BRPI1002087B1 - Uso de alfa-1-antitripsina para a preparação de medicamentos para o tratamento da síndrome da fadiga crônica - Google Patents

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Abstract

uso de alfa-1-antitripsina para a preparação de medicamentos para o tratamento da síndrome da fadiga crônica. a presente invenção refere-se ao uso de aífa-1-antitripsina para a preparação de medicamentos eficazes para o tratamento da síndrome da fadiga crônica. além disso, a presente invenção refere-se ao uso de plasma ou de outras formas terapêuticas com um teor de alfa-1-antitripsina suficiente para obter uma dose de 6 mg ou mais de alfa-1-antitripsina por kg de peso corporal em uma frequência entre 1 e 31 dias.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para USO DE ALFA-1-ANTITRIPSINA PARA A PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA O TRATAMENTO DA SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA.
Descrição
A presente invenção refere-se ao uso de alfa-1-antitripsina para a preparação de medicamentos eficazes para o tratamento da síndrome da fadiga crônica.
Antecedentes
Síndrome da fadiga crônica (CFS) é um distúrbio complexo, definido pelos critérios internacionais Fukuda (Fukuda K, et al., The chronic fatigue syndrome: a comprehensive approach to its definition and study, Ann Intern Med. 1994; 121: 953-959) sob a supervisão do Atlanta Center for Disease Control (CDC). De acordo com estes critérios, o diagnóstico da CFS é baseado em dois critérios principais que estão sendo cumpridos e a coexistência de um mínimo de quatro critérios secundários.
Critérios principais
1. Persistente cansaço físico e mental durante pelo menos seis meses, ou de um caráter intermitente, de começo novo ou definido, que não resulta de recentes esforços, não é aliviado pelo repouso, e piora com a atividade, e que provoca uma redução substancial nos níveis anteriores do paciente da atividade diária, que no final das contas o paciente não consegue superar.
2. Exclusão de outros distúrbios que podem causar fadiga crônica, tais como distúrbios endócrinos, infecciosos, neoplásicos e/ou psiquiátricos.
Critérios secundários
Quatro ou mais dos seguintes critérios secundários devem estar presentes concomitantemente, todos com duração de seis meses ou mais após a apresentação da fadiga:
- Prejuízo na concentração ou memória de curto prazo.
- Odinofagia.
- Adenopatias dolorosas cervical ou axilares.
- Mialgia.
- Poliartralgia sem sinais de inflamação.
- Dores de cabeça de início recente ou com características diferentes do habitual.
- Sono não reparador.
- Mal-estar pós esforço que dura mais do que 24 horas.
Entre os distúrbios que podem ser confundidos com a CFS está a fibromialgia (FM), que é uma síndrome caracterizada por sintomas de dor generalizada crônica musculoesquelética que não é de origem articular. De acordo com os critérios de classificação do American College of Rheumatology (The American College of Rheumatology,1990, Criteria for the Classification of Fibromyalgia. Report of the Multicenter Criteria Committee, Arthritis Rheum 1990; 33(2): 160-172) as duas características básicas para o diagnóstico de FM são:
1) a presença de dor generalizada que dura mais de três meses;
2) sensibilidade anormal à pressão digital de aproximadamente 4 kg em pelo menos 11 dos 18 pontos específicos, conhecidos como pontos sensíveis. Além da dor, os pacientes com FM experimentam alguns dos seguintes sintomas: distúrbios do sono, síndrome do intestino irritável, anquilose e rigidez, dores de cabeça ou face, mal-estar abdominal, bexiga irritável, parestesias, dormência ou comichão, dores no peito e costocondralgia (dor muscular onde as costelas se juntam ao esterno), tonturas e náuseas, etc. Os sintomas tendem a flutuar e não necessariamente ocorrem simultaneamente.
