BRPI0713186A2

BRPI0713186A2 - método para a prevenção da aglomeração de um material em partìculas e a aderência do mesmo ás superfìcies sob a exposição do material a temperatura de subcongelamento e método para a prevenção da geração de poeira dos materiais em partìculas ou das estradas de terra

Info

Publication number: BRPI0713186A2
Application number: BRPI0713186-0A
Authority: BR
Inventors: Bo L Tran; Sankar Bhattacharja; Stephen J Blubauch
Original assignee: Nalco Co
Priority date: 2006-07-20
Filing date: 2007-07-17
Publication date: 2012-04-17
Also published as: AU2007275417A1; US7398935B2; WO2008011394A2; CA2658194A1; RU2009103209A; CN101490205A; RU2440396C2; WO2008011394A3; MX2009000740A; US20060284137A1; CA2658194C; UA95292C2; EP2044166A2; EP2044166A4; AU2007275417B2

Abstract

MéTODO PAPA A PREVENçãO DA AGLOMERAçãO DE UM MATERIAL EM PARTìCULAS E A ADERêNCIA DO MESMO àS SUPERFìCIES SOB A EXPOSIçãO DO MATERIAL A TEMPERATURAS DE SUBCONGELAMENTO E MéTODO PARA A PREVENçãO DA GERAçãO DE POEIRA DOS MATERIAIS EM PARTìCULAS OU DAS ESTRADAS DE TERRA. Trata-se de composições para o controle de poeira e/ou o controle de congelamento e métodos para a utilização das composições. Em uma realização, a presente invenção apresenta métodos de utilização de produtos para o controle de poeira e/ou o controle de congelamento. Por exemplo, o método pode compreender a prevenção da aglomeração de material em partículas que compreende carvão e a aderência do mesmo às superfícies em clima de subcongelamento. O método também pode compreender a prevenção da formação de poeira dos processos de manipulação de material em partículas. As composições para o controle de poeira e/ou o controle de congelamento podem compreender um ou mais subprodutos de glicerina derivados de um processo de manufatura de biodiesel. As composições para o controle de poeira e/ou o controle de congelamento também podem compreender um ou mais subprodutos de glicerina das reações de transesterificação que envolvem triglicerídeos.

Description

MÉTODO PARA A PREVENÇÃO DA AGLOMERAÇAO DE UM MATERIAL EM PARTÍCULAS E A ADERÊNCIA DO MESMO ÀS SUPERFÍCIES SOB A EXPOSIÇÃO DO MATERIAL A TEMPERATURAS DE SUBCONGELAMENTO E MÉTODO PARA A PREVENÇÃO DA GERAÇÃO DE POEIRA DOS MATERIAIS EM PARTÍCULAS OU DAS ESTRADAS DE TERRA

CAMPO TÉCNICO

A presente invenção refere-se ao controle de poeira e ao controle de congelamento. A presente invenção refere-se, mais particularmente, às composições para o controle de poeira e o controle de congelamento que compreendem subprodutos que contêm glicerina de um processo de manufatura de biodiesel ou das reações de transesterif icação que envolvem triglicerídeos, e método de utilização dos líquidos.

FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO

A poeira do tráfego em estradas de terra e da manipulação de produtos em partículas pode criar problemas ambientais, de saúde e de segurança significativos. Nas instalações de mineração, nos locais industriais e de construção, as operações podem ser significativamente restringidas pela formação de nuvens de poeira. Além disso, a poeira pode afetar adversamente a saúde humana e o meio ambiente.

Os agentes para o controle de poeira conhecidos incluem óleos, subprodutos da fabricação de papel tais como dispersões de lignosulfonato, e água, opcionalmente contendo vários sais tais como o cloreto de magnésio e de cálcio ou o cloreto de sódio. A Patente Norte-americana n° . 6.589.442 mostra que uma mistura parcialmente saponificada de talóleo bruto e de óleo vegetal, emulsionada em água, pode ser utilizada como um agente para o controle da poeira.

Os problemas com a poeira podem persistir até mesmo em temperaturas de subcongelamento. É desejável utilizar agentes para o controle de poeira de baixo custo que sejam ambientalmente benéficos e derivados de fontes renováveis.

