BRPI0409899B1 - “Elemento de desgaste e conjunto de desgaste para fixação em uma borda de uma caçamba de escavação” - Google Patents

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "ELEMENTO

DE DESGASTE E CONJUNTO DE DESGASTE PARA FIXAÇÃO EM UMA BORDA DE UMA CAÇAMBA DE ESCAVAÇÃO".

Campo da Invenção A presente invenção refere-se a um elemento de desgaste para fixação em uma borda de uma caçamba de escavação e um conjunto de desgaste com uma aresta frontal de uma estrutura submetida a desgaste adequado para utilização ao longo da aresta frontal de escavação de uma caçamba de escavação ou similar.

Antecedentes da Invenção Caçambas de escavação e outros equipamentos de escavação são tipicamente submetidos a condições severas. Uma série de elementos de desgaste são usualmente fornecidos para proteger a aresta de escava- ção quanto a desgaste prematuro. Elementos de desgaste eram presos à aresta de escavação em diversas maneiras diferentes.

Por exemplo, na Patente US N- 4.570.365 a Bierwith, os elemen- tos de desgaste são presos à borda da caçamba por meio da utilização de um arranjo de trava de cunha e carretei que é ajustado através de um furo na borda espaçado da aresta frontal. Neste arranjo, o carretei pinça as par- tes traseiras do elemento de desgaste contra as faces interna e externa da borda quando a cunha é acionada no furo. Contudo, sob carga, as pernas do elemento de desgaste podem deslocar e provocar afrouxamento da trava, e possível perda do elemento de desgaste. Em adição, a formação de um furo na borda enfraquece a borda e sua capacidade de resistir de maneira efetiva a grandes cargas aplicadas quando a borda é forçada no terreno.

Nas Patentes US Ν“ 3.995.384 a Wood e 4.748.754 a Schwap- pach, o furo na borda é eliminado e substituído por uma saliência lateral que é soldada à face interna da borda, geralmente paralela à aresta frontal. Em- bora estas construções evitem o enfraquecimento da borda com um furo va- zado, elas colocam cargas muito grandes na saliência lateral e assim podem somente ser confiáveis utilizadas em ambientes de baixas tensões.

Na Patente US N° 5.088.214, o elemento de desgaste é preso por meio de uma saliência que é soldada à face interna da borda de modo a se estender geralmente normal à aresta frontal. O elemento de desgaste então é deslizado sobre a saliência através de uma fenda complementar.

Como pode ser apreciado, esta orientação da saliência reduz enormemente as cargas na saliência quando comparada às saliências laterais. Não obs- tante, o elemento de desgaste é tipicamente preso por uma única trava loca- lizada de um lado da borda. Embora isto seja adequado para a maior parte das aplicações, este arranjo não orienta a trava em uma relação descentra- da em relação à borda, e assim gera tensões aumentadas orientadas verti- calmente sobre as pernas do elemento de desgaste bem como a borda. E- quilíbrio maior na resistência às cargas aplicadas ao elemento de desgaste pode ser alcançado utilizando uma saliência e trava para as pernas interna e externa (ver por exemplo a figura 5 da Patente 214). Contudo, esta constru- ção requer mais aço e duas vezes mais saliências e travas para a ligação de cada elemento de desgaste.

Como resultado, existe uma necessidade por um conjunto me- lhorado para ligar um elemento de desgaste à aresta de escavação de uma escavadeira que evite os problemas da técnica anterior.

Sumário da Invenção De acordo com um aspecto da invenção, o elemento de desgas- te é preso à borda de uma escavadeira, por exemplo, uma escavadeira de caçamba, em uma maneira estável e equilibrada, sem a formação de furo vazado na borda. Em uma construção preferencial, o conjunto de desgaste inclui uma saliência e um elemento de desgaste que operam em conjunto para definir uma passagem adiante da face da aresta frontal da borda para acomodar a trava. Desta maneira, a trava pode ser engatada de cada lado do plano central da borda. A borda pode ser mantida como um elemento não perfurado para maior resistência e durabilidade.

