BRPI0418768B1 - Cabo e correia para um regulador de velocidade para elevadores e roldanas associadas - Google Patents

Description

"CABO E CORREIA PARA O REGULADOR DE VELOCIDADE PARA ELEVADORES E ROLDANAS ASSOCIADAS" DESCRIÇÃO

OBJETIVO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a um cabo, uma correia e suas roldanas associadas que são aplicáveis em um sistema regulador de velocidade para instalações de elevador cuja função consiste em transmitir a tensão do sistema regulador de velocidade no meio mecânicos encarregado de parar o elevador com seus passageiros devido a qualquer tipo de movimento descontrolado.

Um objetivo da invenção é que o cabo ou a correia tenha uma elevada resistência â tração de modo a reduzir o diâmetro do dito cabo sem comprometer a confiabilidade operacional do regulador e, portanto, da instalação, resultando na utilização de em elementos transmissores de tensão (cabos ou correias) mais leves, menos dispendiosos e mais manejáveis, e geralmente sistemas reguladores menores, mais leves e menos dispendiosos.

Um objetivo adicional da invenção é que o cabo ou a correia tenha uma elevada resistência à fadiga sob ciclos de flexão tais como aqueles que ocorrem quando ele passa através da roldana ou roldanas incluídas no sistema regulador de modo a reduzir o diâmetro das ditas roldanas e reduzindo desse modo o espaço ocupado pelo regulador, ganhando o espaço ocupado pela instalação no eixo mecânico e desse modo no edifício, reduzindo o peso de todos os componentes, bem como a concretização de que a confiabilidade dos sistemas é maior quando a roldana gira a uma velocidade mais elevada.

Um outro objetivo da invenção é que o cabo ou a correia tenha um coeficiente de atrito com a roldana do regulador que é claramente maior do que aquele dos sistemas convencionais de modo que a utilização de roldanas com sulcos menos agressivos mantém a capacidade de tração necessária na roldana, de uma maneira tal que o cabo ou a correia seja menos afetado pela dita roldana, aumentando a sua vida útil, se transformando possivelmente em um sistema sem a necessidade de manutenção. ANTECEDENTES DA INVENÇÃO Os elementos reguladores de velocidade consistem normalmente em uma roldana unida a um eixo mecânico fixo através da qual passa um cabo, cujas extremidades são unidas ao elemento cuja segurança deve ser protegida, e também tem uma segunda roldana unida a um segundo ponto fixado na outra extremidade do eixo mecânico, que é utilizado para enrijecer o cabo de conexão. Portanto, a primeira das roldanas descritas gira a uma velocidade w fornecida por: onde v é a velocidade linear do carro ou do contrapeso a ser controlado e R é o raio da roldana do regulador da velocidade excessiva. O dispositivo de segurança é acionado quando w excede um valor preestabelecido. A redução do raio R da roldana evela a velocidade de rotação do elemento de segurança, o que torna a sua calibragem mais fácil, uma vez que a calibragem destes elementos com as velocidades e os diâmetros normais, especialmente a baixas velocidades, é complexa, e elementos específicos do regulador de velocidade para velocidades nominais de menos de v = 0,5 m/s são comuns no mercado.

Os reguladores de velocidade são montados atualmente em dois tipos de desenho.

Em um primeiro tipo de desenho, que tem sido tradicionalmente o desenho mais utilizado, um sistema regulador de velocidade fica localizado em um ponto fixo da instalação. 0 sistema regulador tem uma roldana principal na qual circula o cabo encarregado de transmitir a tensão do acionamento, e também pode ter roldanas da deflexão. Eles também têm roldanas de tensão que asseguram a tensão na cabo do sistema. Depois que o cabo passa através do conjunto inteiro da roldana, ele ê finalmente fixado ao elemento móvel cuja velocidade excessiva deve ser protegida. Esta tensão será pelo menos a mínima requerida de modo que, no momento que o sistema é ativado, o cabo {geralmente pela atrito no sulco do sistema regulador) pode transmitir a tensão necessária ao componente encarregado de parar a unidade móvel (geralmente uma engrenagem de segurança cuja ativação pára a unidade móvel e a mantém nos trilhos guias do elevador). 0 cabo forma, portanto, um circuito fechado que começa e termine na unidade móvel de uma maneira tal que o movimento linear da unidade móvel causa a rotação das roldanas do sistema regulador e das roldanas de deflexão.

