BRPI0916517B1

BRPI0916517B1 - método de transferência de uma parte de um filme funcional para um substrato e estrutura multicamadas adaptada para que uma parte de um filme funcional seja transferida para um substrato

Info

Publication number: BRPI0916517B1
Application number: BRPI0916517-7A
Authority: BR
Inventors: Marck Christelle; Darmes Daniel; Roussel Eric; Lavilloniere Nicolas
Original assignee: Essilor Int; Essilor Int Compagnie Generale D Optique
Priority date: 2008-07-21
Filing date: 2009-07-13
Publication date: 2019-11-12
Also published as: EP2304493B1; WO2010010275A2; KR101647760B1; FR2934056B1; FR2934056A1; WO2010010275A3; CN102132196A; ES2524470T3; CN102132196B; US8641853B2; KR20110033238A; BRPI0916517A2; EP2304493A2; US20110174431A1

Abstract

método de transferência de uma parte de um filme funcional trata-se de um método de transferência de uma parte de um filme funcional (1) pa- ra um substrato de uma placa base (100) que compreende a formação de uma ranhura (si) que passa através do dito filme funcional e também de um filme de separação (2) localizado entre o filme funcional e a placa base. uma parte (2p) do filme de separação é então desa-coplada da placa base com a parte do filme funcional. a parte do dito filme de separação protege a parte do filme funcional no resto do método. de acordo com um aperfeiçoamento, a parte do filme funcional que é desacoplada da placa base compreende uma parte útil (1 p) e uma margem (1m) que estão conectadas juntas pela parte (2p) do filme de separação. a parte útil (1 p) do filme funcional pode então ser fixada e manipulada via a margem (1 m).

Description

“MÉTODO DE TRANSFERÊNCIA DE UMA PARTE DE UM FILME FUNCIONAL PARA UM SUBSTRATO E ESTRUTURA MULTICAMADAS ADAPTADA PARA QUE UMA PARTE DE UM FILME FUNCIONAL SEJA TRANSFERIDA PARA UM SUBSTRATO”

Campo da Invenção

A presente invenção refere-se a um método de transferência de uma parte de um filme funcional para um substrato. Também se refere a uma estrutura multicamadas que compreende uma parte de um filme funcional, e que é adaptada de tal forma que essa parte pode ser transferida para um substrato.

Fundamentos da Invenção

É frequentemente necessário transferir, para um substrato final, uma parte do filme fabricado sobre um suporte que será referido como a placa base no resto deste documento. Tal referência dissocia a produção de substrato da produção da parte de filme, aumentando assim o rendimento da produção total. Isso é particularmente útil quando a produção do filme a partir do qual a parte é retirada é de uma natureza mais técnica.

Uma camada adesiva, tal como uma camada de adesivo sensível à pressão (PSA) é frequentemente usada para acoplar a parte do filme do substrato. De fato, tal camada é de fácil implementação, não dispendiosa e compatível com muitos componentes que podem ser usados na composição do filme. Nesse caso, o filme é fabricado diretamente com a camada adesiva sobre a placa base. O tempo de produção total e o custo final são, portanto, reduzidos.

A parte de filme pode ser desacoplada da placa base através de descascamento ou outro método tal como o uso de um rolete de recolhimento, tal que ocorre uma separação em uma interface entre a parte de filme e a placa base, que tem uma baixa força de ligação. Essa interface de separação está geralmente localizada entre a camada adesiva e a placa base. A camada adesiva é então exposta após a parte do filme ter sido separada da placa base, e permanece exposta até que a parte de filme seja combinada com o substrato. Durante esse período de tempo, poeira ou vários poluentes podem se acoplar à camada adesiva, e provavelmente criam defeitos e/ou alteram sua força adesiva. É, portanto, necessário tomar precauções para evitar tais defeitos. Tais medidas de precaução suplementares são geralmente custosas e reduzem a taxa de produção. Em adição, elas podem ser incompatíveis com a execução das etapas de produção suplementares entre a separação da parte de filme da placa base e sua aplicação em um substrato.

Ademais, quando a parte de filme é removida da placa base, ela é fixada por uma borda e então puxada progressivamente para fora da placa base. Esse método de separação gera defeitos tal como riscos, estiramentos, marcas sobre adesivo, compressão, ou rasgamento no local onde a separação entre a parte de filme e a placa base é iniciada. Tais defeitos são gerados não importando qual ferramenta é usada para fixar a borda da parte de filme, particularmente quando uma lâmina ou pinça é usada.

Petição 870190076859, de 09/08/2019, pág. 7/16

A transferência de uma parte de filme é particularmente aplicável na produção de lentes de óculos, ou lentes oftálmicas. Nesse caso, a lente é formada de um substrato fabricado em massa para o qual é transferida uma parte de filme que fornece uma função. Por exemplo, a parte de filme pode fornecer à lente final uma ou mais funções ópticas tais como, cor, polarização, antirreflexo, proteção contra raios UV, uma função fotocrômica, potência óptica, etc. Entretanto, as exigências de qualidade são muito altas para tais aplicações oftálmicas. Em particular, a poeira restante entre a parte de filme e o substrato não é aceitável, nem são irregularidades na borda da parte de filme.

Sumário da Invenção

Um objetivo da invenção é evitar a geração de tais defeitos.

Para alcança isso, um primeiro aspecto da invenção propõe um método de transferência de uma parte de um filme funcional para um substrato, onde o filme funcional é inicialmente retido em uma placa base por uma estrutura aderente. Essa estrutura aderente compreende:

- um filme de separação;

- uma primeira camada adesiva, que fixa o filme de separação sobre a placa base; e

- uma segunda camada adesiva, que fixa o filme funcional sobre o filme de separação.