Nas operações de manipulação de partículas e/ou agregados, o clima de congelamento pode interromper as operações. Por exemplo, o carvão pode conter uma quantidade significativa de umidade. A umidade na superfície do carvão e no carvão, quando congelada, faz com que os pedaços do carvão se aglomerem em protuberâncias grandes, não-manipuláveis, criando um problema de manipulação. O carvão também pode congelar nas paredes dos carros de tremonha e dos vagões ferroviários que são utilizados para transportar o carvão, o que causa adicionalmente um problema de manipulação. Deve ser desejável identificar um agente econômico e altamente eficaz para o controle de congelamento que seja ambientalmente benéfico e derivado de fontes renováveis.

As composições para remoção de gelo e anti-formação de gelo que compreendem subprodutos contendo glicerol de processos de processamento de triglicerídeos são descritas na Patente n°. 6.890.451. As composições para remoção de gelo e anti-formação de gelo que compreendem polióis de cadeia curta incluindo o glicerol e vários agentes de umidificação, antioxidantes, conservantes, tampões e/ou redutores do ponto de congelamento são descritas na Patente Norte-americana 2005/0087720 Al. Nas referências acima, "para remoção de gelo" deve significar a remoção de precipitação congelada de uma superfície depois que o gelo tiver formado. "Anti- formação de gelo" refere-se à aplicação de um fluido contra a formação de gelo a uma superfície antes que o gelo esteja presente a fim de abaixar o ponto de congelamento de qualquer precipitação que entre em contato com a superfície, evitando desse modo que se transforme em gelo.

DESCRIÇÃO RESUMIDA DA INVENÇÃO

A presente invenção refere-se às composições para o controle de poeira e/ou o controle de congelamento que compreendem um subproduto contendo glicerina de um processo de manufatura de biodiesel ou das reações de transesterificação que envolvem triglicerídeos. As composições para o controle de poeira e o controle de congelamento da presente invenção são de baixo custo, ambientalmente benéficas e derivadas de fontes renováveis.

Em uma realização, a presente invenção refere-se a um método para a prevenção da aglomeração de um material em partículas e a aderência do mesmo às superfícies quando da exposição do material a temperaturas de subcongelamento, o qual compreende a) a provisão de um material em partículas não-aglomerado; b) a provisão de uma composição que compreende um subproduto contendo glicerina formado de um processo de manufatura para a fabricação de ésteres de ácido graxo de pelo menos um óleo selecionado do grupo que consiste em óleo vegetal e gorduras animais; e c) aplicação da dita composição ao material em partículas não-aglomerado em uma quantidade suficiente para suprimir a aglomeração do material em partículas e a sua aderência às superfícies quando da exposição do material em partículas às ditas temperaturas de subcongelamento.

Em uma outra realização, a presente invenção refere-se a um método para a prevenção da geração de poeira dos materiais em partículas, o qual compreende a) a provisão de um material em partículas; b) a provisão de uma composição que compreende um subproduto contendo glicerina formado de um processo de manufatura para a fabricação de ésteres de ácido graxo de pelo menos um óleo selecionado do grupo que consiste em óleo vegetal e gorduras animais; e c) aplicação da dita composição ao material em partículas em uma quantidade eficaz para umidificar a superfície do material e evitar substancialmente a geração de poeira do material em partículas. Em uma outra realização, a presente invenção refere-se a um método para a prevenção da geração de poeira de uma estrada de terra que compreende a) a provisão de uma estrada de terra; b) a provisão de uma composição que compreende um subproduto contendo glicerina formada de um processo de manufatura para a fabricação de ésteres de ácido graxo de pelo menos um óleo selecionado do grupo que consiste em óleo vegetal e gorduras animais; e c) aplicação da dita composição à estrada de terra em uma quantidade eficaz para umidificar a superfície da estrada de terra e evitar substancialmente a geração de poeira da estrada de terra.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

A presente invenção utiliza subprodutos contendo glicerina das reações de transesterificação que envolvem triglicerídeos incluindo processos de manufatura de biodiesel para evitar a aglomeração e a aderência de materiais em partículas às superfícies em temperaturas de subcongelamento, para suprimir a geração de poeira dos materiais em partículas e das estradas de terra. O subproduto da glicerina obtido tal como descrito na presente invenção é de baixo custo e "ambientalmente benéfico", isto é, não-perigoso, atóxico, biodegradável, favorável ao meio ambiente e/ou derivado de fontes renováveis.

