteroalquil, aril, heteroaril, álcool, éter, sulfeto, sulfona, sufóxido, carbomil ou carboxil. A posição Arg pode ser um Pro substituído ou não substituído ou um aminoácido com uma cadeia lateral incluindo no mínimo uma amina primária, amina secundária, guanidina, ureia, alquil, cicloalquil, cicloheteroalquil, aril, heteroaril ou éter. A posição Trp pode ser um aminoácido com uma cadeia lateral incluindo no mínimo um aril ou heteroaril substituído ou não substituído.
Os peptídeos englobados nas fórmulas (I) e (II) contêm um ou mais elementos assimétricos como estereogênicos, eixos estereogênicos e outros, para que os peptídeos englobados na fórmula (I) possam existir em diferentes formas estereoisoméricas. Para os peptídeos específicos e genericamente descritos, incluindo os peptídeos englobados nas fórmulas (I) e (II), todas as formas de isômeros em todos os quirais ou outros centros isoméricos, incluindo enantiômeros e diastereômeros, deve ser englobados aqui. Os peptídeos da invenção incluem cada um múltiplos centros quirais e pode ser usado como mistura racêmica ou uma mistura enantiomericamente enriquecida, além do uso dos peptídeos da invenção em preparações enantiopuras. Normalmente, os peptídeos da invenção serão sintetizados com o uso de reagentes quiralmente puros, como L- ou D-aminoácidos especificados, utilizando reagentes, condições e métodos que mantenham a pureza enantiomérica, porém é possível e contemplado que possam ser feitas misturas racêmicas. Essas misturas racêmicas podem ser opcionalmente separadas utilizando-se técnicas conhecidas e um enantiômero individual pode ser usado. Em alguns casos e sob condições específicas de temperatura, os solventes e o pH em que os peptídeos podem existir em formas tautoméricas, cada forma tautomérica é contemplada como incluída nesta seja existindo em equilíbrio ou de forma predominantemente. Assim, um único enantiômero de um peptídeo da fórmula (I), que é uma forma oticamente ativa, pode ser obtido por síntese assimétrica, síntese de precursores oticamente puros ou por resolução dos racematos. A invenção pretende também incluir pró-fármacos dos presentes peptídeos, que na administração passam por conversão química por processos metabólicos antes de se tornarem peptídeos farmacológicos. De modo geral, essas pró-fármacos serão derivados funcionais dos presentes peptídeos, que são prontamente conversíveis in vivo em um peptídeo das fórmulas (I) ou (II) . Pró-fármacos são quaisquer compostos ligados covalentemente, que liberam a droga de peptídeo ativa das fórmulas (I) ou (II) in vivo. Procedimentos convencionais para seleção e preparação de derivados de pró-fármaco adequados são descritos, por exemplo, em Design of Prodrugs, ed. H. Bundgaard, Elsevier, 1985. Exemplos típicos de pró- fármacos têm grupos de proteção biologicamente instáveis em uma porção funcional, como por exemplo pela esterificação de funções de hidroxil, carboxil ou amino. Assim, a título de exemplo e sem limitação, um pró-fármaco inclui peptídeos da fórmula (I) em que uma forma de pró-fármaco de éster é empregada, como, ésteres de alquil inferiores de um grupo R da fórmula (I), em que R é -OH, em que os ésteres de alquil inferiores podem incluir de 1 a 8 carbonos em um radical de alquil ou ésteres de aralquil que tenham 6 a 12 carbonos em um radical de aralquil. De maneira geral, pró-fármacos incluem compostos que podem ser oxidados, reduzidos, aminados, deaminados, hidroxilados, deidroxilados, hidrolizados, deidrolizados, alquilados, dealquilados, acilados, deacilados, fosforilados ou desfosforilados para produzir uma droga mãe ativa de peptídeo da fórmula (I) in vi vo .
A invenção também inclui peptídeos que são idênticos aos recitados na fórmula (I), mas pelo fato de que um ou mais átomos mostrados na fórmula (I) são substituídos por um átomo tendo massa atômica ou número de massa diferente da massa atômica ou número de massa normalmente encontrada na natureza. Exemplos de isótopos que podem ser incorporados em compostos da invenção incluem isótopos de hidrogênio, 2 o T'V'1 2\ 22'i T~i "i "I- 2 2'i nr "i 2'i 2 et ví non í et 2 2 2 u 3 u 13 14 1 5^T 1 O \c CÍ r Qo 11 Qo , 11 i t r Qo ^g \ê 11 i Qo \e Qo i ^g \ê 11 i Qo , \c Qo 1L LQo 1H , 1H , ^C , ^C , LN , \O e 17O, respectivamente. Peptídeos da presente invenção e sais farmaceuticamente aceitáveis ou solvatos dos ditos compostos que contêm os isótopos acima mencionados e/ou outros isótopos de outros átomos estão dentro do escopo desta invenção.
