BRMU8003354Y1

BRMU8003354Y1 - bloco de carapaça com superfície rugosa.

Info

Publication number: BRMU8003354Y1
Application number: BRMU8003354U
Authority: BR
Inventors: Denechere Michel
Original assignee: Artelia Eau & Environnement; Sogreah; Sogreah Consultants; Sogreah Energies Now
Priority date: 1999-03-22
Filing date: 2000-03-20
Publication date: 2019-01-22
Also published as: FR2791370A1; CN1144914C; EP1165894A1; ATE232256T1; ES2190405T3; DE60001361D1; CN1344342A; WO2000056981A1; FR2791370B1; TNSN00056A1; ZA200107144B; HK1044809A1; EP1165894B1; AU3301200A; HK1044809B; BR0009190A

Abstract

patente de invenção: "bloco de carapaça com superfície rugosa". o bloco de carapaça compreende um núcleo central (1) que tem uma primeira (11) e uma segunda face (12) opostas munidas cada uma delas de uma aba lateral em forma de bigorna (21, 22), que tem uma mesa (21a; 22a), duas superfícies inclinadas (21e, 21g; 22e, 22g) e duas faces laterais (21b, 21c; 22b, 22c), as mesas das ditas abas laterais sendo dispostas paralelamente entre si e paralelamente às ditas primeira e segunda faces opostas do núcleo, as superfícies inclinadas das ditas abas laterais se apoiando sobre uma terceira (13) e uma quarta faces (14) aparentes e opostas do dito núcleo, o dito núcleo tendo uma quinta (15) e uma sexta faces (16) munidas cada uma delas de uma aba frontal em forma de tronco de pirâmide que tem quatro faces laterais e uma face frontal (33) paralela às ditas quinta e sexta faces do núcleo e às faces laterais das abas laterais. esse bloco é inscrito em um cubo que tem um lado de comprimento h e as faces laterais das abas laterais e as faces frontais das abas frontais têm uma superfície rugosa formada por um grande número de protuberâncias piramidais (40), cada protuberância piramidal tendo uma altura compreendida entre 0,005 h e 0,1 h, de preferência 0,03 h. essa disposição contribui para a obtenção de uma aptidão muito boa do bloco para o enganchamento.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Modelo de Utilidade para BLOCO DE CARAPAÇA COM SUPERFÍCIE RUGOSA.

O modelo de utilidade refere-se a um bloco artificial de carapaça para a realização de obras de proteção marítima e fluvial tais como molhes, 5 espigões, recifes submarinos, quebra-mares soltos, quebra-mares de terraplenos e de estrada costeira, diques em rio, proteções de margens, etc.

Do documento FR-2476179, são conhecidos elementos de cons-

trução para um muro de sustentação cuja superfície externa apresenta saliências para realizar uma imbrição destes elementos de construção.

Do documento US-4362432 é conhecida uma estrutura de proteção marítima em forma de muro, cuja superfície é provida de protuberâncias piramidais servindo para amortecer as ações das ondas.

Do documento JP-57054609 é conhecido um molde modular para fabricar blocos artificiais de carapaça.

O presente modelo refere-se mais particularmente a um bloco artificial de carapaça cuja forma geral já é conhecida através do documento de patente FR-2647135. Esse bloco conhecido compreende um núcleo central que tem uma primeira e uma segunda faces opostas munidas cada uma delas de uma aba lateral em forma de bigorna, cada aba lateral em forma de

bigorna tendo uma mesa, duas superfícies inclinadas e duas faces laterais, as mesas das ditas abas laterais sendo dispostas paralelamente entre si e paralelamente às ditas primeira e segunda faces opostas do núcleo, as superfícies inclinadas das ditas abas laterais se apoiando sobre uma terceira e uma quarta faces aparentes e opostas do dito núcleo, o dito núcleo tendo uma quinta e uma sexta faces opostas e munidas cada uma delas de uma aba frontal em forma de tronco de pirâmide que tem quatro faces laterais e uma face frontal paralela às ditas quinta e sexta faces do núcleo e às faces laterais das abas laterais, duas das faces laterais opostas de cada aba frontal em forma de tronco de pirâmide se apoiando em recobrimento sobre as faces laterais das abas laterais.

Um tal bloco apresenta grandes qualidades de robustez e de estabilidade hidráulica.

Por robustez, entende-se a aptidão do bloco a uma boa resistência mecânica aos choques e às tensões internas.

Por estabilidade, entende-se a faculdade dos blocos, por um lado a se enganchar nas superfícies (ravinas, taludes e bermas subjacentes 5 das obras a proteger e, por outro lado, a se enganchar entre si graças a sua forma especial constituindo assim uma carapaça de proteção que deixa espaços vazios suficientes para absorver, dissipando a mesma para isso, a energia hidráulica à qual a obra é submetida.

