Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "ELEMENTO
DE BOCAL PARA A INSUFLAÇÃO DE GÁS EM UM FORNO INDUSTRIAL PARA A FUSÃO DE METAIS".
Descrição A invenção refere-se a um elemento de bocal para a insuflação de gás em um forno industrial para a fusão de metais, especialmente metais não-ferrosos.
Durante o processo de fusão em um forno industrial para a fusão de metais é necessário, muitas das vezes, tratar a massa fundida metálica pela insuflação de gases ou outros meios.
Meios de tratamento correspondentes são injetados, regular- mente, pelos bocais na massa fundida metálica. Os bocais podem ser con- feccionados ou como bocais de banho inferior (nestes o meio de tratamento é injetado na massa fundida metálica por baixo da superfície do banho da mesma) ou como bocais de banho superior (nestes, o meio de tratamento é injetado por cima da superfície do banho no espaço interno do forno). Os bocais utilizados consistem, normalmente, em um tubo metálico que é leva- do passando através da parede externa do forno industrial até o espaço in- terno do forno. No lado interno do forno do bocal, é encaixado, por regra, uma peça intercalada de bocal no tubo metálico. A parede externa de fornos industriais correspondentes é construída por um revestimento de aço exter- no que em um lado interno é tapada com material refratário. No espaço in- terno do forno formado pelo tapamento refratário está sendo fundido o metal.
Nas regiões, nas quais desembocam os bocais no espaço inter- no do forno, o material refratário, que circunda os bocais nesta região, é su- jeito, regularmente, a um desgaste maior. Este desgaste maior encontra sua causa na variação de temperatura aumentada na região da boca de bocal o que leva a rebentações do tapamento refratário. Por outro, na região da bo- ca do bocal chega-se a movimentos de circulação elevados de parte da massa fundida o que leva a uma erosão mecânica do tapamento refratário.
Este desgaste do tapamento refratário leva não só a problemas quanto ao cuidado do tapamento refratário até para lá de uma conservabili- dade reduzida do tapamento de todo o forno mas também a problemas quanto a repetitividade e, com isso, à rentabilidade do processo de injeção, já que com a alteração da geometria do tapamento refratário na região as bocas de bocal também alteram as condições de circulação da massa fundi- da metálica no forno. A invenção tem como base prover um elemento de bocal para a insuflação de gás em um forno industrial para a fusão de metais pelo qual o desgaste do material refratário na região do bocal seja reduzido.
De acordo com a invenção, coloca-se à disposição um elemento de bocal para a insuflação de gás em um forno industrial para a fusão de metais com as seguintes características: um corpo de bocal de material refratário; um revestimento metálico que encoberta o material refratário no lado frio do corpo de bocal; elementos condutores de calor que estão em contato com o revestimento metálico e que se estendem para dentro do material refratário; o revestimento metálico pode ser refrigerado; um tubo de bocal (tubo de bocal externo) que se estende atravessando o revestimento metálico e o corpo do bocal desde o lado frio até o lado quente do corpo do bocal. A confecção do elemento de bocal segundo o requerimento se baseia no conhecimento de que o desgaste do material refratário na região do bocal pode ser reduzido especialmente pelo fato de que no lado quente do material refratário na região do bocal se forma uma "incrustação" de massa fundida metálica solidificada. Esta "incrustação" consiste, em essên- cia, em escória e em metal e protege o material refratário situado por baixo na região do bocal contra desgaste.
No âmbito da invenção foi reconhecido que uma solidificação da massa fundida metálica na região do material que cerca o bocal e, com isso, a formação de uma incrustação sobre o material refratário nesta região pode ser causada pelo fato de que o material refratário está sendo refrigerado nesta região com mais intensidade.