Em um outro aspecto da presente invenção, a borda da escava- deira inclui uma face interna, uma face externa e uma face da aresta frontal. A face da aresta frontal inclui uma pluralidade de talões espaçados. Os ta- lões operam em conjunto com o conjunto de desgaste, para permitir que um furo vazado na trava seja formado adiante da borda sem projeção indevida para a frente da saliência. Os talões são preferivelmente formados por uma parede côncava que se estende não mais do que cerca de 180° ao redor de um eixo que é geralmente perpendicular à borda. Desta maneira, o talão po- de fornecer espaço desejado para a trava sem provocar enfraquecimento significativo da borda.

Em um outro aspecto da invenção, o elemento de desgaste in- clui um par de superfícies de apoio espaçadas, para contatar a trava geral- mente em lados opostos do plano central da borda. Em uma construção pre- ferencial, o elemento de desgaste é bifurcado para definir um par de pernas voltadas para trás. Uma das pernas inclui uma abertura para o interior da qual a trava é acomodada. Uma superfície de apoio associada com a abertu- ra engata a trava de um lado do plano central da borda, para manter o ele- mento de desgaste no lugar. A outra perna inclui uma nervura que se esten- de no sentido da abertura. A nervura inclui uma superfície de apoio para en- gatar a trava em um lado oposto do plano central da borda.

Em um outro aspecto da invenção, uma saliência inclui uma par- te frontal que se estende ao longo da face da aresta frontal da borda de um corpo que se estende ao longo da face interna ou externa da borda. O corpo define um furo adiante da face da aresta frontal da borda, para acomodar a trava para prender o elemento de desgaste no lugar. Na construção prefe- rencial, a parte frontal envolve ao redor da borda, para definir uma porção de dedo que se opõe ao corpo. A parte frontal define uma abertura que é ali- nhada com o furo no corpo para definir uma passagem para o interior da qual a trava é inserida.

Em um outro aspecto da invenção, a saliência inclui um corpo que se estende ao longo de uma das faces da borda. Trilhos se estendem ao longo de lados opostos da saliência para operar em conjunto com uma estrutura complementar sobre o elemento de desgaste, e para manter o e- lemento de desgaste no lugar. Um tirante se estende lateralmente além de no mínimo parte do corpo e é fixado aos trilhos para fornecer suporte apri- morado para os trilhos.

Em um outro aspecto da invenção, a saliência inclui um corpo que se estende ao longo de uma das faces da borda e um tirante em uma extremidade traseira do corpo. O tirante se estende além do corpo, em uma direção transversal, para definir uma face de apoio frontal contra a qual uma parede traseira do elemento de desgaste pode topar. Desta maneira, as for- ças e tensões aplicadas sobre a borda podem ser reduzidas para com isto diminuir os requisitos de manutenção e alongar a vida útil da borda.

Em um outro aspecto da invenção, a saliência é formada com um defletor elevado que tende a desviar material de terra para longe do ele- mento de desgaste quando a escavadeira é invertida. Na construção prefe- rencial, o defletor é formado na extremidade traseira da e se estende além da borda mais do que as porções dianteiras da saliência, para serem justa- postas à parede traseira do elemento de desgaste. Uma face inclinada do defletor é preferivelmente formada para reduzir as forças aplicadas ao defle- tor sob carregamento invertido.

Breve Descrição dos Desenhos A figura 1 é uma vista em perspectiva de uma borda de uma ca- çamba de escavação dotada de conjuntos de desgaste de acordo com a presente invenção. A figura 2 é uma vista em perspectiva da borda de acordo com a presente invenção. A figura 3 é uma vista em perspectiva superior de uma saliência de acordo com a presente invenção. A figura 4 é uma vista em perspectiva inferior da saliência. A figura 5 é uma vista lateral da saliência. A figura 6 é uma vista em perspectiva de uma série de saliências ligadas à borda. A figura 7 é uma vista em perspectiva superior ampliada de uma das saliências presas à borda. A figura 8 é uma vista em perspectiva inferior ampliada de uma das saliências ligadas à borda. A figura 9 é uma vista em perspectiva de uma trava de acordo com a presente invenção com o elastômero omitido. A figura 10 é uma vista lateral da trava. A figura 11 é uma vista em perspectiva da trava e sua relação com a borda durante a utilização. A figura 12 é uma vista lateral da trava e sua relação com a bor- da durante a utilização. A figura 13 é uma vista em perspectiva superior de um elemento de desgaste de acordo com a presente invenção. A figura 14 é uma vista em perspectiva inferior do elemento de desgaste. A figura 15 é uma vista traseira do elemento de desgaste e sua relação com a trava durante a utilização. A figura 16 é uma vista em seção transversal feita ao longo da linha XVI-XVI na figura 1. A figura 17 é uma vista em perspectiva frontal do conjunto de desgaste com a borda omitida. A figura 18 é uma vista em perspectiva traseira do conjunto de desgaste com a borda omitida. A figura 19 é uma vista lateral do elemento de desgaste dotado de um olhai de levantamento.

