BRPI0504733B1 - Oily vegetable composition intended for use in cosmetic and dermatological preparations - Google Patents

Oily vegetable composition intended for use in cosmetic and dermatological preparations Download PDF

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"COMPOSIÇÃO OLEOSA VEGETAL DESTINADA AO USO EM PREPARAÇÕES COSMÉTICAS E DERMATOLÓGICAS" [1] , HISTÓRICO DA INVENÇÃO
[2] . Campo da Invenção [3] . A presente invenção refere-se a uma composição oleosa vegetal que compreende uma mistura, cuidadosamente escolhida, de triglicerídeos de origem vegetal, para ser empregado em preparações e emulsões cosméticas de modo geral e/ou dermatológica, destinada a proporcionar emoliên-cia, maciez, propriedades lubrificantes e sensoriais superiores aquelas do óleo mineral USP.
[4] . Antecedentes da Invenção [5] . O óleo mineral grau USP, derivado de reservas naturais não re- nováveis, é constituído de uma mistura complexa de hidrocarbonetos parafí-nicos e naftênicos. A sua obtenção passa por uma rigorosa purificação das frações de destilados do petróleo, eliminando os componentes indesejáveis (hidrocarbonetos aromáticos, insaturados, etc), onde resulta em um óleo mineral altamente purificado que são utilizados em formulações e emulsões cosméticas e farmacêuticas. Nessas condições, é considerada uma matéria prima inerte e dermatologicamente segura na aplicação sendo que, atualmente, existe grande disponibilidade e seu custo é relativamente baixo.
[6] . Porém, estima-se que dentro de 50 a 60 anos, haverá esgotamento do gás natural e do petróleo em âmbito mundial. O que torna imprescindível procurar e encontrar alternativas que substituam com qualidade e propriedade o óleo mineral e seus derivados provenientes de reservas esgo-táveis, cuja produção provoca poluição ambiental e sua queima lança a atmosfera grande quantidades de gases poluentes e gás carbônico, sendo o principal responsável pelo efeito estufa no planeta Terra.
[7] . Os óleos vegetais, totalmente biodegradáveis e provenientes de fontes renováveis, despontam como uma alternativa inteligente e ecologicamente correta, como substituto imediato ao óleo mineral utilizado em produtos cosméticos. Os óleos vegetais possuem muitas propriedades e variedades a serem exploradas, como alta concentração de ácidos graxos essenci- ais, função natural de hidratação e emoliência, além de possuir bioativos naturais como fitoesteróis, vitaminas, minerais, antioxidantes e outros componentes importantes provenientes do metabolismo dos vegetais.
[8] . A utilização cosmética de óleos e gorduras naturais, os quais são instáveis (oxidam facilmente) e difíceis de emulsificar, não teria se tornado tão popular caso não apresentasse tantos benefícios físicos como emoliência, lubrificação, hidratação e oclusividade, bem como benefícios bioquímicos, como a possível restauração da barreira da pele danificada, proporcionados por eles. (Fonte: Y. Huy, Bayles, “Industrial Oil and Fat Products”, vol. 5).
[9] . A procura por ingredientes naturais de origem vegetal está em voga hoje em dia. O movimento verde ao redor do mundo é um processo irreversível, que está influenciando muitos segmentos da nossa sociedade e as indústrias cosméticas certamente não são a exceção. Encontraram nos óleos vegetais um emoliente natural, que pode substituir, em certas aplicações e formulações, os óleos minerais na produção de produtos para os cuidados pessoais.
[10] . Os óleos vegetais, de modo geral, quando aplicados sobre a pele, formam um filme protetor e não oclusivo, o que não ocorre com os óleos minerais, que quando aplicados sobre a pele, formam um filme protetor, porém oclusivos, que impedem a pele de transpirar e respirar naturalmente.
[11] . As substâncias polares presentes nos óleos vegetais são capazes de penetrar no estrato córneo, o que explica a grande contribuição no que tange à emoliência e maciez, evitando o ressecamento e mantendo a elasticidade e flexibilidade da pele.