Para a refrigeração do material refratário na região do bocal são previstos elementos condutores de calor que consistem em um material que apresenta uma condutibilidade térmica maior em comparação com o material refratário. Os elementos condutores de calor estão em contato com o reves- timento metálico no lado frio do corpo de bocal de maneira que os elementos condutores de calor podem absorver calor conduzindo-o rapidamente ao revestimento metálico. Do revestimento metálico o calor é dissipado para fora. Para o melhoramento da emissão de calor do revestimento metálico para fora, o revestimento metálico pode ser refrigerado, por exemplo, por um agente de refrigeração. O elemento de bocal pode ser configurado como elemento sepa- rado. O lado quente do corpo de bocal e o lado frio deste correm dis- tanciados e, de preferência, também paralelos um em relação ao outro. O lado quente e o lado frio do corpo de bocal podem apresentar formas igual ou distinta. Por exemplo, o lado quente e o lado frio podem ser configurados em forma oval, quadrada ou poligonal. Conquanto o lado quente e o lado frio apresentem, cada um, forma redonda, eles podem apresentar, por exemplo, o mesmo diâmetro de maneira que o corpo de bocal no seu todo apresenta a forma de um cilindro, ou o lado quente pode apresentar um diâmetro menor do que o lado frio de maneira que o corpo de bocal se adelgaça partindo do lado frio em direção ao lado quente de maneira cônica; por isso, o elemento de bocal pode ser simplesmente inserido em uma abertura correspondente na parede externa de um forno industrial. Conquanto o lado quente e o lado frio apresentem, cada um, uma forma quadrada, o corpo de bocal possui na sua totalidade a forma de um cubo, por conseguinte, por exemplo, a forma de um dado. As faces que unem o lado quente e o lado frio do corpo de bo- cal podem ser cobertas por um revestimento de chapa.
De acordo com o requerimento, sob "lado quente" é entendido o lado do corpo de bocal o qual (em estado montado do elemento de bocal em um forno industrial) é virado para o espaço interno do forno e, com isso, para a massa fundida metálica. Sob "lado frio" é entendido, correspondentemen- te, o lado oposto do corpo de bocal, por conseguinte, o lado do corpo de bo- cal afastado do espaço interno do forno. O elemento de bocal é configurado para carregar gás ou outros meios, por exemplo, matéria sólida como pós ou semelhante, na massa fun- dida metálica. O corpo de bocal pode consistir em qualquer material refratário, por exemplo, em material de cerâmica oxidada ou em material de cerâmica não oxidada, por conseguinte, por exemplo, em uma massa de cerâmica oxidada refratária.
No seu lado frio, o material refratário do corpo de bocal é coberto por um revestimento metálico. Este revestimento metálico pode consistir, por exemplo, em cobre ou em aço, por exemplo, aço inoxidável, e ser unido, por exemplo, mediante chumbadores ou uma massa refratária ao material refra- tário do corpo de bocal. O revestimento metálico pode ser dimensionado de tal maneira que ele - quando da instalação do elemento de bocal na parede externa de um forno industrial - siga alinhado ao revestimento metálico do forno de maneira que o revestimento metálico do elemento de bocal e o re- vestimento metálico externo do forno formem uma superfície contínua. O revestimento metálico está (no seu lado virado para o corpo de bocal) em contato com os elementos condutores de calor que se esten- dem para dentro do material refratário e em direção ao lado quente do corpo de bocal.
Os elementos condutores de calor podem apresentar qualquer forma, por conseguinte, por exemplo, a forma de hastes, prismas, nervuras ou placas. Por exemplo, podem ser utilizados elementos condutores de calor em forma de haste com uma seção transversal em forma de estrela; hastes correspondentes têm uma superfície relativamente grande pelo que pode ser obtida uma transmissão de calor satisfatória aos elementos condutores de calor. Segundo uma outra forma de execução, os elementos condutores de calor podem apresentar uma estrutura em forma de árvore; nesta forma de execução, o elemento condutor de calor se ramifica em direção ao lado quente do corpo de bocal. Estas "ramificações" podem absorver o calor na região do lado quente do corpo de bocal satisfatoriamente e transmiti-lo a- través do "tronco" (comum) ao revestimento metálico.
Os elementos condutores de calor podem ser dispostos, por e- xemplo, diretamente no revestimento metálico e ser moldados, nisso, por exemplo em uma só peça, do revestimento metálico, por exemplo em forma de "nervuras de refrigeração". Os elementos condutores de calor podem ser unidos, por exemplo, também, mediante uma junta soldada, união roscada ou qualquer outra união, diretamente, ao revestimento metálico.
Segundo uma forma de execução alternativa, os elementos con- dutores de calor não estão diretamente em contato com o revestimento me- tálico mas conduzem o calor através de regiões intercaladas de material re- fratário ao revestimento metálico. Elementos condutores de calor correspon- dentes podem consistir, por exemplo, em um, em vários ou um grande nú- mero de corpos, encarnados no material refratário. Segundo uma forma de execução, é previsto um grande número de elementos condutores de calor em forma de corpos pequenos que são distribuídos sobre o material refratá- rio e encarnados neste. Pela disposição destes elementos condutores de calor distribuídos de maneira dispersa no material refratário, a condutibilida- de do material refratário nessa região é aumentada de maneira que o calor na região dos corpos distribuídos no material refratário é transmitido mais rapidamente ao revestimento metálico do que nas regiões do material refra- tário nas quais não está disposto nenhum corpo correspondente.
