BR112021005967A2 - ração para insetos - Google Patents

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BR112021005967A2
BR112021005967A2 BR112021005967-9A BR112021005967A BR112021005967A2 BR 112021005967 A2 BR112021005967 A2 BR 112021005967A2 BR 112021005967 A BR112021005967 A BR 112021005967A BR 112021005967 A2 BR112021005967 A2 BR 112021005967A2
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BR112021005967-9A
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Inventor
Clémentine Catherine Seguimbraud
Jean-Marie Aimé Louis Poulain
Original Assignee
Cargill, Incorporated
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Abstract

A presente invenção refere-se a uma ração para insetos con-tendo um gel, sendo que o dito gel compreende: (i) um primeiro polissacarídeo, que é goma de cássia, goma de coniaco e/ou goma de alfarrobeira; (ii) um segundo polissacarídeo diferente do primeiro polissacarídeo, e (iii) ao menos 90% em peso de água, com base no peso total da ração.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "RAÇÃO PARA INSETOS".
REFERÊNCIA REMISSIVA AOS PEDIDOS RELACIONADOS
[001] Este pedido reivindica o benefício do pedido europeu n°
18197445.2, depositado em 28 de setembro de 2018, intitulado "Insects’ Feed", o qual está aqui incorporado a título de referência em sua totali- dade.
[002] A presente invenção refere-se a uma ração para insetos, a um método para preparo da mesma, bem como ao uso da mesma para alimentar insetos.
[003] Sabe-se que insetos podem ser usados como uma fonte nutricional para seres humanos e/ou animais. Os insetos comestíveis são ricos em proteínas e, portanto, têm um alto valor nutricional. Apro- ximadamente 2.000 espécies de insetos comestíveis são conhecidas e este número tem aumentado regularmente. Insetos comestíveis como fonte nutricional são particularmente preferenciais de um ponto de vis- ta ecológico, já que para fornecer um valor nutricional igual em compa- ração com fontes nutricionais convencionais, como animais, a emissão de CO2 e o consumo de água são reduzidos. Além disso, insetos co- mestíveis como fonte nutricional são preferenciais também de um pon- to de vista econômico, já que para fornecer um valor nutricional igual em comparação com fontes nutricionais convencionais, como animais, requer menos ração, água e/ou espaço para criação.
[004] Além do aspecto alimentar, os insetos podem funcionar como um recurso em vários setores da indústria. O exoesqueleto de insetos é constituído em grande parte por quitina, da qual um deriva- do conhecido é o quitosano. Como a quitina e o quitosano são mate- riais biocompatíveis, biodegradáveis e não tóxicos, esses materiais encontram uso em aplicações cosméticas, como composições cos- méticas, aplicações médicas e farmacêuticas, como composições farmacêuticas, tratamento de queimaduras, biomateriais, bandagens para córnea, suturas cirúrgicas, aplicações dietéticas e dietárias, apli- cações técnicas, como filtração, agentes de texturização, agentes de coleta ou adsorventes, em particular para filtração de água ou contro- le de poluição, etc.
[005] Entretanto, a criação de insetos em um nível industrial é difícil principalmente devido a desafios referentes a alimentá-los e a fornecer- lhes uma fonte de água com a qual eles possam se hidratar. O problema técnico objetivo subjacente à presente invenção é, portanto, fornecer uma fonte nutricional econômica para insetos, a qual forneça aos insetos água e, opcionalmente, nutrientes, e que tenha propriedades ótimas a fim de que os insetos possam acessá-la facilmente e dela alimentar-se.
[006] A presente invenção refere-se a uma ração para insetos contendo um gel, sendo que o dito gel compreende um primeiro po- lissacarídeo, que é goma de cássia, goma de coniaco e/ou goma de alfarrobeira, um segundo polissacarídeo diferente do primeiro polis- sacarídeo, e ao menos 60% em peso de água, com base no peso to- tal da ração.
[007] Uma ração para insetos é usada para alimentar insetos com água e, de preferência, nutrientes. Se forem incluídos nutrientes na ração, de preferência estes são usados em uma quantidade otimi- zada para assegurar ao menos um crescimento e um desenvolvimen- to normais dos insetos.
[008] Os polissacarídeos são moléculas de carboidrato poliméri- co compostas por cadeias longas de unidades monossacarídeo liga- das umas às outras por ligações glicosídicas e, ao ocorrer a hidrólise, podem liberar constituintes como monossacarídeos ou oligossacarí- deos. Os polissacarídeos podem variar em termos de estrutura, des- de linear até altamente ramificada.
[009] A ração de acordo com a invenção (doravante a "ração da invenção") contém um gel ou, em outras palavras, está sob a forma de um gel. Uma ração sob a forma de um gel é compreendida, na presente invenção, como uma ração que contém uma rede tridimen- sional com água aprisionada no interior da dita rede, sendo a rede formada pelos constituintes da ração, por exemplo ao menos o pri- meiro polissacarídeo sendo goma de cássia, goma de coniaco e/ou goma de alfarrobeira e o segundo polissacarídeo sendo diferente do primeiro polissacarídeo. A rede confere à ração um comportamento semelhante a gel, o qual pode ser expresso em termos de proprieda- des reológicas como firmeza e/ou coesividade, conforme discutido mais adiante neste documento.
[010] O gel da ração para insetos de acordo com a presente in- venção compreende um primeiro polissacarídeo, que é goma de cás- sia, goma de coniaco e/ou goma de alfarrobeira. O termo "goma de cássia" refere-se a uma goma obtenível a partir de Senna obtusifolia e Senna tora. "Goma de coniaco" refere-se a uma goma obtenível a par- tir do tubérculo de Amorfophallus konjac. "Goma de alfarrobeira" refe- re-se a uma goma obtenível a partir das sementes da alfarrobeira.
[011] De preferência, o primeiro polissacarídeo está presente em quantidades de 0,01 a 1,00% em peso com mais preferência de 0,05 a 0,80% em peso com mais preferência ainda de 0,07 a 0,70%, em peso e, com a máxima preferência, de 0,10 a 0,50%, em peso. O termo "%, em peso" refere-se à porcentagem em peso do primeiro polissacarídeo em relação ao peso total da ração para insetos.