[12] . A requerente indica, a seguir, documentos relevantes do estado da técnica relacionados com a matéria da presente invenção.
[13] . O documento US 6.667.043 descreve um processo de obtenção de misturas de di e triglicerídeos de cadeia média, a partir da reação de transesterificação parcial de óleos vegetais saturados, com índice de iodo variando de 0,5 a 50. Sendo os óleos vegetais preferidos o óleo de palma, óleo de palmiste, óleo de babaçu e/ou óleo de coco. Esses óleos são reagi- dos na presença de glicerol, com os ésteres metílicos dos ácidos capróico, cáprico e caprilico, preferencialmente. O produto obtido é uma mistura de di e triglicerídeos com ácidos graxos de cadeia média que são líquidos a temperatura ambiente, de cor clara, sem odor e estável em estocagem. O autor reivindica o seu uso como uma alternativa mais barata ao triglicerídeo dos ácidos cáprico e caprilico, os quais são indicados para uso em formulações cosméticas e/ou farmacêuticas, como uma alternativa ao óleo mineral.
[14] . A composição oleosa vegetal, objeto da presente invenção, a-presenta-se como uma alternativa muito mais barata do que o existente no mercado, acima indicado. Pois para se obter a citada mistura de di e triglicerídeos é necessário usar um catalisador de transesterificação, e realizar a reação a altas temperaturas (230°C), seguindo processos de purificação, como neutralização do catalisador, remoção do metanol e éster metílico não reagido e posterior desodorização do produto, usando vapor a altíssima temperatura. O processo de produção desse produto, até a sua descarga, deve demorar mais de 20 horas e, com certeza, apresenta um custo de fabricação muito superior ao óleo mineral, além de serem necessários equipamentos de alto custo, como um reator de esterificação e bomba de alto vácuo. Ao passo que, a composição oleosa da presente invenção, se trata de uma simples mistura, realizada a temperatura ambiente, num equipamento de inox com simples agitação. Outra desvantagem dessa mistura de triglicerídeos para ser usada em preparações cosméticas é que o seu ponto de turvação é de +6°C, portanto, acima do óleo mineral que é de 0°C e da composição oleosa da presente invenção que é de - 5°C.
[15] . O documento US 5.445.822 descreve uma composição para ser usado como veículo em preparações cosméticas tópicas, sendo preparado a partir de uma mistura de triglicerídeos, combinados especialmente para ser um produto altamente eficiente, relacionado a função fisiológica da pele. A composição cosmética tópica deve conter de 40% a 70% de ácido oleico, 30% a 50% de ácidos graxos polinsaturados, 0,2% a 1,0% de ácido gama linolênico, 1% a 5% de ácido alfa linolênico, a qual compreendem uma relação específica e pré-determinada entre os ácidos graxos essenciais, para atuar com efetividade, proporcionando proteção e recomposição da estrutura celular da pele. Os óleos escolhidos são aqueles que devem conter alta concentração de ácido oleico, como o óleo de oliva, os óleos híbridos das sementes do girassol e açafrão, óleo de uva, incluindo as oleínas de palma e do sebo animal. Os óleos escolhidos que possuem alta concentração de ácidos graxos essenciais, ricos em ácidos gama linolênico (n-6), incluem o óleo de evening primrose (primavera da meia noite), óleo de borage (Borra-gem), o óleo de blackcurrant (groselha preta), preferencialmente. Os óleos escolhidos que possuem alta concentração de ácidos graxos essenciais, ricos em ácidos alfa linolênico (n-3), incluem o óleo de Chia, óleo de linhaça, óleo de mamona e o óleo de rosa mosqueta, preferencialmente. O autor reivindica que essa composição serve para ser empregada em diversas preparações e emulsões cosméticas, sendo que, em nenhum momento, é mencionado que essa composição pode ser empregada em substituição ao óleo mineral, pois os exemplos descritos são fórmulas usando a referida composição com o óleo mineral e a vaselina do petróleo. E, também, o autor se preocupou mais com a composição em ácidos graxos do referido produto, para conseguir as propriedades dérmicas desejadas e não há nenhuma menção que esta composição oleosa deva ser um preparado exclusivamente vegetal, como se pode ver acima. Devido a presença de óleos nobres, com alto teor em ácidos graxos essenciais, alfa linolênico e gama linolênico (n-3 e n-6), a referida composição, para ser usada em preparados cosméticos em substituição ao óleo mineral, com certeza, será muito mais cara e inviável atualmente.
