BRPI0707196A2

BRPI0707196A2 - processo de corte de uma panóplia de peças, e, dispositivo de corte

Info

Publication number: BRPI0707196A2
Application number: BRPI0707196-5A
Authority: BR
Inventors: Laurent Tremourex; Jean-Christophe Hamann
Original assignee: Airbus France
Priority date: 2006-01-27
Filing date: 2007-01-22
Publication date: 2011-04-26
Also published as: CN101374620B; ATE439935T1; FR2896718B1; CA2637268A1; WO2007085584A1; US20100268373A1; CN101374620A; JP4954220B2; DE602007002056D1; JP2009524862A; CA2637268C; EP1981673A1; RU2433893C2; RU2008134906A; EP1981673B1; US8428767B2; FR2896718A1

Abstract

PROCESSO DE CORTE DE UMA PANóPLIA DE PEçAS, E, DISPOSITIVO DE CORTE. O objeto da invenção refere-se a um processo de corte de uma panóplia de peças. De acordo com a invenção, este processo de corte compreende as etapas seguintes: a) uma etapa de produção de dados relativos aos pontos definindo o contorno de cada peça e ao posicionamento de cada peça em um quadro de referência cartesiano (X, Y) da panóplia, b) uma primeira etapa de reagrupamento das peças em, pelo menos, um subconjunto, cada subconjunto materializado por um quadro sendo considerado como uma única peça; c) uma segunda etapa de reagrupamento dos subconj untos em, pelo menos, um conjunto, cada conjunto materializado por um quadro sendo considerado como uma única peça; d) uma etapa de estabelecimento de uma ordem de corte das peças a partir dos subconj untos e dos conjuntos definidos respectivamente nas etapas (b) e (c); uma etapa de corte em que a ferramenta de corte se desloca de peças em peças conforme a referida ordem de corte estabelecida a partir da etapa (d).

Description

"PROCESSO DE CORTE DE UMA PANÓPLIA DE PEÇAS, E,DISPOSITIVO DE CORTE"

A presente invenção refere-se a um processo de corte de umapanóplia de peças. Este processo permite determinar, de modo automático eótimo, uma ordem de corte das peças.

As aplicações da presente invenção referem-se ao domínio deusinagem de peças industriais, particularmente o domínio da indústriaaeronáutica onde as peças a fabricar são de forma e de tamanho diferentes e aspanóplias são criadas conforme a necessidade em uma organização deprodução em fluxo estendido.

Atualmente, para fabricar peças de forma regular ou irregular,por dobramento e encurvamento, ou estampagem profunda, procede-se a umcorte dos discos correspondendo às peças nas chapas que são geralmente deligas metálicas, material plástico ou compósito. Vários discos tendo formasmuito diferentes podem ser cortados em uma mesma chapa ou uma pilha dechapas. Na seqüência da descrição, designa-se por "peças" os discosdestinados à realização das peças.

Um processo de imbricação é utilizado para colocar as peçasumas em relação às outras a partir dos dados geométricos das peças eeventualmente do percurso da ferramenta de corte correspondente a fim deotimizar a relação entre a superfície das peças e a superfície da chapa demodo a reduzir as quedas. O conjunto das peças posicionadas sobre a chapaconstitui uma panóplia.

Proveniente deste processo de imbricação, cada peça éposicionada exatamente por um quadro que a envolve, e notadamente pelaposição do centro de seu quadro e sua orientação no quadro de referência dapanóplia e cada peça é associada a um percurso de usinagem.

Antes de cada operação de corte, deve-se determinar, napanóplia, a ordem de corte das peças numerando-se as mesmas, em seguidaesta ordem é gravada em um programa destinado ao sistema de comando doaparelho de corte. A ferramenta de corte guiada por este sistema de comandocorta as peças seguindo esta ordem.

Atualmente, esta etapa de determinação da ordem de corte éefetuada manualmente por um técnico experiente.

A determinação da ordem do corte é uma etapa muito importanteno processo porque ela condiciona as trajetórias da ferramenta durante ocorte. Esta ordem tem uma influência não negligenciável sobre a precisão docorte, portanto da qualidade da peça e do rendimento da operação de corte.Com efeito, durante a progressão do corte na panóplia, as peças previamentecortadas não se encontram mais fixadas à panóplia e deixam as zonas semmatéria na panóplia (esqueleto). As peças devendo ser cortadas seencontrando ao lado destas zonas vazias são expostas a uma situação maisinstável, porque as peças ficam menos sustentadas pelo material. Estainstabilidade durante o corte acarreta um corte menos preciso e dá lugar apeças de má qualidade. Esta ordem é particularmente crítica quando apanóplia é pouco sustentada sobre a mesa do aparelho de corte, sendo aindamais crítica no caso de uma pilha de chapas. Ora, o processo de corte commanutenção mínima de uma pilha de chapas é o processo que oferece omáximo de flexibilidade e, portanto, particularmente adaptado a umaprodução do tipo de atendimento imediato à demanda sem estoque. Umaescolha cuidadosa da ordem de corte por parte do técnico preparador é,portanto, fundamental para ter sucesso na realização das peças.