O método compreende as seguintes etapas:

- formar uma primeira ranhura que passa através de uma espessura do filme funcional bem como através da espessura da segunda camada adesiva em torno da parte do filme funcional que se deseja transferir, de modo a isolar essa parte do filme funcional de uma parte restante dele;

- separar a parte do filme funcional da placa base; e

- expor uma parte da segunda camada adesiva carregada pela parte do filme funcional, e aplicá-la ao substrato através da parte do filme funcional de modo a afixar a última ao substrato.

O método da invenção é caracterizado pelo fato de que:

- a primeira ranhura também passa através de uma espessura do filme de separação de modo a isolar, a partir de uma parte restante do filme de separação, uma parte desse filme de separação que coincide com a parte do filme funcional; e

- a fixação do filme de separação ao filme funcional por meio da segunda camada adesiva é mais forte do que a fixação do mesmo filme de separação à placa base pela primeira camada adesiva.

A parte de filme funcional com a parte de filme de separação é então separada da placa base na etapa 2, as respectivas partes do filme funcional e do filme de separação são fixadas firmemente juntas pela parte da segunda camada adesiva. Em adição, a parte da segunda camada adesiva é exposta no início da etapa 3 através de descascamento da parte de filme de separação.

Assim, as duas camadas adesivas têm funções distintas em um método da invenção. A primeira camada adesiva acopla o conjunto, que compreende o filme funcional, a segunda camada adesiva e o filme de separação, à placa base. Ela pode manter firmemente esse conjunto durante o período de tempo necessário para fabricar o filme funcional, bem como durante a etapa 1 do processo de transferência. Durante a etapa 2, a interface entre a primeira camada adesiva e a parte de filme de separação é dividida, tal que a parte de filme funcional é separada da placa base. Ela é separada junto com a parte de filme de separação e parte da segunda camada adesiva situada entre eles. Tal separação é possível devido à fixação mais frágil da primeira camada adesiva comparada à da segunda camada adesiva, e devido à primeira ranhura dividir tanto o filme funcional quanto o filme de separação.

A parte de filme de separação é separada posteriormente da parte de filme funcional, quebrando a ligação adesiva da parte de segunda camada adesiva à parte de filme de separação. Essa remoção da parte de filme de separação é vantajosamente executada imediatamente antes da aplicação da parte de segunda camada adesiva ao substrato, tal que a parte de filme de separação atua para proteger a parte da segunda camada adesiva até a sua aplicação no substrato. Dessa forma, nenhuma poeira e poluente será anexado à parte de segunda camada adesiva que permanecerá no conjunto final entre a parte de filme funcional e o substrato.

A segunda camada adesiva também assegura a fixação definitiva entre o substrato e a parte de filme funcional.

Em outra característica da invenção, uma segunda ranhura é formada entre a primeira ranhura e uma parte útil da parte do filme funcional e da segunda camada adesiva, sobre ao menos uma lateral dessa parte útil. Essa segunda ranhura passa através da espessura do filme funcional e possivelmente ao menos em parte da segunda camada adesiva, sem passar através da espessura do filme de separação. Assim ela isola uma margem de parte do filme funcional da parte útil dessa parte do filme funcional. A parte do filme de separação é então descascada no início da etapa 3 através segurando-a pela margem da parte do filme funcional para fora da parte útil da parte do filme funcional. Dessa forma, não se cria nenhuma marca de segurar e nenhum defeito na parte útil da parte de filme funcional durante a remoção da parte de filme de separação. Nem se cria qualquer defeito na parte da segunda camada adesiva que permanece no conjunto final entre a parte útil do filme funcional e o substrato.

Tal margem pode também eliminar a geração de defeitos na parte útil do filme funcional durante a etapa 3. De fato, a parte do filme funcional, ou o conjunto que consiste da parte do filme funcional, da parte do filme de separação e da parte intermediária da segunda camada adesiva, pode também ser segurado pela margem da parte do filme funcional fora da parte útil dessa parte, durante o desacoplamento do conjunto da placa base. Essa margem também pode ser usada para definir várias informações, tal como para rastrear ou definir a informação para a parte de filme. Um guia de centralização ou alinhamento pode ser definido na margem, para facilitar e/ou orientar a localização da parte de filme funcional sobre o substrato ou em um instrumento usado para aplicar essa parte sobre o substrato.

Assim, a primeira ranhura determina as partes de filme que são separadas da placa base, e a segunda ranhura determina a parte de filme funcional que é transferida por último para o substrato.

A primeira e a segunda ranhuras podem ser produzidas em qualquer ordem. Elas podem ser produzidas por corte ou escavação.

Em uma implementação especial da invenção, a força adesiva de cada camada adesiva no filme de separação pode ser ajustada por tratamentos do filme de separação. Em particular, o filme de separação pode ser revestido de antemão com silicone sobre suas duas faces opostas que então entram em contato com a primeira e a segunda camadas adesivas. O mesmo resultado pode ser obtido via outro método, por exemplo, através do uso de uma primeira camada adesiva de uma composição ou força adesiva diferente da segunda camada.

Em um aperfeiçoamento da invenção, quando a segunda ranhura é produzida antes da primeira ranhura, um filme intermediário pode ser anexado à face do filme funcional que é oposto à placa base. Esse filme intermediário é anexado ao filme funcional entre a formação das duas ranhuras. A primeira ranhura que é produzida na etapa 1 então passa também através de uma espessura do filme intermediário, isolando assim, de uma parte restante do filme intermediário, uma parte do dito filme intermediário que coincide com a parte do filme funcional. Nesse caso, a parte de filme funcional é separada da placa base na etapa 2 enquanto permanece anexada firmemente à parte de filme intermediário.

