BRPI0815607B1

BRPI0815607B1 - dispositivo de injeção

Info

Publication number: BRPI0815607B1
Authority: BR
Inventors: Ivan Jennings Douglas
Original assignee: Cilag Gmbh Int
Priority date: 2007-08-08
Filing date: 2008-07-28
Publication date: 2019-12-03
Also published as: IL203546A; WO2009019438A1; ATE503512T2; EP2173413B2; KR101532258B1; GB2451666A; PT2173413E; CN101815549B; DK2173413T3; NZ582913A; KR20100056473A; UA97168C2; ZA201001634B; ES2361798T5; PL2173413T5; MX2010001037A; ES2361798T3; PL2173413T3; CN101815549A; DE602008005891D1

Abstract

dispositivo de injeção a presente invenção refere-se a um dispositivo de injeção (110), que compreende um mecanismo de travamento (170) entre um veículo de seringa (127) e um mecanismo de acionamento (129) do dispositivo de injeção. o acionamento é formado de modo a inibir o movimento do veículo de seringa (127) e da seringa (114) mantido pelo veículo de seringa (127) em direção a uma abertura de saída (128) do dispositivo de injeção, quando o acionamento não é por si mesmo forçado em uma direção para a abertura de saída. isto ajuda na prevenção de dano à seringa antes da atuação do dispositivo de injeção.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "DISPOSITIVO DE INJEÇÃO".

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção refere-se a um dispositivo de injeção do tipo que tem uma seringa e que estende da seringa, descarrega seus conteúdos e então se retrai automaticamente.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[002] Os dispositivos de injeção são mostrados na WO 95/35126 e na EP-A-0 516 473. Estes dispositivos empregam uma mola de acionamento e alguma forma de mecanismo de liberação que libera a seringa a partir da influência da mola de acionamento uma vez que se supõe que seus conteúdos devem ser descarregados, para permitir que a mesma seja retraída por uma mola de retorno.

[003] Geralmente, a mola de retorno é relativamente fraca, uma vez que sua força de restauração precisa ser superada pela mola de acionamento, mesmo enquanto a mola de acionamento está operando sobre os vários componentes do dispositivo de injeção e a seringa durante um ciclo de injeção. Isto pode dar origem a um problema quando o dispositivo de injeção é usado com seringas hipodérmicas vedadas, que têm tipicamente uma cobertura hermeticamente vedada, proteção ou "capa" de agulha que cobre a agulha hipodérmica e mantém a esterilidade dos conteúdos da seringa. Naturalmente, é necessário manter a esterilidade dos conteúdos da seringa até o ponto de administração, que, para dispositivos que são projetados para ser descartáveis, como muitos serão, significa que a "capa" precisa ser removida com a seringa na parte interna do dispositivo de injeção.

[004] Tipicamente, a ação requerida para remover a "capa" a partir da seringa é simplesmente empurrar a "capa" para longe da seringa, o que requer uma força em excesso de 20N. Isto é, significativamente maior do que a força de restauração da mola de retorno, de modo que a seringa será retirada do dispositivo de injeção à medida que a "capa" é removida e, quando a "capa" se desprende, se encaixará de volta no lugar. Este não é o melhor modo para manusear a seringa. O choque pode danificá-la, a agulha pode ser danificada e pode haver problemas no reengate da seringa com estes componentes do dispositivo de injeção projetados para atuarem sobre a mesma. Mesmo nos casos em que não há nenhuma mola de retorno, por exemplo, onde a seringa é mantida no lugar por fricção com componentes do dispositivo de injeção, ainda surgirá o problema de refixar a seringa sobre estes componentes do dispositivo de injeção projetados para atuar sobre a mesma. [005] Além disso, há um problema, como ter a seringa geralmente móvel em uma direção fora do dispositivo de injeção. A ativação acidental da mola de acionamento por falha mecânica do mecanismo de liberação da mola de acionamento (por exemplo, um disparador) pode ocorrer, por exemplo, por queda do dispositivo sobre uma superfície dura. Esta ativação acidental poderia fazer com que a seringa se estendesse involuntariamente para fora do dispositivo e seus conteúdos fossem ejetados. Isto poderia expor a agulha da seringa e aumentaria o risco de perfuração e/ou infecção da pele inadvertida.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[006] O dispositivo de injeção da presente invenção é projetado para lidar com os problemas acima mencionados.