Assim, se esta ordem não for corretamente determinada, osdeslocamentos inúteis e às vezes perigosos podem deteriorar a qualidade daspeças já cortadas.

Um outro inconveniente técnico ocasionado pelo fato de umadeterminação manual é o tempo necessário ao técnico preparador paradeterminar a ordem. Com efeito, no domínio aeronáutico, a produção daspeças é uma produção de atendimento imediato à demanda sem estoque, aspanóplias são criadas na medida da necessidade e nenhuma panóplia éidêntica a uma precedente, o técnico preparador devendo otimizar esta ordemcada vez que muda a configuração da panóplia.

Para resolver estes problemas, a presente invenção propõe umprocesso de corte, simples em seu modo operatório e de uma grandeconfiabilidade, comportando uma etapa de determinação automática da ordemde corte das peças a partir de uma topografia simplificada da panóplia, estaetapa de determinação sendo em seguida integrada diretamente a umprograma de corte do aparelho de corte.

Um primeiro objetivo da presente invenção é realizar as peças dequalidade superior e ao mesmo tempo melhorar a eficácia do processo decorte.

Um segundo objetivo é se liberar dos riscos dos erros inerentesdo operador ao propor um programa de corte permitindo determinar de modosemi-automático ou automático a ordem de corte. O comportamento desteprograma de corte em relação a uma topografia dada de uma panóplia édefinido pelos parâmetros em escala que permitem reproduzir ocomportamento dos técnicos preparadores experimentados.

A este efeito, a presente invenção tem, portanto, por objeto, umprocesso de corte de uma panóplia de peças, o corte sendo realizado por umaferramenta de corte em uma pilha de chapas mantida por uma linha degrampos sobre, pelo menos, um de seus lados, sendo o deslocamento daferramenta de corte guiado por um sistema de comando.

De acordo com a invenção, o processo compreende

a) uma etapa de produção de dados relativos aos pontosdefinindo o contorno de cada peça e o posicionamento de cada peça em umquadro de referência cartesiano (X, Y) da panóplia,

b) uma primeira etapa de reagrupamento das peças em, pelomenos, um subconjunto, cada subconjunto materializado por um quadrosendo considerado como uma única peça;

c) uma segunda etapa de reagrupamento dos referidossubconjuntos em pelo menos um conjunto, cada conjunto materializado porum quadro sendo considerado como uma única peça;

d) uma etapa de estabelecimento de uma ordem de progressão decorte das peças a partir dos subconjuntos e de conjuntos definidosrespectivamente nas referidas etapas (b) e (c);

e) uma etapa de corte em que a ferramenta de corte se desloca depeça em peça em conformidade com a referida ordem de progressão de corteestabelecida na etapa (d).

Em diferentes formas de realização possíveis, a presenteinvenção refere-se igualmente às características que aparecerão durante adescrição seguinte e que deverão ser consideradas isoladamente ou segundotodas as suas combinações técnicas possíveis:

- preferivelmente, na etapa (b), cada subconjunto é definido apartir de uma peça principal definindo uma zona de recobrimento, as peças se

encontrando na referida zona de recobrimento segundo uma taxa derecobrimento β fazendo as partes do referido subconjunto,

- preferivelmente, na etapa (c), cada conjunto é definido a partirde um subconjunto principal definindo uma zona de projeção, ossubconjuntos se encontrando na referida zona de projeção segundo uma taxade sobreposição super-β fazendo as partes do referido conjunto,

a etapa de reagrupamento das peças nos subconjuntoscompreende- uma primeira fase de identificação da referida pelo menos umapeça principal,

- para cada peça principal, uma zona de recobrimento sendodefinida segundo uma direção de iluminação,

- uma segunda fase de identificação das peças se encontrando nareferida zona de recobrimento segundo uma taxa de recobrimento βcompreendida entre 0 e 1,

a etapa de reagrupamento dos subconjuntos nos conjuntoscompreende

- uma primeira fase de identificação do referido pelo menos umsubconjunto principal,

- para cada subconjunto principal, uma zona de projeção sendodefinida sobre um dos dois eixos do quadro de referência da referida panóplia,

- uma segunda fase de identificação dos subconjuntos tendo umaprojeção sobreposta com a referida zona de projeção segundo uma taxa desobreposição super-β compreendida entre 0 e 1.