Tal filme intermediário pode ser útil na pré-formação da parte de filme funcional antes que ele seja aplicado ao substrato. Tal pré-formação pode ser usada quando o substrato tem uma superfície pseudoesférica ou curva, na qual a parte do filme funcional é aplicada na etapa 3. No contexto da invenção, entende-se que a “superfície pseudoesférica” refira-se a uma superfície contínua que não tem descontinuidades, particularmente sem degraus ou buracos. Ela pode ser uma superfície plana, esférica ou curva com diferentes raios de curvatura que são variáveis ao longo das direções perpendiculares uma a outra e tangenciais à superfície. A pré-formação pode compreender as seguintes etapas que são executadas entre as etapas 2 e 3:

- conectar a parte de filme intermediário a uma membrana auxiliar deformável por um dispositivo de conexão, e então

- deformar a membrana auxiliar tal que a forma da parte do filme funcional varie com a deformação da membrana auxiliar.

Em uma aplicação oftálmica da invenção, o substrato pode ser uma lente oftálmica ou uma lente bruta, e pode possivelmente compreender um ou mais revestimentos. Nesse caso, a primeira e/ou a segunda ranhura pode corresponder substancialmente à forma de uma lente de óculos que é aparada para se ajustar a uma armação de óculos. A parte do filme funcional pode ser assim de um tamanho mínimo. Isso reduz o consumo de filme funcional. Em adição, tal redução no tamanho da parte do filme funcional pode diminuir as tensões que provavelmente ocorrem nessa parte quando ela é formada. Quaisquer defeitos que seriam gerados por tais tensões são consequentemente reduzidos. A invenção é também útil para adicionar funcionalidade a uma lente óptica de um dispositivo de medição, dispositivo de sinalização, câmera, ou qualquer outro dispositivo que compreenda tal lente óptica.

Um segundo aspecto da invenção propõe também uma estrutura multicamadas, compreendendo ao longo da direção de empilhamento:

- uma membrana auxiliar deformável;

- dispositivo de conexão opcional;

- uma parte de filme intermediário que é conectada à membrana auxiliar pelo dispositivo de conexão;

- uma parte de filme funcional que é solidamente fixada à dita parte de filme intermediário;

- uma parte de camada adesiva; e

- uma parte de um filme protetor que é fixada na parte do filme funcional pela parte de camada adesiva, e que é adaptada para ser removida de tal forma a expor a dita parte de camada adesiva enquanto a última permanece sobre a parte de filme funcional.

As partes de filme intermediário, de filme funcional e de filme protetor têm bordas periféricas externas que são sobrepostas na direção de empilhamento.

A parte de filme funcional tem adicionalmente uma ranhura em ao menos uma lateral. Essa ranhura separa uma margem de uma parte útil dentro dessa parte de filme funcional e dentro da margem periférica externa. Ela passa através de uma espessura da parte de filme funcional e possivelmente também em ao menos uma parte da espessura da camada adesiva que está presente entre o filme funcional e o filme protetor, mas sem passar através da espessura da parte de filme protetor.

As partes de filme protetor, de camada adesiva e de filme funcional que pertencem a tal estrutura multicamadas podem ser produzidas como descrito de acordo com a etapa 1 de um método de acordo com o primeiro aspecto da invenção. A parte de camada adesiva e a parte de filme protetor compreendidas na estrutura, portanto, correspondem respectiva mente à parte de segunda camada adesiva e à parte de filme de separação.

A parte de filme funcional está adicionalmente associada à membrana auxiliar deformável dentro da estrutura multicamadas. Esse conjunto pode ser fabricado independentemente do substrato para o qual a parte de filme funcional é para ser transferida, em um sítio de produção separado, então pode ser fornecido sob demanda para montagem com o substrato. Ele, portanto, forma um componente autônomo e separado que pode ser armazenado e possivelmente reprocessado graças à proteção fornecida pela parte de camada adesiva.

É possível adaptar o dispositivo de conexão, quando presente, para permitir que a parte do filme intermediário deslize localmente sobre a membrana auxiliar durante a formação da estrutura multicamadas. Tal dispositivo de conexão reduz as tensões que são produzidas na parte do filme funcional durante a deformação da membrana auxiliar. Tal fenômeno pode ser obtido também diretamente pelo filme funcional, particularmente por meio das características físicas da última camada do filme funcional. Entende-se que a “última camada de filme funcional” refira-se à camada que está diretamente contra a membrana auxiliar deformável ou diretamente contra o dispositivo de conexão.

Breve Descrição dos Desenhos

Outras características e vantagens da invenção estarão claras a partir da seguinte descrição de exemplos não limitantes, com relação aos desenhos em anexo nos quais:

As FIGs. 1 a 11 ilustram as sucessivas etapas de um método da invenção;

A FIG. 12 ilustra uma vista ampliada de parte da FIG. 2, e ilustra um aperfeiçoamento da invenção, e

As FIGs. 13a e 13b representam duas formas possíveis da parte de filme funcional, apropriadas para uma aplicação oftálmica da invenção.

Descrição Detalhada da Invenção

Com o propósito de esclarecimento, as dimensões de vários elementos representados nessas figuras não são proporcionais às dimensões reais ou relações de dimensões. Em adição, as mesmas referências usadas em diferentes figuras indicam os mesmos elementos. As FIGs. 1 a 12 mostram vistas transversais de uma estrutura multicamadas da invenção, orientada da mesma forma em cada figura. Na seguinte descrição, as expressões “sobre”, “sob”, “acima”, “abaixo”, “topo” e “base” são relativas a essa orientação.