As extremidades dos elementos condutores de calor, viradas para o lado quente do corpo de bocal, podem terminar distanciadas em rela- ção ao lado quente, por conseguinte podem acabar no material refratário ou ser levadas diretamente até o lado quente e, então, formar uma superfície alinhada com o lado quente do corpo de bocal.
Os elementos condutores de calor e revestimento metálico con- sistem de preferência, no mesmo material, por conseguinte, por exemplo, em cobre, aço ou aço inoxidável. Através do revestimento metálico e do cor- po de bocal, se estende, partindo do lado frio até o lado quente do corpo de bocal, um tubo de bocal (em seguida chamado "tubo externo de bocal").
Este tubo externo de bocal serve - eventualmente também em combinação com um ou outro tubo para a condução de gás - para a alimen- tação de gás e de outros meios de tratamento à massa fundida metálica. O tubo externo de bocal que pode consistir em um metal, por exemplo, aço inoxidável, apresenta, de preferência, uma superfície de seção transversal (livre) circular interna e se estende especialmente ao longo de um eixo longi- tudinal que corre linearmente. O elemento externo de bocal pode ser unido, por exemplo atra- vés de uma massa refratária, ao corpo de bocal.
No tubo externo de bocal pode ser disposto um outro tubo de bocal, chamado "tubo interno de bocal". De preferência, o tubo interno de bocal pode ser disposto, de maneira deslocável ao longo de seu eixo longi- tudinal que corre, por exemplo, de maneira coaxial, ao longo do eixo longitu- dinal do tubo externo de bocal.
Um tubo interno de bocal correspondente, disposto ao longo do seu eixo deslocável no tubo externo de bocal, tem uma vantagem substanci- al: no lugar de um tubo interno de bocal, os bocais genéricos até agora utili- zados apresentaram um adaptador de bocal que no lado quente do tubo (ex- terno) de bocal foi encaixado nesse. Por esse adaptador de bocal no lado quente do tubo de bocal podia ser ajustada uma forma de bocal definida. Por causa da formação de carepas do adaptador de bocal, este podia ser utiliza- do apenas para uma carga, de maneira que, depois de cada processo de fusão, o adaptador de bocal precisava ser desprendido para fora do tubo de bocal e ser substituído por um novo adaptador de bocal. Este processo de substituição era muito dispendioso em termos de tempo. Pelo fato de que, conforme o requerimento, no tubo externo de bocal agora é disposto, deslo- cável, um tubo interno de bocal, este, segundo seu desgaste, pode ser a- vançado, continuamente, pelo lado de fora. Por isso, o processo de substitu- ição até agora necessário deixa de existir. O tubo interno de bocal apresenta uma superfície de seção transversal interna (livre) de maneira que as condições para a colocação do gás conduzido pelo tubo interno de bocal na massa fundida metálica podem ser ajustadas.
De preferência, o tubo interno de bocal é disposto com distância em relação ao tubo externo de bocal. Com isso é definida uma fenda entre o tubo interno e o tubo externo de bocal que pode ser utilizada também para a alimentação de gás na massa fundida metálica. O tubo interno de bocal e o tubo externo de bocal podem ser mantidos à distância mediante espaçado- res. Estes espaçadores podem ser, por exemplo, abaulamentos em forma de botões, dispostos na superfície do tubo externo de bocal virada para o tubo interno de bocal. Na superfície do tubo externo de bocal virada para o tubo interno de bocal também podem ser dispostos tais abaulamentos que encai- xam em elementos de guia correspondentes, por exemplo, trilhos ou ranhu- ras, dispostos na superfície externa do tubo interno de bocal. Estes elemen- tos de guia podem ser dispostos, por exemplo, paralelos ao eixo longitudinal ou então helicoidais sobre a superfície do tubo interno de bocal de maneira que o tubo interno de bocal pode ser guiado no sentido longitudinal ou à mo- da de hélice seguramente no tubo externo de bocal.