As "reações de transesterificação que envolvem triglicerídeos", tal como utilizado na presente invenção, referem-se à divisão dos ésteres de triglicerídeos derivados de óleos vegetais e/ou de gorduras animais na presença da base e de um monoidróxi álcool tal como o metanol ou o etanol para produzir monoésteres de ácidos graxos que compreendem os triglicerídeos originais.

Os triglicerídeos, os componentes principais das gorduras animais e dos óleos vegetais, são ésteres de glicerol, um álcool triídrico, com diferentes ácidos graxos de vários pesos moleculares associados com a gordura ou o óleo particular. Os ácidos graxos mais comuns extraídos das gorduras naturais e dos óleos incluem os ácidos palmítico, esteárico e linoléico. As gorduras e os óleos representativos utilizados nas reações de transesterificação descritas na presente invenção incluem o sebo, talóleo bruto, óleos vegetais virgens, soja, mostarda, canola, coco, semente de colza, palma, vísceras de aves domésticas, óleos de peixes, óleos de cozinha usados e/ou gordura de esgotos, e outros ainda.

Em uma realização, o subproduto contendo glicerina é derivado de um processo de manufatura de biodiesel.

O biodiesel é um combustível de substituição de diesel de queima limpa obtido a partir de fontes naturais e renováveis. Por exemplo, o biodiesel pode incluir os ésteres de alquila de ácido graxo utilizados como um combustível de substituição de diesel de queima limpa obtido a partir de fontes tais como óleos vegetais e gorduras animais novos e usados.

De acordo com o Centro de Dados sobre Combustível Americano do Departamento de Energia dos Estados Unidos, aproximadamente 55% do biodiesel são produzidos atualmente a partir de material de gordura ou óleo reciclado, incluindo a gordura de cozinha reciclada. A outra metade da indústria fica limitada aos óleos vegetais, dos quais o mais barato é o óleo de soja. A indústria da soja tem sido a força motriz por trás da comercialização do biodiesel por causa do excesso da capacidade de produção, dos excessos de produto e da queda dos preços. Problemas similares aplicam-se à indústria de gordura reciclada e das gorduras animais, embora estes materiais básicos sejam menos caros do que os óleos de soja.

Com base nos recursos combinados de ambas as indústrias, há bastante material de partida para prover 1,9 bilhões de galões de biodiesel.

0 biodiesel é tipicamente obtido através de um processo químico denominado transesterificação em que o óleo vegetal ou as gorduras animais são convertidos em ésteres de alquila de ácido graxo e subprodutos de glicerina. Os ácidos graxos e os ésteres de alquila de ácido graxo podem ser produzidos a partir dos óleos e das gorduras pela transesterificação do óleo catalisada com uma base, esterificação direta do óleo catalisada com um ácido e pela conversão do óleo em ácidos graxos e a esterif icação subseqüente em biodiesel.

A maior parte dos ésteres de alquila de ácido graxo é produzida pelo método catalisado com uma base. Em geral, qualquer base pode ser utilizada como catalisador utilizado para a transesterif icação do óleo para produzir o biodiesel; no entanto, o hidróxido de sódio ou o hidróxido de potássio é utilizado na maioria dos processos comerciais.

No processo de manufatura de biodiesel, os óleos e as gorduras podem ser filtrados e pré-processados para remover a água e os contaminantes. Se os ácidos graxos livres estiverem presentes, eles podem ser removidos ou transformados em biodiesel ao utilizar tecnologias especiais de pré-tratamento, tal como a esterificação catalisada com um ácido. Os óleos e as gorduras pré-tratados podem ser então misturados com um álcool e um catalisador (por exemplo, uma base) . A base utilizada para a reação é tipicamente o hidróxido de potássio ou hidróxido de sódio, sendo dissolvido no álcool utilizado (tipicamente etanol ou metanol) para formar o alcóxido correspondente, com agitação ou mistura padrão. Deve ser apreciado que qualquer base apropriada pode ser utilizada. O alcóxido pode ser então carregado em um recipiente de reação fechado e os óleos e as gorduras são adicionados. 0 sistema pode ser então fechado e mantido a aproximadamente 71°C (160°F) por um período de aproximadamente uma a oito horas, embora alguns sistemas recomendem que as reações sejam executadas à temperatura ambiente.