[16] . Portanto, o objetivo da presente invenção é prover uma composição oleosa à base de triglicerídeos de origem vegetal, que pode substituir com superioridade ao óleo mineral em emulsões e preparações cosméticas e/ou dermatológicas, proporcionando excelentes propriedades e vantagens que serão descritas na presente invenção.
[17] . Sumário da Invenção [18] . A presente invenção refere-se a uma composição oleosa à base de triglicerídeos de origem vegetal que compreende: [19] . de 10,0% a 99,9% em peso de um óleo vegetal refinado.
[20] . de 0,1% a 50,0% em peso de um triglicerídeo de cadeia mé- dia.
[21] . Sendo que as percentagens estão definidas com base no peso total da composição.
[22] . A presente invenção também se refere a uma composição oleosa vegetal, cuja composição em triglicerídeos de origem vegetal, satisfaça a função e a propriedade em substituir o óleo mineral em emulsões e preparações cosmética e/ou dermatológica, tendo a vantagem de ter um preço bem competitivo.
[23] . Descricão Detalhada da Invenção [24] . O objetivo principal que levou ao desenvolvimento desta composição oleosa vegetal foi o de substituir com excelência o uso de óleos minerais em produtos cosméticos e/ou dermatológicos.
[25] . A presente invenção refere-se a uma composição oleosa à base de triglicerídeos de origem vegetal que compreende: [26] . de 10,0% a 99,9% em peso de um óleo vegetal refinado.
[27] . de 0,1% a 50,0% em peso de um triglicerídeo de cadeia média.
[28] . Sendo que as percentagens estão definidas com base no peso total da composição.
[29] . O óleo vegetal preferido para ser utilizado na composição oleosa na presente invenção é o óleo de girassol química ou fisicamente refinado.
[30] . O triglicerídeo de cadeia média é preferencialmente dos ácidos cápri-co e caprílico, derivados do óleo de coco, cuja composição de ácidos cáprico para caprílico pode variar, respectivamente, de 30/70 e 40/60.
[31] . Alternativamente, podem ser empregados, em substituição ou em associação ao óleo de girassol, outros óleos de origem vegetal também refinados química ou fisicamente, como, por exemplo: óleo de canola, óleo de soja, óleo de milho, óleo de algodão, óleo de amêndoa doce, óleo de oliva, óleo de maracujá, etc.
[32] . Outros ésteres graxos também podem ser adicionados na referida composição oleosa com o óleo de girassol, como por exemplo: Palmitato de Isopropila, Miristato de Isopropila, Oleato de Glicerina, Oleato de Etila, Lau-rato de Hexila, etc.
[33] . A composição oleosa vegetal da presente invenção pode conter algum tipo de agente antioxidante para proteger da formação de radicais livres, oxidação e degradação. Exemplos de agentes antioxidantes que possam vir a ser adicionados à presente invenção são: agentes antioxidantes naturais como tocoferóis (vitamina E), carotenóides (vitamina A), compostos fenólicos (ácido gálico, quercetina, catequina, ácido clorogênico), palmitato de ascorbila (vitamina C); e ainda agentes antioxidantes sintéticos como BHT, BHA, TBHQ ou componentes que também agem como agentes se-questrantes como ácidos α-hidróxi (ácido cítrico, ácido málico, ácido lático), EDTA entre os mesmos.
[34] . A composição oleosa da presente invenção trata-se de uma simples mistura, realizada a temperatura ambiente, num equipamento de inox com simples agitação.