Segundo uma forma de execução alternativa, a superfície perifé- rica externa do tubo interno de bocal apresenta uma rosca externa que en- grena na rosca interna, disposta na superfície do tubo externo de bocal vira- do para o tubo interno de bocal. O tubo externo de bocal e o tubo interno de bocal são respecti- vamente configurados de tal maneira que a fenda remanescente entre o tubo de bocal externo e o tubo de bocal interno e a seção transversal interna livre do tubo interno de bocal podem ser levadas ao contato com uma fonte de gás ou com uma outra fonte para um meio, de tal maneira que pode ser in- troduzido gás/meio na fenda ou na seção transversal interna livre do tubo interno de bocal. O acompanhamento ou o movimento do tubo interno de bocal no tubo externo de bocal pode ser efetuado manual ou automaticamente, por exemplo com acionamento elétrico, hidráulico ou pneumático. O processo de acompanhamento pode realizar-se, em princípio, passo a passo ou de ma- neira contínua e ser ajustado ao tempo de tratamento metalúrgico, com uma velocidade de avanço previamente ajustada. No caso de uma medição con- tínua da força residual do bocal, a velocidade de avanço pode ser adaptada, de maneira contínua, às condições de desgaste do tubo interno de bocal. A fenda entre o tubo interno de bocal e o tubo externo de bocal pode ser dota- da de um lubrificante ou graxa adequados, por exemplo, para manter baixas as solicitações de torção.
Segundo um exemplo de execução é previsto que a superfície periférica externa do tubo interno de bocal e a superfície virada para essa do tubo externo de bocal estejam diretamente em contato uma com a outra.
Neste caso, não é conduzido nenhum gás por essa fenda. Um lubrificante ou uma graxa previsto nessa fenda pode servir então, também, de vedação.
Pode ser previsto que os elementos condutores de calor sejam dispostos de tal maneira no material refratário que são dispostos, em essên- cia, em forma de anel, em redor do tubo externo de bocal. Já que o perigo de desgaste do material refratário cresce quanto mais próximo estiver da boca do tubo externo de bocal no lado quente do corpo de bocal, o elemento de bocal de acordo com a invenção pode ser confeccionado de tal maneira que na vizinhança imediata em relação à boca do tubo externo de bocal no lado quente do corpo de bocal poderá ser for- mada uma incrustação mais forte do que nas regiões mais afastadas da bo- ca.
Para esse fim, pode ser previsto que a condutibilidade térmica nas regiões do corpo de bocal diretamente vizinhas em relação ao tubo ex- terno de bocal seja mais elevada do que nas regiões mais afastadas dali.
De acordo com o requerimento, pode ser previsto para esse fim, por exemplo, que os elementos condutores de calor na região do corpo de bocal mais próxima do tubo externo de bocal sejam levados para mais perto até o lado quente do corpo de bocal do que nas regiões mais afastadas do tubo externo de bocal. A dissipação de calor, por isso, aumenta em direção à boca do tubo externo de bocal no lado quente do corpo de bocal. Em corres- pondência a isso, a espessura da incrustação também aumenta.
Os elementos condutores de calor podem ser configurados devi- damente graduados, sendo que a altura do degrau - em relação ao lado quente do corpo de bocal - decresce partindo do tubo externo de bocal.
Para dissipar o calor que os elementos condutores de calor adu- ziram ao revestimento metálico do revestimento metálico pode ser previsto que o revestimento metálico seja configurado de tal maneira que pode ser refrigerado por um fluido, especialmente água, ou outro meio de refrigera- ção.
Para esse fim, o revestimento metálico pode ser dotado de dis- positivos através dos quais um fluido pode ser levado por sobre a superfície do revestimento metálico ou passando através do revestimento metálico. O nível da dissipação de calor do revestimento metálico para fora pode ser ajustado pelo meio de refrigeração, por exemplo, através do intervalo de temperatura entre o revestimento metálico (o mais quente) e o meio de refrigeração (o mais frio) e/ou através da quantidade do meio de refrigeração que circula pelo revestimento metálico e/ou através de seleção do meio de refrigeração (seleção do meio de refrigeração com uma determi- nada capacidade calorífica específica). Nisso, uma dissipação de calor do revestimento metálico para fora tem como consequência uma dissipação de calor mais intensa do lado quente do corpo de bocal para fora o que é a- companhado por uma formação mais intensa da incrustação no lado quente.
Pela maneira da refrigeração do revestimento metálico pode ser regulada, consequentemente, a formação de incrustação. O elemento de bocal segundo o requerimento é configurado pa- ra a montagem em qualquer forno industrial para a fusão de metais, especi- almente porém para a montagem em um forno industrial para fusão de me- tais não-ferrosos. O elemento de bocal pode ser configurado tanto como bocal de banho inferior quanto como bocal de banho superior.
