BRPI0404334B1 - estação de trabalho de uma máquina de transformação de elementos em placas - Google Patents

Abstract

"estação de trabalho de uma máquina de transformação de elementos em placas". a presente invenção refere-se a uma estação de trabalho de uma máquina de transformação de elementos em placas, compreendendo uma armação (1), uma ferramenta de trabalho (9), uma barra de pinças (2) transversal para prender a borda dianteira dessa folha, duas esteiras transportadoras (4) cujos dois eixos de articulação (5, 6) de cada uma delas são solidários às extremidades respectivas dessa barra de pinças (2), guias-esteiras (8) solidários a essa armação (1) e meios para aproximar essa barra de pinças (2) dessa ferramenta de trabalho (9). um apalpador de came (12) solidário a cada uma das extremidades dessa barra de pinças (2), um came de abaixamento (10) dessa barra, solidária a essa armação (1) e os guias-esteiras (8) interrompidos, permitem fazer girar as pinças (3) da barra de pinças (2) em torno do eixo de articulação dianteira (5) apoiando-se sobre esses guias-esteiras (8).

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "ESTAÇÃO DE TRABALHO DE UMA MÁQUINA DE TRANSFORMAÇÃO DE ELEMENTOS EM PLACAS". A presente invenção se refere a uma estação de trabalho de uma máquina de transformação de elementos em placas, por exemplo uma estação de ejeção dos dejetos de uma folha recortada por uma prensa com platina, compreendendo uma armação, uma ferramenta de trabalho, por exemplo, uma placa de ejeção sobre a qual essa folha deve ser colocada, uma barra de pinças transversal para prender a borda dianteira dessa folha, dois elementos de transporte flexíveis em forma de circuitos sem-fim solidários cada um a uma extremidade dessa barra de pinças, meios para orientar esses elementos de transporte flexível sobre essa armação e meios para aproximar essa barra de pinças dessa ferramenta de trabalho, quando essa barra de pinças atravessa a extremidade inferior dessa ferramenta de trabalho. Várias soluções foram propostas para colocar as folhas transportadas pela barra de pinças em contato com a placa de ejeção. Dentre estas, podem-se repartir as soluções propostas entre aquelas nas quais a barra de pinças permanece em uma trajetória retilínea e na qual a ferramenta de trabalho, por exemplo a placa de ejeção, até mesmo a única borda dianteira dessa ferramenta, se desloca em direção à folha e aquelas nas quais a barra de pinça se aproxima da ferramenta de trabalho. Dentre as segundas soluções, foi proposto deslocar os guias-esteiras e a barra de pinça, o movimento sendo sincronizado sobre o comando de outros movimentos de trabalho do elemento em placa, por exemplo da ejeção. Essa solução é extremamente complexa à medida que, para deslocar esse sistema, é necessário prever meios de orientação dos carnes. Além disso, a massa desse conjunto móvel apresenta problemas de aceleração que limitam as cadências da máquina e necessita dos guias-esteiras articulados complexos com bielas de acionamento para provocar o alongamento dos guias-esteiras para lhes permitir seguir a trajetória das esteiras.

Propôs-se resolver esse problema, inserindo-se um carne nas extremidades da barra de pinça entre duas malhas das esteiras e dispondo-se um rodete fixo na trajetória desses carnes. O comprimento desses carnes é, portanto, limitado por aquele da peça de ligação da barra de pinças às esteiras, cujo comprimento é ele mesmo limitado pelo diâmetro das rodas da esteira, de modo que a aceleração transmitida à barra de pinça é muito grande. Se esta for suportável no caso de folhas de papelão espesso, nota-damente no caso de folhas de papelão ondulado, ela não o é para folhas mais finas e, portanto, mais frágeis. Não é possível aumentar o comprimento desses carnes devido ao fato de as esteiras de acionamento das barras de pinças formarem circuitos sem-fim, que giram sobre rodas, de modo que o comprimento dos carnes não pode exceder aquele das malhas dessas esteiras.