[35] . Assim, pode-se dizer,que esta composição é totalmente biodegradável, ecologicamente correta, pois não causa impacto ambiental, como o esgotamento de recursos não renováveis como o petróleo. Adicional mente, possui em sua composição uma alta concentração de ácidos graxos essenciais, cuja função natural é oferecer hidratação e emoliência, proporcionando à pele maciez, lubricidade e proteção contra o ressecamento.
[36] . A composição oleosa vegetal da presente invenção pode ser empregada para substituir o óleo mineral em emulsões e preparações cosméticas e/ou dermatológicas, podendo conter algum tipo de agente antioxidante para proteger da oxidação e degradação a referida composição. Mas se for bem embalada e acondicionada em recipientes adequados não haverá essa necessidade.
[37] . A presente invenção é uma alternativa ao Óleo Mineral USP do estado da técnica, com as seguintes vantagens citadas abaixo: [38] . - a composição oleosa vegetal da presente invenção não é oclu-siva sobre a pele, isto é, não inibe a respiração e transpiração dérmica.
[39] . - a composição oleosa vegetal da presente invenção compreen- de alta concentração em ácidos graxos essenciais, cuja função natural é oferecer hidratação e emoliência, proporcionando à pele maciez, lubricidade e proteção contra o ressecamento.
[40] . - a composição oleosa da presente invenção compreende somente componentes totalmente biodegradáveis, sendo de origem sustentável (vegetal). Desta forma, é uma composição ecologicamente correta, substituindo o uso de óleos minerais derivados do petróleo, sem ocasionar perdas quanto as suas propriedades.
[41] . - a combinação entre um óleo vegetal, previamente escolhido, e um triglicerídeo de cadeia média proporciona a formação de uma emulsão estável, mantendo a mesma consistência e viscosidade se comparada aquela feita com o óleo mineral.
[42] . - a combinação entre um óleo vegetal, previamente escolhido, e um triglicerídeo de cadeia média, possui excelente espalhabilidade sobre a pele, boa absorção, propriedades superiores de emoliência, maciez e toque em relação ao óleo mineral.
[43] . - a combinação entre um óleo vegetal, previamente escolhido, e um triglicerídeo de cadeia média, pode ser empregado como veículo ou ativo de boa solubilidade e facilidade de se emulsionar.
[44] . - a combinação entre um óleo vegetal, previamente escolhido, e um triglicerídeo de cadeia média, possui baixo ponto de turbidez e apresenta-se na forma líquida em baixas temperaturas, até - 5°C. Possui também viscosidade similar ao óleo mineral USP 70 e 80, os mais usualmente utilizados em produtos cosméticos.
[45] . - a combinação entre um óleo vegetal, previamente escolhido, e um triglicerídeo de cadeia média, apresenta maior compatibilidade dérmica, por ser rico em ácidos graxos muito importantes, como: ácido linoleico, ácido oleico, ácido palmítico e ácido esteárico.
[46] . - a composição oleosa vegetal, objeto da presente invenção, apresenta garantias de segurança dermatológica, pois origina a partir de um óleo vegetal e um triglicerídeo de cadeia média que é inerte e derma-tologicamente compatível.
[47] . Composição Oleosa Veaetal [48] . O óleo vegetal preferido para ser utilizado na composição oleosa na presente invenção é o óleo de girassol química ou fisicamente refinado. Alternativamente, podem ser empregados, em substituição ou em associação ao óleo de girassol, outros óleos de origem vegetal também refinados química ou fisicamente, como, por exemplo: óleo de canola, óleo de soja, óleo de milho, óleo de algodão, óleo de amêndoa doce, óleo de oliva, óleo de maracujá, etc. Ver tabela 01.
[49] . A escolha preferencial do óleo de girassol ser objeto da presente invenção, está baseada no fato do óleo de girassol ter um baixo ponto de turbidez e apresentar-se na forma líquida em baixas temperaturas, até - 5°C, sem se cristalizar e solidificar. Esse fato, não ocorre com o óleo mineral que começa a se congelar na temperatura de 0°C.