A invenção será descrita em maiores detalhes com referência aosdesenhos anexos em que:

- A figura 1 representa esquematicamente uma panóplia de peçasimbricadas umas com relação às outras, o lado inferior da panóplia sendomantido por uma linha de grampos e os outros lados sendo mantidos apenasno meio e nos cantos, o posicionamento das peças sendo enquadrado emrelação a um quadro de referência cartesiano (X, Y), que é o da panóplia;

- A figura 2 representa uma peça tendo um contorno em forma deretângulo e uma peça tendo um contorno em forma de arco, cada peça sendocercada por um quadro definido pelos quatro pontos P1, P2, P3 e P4;

- A figura 3 representa esquematicamente uma zona derecobrimento definida por uma peça principal retângulo;- A figura 4 representa esquematicamente uma zona derecobrimento definida por uma peça principal arco;

- A figura 5 representa um exemplo de panóplia de peçascomportando 4 subconjuntos;

- A figura 6 ilustra um exemplo de zona sobreposição entre doissubconjuntos esquematizados por dois retângulos, o reagrupamento dos doissubconjuntos forma um conjunto;

- A figura 7 representa esquematicamente para um exemplo depanóplia de peças de um lado uma configuração de corte por colunas quandosuper-β é igual a 1, (figura 7.A), e, por outro lado, uma configuração de cortepor camadas quando super-β igual a 0 (figura 7.B);

- A figura 8 representa um exemplo de panóplia de peçasconsiderado como um único conjunto, as peças sendo recortadas por camadassimples e camadas duplas;

-A figura 9 representa um exemplo de peças alongadas dispostasverticalmente sobre a panóplia;

- A figura 10 representa um exemplo de panóplia compreendendoum conjunto vertical e três subconjuntos retângulos.

A figura 1 representa um exemplo de panóplia 1 de peças dediferentes formas e de tamanhos provenientes de um processo de imbricação.

Cada peça é enquadrada por sua posição em um quadro de referênciacartesiano (X, Y) que é o quadro da panóplia cuja origem é tomada pelo cantobaixo esquerdo da panóplia. O eixo X é tomado pelo lado maior do formatoda panóplia. Durante o processo de corte, a chapa ou a pilha de chapas em queé realizado o corte de peças é mantida de um lado por uma linha de grampos 2sobre seu lado inferior e, por outro lado, pelos braços do grampo 3 por meio esobre os dois cantos dos outros lados.

Em todos os exemplos aqui apresentados, a determinação daordem de corte é submetida às regras de corte seguintes, estas diretrizes sãoregras empíricas e dependentes do processo e da manutenção da chapa:

- o corte deve acabar em uma zona onde permanece o máximo dematerial de chapa,

- a última face cortada deve ser mantida e não ser orientada dolado esqueleto, lado onde as peças são previamente cortadas,

- os inícios e os finais do corte devem se situar, preferivelmente,sobre as pequenas extremidades das peças, o local onde os fragmentos sãomenos prejudiciais, nos exemplos apresentados aqui, o início do corte de umapeça é o canto baixo esquerdo da peça,

- a progressão do corte é orientada segundo o eixo X no sentidodos X decrescentes,

- o corte da panóplia deve acabar do lado das linhas dos grampos,conseqüentemente na configuração da panóplia apresentada aqui, aprogressão do corte é no sentido dos Y decrescentes,

- o corte é feito em um sentido de modo que o lado peça écortado a jusante.

O objetivo da invenção é reproduzir os princípios utilizados pelostécnicos preparadores que definem a ordem de corte por experiência levandoem conta as regras de corte para determinar, de modo automático, a ordemótima de corte das peças. O princípio do processo é baseado sobre osparâmetros de ponderações que se referem, todos, a um parâmetro físico emtermos de geometria sobre a panóplia, sendo estes parâmetros reguláveis deacordo com o tipo de topografia da panóplia.