Propôs-se ainda desviar a trajetória da barra de pinças pela forma dos guias-esteiras, para fazer descer essa barra de pinças a seu ponto de parada que corresponde ao local no qual as pinças da barra estão na extremidade dianteira da ferramenta de trabalho. Essa solução consiste de alguma forma em criar um defeito na orientação normal das esteiras, obrigando-as a tomar essa trajetória alterada, não somente quando a barra de pinças chega a seu ponto de parada e quando sua velocidade é reduzida, até mesmo nula, mas ao longo do resto do ciclo de deslocamento das folhas no qual a velocidade é elevada, o que apresenta evidentemente problemas de desgaste e de vibrações. A finalidade da presente invenção é de prevenir, pelo menos em parte, os inconvenientes das soluções mencionadas.

Para isso, a presente invenção tem por objeto uma estação de trabalho de uma máquina de transformação de elementos em placas, de acordo com a reivindicação 1.

Graças a essa solução, as massas em movimento são relativamente pequenas. O fato de que o carne de abaixamento da barra de pinças se acha sobre a armação da prensa com platina e não mais entre duas malhas da esteira permite aumentar sensivelmente seu comprimento, já que esta não é mais tributária daquela das malhas e reduzir as acelerações.

Dessa forma, a estação de trabalho, de acordo com a presente invenção, pode ser utilizada para tratar folhas mais finas e menos rígidas do que aquelas que podiam ser tratadas no caso da técnica anterior. Uma outra vantagem dessa solução reside em sua simplicidade, garantia de confiabilidade. Conforme se poderá constatar durante a descrição que se segue, a regulagem dos elementos dessa estação de trabalho é precisa e fácil de ser feita.

Outras particularidades e vantagens da presente invenção aparecerão no decorrer da descrição que se segue e que será feita com o auxílio dos desenhos anexados que ilustram, esquematicamente e a título de exemplo, uma forma de execução da estação de trabalho de uma máquina de transformação de elementos em placas, aplicada, de preferência, em uma estação de ejeção, objeto da presente invenção. A figura 1 representa uma vista em corte, segundo a linha l-l da figura 3. A figura 2 representa uma vista em projeção, segundo a linha II-II da figura 1. A figura 3 representa uma vista de topo, segundo a linha llí-lll da figura 1.

Na descrição que se segue, os termos “dianteiro” e “traseiro” se referem à direção de deslocamento F da barra de pinça. Considerando-se que a invenção se reporta especialmente à colocação das folhas tratadas sobre a ferramenta de trabalho, de preferência, a placa de ejeção e não à ejeção propriamente dita, a ejeção dos recortes e os meios utilizados para essa ejeção não serão nem descritos, nem representados durante a descrição que se segue. Por outro lado, já que o mecanismo do dispositivo de ejeção que será descrito é simétrico em relação ao eixo longitudinal mediano da prensa com platina, à qual esse dispositivo de ejeção é associado, esse eixo correspondendo à direção de transporte F das folhas recortadas, só um lado dessa estação de trabalho está representado pelas figuras do desenho anexado e será, portanto, descrito no decorrer da descrição. A estação de trabalho ilustrada pelas figuras 1 a 3 comporta uma armação 1, da qual só se vê a parte situada de um lado da trajetória das folhas a tratar, uma barra de pinças 2 transversal munida de pinças 3 para pinçar a borda dianteira das folhas a tratar (não tratadas). Cada extremidade dessa barra de pinça é ligada a uma esteira transportadora 4 por dois eixos de articulação dianteira 5, respectivamente traseira 6, dessa esteira transportadora 4, fixados, cada um em uma peça de ligação 7 que se estende dos dois lados da esteira transportadora 4. Esses dois eixos 5, 6 ficam situados nas duas extremidades da esteira transportadora 4 uma a outra pela peça de ligação 7, formando um circuito sem-fim.

Um só lado da barra de pinças 2 sendo visível nas figuras do desenho, vê-se também só uma esteira. A ligação entre a barra de pinças 2 e as esteiras transportadoras 4 é bem conhecida do técnico e não tem necessidade de ser descrita mais detalhadamente para compreender a presente invenção.