[007] Em um primeiro aspecto da presente invenção, é fornecido um dispositivo de injeção compreendendo: [008] um alojamento adaptado para receber uma seringa tendo um bocal de descarga, a seringa sendo móvel no alojamento junto a um eixo geométrico longitudinal a partir de uma posição retraída em que o bocal de descarga está contido no alojamento e uma posição estendida em que o bocal de descarga da seringa se estende a partir do alojamento através de uma abertura de saída;

[009] um atuador;

[0010] um acionamento adaptado para ser atuado pelo atuador e, por sua vez, atuar sobre a seringa para avançar a mesma a partir de sua posição retraída para sua posição estendida e descarregar seus conteúdos através do bocal de descarga;

[0011] um veículo de seringa adaptado para suportar a seringa à medida que ela é avançada; e [0012] um mecanismo de travamento entre o veículo de seringa e o acionamento adaptado para inibir o movimento do veículo de seringa e da seringa em direção à abertura de saída quando a seringa está em sua posição retraída.

[0013] Assim, o veículo de seringa e a seringa não podem mover-se em direção à abertura de saída antes da ativação do dispositivo de injeção. Uma vez que o mecanismo de travamento é construído no acionamento, não existe nenhum requisito para um mecanismo separado independente do travamento. O veículo de seringa torna-se des-travado automaticamente (isto é, o movimento em direção à abertura de saída é permitido) quando então o acionamento é movido para fazer com que a seringa e o veículo de seringa movam-se em sua posição estendida. Evitando-se o movimento do veículo de seringa fora da abertura de saída (a menos que seja durante uma sequência de atuação do dispositivo de injeção), o dano à seringa e seus conteúdos é evitado. Além disso, isto ajuda a evitar a ativação acidental do dispositivo de injeção, por exemplo, por queda do dispositivo de injeção sobre uma superfície dura.

[0014] De preferência, o dispositivo de injeção compreende um mecanismo de liberação adaptado, em uma posição engatada, para evitar que o atuador atue sobre o acionamento e, em uma posição de-sengatada, para permitir que o atuador atue sobre o acionamento, sendo que o mecanismo de trava é adaptado para evitar o movimento do veículo de seringa em direção à abertura de saída quando o mecanismo de liberação está em sua posição engatada.

[0015] De preferência, um mecanismo de travamento compreende pelo menos um braço fixado com relação do veículo de seringa, sendo que o braço é engatável com uma superfície de travamento correspondente sobre o acionamento.

[0016] Em uma modalidade da presente invenção, o mecanismo de travamento compreende uma pluralidade de braços sobre o veículo de seringa, espaçados circunferencialmente em torno do acionamento. Isto fornece um travamento aperfeiçoado contra o movimento da seringa em direção à abertura de saída.

[0017] Vantajosamente, os braços podem ser espaçados equidis-tantemente em torno do acionamento.

[0018] Em uma modalidade particular da presente invenção, o mecanismo de travamento compreende dois braços.

[0019] De preferência, cada braço é flexível e/ou resiliente. Isto permite que o acionamento seja inserido na seringa através da extremidade do veículo de seringa porque os braços flexionam para fora. Mais preferivelmente, cada braço projeta-se em uma direção para o eixo geométrico longitudinal.

[0020] De preferência, cada braço é posicionado e dirigido para contatar a superfície de travamento sobre o acionamento para evitar o movimento do veículo de seringa na direção longitudinal para a abertura de saída.

[0021] O dispositivo de injeção tem uma extremidade proximal adjacente à abertura de saída e uma extremidade distal localizada em uma extremidade oposta do dispositivo de injeção junto ao eixo geométrico longitudinal.

[0022] Em uma modalidade da presente invenção, a superfície de travamento é formada entre a seção de acionamento e uma segunda seção de acionamento, sendo que a segunda seção de acionamento está localizada em direção à extremidade distal com relação à primeira seção, sendo que a superfície de travamento é formada na interseção entre a primeira e segunda seções de acionamento.

[0023] De preferência, a primeira seção de acionamento é posicionada mais próxima da abertura de saída do que o pelo menos um braço. A segunda seção de acionamento pode ser mais estreita próxima ao eixo geométrico longitudinal do que a primeira seção de acionamento.

[0024] De preferência, a superfície de travamento é formada por uma superfície que não é paralela à direção longitudinal.

[0025] Mais preferivelmente, a superfície de travamento é formada por uma superfície que é perpendicular à direção longitudinal.

[0026] Em uma modalidade particular da presente invenção, o acionamento compreende um eixo que se estende junto ao eixo geométrico longitudinal.

[0027] De preferência, o atuador compreende meios para inclinar o veículo de seringa de uma posição retraída para uma posição estendida.