Por fim, o requerimento compreende um forno industrial em cuja parede externa é disposto um elemento de bocal segundo o requerimento. O forno industrial pode apresentar na sua parede externa uma abertura na qual pode ser inserido um elemento de bocal segundo o requerimento.
Outras características da invenção resultam dos demais docu- mentos do requerimento, especialmente das figuras, assim como da seguin- te descrição de figuras.
Todas as características do elemento de bocal publicadas neste requerimento podem ser combinadas de qualquer forma umas com as ou- tras. A descrição das figuras explica um exemplo de execução de um elemento de bocal segundo o requerimento.
Os desenhos mostram: Figura 1 um elemento de bocal em uma vista de corte lateral e Figura 2 uma vista de cima do lado quente segundo a figura 1. O elemento de bocal na figura 1 é designado na sua totalidade com 1. O corpo de bocal 3 do elemento de bocal 1 configurado por uma massa refratária apresenta, no total, uma forma essencialmente cúbica com um lado quente quadrado 5 e um lado frio quadrado 7.
No lado frio 7, o material refratário do corpo de bocal 3 é coberto por um revestimento metálico 9 de cobre. No lado da superfície do elemento metálico 9 afastado do corpo de bocal 3 são colocados no elemento metálico 9 abaixamentos em forma de canal 8. Os abaixamentos em forma de canal 8 são cobertos para fora por placas de cobertura 10 de maneira que os abai- xamentos em forma de canal 8 são fechados em toda a volta. As placas de cobertura 10 apresentam uma abertura de admissão 12 que vai para dentro dos abaixamentos em forma de canal 8 e uma abertura de descarga 14 que sai dos abaixamentos.
Diversos elementos condutores de calor 11, 13, 15, 17, 17.1, 17.2 de cobre estão em contato com o revestimento metálico 9 e se esten- dem para dentro do material refratário do corpo de bocal 3 em direção ao seu lado quente 5.
No lado direito na figura 1 verificam-se dois elementos conduto- res de calor em forma de haste 11,13 que se estendem perpendicularmente do revestimento metálico 9 para dentro do material refratário e em direção ao lado quente 5 do corpo de bocal 3. Os elementos condutores de calor em forma de haste 11, 13 são graduados, sendo que o elemento condutor de calor 13 mais próximo do tubo de bocal 19 é levado diretamente até o lado quente 5 do corpo de bocal 3 e o elemento condutor de calor 11 mais afas- tado do tubo externo 19 acaba distanciada do lado quente 5 no material re- fratário.
Os elementos condutores de calor 11, 13 são encaixados no revestimento metálico 9.
No lado esquerdo na figura 1 se estende, primeiramente, um elemento condutor de calor em forma de árvore 17, 17.1, 17.2 partindo do revestimento metálico 9, no qual o mesmo também é encaixado, adentro do material refratário do corpo de bocal 3 em direção ao lado quente 5 do corpo de bocal 3.
Partindo da "árvore" 17, ramifica-se o elemento condutor de ca- lor 17, 17.1, 17.2 através de dois galhos 17.1, 17.2 em direção ao lado quen- te 5. Os galhos 17.1, 17.2 acabam distanciados do lado quente 5 no material refratário. Os galhos 17.1, 17.2 também são configurados graduados, sendo que a altura do degrau decresce partindo do galho 17.1 disposto mais pró- ximo do tubo externo de bocal 19 em direção ao galho 17.2 mais afastado do tubo externo de bocal 19.
Reconhecem-se ainda no lado esquerdo na figura 1 elementos condutores de calor 15 em forma de vários corpos geométricos isolados 15, distribuídos de maneira dispersa no material refratário. Por estes corpos 15 é aumentada no seu todo a condutibilidade térmica do material refratário do corpo de bocal 3 na região na qual os corpos 15 são distribuídos. A condu- ção de calor não se efetua aqui - como nos elementos condutores de calor 11, 13, 17, 17.1, 17.2 - diretamente ao revestimento metálico 9 mas também através de várias regiões intercaladas do material refratário.
Na figura 1 são representadas nos lados esquerdo e direito do corpo de bocal 3 formas de execução distintas e dispostas não homogêneas de elementos condutores de calor 11, 13 ou 15, 17, 17.1, 17.2.