A invenção é agora descrita para ilustrar uma aplicação oftálmica. Uma parte de filme funcional é transferida a partir da placa base na qual ela é fabricada, para um substrato de lente. Nas figuras, as referências 1, 100 e 200 indicam respectivamente o filme funcional, a placa base e o substrato.

A placa base 100 pode ser rígida. Em particular, ela pode ser uma placa de vidro de dimensões maiores, por exemplo, que 32 cm (centímetros) x 38 cm.

Ο substrato 200 pode ser uma lente oftálmica, que tem uma face convexa F1 e uma face côncava F2 (FIG. 10). Como um exemplo, a descrição seguinte refere-se a uma transferência da parte do filme funcional 1 para a face convexa F1 da lente 200, mas uma transferência para a face côncava F2 pode ser feita de uma forma análoga. Também, a parte do filme 1 pode ser transferida para a lente 200 antes ou depois que a lente é aparada até as dimensões da armação dos óculos. No primeiro caso, a parte do filme 1 será posicionada sobre a lente 200 de uma forma apropriada para a forma e características ópticas e geométricas dos óculos finais após o mesmo ter sido aparado.

Como se pode ver na FIG. 1, as seguintes camadas e filmes são empilhados sobre a placa base 100, na direção de empilhamento D que se inicia a partir da placa base:

- uma primeira camada adesiva 3, que pode consistir de um material comercial tal como o PSA (Adesivo Sensível à Pressão).

- um filme de separação 2, que pode ser de PET (tereftalato de polietileno), TAC (triacetato de celulose), PVC (cloreto polivinílico), ou outro composto de filme padrão, e pode ter, por exemplo, uma espessura e₂ de aproximadamente 50 pm (micrometros);

- uma segunda camada adesiva 4, que pode ser idêntica à primeira camada adesiva 3; e

- o filme funcional 1.

A camada 3, o filme de separação 2 e a camada 4 formam juntos uma estrutura aderente 20 que retém o filme 1 sobre a placa base 100. Esta estrutura é gerada de tal forma que a interface entre o filme de separação 2 e a primeira camada adesiva 3 tenha uma coesão menor que a da interface entre o filme 2 e a segunda camada adesiva 4. Em adição, essas duas interfaces com o filme de separação 2 são mais fracas do que as outras interfaces presentes na pilha. Por exemplo, a interface entre o filme 2 e a camada 3 pode ter inicialmente uma primeira energia de liberação que está entre 4 e 20 g/cm, e a interface entre o filme 2 e a camada 4 pode ter inicialmente uma segunda energia de liberação entre 12 e 28 g/cm. Essas energias de liberação são determinadas de acordo com o padrão internacional MI-47 (FTM4), de uma forma que supõe-se que sejam conhecidas por aqueles versados na técnica. Em particular, elas são determinadas usando uma fita TESA® 7475.

As forças que mantêm o filme de separação 2 contra o filme funcional 1 por meio da camada adesiva 4, e contra a placa base 100 por meio da camada adesiva 3, podem ser ajustadas de forma apropriada tratando as duas faces opostas do filme 2. Por exemplo, estas faces podem ter sido revestidas previamente com uma quantidade de silicone que é maior para a face destinada a entrar em contato com a camada 3. Alternativamente, as faces do filme 2 podem ser tratadas com plasma para obter as energias de liberação desejadas.

O filme funcional 1 pode ser produzido sob demanda, de acordo com cada pedido de lente de óculos, ou simultaneamente para vários tais pedidos. O filme funcional pode ser um filme multicamadas que compreende, por exemplo, um filme de suporte de material plástico, tal como tereftalato de polietileno, ou policarbonato, revestido com uma ou mais camadas de materiais que dão uma funcionalidade ao filme tal como uma função antirreflexo ou antipó. O filme funcional pode também compreender uma microestrutura. Por exemplo, no filme 1, existem células justapostas paralelas a uma superfície do filme. Cada célula contém uma substância com uma propriedade óptica, selecionada de tal forma que as células juntas forneçam à lente final as características ópticas e geométricas desejadas. Após a introdução da substância em cada célula, as células são hermeticamente vedadas. Os seguintes documentos descrevem essa estrutura celular bem como os métodos para preencher e fechar as células: US 2006-0006336, WO 2007/132116 e WO 2008/000607. As designações 10, 11, 12 e 13 na FIG. 1 indicam respectivamente as células preenchidas com uma substância que tem propriedade óptica, paredes de separação entre as células, um filme de suporte para o filme funcional 1, e um filme de vedação para vedar as células. Em particular, o filme de vedação 13 é conectado à base das paredes 11 de uma forma que veda cada célula 10. A espessura total do filme funcional 1 é denotada ei.

É possível que o filme funcional 1 compreenda revestimentos adicionais em sua face superior, tal como um revestimento antirreflexo, antipó, etc., ou uma combinação desses ou outros revestimentos típicos, por exemplo, de uma aplicação oftalmológica.

Uma ranhura S2 é então formada no filme funcional 1, enquanto esse filme é mantido sobre a placa base 100 pela estrutura aderente 20 (FIG. 2). A ranhura S2 isola uma parte útil do filme 1, denotada 1 p, de uma parte periférica do filme 1 que envolve a parte útil. Para esse propósito, a ranhura S2 é formada no início da pilha a partir da lateral que é oposta à placa base 100. Ela pode ser produzida usando uma ponta de gravação, ou pelo direcionamento de um feixe de laser de gravação para a pilha, paralelo e na direção oposta à direção D. A ranhura S2 é gravada de tal forma que ela passe completamente através da espessura ei do filme funcional 1, bem como possivelmente através de uma parte da espessura e₄ da camada adesiva 4, sem passar através do filme de separação 2. Em outras palavras, o filme 2 permanece contínuo abaixo da ranhura S2. Preferencialmente, a ranhura S2 passa através da espessura e₄ inteira da camada adesiva 4.