Descrição Detalhada da Presente Invenção De acordo com a presente invenção, um conjunto de desgaste 10 é fornecido para ligação ao longo da aresta de escavação de uma borda de uma escavadeira. A invenção é discutida abaixo em termos da ligação de um capuz à borda da caçamba de carga-transporte-descarga (LHD). Contu- do, a invenção não está limitada à ligação de um capuz ou a uma caçamba LHD. A invenção podería ser utilizada para prender outros elementos de desgaste a outras escavadeiras, e mesmo outro equipamento, onde a aresta é submetida a carregamento pesado e desgaste como em um ambiente de escavação. A invenção é em momentos discutida em termos de expressões relativas, tais como para cima, para baixo, direita, esquerda, vertical, hori- zontal, e etc., para a finalidade de facilitar a descrição. Estes termos devem ser considerados em relação à orientação dos elementos na figura 1 (a me- nos que observado de outra forma), e não devem ser considerados limita- ções à invenção. Como pode ser apreciado, o elemento de desgaste pode ser utilizado e orientado em uma variedade de maneiras. A borda 12 forma a aresta de escavação frontal de uma caçam- ba LHD (não mostrado) para engatar e penetrar no terreno para a reunião de material de terra. Como visto na figura 2, a borda 12 inclui uma seção central ou elemento principal 14, que se estende horizontalmente através da frente da caçamba, e um par de seções de canto 16, geralmente em ângulos retos com a seção central. As seções canto 16 forçam as extremidades inferiores das arestas frontais das paredes laterais da caçamba. Cada uma das seções de borda inclui uma face interna 14a, 16a, uma face externa 14b, 16b e uma aresta frontal 14c, 16c. Nenhum furo vazado é formado nas seções de bor- da. Com isto, a borda é capaz de fornecer uma base forte para resistir am- plamente às forças elevadas aplicadas durante a utilização.

As arestas frontais 14c, 16c de seções borda 14, 16 são defini- das com talões ou recessos espaçados 18, um para cada conjunto de des- gaste 10. No exemplo ilustrado, 5 talões uniformemente espaçados são for- mados ao longo da aresta frontal 14c, e um talão em cada uma das arestas frontais 16c. Os talões são, cada um, preferivelmente formados para ter uma superfície uniforme, contínua, arqueada 19, com uma curvatura que se es- tende não mais do que cerca de 180° ao redor de um eixo que se estende geralmente perpendicular à borda, e preferivelmente a cerca de 180°. Desta maneira, a borda 12, com talões 18, pode ser facilmente fabricada, fornecer uma base robusta para resistir às cargas aplicadas e, como discutido abaixo, fornecer folga para a trava de conjunto de desgaste 10 durante a utilização. Não obstante, os talões poderíam ser formados para ter uma curvatura não- uniforme, uma forma descontínua ou angular, e/ou serem formados para terem fechamento parcial, isto é, uma superfície com mais do que uma ex- tensão de 180°, tal que certas porções laterais do talão são opostas uma à outra. Cada uma destas variações porém, tende a aumentar o custo de fa- bricação, conduzir a concentrações de tensão mais significativas e/ou resis- tência reduzida.