As FM e CFS são dois distúrbios diferentes, mas com apresentação e sintomas muito similares, isto freqüentemente confundindo os nãoespecialistas, apesar de que, eles podem coexistir em muitos pacientes. Quase 80% dos portadores de CFS satisfazem os critérios de classificação de FM, embora apenas de 7 a 10 % dos pacientes com FM alcançam aqueles com CFS. O diagnóstico diferencial entre as duas e a eliminação de outras possíveis causas de dor e fadiga é fundamental para uma abordagem correta de diagnóstico, prognóstico e terapêutica.
A CFS afeta predominantemente adultos jovens, com um pico de início entre 20 e 40 anos. É de 2 a 3 vezes mais comum em mulheres do que em homens (Lloyd AR, et al., Prevalence of chronic fatigue syndrome in an Australian population, Med J Aug 1990; 153: 522-528), embora esta relação pode ser devido às mulheres procurarem atendimento médico em todos os níveis com maior frequência (Henderson AS., Care-eliciting behavior in man, J Nerv Ment Dis 1974; 159: 172-181). A prevalência de CFS da população é entre 0,4 e 2,5 % (White PD, et al., Protocol for the PACE trial: a randomised controlled trial of adaptive pacing, cognitive behaviour therapy, and graded exercise, as supplements to standardised specialist medicai care versus standardised specialist medicai care alone for patients with the chronic fatigue syndrome/myalgic encephalomyelitis or encephalopathy, BMC Neurol 2007, 7: 6). Nos Estados Unidos e no Reino Unido, quatro estudos fornecem uma estimativa de 0,2 % a 0,7 %, em outras palavras, de 200 a 700 casos por 100.000 pessoas. No Japão, uma prevalência de 1,5 % foi registrada. Em geral, as estimativas de prevalência para a CFS foram entre 0,5 % e 2,5 % nos centros de tratamento primário, dependendo da intensidade da avaliação médica, psiquiátrica e laboratorial (The Royal Australasian College of Physicians. Chronic Fatigue Syndrome. Clinicai Practice Guidelines 2002).
O prognóstico para a recuperação da CFS é extremamente fraco e atualmente não existe um tratamento universal que tenha sido demonstrado ser uma opção eficaz para o tratamento da CFS (Hill NF, et al., Natural history of severe chronic fatigue syndrome, Arch Phys Med Rehabil 1999; 80(9): 1090-1094). Portanto, como as coisas estão, o principal objetivo terapêutico é baseado no alívio dos sintomas. Alguns dos tratamentos oferecidos incluem: terapia cognitivo-comportamental, terapia de exercícios graduados, intervenção farmacológica (tal como antiviral, antidepressivo, sedativo, analgésico, anti-inflamatório e outros medicamentos) e suplementos nutricionais. No entanto, estas intervenções muitas vezes não produzem o benefício mínimo considerado necessário em muitos pacientes com CFS (Afari N, et al., Chronic fatigue syndrome: a review, Am J Psychiatry, 2003; 160(2):
221-236 / Rimes KA, et al, Treatments for Chronic Fatigue Syndrome, Occupational Medicine 2005: 5(1); 32-39). Portanto, fica claro que existe uma necessidade de medicamentos eficazes para o tratamento do CFS.
A CFS é uma doença multissistêmica da qual a etiologia ou fator desencadeante não é conhecido, embora existam várias hipóteses como a dos agentes causais: defeitos genéticos, anormalidades do sistema nervoso central, irregularidades neuromusculares e metabólicas, fatores psicológicos, agentes tóxicos, infecções e desequilíbrios imunológicos devido à ativação crônica do sistema imune (Afari N, etal., Chronic fatigue syndrome: a review, Am J Psychiatry, 2003; 160(2): 221-236). Especificamente, com base no estado imunológico cronicamente ativado, alguns autores sugeriram que as anormalidades clínicas e imunológicas observadas na CFS podem incluir defeitos na via de defesa 2-5A induzidos por interferons (Englebienne P, et al., Chronic Fatigue Syndrome. A Biological Approach, CRC Press LLC, 2002).