Em outros desenhos, tais como aqueles descritos nas patentes EP 1175367 BI da Thyssenkrupp Elevator Manufacturíng (França) , WO 03070615 Al de JXJNG, Insook (Coréia) e em WO 03091142 Al da Mitsubishi Denki Kabushikikaisha (Japão), o regulador é unido integralmente ao elemento a ser controlado (unidade móvel) e o cabo é arranjado em um único comprimento com um peso na extremidade inferior que é o peso que vai conferir a tensão ao mesmo. Neste caso, a translação do elemento móvel também faz com o sistema regulador de velocidade gire. Este mesmo sistema regulador pode ativar o elemento de engrenagem de segurança, isto é, por meio de uma rotação e de uma translação que devem ocorrer no elemento regulador na eventualidade de uma velocidade excessiva, os movimentos de rotação e/ou de translação devem ocorrerm no sistema regulador, o que deve ativar diretamente o elemento de engrenagem de segurança.

Este desenho permite a obtenção de um ângulo de contato do cabo na roldana com valores entre 180 e 300° que aumentam a capacidade de tração do sistema (T1/T2). Hã outros dispositivos que utilizam elementos fixos tais como, por exemplo, os guias da instalação descritos na patente U.S. n°. 645.756 d James M. Draper et al.

Até a presente data, os cabos tradicionais utilizados em sistemas reguladores de velocidade devem ter um diâmetro mínimo d = 6 mm que é determinado por considerações reguladoras, e a relação D/d deve ser maior ou igual a 30, onde D é o diâmetro da roldana, que irá determinar o valor mínimo D = 180 mm, e consequentemente o tamanho geral do dispositivo. Há aplicações diferentes em elevadores para cabos tais como aqueles descritos na presente invenção que são descritas para cabos de tração na patente européia EP 1273695, e até mesmo elementos detração com seção não circulares tais como aqueles descritos nas patentes WO 9942589, WO 9943885, WO 0037738 e WO 0114630. A ativação dos elementos de frenagem de emergência (engrenagem de segurança) requer que o regulador exerça uma força mínima nos ditos elementos, a qual é 300 N ou duas vezes a força necessária para ativar os elementos de frenagem. Isto torna necessária a utilização de sulcos agressivos que asseguram a aderência em sistemas convencionais, que é obtida ao cortar os sulcos da roldana do sistema regulador com formas, geralmente semi-cortados com ângulos de sulco BETA entre 100° e 105°, e sulcos entalhados em forma de V ou sulcos em forma de V sem entalhes com ângulos de sulco GAMA entre 35 e 40°, em que este último requer um processo de endurecimento da superfície para obter durezas de aproximadamente 50 HRC ou mais. Este processo é dispendioso, uma vez que ele requer materiais específicos devido à sua natureza e devido ao controle de qualidade requerido depois que ele é aplicado. O uso deste tipo de sulcos envolve um desgaste inevitável dos sulcos das roldanas nos sistemas reguladores e no cabo, forçando a substituição periódica desses componentes, que é dispendiosa e se não for realizada com precaução pode acarretar situações perigosas na instalação. Os sistemas reguladores de velocidade são sujeitos à Certificação e Marcação da CE, o que complica o trabalho administrativo nos órgãos notificados competentes na eventualidade de eles serem substituídos.