[012] De preferência, como um primeiro polissacarídeo, o gel da ração para insetos compreende goma de cássia em quantidades de 0,01 a 1,00% em peso com mais preferência de 0,05 a 0,80% em peso com mais preferência ainda de 0,07 a 0,70%, em peso e, com a máxima pre- ferência, de 0,10 a 0,50% em peso goma de coniaco em quantidades de 0,01 a 1,00% em peso com mais preferência de 0,05 a 0,80% em peso com mais preferência ainda de 0,07 a 0,70%, em peso e, com a máxima preferência, de 0,10 a 0,50% em peso e/ou goma de alfarrobeira em quantidades de 0,01 a 1,00% em peso com mais preferência de 0,05 a 0,80% em peso com mais preferência ainda de 0,07 a 0,70%, em peso e, com a máxima preferência, 0,10 a 0,50%, em peso.
[013] O gel da ração para insetos de acordo com a presente in- venção compreende adicionalmente um segundo polissacarídeo dife- rente do primeiro polissacarídeo, isto é, o segundo polissacarídeo é isento de goma de cássia, goma de coniaco e/ou goma de alfarrobei- ra. Entende-se, aqui, que o primeiro polissacarídeo e o segundo po- lissacarídeo não são os mesmos polissacarídeos. Caso o primeiro polissacarídeo compreenda mais de um polissacarídeo, o segundo polissacarídeo é diferente de cada um dos polissacarídeos no primei- ro polissacarídeo. Dessa forma, o primeiro polissacarídeo e o segun- do polissacarídeo são estruturalmente diferentes um do outro. Com o uso de diferentes polissacarídeos na ração para insetos gelificada, é fornecida uma estrutura de gel aprimorada, a qual é capaz de incor- porar a quantidade necessária de água.
[014] De preferência, o segundo polissacarídeo é goma xantana e/ou goma carragenina. "Goma xantana" refere-se a uma goma obte- nível por meio de um processo de fermentação bem conhecido, tipi- camente com o uso de uma bactéria chamada Xanthomonas campes- tris. "Goma carragenina" refere-se a uma goma tipicamente obtenível a partir de algas vermelhas, como Chondrus crispus, Eucheuma cottonii e Gigartina stellata.
[015] A goma carragenina compreende, de preferência, uma carragenina do tipo capa, por exemplo, mais de 50% em peso 75% em peso 90% em peso de capa-carragenina. O restante pode com- preender celulose, proteínas, iota e lambda-carragenina e outros constituintes de alga marinha. A capa-carragenina é uma carragenina linear formada por uma sequência de dissacarídeos repetitivos de α- D-galactopiranose ligados em 1,3 e resíduos de β-D-galactopiranose ligados através das posições 1,4, e pode ser representada por uma unidade de repetição de acordo com a Fórmula (I) (I).
[016] De preferência, a goma carragenina compreendendo uma capa-carragenina é obtenível a partir de Kappaphycus alvarezii, a qual também é às vezes chamada de Eucheuma cottonii.
[017] De preferência, o segundo polissacarídeo está presente em quantidades de 0,01 a 1,00% em peso com mais preferência de 0,03 a 0,90% em peso com mais preferência ainda de 0,05 a 0,80%, em peso e, com a máxima preferência, de 0,07 a 0,70%, em peso. O termo "%, em peso" refere-se à porcentagem em peso do segundo polissacarídeo em relação ao peso total da ração para insetos.
[018] De preferência, como um segundo polissacarídeo, o gel da ração para insetos compreende goma xantana em quantidades de 0,01 a 1,00% em peso com mais preferência de 0,05 a 0,80% em peso com mais preferência ainda de 0,07 a 0,70%, em peso e, com a máxima pre- ferência, de 0,10 a 0,50% em peso e/ou goma carragenina em quantida- des de 0,01 a 1,00% em peso com mais preferência de 0,05 a 0,80% em peso com mais preferência ainda de 0,07 a 0,70%, em peso e, com a máxima preferência, 0,10 a 0,50%, em peso.
[019] O gel da ração para insetos de acordo com a presente in- venção compreende adicionalmente ao menos 60% em peso de água, com base no peso total da ração. Foi surpreendentemente ob-
servado que a ração da invenção é capaz de conter uma alta quanti- dade de água, sem prejudicar a segurança dos insetos que dela se alimentam. O gel da invenção tem coesividade e firmeza ótimas. Um gel coesivo impede que os insetos se afoguem ao ficarem aprisiona- dos no gel sem a possibilidade de saírem.
[020] É importante ter, também, uma ração para insetos que tenha uma firmeza ótima para que os insetos sejam capazes de dar uma boa mordida na mesma.
[021] Com a ração da invenção, é fornecida aos insetos uma quantidade ótima de água durante o processo de alimentação. De preferência, a ração para insetos pode compreender ao menos 70% em peso de água, com mais preferência ao menos 80% em peso com mais preferência ainda ao menos 90% em peso com mais preferência ainda, ao menos 92% em peso com muito mais preferência ao menos 95% em peso de água e, com a máxima preferência, ao menos 97% em peso de água, com base no peso total da ração para insetos. De preferência, o gel da ração para insetos compreende até 99,5% em peso de água, com mais preferência até 99,0% em peso de água e, com a máxima preferência, até 98,0% em peso de água, com base no peso total da ração para insetos.
[022] Em uma modalidade preferencial, o gel da ração para insetos compreende uma combinação de goma de cássia como um primeiro po- lissacarídeo e goma xantana como um segundo polissacarídeo e ao me- nos 60% em peso de água, com base no peso total da ração, goma de cássia como um primeiro polissacarídeo e goma de carragenina como um segundo polissacarídeo e ao menos 60% em peso de água, com ba- se no peso total da ração, goma de coniaco como um primeiro polissaca- rídeo e xantana como um segundo polissacarídeo e ao menos 60% em peso de água, com base no peso total da alimentação, goma de coniaco como um primeiro polissacarídeo e carragenina como um segundo polis-
sacarídeo e ao menos 60% em peso de água, com base no peso total da ração, ou goma de alfarrobeira como um primeiro polissacarídeo e carra- genina como um segundo polissacarídeo, e ao menos 60% em peso de água, com base no peso total da ração.