Uma vez que as reações estejam completas, as moléculas do óleo (por exemplo, os triglicerídeos) são hidrolisadas e dois produtos principais são produzidos: 1) uma fase de ésteres de ácido graxo brutos (isto é, fase do biodiesel) e 2) uma fase do subproduto de glicerina. Tipicamente, a fase dos ésteres de alquila de ácido graxo brutos forma uma camada na parte superior da fase mais densa do subproduto de glicerina. Uma vez que a fase do subproduto de glicerina é mais densa do que a fase do biodiesel, as duas podem ser separadas pela gravidade. Por exemplo, a fase do subproduto de glicerina pode ser simplesmente extraída da parte inferior de um recipiente de sedimentação. Em alguns casos, um centrifugador pode ser empregado para acelerar a separação das duas fases.

A fase do subproduto de glicerina consiste tipicamente em uma mistura de glicerina, ésteres de metila, metanol, mong e sais e água inorgânicos. Mong é "matéria orgânica que não glicerol". A mong consiste normalmente em sabões, ácidos graxos livres e outras impurezas.

Os ésteres de metila e o metanol estão tipicamente presentes em uma quantidade de aproximadamente 0,01 a aproximadamente 5 por cento.

Os sais inorgânicos típicos incluem, por exemplo, sais (por exemplo, cloretos e sulfatos) de sódio, potássio e/ou cálcio. Em uma realização, os subprodutos podem conter de aproximadamente 0,01 a aproximadamente 15 por cento em peso dos sais inorgânicos. Em uma realização, os sais inorgânicos são selecionados entre o cloreto de sódio, o cloreto de potássio, o cloreto de cálcio e as misturas destes.

Em uma realização, o subproduto contendo glicerina compreende de aproximadamente 45 a 90 por cento em peso de glicerina, de aproximadamente 5 a aproximadamente 50 por cento em peso de água e de aproximadamente 0,01 a aproximadamente 15 por cento em peso de sais inorgânicos.

O subproduto contendo glicerina pode ser opcionalmente diluído com um diluente apropriado para reduzir o custo por metro quadrado da superfície que está sendo tratada. Um diluente preferido é a água. A quantidade de diluente pode variar com as condições e pode ser determinada no local de utilização, dependendo da natureza da matéria em partículas (estradas de terra, pilhas de carvão, pilhas de areia, ou outros ainda) e da temperatura por ocasião da aplicação.

Em uma realização, o subproduto contendo glicerina é diluído com aproximadamente 10 a aproximadamente 400 por cento em peso de água, com base no peso do dito subproduto.

Foi verificado que a aplicação das composições que compreendem os subprodutos contendo glicerina, descritos na presente invenção evita eficazmente a aglomeração de materiais em partículas e a aderência dos materiais em partículas às superfícies quando da exposição às temperaturas de subcongelamento. Este fenômeno é denominado "condicionamento por congelamento".

Sem ficar limitado pela teoria, acredita-se que o condicionamento por congelamento resulta de um enfraquecimento das ligações entre a formação de cristais de gelo devido à glicerina e a outras impurezas contidas no subproduto, evitando desse modo a aglomeração do material em partículas como uma massa sólida. Desse modo, embora a água contida no material em partículas seja congelada em uma aplicação típica, o material em partículas não congela como uma massa sólida.

O condicionamento por congelamento é, portanto, distinto da remoção de gelo, em que o gelo formado é convertido em água pela diminuição do ponto de congelamento do gelo, ou contra a formação de gelo, em que um agente é aplicado a uma superfície ou material para evitar a formação de gelo quando a superfície ou o material entra em contato por precipitação. De um modo mais marcante, a dosagem requerida para o condicionamento por congelamento é substancialmente mais baixa do que a dosagem requerida para a remoção do gelo ou anti-formação de gelo.