[0028] Este arranjo de acionamento e braços permite uma extremidade proximal mais ampla de acionamento para passar através dos braços até tal ponto que uma seção mais estreita de acionamento está localizada adjacente aos braços. Neste ponto, os braços flexionam para trás em sua posição inclinada, deste modo evitando que uma extremidade proximal mais ampla de acionamento passe para trás através do veículo de seringa e fora da seringa. Isto também significa que o veículo de seringa não pode mover-se em direção à abertura de saída a menos que ele se mova em conjunção com o acionamento.

[0029] Em uma modalidade da presente invenção, o acionamento inclui primeiro e segundo elementos, dos quais o primeiro é atuado pelo atuador e, por sua vez, atua sobre o segundo, e o segundo atua sobre a seringa ou o veículo de seringa para avançar a mesma a partir de sua posição retraída para sua posição estendida e descarrega seus conteúdos através do bocal de descarga, o primeiro elemento de acionamento sendo de capaz de movimentar-se com relação ao segundo quando o primeiro é atuado pelo atuador e o segundo é retraído pela seringa ou o veículo de seringa.

[0030] De preferência, o dispositivo de injeção compreende um acoplamento que impede que o primeiro elemento de acionamento de mover-se com relação ao segundo até eles terem sido avançados para uma posição de desacoplamento nominal que é menos avançada do que a dita posição de liberação nominal.

[0031] Vantajosamente, o acoplamento pode compreender um mecanismo de desacoplamento, ativado quando os elementos de acionamento são avançados para dita posição de desacoplamento nominal e adaptados para desacoplar o primeiro elemento de acionamento do segundo, assim permitindo que o primeiro elemento de acionamento mova-se com relação ao segundo.

[0032] Em uma modalidade da presente invenção, o dispositivo de injeção ainda compreende uma cobertura localizada sobre a abertura de saída.

[0033] De preferência, o dispositivo de injeção compreende uma proteção de agulha localizada de modo removível sobre o bocal de descarga.

[0034] A cobertura pode ser adaptada para prender a proteção da agulha, de tal modo que a proteção de agulha é liberada e removida do bocal de descarga durante a remoção da cobertura a partir do alojamento.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0035] A invenção será agora descrita por meio de exemplo com referência aos desenhos anexos, em que: [0036] a figura 1a é uma vista lateral reta do dispositivo de injeção de acordo com a presente invenção;

[0037] a figura 1b é uma vista em perspectiva do dispositivo de injeção da figura 1 com sua cobertura removida;

[0038] a figura 1c é uma vista em perspectiva da cobertura do dispositivo de injeção da figura 1;

[0039] a figura 2a é uma vista lateral reta explodida do dispositivo de injeção da figura 1;

[0040] a figura 2b é uma vista lateral reta dos componentes montados do dispositivo de injeção da figura 1;

[0041] a figura 2c é uma vista em perspectiva de um acionamento de múltiplos componentes usado no dispositivo de injeção da figura 1; [0042] a figura 3 é uma vista em seção transversal do dispositivo de injeção da figura 1.

DESCRIÇÃO DETALHADA DOS DESENHOS

[0043] A figura 1a é uma vista lateral reta de um dispositivo de injeção 110 de acordo com a presente invenção. O dispositivo de injeção 110 tem um alojamento 112, uma cobertura 111 que é removível a partir de uma extremidade proximal 167 o alojamento 112 e um botão disparador 102. Outras partes do dispositivo serão descritas em maior detalhe abaixo.

[0044] A figura 1b é uma vista em perspectiva do dispositivo de injeção 110 de acordo com a presente invenção com a cobertura (não-mostrada) removida de sua extremidade. A extremidade do alojamento 112 tem uma abertura de saída 128, a partir da qual se pode ver a extremidade de uma luva 119 surgir.

[0045] A figura 1c é uma vista em perspectiva da cobertura 111 do dispositivo de injeção 110 de acordo com a presente invenção. A cobertura 111 tem uma protuberância central 121 que se ajusta dentro da luva 119 quando a cobertura 111 é instalada no alojamento 112. [0046] A figura 2a é uma vista lateral reta dos componentes do dispositivo de injeção 110 de acordo com a presente invenção e a figura 2b é uma vista lateral reta dos componentes montados do dispositivo de injeção 110 de acordo com a presente invenção sem o alojamento 112 ou cobertura 111.