[023] De preferência, o gel da ração para insetos pode ter uma razão entre o primeiro polissacarídeo e o segundo polissacarídeo de 10:90 a 90:10, com mais preferência de 20:80 a 80:20, com mais pre- ferência ainda de 30:70 a 70:30 e, com a máxima preferência, de 40:60 a 60:40.
[024] De preferência, o gel da ração para insetos pode compre- ender adicionalmente um sal. De preferência, o sal é escolhido do gru- po que consiste em sais de cálcio, sais de potássio e sais de sódio. Exemplos não limitadores de tais sais incluem cloreto de cálcio, citrato de cálcio, sulfato de cálcio, fosfato de cálcio, lactato de cálcio, cloreto de sódio, sorbato de sódio, citrato de sódio, citrato de potássio, cloreto de potássio e/ou sorbato de potássio.
[025] Com mais preferência, o gel da ração para insetos com- preende cloreto de potássio. A presença de cloreto de potássio na ração para insetos pode influenciar positivamente as propriedades do gel, tornando-o mais adequado para alimentar insetos. Além disso, a presença de cloreto de potássio no gel da ração para insetos pode proporcionar redução na dosagem do primeiro polissacarídeo e do segundo polissacarídeo e, como consequência, pode reduzir o custo da ração para insetos. Além disso, a presença de cloreto de potássio na ração para insetos pode influenciar positivamente vários parâme- tros de processamento, por exemplo a temperatura necessária para fabricar a ração da invenção.
[026] Tipicamente, o gel da ração para insetos compreende o sal, de preferência, cloreto de potássio, em quantidades de 0,05 a 3,0% em peso com mais preferência entre 0,07 e 2,5%, em peso e,
com a máxima preferência, de 0,1 a 2,0%, em peso. O termo "%, em peso" refere-se à porcentagem em peso do sal, de preferência cloreto de potássio, em relação ao peso total da ração para insetos.
[027] Em uma modalidade preferencial, o gel da ração para inse- tos compreende uma combinação de goma de cássia como um primeiro polissacarídeo e goma xantana como um segundo polissacarídeo e ao menos 60% em peso de água, com base no peso total da ração, goma de cássia como um primeiro polissacarídeo e goma de carragenina co- mo um segundo polissacarídeo, cloreto de potássio e ao menos 60% em peso de água, com base no peso total da ração, goma de coniaco como um primeiro polissacarídeo e xantana como um segundo polissa- carídeo, cloreto de potássio e ao menos 60% em peso de água, com base no peso total da alimentação, goma de coniaco como um primeiro polissacarídeo e goma carragenina como um segundo polissacarídeo, cloreto de potássio e ao menos 60% em peso de água, com base no peso total da ração, ou goma de alfarrobeira como um primeiro polissa- carídeo e goma carragenina como um segundo polissacarídeo, cloreto de potássio e ao menos 60% em peso de água, com base no peso total da ração.
[028] De preferência, o fluxo de ração para insetos tem um valor de substância seca de até 40% em peso com mais preferência 30% em pe- so com mais preferência ainda 10% em peso com muito mais preferência 5%, em peso e, com a máxima preferência, mais de 3%, em peso. O va- lor de substância seca é entendido como o material, em porcentagem em peso que compreende todos os outros constituintes, excluída a água. O teor de nutriente ou mineral de uma ração para animais é frequentemen- te expresso com base na substância seca. O valor de substância seca pode ser calculado a partir da quantidade de sólidos usada para fabricar a ração.
[029] De preferência, o gel da ração para insetos compreende adi-
cionalmente um açúcar. De preferência, o açúcar é um monossacarídeo ou um oligossacarídeo. Com mais preferência, o açúcar é escolhido do grupo de monossacarídeos que compreende frutose, manose, galactose, glicose, dextrose, talose, gulose, alose, altrose, idose, arabinose, xilose, lixose, sorbose e ribose; ou do grupo de oligossacarídeos que compre- ende sacarose, maltose, lactose, lactulose e trealose-dextrose.
[030] Com mais preferência, o gel da ração para insetos compre- ende adicionalmente dextrose.
[031] De preferência, a ração para insetos compreende açúcar, de preferência dextrose, em quantidades de 0,1 a 25,0% em peso com mais preferência entre 0,3 e 15,0% em peso com mais preferên- cia ainda entre 0,5 a 10,0% em peso com muito mais preferência en- tre 0,5 e 5,0% em peso com muito mais preferência entre 0,7 e 4,5%, em peso e, com a máxima preferência, entre 1,0 e 4,0%, em peso. O termo "%, em peso" refere-se à porcentagem em peso do açúcar, de preferência dextrose, em relação ao peso total da ração para insetos.
[032] De preferência, a ração para insetos compreende adicional- mente nutrientes, conservantes, minerais, proteínas e/ou vitaminas.
[033] Os inventores observaram que, a fim de alimentar otima- mente os insetos, o gel contido pela ração da invenção tem, de prefe- rência, certas propriedades. Uma propriedade do gel é sua capacidade para sustentar o peso de um ou mais insetos sem permitir que os inse- tos afundem para dentro do gel e, portanto, se afoguem no mesmo. Ti- picamente, a ração é colocada dentro de um ambiente contendo os in- setos, os quais sobem na mesma e andam por cima dela para encontrar um local adequado para se alimentarem. Para assegurar que não seja prejudicada a segurança dos insetos enquanto sobem, andam e se ali- mentam, o gel tem, de preferência, uma coesividade de ao menos 500 g, com mais preferência ao menos 800 g, com mais preferência ainda ao menos 1.300 g e, com a máxima preferência, ao menos 1.800 g. De preferência, a dita coesividade é de até 20.000 g, com mais preferência até 15.000 g, com mais preferência ainda até 10.000 g e, com a máxima preferência, até 5.000 g. Em outras palavras, o gel tem, de preferência, uma coesividade de 500 g a 20.000 g, com mais preferência de 800 g a
15.000 g, com mais preferência ainda de 1.300 g a 10.000 g e, com a máxima preferência, de 1.800 g a 5.000 g.