Por outro lado, o uso de reguladores grandes faz com que as roldanas girem a velocidades relativamente baixas, o que se traduz em um movimento lento dos elementos que devem ser ativados e energias cinéticas baixas, o que dificulta a sua calibragem, especialmente nos reguladores do tipo centrífugo, DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a um cabo de fios de aço ou a uma correia de alta resistência revestida com um material polimêrico, por exemplo, poliuretano, aplicável para os reguladores de velocidade que detectam a velocidade excessiva em instalações de elevadores e que transmitem a tensão necessária para ativar os meios de frenagem de emergência associados às ditas instalações de elevadores, 0 uso de cabos de alta resistência nos reguladores de velocidade permite reduzir o diâmetro do cabo, mantendo um nível elevado de segurança. Um sistema convencional incorpora um cabo com um diâmetro d = 6 mm ou mais, ao passo que o cabo metálico objeto da presente invenção tem um diâmetro externo inferior de 5 mm e é forma por fios com uma resistência maior do que 2.000 N/mm2.

Os fios podem, por sua vez, ser aglomerados em cordões, os quais são aglomerades em torno de um cordão central que consiste em fios de um material têxtil ou sintético de alta resistência, tal como Kevlar.

Pode haver múltiplos desenhos de cabos, e alguns deles exibem uma flexibilidade maior do que outros, e alguns deles fazem um melhor uso da seção transversal do que outros, mas em qualquer caso a presente invenção pode ser praticada com qualquer um deles.

No caso das correias, a presente invenção contempla aquelas que têm pelo menos dois cabos metálicos que compreendem fios de aço de alta resistência com uma resistência de mais de 2.000 N/mm2 aglomerados em cordões que formam um núcleo metálico que tem um diâmetro compreendido entre 0,01 e 2 mm e que são completamente revestidos por um material polimérico. Foi provido para que a superfície exterior do material polimérico da correia possa ter uma superfície planar ou uma superfície ondulada.

Por meio do uso de um cabo ou uma correia tal como aqueles descritos acima, a roldana do sistema de segurança pode ter um diâmetro reduzido. A redução do diâmetro da roldana do sistema de segurança torna o sistema inteiro menor, ocupando menos espaço no eixo mecânico e também no edifício. A redução de tamanho também torna todos os elementos menos pesados e menos dispendiosos. Um sistema tradicional com um cabo metálico que tem um diâmetro nominal d = 6 mm tem um diâmetro de passo da roldana D = 180 mm ou mais. A presente invenção opera corretamente com níveis aceitáveis de segurança ou níveis de segurança que excedem os ditos sistemas tradicionais com diâmetros de passo de roldana que são menores ou iguais a 150 mm no caso de um cabo com uma seção circular, e diâmetros de passo de menos de 100 mm no caso das correias de qualquer tipo.

Por outro lado, as cabos de aço de alta resistência permitem uma razão D/d menor do que a normal, também mantendo um nível aceitável de segurança, e ainda contribuindo com a redução do diâmetro de passo de roldana D. No atual estado da técnica, pode ser observado que o diâmetro da roldana fica sujeito a uma razão D/d = 3 0 mínima. A presente invenção consiste em um conjunto formado pelo cabo (ou correia) e pela roldana que trabalha com o cabo (ou a correia) dotado de um revestimento de material polimérico. Como uma conseqüência do revestimento polimérico, o coeficiente de atrito entre os materiais do cabo (ou da correia) e a roldana é muito maior do que nos sistemas tradicionais, podendo ser utilizadas superfícies planares para as correias e as roldanas com sulcos semicirculares para um cabo circular, obtendo pressões internas no cabo que são claramente menores do que aquelas de um sistema tradicional. Isto permite reduzir o parâmetro de D/d a valores inferiores a 30, obtendo níveis de segurança que são iguais ou maiores àqueles dos sistemas convencionais com razões entre 20 e 30.