[0047] Como ilustrado, o dispositivo de injeção 110 compreende uma seringa hipodérmica 114 do tipo convencional, incluindo um corpo da seringa 116 terminando em uma extremidade em um bocal de descarga, especificamente uma agulha hipodérmica 118, e na outra em um flange 120. O êmbolo convencional que poderia ser normalmente usado para descarregar os conteúdos da seringa 114 manualmente é removido e substituído com um elemento de acionamento (referido abaixo como o segundo elemento de acionamento 134) que contata uma rolha 122 na seringa 114. A rolha 122 restringe um fármaco (não-mostrada) a ser administrada dentro do corpo de seringa 116. Apesar de a seringa ilustrada ser do tipo hipodérmico, isto não necessita ser necessariamente assim. Seringas transcutâneas ou dérmicas balísticas e subcutâneas também podem ser usadas com o dispositivo de injeção da presente invenção.

[0048] Como ilustrado, o dispositivo de injeção 110 inclui uma mola de retorno 126 que inclina a seringa 114 a partir de uma posição estendida em que a agulha 118 estende-se a partir da abertura 128 em uma saliência de envoltório 112a do alojamento 112 para a posição retraída em que a agulha 118 está contida dentro do alojamento 112. A mola de retorno 126 atua sobre a seringa 114 por um veículo de seringa 127. A seringa 114 é móvel junto a um eixo geométrico longitudinal 105 do dispositivo de injeção 110 que se estende centralmente junto ao comprimento do dispositivo de injeção 110 a partir da abertura de saída 128 em sua extremidade proximal 167 para uma extremidade distal 168.

[0049] Contido dentro do alojamento em sua extremidade distal 168 está um atuador, que, no presente, toma a forma de uma mola de acionamento por compressão 130. O acionamento a partir da mola de acionamento 130 é transmitido por um acionamento de múltiplos componentes 129 à seringa 114 para avançar a mesma de sua posição retraída para sua posição estendida e descarrega seus conteúdos através da agulha 118. O acionamento 129 realiza sua tarefa atuando diretamente sobre o fármaco e a seringa 114. Forças hidrostáticas atuando através do fármaco e, em uma menor extensão, fricção estática entre a rolha 122 e o corpo da seringa 116 inicialmente asseguram que eles avançam juntos, até a mola de retorno 126 tocar o fundo sobre o veículo de seringa 127 ou encontrar alguma outra obstrução (não-mostrada) que retarde seu movimento.

[0050] A figura 2c é uma vista em perspectiva explodida do acionamento de múltiplos componentes 129. O acionamento de múltiplos componentes 129 entre a mola de acionamento 130 e a seringa 114 consiste de três componentes principais. Uma luva de acionamento 131 toma o acionamento a partir da mola de acionamento 130 e transmite a mesma para um pistão de retardamento 133 sobre o primeiro elemento de acionamento 132. Isto, por sua vez, transmite o acionamento ao segundo elemento de acionamento 134.

[0051] Como será visto a partir da figura 2c, o primeiro elemento de acionamento 132 inclui um tronco oco 140, a cavidade interna do qual forma uma câmara de coleta 141 em comunicação com um respiradouro 144 que se estende a partir da câmara de coleta 141 através da extremidade do tronco 140. O segundo elemento de acionamento 134 inclui um furo cego 146 que é aberto em uma extremidade para receber o tronco 140 e fechado na outra. Como será apreciado, o furo 146 e o tronco 140 definem um reservatório de fluido dentro do qual um fluido de amortecimento está contido.

[0052] O botão disparador 102 é fornecido no lado do alojamento 112 que, quando em uma posição engatada com uma extremidade proximal 145 da luva de amortecimento 131, serve para reter a mola de acionamento 130 em um estado comprimido por contato entre a superfície de travamento 102b e a luva de acionamento 131 quando o botão disparador 102 está em uma posição não atuada. O botão dis-parador 102 pode pivotar sobre o alojamento 112 pelo pivô 102a. Quando a pressão descendente é aplicada ao botão disparador 102 em uma superfície de ativação 102c (isto é, pressão dirigida no alojamento 112), a superfície de travamento 102b move-se para cima em uma direção longe do eixo geométrico longitudinal 105. Nesta posição atuada do botão disparador 102, a superfície de travamento 102b é desacoplada da luva de acionamento 131, desse modo permitindo que a luva de acionamento 131 mova com relação ao alojamento 112 em direção à abertura de saída 128 sob a influência da mola de acionamento 130.