A parte útil 1p do filme funcional 1 que é isolado pela ranhura S2 corresponde vantajosamente à forma final da lente aparada. Entende-se que “corresponde à forma final da lente aparada” refere-se a uma coincidência entre as respectivas bordas periféricas da parte 1p e a lente após a mesma ter sido aparada.. Para esse propósito, a ranhura S2 pode ser traçada sobre o filme 1 levando em consideração o possível encolhimento ou expansão da parte 1p que pode ocorrer durante as subsequentes etapas do método, antes que a parte útil seja montada com o substrato 200.

A FIG. 12 ilustra um aperfeiçoamento da invenção para formar a ranhura S2. Em adição à ranhura S2 que atravessa o filme funcional 1, uma tira de vedação periférica 8 pode ser colocada dentro da ranhura S2 ao longo de uma lateral dela contra a parte útil 1p. A tira 8 confina a parte útil 1p e forma uma conexão de vedação permanente entre o filme de suporte 12 e o filme de vedação 13. Dessa forma, as células 10 através das quais a ranhura S2 passa são lateralmente vedadas. A tira 8 pode consistir do mesmo material dos filmes 12 e 13, por exemplo, PET, de modo a aderir firmemente a eles. A substância contida nas células 10 através das quajs a ranhura S2 passa permanece, portanto, contida dentro delas, preservando as propriedades ópticas da parte útil 1p fora da borda periférica. A tira 8 preenche somente a parte da ranhura S2, de tal forma que a parte adicional da ranhura S2 que permanece não preenchida ainda passa através da espessura inteira ei do filme funcional 1. A parte útil 1 p, suplementada pela tira de vedação 8, permanece, portanto, isolada da parte periférica do filme 1 por meio da ranhura S2.

Um filme intermediário 5 é então aplicado à pilha (FIG. 3). O filme intermediário 5 cobre continuamente a ranhura S2 e a parte útil 1p. Ele pode ser selecionado de tal forma que seja removido facilmente posteriormente, por exemplo, pelo seu descascamento. Até que tal remoção seja executada, o filme intermediário 5 permanece conectado firmemente ao filme funcional 1. Entretanto, o uso do filme intermediário 5 não é indispensável à invenção.

A seguir outra ranhura é formada, denotada S1 na FIG. 4, em torno da parte útil 1p do filme funcional. A ranhura S1 pode ser sobreposta sobre a ranhura S2, ou ser separada dessa última e mais próxima ao exterior da parte útil 1 p, de uma forma que possa ser dependente da localização em torno da parte 1p. A FIG. 13a mostra uma primeira possível configuração, na qual as duas ranhuras S1 e S2 são substancialmente paralelas até o fim em torno da parte útil 1p. A FIG. 13b mostra uma segunda possível configuração, na qual elas são combinadas exceto em um segmento curto da ranhura S2. A ranhura S1 determina a parte do filme funcional 1 que será removida da placa base 100, em relação a uma parte restante do filme 1. Essa parte que será removida da placa 100 é designada “parte removida” na FIG. 4. Ela compreende a parte útil 1p bem como uma margem 1m que está contida entre as ranhuras S1 e S2. A margem 1m é separada da parte útil 1p pela ranhura S2, mas está conectada a ela por meio do filme de separação 2. Na configuração da FIG. 13a, a margem 1m forma um anel em torno da parte útil 1 p, sendo a largura do anel substancialmente constante. Na configuração da FIG. 13b, a margem 1m é reduzida a uma aba localizada em um ângulo da parte útil 1p. É possível que a margem 1m forme um anel que envolva a parte útil 1 p, mas com a largura desse anel localmente aumentada para formar uma aba para segurar.

A ranhura S1 pode ser produzida usando uma técnica de gravação similar à usada para a ranhura S2, mas ajustando os parâmetros de gravação. Diferente da ranhura S2, a ranhura S1 é formada tal que ela passa tanto através do filme funcional 1 quanto através do filme de separação 2. Se aplicável, a ranhura S2 também passa através do filme intermediário 5. Em outras palavras, a profundidade da ranhura S2 é ao menos igual à soma da espessura e, do filme 1, da espessura e₄ da segunda camada adesiva 4, da espessura e₂ do filme de separação, e se aplicável, da espessura e₅ do filme intermediário 5. Sob essas condições, a ranhura S1 isola simultaneamente a parte removida do filme funcional 1, bem como as partes correspondentes da camada adesiva 4 e do filme de separação 2. Essas partes da camada 4 e do filme 2 são denotadas 4p e 2p, respectivamente.

Os inventores indicam que a ranhura S2 que foi formada primeiro não é indispensável à transferência da parte do filme funcional para o substrato 200. Nesse caso, a ranhura S1, que passa através dos filmes 1 e 2, determina, ela mesma, a parte útil 1p do filme funcional 1. Ela é então idêntica à parte que será removida da placa base 100. Nesse caso de uma única ranhura S1, pode ser vantajoso fornecer novamente uma tira de vedação 8 de modo a vedar as células 10 da parte útil 1p que são atravessadas pela ranhura S1. De modo oposto, quando a ranhura S2 é usada para definir a parte útil 1p independentemente da ranhura S1 que define a parte removida, não é necessário fornecer uma vedação lateral para as células 10 sobre a borda externa da parte removida, correspondente à ranhura S1.