[034] A coesividade pode ser medida com o equipamento TA.XT2 da Stable Micro Systems. Em particular, a coesividade pode ser medida com equipamento TA.XT2 da Stable Micro Systems, con- forme descrito abaixo nos Exemplos.
[035] Outra propriedade importante do gel é sua firmeza. O gel precisa ter a textura correta para permitir uma alimentação ótima. Os inventores descobriram que a ração da invenção é ótima quando o gel tem, de preferência, uma firmeza de ao menos 1 g, com mais pre- ferência ao menos 3 g e, com a máxima preferência, ao menos 5 g. De preferência, a dita firmeza é de até 1.500 g, com mais preferência até 1.000 g, com mais preferência ainda até 500 g e, com a máxima preferência, até 200 g. Em outras palavras, o gel tem, de preferência, uma firmeza de 1 g a 1.500 g, de preferência de 3 g a 1.000 g, com mais preferência ainda de 5 g a 500 g e, com a máxima preferência, de 5 g a 200 g.
[036] A firmeza pode ser medida com o equipamento TA.XT2 da Stable Micro Systems. Em particular, a firmeza pode ser medida com equipamento TA.XT2 da Stable Micro Systems, conforme descrito abaixo nos Exemplos.
[037] A presente invenção se refere adicionalmente a um método para preparo de uma ração para insetos, sendo que o método compre- ende as etapas de: fornecer uma mistura gelificante tendo uma temperatura de gelificação em água, sendo que a dita mistura compreende um primeiro polissacarídeo e um segundo polissacarídeo, - sendo que o primeiro polissacarídeo é goma de cássia, go- ma de coniaco e/ou goma de alfarrobeira, - sendo que o segundo polissacarídeo é diferente do primeiro polissacarídeo, ii. adicionar a mistura gelificante à água e misturar, preferen- cialmente sob temperaturas elevadas, a fim de obter uma mistura aquosa tendo uma temperatura de gelificação; iii. manter a mistura aquosa a uma temperatura acima da temperatura de gelificação, a fim de evitar a formação de um gel; iv. resfriar a mistura aquosa para obter uma ração para in- setos; v. opcionalmente, reduzir a fragmentos a ração para inse- tos.
[038] De acordo com o método da presente invenção, como uma etapa i. é fornecida uma mistura gelificante tendo uma temperatura de gelificação em água, sendo que a dita mistura compreende um primeiro polissacarídeo e um segundo polissacarídeo, sendo que o primeiro polissacarídeo é goma de cássia, goma de coniaco e/ou go- ma de alfarrobeira, e sendo que o segundo polissacarídeo é diferente do primeiro polissacarídeo. A expressão "a mistura gelificante tem uma temperatura de gelificação em água" significa que a mistura geli- ficante resultante é capaz de formar um gel em água. As definições gerais de um primeiro polissacarídeo e de um segundo polissacarí- deo são idênticas às definições acima descritas de um primeiro polis- sacarídeo e de um segundo polissacarídeo da ração para insetos de acordo com a presente invenção.
[039] De preferência, a mistura gelificante tem uma Tgel de mais de 30°C. De preferência, a mistura gelificante tem uma Tgel de até 60°C. A Tgel é também chamada de temperatura de cura. A Tgel, ou temperatura de cura, descreve a temperatura à qual o gel líquido é totalmente gelifi- cado. A Tgel, ou temperatura de cura, pode ser medida com o analisador rápido de viscosidade RVA 4500, da Perten. Em particular, a Tgel ou tem- peratura de cura pode ser medida dom o analisador rápido de viscosida- de RVA 4500, da Perten, conforme descrito abaixo nos Exemplos.
[040] Fornecer uma mistura gelificante significa que o primeiro po- lissacarídeo e o segundo polissacarídeo são misturados um ao outro. Em uma modalidade preferencial, a mistura gelificante compreende uma combinação de goma de cássia como um primeiro polissacarídeo e go- ma xantana como um segundo polissacarídeo, goma de cássia como um primeiro polissacarídeo e goma de carragenina como um segundo polis- sacarídeo, goma de coniaco como um primeiro polissacarídeo e xantana como um segundo polissacarídeo, goma de coniaco como um primeiro polissacarídeo e carragenina como um segundo polissacarídeo, ou goma de alfarrobeira como um primeiro polissacarídeo e carragenina como um segundo polissacarídeo.
[041] De preferência, fornecer uma mistura gelificante pode compreender adicionalmente misturar um sal ao primeiro polissacarí- deo e ao segundo polissacarídeo. De preferência, o sal é escolhido do grupo que consiste em sais de cálcio, sais de potássio e sais de sódio. Exemplos não limitadores de tais sais incluem cloreto de cál- cio, citrato de cálcio, sulfato de cálcio, fosfato de cálcio, lactato de cálcio, cloreto de sódio, sorbato de sódio, citrato de sódio, citrato de potássio, cloreto de potássio e/ou sorbato de potássio.
[042] Com mais preferência, o gel da ração para insetos compre- ende cloreto de potássio.
[043] De preferência, a mistura gelificante compreende o sal, de preferência cloreto de potássio, em quantidades de 0,05 a 3,0% em peso com mais preferência de 0,07 a 2,5% em peso com a máxima preferência de 0,1 a 2,0%, em peso. O termo "%, em peso" refere-se à porcentagem em peso do sal, de preferência cloreto de potássio, em relação ao peso total da ração para insetos.