Como mostrado na figura 6, uma saliência 20 é fixada à borda 12 sobre cada talão 18. Embora as saliências 20 sejam preferivelmente sol- dadas à borda, elas poderíam ser fundidas com a parte integrada da borda ou presa por meio de dispositivos mecânicos. Em adição, as saliências po- deríam, cada uma, ser formadas como diversas partes, as quais são integra- das ou espaçadas separadas, embora um elemento de uma peça seja prefe- rido para simplicidade e resistência. A saliência 20 tem um corpo 22 que se estende ao longo da face externa 14b da borda 12 (figuras 3 a 5). O corpo 22 preferivelmente inclui um par de trilhos 24 que se estendem ao longo de paredes laterais 26, em uma direção para trás a partir da aresta frontal 14c, 16c. Os trilhos se projetam lateralmente para fora a partir de cada parede lateral 26, para formar uma configuração em forma de T. Trilhos 24 têm superfícies de sustentação 25 que são espaçadas e que faceiam a face externa 14b, 16b. Como discutido abaixo, trilhos 24 operam em conjunto com o elemento de desgaste ou, nes- te caso, capuz 28, para impedir seu movimento para longe da borda. Embo- ra uma configuração em forma de T seja preferida, os trilhos poderíam ter outras formas, tal como em cauda de andorinha. Além disto, para ambientes de tensões mais baixas, os trilhos poderíam ser inteiramente omitidos (não mostrado), de modo que apenas as paredes laterais 26 definiríam os lados do corpo.

Um tirante 30 se estende lateralmente através da extremidade traseira do corpo 22. Na construção preferencial, as extremidades traseiras de trilhos 24 são integralmente fixadas a um tirante 30 para suportar adicio- nalmente os trilhos quando sob carga. O tirante 30 ainda se estende para fora além dos trilhos para definir uma superfície de batente 32 adaptada para topar a extremidade traseira do capuz 28 e com isto reduzir a tensão na sali- ência o que, por sua vez, reduz a tensão ao longo da aresta frontal 14c, 16c da borda 12. A utilização de um tirante como um encontro e/ou para suportar os trilhos, tem aplicabilidade em outros arranjos para montar elementos de desgaste tal como divulgado no Pedido de Patente US também pendente de Número de Série 10/425606, depositado ao mesmo tempo com este e intitu- lado " Wear Assembly for the Digging Edge of an Excavatot“ (documento do procurador Na 051291.00188), o qual é aqui com isto incorporado para refe- rência em sua totalidade. O tirante 30 também, preferivelmente, tem uma profundidade maior do que o corpo 22, de modo que ele se estende desde a borda por uma distância maior do que o corpo, para maximizar a área superficial capaz de topar o capuz e funcionar como um defletor para material de terra quando a caçamba é invertida, para reduzir carregamento inverso do capuz 28. Uma face defletora 34 inclinada para a frente a partir da face externa 14b, 16b é preferivelmente formada ao longo do lado traseiro do tirante 30, para dire- cionar o material de terra para longe da saliência e capuz montados. O corpo 22 e o tirante 30 são formados como uma estrutura aberta com aberturas 36 para reduzir a quantidade de aço necessária, e para facilitar soldagem da saliência à borda.

Uma parte frontal 38 da saliência 20 envolve ao redor da aresta frontal 14c, 16c da borda 12 para definir uma porção de dedo 39 ao longo da face interna 14a, 16a. A face interna 40 da saliência 20, isto é, a superfície voltada para a borda 12 é conformada para se conformar à forma da borda específica na qual ela é fixada. Neste caso, a face interna inclui uma face vertical 42 para ajustar contra a aresta frontal 14c, 16c e uma face superior 44, para ajustar contra a rampa 46 da face interna 14a. Na construção prefe- rencial, as saliências ligadas às seções de canto 16 são as mesmas que a- quelas ligadas à seção central 14. Contudo, outras ligações são possíveis.

Se a frente da borda tinha uma forma encurvada ou outra, a superfície inter- na 40 podería ser trocada para corresponder à forma da borda, A face frontal 48 da saliência 20 tem preferivelmente uma forma encurvada uniforme, po- rém outras formas são possíveis. Alternativamente, a parte frontal 38 podería ser formada simplesmente virando de cabeça para baixo para topar contra a aresta frontal 14c, 16c e não se superpor à face interna 14a, 16a. Também, a parte frontal 38 poderia ser inteiramente omitida, de modo que a saliência 20 apenas se situe ao longo da face externa 14b, 16b. Em adição, o corpo 22 podería ser fixado à face interna 14a, 16a ao invés da face externa 14b, 16b, se desejado.