Estes parâmetros de ponderações são destinados a efetuar umtratamento sucessivo de reagrupamento das peças em subconjuntos e emconjuntos. A ordem de corte é determinada em seguida a partir destessubconjuntos e destes conjuntos.Com vantagem, a etapa de reagrupamento das peças nossubconjuntos e a etapa de reagrupamento dos subconjuntos em conjuntosfazem parte de um processo de iterações que permitem discretizar atopografia da panóplia em vários níveis. A etapa de reagrupamento das peçasem subconjuntos e a etapa de reagrupamento dos subconjuntos em conjuntossão os dois primeiros níveis do processo de iterações.

Uma segunda etapa do processo consiste em produzir dadosrelativos aos pontos definindo o contorno de cada peça e o posicionamento decada peça em um quadro de referência cartesiano (X, Y) da panóplia.

Esta etapa permite estabelecer a topografia da panóplia de umlado analisando o perfil do contorno de cada peça constituindo a panóplia e,por outro lado, os enquadrar por seu posicionamento no quadro de referênciaglobal de panóplia (X, Y).

Estes dados compreendem as coordenadas dos pontos definindoo contorno de cada peça no quadro de referência cartesiano (X, Y) dapanóplia.

A partir destas coordenadas, defmem-se duas categorias de formade contorno para as peças, tendo as peças um contorno em forma de retângulo4, e as peças tendo um contorno em forma de arco 5 (figura 2).

Cada peça é geralmente definida por quatro pontos PI, P2, P3 eP4. A panóplia é completamente definida pelas coordenadas destes quatropontos de todas as peças.

A figura 2 apresenta as duas formas de contorno das peças, umaprimeira peça de referência 4, tendo uma forma retangular e uma segundapeça, de referência 5, tendo uma forma de arco. No caso da peça 4, os quatropontos P1, P2, P3 e P4 são os melhores dos 4 lados do retângulo. A ordem denumeração deve satisfazer à condição tal que o ponto Pl seja o ponto o maispróximo da origem do quadro de referência da panóplia e passa-se de P1 a P3indo de Pl em direção a P2 e girando em torno da peça no sentido horário. Nocaso da peça 5 e, de modo geral, para uma peça de forma qualquer, os pontosPl e P2 são os dois pontos os mais afastados entre si situados sobre ocontorno da peça, os pontos P3 e P4 são as interseções de uma reta que cortaperpendicularmente o segmento [PI, P2] em seu meio com o contorno dapeça. Na seqüência da descrição, as peças são designadas por peça 'retângulo'ou peça 'arco', de acordo com a forma de seu contorno.

Duas regras são necessárias para diferenciar as peças retângulodas peças arco. A primeira regra é a posição dos pontos P3 e P4 em relação àreta (PI, P2). Uma peça é definida como uma peça retângulo quando ospontos P3 e P4 estão situados de um lado e de outro da reta (PI, P2). Asegunda regra que permite definir a forma do contorno da peça é o parâmetrode concavidade γ. A concavidade de uma peça é determinada de modoseguinte, os 4 pontos PI, P2, P3 e P4 são usados para determinar os pontosPcn e Pc que são respectivamente o meio do segmento [P3, P4] e o meio dosegmento [PI, P2] (figura 2). Uma peça é considerada arco se ela verificada,de um lado, a primeira regra e, por outro lado, a relação seguinte: γ Dpie <Dcn5 Dpie sendo a distância entre os pontos Pl e P2. O parâmetro γ é umparâmetro a fixar e seu valor está compreendido entre 0 e 1.

De acordo com o processo da invenção, a segunda etapa consisteem reagrupar as peças nos subconjuntos.

Esta etapa de reagrupamento das peças em subconjuntoscomporta duas fases, uma primeira fase de identificação das peças principais apartir das quais são definidas, para cada uma, uma zona de recobrimento euma segunda fase de identificação de cada peça se encontrando nesta zona derecobrimento de acordo com um parâmetro de ponderação que é uma taxa derecobrimento β.

A zona de recobrimento pode ser assimilada a uma zona desombra determinada segundo uma direção de iluminação dada. Todos ossubconjuntos são construídos considerando-se uma direção de iluminaçãosegundo um eixo perpendicular ao eixo de progressão global do corte. Emtodos os exemplos apresentados aqui, a progressão geral de peça em peça édefinida segundo o eixo X, correspondendo ao grande lado da chapa (figura3). Conseqüentemente, os subconjuntos são construídos segundo uma direçãode iluminação orientada segundo o eixo Υ. A figura 3 ilustra este princípio, ossubconjuntos são cortados segundo uma progressão Px5 aqui no sentidodecrescente dos X. As peças pertencendo a cada um dos conjuntos sãocortadas segundo uma direção Py, no sentido decrescente dos Y igualmente.