[044] Em uma modalidade preferencial, a mistura gelificante compreende uma combinação de goma de cássia como um primeiro polissacarídeo e goma xantana como um segundo polissacarídeo, e cloreto de potássio, goma de cássia como um primeiro polissacarídeo e goma de carragenina como um segundo polissacarídeo, e cloreto de potássio, goma de coniaco como um primeiro polissacarídeo e xantana como um segundo polissacarídeo, e cloreto de potássio, go- ma de coniaco como um primeiro polissacarídeo e carragenina como um segundo polissacarídeo, e cloreto de potássio, ou goma de alfar- robeira como um primeiro polissacarídeo e carragenina como um se- gundo polissacarídeo, e cloreto de potássio.
[045] De preferência, a mistura gelificante compreende adicional- mente um açúcar. De preferência, o açúcar é um monossacarídeo ou um oligossacarídeo. Com mais preferência, o açúcar é escolhido do grupo de monossacarídeos que compreende frutose, manose, galactose, glicose, dextrose, talose, gulose, alose, altrose, idose, arabinose, xilose, lixose, sorbose e ribose; ou do grupo de oligossacarídeos que compreende sa- carose, maltose, lactose, lactulose e trealose-dextrose.
[046] Com mais preferência, a mistura gelificante compreende adi- cionalmente dextrose.
[047] De preferência, a ração para insetos compreende açúcar, de preferência dextrose, em quantidades de 0,1 a 25,0% em peso com mais preferência de 0,3 a 15,0% em peso com mais preferência ainda de 0,5 a 10,0% em peso com muito mais preferência de 0,5 a 5,0% em peso com muito mais preferência de 0,7 a 4,5% em peso e, com a máxima preferência, de 1,0 a 4,0% em peso. O termo "% em peso" refere-se à porcentagem em peso do açúcar, de preferência dextrose, em relação ao peso total da ração para insetos.
[048] Sem se ater à teoria, pela adição do açúcar, de preferên- cia dextrose, a mistura gelificante é melhor solubilizada em água de- vido a uma pré-dispersão dos pós de açúcar/mistura gelificante. As- sim, pode-se evitar a formação de aglomerados ou das chamadas "massas informes" de mistura gelificante em água.
[049] De preferência, a mistura gelificante compreende adicional- mente nutrientes, conservantes, minerais, proteínas e/ou vitaminas.
[050] Em uma modalidade preferencial, a mistura gelificante compreende uma combinação de goma de cássia como um primeiro polissacarídeo e goma de xantana como um segundo polissacarídeo, cloreto de potássio e nutrientes, conservantes, minerais, proteínas e/ou vitaminas, goma de cássia como um primeiro polissacarídeo e goma carragenina como um segundo polissacarídeo, cloreto de potás- sio e nutrientes, conservantes, minerais, proteínas e/ou vitaminas, go- ma de coniaco como um primeiro polissacarídeo e xantana como um segundo polissacarídeo, cloreto de potássio e nutrientes, conservan- tes, minerais, proteínas e/ou vitaminas, goma de coniaco como um primeiro polissacarídeo e goma carragenina como um segundo polis- sacarídeo, cloreto de potássio e nutrientes, conservantes, minerais, proteínas e/ou vitaminas, ou goma de alfarrobeira como um primeiro polissacarídeo e goma carragenina como um segundo polissacarídeo, cloreto de potássio e nutrientes, conservantes, minerais, proteínas e/ou vitaminas.
[051] De acordo com o método da presente invenção, como uma etapa ii. a mistura gelificante é adicionada à água e é misturada para se obter uma mistura aquosa que tem uma temperatura de gelificação. A mistura gelificante pode ser adicionada à água em uma porção comple- ta e, subsequentemente, a mistura gelificante em água ser misturada, ou a mistura gelificante pode ser adicionada gradualmente à água, sob agitação. De preferência, a mistura gelificante é adicionada gradual-
mente à água, sob agitação. De preferência, a agitação da mistura geli- ficante e da água é conduzida com um sistema de misturação que é capaz de executar um cisalhamento forte, como um misturador triblen- der. Assim, pode-se evitar a formação de aglomerados ou massas in- formes da mistura gelificante em água.
[052] A mistura gelificante pode ser adicionada à água à tempe- ratura ambiente, isto é, de 20°C a 25°C, ou a temperaturas elevadas, isto é, a temperaturas de 40°C a 80°C, com mais preferência de 45°C a 75°C e, com a máxima preferência, de 50°C a 70°C. De preferência, a mistura gelificante é adicionada à água a temperaturas elevadas, isto é, a temperaturas de 40°C a 80°C, com mais preferência de 45°C a 75°C e, com a máxima preferência, de 50°C a 70°C. Assim, o polissa- carídeo pode ser misturado mais homogeneamente à água, e pode-se evitar a formação de aglomerados ou "massas informes" da mistura gelificante em água.
[053] De acordo com o método da presente invenção, como uma etapa iii. a mistura aquosa é mantida acima de sua temperatura de gelificação a fim de evitar a formação de um gel. Entende-se, aqui, que a mistura aquosa é mantida acima da temperatura de gelificação da totalidade da mistura gelificante. De preferência, a mistura aquosa é mantida a uma temperatura de ao menos 30 °C, ao menos 50°C ou ao menos 60°C.
[054] De acordo com o método da presente invenção, como uma etapa iv. a mistura aquosa é resfriada para se obter uma ração para inse- tos. Entende-se, aqui, que a mistura aquosa é resfriada até uma tempe- ratura abaixo da Tgel, ou temperatura de cura, de modo que o produto resultante possa ser usado como uma ração para insetos. De preferên- cia, o gel é resfriado até uma temperatura de no máximo 28 °C, com mais preferência no máximo 24 °C e, com a máxima preferência, no má- ximo 21°C.
[055] De acordo com o método da presente invenção, como uma etapa opcional v. a ração para insetos obtida pode ser reduzida a fra- gmentos. A redução da ração para insetos a fragmentos pode ser obti- da por métodos convencionais conhecidos pelo versado na técnica.
[056] A presente invenção refere-se adicionalmente a uma ração para insetos preparada por meio do método conforme descrito acima.