[0053] A luva deslizante 119 é móvel a partir de sua posição estendida (como mostrado na figura 1b), onde se projeta para fora da abertura de saída 128 em uma posição retraída na saliência de envoltório 112a do alojamento 112. A luva deslizante 119 é conectada a um elemento de trava 150 do botão disparador que tem braços resilientes 151 que inclinam a luva deslizante 119 em sua posição estendida em que sua extremidade projeta-se a partir da extremidade da saliência de envoltório 112a. Assim a aplicação de pressão à extremidade da luva deslizante 119, por exemplo, comprimindo a extremidade da luva deslizante 119 contra o tecido, faz com que ela se mova em sua posição retraída dentro do alojamento 112; a liberação da pressão faz com que a luva deslizante 119 mova-se em sua posição estendida inclinada a partir dos braços resilientes 151 atuando contra uma parede lateral do alojamento 112. O elemento de trava 150 do botão disparador tem uma protrusão de trava de botão disparador 152 que contata com a extremidade de uma protrusão de botão disparador 102d sobre o botão disparador 102 quando a luva deslizante 119 está em sua posição estendida. A protrusão do botão disparador 102 estende-se em uma direção que é geralmente paralela ao eixo geométrico longitudinal 105 do dispositivo de injeção 110. A protrusão de trava do botão dispara-dor 152 estende-se em uma direção que é geralmente perpendicular ao eixo geométrico longitudinal 105 em direção à protrusão do botão disparador 102d. A protrusão do botão disparador 102d tem uma abertura 102e que pode mover-se sobre o topo da protrusão de trava do botão disparador 152 quando o elemento de trava do botão disparador 150 moveu-se para longe da abertura de saída 128 (isto é, quando a luva deslizante 119 foi movida na abertura de saída 128 em sua posição retraída). Nesta posição, o botão disparador 102 pode ser movido em sua posição desativada girando o botão disparador 102 próximo ao pivô 102a na direção da pressão aplicada à superfície de pressão 102c. Assim, o elemento de trava do botão disparador 150 e a luva deslizante 119 atuam juntos para travar o botão disparador 102 em sua posição ativada (isto é, a superfície de travamento 102b contata a extremidade da luva de acionamento 131 evitando a mesma de mover-se em direção à abertura de saída 128 sob a inclinação da mola de acionamento comprimida 130).

[0054] Quando a luva deslizante 119 é movida em uma posição em que é retraída no alojamento 112 (isto é, em sua posição destra-vada) e o botão disparador 102 gira em sua posição desativada, a operação do dispositivo 110 é então como a seguir.

[0055] Inicialmente, a mola de acionamento 130 move a luva de acionamento 131, a luva de acionamento 131 move o primeiro elemento de acionamento 132 e o primeiro elemento de acionamento 132 move o segundo elemento de acionamento 134, em cada caso atuando através de braços com trancas flexíveis 132a, 134a,134b. O segundo elemento de acionamento 134 move-se e, em virtude da fricção estática e forças hidrostáticas atuando através da droga (não-mostrada), move o corpo da seringa 116 e o veículo de seringa 127 contra a ação da mola de retorno 126. A mola de retorno 126 comprime-se e a agulha hipodérmica 118 surge a partir da abertura de saída 128 do alojamento 112. Isto continua até a mola de retorno 126 tocar o fundo ou o corpo da seringa 116 encontrar alguma outra obstrução (não-mostrada) que retarde seu movimento. Devido à fricção estática entre o segundo elemento de acionamento 134 e o corpo da seringa 116 e as forças hidrostáticas, atuando através do fármaco (não-mostrada) a ser administrada, não serem suficientes para resistir à força de acionamento completo desenvolvida pela mola de acionamento 130, neste ponto o segundo elemento de acionamento 134 começa a mover-se dentro do corpo da seringa 116 e o fármaco (não-mostrada) começa a ser descarregada. A fricção dinâmica entre o segundo elemento de acionamento 134 e o corpo da seringa 116 e as forças hi-drostáticas atuando através do fármaco (não-mostrada) a ser administrada são, no entanto, suficientes para reter a mola de retorno 126 em seu estado comprimido, de modo que a agulha hipodérmica 118 permanece estendida.