Os interferons (IFNs) são proteínas produzidas naturalmente pelo sistema imune em resposta aos agentes externos tais como bactérias, vírus e parasitas, e células cancerosas. Os dois produtos mais significativos para a estimulação de IFN são a proteína cinase R (PKR) e ribonuclease L (RNase L). A PKR inibe a translação do mRNA viral enquanto que a RNase L desliga a dsRNA. O objetivo final de ambas as proteínas é induzir a apoptose dos agentes infecciosos.
Em 1994 Suhadolnik, et al. (Upregulation of the 2-5A synthetase/RNase L antiviral pathway associated with chronic fatigue syndrome, Clin Infect Dis 1994; 18 (Suppl. I): S96-S104) descobriu que as células mononucleares do sangue periférico (PBMC) de pacientes com CFS tinham RNase L hiperativa com uma massa molar de 37 kDa, produzida pela proteólise da forma nativa de 83 kDa RNase L. Mais tarde, De Meirleir, et al. (A 37 kDa 2-5A binding protein as a potential biochemicai marker for chronic fatigue syndrome, Am J Med 2000; 108(2): 99-105) observou que a relação entre a concentração da molécula de 37 kDa e da molécula de 83 kDa em PBMC foi útil para diferenciar os pacientes com CFS daqueles que sofrem de FM ou depressão principal.
Os pacientes com CFS apresentam muitos sintomas que são característicos das disfunções de transporte do canal iônico. O potencial para a interrupção dos canais iônicos em pacientes com CFS foi levado em conta quando foi determinado que o inibidor de RNase L (RLI) pertenciam à superfamília ABC de transportadores de canal iônico. O RLI desativa a RNase L mediante a combinação com os domínios de ancirina presentes na RNase L. A eliminação do domínio de ancirina durante a fragmentação de RNase L, visto em pacientes com CFS, sugeriu que estes fragmentos de ancirina podem ser capazes de interagir e interromper o funcionamento normal dos canais de íon. Uma disfunção destes transportadores deveria explicar muito dos sintomas observados nos pacientes com CFS: suores noturnos, sarcoidose, hipersensibilidade química, disfunção dos macrófagos, deficiência do sistema imunológico, transporte de monoamina interrompido, sensibilidade aumentada à dor, dominância de Th2, anomalias do sistema nervoso central, problemas de visão, perda de potássio nos músculos, hipoglicemia transitória e depressão (Englebienne P, et al., Interactions between RNase L, ankyrin domain and ABC transporters as a possible origin of pain, ion transport, CNS and immune disorders of chronic fatigue immune dysfunc20 tion syndrome, J Chronic Fatigue Syndrome 2001; 8 (3/4): 83-102).
Elastase, catepsina-G e m-calpaína são enzimas capazes de provocar a proteólise ou fragmentação da RNase L (Englebienne P, et al., Interactions between RNase L, ankyrin domain and ABC transporters as a possible origin of pain, ion transport, CNS and immune disorders of chronic fatigue immune dysfunction syndrome, J Chronic Fatigue Syndrome 2001, 8 (3/4): 83-102 / Demetre E, et al., Ribonuclease L proteolysis in peripheral blood mononuclear cells of chronic fatigue syndrome patients, J Biol Chem 2002: 20; 277(38): 35746-35751). Estas três proteases estão envolvidas nos mecanismos de defesa contra agentes patogênicos e nos processos inflama30 tórios, e elas são, portanto, frequentemente observadas em concentrações anormalmente elevadas durante uma resposta inflamatória. No caso da CFS, constatou-se que os pacientes que sofrem deste distúrbio geralmente possuem altas concentrações de elastase (Demetre E, etal., Ribonuclease L proteolysis in peripheral blood mononuclear cells of chronic fatigue syndrome patients, J Biol Chem 2002: 20; 277(38): 35746-35751 / Nijs J, et al. Chronic fatigue syndrome: exercise performance related to immune dysfunction, Med
Sei Sports Exerc 2005; 37(10): 1647-1654).