Por exemplo, uma tonelada de carvão pode conter 8% (160 libras) de água. A fim de reduzir o ponto de congelamento da água até -25°F, o carvão teria que ser tratado com aproximadamente 85 libras de glicerina pura. Por outro lado, a aglomeração de carvão à mesma temperatura pode ser eficazmente evitada pela aplicação de uma composição que contém duas a três libras do subproduto contendo glicerina tal como descrito na presente invenção ao carvão não- aglomerado. Este exemplo demonstra que, embora a umidade contida no carvão tratado de acordo com a presente invenção esteja congelada, o carvão permanece não-aglomerado e manipulável a uma fração da dosagem requerida para a remoção de gelo.

Consequentemente, em uma realização, a presente invenção consiste em um método para a prevenção da aglomeração do material em partículas, tal como o carvão, lascas de madeira, fertilizantes e agregados e a aderência dos mesmos às superfícies em temperaturas de subcongelamento, o qual compreende a aplicação do subproduto contendo glicerina ao dito material em partículas enquanto o material em partículas está no estado não-aglomerado em uma quantidade eficaz para evitar a aglomeração do material quando da exposição às temperaturas de subcongelamento.

Conforme utilizado na presente invenção, os "agregados" referem-se a uma mistura de materiais minerais em partículas incluindo minérios minerais e de mineração, areia, cascalho, fosfato, cinza de soda, caulim, sílica, cimento, ferro, taconita, bauxita de alumina, e outros ainda.

Em uma aplicação típica de controle de congelamento, o subproduto contendo glicerina é diluído com água para se obter uma composição que contém de aproximadamente 20 a aproximadamente 60 por cento em peso de glicerina.

Por exemplo, para evitar a aglomeração do carvão, aproximadamente 2 a aproximadamente 4 pints da composição do subproduto contendo glicerina são aplicados por tonelada de carvão. Foi demonstrado que esta dosagem enfraquece eficazmente os cristais de gelo para evitar a aglomeração em clima de subcongelamento.

A composição é aplicada ao material em partículas enquanto o mesmo se encontra em um estado não-aglomerado e fluindo livremente, por exemplo, pela aspersão no material enquanto ele está caindo de uma rampa ou enquanto está sendo transportado sobre uma correia transportadora.

Em algumas realizações, a composição é aplicada ao material em partículas a uma dosagem de aproximadamente 2 00 a aproximadamente 1.400 g de glicerina por tonelada do material em partículas.

Conforme descrito na presente invenção, a presente invenção apresenta o controle eficaz do congelamento, evitando a aglomeração por congelamento de materiais em partículas, tal como o carvão. Um benefício inesperado do subproduto contendo glicerina é a sua propriedade redutora do ponto de congelamento. A invenção exibe características redutoras do ponto de congelamento melhores do que o esperado. Por exemplo, uma solução aquosa de 50% de glicerina pura congela a aproximadamente - 27,2°C (-17°F). Uma solução aquosa de 50% de uma formulação preferida da presente invenção congela a aproximadamente -40°C (aproximadamente - 40°F). Desse modo, as composições da presente invenção podem ser utilizadas até mesmo sob condições de inverno ártico como um agente de controle anti-aglomeração/aderência/poeira, uma vez que a composição não irá congelar durante a armazenagem ou a aplicação. Do mesmo modo, é desnecessária a adição de redutores do ponto de congelamento adicionais à composição.

Em algumas realizações, o subproduto contendo glicerina tem um ponto de congelamento de pelo menos aproximadamente -35°C.

As composições da presente invenção também controlam a poeira através de suas propriedades de ligação e de umidificação inerentes. Consequentemente, em algumas realizações, a presente invenção apresenta métodos para a prevenção da geração de poeira dos materiais em partículas, o qual compreende a adição de uma quantidade da composição do subproduto contendo glicerina eficaz para umidificar a superfície do material em partículas e evitar a geração de poeira.

A composição pode ser apropriadamente aplicada a qualquer material em partículas que pode gerar poeira quando perturbado, manipulado ou processado.

Em algumas realizações, os materiais em partículas são selecionados entre o carvão, lascas de madeira, fertilizantes, sujeira, poeira e agregados.