A parte do filme funcional 1 que é isolada pela ranhura S1 é desacoplada da placa base 100 (FIG. 5). Ela compreende a parte útil 1p e a margem 1m, conectadas uma a outra pela parte 2p do filme de separação 2. Para o desacoplamento, a margem 1m é erguida, por exemplo, usando uma lâmina que é deslizada pela ranhura S1 contra a margem 1m. A margem 1m é então segurada e progressivamente puxada de uma forma que descasque a parte útil 1p desacoplando-a da placa base 100. Dado que a ranhura S1 também passa através do filme de separação 2 e que a aderência é mais fraca na interface entre o filme 2 e a primeira camada adesiva 3, a separação ocorre nessa interface. Assim, as respectivas partes 2p e 4p do filme de separação 2 e a segunda camada adesiva 4 são removidas ao mesmo tempo das partes 1m e 1p. A parte 5p do filme intermediário 5, se aplicável, também é removido simultaneamente. As partes restantes dos filmes 1, 2 e 5, bem como a camada 4, permanecem na placa base 100.

A FIG. 6 representa a parte de pilha removida que foi separada dessa forma da placa base 100. Essa parte de pilha, referida como P, é autônoma e pode ser facilmente transportada ou armazenada. A parte 2p do filme de separação então atua para proteger a parte 4p da camada adesiva 4 contra contatos acidentais de partículas externas. Quando uma parte útil da parte de pilha P é definida por uma ranhura específica S2, essa ranhura S2 é limitada pela parte 2p do filme de separação, e é limitada no topo pela parte 5p do filme intermediário, se tal existe.

É possível pré-formar a parte de pilha P, particularmente para a aplicação na face curvada F1 do substrato 200. Durante a pré-formação, ela pode ser suportada por uma membrana auxiliar deformável, que é mantida no lugar por sua borda periférica e moldada através da aplicação de uma pressão diferencial entre os dois lados dessa membrana. A própria parte de pilha P então altera sua forma, de acordo com a alteração de forma da membrana auxiliar. Portanto nenhuma marca de contato ou de ferramentas é gerada na parte de pilha P.

Pode ser também vantajoso anexar a parte de pilha P à membrana auxiliar por dispositivos de conexão que são adaptados para permitir que o filme intermediário deslize localmente sobre a membrana auxiliar. Isso pode reduzir a ocorrência de prováveis tensões na parte 1p do filme funcional durante a moldagem. O dispositivo de conexão pode ser uma camada de um material visco-elástico adesivo ou uma camada liquida capilar de viscosidade apropriada e/ou tensão superficial. Em particular, o dispositivo de conexão pode ser uma camada de material PSA que tem uma espessura de 25 pm. A membrana auxiliar pode ser de PET, de uma espessura apropriada para a deformação desejada.

A FIG. 7 representa a parte de pilha P, após ela ter sido associada com a membrana auxiliar deformável 6 pelo dispositivo de conexão 7. A estrutura multicamadas formada dessa forma é designada 300. Ela pode ser produzida em um sítio de produção dedicado, então armazenada e transportada para o local onde ela é montada com o substrato 200. Nesse caso, a membrana auxiliar 6 pode compreender uma referência escrita considerando a parte do filme funcional 1 p, e/ou considerando o sítio de produção para a estrutura multicamadas.

A FIG. 8 representa a etapa de preparação para a estrutura multicamadas 300 que expõe a parte útil da camada adesiva 4p necessária para alcançar a montagem final com o substrato 200. A parte 4p da segunda camada adesiva que está compreendida na estrutura multicamadas 300 é descoberta. Para fazer isso, a parte 2p do filme de separação é descascada segurando-a na margem 1m. Uma lâmina é inserida primeiro na borda B entre a margem 1 m e a parte 5p de modo a separá-las uma da outra. Então as partes da parte 2p e da margem 1m separadas dessa forma da parte 5p são seguradas com uma pinça e puxadas, trazendo junto a parte 2p inteira. Isso evita a geração de quaisquer marcas de ferramentas na parte útil do filme funcional 1p ou na segunda camada adesiva 4p que permanece em contato com o filme funcional 1p. Quando a linha de desacoplamento entre a parte do filme funcional e a parte 5p do filme intermediário alcança a ranhura S2, o desacoplamento continua na interface entre a parte 4p da camada adesiva e a parte 2p do filme de separação. Assim somente a parte 2p do filme de separação diretamente abaixo da parte útil 1p do filme funcional é removida, e o filme funcional permanece coberto pela parte 4p da camada adesiva.

A FIG. 9 representa a estrutura multicamadas 300 após ela ter sido moldada. O método de pré-formação descrito nos documentos WO 2006/105999, WO 2007/133208 e WO 2007/144308 pode ser usado. Em particular, a estrutura multicamadas 300 pode ser aquecida para uma moldagem mais fácil.

A parte 4p da camada adesiva é então aplicada à face F1 do substrato 200, por meio da membrana auxiliar 6, do dispositivo de conexão 7, da parte 5p e da parte útil 1p do filme funcional (FIG. 10). O material da camada 4 é selecionado para fornecer forte aderência ao substrato 200, de modo a produzir um conjunto definitivo.