Nesse bloco conhecido, as faces laterais das abas laterais em

forma de bigorna são por outro lado munidas de ranhuras paralelas e perpendiculares ao plano das mesas das abas laterais o que permite aumentar a estabilidade individual do bloco por um aumento do poder de enganchamento do bloco com os blocos vizinhos e além disso melhorar a resistência hidrodinâmica devida à rugosidade da superfície exterior do bloco.

O objetivo do modelo de utilidade é propor uma solução para melhorar ainda mais as qualidades de estabilidade e de enganchamento de um tal bloco artificial qualquer que seja a orientação dos blocos.

Para isso, o modelo de utilidade tem como objeto um bloco de carapaça para a realização de obras de proteção marítima e fluvial, que tem uma superfície exterior que define porções de superfície paralelas e opostas em relação a um plano transversal do bloco, o dito bloco sendo inscrito em um cubo que tem um lado de comprimento H, caracterizado pelo fato de que as ditas porções de superfície têm uma superfície rugosa formada por um grande número de protuberâncias troncônicas, cada protuberância troncôni25 ca tendo uma altura compreendida entre 0,005 H e 0,1 H.

Em especial, de acordo com o modelo de utilidade, no bloco de carapaça tal como definido mais acima, protuberâncias piramidais são posicionadas nas faces laterais das abas laterais e nas faces frontais das abas frontais.

Essa forma especial da superfície rugosa do bloco de acordo com o modelo de utilidade lhe confere uma estabilidade aumentada por aumento dos pontos de contato com os blocos vizinhos e um poder de engan-

chamento aumentado tanto ao nível das faces laterais das abas lateirajs. quanto ao nível das faces frontais das abas frontais. Ela permite por outro lado uma dissipação bastante eficaz da energia.

A presença das protuberâncias piramidais nessas faces laterais e frontais respectivamente das abas laterais e frontais permite além disso uma fixação da flora e da fauna marinha sobre os blocos imersos.

Para reforçar ainda mais o poder de enganchamento dos blocos entre si, um grande número de rasgos e/ou de protuberâncias são distribuídos em um contorno da superfície exterior do bloco confundido com o dito plano transversal do bloco que pode ser um plano de simetria.

De acordo com um modo de realização especial de acordo com o modelo de utilidade, as mesas das abas laterais compreendem por outro lado, em sua parte mediana, um rasgo transversal.

De acordo com mais um modo de realização especial do bloco de acordo com o modelo de utilidade, as arestas angulares das abas laterais e frontais são chanfradas.

Os rasgos transversais formados nas mesas das abas laterais e o chanframento das arestas angulares das abas laterais e frontais favorecem a imbricação mútua dos blocos e portanto o enganchamento dos mesmos.

Eles facilitam por outro lado a colocação dos blocos.

O modelo se estende a um molde para a fabricação de um bloco de acordo com este modelo de utilidade.

O modelo será bem compreendido com a leitura da descrição que se segue de um exemplo de realização de um bloco artificial de acordo 25 com o modelo de utilidade ilustrado nos desenhos.

A figura 1 é uma vista em perspectiva esquemática de um bloco de acordo com o modelo de utilidade.

A figura 2 é uma vista de detalhe em perspectiva de um conjunto de protuberâncias piramidais de acordo com o modelo de utilidade.

A figura 3 é uma vista em corte de uma meia coquilha de um molde para a fabricação de um bloco de acordo com o modelo de utilidade.

O bloco representado esquematicamente em perspectiva na fi-

gura 1 é obtido por uma só vazadura de concreto em um molde apropriado.'' v’

A descrição dada abaixo faz referência a um núcleo central que não tem uma existência real, mas que é invocado para explicar a forma, relativamente complexa, do bloco de acordo com o modelo de utilidade.

É para ser notado que o bloco se inscreve em um cubo que tem um lado de comprimento H; esse comprimento será levado em consideração na seqüência pois ele serve de referência para as diferentes dimensões das protuberâncias troncônicas que formam a superfície rugosa do bloco.

Como foi dito, a forma do bloco do modelo de utilidade é estabe-

lecida em torno de um núcleo central 1, por exemplo de forma geral cúbica, que tem uma primeira e uma segunda faces opostas 11 e 12, uma terceira e uma quarta faces opostas 13 e 14, parcialmente visíveis, e uma quinta e uma sexta faces opostas 15 e 16.