[50] . Um outro fator altamente positivo e vantajoso em relação ao óleo mineral na escolha do óleo de girassol na presente invenção, está no fato de que o óleo de girassol possui baixa comedogenicidade, confere na formulação uma melhora de sedosidade e variedade na composição dos ácidos graxos, sendo rico em ácido linoleico e contém também o ácido linolênico, que é um ômega 3, com excelente capacidade de hidratação, sendo muito utilizado para tratamentos de peles secas.
[51] . São utilizados na presente invenção preferencialmente triglicerí-deos de cadeia média dos ácidos cáprico e caprílico, derivados do óleo de coco, cuja composição de ácidos cáprico para caprílico pode variar, respectivamente, de 30/70 e 40/60. Os triglicerídeos dos ácidos cáprico e caprílico possuem propriedades equivalentes ao dos óleos vegetais e são altamente compatíveis com a pele, apresentam excelente espalhabilidade, boa absorção e proporcionam uma suave sensação emoliente não oleosa na pele. Por serem constituídos de ácidos graxos de cadeia média completamente saturados, mostram-se muito estáveis a reação de oxidação e apresentam-se líquidos em baixas temperaturas e possuem baixo ponto de turbidez (- 5°C), sendo altamente solúvel e compatível com o óleo vegetal da presente invenção.
[52] . Devido ao fato, do triglicerídeo dos ácidos cáprico e caprilico serem produzidos, utilizando glicerina de origem vegetal e ácidos cáprico e caprilico, separados ou na forma de misturas combinadas e destiladas do fracionamento do óleo de coco, babaçu ou palmiste, o triglicerídeo de cadeia media resultante, pode ser considerado um produto de origem totalmente vegetal. Portanto, essa composição oleosa, objeto da presente invenção, será considerada uma composição oleosa de natureza vegetal também.
[53] . Outros ésteres graxos também podem ser adicionados na referida composição oleosa com o óleo de girassol, como por exemplo: Palmitato de Isopropila, Miristato de Isopropila, Oleato de Glicerina, Oleato de Etila, Laurato de Hexila, etc. Embora essas composições oleosas obtidas não possam ser chamadas de totalmente vegetal, se o éster não for de origem totalmente vegetal.
[54] . A função principal de adicionar ao óleo de girassol ou outro óleo vegetal adequado, um triglicerídeo de cadeia média é que ele reduz a oleo-sidade do óleo vegetal, tornando-o mais leve e menos oleoso. Ao passo que, se for utilizado um óleo vegetal, cem por cento na forma bruta ou refinada, em uma emulsão ou formulação cosmética, o resultado, quando aplicado sobre a pele, será uma sensação muito mais oleosa, pesada e cosmetica-mente desagradável, do que com a mesma emulsão ou formulação cosmética feita com o óleo mineral.
[55] . O mesmo fato ocorre quando se adiciona ao mesmo óleo vegetal um éster graxo com características e propriedades de ser mais leve e menos oleoso. Mas dependendo do éster a composição oleosa poderá não ser considerada totalmente vegetal, como da presente invenção.
[56] . Segue abaixo, uma tabela com a distribuição da cadeia graxa dos óleos vegetais, que podem ser empregados na composição oleosa da presente invenção, misturados entre si ou não, em substituição ou em associação com o óleo de girassol.
Tabela 01 Composição graxa de óleos vegetais preferidos da composição oleosa da presente invenção [57] . Agente antioxidante [58] . A composição oleosa vegetal da presente invenção, pode conter algum tipo de agente antioxidante para proteger da formação de radicais livres, oxidação e degradação. A preferência foi não adicionar nenhum tipo de agente antioxidante, considerando que é um produto com apelo vegetal e natural. Se for acondicionada e embalada numa embalagem adequada, o seu índice de Peróxido pode ser mantido dentro do limite de 20, durante um shelf life de 1 ano, aproximadamente. Exemplos de agentes antioxidantes que possam vir a ser adicionados à presente invenção são: agentes antioxidantes naturais como tocoferóis (vitamina E), carotenóides (vitamina A), compostos fenólicos (ácido gálico, quercetina, catequina, ácido clorogênico), palmitato de ascorbila (vitamina C); e ainda agentes antioxidantes sintéticos como BHT, BHA, TBHQ ou componentes que também agem como agentes sequestrantes como ácidos α-hidróxi (ácido cítrico, ácido málico, ácido láti-co), EDTA entre outros, bem como misturas entre os mesmos.