Finalmente, a membrana auxiliar 6 é separada da parte 1p do filme funcional. Para esse propósito, ela pode ser descascada separando o dispositivo de conexão 7. Preferencialmente, a parte 5 p do filme intermediário é também removida separando sua interface de conexão da parte 1p. Assim a parte 5p pode ser removida, particularmente quando o filme 5 não é transparente e/ou ele não tem função na lente de óculos final. Nesse caso, a função da parte 5p do filme intermediário é permitir que a parte 1p se deslize em relação à membrana 6 durante a pré-formação, em conjunto com o dispositivo de conexão 7. Ela também evita a difusão de moléculas a partir do dispositivo de conexão 7 na parte 1p do filme funcional, gerando defeitos visíveis na lente final.

A FIG. 11 ilustra a configuração final da lente 200. A parte útil 1p do filme funcional é anexada à lente 200 pela parte 4p da camada adesiva. Devido à invenção, a parte 1p não tem defeito que pudesse ser visível na lente de óculos final. A lente é, portanto, de uma qualidade que é compatível com os critérios de aplicação oftálmica. A lente 200 pode, como representado na FIG. 11, ser de dimensões maiores que a parte útil 1p do filme funcional, mas também pode ter dimensões menores ou idênticas à dita parte útil 1p. A escolha do tamanho comparativo da lente 200 em relação ao tamanho comparativo da parte útil 1p é feita com base no uso pretendido do conjunto final, levando em consideração a natureza dos materiais constituintes do substrato 200 e do filme funcional, bem como a superfície e a geometria do conjunto final.

A margem 1m da parte do filme funcional que é cortada com a parte útil 1p pode ser usada para escrever vários dados relacionados à parte útil. Tais dados podem compreender um número serial, uma data e/ou local de produção, dados sobre a composição química, etc. Dessa forma, esses dados que são úteis durante a produção da lente não permanecem no produto final e sua estética não é afetada.

Essa margem 1m em torno da parte útil 1p pode ser usada também para fornecer marcas de centralização. Tais marcas são úteis durante a pré-formação da parte do filme funcional 1 e /ou na montagem dela com o substrato 200, e/ou montando-a em uma ferramenta usada para tal execução e/ou montagem. Elas podem consistir de linhas apontando em múltiplas direções que são destinadas a serem alinhadas ou sobrepostas com outras linhas no substrato 200 ou na ferramenta de pré-formação ou montagem. As marcas escritas na margem 1 m são removidas com ela, de tal forma que elas não apareçam na lente de óculos final.

Entende-se que modificações e adaptações podem ser introduzidas às implemen5 tações acima da invenção, enquanto retendo ao menos algumas das vantagens mencionadas. Uma vantagem é que a parte útil do filme funcional pode ser transferida para o substrato sem deixar marcas sobre ela. Em particular, ela pode ser manipulada sem segurá-la diretamente com as ferramentas. Em adição, a parte do filme funcional que é transferida pode ser integrada em uma estrutura multicamadas, entre sua separação de um suporte usado 10 para sua fabricação e seu acoplamento ao substrato final. Essa estrutura multicamadas protege a parte do filme funcional e uma parte adesiva usada para a montagem com o substrato. Em adição, ela é compatível com o uso de uma etapa de pré-formação.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Método para transferir uma parte de um filme funcional (1) para um substrato (200), o filme funcional sendo retido inicialmente sobre uma placa base (100) por uma estrutura aderente (20), compreendendo:

- um filme de separação (2);

- uma primeira camada adesiva (3), que mantém o filme de separação sobre a placa base; e

- uma segunda camada adesiva (4), que mantém o filme funcional sobre o filme de separação, caracterizado pelo fato de tal método compreender as seguintes etapas:

1 - formar uma ranhura S2 que passa através das espessuras do filme funcional e da segunda camada adesiva, sem passar através da espessura do filme de separação; 2 acoplar um filme intermediário em uma face do filme funcional oposta à placa base;

3 - formar uma ranhura S1 que passa através das espessuras do filme funcional, do filme de separação e do filme intermediário;4 - separar da placa base a parte do filme funcional que é mantida firmemente unida, por meio da segunda camada adesiva, à parte do filme de separação, e solidamente acoplada à parte do filme intermediário;

5 - conectar a parte do filme intermediário a uma membrana auxiliar deformável por um dispositivo de conexão,

6 - descascar parte do filme de separação de forma a expor a parte da segunda camada adesiva carregada pela parte do filme funcional;

7 - deformar a membrana auxiliar de modo que a forma da parte do filme funcional varie com a deformação da membrana auxiliar; e

8 - afixar a parte da segunda camada adesiva carregada pela parte do filme funcional a um substrato;

onde:

- a primeira ranhura (S1) adicionalmente passa através de uma espessura (e2) do filme de separação (2) de modo a isolar, de uma parte restante do filme de separação, uma parte (2p) do dito filme de separação que coincide com a parte do filme funcional; e

- a fixação do filme de separação (2) ao filme funcional (1) por meio da segunda camada adesiva (4) é mais forte do que a fixação do dito filme de separação (2) à placa base (100) através da primeira camada adesiva;

de modo que a parte do filme funcional com a parte do filme de separação (2p) é separada da placa base (100) na etapa 2, as ditas respectivas partes do filme funcional e do filme de separação sendo mantidas firmemente juntas pela parte da segunda camada adesiva (4p); e