Na forma de execução prática é utilizada, porém, de preferência, uma combinação homogênea de elementos condutores de calor. Assim, por exemplo, podem chegar a ser utilizadas diferentes formas de execução de elementos condutores de calor, distribuídos de maneira homogênea em re- dor do tubo externo de bocal 19. Por exemplo, elementos condutores de ca- lor graduados, dispostos em forma de anel em redor do tubo externo de bo- cal 19 em forma de hastes e/ou árvores e/ou placas podem ser circundados por elementos condutores de calor distribuídos dispersos através do material refratário em forma de corpos isolados 15.
Passando através do revestimento metálico 9 e do corpo de bo- cal 3 se estende o tubo externo de bocal 19 do lado frio 7 ao lado quente 5 do corpo de bocal. O tubo externo de bocal 15 consiste em aço inoxidável e corre axialmente simétrico ao eixo longitudinal A que está perpendicular ao lado quente 5 e ao lado frio 7 do corpo de bocal 3.
De maneira concêntrica ao tubo externo de bocal 19 é disposto neste um tubo de bocal interno 21 de aço inoxidável. O eixo longitudinal A do tubo interno de bocal 21 corre, de maneira coaxial, ao eixo longitudinal A do tubo externo de bocal 19. O tubo externo de bocal 19 e o tubo interno de bocal 21 correm distanciados um em relação ao outro, de maneira que entre ambos os tubos 19, 21 é definida uma fenda anelar 23.
Na superfície do tubo externo de bocal 19, virada para a superfí- cie periférica externa do tubo interno de bocal 21, são dispostos abaulamen- tos em forma de botão (não representados) que mantêm o tubo interno de bocal 21 e o tubo externo de bocal 19 em distância constante um do outro.
Com um dispositivo de acionamento (não representado) o tubo interno de bocal 21 é girado, por um lado, em volta do eixo longitudinal A e, por outro, ao mesmo tempo, deslocado ao longo do seu eixo A em direção ao lado quente 5. A figura 2 mostra o elemento de bocal 1 segundo a figura 1 em uma vista de cima do lado quente 5.
Reconhece-se a boca do tubo externo de bocal 19 disposta no centro do lado quente quadrado 5. Concentricamente ao eixo longitudinal A
corre no interior do tubo externo de bocal 19 o tubo interno de bocal 21. O tubo externo de bocal 19 e o tubo interno de bocal 21 são mantidos a uma distância constante mediante abaulamentos em forma de botão 25, dispos- tos na superfície do tubo externo de bocal 19 virada para o tubo interno de bocal 21. Por esta distância constante entre o tubo externo de bocal 19 e o tubo interno de bocal 21 é definida uma fenda anelar 23.
Pela seção transversal interna livre 21 i no interior do tubo interno de bocal 21 e pela fenda 23 pode ser transportado um gás que pode ser ali- mentado a uma massa fundida metálica que, no lado quente 5, está em con- tato com o elemento de bocal 1.
Ainda pode-se reconhecer na figura 2 os elementos condutores de calor 11, 13, 15, 17, 17.1, 17.2 assim com outros elementos condutores de calor que circundam em forma de anel o tubo externo de bocal 21. A função do elemento de bocal representado é a seguinte: se o lado quente 5 do corpo de bocal 3, quando de um processo de fusão, estiver em contato com uma massa fundida metálica será introduzido um agente de refrigeração através da abertura de admissão 12 nos abaixamentos em for- ma de canal 8 no revestimento metálico 9 e descarregado novamente pela abertura de descarga 14. Por isso, o calor absorvido pelos elementos condu- tores de calor 11, 13, 15, 17, 17.1, 17.2 e transmitido ao revestimento metá- lico 9 pode ser removido rapidamente pelo revestimento metálico 9. Por cau- sa desta remoção efetiva de calor na região do lado quente 5 chega-se nes- ta região a solidificações da massa fundida metálica. Esta massa fundida metálica solidificada forma uma incrustação 27 no lado quente 5 do corpo de bocal 3. O material refratário do corpo de bocal 3 situado por baixo é prote- gido por esta incrustação 27 contra desgaste.
Para o tratamento da massa fundida metálica com gás, na regi- ão do lado frio 7 do corpo de bocal 3 (indicado pelas setas G) é introduzido gás na fenda 23 assim como na seção transversal livre 21 i do tubo interno de bocal 21, levado pela fenda 23 e pelo interior livre 21 i até o lado quente 5 do corpo de bocal 3 e injetado ali na massa fundida metálica.