Demetre E, et al. demonstraram que a elastase possui um papel significativo na degradação da RNase L, quando eles provaram que um inibidor específico da elastase foi capaz de inibir, em grande parte, a proteólise da RNase L em uma cultura de PBMC de pacientes com CFS.
Confrontados com a necessidade de encontrar medicamentos eficazes para o tratamento da CFS, os inventores empreenderam investigações e testes em profundidade muito extensos que resultaram na presente invenção, que é baseada no uso de alfa-1-antitripsina (AAT) para a preparação de medicamentos para o tratamento da CFS.
Descrição da invenção
A alfa-1-antitripsina (AAT) é uma glicoproteína secretada nos hepatócitos, e está normalmente presente em altas concentrações no soro e na maioria dos tecidos, onde atua como um inibidor da serina protease. Os valores de referência para a AAT no soro de indivíduos saudáveis são de
0,83 a 2,00 g/l (Kratz A, et al., Laboratory Reference Values, N Engl J Med
2004; 315(15): 1548-1563). À parte de sua atividade como um inibidor de protease, a AAT tem sido descrita como possivelmente tendo uma função biológica anti-inflamatória importante, visto que possui uma capacidade significativa de inibir muitos mediadores de inflamação e radicais de oxidação (Brantly M., Alphal-antitrypsin: not just an antiprotease: extending the halflife of a natural anti-inflammatory molecule by conjugation with polyethylene glycol, Am J Respir Cell Mol Biol 2002; 27(6): 652-654).
A deficiência de AAT é uma doença hereditária que principalmente provoca enfisema pulmonar nos estágios iniciais da vida adulta (30 a
40 anos). A segunda manifestação mais freqüente é a doença do fígado, que pode afetar recém-nascidos, crianças e adultos. Menos frequente é uma doença inflamatória da pele conhecida como paniculite necrotizante (American
Thoracic Society/European Respiratory Society Statement: Standards for the diagnosis and management of individuais with alpha-1 antitrypsin deficiency, Am J Respir Crit Care Med 2003; 168; 818-900).
Atualmente, concentrados terapêuticos de AAT, preparados pelo 5 fracionamento de plasma de sangue humano, que é usado na terapia de substituição de AAT para o tratamento de indivíduos com uma deficiência desta proteína e enfisema pulmonar associada. Estes concentrados foram mostrados de ser bioquimicamente eficazes no aumento da concentração sérica de AAT acima dos níveis mínimos considerados protetores (11 pmol/l) (Wewers MD, et al., Replacement therapy for alphal-antitrypsin deficiency associated with emphysema, New Eng J Med 1987; 316: 1055-1062). Além disso, vários estudos clínicos sugerem que a terapia de substituição de AAT é clinicamente eficaz em retardar a progressão do enfisema pulmonar e reduzir a mortalidade (Seersholm N, et al., Does alpha-1-antitrypsin augmenta15 tion therapy slow the annual decline in FEV1 in patients with severe hereditary alpha-1-antitrypsin deficiency?, Eur Respir J 1997; 10: 2260-2263 / The Alpha-1-Antitrypsin Deficiency Registry Study Group, Survival and FEV1 decline in individuais with severe deficiency of alpha-1-antitrypsin, Am J Respir Crit Care Med 1998; 158: 49-59).
A extensa experiência clínica em terapia de substituição de AAT confirma que os concentrados terapêuticos de AAT provenientes do plasma humanos possuem um excelente perfil de segurança (Wencker M, et al., Long term treatment of alpha-1-antitrypsin deficiency-related pulmonary emphysema with human alpha-1-antitrypsin, Eur Respir J 1998; 11: 428-433 /
American Thoracic Society/European Respiratory Society Statement: Standards for the diagnosis and management of individuais with alpha-1 antitrypsin deficiency, Am J Respir Crit Care Med 2003; 168: 818-900).