Um recesso 50 é formado na porção de dedo 39. Um furo 52 no corpo 22 é alinhado com o recesso 60 para definir de maneira coletiva uma passagem 54 para acomodar uma trava 56. Na construção preferencial, o recesso 50 tem uma configuração geralmente conformada em U, embora outras formas sejam possíveis. A parede principal 57 do recesso 50 é prefe- rivelmente alinhada com a face vertical 42 para apoiar contra a trava. O furo 52 tem uma porção principal 58 que, preferivelmente, tem uma forma geral- mente retangular lateralmente alongada, embora outras formas sejam possí- veis. As formas do recesso 50 e furo 52 são amplamente dependentes da forma da trava. Embora o furo 52 preferivelmente se estenda através do cor- po 22, ele poderia ter uma extremidade inferior fechada, o que podería resul- tar na eliminação da nervura 62. Um bolso 60 é definido ao longo de uma seção mediana da porção principal 58 para acomodar uma nervura 62 do capuz 28. Um sulco 64 é formado na face frontal 48 e através da parte fron- tal 38 para conectar com a porção principal 58 do furo 52. O sulco 64 é for- necido para permitir a passagem da nervura 62 até o bolso 60, e é assim alinhado com o bolso 60. A saliência 20 é fixada à borda 12, de tal modo que o recesso 50 e o furo 52 são alinhados de maneira centralizada com um dos talões 18 (figuras 7 e 8).

Na construção preferencial, capuz 28 tem uma porção de traba- lho frontal 66 que chanfra para uma aresta frontal estreitada 68 e uma por- ção de montagem traseira 70 que é bifurcada para definir uma perna interna 72 e uma perna externa 74 (figuras 13 a 18). A perna externa 74 tem uma face externa geralmente plana 76 e uma face defletora traseira 78 que é in- clinada para a frente e para longe da borda 12, para direcionar qualquer ma- terial de terra para longe do elemento de desgaste durante movimento inver- so da caçamba. A parte interna 80 tem, preferivelmente, um par de flanges em ângulo agudo 82 que são voltados para dentro, para definir uma fenda em forma de T 84 para acomodar o corpo 22 e trilhos 24. Os flanges 82 po- deriam variar em forma para definir fenda com uma cauda de andorinha, ou outras configurações que complementam a forma de trilhos 24, para sim- plesmente serem verticais quando nenhum trilho é fornecido. Alternativa- mente, os flanges poderíam ser substituídos por uma perna externa mais espessa, que inclui paredes internas para formar a fenda que acomoda a saliência 20. Também, o arranjo de lingüeta e sulco podería ser invertido, de modo que a saliência fosse formada para definir a fenda e o elemento de desgaste a lingüeta acomodada na fenda (não mostrado). O capuz 28 inclui uma superfície interna 85 que inclui a face in- terna 80 da perna externa 74, a face interna 87 da perna interna 72 e a su- perfície de canto interno 89 na interseção de perna 72,74 (figuras 13 a 16 e 18). A superfície de canto interno 89 tem uma seção central 89a que geral- mente corresponde com a face frontal 48 da saliência 20 e topa contra ela.