[0056] Antes do segundo elemento de acionamento 134 alcançar o final de seu percurso dentro do corpo da seringa 116, assim, antes que os conteúdos da seringa sejam completamente descarregados, os braços com trancas 134a, 134b ligando o primeiro e segundo elementos de acionamento 132, 134 alcançam uma constrição 137 fornecida em um elemento atuador de tranca 137a que é fixado na extremidade do veículo de seringa 127. A constrição 137 move os braços de tranca flexíveis 134a, 134b para o interior a partir da posição mostrada na fi- gura 2c para uma posição em que os braços de tranca flexíveis 134a, 134b não mais acoplem o primeiro elemento de acionamento 132 ao segundo elemento de acionamento 134, ajudados pelas superfícies chanfradas sobre a constrição 137. Uma vez que isto acontece, o primeiro elemento de acionamento 132 não mais atua sobre o segundo elemento de acionamento 134, permitindo que o primeiro elemento de acionamento 132 mova-se com relação ao segundo elemento de acionamento 134.

[0057] Devido ao fluido amortecedor estar contido dentro de um reservatório (não-mostrado) definido entre a extremidade do primeiro elemento de acionamento 132 e o furo cego 146 no segundo elemento de acionamento 134, o volume do reservatório tenderá a diminuir à medida que o primeiro elemento de acionamento 132 move-se com relação ao segundo elemento de acionamento 134 quando o primeiro é atuado sobre pela mola de acionamento 130. À medida que o reservatório colapsa, o fluido amortecedor é forçado através do respiradouro 144 dentro da câmara de coleta 141. Assim, uma vez que os braços de tranca flexíveis 134a, 134b são liberados, a força exercida pela mola de acionamento 130 trabalha sobre o fluido amortecedor, fazendo o mesmo escoar através da constrição formada pelo respiradouro 144, e também atua hidrostaticamente através do fluido e através da fricção entre o primeiro e segundo elementos de acionamento 132, 134, daí pelo segundo elemento de acionamento 134. Perdas associadas com o fluxo do fluido amortecedor não atenuam a força atuando sobre o corpo da seringa em uma maior extensão. Assim, a mola de retorno 126 permanece comprimida e a agulha hipodérmica permanece estendida.

[0058] Após um tempo, um segundo elemento de acionamento 134 completa seu percurso dentro do corpo da seringa 116 e pode não ir mais adiante. Neste ponto, os conteúdos da seringa 114 são comple- tamente descarregados e a força exercida pela mola de acionamento 130 atua para reter o segundo elemento de acionamento 134 em sua posição terminal e para continuar a fazer o fluido amortecedor escoar através do respiradouro 144, permitindo que o primeiro elemento de acionamento 132 continue seu movimento.

[0059] Antes do reservatório de fluido ser exaurido, os braços de tranca flexíveis 132a, ligando a luva de acionamento 131 com o primeiro elemento de acionamento 132, alcançam outra constrição (não-mostrada) dentro do alojamento 112. Esta constrição move os braços de tranca flexíveis 132a para o interior a partir da posição mostrada em uma posição em que eles não mais acoplam a luva de acionamento 131 ao primeiro elemento de acionamento 132, ajudados pelas superfícies chanfradas sobre a constrição. Uma vez que isto acontece, a luva de acionamento 131 não mais atua sobre o primeiro elemento de acionamento 132, permitindo que eles se movam com relação um ao outro. Neste ponto, naturalmente, a seringa 114 é liberada, porque as forças desenvolvidas pela mola de acionamento 130 não mais estão sendo transmitidas à seringa 114, e a única força atuando sobre a seringa será a força de retorno a partir da mola de retorno 126. Assim, a seringa 114 é agora retornada à sua posição retraída e o ciclo de injeção está concluído.

[0060] Tudo isto se realiza, naturalmente, uma vez que somente a cobertura 111 é removida da extremidade do alojamento 112. A extremidade da seringa é vedada com uma capa 123. A protuberância central 121 da cobertura que se ajusta dentro da luva 119 quando a cobertura 111 é instalada sobre o alojamento 112 compreende um elemento de retenção 125 que é fixado dentro da protuberância 121. O elemento de retenção 125 compreende protrusões resilientes 125a que são dirigidas para longe a partir da abertura de saída 128. Estas protrusões resilientes 125a deformam-se à medida que a cobertura 111 é inserida sobre o alojamento 112 sobre uma proteção de agulha ou capa de borracha 123. As protrusões 125a então prendem a capa 123 firmemente de modo que as extremidades das protrusões são levemente embutidas na capa 123 que pode ser feito de borracha. Isto significa que, como a cobertura 111 é puxada do alojamento 112, a capa 123 é puxada para longe da seringa 114 com a cobertura 111. [0061] A figura 3 mostra como o mecanismo 170 é integrado com o dispositivo de injeção 110 da presente invenção.