[057] A presente invenção refere-se adicionalmente a um método para alimentar insetos, que compreende fornecer aos insetos a ração conforme descrito acima, ou a ração preparada por meio do método con- forme descrito acima.
[058] A presente invenção refere-se adicionalmente a um uso da ração para insetos, conforme descrito acima, ou da ração preparada por meio do método conforme descrito acima, para alimentar insetos.
[059] A presente invenção fornece uma ração para insetos que tem uma inter-relação ótima de coesividade, firmeza, temperatura de gelifica- ção e temperatura de solubilização. Uma boa coesividade permite que a ração para insetos não possa ser facilmente destruída, não seja pegajo- sa a ponto de o inseto ficar preso e acabar morrendo dentro da ração para insetos, e não se rompa de modo que o inseto fique preso e acabe morrendo. Uma boa firmeza permite que o inseto possa se alimentar de maneira ótima sobre a mesma. Uma ótima temperatura de gelificação assegura uma fabricação e um processamento adicional ótimos da ra- ção. Uma ótima temperatura de solubilização da composição permite que, caso a temperatura de solubilização seja alta demais no processo de preparo da mesma e a ração para insetos final seja economicamente inviável devido à alta quantidade de energia necessária.
[060] A presente invenção é descrita, também, pelos seguintes itens:
1. Uma ração para insetos contendo um gel, sendo que o dito gel compreende
- um primeiro polissacarídeo, que é goma de cássia, goma de coniaco e/ou goma de alfarrobeira, - um segundo polissacarídeo diferente do primeiro polissa- carídeo, e - ao menos 60% em peso de água, com base no peso total da ração.
2. A ração de acordo com o item 1, sendo que o segundo polissacarídeo é goma xantana e/ou goma carragenina.
3. A ração de acordo com os itens 1 a 2, sendo que a razão entre o primeiro polissacarídeo e o segun- do polissacarídeo é de 10:90 a 90:10, de preferência, 20:80 a 80:20 e, com mais preferência, 30:70 a 70:30.
4. A ração de acordo com qualquer um dos itens de 1 a 3, sendo que o gel da ração para insetos compreende adicio- nalmente um sal.
5. A ração de acordo com o item 4, sendo que o sal é escolhido do grupo que consiste em sais de cálcio, sais de potássio e sais de sódio.
6. A ração de acordo com qualquer um dos itens 4 e 5, sendo que o sal é cloreto de potássio.
7. A ração de acordo com qualquer um dos itens 1 a 6, tendo um valor de substância seca de até 40% em peso 39% em peso ou 10% em peso de preferência até 5%, em peso e, com mais preferência ainda, até 3%, em peso.
8. A ração de acordo com qualquer um dos itens 1 a 7, compreendendo adicionalmente nutrientes, conservantes, mi- nerais, proteínas e/ou vitaminas.
9. A ração de acordo com qualquer um dos itens 1 a 8, tendo uma coesividade de ao menos 500 g, de preferência
800 g, com mais preferência 1.300 g e, com mais preferência ainda,
1.800 g.
10. A ração de acordo com qualquer um dos itens 1 a 9, tendo uma firmeza de ao menos 1 g, de preferência ao me- nos 3 g e, com mais preferência, ao menos 5 g; de preferência até 1.500 g, com mais preferência até 1.000 g, com mais preferência ainda até 500 g ou, com a máxima preferência, até 200 g.
11. A ração de acordo com qualquer um dos itens 1 a 10, tendo uma Tgel maior que 30°C.
12. Um método para preparo de uma ração para insetos, sendo que o método compreende as etapas de: fornecer uma mistura gelificante tendo uma temperatura de gelificação em água, sendo que a dita mistura compreende um primei- ro polissacarídeo e um segundo polissacarídeo, - sendo que o primeiro polissacarídeo é goma de cássia, go- ma de coniaco ou goma de alfarrobeira, - sendo que o segundo polissacarídeo é diferente do primeiro polissacarídeo, ii. adicionar a mistura gelificante à água e misturar, prefe- rencialmente sob temperaturas elevadas, fim de obter uma mistura aquosa; iii. manter a mistura aquosa acima da temperatura de geli- ficação, a fim de evitar a formação de um gel; iv. resfriar a mistura aquosa para obter uma ração para in- setos; v. opcionalmente, reduzir a fragmentos a ração para inse- tos.
13. O método de acordo com o item 12, sendo que a razão entre o primeiro polissacarídeo e o segun-
do polissacarídeo é de 10:90 a 90:10, de preferência, 20:80 a 80:20 e, com mais preferência, 30:70 a 70:30.
14. O método de acordo com qualquer um dos itens 12 e 13, sendo que a mistura gelificante compreende adicionalmente um sal.
15. O método de acordo com o item 14, sendo que o sal é escolhido do grupo que consiste em sais de cálcio, sais de potássio e sais de sódio.
16. O método de acordo com qualquer um dos itens 14 e 15, sendo que o sal é cloreto de potássio.
17. O método de acordo com qualquer um dos itens de 12 a 16, sendo que a mistura gelificante compreende adicionalmente um açúcar, de preferência um monossacarídeo ou um oligossacarídeo.
18. O método de acordo com qualquer um dos itens de 12 a 17, sendo que a mistura gelificante compreende dextrose.
19. O método de acordo com qualquer um dos itens de 12 a 18, que compreende adicionalmente nutrientes, conservantes, minerais, proteínas e/ou vitaminas.
20. Uma ração para insetos obtenível por meio do método dos itens 12 a 19.
21. Um método para alimentar insetos, que compreende fornecer aos insetos a ração de acordo com os itens 1 a 11 ou a ra- ção preparada por meio do método dos itens 12 a 19.
22. Um uso da ração para insetos de acordo com os itens 1 a 11, ou da ração preparada por meio do método dos itens 12 a 19, para alimentar insetos. Exemplos
23. Procedimento geral para preparar uma ração para inse- tos
[061] A Tabela 1 descreve os constituintes da ração para insetos de acordo com a invenção e não de acordo com a invenção.