A peça 'princípio' é definida segundo dois critérios:

- a peça principal deve ser a maior possível em comprimentosegundo o eixo X de modo a definir a zona de recobrimento a maior possívelpara reagrupar o máximo de peças,

- a peça principal está sempre em cima das outras peças nosubconjunto no sentido dos Y decrescentes, esta é a peça com a coordenada Yno quadro de referência da panóplia, assim a zona de recobrimento é definidade cima para baixo na panóplia.

No caso onde a peça principal é uma peça retângulo, a zona derecobrimento é definida de acordo com as regras seguintes: os pontosprovenientes da projeção de segmento [PI, P2] das peças pertencendo aoconjunto definido pela peça retângulo e os pontos provenientes da projeção dosegmento [PI, P2] da peça principal são confundidos com uma taxa derecobrimento β. O parâmetro β está compreendido entre Oeleo mesmoacontece para todos os subconjuntos de uma mesma panóplia.

A figura 3 ilustra o caso de dois subconjuntos retângulos atravésde dois exemplos com uma taxa de recobrimento β fixada a 0,65. O primeirosubconjunto de referência 6 comporta duas peças retângulo numeradas 1 e 2.A peça número 1 é identificada como sendo a peça principal. A peça número2 está situada embaixo da peça principal. Os pontos da projeção de seusegmento [PI, P2] sobre o eixo X e os da peça principal são confundidos emmais de 65%. A peça número 2 e a peça número 1 formam um subconjunto. Osegundo exemplo do subconjunto retângulo comporta três peças numeradas 3a 5, a peça principal é a peça número 3 e as duas outras peças retângulonúmero 4 e número 5 são identificadas como as peças no interior da zona derecobrimento definida pela peça número 3. Neste exemplo, todos os pontosprovenientes da projeção do segmento [PI, P2] das duas peças número 4 enúmero 5 são confundidos em 100% com os da peça principal.

A figura 4 ilustra o caso de um subconjunto arco de referência 8,onde a peça número 1 é uma peça principal arco. A zona de recobrimentodefinida a partir desta peça é limitada, logo a princípio, por uma primeiralinha 9 que separa a zona de recobrimento da zona exterior. Esta linha étraçada paralelamente à linha passando pelos dois pontos PI, P2 da peçaprincipal arco e colocada em uma distância de bxDCn em relação à reta (PI,P2), Dcn sendo a concavidade da peça definida previamente e ε é um fatorque permite variar a superfície da zona de recobrimento fazendo variar adistância SxDcn.

Esta zona de recobrimento é igualmente limitada pelo círculo 10que passa pelos pontos PI, P4 e P2, tendo por centro O e raio R que é adistância entre O e P4 da peça arco.

Ao combinar os dois limites, a zona de recobrimento para aspeças é a superfície limitada entre o círculo 10 de centro O e de raio R, alinha 9 e a peça arco número 1, esta zona é sombreada na figura 4.

As peças número 2, número 3 e número 4 se encontrando nestasuperfície sombreada pertencem, portanto, ao subconjunto formado pela peçaarco. A peça número 5 está fora desta zona de recobrimento, ela não faz partedo subconjunto.

A figura 5 representa um exemplo de quatro subconjuntos, oprimeiro subconjunto sendo constituído por peças número 1 e número 2. Aspeças número 3 e número 4 constituindo o segundo subconjunto e as peçasnúmero 5 e número 6 o quarto subconjunto. O último subconjunto éconstituído por quatro peças numeradas de 7 a 10, das quais a peça principal éa de número 7. Cada subconjunto é materializado por um quadro, osubconjunto formado é considerado como uma única peça.

Esta primeira etapa de reagrupamento permitiu simplificar atopografia da panóplia e constitui um primeiro nível de discretização datopografia da panóplia.

Após a etapa de reagrupamento de todas as peças emsubconjuntos, a segunda etapa consiste em reagrupar os subconjuntosconsiderados como peças nos conjuntos. A figura 6 representa doissubconjuntos i e j, o subconjunto i sendo o subconjunto principal, osubconjunto j pertencendo ao subconjunto i se sua projeção sobre o eixo X forsobreposta com a do subconjunto i segundo uma taxa de sobreposição super-β, isto é, a relação da zona confundida Δ sobre o comprimento do quadrocercando o conjunto j é superior ou igual a super-β. O parâmetro super-β estácompreendido entre 0 e 1.