Determinados compostos da presente invenção marcados isotopicamente, por exemplo, em que isótopos radioativos como 3H e 14C são incorporados, podem ter uso em uma variedade de ensaios, como em ensaios de distribuição de droga e/ou tecido de substrato. A substituição com isótopos mais pesados, como a substituição de um ou mais átomos de hidrogênio com deutério (2H) , pode prover vantagens farmacológicas em alguns casos, incluindo o aumento da estabilidade metabólica, os peptídeos marcados isotopicamente da fórmula (I) podem ser preparados geralmente pela substituição por um reagente marcado isotopicamente de um reagente não marcado isotopicamente.
8.0 TESTES E ENSAIOS EMPREGADOS NA AVALIAÇÃO DOS PEPTÍDEOS DA PRESENTE INVENÇÃO.
Os peptídeos específicos de receptor de melanocortina da presente invenção podem ser testados por uma variedade de sistemas de ensaio e modelos animais para determinar a ligação, status funcional e eficácia.
8.1 ENSAIO DE INIBIÇÃO COMPETITIVA UTILIZANDO [L125] -NDP-A-MSH.
O ensaio de ligação de inibição competitiva é feito utilizando-se homogenatos de membrana preparados de células HEK-293 que expressam hMC4-R, hMC3-R, ou hMC5-R recombinante, e de células de melanoma B-16 de camundongo (contendo MC1-R endógeno). Em alguns casos, foram empregadas células HEK-293 que expressam hMC1-R recombinante. Nos exemplos a seguir, todos os valores de MC3-R, MC4-R e MC5-R são para receptores recombinantes humanos. Os valores de MC1-R são para células de melanoma B-16 de camundongo, a menos que o título seja “hMC1-R”, nesse caso o valor é para MC1-R recombinante humano. Foram feitos ensaios em 96 placas de poços de filtração multitriagem GF/B Millipore (MAFB NOB10) pré- revestidos com 0,5% albumina de soro bovino (Fração V).
Homogenatos de membrana foram incubados com 0,2 nM (para hMC4-R), 0,4 nM (para MC3-R e MC5-R) ou 0,1 nM (para camundongo B16 MC1-R ou hMC1-R) [l125]-NDP-α-MSH (Perkin Elmer) e aumentando-se as concentrações de peptídeos de teste da presente invenção em um tampão contendo 25 mM tampão HEPES (pH 7,5) com 100 mM NaCl, 2 mM CaCl2, 2 mM MgCl2, 0,3 mM 1,10-fenantrolina e 0,2% albumina de soro bovino. Após incubação por 60 minutos a 37° C, a mistura de ensaio foi filtrada e as membranas lavadas três vezes com tampão gelado. Os filtros foram secos e contados em um contador gama quanto à radioatividade de ligação. A ligação não específica foi medida pela inibição de ligação de [l125]-NDP-α-MSH na presença de 1 μM NDP-α-MSH. A ligação específica máxima (100%) foi definida como a diferença da radioatividade (cpm) ligada às membranas celulares na ausência e presença de 1 μM NDP-α-MSH. A radioatividade (cpm) obtida na presença dos compostos de teste foi normalizada com relação a 100% de ligação de específica para determinar a porcentagem de inibição de ligação de [l125]-NDP-α-MSH. Cada ensaio foi conduzido em triplicada e os valores médios reais são descritos, com resultados de menos de 0% relatados como 0%. Os valores Ki dos peptídeos de teste da presente invenção foram determinados utilizando-se software de encaixe de curva Graph-Pad Prism®.