[0062] O mecanismo de travamento 170 está localizado sobre o elemento atuador de tranca 137a de modo que ele está sempre localizado entre o veículo de seringa 127 e o acionamento 129 para inibir o movimento do veículo de seringa 127 e da seringa 114 em direção à extremidade proximal 167 do dispositivo de injeção a menos que o acionamento 129 por si mesmo mova-se naquela direção.

[0063] O mecanismo de travamento compreende uma pluralidade de braços 171 que são fixados ao elemento atuador de tranca 137a de modo que eles são fixados com relação ao veículo de seringa 127. Cada braço é engatável com uma superfície de travamento 172 correspondente sobre o acionamento 129. Os braços 171 são espaçados circunferencialmente e equidistantemente próximo ao eixo geométrico longitudinal 105.

[0064] Cada braço 171 é flexível, deste modo permitindo que o acionamento 129 seja inserido dentro da extremidade distal da seringa 114 durante a montagem do dispositivo. Cada braço 171 projeta-se em uma direção para o eixo geométrico longitudinal 105 e junto ao mesmo (isto é, um ângulo oblíquo ao eixo geométrico longitudinal 105) em direção à extremidade proximal 167 do dispositivo de injeção 110. Isto significa que os braços 171 são posicionados e dirigidos para contatar a superfície de travamento 172 sobre o acionamento 129 para evitar o movimento do veículo de seringa 127 e da seringa 114 em direção à abertura de saída em uma direção paralela ao eixo geométrico longitudinal 105.

[0065] A superfície de travamento 172 é formada entre a primeira seção 173a do acionamento e uma segunda seção 173b do acionamento 129, especificamente sobre o segundo elemento de acionamento 134. A segunda seção 173b do acionamento 129 está localizada na direção da extremidade distal 168 do dispositivo de injeção 110 com relação à primeira seção 173a. A superfície de travamento 172 é formada sobre a superfície que une a primeira e segunda seções 173a, 173b do acionamento 129. A primeira seção 173a do acionamento é posicionada mais próxima da extremidade proximal 167 do dispositivo de injeção 110 do que os braços 171. A segunda seção 173b do acionamento é mais estreita próxima ao eixo geométrico longitudinal 105 do que a primeira seção 173a do acionamento, deste modo formando uma aresta para a superfície de travamento 172 no acionamento 129. [0066] Quando uma tentativa é feita para mover o veículo de seringa 127 e a seringa 114 em uma direção para a extremidade proximal 167 do dispositivo de injeção 110 (quando tal movimento não é pelo acionamento 129, por exemplo, quando removendo a cobertura 111 puxando a mesma em uma direção fora da extremidade proximal 167 do alojamento 112), os braços 171 vêm em contato com a superfície de travamento 172, mas não podem ultrapassar a superfície de travamento 172. Isto significa que a força que puxa a seringa 114 em uma direção para a extremidade proximal 167 é transmitida pelo acionamento 129 à superfície de travamento 102b sobre o botão 102. Isto evita que a seringa 114 e o veículo de seringa 127 movam-se longitudinalmente a menos que levados a assim fazer através do movimento do acionamento 129.

[0067] Naturalmente, será entendido que a presente invenção é descrita acima puramente por meio de exemplo, e modificações de detalhe podem ser feitas dentro do escopo da invenção.

REIVINDICAÇÕES

Claims

1. Dispositivo de injeção (110) compreendendo: um alojamento (112) adaptado para receber uma seringa (114) tendo um bocal de descarga (118), a seringa (114) sendo móvel no alojamento (112) junto a um eixo geométrico longitudinal de uma posição retraída, em que o bocal de descarga (118) está contido dentro do alojamento (112), e uma posição estendida, em que o bocal de descarga (118) da seringa (114) estende-se a partir do alojamento (112) através de uma abertura de saída (128); um atuador (130); um acionamento (129) adaptado para ser atuado pelo atua-dor (130) e, por sua vez, atuar a seringa (114) para avançar a mesma a partir de sua posição retraída para sua posição estendida e descarregar seus conteúdos através do bocal de descarga (118); um veículo de seringa (127) adaptado para suportar a seringa (114) à medida que ela é avançada; e caracterizado pelo fato de que ainda compreende um mecanismo de travamento (170) entre o veículo de se- ringa (127) e o acionamento (129) para inibir o movimento do veículo de seringa (127) e da seringa (114) em direção à abertura de saída (128).

2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que ainda compreende um mecanismo de liberação adaptado, em uma posição engatada, para evitar o atuador (130) de atuar sobre o acionamento (129) e, em uma posição desengatada, para permitir que o atuador (130) atue sobre o acionamento (129), em que o mecanismo de travamento (170) é adaptado para evitar o movimento do veículo de seringa (127) em direção à abertura de saída (128) quando o mecanismo de liberação está em sua posição engatada.

3. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o mecanismo de travamento (170) compreende pelo menos um braço (171) fixado em relação ao veículo de seringa (127), em que o braço é engatável em uma superfície de trava-mento (172) correspondente no acionamento (129).

4. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o mecanismo de travamento (170) compreende uma pluralidade de braços (171) no veículo de seringa (127), espaçados circunferencialmente em torno do acionamento (129).

5. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que os braços (171) são espaçados equidistante-mente em torno do acionamento (129).

6. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 4 ou 5, caracterizado pelo fato de que o mecanismo de travamento (170) compreende dois braços (171).

7. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 6, caracterizado pelo fato de que cada braço (171) é flexível.

8. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 6, caracterizado pelo fato de que cada braço (171) projeta-se em uma direção ao eixo geométrico longitudinal.

9. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 6, caracterizado pelo fato de que cada braço (171) é posicionado e dirigido para contatar a superfície de travamento (172) sobre o acionamento (129) para evitar o movimento do veículo de seringa (127) em direção longitudinal à abertura de saída (128).

10. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 9, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de injeção (110) tem uma extremidade proximal (167) adjacente à abertura de saída (128) e uma extremidade distal (168) localizada em uma extre- midade oposta do dispositivo de injeção (110) ao longo do eixo geométrico longitudinal.

11. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que a superfície de travamento (172) é formada entre uma primeira seção do acionamento (173a) e uma segunda seção do acionamento (173b), em que a segunda seção do acionamento (129) está localizada em direção à extremidade distal do acionamento (129) em relação à primeira seção, em que a superfície de travamento (172) é formada na interseção entre as primeira e a segunda seções do acionamento (129).

12. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que a primeira seção do acionamento (173a) está posicionada mais próxima da abertura de saída (128) do que o pelo menos um braço (171).

13. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 11 ou 12, caracterizado pelo fato de que a segunda seção do acionamento (173b) é mais estreita próximo ao eixo geométrico longitudinal do que a primeira seção do acionamento (173a).

14. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 a 13, caracterizado pelo fato de que a superfície de tra-vamento (172) é formada por uma superfície que não é paralela à direção longitudinal.

15. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que que a superfície de travamento (172) é formada por uma superfície que é perpendicular à direção longitudinal.

16. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que o acionamento (129) compreende um eixo que se estende junto ao eixo geométrico longitudinal.

17. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que o atuador (130) compreende meios de incli- nação adaptados para inclinar o veículo de seringa (127) a partir de uma posição retraída para uma posição estendida.

18. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 17, caracterizado pelo fato de que o acionamento (129) inclui primeiro e segundo elementos de acionamento (132, 134), dos quais o primeiro é atuado pelo atuador (130) e, por sua vez, atua sobre o segundo, e o segundo atua sobre a seringa (114) ou o veículo de seringa (127) para avançar a mesma de sua posição retraída para sua posição estendida e descarrega seus conteúdos através do bocal de descarga (118), o primeiro elemento de acionamento sendo capaz de movimentar-se em relação ao segundo quando o primeiro é atuado pelo atuador (130) e o segundo é restringido pela seringa (114) ou veículo de seringa (127).

19. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 18, caracterizado pelo fato de que ainda compreende um acoplamento que evita que o primeiro elemento de acionamento (132) se mova com relação ao segundo (134) até eles terem avançado para uma posição desacoplada nominal que é menos avançada do que a posição de liberação nominal.

20. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 19, caracterizado pelo fato de que o acoplamento compreende um mecanismo de desacoplamento, ativado quando os elementos de acoplamento (132, 134) são avançados para a posição de desacoplamento nominal e adaptado para desacoplar o primeiro elemento de acionamento do segundo, permitindo assim que o primeiro elemento de acionamento se mova em relação ao segundo.

21. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 20, caracterizado pelo fato de que ainda compreende uma cobertura (111) removível localizada sobre a abertura de saída (128).

22. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 21, caracterizado pelo fato de que ainda compreende uma proteção de agulha (123), localizada de modo removível sobre o bocal de descarga (118).

23. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 22, caracterizado pelo fato de que a cobertura (111) é adaptada para prender a proteção de agulha (123), de tal modo que a proteção de agulha (123) é liberada e removida do bocal de descarga (118) durante a remoção da cobertura (111) a partir do alojamento (112).