[59] . Segue abaixo uma tabela com a especificação da composição oleosa da presente invenção, mostrando que a presença de ácidos graxos polinsaturados equivale a um elevado índice de lodo. E quanto mais insatu- rados for a composição oleosa vegetal, menor será o seu ponto de turvação e mais resistente será a solidificação a baixas temperaturas, o que comprova o seu ponto de turvação ser inferior a - 5°C.
Tabela 02 Especificação da composição oleosa da presente invenção [60] . Compatibilidade dérmica [61] . O óleo vegetal preferencialmente escolhido para fazer parte da composição oleosa da presente invenção é o óleo de girassol, que é conhecido do estado da técnica em ser utilizado com segurança na indústria cosmética e farmacêutica. Lapinskas P. (1993) “Oil crops for the pharmaceutical industry”. pp 332 - 342. Oxford University Press.
[62] . A segurança na utilização do óleo de girassol em aplicações dérmicas, está mais do que comprovada num estudo recente, feito com crianças recém-nascidas, que possuem deficiência na barreira de proteção natural da pele estando, portanto, susceptíveis a graves infecções bacteria-nas, que podem ser altamente perigosas para a sua sobrevivência. Nesse estudo, o óleo de girassol foi aplicado topicamente na pele sensível do recém-nascido, onde melhorou a função da barreira epidérmica, prevenindo e reduzindo a incidência de infecções bacterianas. Darmstadt, GL . “Topically applied sunflower seed oil prevents invasive bacterial infections in preterm infants in Egypt: a randomized, controlled clinicai trial”. Pediatr Infect Dis J. 2004 Aug: 23(8):719-25.
[63] . Devido a sua alta compatibilidade dérmica, o óleo de girassol, atualmente, faz parte das formulações de centenas de produtos cosméticos e farmacêuticos das grandes e famosas indústrias multinacionais.
[64] . Os triglicerídeos de cadeia média dos ácidos cáprico e caprílico, derivados do óleo de côco, são classificados como GRAS (Generally Recog-nized As Safe) pelo CTFA. Sendo considerado um produto toxicologicamen-te e dermatologicamente inócuo. A aparência quase incolor, ausência de odor e a sua suavidade possibilitam seu uso como emoliente, veículo e solvente em produtos cosméticos, farmacêuticos e veterinários.
[65] . A combinação desses ingredientes dermatologicamente compatíveis, tornam a composição oleosa, da presente invenção, um produto totalmente inócuo e seguro, para ser usado com segurança em qualquer produto farmacêutico, cosmético e/ou dermatológico.
[66] . Exemplos de utilização da composição oleosa da presente invenção [67] . A composição oleosa da presente invenção é compatível com a maioria das matérias primas de uso em produtos cosméticos conhecidos do estado da técnica.
[68] , A composição oleosa da presente invenção pode ser usada em formulações e preparações cosméticas e/ou dermatológicas para os cuidados da pele e dos cabelos. Exemplos típicos, de utilização da composição oleosa vegetal da presente invenção, são em cremes, loções e emulsões de todos os tipos, como cremes para massagem, loções para o corpo, cremes protetivos, cremes para as mãos e pés, cremes e loções para peles ressecadas, hidratantes corporais e faciais, emulsões nutritivas, produtos para banho e óleos de banho mono, bi e trifásicos, loções bronzeadoras, produtos solares de modo geral, composições anidra, como óleo bronzeador, gel oleosos, batons, brilho e protetor labial, massa base de sabonetes e aditivos para sabonetes etc. Para os cuidados dos cabelos temos os condicionadores e cremes rinses, cremes e máscaras capilares, creme alisante, etc. Po- dem ser empregadas em bases farmacêuticas, pomadas e unguentos, com a função de ativo ou veículo, tanto em composições farmacêuticas como cosméticas, de modo geral.