8.2 ENSAIO COMPETITIVO DE LIGAÇÃO UTILIZANDO EU- NDP-A-MSH..
Alternativamente, foi feito um ensaio de ligação de inibição competitiva utilizando-se Eu-NDP-α-MSH (PerkinElmer Life Sciences n° catálogo AD0225) com determinação por fluorometria resolvida por tempo (TRF) do quelato de lantanídeo. Em estudos de comparação com [l125]-NDP-a-MSH, os mesmos valores, com intervalos de erro experimentais, foram obtidos para porcentagem e inibição e Ki. Normalmente, os experimentos de competição para determinar os valores Ki foram conduzidos pela incubação de homogenatos de membrana preparados de células HEK-293 que expressam hMC4-R recombinante com 9 diferentes concentrações de compostos de teste de interesse e 2 nM de Eu-NDP-a-MSH em uma solução contendo 25 mM tampão HEPES com 100 mM NaCl, 2 mM CaCl2, 2 mM MgCl2 e 0,3 mM 1,10-fenantrolina. Após incubação por 90 minutos a 37°C, a reação foi parada por filtração em placas de filtro de 96 poços AcroWell (Pall Life Sciences) . As placas de filtro foram lavadas 4 vezes com 200 μL de salina de tampão de fosfato gelada. Foi adicionada solução de aprimoramento DELFIA (PerkinElmer Life Sciences) em cada poço. As placas foram incubadas em um agitador por 15 minutos e lidas a 340 nm de excitação e 615 nm de emissão de comprimentos de onda. Cada ensaio foi conduzido em duplicata e foram utilizados os valores médios. Os valores Ki foram determinados por software de encaixe de curva com Graph-Pad Prism® utilizando-se um modelo de ligação de competição de inclinação fixa em um local.
8.3 ENSAIO COMPETITIVO DE LIGAÇÃO UTILIZANDO [I125J- AGRP (83-132) .
Estudos de ligação competitiva utilizando [I125J- AgRP (83-132) são conduzidos utilizando-se homogenatos de membrana isolados das células que expressam hMC4-R. Os ensaios foram feitos em placas de filtração multitriagem de 96 poços GF/B Millipore (MAFB NOB10) pré-revestidos com 0,5% albumina de soro bovino (Fração V) . A mistura do ensaio continha 25 mM tampão HEPES (pH 7,5) com 100 mM NaCl, 2 mM CaCl2, 2 mM MgCl2, 0,3 mM 1,10-fenantrolina, 0,5% albumina de soro bovino, homogenatos de membrana, radioligante [I125J-AgRP (83-132) (Perkin Elmer) e aumento de concentrações de peptídeos da presente invenção em um volume total de 200 μL. A ligação foi medida em concentrações de radioligante de 0,2 nM. Após incubação por 1 hora a 37°C, a mistura de reação foi filtrada e lavada com tampão de ensaio contendo 500 mM NaCl. Os discos secos foram retirados da placa e contados em um contador gama. Os valores Ki dos peptídeos de teste da presente invenção foram determinados utilizando-se software de encaixe de curva Graph-Pad Prism®.
8.4 ENSAIO SOBRE ATIVIDADE AGONISTA.
O acúmulo de cAMP intracelular foi examinado como uma medição da habilidade dos peptídeos da presente invenção de causar uma resposta funcional nas células HEK-293 que expressam MC4-R. As células HEK-293 confluentes que expressam hMC4-R recombinante foram retiradas das placas de cultura por incubação em tampão de dissociação de célula livre de enzima. As células dispersadas foram suspensas em solução salina equilibrada de Earle contendo 10 mM HEPES (pH 7,5), 1 mM MgCl2, 1 mM glutamina, 0,5% albumina e 0,3 mM 3-isobutil-1- metil-xantina (IBMX), um inibidor de fosfodiesterase. As células foram colocadas em placas de 96 poços em uma densidade de 0,5 x 105 células por poço e pré-incubadas por 10 minutos. As células foram expostas por 15 minutos a 37°C para peptídeos da presente invenção dissolvidos em DMSO (concentração final de DMSO de 1%) em um intervalo de concentração de 0,05 a 5000 nM em um volume total de ensaio de 200 μl. NDP-α-MSH foi usado como agonista de referência. Os níveis de cAMP foram determinados por um sistema de ensaio à base de células ® cAMP HTRF da Cisbio Bioassays utilizando anti-cAMP marcado com criptato e cAMP marcado com d2, com placas lidas em um leitor Perkin-Elmer Victor a 665 e 620 nM. A análise dos dados foi feita por análise de regressão não linear com software Graph-Pad Prism®. A eficácia máxima dos peptídeos de teste da presente invenção foi comparada com a atingida pelo agonista de melanocortina de referência NDP- αMSH.
8.5 MUDANÇA DE INGESTÃO DE ALIMENTO E PESO CORPORAL.
A mudança de ingestão de alimento e peso corporal foi avaliada por peptídeos selecionados administrados por rotas de injeção intravenosa (IV) ou subcutânea. Ratos machos Sprague-Dawley foram obtidos da Hilltop Lab Animals, Inc. (Scottsdale, PA) ou de outros fornecedores. Os animais foram colocados individualmente em gaiolas convencionais de poliestireno e mantidos em um ciclo controlado de 12 horas com luz acesa/apagada. Foram oferecidos água e comida em pellets à vontade. Os ratos receberam por via intravenosa veículo ou peptídeos selecionados (0,3 a1,0 mg/kg) ou receberam por via subcutânea veículo ou peptídeos selecionados (doses de até 30 mg/kg) . As alterações de peso corporal e a ingestão de alimento no período de 24 horas após a dosagem foram determinadas. As alterações de peso corporal e ingestão de alimento nos períodos de 48 horas e 72 horas após a dosagem também podem ser medidas para se determinar a reversão do efeito de alteração no peso corporal e ingestão de alimento de volta aos níveis do basal.