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2/4 a parte da segunda camada adesiva (4p) é exposta no início da etapa 3 através do descascamento da parte do filme de separação (2p);

e o método adicionalmente compreende uma formação de uma segunda ranhura (S2) entre a primeira ranhura (S1) e uma parte útil (1p) da parte do filme funcional, em ao menos uma lateral da dita parte do filme funcional, a dita segunda ranhura que passa através da espessura (θι) do filme funcional e possivelmente ao menos uma parte da segunda camada adesiva (4), sem passar através da espessura (e2) do filme de separação, e isolando uma margem (1m) da parte do filme funcional da dita parte útil da parte do filme funcional;

e a parte do filme de separação (2p) é descascada no início da etapa 3 segurando a dita parte do filme de separação pela margem (1m) da parte do filme funcional fora da parte útil (1p) da dita parte do filme funcional, onde a dita segunda ranhura (S1) é formada antes da dita primeira ranhura (S1), e um filme intermediário (5) é acoplado ao filme funcional (1) entre a respectiva formação da segunda (S2) e primeira (S1) ranhuras, em uma face do dito filme funcional oposta à placa base (100), a dita primeira ranhura (S1) passa adicionalmente através de uma espessura (e5) do filme intermediário (5) de modo a isolar, de uma parte restante do dito filme intermediário, uma parte (5p) do dito filme intermediário coincidindo com a parte do filme funcional, e a parte do filme funcional sendo separada da placa base (100) na etapa 2 enquanto solidamente acoplada à parte (5p) do filme intermediário.

2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que uma primeira interface entre o filme de separação (2) e a primeira camada adesiva (3) dentro da estrutura aderente (20) inicialmente ter uma primeira energia de liberação entre 4 e 20 g/cm, e uma segunda interface entre o dito filme de separação (2) e a segunda camada adesiva (4) dentro da dita estrutura aderente (2) inicialmente tem uma segunda energia de liberação entre 12 e 28 g/cm;

tais energias de liberação são determinadas de acordo com o padrão MI-47.
3. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o filme de separação (2) ser revestido de antemão com silicone em duas faces opostas do dito filme de separação, as ditas duas faces estando subsequentemente em contato com a primeira (2) e a segunda (4) camadas adesivas, respectivamente.
4. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a parte do filme funcional é separada da placa base (100) na etapa 2 segurando a dita parte do filme funcional pela margem (1m), fora da parte útil (1p) da dita parte do dito filme funcional.

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5. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo substrato (200) em uma lente oftálmica.
6. Método, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pela primeira (S1) e a segunda (S2) ranhuras correspondem a uma forma de uma lente de óculos aparada para se ajustar a uma armação de óculos.
7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo filme funcional (1) compreende células (10) justapostas em paralelo a uma superfície do dito filme funcional, as ditas células sendo hermeticamente vedadas e cada uma contendo uma substância com uma propriedade óptica.
8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo filme funcional (1) representar um filme multicamadas compreendendo um filme de suporte de material plástico, revestido com uma ou mais camadas de material fornecendo uma funcionalidade ao dito filme.
9. Estrutura multicamadas (300), caracterizada por compreender, ao longo de uma direção de empilhamento:

- uma membrana auxiliar deformável (6);

- dispositivo de conexão opcional (7);

- uma parte (5p) do filme intermediário, conectada à membrana auxiliar pelo dispositivo de conexão;

- uma parte de filme funcional (1) solidamente acoplada à dita parte de filme intermediário;

- uma parte (4p) de camada adesiva; e

- uma parte (2p) de um filme protetor, mantida na parte do filme funcional pela parte da camada adesiva, e adaptada para ser removida de tal forma a expor a dita parte da camada adesiva enquanto esta permanece sobre a parte do filme funcional, onde as partes do filme intermediário, do filme funcional e do filme protetor têm respectivas bordas periféricas externas (B) que são sobrepostas na direção de empilhamento; e onde a parte do filme funcional tem uma ranhura (S2) em ao menos uma lateral da dita parte do filme funcional, com a dita ranhura separando uma margem (1m) de uma parte útil (1p) dentro da dita parte do filme funcional dentro da margem periférica externa (B), e que passa através de uma espessura (e-O da dita parte do filme funcional e possivelmente em ao menos parte de uma espessura (e4) da camada adesiva (4p), sem passar através de uma espessura (e2) da parte do filme protetor (2p).
10. Estrutura, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pela interface entre a parte do filme protetor (2p) e a parte da camada adesiva (4p) tem uma energia de liberação entre 12 e 28 g/cm de acordo com o padrão MI-47.

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11. Estrutura, de acordo com a reivindicação 9 ou 10, caracterizada pela parte do filme protetor (2p) ser revestida com silicone em duas faces opostas da dita parte do filme protetor.
12. Estrutura, de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 11, caracterizada pelos dispositivos de conexão (7) serem adaptados para permitir que a parte (5p) do filme intermediário deslize localmente sobre a membrana auxiliar (6) durante uma mudança na forma da estrutura multicamadas.
13. Estrutura, de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 12, caracterizada pela borda periférica externa (B) ou a borda da ranhura (S2) quando está presente, corresponder à forma de uma lente de óculos que é aparada para se ajustar a uma armação de óculos.
14. Estrutura, de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 13, caracterizada pela parte do filme funcional compreender células (10) justapostas em um plano perpendicular à direção de empilhamento, as ditas células sento hermeticamente vedadas e cada uma contendo uma substância com uma propriedade óptica.
15. Estrutura, de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 13, caracterizada pela parte de filme funcional representar um filme multicamadas compreendendo um filme de suporte de material plástico, revestido com uma ou mais camadas fornecendo uma funcionalidade ao dito filme.
16. Estrutura, de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 15, caracterizada pela membrana auxiliar (6) compreender uma referência escrita considerando a parte do filme funcional, ou considerando um sítio de produção para a dita estrutura multicamadas.
17. Estrutura, de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 16, caracterizada pela margem (1m) compreender uma referência escrita considerando a parte do filme funcional, ou considerando um sítio de produção para a dita estrutura multicamadas.
18. Estrutura, de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 a 17, caracterizada pela margem (1m) compreender um guia de centralização ou alinhamento escrita.