Quando este parâmetro super-β é igual a 1, a panóplia éconstituída apenas de subconjuntos. A ordem de corte ótima é determinadapor subconjuntos. Este caso é ilustrado na figura 7.A, onde as peças sãoreagrupadas em subconjuntos por colunas. A ordem de corte das peças nestecaso é definida a princípio pela ordem de progressão de corte de coluna emcoluna no sentido dos X decrescentes. Em cada coluna, as peças são cortadasuma após a outra no sentido dos Y decrescentes. Estes sentidos deprogressões são representados pelas setas na figura 7.A.Quando este parâmetro super-β é igual a 1, toda a panóplia éconsiderada como um único conjunto, este segundo caso extremo é ilustradopela figura 7.B onde as peças são cortadas por camadas, as setas indicando osentido da progressão de corte.

Vantajosamente, este parâmetro super-β é um parâmetro deponderação que permite reproduzir o comportamento de um corte porcamadas ou por colunas, ou uma combinação dos dois modos de progressõesque determinam a ordem de corte de uma panóplia.

De modo geral, o valor do parâmetro super-β é selecionado emfunção da geometria das peças, de sua disposição umas com relação às outrassobre a panóplia e, igualmente, das regras de corte que dependem do tipo deprocesso de corte e do modo de manutenção da chapa ou da pilha de chapas.

De modo geral, as camadas são camadas simples, só contendouma única linha de peças, tal como o caso da figura 7.B. Em uma outra formade realização da invenção, a camada pode ser uma camada dupla que contémduas linhas de peças quando estas estão muito próximas uma em relação àoutra. Este caso é ilustrado na figura 8 onde toda a panóplia é consideradacomo um único conjunto, o parâmetro super-β sendo igual a 0 neste caso. Esteconjunto comporta quatro camadas, a primeira camada é constituída por peçasnúmeros 1, 2, 3, 4, 5, a segunda camada pelas peças números 6, 7 e 8, aterceira camada pelas peças números 9 e 10 e, por fim, a última camada pelaspeças números 11, 12, 13, 14e 15. Na primeira camada, as peças números 2 e5 se encontrando respectivamente em cima das peças 1 e 4 constituem umasegunda linha de peças no seio da primeira camada. Na última camada, aspeças números 13 e 15 constituem uma segunda linha de peças em relação àlinha de peças números 12 e 14. A primeira camada e a última camada sãocamadas duplas.

O processo de corte comporta uma etapa suplementar queconsiste em identificar as peças alongadas dispostas geralmente verticalmentesobre a panóplia segundo o eixo Y. Uma peça é identificada como verticalquando seus pontos Pl e P2 são dispostos verticalmente sobre a panóplia eque a projeção sobre o eixo Y do segmento [PI, P2] deve ser, pelo menos,duas vezes maior que o do segmento [P3, P4] sobre o eixo X. Estas peçasidentificadas como as peças verticais não podem pertencer a um subconjunto,cada constitui um subconjunto vertical e os subconjuntos verticais sãoreagrupados em um conjunto vertical.

A figura 9 ilustra um conjunto vertical disposto na extremadireita da panóplia.

De acordo com a invenção, a progressão do corte Px em umconjunto vertical é orientada em um sentido dos X crescentes no quadro dereferência da panóplia. Este sentido particular em relação ao sentido deprogressão em um conjunto não vertical é devido às regras de corte segundoos quais o corte de uma peça termina sempre pelo lado mantido por ummáximo de material das peças não cortadas, o último lado a corte não deve serorientado em direção ao lado esqueleto, lado comportando os furos deixadospelas outras peças cortadas previamente. Caso se proceda a um corte nosentido dos X decrescentes em um conjunto vertical, levando-se em conta quea ferramenta de corte começa o corte de uma peça sempre pelo canto baixoesquerdo de cada peça vertical 15, o último lado da última peça a cortar sendoa peça número 5 na figura 9 é orientado, então, em direção ao lado esqueleto.Se o sentido de corte for invertido neste conjunto vertical, então o último ladoda última peça vertical a cortar sendo a peça número 1, se encontra do ladomantido por um braço de grampo 3.

Conseqüentemente, e de modo geral, um conjunto vertical queestá disposto na extrema direita da panóplia é sempre cortado primeiro, domesmo modo quando ele está disposto na extrema esquerda da panóplia.A figura 10 apresenta um exemplo de panóplia de peçasnumeradas de 1 a 21 que ilustram todas as etapas de reagrupamento doprocesso da invenção.