Para verificar se a inibição da elastase por AAT podería impedir a degradação de RNase L, os inventores realizaram vários estudos utilizan30 do cultura de PBMC in vitro de pacientes com a CFS juntamente com concentrados de AAT. Com base nestes estudos, os inventores estabeleceram que os extratos de PBMC de pacientes com CFS apresentam atividade au8 mentada de elastase, muito maior do que aquela dos extratos de PBMC de indivíduos saudáveis. Os extratos de PBMC de seis indivíduos saudáveis mostraram uma atividade média de elastase de 81 U/mg de extrato (CV = 38,9), com um mínimo-máximo de 51 a 125 U/mg de extrato, enquanto que os extratos de PBMC de oito pacientes com CFS apresentaram uma atividade média de elastase de 322 U/mg de extrato (CV = 30,5), com um mínimomáximo de 193 a 453 U/mg de extrato.
Os inventores também descobriram que a AAT foi capaz de substancialmente inibir a atividade de elastase intracelular das culturas de
PBMC de pacientes com CFS. As PBMCs de 10 pacientes com CFS foram cultivadas durante 12 horas na ausência e na presença de duas concentrações diferentes de AAT: 3 g/l e 6 g/l. Os resultados obtidos para a porcentagem de inibição da atividade da elastase no controle sem AAT foram os seguintes: para a cultura de AAT de 3 mg/ml, a atividade de elastase intracelu15 lar foi inibida por uma média de -87,2 % (CV = 0,09), com um mínimomáximo de -75,3 a -95,4 %; para a cultura de AAT de 6 mg/ml, a atividade intracelular foi inibida por uma média de -91,0 % (CV = 0,08), com um mínimo-máximo de 76,1 a 97,4 %.
Além disso, os inventores estabeleceram que a AAT impediu a degradação de 83 kDa RNase L, para gerar a forma hiperativa de 37 kDa RNase L, em culturas de PBMC de pacientes com CFS. As PBMCs de dois indivíduos saudáveis e as PBMCs de dois pacientes com CFS foram cultivadas durante 12 horas na ausência e na presença de 3 g/l de AAT. Nas culturas de PBMC dos dois indivíduos saudáveis, nenhuma diferença significativa foi observada na análise de degradação de RNase L entre as duas culturas. Após a cultura de PBMC sem AAT, a relação de 83 kDa RNase L para 37 kDa RNase L foi de 0,3 e 0,4, enquanto que após a cultura com AAT, a relação de 83 kDa RNase L para 37 kDa RNase L foi de 0,2 e 0,3, respectivamente. Ambos os valores ficaram abaixo do limite de 0,5 considerado como a marcação de proteólise de 83 kDa RNase L. Nas culturas de PBMC de pacientes com CFS, constatou-se que na presença de AAT, a degradação de RNase L diminuiu em 80 %. Seguinte a cultura de PBMC sem AAT de r\ dois pacientes com CFS, a relação de 83 kDa RNase L para 37 kDa RNase L foi de 1,4 e 2,4 enquanto que seguinte a cultura com AAT, a relação de 83 kDa RNase L para 37 kDa RNase L foi de 0,2 e 0,6, respectivamente.
Os presentes inventores descobriram que a AAT ativou a expressão de genes envolvidos na via sintetase 2-5A de modo que a administração de AAT exógena pode restabelecer a atividade normal de RNase L e impedir a sua proteólise nas PBMCs de pacientes com CFS. As PBMCs de seis pacientes com CFS foram cultivadas na ausência e na presença de duas diferentes concentrações de AAT: 0,5 g/l e 3,0 g/l. Em seguida, o RNA foi extraído e analisado com o sistema Genechips Human Genome U133 Plus 2.0 (Affymetrix). A expressão do gene que codifica a sintetase de 2,5oligoadenilato, a enzima responsável pela síntese de moléculas 2-5A, e, portanto, ativadores RNase L, aumentou 2,9 e 3,2 vezes nas culturas com 0,5 g/l e 3,0 g/l de AAT respectivamente, em comparação com as culturas na ausência de AAT. Portanto, a estimulação da expressão da 2,5oligoadenilato sintetase pela AAT, pode re-estabelecer a atividade da própria RNase L e ao mesmo tempo ajudar a prevenir a sua proteólise.