Em outras realizações, a presente invenção apresenta métodos para a prevenção da geração de poeira das estradas de terra, os quais compreendem a adição de uma quantidade da composição do subproduto contendo glicerina eficaz para umidificar a superfície da estrada e evitar a geração de poeira.

As "estradas de terra" referem-se a superfícies não-pavimentadas incluindo estradas, trajetos, trilhas, estacionamentos e outros ainda e superfícies pavimentadas tal como descrito acima que compreendem uma quantidade de materiais em partículas que geram poeira tais como sujeira, areia, cascalho, e outros ainda.

Em aplicações para o controle de poeira, o subproduto contendo glicerina é diluído tipicamente com água para se obter uma composição que compreende de aproximadamente 20 a aproximadamente 80 por cento em peso de glicerina.

Em realizações para o controle de poeira, a composição é aplicada ao material em partículas a uma dosagem de aproximadamente 200 a aproximadamente 2.400 gramas de glicerina por tonelada do material em partículas.

Para a aplicação às estradas de terra, a composição pode ser aplicada à estrada a uma dosagem de aproximadamente 200 a aproximadamente 1.000 gramas de glicerina por jarda quadrada da superfície da estrada.

O acima exposto pode ser mais bem compreendido com referência aos seguintes exemplos, que são apresentados para finalidades de ilustração e não se prestam a limitar o âmbito da invenção.

Exemplo 1: Controle de Poeira

Uma solução de glicerina bruta é obtida a partir de um processo de síntese do biodiesel. Nesta realização, o componente de glicerina bruta compreende aproximadamente 80 por cento em peso de glicerina, aproximadamente 10-11 por cento em peso de água, aproximadamente 7 por cento em peso de cloreto de sódio e aproximadamente 1-2 por cento em peso de ésteres de ácido graxo e ésteres de metila dos mesmos. 0 produto é diluído com 100 por cento em peso de água para se obter uma solução de 4 0% de subproduto de glicerina bruta. A composição é aplicada a uma estrada empoeirada a uma dosagem de um quarto por jarda quadrada.

A glicerina diluída bruta é altamente eficaz para reduzir a geração de poeira dos veículos que passam. A geração de poeira de estrada também é evitada por quatro semanas antes que uma aplicação de manutenção seja necessária. A prática atual da indústria é a utilização de água ou de sal para controlar a poeira da estrada. Estas aplicações são eficazes, mas duram somente de uma hora até diversos dias antes que uma outra aplicação seja requerida. 0 tratamento de acordo com a presente invenção pode durar semanas.

Além disso, o produto diluído retém um ponto de congelamento de aproximadamente -28,80C (aproximadamente - 20°F) . Este deve ser contrastado com um ponto de congelamento para uma solução de 4 0% de glicerina pura em água de aproximadamente -Il0C (aproximadamente 1°F).

Desse modo, o produto diluído deste exemplo é altamente apropriado para a utilização a temperaturas abaixo de zero, para a supressão da poeira e/ou para o controle de congelamento de produtos em partículas tais como o carvão, tal como descrito acima.

Exemplo 2: Controle de Congelamento

A composição de subproduto contendo glicerina do

Exemplo 1 é aplicada ao carvão não-aglomerado em vagões ferroviários abertos ao utilizar um bocal de aspersão que aplica a composição à medida que o carvão sai da correia transportadora e é depositado no vagão ferroviário. Um nível de dosagem de aproximadamente dois a aproximadamente quatro pints de material conforme aplicado é utilizado por tonelada de carvão.

O carvão é então enviado às usinas de energia a temperaturas de subcongelamento durante os meses de inverno, onde chega em um estado não-aglomerado e é facilmente removido dos vagões ferroviários e é manipulado na usina de energia.

Embora a presente invenção tenha sido descrita acima com relação às realizações representativas ou ilustrativas, estas realizações não devem ser exaustivas ou limitadoras da invenção. Em vez disso, a invenção deve englobar todas as alternativas, modificações e equivalentes incluídos em seu caráter e âmbito, conforme definido pelas reivindicações em anexo.