Em uma primeira etapa, fixa-se a taxa de recobrimento β igual a0,65, a panóplia comporta, então, 3 subconjuntos e cinco subconjuntosverticais contendo, cada um, uma única peça vertical número 1 a número 5, oprimeiro subconjunto de referência 16 comporta as peças número 6 a 11, osegundo conjunto de referência 17 as peças número 12 a número 18, a terceirade referência 14, as peças número 19 a 21.

Em uma segunda etapa do processo, os três subconjuntos sãoreagrupados para formar um conjunto e os cinco subconjuntos verticais emum conjunto vertical de referência 13 na figura 10.

A ordem de corte depende, portanto, do valor do parâmetrosuper-β. Os dois casos extremos são os casos onde super-β é igual a 0 e a 1.

Em um primeiro caso, se o parâmetro super-β for selecionadoigual a 0, toda a panóplia é considerada como um único conjunto, a ordem decorte da panóplia é a seguinte:

- o conjunto vertical é cortado primeiro e no sentido dos Xcrescentes, isto é, na ordem das peças verticais números 5 a 1,

- depois, no conjunto, as peças são cortadas por camadas.

Em um segundo caso, o parâmetro super-β é igual a 1, a ordemde corte da panóplia é definida a partir apenas dos subconjuntos organizadosem colunas e dos cinco subconjuntos verticais:

- as peças verticais são cortadas primeiro, em ordem de números 5 a 1,

- a ordem de corte começa pela primeira coluna das peças que é osubconjunto 16, depois a segunda coluna correspondendo ao subconjunto 17 ea terceira coluna correspondendo ao subconjunto 14, em cada coluna, as peçassão cortadas de cima para baixo, no sentido dos Y decrescentes, conforme otraçado de corte que indica que o corte deve sempre acabar do lado da linhados grampos.

Com vantagem, este processo de corte é integrado em umprograma de corte via um algoritmo. Um processador utiliza este programa decorte para determinar automaticamente a ordem de corte segundo os dados deuma panóplia, a ordem obtida é transmitida ao sistema de comando para guiaro avanço da ferramenta de corte. O sentido da progressão de corte nos Xdecrescentes é indicado manualmente por um operador no começo doprocesso de corte.

O processo de iterações é semi-automático, o número deiterações é dado pelo operador que julga se o nível de discretizações dapanóplia é suficiente para produzir uma ordem de corte, sendo, portanto, ofim do processo indicado pelo operador.

Em uma outra forma de realização, o valor dos parâmetros deponderação pode ser definido parcialmente pelo técnico preparador, adeterminação da ordem de corte está, então, em um modo semi-automático.Este modo semi-automático pode ser útil para definir os parâmetros pelasobservações diretas da panóplia antes de reunir os mesmos para umfuncionamento em modo automático.

De modo geral, o processo de corte usado é um processo de cortepor fresagem em alta velocidade e as chapas estão em configuração demanutenção mínima.

Claims

1. Processo de corte de uma panóplia (1) de peças, o referidocorte sendo realizado por uma ferramenta de corte em uma chapa ou umapilha de chapas mantida por uma linha de grampos (2) sobre, pelo menos, umdos lados da referida chapa ou da referida pilha de chapas, o deslocamento dareferida ferramenta de corte sendo guiado por um sistema de comando,caracterizado pelo fato de que o referido processo compreendea) uma etapa de produção de dados relativos aos pontosdefinindo o contorno de cada peça e o posicionamento de cada peça em umquadro de referência cartesiano (X, Y) da panóplia,b) uma primeira etapa de reagrupamento das peças em, pelomenos, um subconjunto, cada subconjunto materializado por um quadrosendo considerado como uma única peça;c) uma segunda etapa de reagrupamento dos referidossubconjuntos em, pelo menos, um conjunto, cada conjunto materializado porum quadro sendo considerado como uma única peça;d) uma etapa de estabelecimento de uma ordem de progressão decorte das peças a partir dos subconjuntos e dos conjuntos definidosrespectivamente nas referidas etapas (b) e (c);e) uma etapa de corte em que a ferramenta de corte se desloca depeça em peça conforme a referida ordem de progressão de corte estabelecidana etapa (d).

2. Processo de corte de acordo com a reivindicação 1,caracterizado pelo fato de que, na etapa (b), cada subconjunto é definido apartir de uma peça principal definindo uma zona de recobrimento, as peças seencontrando na referida zona de recobrimento segundo uma taxa derecobrimento β fazendo as partes do referido subconjunto, eem que, na etapa (c), cada conjunto é definido a partir de umsubconjunto principal definindo uma zona de projeção, os subconjuntos seencontrando na referida zona de projeção segundo uma taxa de sobreposiçãosuper-β fazendo as partes do referido conjunto.