Além disso, ao utilizar este tipo de cabos ou correias, a lubrificação permanece no interior e não é dispersada pela instalação com o passar do tempo e no curso dos ciclos do cabo na roldana, contribuindo com uma melhor lubrificar dos fios e das cordões internos, aumentando a resistência à fadiga do cabo mais o sistema regulador, 0 revestimento polimérico impede que os cordões metálicos exteriores sejam atritados de encontro ao sulco da roldana, impedindo qualquer abrasão e desgaste dos fios exteriores em conseqüência da camada intermediária de material elástico, aumentando a vida do cabo e da roldana a níveis que implicam um sistema sem manutenção na prática.

Na presente invenção, o uso do cabo circular implica no uso de uma roldana com uma superfície planar, convexa ou côncava. 0 cabo circular mencionado pode ser utilizada com geometrias de sulco diferentes, mas o fato de consistir em um cabo revestido com um material polimérico confere ao mesmo um coeficiente de atrito elevado com o sulco da roldana do elemento regulador de velocidade ao qual é associado, o que significa que os sulcos que não nem um pouco agressivos com o cabo podem ser utilizados, tais como sulcos semicirculares ou sulcos semicirculares perfurados. 0 uso deste tipo de sulcos prolonga a vida da cabo, uma vez que a pressão entre o cabo e a roldana é distribuída mais uniformemente do que com outras geometrias, e não são produzidas áreas de concentração da pressão que podem danificar o cabo depois que um pequeno número de ciclos. Isto aumenta bastante a vida útil prevista do cabo e permite reduzir ou até mesmo eliminar o custo das atividades de manutenção.

Este é o oposto dos sistema reguladores convencionais que têm em sua roldana sulcos semi-entalhados ou em forma de V similares àqueles utilizados nos sulcos de roldanas de tração e, portanto, eles irão experimentar desgaste, inspeção e tarefas de manutenção que são requeridas para assegurar a capacidade de tração do sistema regulador, e desse modo a sua substituição devido aos níveis excessivos de desgaste. Como uma consequência do desenho e dos materiais utilizados, o presente sistema regulador impede qualquer desgaste possível do sulco da roldana do sistema regulador, assegurando uma vida útil muito maior do que nos sistemas convencionais e reduzindo as tarefas de manutenção a um mínimo, e até mesmo possivelmente sendo livres de manutenção.

As roldanas do elemento regulador utilizado para um cabo podem ser de um material metálico ou não metálico com um desenho semicircular ou semicircular entalhado com um ângulo de sulco BETA = um 0° e um arco de contato do cabo na roldana ALFA = 25-50°. No caso da correia, as roldanas podem ter uma superfície planar, côncava ou convexa.

Portanto, o diâmetro do núcleo metálico do cabo é aceitável a valores menores ou iguais a 5 mm, de preferência entre d-2e4mmeo diâmetro do passo da roldana do elemento regulador é aceitável a valores menores ou iguais a 150 mm, de preferência entre D = 75 e D = 100 mm.

Para o caso das correias planares, elas têm pelo menos dois cabos metálicos internos com um diâmetro compreendido entre d = 0,01 e 2 mm, e um diâmetro de passo de roldana menor ou igual a 100 mm.

Em uma realização alternativa possível, é contemplado que a roldana pode ser feita de um material metálico e pode ter em seu sulco um revestimento de material sintético, e que o cabo metálico não tenha nenhum revestimento.

DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

Para complementar a descrição que está sendo feita e para a finalidade de ajudar em uma melhor compreensão das características da invenção de acordo com uma realização prática preferida da mesma, um jogo de desenhos é anexado como uma parte integrante da dita descrição em que o seguinte é mostrado com um caráter ilustrativo e não limitador: A Figura 1 mostra uma seção de um tipo de cabo. A Figura 2 mostra uma outra seção possível do cabo em que o cordão central foi substituído por um cordão central de um material têxtil ou de um material de alta resistência, tal como Kevlar ou algo do gênero. A Figura 3 mostra o cabo mostrado na Figura 1 enquanto ele passa através de duas roldanas com tipos diferentes de sulcos, neste caso sulcos semicirculares ou semicirculares entalhados.