Conseqüentemente, na modalidade preferencial a superfície de canto interno 89 tem uma superfície encurvada geralmente uniforme. Quando montada, a face interna 80 da perna externa 74 se superpõe ao corpo 22 e a face exter- na 14b, 16b e face interna 87 da perna interna 72 se superpõem à porção de dedo 39, face interna 14a, 16a (figuras 16 a 18). A superfície de canto inter- no 89 também inclui seções laterais 89b que têm um raio de curvatura ligei- ramente mais estreito do que a porção central 89a para definir faces laterais 91 que ajustam logo fora das superfícies laterais 93 da parte frontal 38 (figu- ras 3,4 e 15). A justaposição de faces laterais 91 e superfícies laterais 93 irá fornecer suporte lateral adicional para o capuz 28 na aresta frontal da borda 12. Embora todas as saliências 20 sejam preferivelmente idênticas, uma sa- liência exclusiva poderia ser formada para o centro da seção central 14 da borda 12, onde um pico 100 é formado. Nesta construção, a superfície inter- na da saliência que envolve ao redor da aresta frontal da borda poderia ser formada com um ligeiro ângulo, para corresponder com a formação da bor- da. A perna interna 72 inclui uma abertura 86 adaptada para acomodar nela a trava 56. Como resultado, a abertura 86 é geralmente alinhada com reces- sos 50, furo 52 e um dos talões 18. Na modalidade preferencial, a abertura 86 tem uma configuração geralmente retangular (para corresponder com a trava preferencial) com a parede traseira 88 formando faces de apoio para topar a trava. Como descrito abaixo, a parede traseira 88 e a parede frontal 92 incluem, cada uma, um sulco central 94, 96 (figura 13). O sulco 94 é for- mado para fornecer folga para movimento de um elastômero na trava. O sul- co 96 é fornecido para permitir a inserção de uma ferramenta de alavanca para remover a trava. As paredes traseira e frontal 88, 92 da abertura 86 preferivelmente convergem no sentido uma da outra quando elas se esten- dem no sentido da saliência 20 para acomodar uma trava chanfrada que po- de ser alavancada para dentro e para fora do conjunto. Uma nervura 62 se projeta para cima a partir da face interna 80, para topar a extremidade inferi- or da trava 56.

Quando o capuz 28 está instalado, ele é deslizado sobre a borda 12, de tal modo que as pernas interna e externa 72, 74 montam a borda (fi- gura 1). Trilhos 24 do corpo 22 são ajustados dentro da fenda 84 quando o capuz 28 é movido para trás (figura 18). O movimento para trás é continuado até que a superfície do canto interno 89 topa a face frontal 48 da saliência 20 (figuras 16 a 18). Nesta junção a parede traseira 98 da perna externa 74 é preferivelmente colocada em proximidade junto à superfície de batente 32.

Com peças fundidas não é prático que a superfície de canto interno 89 e parede traseira 98 topem simultaneamente a face frontal 48 e a superfície de batente 32, respectivamente. Contudo, colocando a parede traseira 98 em proximidade junto à superfície batente 32, as duas superfícies irão tipica- mente topar depois de uma quantidade de tempo curta, quando o desgaste se desenvolve nas partes. Embora não seja preferido, a superfície de baten- te 32 podería ser a superfície de apoio primária que topa primeiro a parede traseira 98, com a superfície de canto interno 89 topando a face frontal 48 depois de algum desgaste. Também quando o capuz 28 é instalado, a ner- vura 62 atravessa o sulco 64 na parte frontal 38 da saliência 20, através da porção principal 58 do furo 52 e para o interior do bolso 60.