3. Processo de corte de acordo com as reivindicações 1 a 2,caracterizado pelo fato de que a referida primeira etapa de reagrupamento(b) ea referida segunda etapa de reagrupamento (c) fazem parte de um processo deiterações semi-automático, a etapa (a) e a etapa (b) sendo as duas primeirasiterações do referido processo.

4. Processo de corte de acordo com as reivindicações 1 a 3,caracterizado pelo fato de que os referidos dados relativos aos pontosdefinindo o contorno de cada peça compreende as coordenadas de cada pontono referido quadro de referência cartesiano (X, Y) da panóplia.

5. Processo de corte de acordo com a reivindicações 1 a 4,caracterizado pelo fato de que a forma do contorno de cada peça édeterminada por um parâmetro de concavidade γ compreendido entre 0 e 1, oreferido parâmetro permitindo determinar se o contorno de uma peça está emforma de retângulo (4) ou de arco (5).

6. Processo de corte de acordo com as reivindicações 1 a 5,caracterizado pelo fato de que a referida etapa de reagrupamento das peçasnos subconjuntos (b) compreende- uma primeira fase de identificação da referida pelo menos umapeça principal,- para cada peça principal, uma zona de recobrimento sendodefinida segundo uma direção de iluminação,- uma segunda fase de identificação das peças se encontrando nareferida zona de recobrimento segundo uma taxa de recobrimento βcompreendida entre 0 e 1.

7. Processo de corte de acordo com a reivindicação 6,caracterizado pelo fato de que a referida direção de iluminação é definidasegundo um eixo perpendicular ao eixo de progressão de corte.

8. Processo de corte de acordo com a reivindicação 7,caracterizado pelo fato de que a progressão de corte sendo orientada segundoo eixo X, a referida direção de iluminação da zona de recobrimento éorientada segundo o eixo Y.

9. Processo de corte de acordo com qualquer uma dasreivindicações 6 a 8, caracterizado pelo fato de que a referida peça principal éa peça maior em comprimento segundo o eixo X, de modo a construir a maiorzona de recobrimento.

10. Processo de corte de acordo com a reivindicação 9,caracterizado pelo fato de que as peças tendo os mesmos comprimentos, apeça principal é a peça tendo a maior coordenada Y no quadro de referênciada referida panóplia.

11. Processo de corte de acordo as reivindicações 1 a 10,caracterizado pelo fato de que a referida etapa de reagrupamento dossubconjuntos nos conjuntos (c) compreende- uma primeira fase de identificação de referido pelo menos umsubconjunto principal,- para cada subconjunto principal, uma zona de projeção sendodefinida sobre um dos dois eixos do quadro de referência da referida panóplia,- uma segunda fase de identificação dos subconjuntos tendo umaprojeção sobreposta com a referida zona de projeção segundo uma taxa desobreposição super-β compreendida entre 0 a e 1.

12. Processo de corte de acordo a reivindicação 11, caracterizadopelo fato de que super-β sendo igual a 1, a ordem de corte da referidapanóplia é definida unicamente pelas peças reagrupadas em subconjuntos.

13. Processo de corte de acordo a reivindicação 11, caracterizadopelo fato de que super-β sendo igual a 0, a referida panóplia sendoconsiderada como um único conjunto, a ordem de corte da referida panóplia édefinida pelas peças organizadas em camadas.

14. Processo de corte de acordo com a reivindicação 13,caracterizado pelo fato de que a referida camada compreende uma camadasimples.

15. Processo de corte de acordo a reivindicação 13, caracterizadopelo fato de que a referida camada compreende uma camada dupla.

16. Processo de corte de acordo com qualquer uma dasreivindicações 1 a 15, caracterizado pelo fato de que a referida progressão decorte é orientada segundo um sentido dos X decrescentes.

17. Processo de corte de acordo a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que o referido processo de corte comporta uma etapa suplementarem que identifica-se as peças alongadas dispostas verticalmente segundo oeixo Y no referido quadro de referência da panóplia, as referidas peças sendoreagrupadas em um conjunto vertical.

18. Processo de corte de acordo com a reivindicação 17,caracterizado pelo fato de que no referido conjunto vertical, a referidaprogressão de corte é orientada segundo um sentido dos X crescentes.

19. Dispositivo de corte caracterizado pelo fato de que elecomporta um sistema de comando para guiar a referida ferramenta de corte, oreferido sistema compreendendo um programa de corte em que é integrado oreferido processo de corte, de acordo com qualquer uma das reivindicaçõesprecedentes.