As figuras 4a a 4c mostram desenhos de cabos possíveis diferentes.

As figuras 4d a 4e mostram desenhos de correias possíveis diferentes. A Figura 5 mostra os desenhos possíveis do sistema regulador de velocidade em que o circuito de cabo começa e termina no elemento de engrenagem de segurança localizado no corpo da unidade móvel, embora outros desenhos sejam possíveis sem que as características principais do sistema sejam afetadas. 0 elemento regulador de velocidade está em um ponto fixo da instalação. A Figura 6 mostra os desenhos possíveis do sistema regulador de velocidade excessiva em que o circuito de cabo começa e termina no elemento de engrenagem de segurança localizado no corpo da unidade móvel, embora outros desenhos sejam possíveis sem que as características principais do sistema sejam afetadas. Neste caso o elemento regulador move-se integralmente com a unidade móvel. A Figura 7 mostra desenhos possíveis de elementos tensionadores de cabo, embora outros desenhos sejam possíveis sem que as características principais do sistema sejam afetadas. A Figura 8 mostra um sistema regulador de velocidade em que o elemento regulador de velocidade move-se integralmente com a unidade móvel, mas, ao contrário dos sistemas previamente mencionados, a tensão é transmitida ao elemento de engrenagem de segurança diretamente pelo elemento regulador. O cabo neste caso tem a função de girar a roldana do elemento regulador para detectar desse modo a velocidade linear na qual o elevador está se movendo, para gerar o sinal devido a uma eventualidade de velocidade excessiva e para fornecer a força necessária ao elemento regulador para ativar o elemento de engrenagem de segurança. A Figura 9 mostra o esquema das forças que agem no momento em que o sistema regulador é acionado. A Figura 10 mostra uma outra possibilidade do segundo tipo de sistema regulador.

REALIZAÇÃO PREFERIDA DA INVENÇÃO A Figura 1 mostra um cabo de fio metálico revestido com uma camada de material polimérico. O cabo compreende um conjunto de fios metálicos (1), feitos geralmente de aço, aglomerados de acordo com desenhos geométricos que têm determinadas seções que são giradas subseqüentemente para formar uma hélice, formando um cordão (3) . Os fios (1) que formam um cordão (3) podem ser idênticos, tal como mostrado na Figura 1, ou diferentes. É comum que os fios sejam aglomerados concentricamente, formando camadas.

Os diferentes (3) diferentes, por sua vez, são aglomerados depois de um esquema de aglomeração paralelo àquele descrito no parágrafo precedente, isto é, sendo arranjado de uma determinada forma em uma seção e subseqüentemente girando para formar uma hélice de cordões na mesma forma que um cordão é formado por meio de uma hélice de fios. A Figura 1 mostra os cordões dos fios distribuídos em torno de um cordão central de fios, ao passo que na Figura 2 o cordão metálico central foi substituído por um cordão central (4) de um material têxtil ou de um material sintético de alta resistência tal como Kevlar ou algo do gênero. 0 núcleo metálico do cabo formadp pelo conjunto de cordões (3) é circundado por um revestimento de material polimérico (2), por exemplo, poliuretano, que tem uma seção exterior circular com um diâmetro próximo de· mas um pouco maior do que o diâmetro maior do núcleo metálico, e portanto revestindo o mesmo completamente sem aumentar de maneira significativa o diâmetro do núcleo. A Figura 3 representa o cabo mostrado na Figura 1 enquanto ele passa através dos sulcos (5, 5') das roldanas metálicas diferentes (2, 21) pertencentes a um regulador de velocidade do tipo utilizado em aparelhos de elevadores. Estas roldanas podem ter geometrias de sulco diferentes sulco (5, 51), embora, devido às características do cabo objeto da invenção, é preferível o uso de sulcos que não sejam agressivos, tais como sulcos semicirculares (5) ou sulcos semicirculares entalhados (51).