Cada esteira transportadora 4 se apóia sobre um guia-esteira 8 e passa sobre duas rodas com esteiras (não representadas) de forma clássica nesse tipo de máquina. As esteiras transportadoras 4 sobre as quais uma certa tensão é exercida tendem, portanto, a manter os eixos de articulação dianteira 5 e traseira 6 no alinhamento das outras malhas dessas esteiras transportadoras 4, servindo assim também de meios de comando para manter a barra de pinça 2 em uma posição angular determinada em relação aos eixos de articulação dianteira 5 e traseira 6. Conforme se pode ver na figura t, esse guia-esteira 8 apresenta, à saída do posto de trabalho, no local em que a barra de pinças 2 apresenta cada folha sobre uma placa de ejeção 9, uma curta rampa descendente 8a seguida de uma interrupção sobre um certo comprimento. No fim da interrupção, encontra-se o guia-esteira 8 que começa por uma curta rampa ascendente 8b.

Um carne 10 de descida da barra de pinças 2 se acha diante da interrupção do guia-esteira 8. Esse carne 10 é fixado na armação 1 por parafusos 11. A borda superior desse carne 10 se situa sob uma parte saliente 1a da armação 1 (figuras 1 e 2).

Um rodete apalpador 12, solidário à barra de pinças 2, fica situ- ado, de preferência, em cada extremidade dessa barra de pinça 2. Esse rodeie é disposto nas proximidades do eixo de articulação traseira 6 da esteira transportadora 4, ligando esta à peça de ligação 7 e que se situa nas proximidades das pinças 3 da barra de pinças 2, assim como aquela do rodete apalpador 12.

Quando esse rodete apalpador 12 solidário à barra de pinças 2 chega sob o carne 10, ele faz descer progressivamente a traseira da barra de pinças 2. O eixo dianteiro 5 sendo retido pelo guia-esteira 8, a barra de pinça gira em torno desse eixo dianteiro 5 de um ângulo α como da posição ilustrada pela figura 1, levando a borda dianteira da folha, mantida pelas pinças 3 da barra de pinças 2, ao nível da ferramenta de trabalho 9.

Considerando-se que a rotação da borda traseira da barra de pinças 2 pelo carne 10 provoca uma supertensão das esteiras transportadoras 4, quando uma barra de pinças 2 continua seu deslocamento na direção da seta F, o rodete apalpador 12 segue a borda inferior do carne 10 e faz assim subir o eixo de rotação traseiro 6 da barra de pinças 2. Esse eixo de rotação traseiro 6 encontra em seguida a rampa ascendente 8b do guia-esteira 8 que orienta de novo os dois eixos de articulação 5, 6 entre a barra de pinças 2 e as esteiras transportadoras 4 que se situam nas duas extremidades dessa barra de pinça 2.

Conforme se pode constatar, o carne fixo 10, cujo comprimento não é limitado por aquele das malhas das esteiras transportadoras, permite limitar as acelerações transmitidas à barra de pinças 2 durante seu movimento de oscilação em torno do eixo dianteiro 5. Esse alongamento do comprimento do curso da barra de pinças 2, durante a qual essa barra de pinças é abaixada se acrescenta ao fato de a distância entre os eixos de articulação 5 e 6 que liga essas esteiras transportadoras 4 à barra de pinças 2 ser ligeiramente superior ao comprimento de uma malha dessas esteiras 4, aumentando o raio de rotação do eixo móvel 6 em torno do eixo fixo 5 em apoio sobre o guia-esteira 8.

Os meios utilizados para se obter esse resultado são particularmente simples, tanto do ponto de vista da fabricação quanto da utilização da máquina. Os meios utilizados são sensivelmente mais simples do que na maior parte das soluções propostas para levar as folhas recortadas sobre a placa de ejeção. Em relação à solução que utiliza carnes móveis solidários às esteiras transportadoras, a solução, segundo a presente invenção, é simples, mas permite ao contrário reduzir as acelerações transmitidas à barra de pinças, o que não é possível, quando o comprimento do carne é limitado pelos entre-eixos das malhas das esteiras transportadoras 4.

Com efeito, como essas esteiras transportadoras devem passar em torno de rodas com correntes para levar as barras de pinças a prender uma outra folha para efetuar um novo ciclo de recorte/ejeção, o comprimento desses carnes não pode exceder sensivelmente aquele dos entre-eixos. Dessa forma, o curso de descida das barras de pinças sendo uma constante, da mesma forma que o comprimento das malhas, a aceleração transmitida à barra de pinças 2 pelos carnes de descida 10 é função da velocidade de transporte das barras de pinças e é o que limita essa velocidade de transporte e, por conseguinte, a cadência da prensa com platina.