8.6 INDUÇÃO DE EREÇÃO PENIANA.
A habilidade dos peptídeos da presente invenção de induzir ereção peniana (EP) em ratos machos foi avaliada com os peptídeos selecionados. Ratos machos Sprague-Dawley pesando 250 a 300 g foram mantidos em um ciclo de luz acesa/apagada por 12 horas, com alimento e água à vontade. Todos os estudos comportamentais foram feitos entre 9h da manhã e 4h da tarde. Grupos de 6 a 8 ratos receberam peptídeos em uma variedade de doses por via intravenosa.
Imediatamente após o tratamento, os ratos foram colocados em gaiolas individuais de poliestireno (27 cm de comprimento, 16 cm de largura e 25 cm de altura) para observação comportamental, normalmente por monitoramento 5 remoto em vídeo. Os ratos foram observados por uma hora, e o número de bocejos, lambidas e ereções penianas foi registrado a cada 10 minutos.
9.0 EXEMPLOS.
A invenção é demonstrada pelos exemplos não 10 limitantes a seguir: 9.1 Peptídeos das estruturas a seguir foram sintetizados pelos métodos gerais acima descritos e foram determinadas médias de valores MC4-R Ki para peptídeos, conforme indicado. Todos os valores Ki foram determinados 15 utilizando-se [l125]-NDP-a-MSH a menos que marcado com “*”, no qual os valores foram determinados utilizando-se Eu-NDP-a- MSH. Os valores Ki indicados com “ND” não foram determinados.
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Os peptídeos de números 126 a 129 foram testados em ensaios funcionais. O peptídeo No 126 foi determinado como um agonista em MC4-R, com atividade intrínseca de 101% em MC4-R onde NDP-a- MSH é 100%, e com EC50 de 0,047 nM (média de três estudos). O peptídeo No 127 foi determinado como um agonista em MC4-R, com atividade intrínseca de 98% em MC4-R onde NDP- a-MSH é 100%, e com EC50 de 0,06 nM (média de dois estudos) . O peptídeo No 128 foi determinado como um agonista em MC4-R, com atividade intrínseca de 95% em MC4-R onde NDP-a-MSH é 100%, e com EC50 de 0, 073 nM (média de três estudos) . O peptídeo No 129 foi determinado como um agonista em MC4-R, com atividade intrínseca de 96% em MC4-R onde NDP-a-MSH é 100%, e com EC50 de 0, 065 nM (média de dois estudos) . Assim, para os quatro peptídeos na série, os valores de EC50 estavam na ordem de uma e uma vez e meia a duas vezes menor do que os valores Ki.
O peptídeo No 1 foi avaliado quanto à ligação em comparação com MC1-R, MC3-R e MC4-R em estudos competitivos utilizando NDP-a-MSH marcado com Eu e descobriu um valor Ki de 4 nM em MC4-R (média de seis estudos), um valor Ki de 4 nM para MC1-R (média de quatro estudos) e um valor Ki de 103 nM para MC3-R (média de cinco estudos). Em estudos competitivos utilizando [l125]-NDP-a-MSH, descobriu-se que o peptídeo No 1 tem um valor Ki de 2 nM em MC4-R (um estudo), 25 nM em MC3-R (um estudo) e 3 nM em MC1-R (um estudo). Em estudos funcionais, o Peptídeo No 1 foi determinado como sendo um agonista, com atividade intrínseca de 91% em MC4-R onde NDP- a-MSH é 100%, e com EC50 de 1 nM (média de três estudos).
Em estudos de alimentação com ratos, utilizando o bremelanotide (um agonista não específico de MC4-R da fórmula Ac-Nle-ciclo(Asp-His-D-Phe-Arg-Trp-Lys)-OH)) como controle positivo, foi descoberto que o peptídeo No 1 reduz a ingestão de alimento e diminui a taxa de alteração do peso corporal. Utilizando os métodos acima descritos, grupos de 8 ratos, cada rato recebendo 1 mg/kg de bremelanotide, 0,3 mg/kg de peptídeo No 1, 1 mg/kg de peptídeo No 1 ou veículo com controle. Nos períodos de hora 0-2, 0-4 e 0-20, a queda do consumo de alimento dos ratos que receberam 0,3 ou 1 mg/kg do peptídeo No 1 foi estatisticamente significante em comparação com o controle. A porcentagem de alteração do peso corporal na hora 0-20 também foi estatisticamente significante em comparação com o controle no grupo que recebeu 1 mg/kg de peptídeo No 1.