Na Figura 4c, pode ser visto um desenho em que o diâmetro do cordão central da parte metálica do cabo tem um diâmetro maior do que os cordões exteriores. Isto assegura que o material polimérico penetre nos espaços gerados entre os cordões exteriores, aumentando a integridade do sistema e a união física entre a parte metálica e o material polimérico do revestimento.

Uma comparação dos parâmetros típicos relacionados com os conjuntos de cabo-roldana utilizados em reguladores de velocidade convencionais com aqueles que correspondem aos conjuntos de cabo-roldana objetos da presente invenção será feita abaixo.

Os sulcos utilizados normalmente no elemento regulador de velocidade convencional são sulcos semicirculares entalhados com ângulos de sulco BETA entre 100° e 105°, sulcos em forma de V com ou sem tratamento de endurecimento de superfície com um ângulo de sulco GAMA entre 35 e 40°.

Em um sistema convencional com uma roldana que tem um sulco semi-entalhado com um Ângulo de sulco BETA = 105° e um diâmetro de passo de 200 mm, uma pressão específica no cabo é obtida, a qual tem um valor entre 3,5 e 7 N/mm2, dependendo da tensão que provém da roldana de tensão. 0 coeficiente de valores de atrito "f" entre 0,4 e 0,5 é obtido com este desenho (ao levar em consideração um coeficiente de atrito entre o cabo e o sulco moldado de μ = 0,2), obtendo uma capacidade de tração de T1/T2 de valores entre 3,5 e 4.

Em um sistema convencional com uma roldana que tem um sulco em forma de V não endurecido de 40° e um ângulo de sulco BETA = 105° e um diâmetro de passo de 200 mm, uma pressão específica é provocada no cabo, a qual tem um valor entre 4 e 8,5 N/mm2 dependendo da tensão que provém da roldana de tensão e do desgaste do sulco da roldana. Valores do coeficiente de atrito "f" entre 0,5 e 0,6 são obtidos com este desenho (ao levar em consideração um coeficiente de atrito entre o cabo e o sulco moldado de μ = 0,2), obtendo uma capacidade de tração de T1/T2 que tem valores entre 6 e 6,5.

Em um sistema convencional com um sulco em forma de V endurecido com um ângulo GAMA = 40° e um diâmetro de passo de 200 mm, uma pressão específica é provocada no cabo, a qual tem um valor entre 3,5 e 6,5 N/mm2 dependendo da tensão que provém da roldana de tensão. Valores do coeficiente de atrito "f" entre 0,5 e 0,6 são obtidos com este desenho (ao levar em consideração um coeficiente de atrito entre o cabo e o sulco moldado de μ = 0,2), obtendo uma capacidade de tração de T1/T2 com valores entre 6 e 6,5.

Ao utilizar correias planares com cabos metálicos dentro das mesmas, a presente invenção tem pressões específicas nos ditos cabos internos que têm um valor entre três a cinco vezes menos sob as mesmas condições de uso que os casos práticos previamente descritos para obter uma capacidade de tração similar àquela obtida nos ditos exemplos. A correia terá de preferência pelo menos dois cabos metálicos internos com um diâmetro com valores entre d = 0,01 e 2 mm, e a roldana do elemento regulador deve ter uma superfície lisa, côncava ou convexa que tem um diâmetro de passo com valores menores ou iguais a 100 mm.