Uma vez que o capuz 28 esteja completamente empurrado so- bre a saliência 20, a trava 56 é inserida na abertura 86, recesso 50, furo 52 e um dos talões 18 (figuras 16 a 18). Como visto nas figuras 9 a 12, a trava 56 preferivelmente tem um corpo rígido 102, uma trava 104 e um elemento e- lastomérico (não mostrado). Na construção preferencial, o corpo 102 tem uma forma chanfrada gradualmente com paredes frontal e traseira 106,108 que convergem enquanto elas se estendem no sentido da face dianteira 110. A parede traseira 108 é dividida por um degrau 112 em uma seção superior ou interna 108a e uma seção inferior ou externa 108b. Preferivelmente, as seções interna e externa 108a, 108b são geralmente paralelas uma à outra, embora elas pudessem ter orientações diferentes. A seção interna 108a é adaptada para ajustar contra a parede traseira 88 na abertura 86 e a seção externa 108b contra a face frontal 114 da nervura 62. Consequentemente, a parede traseira 88 e a face frontal 114 são preferivelmente inclinadas para corresponder à inclinação da parede traseira 108. Como divulgado no Pedi- do de Patente US também pendente de Número de Série 10/187,446, depo- sitado em 2 de julho de 2002 intitulado “Coupling for Excavating Wear Parí', que é aqui com isto incorporado para referência em sua totalidade, esta re- lação de correspondência de uma trava chanfrada com a abertura para o interior da qual ela é acomodada, facilita a inserção e remoção da trava, isto é, uma vez que as paredes da trava não engatam completamente as pare- des da abertura até que a trava esteja completamente ajustada no conjunto, a necessidade para utilizar um grande martelo para inserir a trava é elimina- da. Ao invés disto, em certos ambientes é possível inserir manualmente a trava no conjunto sem ferramentas. Alternativamente, uma ferramenta de alavanca pode ser utilizada. No exemplo ilustrado na figura 19 uma borda de alavancagem 115 é fornecida em um olhai de levantamento 117. Uma fer- ramenta de alavanca 119 pode engatar a borda de alavancagem 115 para empurrar a trava 56 para o interior do conjunto. Naturalmente, outros arran- jos de alavancagem são possíveis, e um martelo podería ser utilizado, se desejado. De maneira similar, uma vez que a trava irá liberar das paredes da abertura imediatamente depois de ser movida na direção de liberação, a tra- va pode ser alavancada para fora do conjunto. A utilização de degrau 112 permite que uma porção maior, mais robusta da trava, seja ajustada dentro da abertura 86 e inclua uma cavidade 116 para conter o material elastomérico (não mostrado). A porção mais es- treita abaixo do degrau 112 permite a utilização de um talão 18 que tem pro- fundidade mínima. Quando montada, a parede talão 19 é justaposta à seção externa 108b logo abaixo do degrau 112 (figuras 11 e 12). A nervura 62 ajus- ta logo abaixo da borda 12, de modo que a superfície interna ou superior 118 é justaposta à superfície externa 14b, 16b da borda 12 (figura 16). O degrau 112 geralmente é paralelo à rampa 46 em uma relação espaçada (figuras 11 e 12). A parede frontal 106 topa contra a parede principal 57 no recesso 50 da saliência 20 e parede frontal 120 do furo 102 (Figuras 3 e 17 a 19). Como pode ser apreciado, a trava ao longo de ambas as parede frontal 106 e pa- rede traseira 108, topa o capuz 28 e a saliência 20 dentro e fora da borda 12, isto é, de cada lado de um plano central do elemento principal 14 ou e- lemento de canto 16 entre a face interna 14a, 16a e a face externa 14b, 16b para uma arranjo de travamento mais estável e equilibrado do que os con- juntos da técnica precedente. A trava 104 é preferivelmente montada de maneira pivotante dentro da cavidade 116 do corpo 102 (figuras 9 e 10). Em particular, a trava 104 inclui um pino pivô 122 que se ajusta dentro de um recesso lateral 124, uma haste 126 e uma cabeça 128. A cabeça 128 inclui um ombro 130 que se projeta para fora, além da parede frontal 106, para se ajustar sobre a bor- da mantenedora 59 para a reter a trava 56 no conjunto de desgaste. Um ma- terial elastomérico (não mostrado) tal como borracha, é ajustado dentro da cavidade 116 atrás da trava 104. O elastômero normalmente desloca a trava 104 para fora em uma posição travada, como mostrado na figura 10. A su- perfície dianteira ou inferior 132 do ombro 130 tem uma configuração encur- vada para guiar a trava para trás quando ela bate contra o capuz 28 quando é inserido na abertura 86, de modo que o ombro 130 é empurrado dentro da cavidade 116. Quando a trava está completamente inserida no conjunto, o elastômero desloca a trava para fora, de modo que o ombro 130 se ajusta sobre a aresta mantenedora 59. Na construção preferencial, o elastômero é fixado à parede traseira da trava 104 dentro da cavidade 116 por meio de adesivo ou moldagem. Alternativamente, o elastômero podería ser mantido dentro da cavidade por meio de atrito e/ou dispositivo mecânico.