Cada uma das primeira e segunda faces 11 e 12 serve de apoio a uma aba lateral em forma de bigorna; essas abas laterais referenciadas 21 e 22, compreendem cada uma delas uma mesa 21A e 22A paralela às faces e 12 do núcleo e faces laterais 21B, 21C (não visível na figura 1) e 22B, 22C (não visível da figura 1) paralelas entre si. O bloco apresenta um plano de simetria P que corta as faces 11 e 12.

Como visível na figura 1, as extremidades de cada aba lateral em forma de bigorna 21, 22 compreendem facetas terminais 21D e 21F, 22D e 22F que formam um ângulo obtuso com a mesa da aba lateral e as superfícies de ligação 21E e 21G, 22E e 22G dessa última ao núcleo recobrem parcialmente as únicas faces visíveis 13 e 14 desse último.

Para facilitar a desmoldagem do bloco, as facetas 21 D, 21E,

21F, 21G, 22D, 22E, 22F, 22G não são na realidade rigorosamente planas, mas sim constituídas por duas porções planas que formam entre si um ângulo inferior, de um ou dois graus, a 180 graus.

As quinta e sexta faces 15 e 16 do núcleo são munidas cada uma delas de uma aba frontal da qual uma só 31 é visível na figura 1. Cada aba frontal tal como 31 tem uma forma geral em tronco de pirâmide que tem quatro faces laterais e uma face frontal paralela às faces 15 e 16 do núcleo.

As faces laterais do tronco de pirâmide formam com o eixo longitudinal dá pirâmide um ângulo compreendido entre 20 e 28 graus; duas faces laterais opostas 31A e 32A da aba frontal 31, vêm em recobrimento sobre as faces laterais 21B e 22B das abas laterais em forma de bigorna para aumentar a 5 robustez do bloco. Esse recobrimento é feito por uma parte de concordância plana e é idêntico para a aba frontal não visível na figura 1.

A mesa de cada aba lateral em forma de bigorna possui um entalhe transversal 34, 35 que se estende em toda a largura da mesa. Essa disposição permite melhorar a faculdade do bloco para se enganchar de 10 maneira estável na camada de enrocamento; ela permite por outro lado favorecer o escoamento entre carapaça e subcamada para diminuir as solicitações hidrodinâmicas desestabilizantes. Ela favorece finalmente, a interpenetração dos blocos uns nos outros o que reforça a coesão da carapaça.

Como visível na figura 1, a maior parte das arestas angulares e 15 frontais são abatidas e formam chanfros.

As faces laterais 21B e 21C, 22B e 22C das abas laterais 21, 22 e a face frontal 33 de cada aba frontal tal como 31 apresentam uma superfície rugosa formada por um grande número de protuberâncias troncônicas e aqui piramidais 40 o que contribui para reforçar a aptidão do bloco ao en20 ganchamento e ao aperto da carapaça (devido à redução das oscilações).

Essas protuberâncias piramidais são de preferência todas idênticas, fazem parte integrante do bloco e são produzidas por moldagem por ocasião da vazadura do concreto. Elas são dispostas em linha e em coluna diagonais, de modo adjacente.

Cada protuberância representada mais em detalhe na figura 2, tem uma altura compreendida entre 0,005 H e 0,1 H, de preferência entre 0,01 H e 0,05 H. Testes mostraram que a melhor capacidade de enganchamento era obtida para uma altura de 0,3 H. Essas protuberâncias piramidais não são muito salientes para resistir aos choques e para facilitar o descim30 bramento do bloco. Cada protuberância é de preferência piramidal com uma base poligonal e notadamente quadrada da qual cada lado tem um comprimento de cerca de 0,08 H.

Como visível na figura 1, essas protuberâncias piramidais reco-

brem somente a parte das faces laterais das abas laterais que são paralelas às faces 15 e 16 do núcleo e cada protuberância piramidal 40 se estende de acordo com seu eixo longitudinal perpendicularmente às faces opostas 15 e 5 16 do núcleo para facilitar as operações de desmoldagem do bloco como indicado abaixo. Em especial, será notado que as facetas do bloco que são secantes às faces 15 e 16 do núcleo não são munidas de tais protuberâncias piramidais.

Para reforçar o poder de enganchamento dos blocos entre si, 10 rasgos e/ou protuberâncias 50 são distribuídos no contorno da superfície exterior do bloco que é confundido com o plano de simetria do bloco. Esses rasgos e/ou protuberâncias 50 também têm uma forma troncônica e dimensões idênticas às dimensões das protuberâncias 40.