Ao utilizar cabos metálicos com fios que têm uma resistência de mais de 2.000 N/mm2, e revestidos com um material polimérico, tal como o poliuretano, por exemplo, a presente invenção tem um coeficiente de atrito maior do que os sistemas tradicionais que alcançam valores maiores do que μ = 0,4. Os testes experimentais apresentaram resultados maiores do que μ = 0,5. Isto confere ao sistema uma capacidade de tração T1/T2 que tem um valor superior a 8, sendo possível reduzir a tensão no cabo e, portanto, reduzir a pressão específica no cabo, aumentando a vida útil do cabo.

Um mecanismo regulador de acordo com a presente invenção que tem uma roldana de um material moldado com um sulco semicircular com um ângulo de enrolamento ALFA = 30° dos cabos na roldana e um diâmetro de passo da roldana de 200 mm provoca uma pressão específica na parte metálica de um cabo com diâmetro d = 2 mm de um valor entre 1,2 e 1,5 N/mm2 dependendo da tensão que provém da roldana de tensão, que neste caso deve ser menor do que aquela utilizada normalmente nos sistemas convencionais, e este valor é claramente menor do que aqueles alcançados em sistemas convencionais, e isto conjuntamente com os benefícios pelo fato de ser um cabo revestido deve assegurar uma vida útil virtualmente sem manutenção do sistema regulador.

Um mecanismo regulador de acordo com a presente invenção que tem uma roldana de um material moldado com um sulco semicircular com um ângulo ALFA = 3 0° e um diâmetro de passo de 80 mm provoca uma pressão específica na parte metálica de um cabo com d = 2 mm, de um valor entre 3 e 4 N/mm2 dependendo da tensão que provém da roldana de tensão, que neste caso deve ser menor do que aqueles utilizados normalmente em sistemas convencionais. Este valor é similar ou menor do que aqueles obtidos em sistemas tradicionais, e isto conjuntamente com os benefícios pelo fato de ser um cabo revestido deve assegurar uma vida útil do sistema que é similar ou maior do que um sistema regulador convencional.

Um sistema regulador com um desenho tal como esse mostrado na Figura 6, em que o sistema regulador move-se com o conjunto móvel mas o cabo é estacionário com um ponto de fixação fixo em sua parte superior e um peso em sua parte inferior com um sulco semicircular com um ângulo ALFA = 30° de um material moldado e um diâmetro de passo de 80 mm, provoca uma pressão específica na parte metálica de um cabo com d = 2 mm, com um valor entre 1 e 3 N/mm2 dependendo da tensão que provém da roldana de tensão, que neste caso deve ser menor do que aquele utilizado normalmente em sistemas convencionais e até mesmo menor do que os desenhos previamente descritos. Este valor menor do que aqueles obtidos em sistemas tradicionais conjuntamente com os benefícios do fato de ser um cabo revestido deve assegurar uma vida útil do sistema que excede um sistema regulador convencional.

As Figuras 5 e 6 mostram um cabo metálico de um sistema regulador formado por fios com uma resistência de força mais de 2.000 N/mm2 e cujo diâmetro exterior é menor ou igual a 5 mm e não é revestido com nenhum material. Este cabo passa através do sulco da roldana do elemento regulador que é metálico com um revestimento de um material sintético, tal como o poliuretano ou resinas, por exemplo, com um desenho que aumenta o coeficiente de atrito entre o cabo e a roldana.

Conforme pode ser visto na Figura 9, a presente invenção requer uma tensão no cabo que é menor do que nos sistemas convencionais que requerem normalmente uma tensão entre G = 50 kg e 100 kg para desenhos tais como aqueles representados na Figura 5 e entre G = 25 kg e 50 kg para desenhos tais como aqueles representados na Figura 6.

Na Figura 9, o seguinte é obtido para o tipo de desenho de circuito: Quando se leva em consideração os dados experimentais que indicam T1/T2 = 8, uma tensão no cabo com valores entre 10 e 12 kg é requerida, dependendo do desenho da instalação. 0 peso de um cabo ou correia objeto da presente invenção é menor do que aquele de cabos convencionais e tem valores entre 0,04 e 0,1 kg/m. Isto reduz os efeitos da inércia para mover a massa do cabo na aceleração e na desaceleração do elevador.