Permitindo aumentar sensivelmente a duração da fase de descida da barra de pinças, graças ao aumento sensível do comprimento do carne 10 em relação aos carnes solidários das esteiras transportadoras e graças ao fato de o afastamento entre os eixos de articulação dianteira 5 e traseira 6 que ligam a barra de pinças 2 às esteiras transportadoras 4 ser superior ao comprimento das malhas, pode-se, portanto, aumentar sensivelmente, com aceleração constante, a cadência de tratamento das folhas recortadas por uma prensa com platina à qual o dispositivo, de acordo com a invenção, é associado. De acordo com a natureza das folhas a tratar, poder-se-ia ao contrário conservar uma cadência menos elevada, de maneira a reduzir as acelerações transmitidas à folha, quando do abaixamento da barra de pinças 2.

Certas variantes da estação de trabalho descrita poderíam ser consideradas. Assim, embora a descrição que precede fale da utilização de esteiras transportadoras 4, que constituem os meios tradicionais de transporte nesse tipo de máquina, poder-se-ia também pensar na utilização de qualquer meio de ligação e de transporte, tais como esteiras, esteiras dotadas de elemento de transporte, esteiras metálicas ou com armação, etc. Embora, na forma de execução ilustrada, os meios para levar a barra de pinça 2 em uma posição determinada em torno dos eixos dianteiro 5 e traseiro 6 sejam constituídos pela tensão das esteiras transportadoras, poder-se-ia também imaginar um outro modo de ligação entre a barra de pinças 2 e as esteiras transportadoras 4 e meios distintos dessas esteiras 4 para levar a barra de pinças 2 em uma posição determinada em torno de um só eixo transversal solidário às esteiras 4. Enfim, embora de preferência se utilizem dois carnes de descida 10, um em cada extremidade da barra de pinças, se podería também utilizar apenas um que poderia também ficar situado no meio da barra de pinças mais do que em uma extremidade.

Claims (3)

1. Estação de trabalho de uma máquina de transformação de elementos em placas, compreendendo uma armação (1), uma ferramenta de trabalho (9) sobre a qual essa placa deve ser colocada, uma barra de pinças (2) transversal para prender a borda dianteira dessa folha, dois elementos de transporte flexíveis (4) em forma de circuitos sem-fim solidários cada um a uma extremidade dessa barra de pinças (2), meios para orientar esses elementos de transporte flexível sobre essa armação e meios para aproximar essa barra de pinças (2) dessa ferramenta de trabalho (9), quando essa barra de pinças (2) atravessa a extremidade inferior dessa ferramenta de trabalho (9), caracterizada pelo fato de essa barra de pinças (2) apresentar pelo menos um eixo de articulação transversal (5,6) em relação a esses elementos de transporte e ser associada a meios de comando (4) para mantê-la em uma posição determinada em torno desse eixo de articulação transversal (5, 6) e a pelo menos um apalpador de carne (12) que forma um braço de alavanca em relação a esse eixo de articulação transversal e pelo fato de um carne de abaixamento (10) dessa barra de pinças (2), solidária a essa armação (1), ser disposto sobre a trajetória desse apalpador (12) para provocar a rotação dessa barra de pinças (2) em torno desse eixo de articulação (5, 6), de maneira a aproximar temporariamente essas pinças dessa ferramenta de trabalho (9).

2. Estação de trabalho, de acordo com a reivindicação 1, na qual duas esteiras transportadoras (4) cujos dois eixos de articulação, dianteiro (5) respectivamente traseiro (6) de cada uma delas, são solidários às extremidades respectivas dessa barra de pinças (2), dos guias-esteiras (8) solidários a essa armação (1) estão em contato com essas esteiras (4) e são conformados para permitir fazer girar a traseira dessa barra de pinças (2) em torno desse eixo de articulação dianteira (5) em apoio sobre esses guias-esteiras (8), quando do encontro desses apalpadores (12) com esses carnes (10).

3. Estação de trabalho, de acordo com uma das reivindicações precedentes, na qual esses apalpadores de carnes (12) ficam situados nas proximidades desses eixos de articulação traseiros (6) entre essa barra de pinças (2) e essas esteiras transportadoras.