Entrada 109 84 83 78 79 88 108 100 77 97 92* Goma Goma Goma carragenina Goma Goma xan- Goma carra- Amido Ingrediente 1 Goma xantana carrage- carrage- xantana tana genina nativo nina nina Goma de Goma de Goma de Goma de Goma de Goma de Goma de Goma de Ingrediente 2 Goma de cássia coniaco coniaco alfarrobeira coniaco cássia coniaco cássia cássia Dextro- Sacaro- Ingrediente 3 Dextrose se se Ingrediente 4 KCl NaCl KCl KCl % em peso do ingredien- 0,28 0,28 0,34 0,34 0,36 0,34 0,15 0,34 0,26 0,26 5,00 te 1
21/26 % em peso do ingredien- 0,28 0,28 0,09 0,09 0,16 0,09 0,34 0,09 0,60 0,60 te 2 % em peso do ingredien- 2,00 2,00 1,54 2,74 2,08 1,72 1,81 1,54 3,40 3,18 te 3 % em peso do ingredien- 0,24 0,24 0,18 0,34 0,36 0,15 0,18 0,26 te 4 % em peso 97,2 97,2 97,85 96,49 97,04 97,85 97,55 97,85 95,74 95,70 95 de água Tabela 1 – constituintes da ração para insetos de acordo com a invenção e não de acordo com a invenção. (*) - comparativo
[062] A seguir é fornecido um procedimento geral para o preparo de uma ração para insetos com os constituintes conforme descritos na Tabela 1. Cada ração para insetos foi preparada em uma escala total de 600 g.
1. Pesar e mesclar com uma colher, em um pequeno reci- piente, os pós da receita.
2. Em alguns casos, a água é aquecida em uma cuba até cerca de 60°C (nível 5 no termostato da placa de indução do labora- tório; isto significa que, quanto mais alto for o número inteiro do ter- mostato, mais alta será a temperatura pretendida para a cuba). Em outros casos, a água está à temperatura ambiente. Solubilização à temperatura Solubilização a 60°C ambiente Teste n ° 109, 84, 83, 88, 100 92, 77, 78, 79, 97, 108
3. A blenda de pós é lentamente introduzida na água da cuba, sob agitação com um batedor manual.
4. A solução é agitada com o batedor manual durante 1 minu- to (à temperatura ambiente ou em condição de calor 4 do termostato, de- pendendo do teste).
5. A solução na cuba passa através de um dispositivo disper- sor (DI 25, disponível junto à Ika) durante 1 minuto (sem manutenção do aquecimento durante essa etapa), a velocidade é ajustada para se obter um bom vórtice (variável, dependendo da viscosidade da solução).
6. A solução na cuba é levada de volta à placa de indução e o termostato é ajustado para 8 até que a ebulição comece, sob agi- tação com o batedor manual.
7. Quando a ebulição começa, o termostato é ajustado para 4 e a ebulição é mantida durante 5 minutos, sob agitação com o bate- dor manual.
8. A cuba contendo o batedor e a solução é pesada e água quente é adicionada para compensar a evaporação.
9. A solução é vertida em 3 cristalizadores de vidro até transbordar, e para dentro de pequenos recipientes plásticos.
10. Para os cristalizadores, a solução é nivelada com uma tampa plástica e coberta com essa mesma tampa.
11. Os cristalizadores cobertos e os recipientes de plástico descobertos são resfriados à temperatura ambiente durante cerca de 2 a 3 horas.
12. Os recipientes de plástico são cobertos e tanto os cristali- zadores como os recipientes de plástico são armazenados a 10°C.
13. A medição da resistência do gel é feita no dia seguinte, a 10°C, com os cristalizadores e a sinérese é visualmente avaliada nos re- cipientes plásticos.
[063] Para o teste 92, em vez das etapas 5 a 7, a solução foi aque- cida durante 30 minutos com o uso de banho-maria, sob agitação manu- al.
2. Medição da firmeza e da coesividade da ração para insetos
[064] A seguir é fornecido um procedimento geral para a medição da firmeza e da coesividade da ração para insetos.
[065] O equipamento usado é um analisador de textura disponível junto à Stable Micro Systems: TA.XT2. O software usado é o Exponent. A sonda usada é um cilindro.
[066] A configuração do projeto é conforme exposto a seguir: Legenda Valor Unidades Modo de teste Compressão Velocidade pré-teste 1,00 mm/s Velocidade de teste 5,00 mm/s Velocidade pós-teste 10,00 mm/s Modo-alvo Distância Distância 30,000 mm Tipo de gatilho Auto (Força) Força do gatilho 5,0 g Modo de ruptura Desligado Parar gráfico em Posição inicial
Legenda Valor Unidades Modo tara Auto Opções avançadas Ligado Forno de controle Desativado Aguardar temperatura Não Correção de deflexão de Desligado (compatibilidade com XT2) quadro
[067] As etapas a serem seguidas são:
1. Ligar o analisador de textura e o computador
2. Abrir o software
3. Abrir o projeto (ver características acima)
4. Calibrar o penetrômetro por meio do software, com o pe- so de 2 kg
5. Retirar o primeiro cristalizador do refrigerador, colocá-lo sob a sonda e iniciar a medição
6. Repetir para o segundo e o terceiro cristalizadores
7. Criar a média das três curvas obtidas com o software
8. Com o cursor, selecionar o valor da resistência mecânica a 4 mm de penetração (chama-se "firmeza") e no pico (chama-se "coesivi- dade")
3. Medição da temperatura de cura Tgel da ração para insetos
[068] A seguir é fornecido um procedimento geral para a medição da Tgel, ou temperatura de cura, da ração para insetos. Cada ração para insetos foi preparada em uma escala total de 100 g.
[069] O equipamento usado é um RVA 4500 (Rapid Visco Analyser - analisador rápido de viscosidade), disponível junto à Perten. Ele é aco- plado a um resfriador de recirculação (Accel 250 LC, disponível junto à ThermoFisher Scientific).
[070] O software que gerencia o equipamento é TCW3 (ThermoCli- ne para Windows).