Na Figura 9, o seguinte é obtido para o tipo de desenho em que há somente um comprimento de cabo: Quando se leva em consideração os dados experimentais que indicam T1/T2 = 10 (maior do que o caso precedente devido ao fato que é possível aumentar o ângulo de contato do cabo na roldana do elemento regulador), uma tensão no cabo com valores entre 5 e 8 kg é requerida dependendo do desenho da instalação. Esta tensão é claramente menor do que nos sistemas convencionais, o que contribui com o fato que os efeitos da inércia são minimizados e é diminuída a pressão específica no cabo quando ele passa através das roldanas. Portanto, a presente invenção implica um sistema virtualmente sem manutenção na prática. O uso de aço de alta resistência nos cabos também contribui para prolongar a vida útil dos mesmos, devido ao fato que o seu desempenho de fadiga mecânica e o desgaste aumenta, contribuindo com o efeito previamente descrito.

Claims (12)

1. Cabo para um regulador de velocidade para elevadores, caracterizado por compreender fios de aço de alta resistência (1) que têm uma resistência de mais de 2.000 N/mm2 aglomerados em cordões (3) entre os quais é por sua vez formado um núcleo que tem um diâmetro maior que zero e menor ou igual a 5 mm, que é revestido completamente por um material polimérico (2) que é introduzido nas aberturas definidas entre os cordões (3), obtendo uma superfície polimérica exterior com um diâmetro ligeiramente maior do que o diâmetro do núcleo.

2. Cabo para um regulador de velocidade, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por que o diâmetro do núcleo fica compreendido entre 2 e 4 mm.

3. Cabo para um regulador de velocidade, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por que o núcleo incorpora um cordão central (4) de material têxtil.

4. Cabo para um regulador de velocidade, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por que o núcleo incorpora um cordão central (4) de um material composto.

5. Correia para um regulador de velocidade caracterizado por compreender pelo menos dois cabos metálicos que compreendem fios de aço de alta resistência (1) que têm uma resistência de mais de 2.000 N/mm2 aglomerados em cordões (3) formando núcleos metálicos correspondentes que têm um diâmetro que fica compreendido entre 0,01 mm e 2 mm, e que são completamente revestidos por um material polimérico (2) .

6. Correia para um regulador de velocidade de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por que a superfície de material polimérico exterior da correia consiste em uma superfície planar.

7. Correia para um regulador de velocidade de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por que a superfície de material exterior da correia consiste em uma superfície ondulada.

8. Roldana para um regulador de velocidade para elevadores para utilização com o cabo definido nas reivindicações 1 a 4, caracterizado por que compreende um sulco com um desenho semicircular com um nível elevado de aderência com um ângulo de sulco BETA = 0o e um arco de contato ALFA do cabo na roldana que fica compreendido entre 25 e 50°, e também tem um diâmetro de passo que é menor ou igual a 150mm.

9. Roldana para um regulador de velocidade para elevador de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por que o sulco tem um entalhe em seu desenho semicircular.

10. Roldana para um regulador de velocidade para elevador de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por que seu diâmetro de passo é menor do que 100 mm.

11. Roldana para um regulador de velocidade para elevadores para utilização com a correia definida nas reivindicações 5 a 7, caracterizado por que o seu diâmetro de passo é menor ou igual a lOOmm.

12. Conjunto formado por um cabo e uma roldana para um regulador de velocidade caracterizado por que a roldana tem uma camada de revestimento de material sintético em seu sulco e tem um diâmetro de passo menor ou igual a 150mm, e o cabo compreende fios de aço de alta resistência com uma resistência de mais de 2.000N/mm2 aglomerados em cordões entre os quais é por sua vez formado um núcleo que tem um diâmetro maior que zero e menor ou igual a 5 mm.