Os inventores também descobriram que a AAT inibiu a expressão das metalotioninas e, portanto, a administração da AAT exógena pode reduzir a ativação de vias pró-inflamatórias das PBMCs de pacientes com CFS. As PBMCs de seis pacientes com CFS foram cultivadas na ausência e na presença de duas diferentes concentrações de AAT: 0,5 g/l e 3,0 g/l. Logo depois, o RNA foi extraído e analisado com o sistema Genechips Human Genome U133 Plus 2.0 (Affymetrix). Os resultados foram apresentados como a relação entre a expressão de genes na presença de AAT em comparação com a expressão de genes na ausência de AAT. A expressão de vários genes que codificam a metalotioninas foi reduzida seguinte as culturas na presença de AAT. Especificamente, a expressão de metalotionina 2A, metalotionina 1X, metalotionina 1H, metalotionina 1F e metalotionina 1E diminuiu em média 2,2 e 4,5 vezes nas culturas com 0,5 g/l e 3,0 g/l de AAT respectivamente em comparação com as culturas na ausência de AAT. Conforme descrito, uma deficiência de metalotionina reduz a produção de citocinas pró-inflamatórias (IL1b, IL6, TNFa) (Itoh N, et al., Cytokine-induced metallothionine expression and modulation of cytokine expression by metallothionine, Yakugaku Zasshi 2007; 127(4): 685-694). Assim, a inibição da expressão causada por AAT pode produzir o mesmo efeito e reduzir as vias próinflamatórias nas PBMCs. Além disso, as metalotioninas também desempenham um papel muito importante na produção de óxido nítrico (NO), um mediador imune presente nas concentrações elevadas em pacientes com CFS (Kurup RK, et al., Hypothalamic digoxin, cerebral Chemical dominance and myalgic encephalomyelitis, Int J Neurosci 2003; 113(5): 683-701). Uma queda na produção de NO, devido a uma redução na expressão de metalotioninas induzida pela AAT, pode ser outra ação benéfica desta proteína no contexto de pacientes com CFS.
Os inventores também observaram que a AAT ativou a expressão do gene que codifica a AAT, de modo que a administração de AAT exógena pode promover a sua própria expressão nas PBMCs de pacientes com CFS. As PBMCs de seis pacientes com CFS foram cultivadas na ausência e na presença de duas diferentes concentrações de AAT: 0,5 g/l e 3,0 g/l. Em seguida, o RNA foi extraído e analisado com o sistema Genechips Human Genome U133 Plus 2.0 (Affymetrix). Os resultados foram apresentados como a relação entre a expressão de genes na presença de AAT em comparação com a expressão de genes na ausência de AAT. A expressão do gene que codifica a AAT (SERPINA1) aumentou 1,4 e 2,0 vezes em média nas culturas com 0,5 g/l e 3,0 g/l de AAT respectivamente, em comparação com as culturas na ausência de AAT. Embora a AAT seja sintetizada principalmente nos hepatócitos, Perlmutter DH, et al. também descreveram sua expressão nos monócitos (The cellular defect in alpha 1-proteinase inhibitor (alpha 1-PI) deficiency is expressed in human monocytes and in Xenopus oocytes injected with human liver mRNA, Proc Natl Acad Sei USA, 1985 ; 82(20): 6918-6921). Portanto, a AAT expressada intracelularmente e induzida pela presença de AAT pode ter um efeito inibidor sobre a elastase das culturas de PBMC de pacientes com CFS. Além disso, não pode ser descartado que a AAT pode diretamente inibir a elastase intracelular após ser in11 ternalizada nas células PBMC, como descrito para outros tipos de células (Zhang B, et al., Alphal-antitrypsin protects beta-cells from apoptosis, Diabetes 2007; 56(5): 1316-1323). Portanto, os dois mecanismos de inibição da elastase nas culturas de PBMC de pacientes com CFS podem coexistir e ainda produzir um efeito cumulativo.