Em estudos de ereção peniana em ratos, novamente usando o bremelanotide como controle positivo, descobriu-se que o peptídeo No 1 resulta em um aumento estatisticamente significante, em comparação com o veículo, das ereções espontâneas observadas quando por administração intravenosa em doses de 0,3 ou 1 mg/kg.
O peptídeo No 16 foi avaliado quanto à ligação em comparação com MC1-R, MC3-R e MC4-R em estudos competitivos utilizando NDP-a-MSH marcado com Eu, e descobriu-se um valor Ki de 25 nM em MC4-R (média de dois estudos), um valor Ki de 323 nM para MC1-R (um estudo) e um valor Ki de 1055 nM para MC3-R (um estudo) . Em estudos funcionais, o Peptídeo No 16 foi determinado como sendo um agonista parcial, com atividade intrínseca de 42% em MC4-R onde NDP-a-MSH é 100%, e com EC50 de 40 nM (média de cinco estudos). Em estudos de alimentação com ratos, utilizando o bremelanotide como controle positivo, descobriu-se que o peptídeo No 16 reduz a ingestão de alimento e diminui a taxa de alteração do peso corporal. Utilizando-se os métodos conforme descritos acima, grupos de 8 ratos com cada rato recebendo 1 mg/kg bremelanotide, 0,3 mg/kg de peptídeo No 16, 1 mg/kg de peptídeo No 16 ou veículo com controle. Nos período de hora 0-2, 0-4 e 0-20, a diminuição do consumo de alimento em ratos que receberam 1 mg/kg de peptídeo No 16 foi estatisticamente significante em comparação ao controle, e nos períodos de hora 0-2 e 0-4, a diminuição do consumo de alimento em ratos que receberam 0,3 mg/kg de peptídeo No 16 foi estatisticamente significante em comparação ao controle. A porcentagem de alteração do peso corporal na hora 0-20 também foi estatisticamente significante em comparação ao controle no grupo que recebeu 1 mg/kg de peptídeo No 1.
O Peptídeo No 32 foi avaliado quanto à ligação em comparação com MC1-R e MC4-R em estudos competitivos utilizando NDP-a-MSH marcado com Eu, e foi descoberto um valor Ki de 24 nM em MC4-R (média de seis estudos) e um valor Ki de 673 nM para MC1-R (média de três estudos) . Em estudos competitivos utilizando [l125]-NDP-a-MSH, descobriu-se que o peptídeo No 32 tem um valor Ki de 13 nM em MC4-R (dois estudos), 340 nM em MC3-R (um estudo) e 133 nM em MC1-R (dois estudos). Em estudos funcionais, o Peptídeo No 32 foi determinado como sendo um agonista, com atividade intrínseca de 98% em MC4-R onde NDP-a-MSH é 100%, e com EC50 de 17 nM (média de oito estudos).
Em estudos de ereção peniana em ratos, novamente utilizando o bremelanotide como controle positivo, mas com administração subcutânea do peptídeo No 32, foi observado que o peptídeo No 32 resulta em aumento de ereções espontâneas 5 observas quando administrado em doses de 1, 3 ou 10 mg/kg, mas menos do que as ereções espontâneas observadas com 1,0 mg/kg de bremelanotide administrado por via intravenosa.
Embora a invenção tenha sido descrita em detalhes com referência específica a essas realizações preferidas, 10 outras realizações podem alcançar os mesmos resultados.
Variações e modificações da presente invenção serão evidentes para técnicos no assunto e aqui se pretende englobar todas essas modificações e equivalências. Todas as revelações de todas as referências, aplicações, patentes e publicações 15 acima citadas são aqui incorporadas por meio de referência.

Claims (4)

1. PEPTÍDEO CÍCLICO OU UM ACEITÁVEL DO MESMO, caracterizado estruturas:
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2. PEPTÍDEO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender
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3. COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA, caracterizada por compreender um peptídeo cíclico, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, e um veículo farmaceuticamente aceitável.
4. USO DA COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA, conforme definida na reivindicação 3, caracterizado por ser para a fabricação de um medicamento para tratamento terapêutico e/ou profilático de uma disfunção sexual.
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