[69] . Para justificar que a composição oleosa da presente invenção, seja um substituto alternativo aos óleos minerais em formulações e preparações cosméticas e/ou dermatológicas, se tornou necessário escolher formulações conhecidas e testar, quanto à estabilidade, viscosidade, consistência e aplicação; trocando o óleo mineral e substituindo-o integralmente pela composição oleosa ou novo óleo vegetal da presente invenção.
[70] . Os exemplos abaixo são uma das inúmeras possibilidades de formulações e preparações cosméticas e/ou dermatológicas que podem ser feitas, usando a composição oleosa da presente invenção, como um substituto alternativo vegetal ao óleo mineral proveniente do petróleo e não devem ser interpretados como limitações desta. Sendo assim, muitas outras variações de composição podem ser realizadas dentro do escopo de proteção delimitado pelas reivindicações apensas. 1 - Creme Hidratante para pele seca (Emulsão O/W- Não iônica^ 2 - Creme de Massagem (Emulsão O/W- Não lônica) 3 - Creme Emoliente com Proteína da Seda (Emulsão O/W- Não Ιόη^) 4 - Loção Pós Sol (Emulsão Q/W - Aniônica) 5 - Loção Condicionadora Capilar (Emulsão O/W- Catiônica) 6 - Máscara Capilar (Emulsão O/W- Catiônica’) 7 - Óleo de Banho Trifásico 8- Óleo de Banho Monofásico Anidro 9- Óleo Infantil Anidro 10 - Pomada contra assadura Infantil (Farmacêutico) [71] . Todas as formulações ou preparações cosméticas e/ou dermatológicas dos exemplos de 1 a10 acima, usando a composição oleosa vegetal da presente invenção em comparação com o óleo mineral USP 70/80, foram testadas comparativamente e mostraram alta estabilidade durante um período de 3 meses a temperatura de 5°C, 25°C e a 45°C.
[72] . Todos as formulações de cremes, loções e emulsões apresentaram a mesma aparência, viscosidade e consistência comparativamente com a-quela feita com óleo mineral USP.
[73] . Quanto à aplicação e avaliação das características sensoriais, como espalhabilidade, maciez, formação de filme sobre a pele, oleosidade e pegajosidade para as formulações de cremes e loções acima, notou-se uma melhor lubrificação, emoliência, absorção cutânea e sensação mais macia e sedosa quando o produto era feito com a composição oleosa vegetal da presente invenção.
[74] . REFERÊNCIAS
[75] . Bayles, “Industrial Oil and Fat Products”, vol. 5.
[76] . US Patent 6.667.043. “Technical di- and triglyceride mixtures” [77] . US Patent 5.445.822. “Cosmetic compositions containing fatty acid triglyceride mixtures” [78] . Lapinskas P. “Oil crops for the pharmaceutical industry”. pp 332 - 342. Oxford University Press (1993).
[79] . Darmstadt, GL . “Topically applied sunflower seed oil prevents inva-sive bacterial infections in preterm infants in Egypt: a randomized, controlled clinicai trial”. Pediatr Infect Dis J. 2004 Aug: 23(8):719-25.
REIVINDICAÇÕES

Claims (10)

1. "COMPOSIÇÃO OLEOSA VEGETAL DESTINADA AO USO EM PREPARAÇÕES COSMÉTICAS E DERMATOLÓGICAS", caracterizada por compreender: a) - de 10,0% a 99,9% em peso de um óleo vegetal refinado; e b) - de 0,1% a 50,0% em peso de um triglicerídeo de cadeia média.
2. "COMPOSIÇÃO OLEOSA VEGETAL DESTINADA AO USO EM PREPARAÇÕES COSMÉTICAS E DERMATOLÓGICAS", de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo óleo vegetal refinado ser óleo de girassol.