Estas descobertas são ainda mais surpreendentes visto que o potencial de novas aplicações terapêuticas dos medicamentos contendo AAT oriundos destas experiências não pode de forma alguma ser relacionado com as aplicações desta proteína conhecidas até agora que se baseiam estritamente na compensação da deficiência natural que se apresenta como doenças pulmonares (enfisema pulmonar), ou distúrbios inflamatórios da pele (paniculite).
Embora os inventores não desejam se sentir limitados por qualquer hipótese sobre a forma manifestada por novos medicamentos contendo
AAT no tratamento do CFS, eles estabeleceram, de uma maneira não limitativa, a hipótese de que a AAT possui um papel importante no controle das células imunológicas responsáveis pelos sintomas associados com a CFS, e na regulação da expressão de genes relacionada com o sistema imunológico.
A CFS pode ser tratada com concentrados terapêuticos de AAT, purificados a partir do plasma humano ou produzidos pela tecnologia recombinante ou transgênica. O tratamento também é possível com plasma ou outros produtos terapêuticos que contém uma quantidade suficiente de AAT para obter uma dose mínima.
Como ocorre com outras proteínas, a presença da molécula de
AAT completa não é considerada necessária para obter o resultado requerido. Assim, as moléculas que contêm uma sequência parcial de aminoácidos derivados da seqüência correspondente da molécula de AAT podem ser úteis para o tratamento da CFS. Estas moléculas podem ser obtidas a partir do plasma humano ou produzidas por métodos sintéticos ou pela tecnologia recombinante ou transgênica.
A presente invenção também se refere a um método para o tra12 tamento da CFS que compreende a administração de uma quantidade terapeuticamente eficaz de AAT, em combinação com um ou mais veículos farmaceuticamente inertes ou ativos, a um paciente que sofre ou com um risco de desenvolver a CFS.
O regime de tratamento de acordo com a invenção inclui a administração periódica e repetida de AAT para o propósito de reduzir ou eliminar os sintomas da CFS. Uma dose de 6 mg ou mais de AAT por quilograma (kg) de peso corporal administrada em uma frequência entre 1 e 31 dias é considerada suficiente para o tratamento da CFS. Uma dose de AAT preferida seria entre 15 e 360 mg por kg de peso corporal administrada em uma frequência entre 1 e 31 dias. Uma dose ainda mais preferida seria entre 25 e 60 mg por kg de peso corporal a cada semana ou múltiplas destas quantidades ajustadas proporcionalmente dependendo do intervalo de tempo esperado até a próxima dose.
Alternativamente, a presente invenção inclui um regime de tratamento estabelecido para atingir um nível desejado de AAT no soro até oito vezes mais elevado do que os níveis de base, 24 horas após a administração.
De acordo com a modalidade da invenção, a AAT pode ser ad20 ministrada por injeção parenteral e de acordo com uma modalidade preferida, a administração ocorre por via intravenosa, embora também possa ser administrada por via intramuscular ou intradérmica. Alternativamente, a AAT pode ser administrada por inalação. Dependendo da via de administração, a preparação de AAT é confeccionada como uma solução ou suspensão em um veículo ou portador farmaceuticamente aceitável. Os exemplos apropriados de tais veículos incluem: água para injeção, água estéril para injeção e outros veículos aquosos (por exemplo, cloreto de sódio injetável, solução de Ringer injetável, dextrose injetável, dextrose injetável e cloreto de sódio, lactato de Ringer injetável); veículos que podem ser misturados em água (por exemplo, o álcool etílico, álcool de polietileno, propileno glicol); veículos não aquosos (por exemplo, óleo de milho, óleo de algodão, óleo de amendoim e óleo de gergelim). A necessidade e a seleção de outros excipientes, conser13 vantes, soluções tampão, biocidas e produtos similares estão dentro do escopo de pessoas versadas na técnica e dependerão de vários fatores, incluindo o sistema e via de administração, o prazo de validade requerido e as condições de armazenamento e transporte.