Claims

1. MÉTODO PARA A PREVENÇÃO DA AGLOMERAÇÃO DE UM MATERIAL EM PARTÍCULAS E ADERÊNCIA DO MESMO ÀS SUPERFÍCIES SOB A EXPOSIÇÃO DO MATERIAL A TEMPERATURAS DE SUBCONGELAMENTO, caracterizado pelo fato de compreender: a) a provisão de um material em partículas não- aglomerado; b) a provisão de uma composição que compreende um subproduto contendo glicerina formado de um processo de manufatura para a fabricação de ésteres de ácido graxo de pelo menos um óleo selecionado do grupo que consiste em óleo vegetal e gorduras animais; e c) a aplicação da dita composição ao material em partículas não-aglomerado em partículas em uma quantidade suficiente para suprimir a aglomeração do material e a aderência às superfícies quando da exposição do material em partículas às ditas temperaturas de subcongelamento.

2. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o dito processo de manufatura é um processo de manufatura de biodiesel de formação de ésteres de ácido graxo a partir de óleos vegetais, gorduras animais ou de uma mistura dos mesmos.

3. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que o dito subproduto compreende aproximadamente 45 a 90 por cento em peso de glicerina, aproximadamente 5 a aproximadamente 50 por cento em peso de água e aproximadamente 0,01 a aproximadamente 15 por cento em peso de sais inorgânicos.

4. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o dito sal compreende cloreto de sódio, cloreto de potássio, cloreto de cálcio, ou uma mistura dos mesmos.

5. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a dita composição é formada pela diluição do dito subproduto com aproximadamente 10 a aproximadamente 400 por cento em peso de água, com base no peso do dito subproduto.

6. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o dito subproduto tem um ponto de congelamento de pelo menos aproximadamente -35°C.

7. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a dita composição é aplicada ao material em partículas a uma dosagem de aproximadamente 200 a aproximadamente 1.400 g de glicerina por tonelada do material em partículas.

8. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o dito material em partículas é selecionado entre o carvão, lascas de madeira, fertilizantes e agregados.

9. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o dito material em partículas é o carvão.

10. MÉTODO PARA A PREVENÇÃO DA GERAÇÃO DE POEIRA DE MATERIAIS EM PARTÍCULAS OU DE ESTRADAS DE TERRA, caracterizado pelo fato de compreender a) a provisão de um material em partículas ou de uma estrada de terra; b) a provisão de uma composição que compreende um subproduto contendo glicerina formado de um processo de manufatura para a fabricação de ésteres de ácido graxo de pelo menos um óleo selecionado do grupo que consiste em óleo vegetal e gorduras animais; e c) a aplicação da dita composição ao material em partículas ou à estrada de terra em uma quantidade eficaz para umidificar a superfície do material em partículas ou da estrada de terra e evitar substancialmente a geração de poeira do material em partículas ou da estrada de terra.

11. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o dito processo de manufatura é um processo de manufatura de biodiesel para a formação de ésteres de ácido graxo a partir de óleos vegetais, gorduras animais ou misturas dos mesmos.

12. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que o dito subproduto compreende aproximadamente 45 a 90 por cento em peso de glicerina, aproximadamente 5 a aproximadamente 50 por cento em peso de água e aproximadamente 0,01 a aproximadamente 15 por cento em peso de sais inorgânicos.

13. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que o dito sal compreende cloreto de sódio, cloreto de potássio, cloreto de cálcio ou uma mistura dos mesmos.

14. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que a dita composição é formada pela diluição do dito subproduto com aproximadamente 10 a aproximadamente 400 por cento em peso de água, com base no peso do dito subproduto.

15. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o dito subproduto tem um ponto de congelamento de pelo menos aproximadamente -35°C.

16. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que a dita composição é aplicada ao dito material em partículas a uma dosagem de aproximadamente 200 a aproximadamente 2.400 g de glicerina por tonelada do material em partículas.

17. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o dito material em partículas é selecionado do grupo que consiste em materiais que podem gerar poeira quando perturbados, manipulados ou processados.

18. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o dito material em partículas é selecionado entre o carvão, lascas de madeira, fertilizantes, solo, terra e agregados.

19. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que a dita composição é aplicada à dita estrada de terra a uma dosagem de aproximadamente 200 a aproximadamente 1.000 g de glicerina por jarda quadrada da superfície da estrada.