3. "COMPOSIÇÃO OLEOSA VEGETAL DESTINADA AO USO EM PREPARAÇÕES COSMÉTICAS E DERMATOLÓGICAS”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo triglicerídeo de cadeia média ser triglicerídeos dos ácidos cáprico e caprílico, derivados do óleo de coco, cuja composição de ácidos cá-prico para caprílico pode variar, respectivamente, de 30/70 e 40/60.
4. "COMPOSIÇÃO OLEOSA VEGETAL DESTINADA AO USO EM PREPARAÇÕES COSMÉTICAS E DERMATOLÓGICAS”, de acordo com a reivindicação 1 e 2, caracterizada por poder prever outros óleos vegetais refinados, que tenham ponto de turvação e congelamento abaixo de 0°C, como: óleo de canola, óleo de soja, óleo de milho, óleo de algodão, óleo de amêndoa doce, óleo de oliva e óleo de maracujá empregados em substituição ou em associação com o óleo de girassol, para compor a base oleosa vegetal.
5. "COMPOSIÇÃO OLEOSA VEGETAL DESTINADA AO USO EM PREPARAÇÕES COSMÉTICAS E DERMATOLÓGICAS”, de acordo com a reivindicação 1 e 3, caracterizada por outros ésteres graxos poderem ser adicionados em associação com os triglicerídeos de cadeia média, como: Palmitato de Isopropi-la, Miristato de Isopropila, Oleato de Glicerina, Oleato de Etila, Laurato de Hexi-la.
6. "COMPOSIÇÃO OLEOSA VEGETAL DESTINADA AO USO EM PREPARAÇÕES COSMÉTICAS E DERMATOLÓGICAS”, de acordo com a reivindicação 1 e2e3e4e5, caracterizada por poder ter adicionados agentes antioxidan- tes, selecionados do grupo constituído por: agentes antioxidantes naturais como tocoferóis (vitamina E), carotenóides (vitamina A), compostos fenólicos (á-cido gálico, quercetina, catequina, ácido clorogênico), palmitato de ascorbila (vitamina C); e ainda agentes antioxidantes sintéticos, como: BHT, BHA, TBHQ ou componentes que também agem como agentes sequestrantes, como: a-hidróxi ácidos (ácido cítrico, ácido málico, ácido lático), EDTA, bem como misturas entre os mesmos.
7. "COMPOSIÇÃO OLEOSA VEGETAL DESTINADA AO USO EM PREPARAÇÕES COSMÉTICAS E DERMATOLÓGICAS”, de acordo com a reivindicação 1 e 6, caracterizada pela quantidade do agente antioxidante poder variar de 0,01% a 1,0% em peso, com base no peso total da composição.
8. "COMPOSIÇÃO OLEOSA VEGETAL DESTINADA AO USO EM PREPARAÇÕES COSMÉTICAS E DERMATOLÓGICAS”, de acordo com as reivindicações 1 e2e3e4e5e6e7, caracterizada pela composição em triglicerídeos de origem vegetal ser selecionada de modo que satisfaça a função e a propriedade de substituir o óleo mineral em emulsões (O/W ou W/O), soluções, suspensões, composições anidras, preparações farmacêutica, cosmética e/ou dermatológica.
9. "COMPOSIÇÃO OLEOSA VEGETAL DESTINADA AO USO EM PREPARAÇÕES COSMÉTICAS E DERMATOLÓGICAS”, de acordo com as reivindicações 1 e2e3e4e5e6e7, caracterizado por compor produto, composição ou preparação cosmética e/ou dermatológica contendo de 1 a 95% em peso da composição oleosa vegetal, com base no peso total do produto, composição ou preparação cosmética e/ou dermatológica.
10. "COMPOSIÇÃO OLEOSA VEGETAL DESTINADA AO USO EM PREPARAÇÕES COSMÉTICAS E DERMATOLÓGICAS”, de acordo com as reivindicações 1 e2e3e4e5e6e7, caracterizado por compor produto, composição ou preparação farmacêutica contendo 1 a 95% em peso da composição oleosa vegetal, com base no peso total do produto, composição ou preparação farmacêutico.

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