EXEMPLO:
Enquanto se espera pelos resultados obtidos in vitro, os inventores, tendo sido concedida uma autorização de uso compassivo, administraram uma preparação à base de AAT a um paciente diagnosticado com CFS.
Um paciente do sexo feminino foi diagnosticado com CFS em 2003 tendo reunido os critérios de diagnóstico Fukuda, e outros processos médicos que induzem à fadiga crônica, tais como os distúrbios endócrinos, infecciosos, neoplásicos e/ou psiquiátricos foram descartados. Antes de iniciar o tratamento com concentrados de AAT, o paciente teve uma concentração de elastase na PBMC de 1459 U/mg (unidades de atividade por miligrama de extrato de PBMC); no teste de avaliação de reserva funcional, o paciente apresentou um consumo máximo de oxigênio de 17,2 ml/kg/min (63,5 % do teórico), uma potência máxima de 64 watts (54,0 % da teórica), uma frequência cardíaca máxima de 149 batimentos (87,6 % da teórica); e no estudo da disfunção neurocognitiva, apresentou comprometimento cognitivo muito grave. O paciente foi submetido à terapia com infusões intravenosas da preparação com base em AAT (60 mg/kg de peso corporal por semana) durante um período de oito semanas. No final do tratamento, o paciente apresentou uma concentração de elastase em PBMC de 134 U/mg (unidades de atividade por miligrama de extrato de PBMC); no teste funcional de avaliação de reserva, o paciente apresentou um consumo máximo de oxigênio de 16,4 ml/kg/min (60,6 % do teórico), potência máxima de 85 watts (71,7 % da teórica), uma frequência cardíaca máxima de 151 batimentos (88,8 % da teórica); e no estudo da disfunção neurocognitiva apresentou comprometimento cognitivo grave. Como uma conclusão geral, após o tratamento com a preparação com base em AAT, a paciente apresentou melhora clínica evidente, ela retornou ao trabalho, experimentou menos fadiga e apresentou tolerância melhorada de exercício físico e disfunção cognitiva levemente reduzida.
É, portanto, demonstrado que por meio da presente invenção, os pacientes com CFS podem ser eficazmente tratados com medicamentos preparados na base de AAT. Estes pacientes seriam afetados pela inflama5 ção crônica das células imunológicas e, de acordo com a presente invenção, a AAT inibe a elastase e assim evita a degradação da RNase L, evitando assim que o desregulamento do canal iônico, que é supostamente responsável pela sintomatologia associada com a CFS. Além disso, e de acordo com os resultados obtidos in vitro, a AAT pode regular a expressão de genes particulares associados com o sistema imunológico para restabelecer o funcionamento normal do sistema imunológico e reduzir a ativação das vias próinflamatórias.
Embora a invenção tenha sido descrita em relação aos exemplos das formas de realização preferidas, estes não devem ser considerados como limitativos da invenção, que é definida pela interpretação mais ampla das reivindicações que seguem.

Claims (3)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Uso de alfa-1-antitripsina, caracterizado pelo fato de que é para a preparação de medicamentos para o tratamento da síndrome da fadiga crônica, que compreende alfa-1-antitripsina, que podem ser administrados aos seres humanos.
  2. 2. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a alfa-1-antitripsina é purificada a partir do plasma humano.
  3. 3. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a alfa-1-antitripsina é produzida pela tecnologia sintética, transgênica ou recombinante.
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