O molde utilizado para a fabricação do bloco por vazadura de concreto pode vantajosamente ser um molde metálico, feito de concreto de alto desempenho ou de qualquer outro material de moldagem, constituído pela união de duas meia coquilhas simétricas em relação ao plano mediano longitudinal das abas laterais 21, 22 (aqui o plano P paralelo às faces 15 e 16 do núcleo). Essas duas meia coquilhas são montadas adjacentes e sepa20 ráveis no plano de simetria P do bloco. Como a desmoldagem do bloco é feita por separação das duas meia coquilhas de acordo com uma direção perpendicular ao plano P mediano das abas laterais e portanto das faces 15 e 16 do núcleo, as protuberâncias 40 formadas na superfície do bloco e os rasgos e/ou protuberâncias 50 formados no contorno do bloco no plano P não oferecem nenhuma resistência à separação das meia coquilhas.

Para formar uma superfície rugosa do bloco, é previsto que a superfície interna das duas meia coquilhas, nos locais apropriados dessa última, apresente um relevo com rasgos e/ou protuberâncias idênticas e complementares aos rasgos e/ou às protuberâncias que são formados na superfície do 30 bloco. Esses rasgos e/ou protuberâncias, por exemplo piramidais, na superfície interna das meia coquilhas do molde são formados, no caso de um molde metálico por exemplo, por soldagem de chapas recortadas previa7

mente em forma de losango e dobradas em dois e soldadas. Uma meia coquilha 60 do molde é ilustrada na figura 3 em corte transversal perpendicularmente ao plano P. Nessa figura 3, foram representados rasgos 61 na superfície interna da meia coquilha 60 de forma complementar às protuberân5 cias 40 no bloco. Também foram representadas na figura 3, protuberâncias na superfície interna da meia coquilha 60 de forma complementar aos rasgos 50 no bloco.

O modelo de utilidade se aplica à realização de obras, em especial de carapaças de obras, por depósito de blocos em uma ou várias cama10 das, de preferência procurando-se fazer variar a posição dos blocos para favorecer a imbricação dos mesmos. Nessa aplicação, os blocos, realizados em concreto não armado por moldagem, têm uma dimensão H compreendida entre 0,75 m e vários metros. A superfície rugosa dos blocos de acordo com o modelo de utilidade atenua por outro lado a impressão desfavorável 15 que resulta do efeito espelho de grandes faces planas.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Bloco de carapaça moldado solidariamente para a realização de obras de proteção marítima e fluvial, que compreende um núcleo central (1) que tem uma primeira (11) e uma segunda face (12) opostas munidas 5 cada uma delas de uma aba lateral em forma de bigorna (21, 22), cada aba lateral em forma de bigorna tendo uma mesa (21A; 22A), duas superfícies inclinadas (21E, 21G; 22E, 22G) e duas faces laterais (21B, 21C; 22B, 22C), as mesas das ditas abas laterais sendo dispostas paralelamente entre si e paralelamente às ditas primeira e segunda faces opostas do núcleo, as su10 perfícies inclinadas das ditas abas laterais se apoiando sobre uma terceira (13) e uma quarta faces (14) aparentes e opostas do dito núcleo, o dito núcleo tendo uma quinta (15) e uma sexta faces (16) opostas e munidas cada uma delas de uma aba frontal em forma de tronco de pirâmide que tem quatro faces laterais e uma face frontal (33) paralela às ditas quinta e sexta fa15 ces do núcleo e às faces laterais das abas laterais, duas (31 A, 32A) das faces laterais opostas de cada aba frontal em forma de tronco de pirâmide se apoiando em recobrimento sobre as faces laterais das abas laterais, o dito bloco sendo inscrito em um cubo que tem um lado de comprimento H igual ou superior a 0,75 m, e tendo uma superfície exterior que define porções de 20 superfícies nas abas que são geralmente paralelas e opostas em relação a um plano transversal (P) do bloco, caracterizado pelo fato de que as ditas porções de superfície nas abas apresentam uma rugosidade formada por primeiras protuberâncias troncônicas (40) que têm uma altura compreendida entre 0,005 H e 0,1 H.

25
2. Bloco de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que cada primeira protuberância troncônica tem uma altura de 0,03 H e uma base quadrada cujo comprimento de um lado é de cerca de 0,08 H.
3. Bloco de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o plano transversal (P) do bloco é um plano de união de

30 duas partes separáveis de um molde de fabricação do bloco.
4. Bloco de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que compreende uma pluralidade de rasgos e/ou de segundas protu- ·,Ο^ν •ί ris.

berâncias troncônicas (50) distribuídos no contorno do bloco confundido com o dito plano transversal (P).
5. Bloco de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que as mesas das abas laterais compreendem por outro lado, em

5 sua parte mediana, um rasgo transversal (34; 35).
6. Bloco de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que as arestas angulares (21 D, 21F, 22D, 22F) das abas laterais e frontais são chanfradas.