Para facilitar a remoção da trava 56, o capuz 28 inclui sulco 96 para permitir a inserção de uma ferramenta {não mostrado) para empurrar a trava para trás contra o deslocamento do elastômero (figuras 9,13,16 e 17); isto é, a ferramenta comprime contra a face frontal 134 da cabeça 128 com a alavancagem contra a parede frontal 136 do sulco 96. A parede frontal 136 é encurvada para dentro para melhor guiar a trava 104 para trás e fornecer uma superfície de alavancagem melhor para a ferramenta. A cabeça 128 preferivelmente também inclui uma superfície de alavanca 138 sobre a face frontal 134, pelo que, a ferramenta que empurra a trava para trás pode ser ainda girada contra a parede frontal 136 para alavancar a trava a partir do conjunto (figuras 9 e 10); isto é, a extremidade livre da ferramenta engata a superfície de alavanca 138, de modo que quando a ferramenta continua a girar, eia aplica uma força para cima sobre a trava. O pino pivô 122, que é acomodado dentro do recesso 124, fornece a resistência necessária para permitir tal alavancagem na trava. Em geral uma ferramenta de alavanca (não mostrado) pode ser ajustada no sulco 96 com uma superfície de ala- vanca (não mostrado) para acionar a trava a partir do conjunto.

Capuzes 28 são preferivelmente formados de duas construções diferentes ao longo de suas laterais. Como visto nas Figuras 1 e 13 a 16, um tipo de capuz 28 inclui sulcos 142 que acomodam lingüetas 144 do outro tipo de capuzes 28' (Figura 1). Desta maneira, os capuzes correspondem junta- mente com as lingüetas 144 em sulcos 142 para fornecer um conjunto mais integrado e melhor cobertura da aresta frontal 14c da borda 12. Um terceiro tipo de capuz 28" pode ser formado em sulcos 142 ou lingüetas 144 para ligação a seções de canto 16. Não obstante, um capuz de uma única forma pode ser utilizado, se desejado. Por exemplo, cada capuz pode ser formado com um sulco no lado e uma lingüeta no outro, ou cada um poderia ser for- mado sem um sulco ou uma lingüeta.

Claims (10)

1. Elemento de desgaste (28) para fixação em uma borda (12) de uma caçamba de escavação, o elemento de desgaste (28) compreende uma porção de trabalho frontal (66) e uma porção de montagem traseira (70), a porção de montagem traseira (70) inclui um par de pernas (72, 74) que abrem a borda (12) e uma superfície de canto interior (89) que se esten- de entre as pernas (72, 74), uma das pernas inclui uma estrutura de acopla- mento longitudinal (82, 84) adaptada para deslizar para trás sobre a borda (12) para encaixar uma formação complementar em uma saliência (20) fixa- da à borda (12), caracterizado pelo fato de que cada uma das ditas pernas (72, 74) inclui uma superfície de apoio (88, 114) próxima da superfície de canto interior (89) e adiante da estrutura de acoplamento (82, 84), cada su- perfície de apoio voltada em uma direção à frente para engatar uma trava (56) em uma posição adiante da borda (12) para prender o elemento de desgaste (28) na borda (12).

2. Elemento de desgaste (28), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a estrutura longitudinal de acoplamento (82, 84) tem uma configuração geralmente em forma de T.

3. Elemento de desgaste (28), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que uma das pernas (74) inclui uma fenda (84) para receber uma saliência (20).

4. Elemento de desgaste (28), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que uma das pernas (72) inclui uma abertura (86) através da qual a trava (56) é recebida.

5. Elemento de desgaste (28), de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que uma parede traseira (88) da abertura (86) define uma das superfícies de apoio (88).

6. Elemento de desgaste (28), de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que uma nervura (62) que se estende geralmente em direção à abertura (86) define a outra das superfícies de apoio (114).

7. Elemento de desgaste (28), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que o capuz em que a porção de trabalho (66) é uma ponta desgastável que se estreita para a extremidade livre (68),

8. Elemento de desgaste (28), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que uma das pernas (74) inclui uma estrutura de acoplamento (82, 84) para receber uma saliência (20) fixada à borda (12), e a outra das pernas (72) inclui uma abertura (86) para receber uma trava (56) para prender o elemento de desgaste (28) à borda (12).

9.

Conjunto de desgaste (10), para uma borda (12) de uma ca- çamba de escavar, caracterizado por compreender uma saliência (20) fixa em uma borda (12), um elemento de desgaste (28) conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 8, e uma trava (56) para prender o e- lemento de desgaste (28) na borda (12).