[071] As características do teste são conforme exposto a seguir:
Tempo (hh:mm:ss) Tipo de função Valor 00:00:00 Temperatura 20 00:00:00 Velocidade 960 00:00:12 Velocidade 160 00:00:30 Temperatura 20 00:05:10 Temperatura 95 00:15:10 Temperatura 95 00:31:30 Temperatura 10 00:50:00 Fim Tolerância (±°C): 1 Período de amostragem: 4
[072] As etapas a serem seguidas são:
1. Ligar o RVA, o resfriador de recirculação e o computador.
2. Abrir o TCW3.
3. Calibrar o RVA apenas com a pá, na velocidade 160, até a estabilidade da medição.
4. Abrir o teste (ver características acima).
5. Pesar a água em um béquer de 250 ml.
6. Colocar a água sob agitação com um agitador Ika, lâmina Kelco, a 800 rpm.
7. Misturar todos os pós da receita em um recipiente pequeno e adicionar a blenda lentamente na água.
8. Verificar que não haja qualquer pó preso à lâmina.
9. Manter agitação durante 10 minutos.
10. Encher o copo de RVA com 20 g dessa solução.
11. Inserir o copo de RVA no equipamento de RVA.
12. A medição começa sozinha.
13. Uma vez concluída a medição, usar o cursor para seleci- onar a temperatura na qual a viscosidade começa a aumentar (início da gelificação).
4. Medição da sinérese da ração dos insetos
[073] A sinérese descreve a extração ou expulsão de um líquido a partir de um gel. A sinérese da ração para insetos é medida por ob-
servação visual.
[074] Por observação visual, os géis de ração para insetos são classificados como nenhuma (sem sinérese) e de + a ++++ (sendo que + significa menos sinérese e ++++ significa mais sinérese).
5. Resultados da medição da firmeza, da coesividade, da temperatura de cura (Tgel) e da sinérese
[075] A seguir, são fornecidos na Tabela 2 os resultados de medi- ção da firmeza, da coesividade, da temperatura de cura (Tgel) e da siné- rese dos géis acima descritos de acordo com a Tabela 1.
[076] Como pode ser visto na Tabela 2, todas as rações para inse- tos de acordo com a invenção forneceram uma mistura ideal das caracte- rísticas principais, tendo boa firmeza e coesividade bem como uma ótima temperatura de cura, ou Tgel, e não exibiram sinérese.
[077] Em contraste com a ração para insetos de acordo com a pre- sente invenção, o Exemplo Comparativo 92, não de acordo com a inven- ção, mostrou baixa firmeza e menor coesividade em comparação com a ração para insetos de acordo com a presente invenção. Entrada 109 84 83 78 79 88 108 100 77 97 92* Firme- 21 26 24 1293 741 24 496 26 342 1225 24 za (g) Coesi- vidade 1811 1737 2244 1757 983 2017 1854 2380 1468 3444 77 (g) Tempe- ratura 52 52 42 43 43 36 32 43 13 40 N/A de cura (°C) ne- ne- ne- ne- ne- ne- ne- ne- ne- Sinére- nhu nhu- nhu- nhu- nhu nhu- + nhu- + nhu- nhu se ma ma ma ma ma ma ma ma ma Tabela 2 - resultados de medição da firmeza, da coesividade, da temperatura de cura (T gel) e da sinérese (*) – comparativo

Claims (13)

REIVINDICAÇÕES
1. Ração para insetos, caracterizada por conter um gel, sendo que o dito gel compreende - um primeiro polissacarídeo, que é goma de cássia, goma de coniaco e/ou goma de alfarrobeira, - um segundo polissacarídeo diferente do primeiro polissa- carídeo, e - ao menos 90% em peso de água, com base no peso total da ração.
2. Ração, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o segundo polissacarídeo ser goma xantana e/ou goma carragenina.
3. Ração, de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracteri- zada por a razão entre o primeiro polissacarídeo e o segundo polissa- carídeo ser de 10:90 a 90:10, de preferência de 20:80 a 80:20 e, com mais preferência, de 30:70 a 70:30.
4. Ração, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada por o gel da ração para insetos compreender adicio- nalmente um sal.
5. Ração, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por o sal ser cloreto de potássio.
6. Ração, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada por ter um valor de substância seca de até 40% em peso 30% em peso ou 10% em peso de preferência até 5% em peso e, com mais preferência ainda, até 3% em peso.
7. Ração, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada por compreender adicionalmente nutrientes, conser- vantes, minerais, proteínas e/ou vitaminas.
8. Ração, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada por ter uma coesividade de ao menos 500 g, de preferência 800 g, com mais preferência 1300 g e, com mais preferên-
cia ainda, 1800 g.
9. Ração, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada por ter uma firmeza de ao menos 1 g, de preferência 3 g e, com mais preferência, 5 g.
10. Ração, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizada por ter uma Tgel de mais de 30°C.
11. Método para preparo de uma ração para insetos, caracte- rizado por compreender as etapas de: i. fornecer uma mistura gelificante tendo uma temperatura de gelificação em água, sendo que a dita mistura compreende um primeiro polissacarídeo e um segundo polissacarídeo, - sendo que o primeiro polissacarídeo é goma de cássia, go- ma de coniaco e/ou goma de alfarrobeira, - sendo que o segundo polissacarídeo é diferente do primeiro polissacarídeo, ii. adicionar a mistura gelificante e misturar, preferencialmente sob temperaturas elevadas, a fim de obter uma mistura aquosa tendo uma temperatura de gelificação; iii. manter a mistura aquosa acima da temperatura de gelifica- ção, a fim de evitar a formação de um gel; iv. resfriar a mistura aquosa para obter uma ração para in- setos; v. opcionalmente, reduzir a fragmentos a ração para insetos.
12. Método para alimentar insetos, caracterizado por com- preender fornecer aos insetos a ração como definida nas reivindica- ções 1 a 10, ou a ração preparada por meio do método como definido na reivindicação 11.
13. Uso da ração para insetos como definida nas reivindica- ções 1 a 10, ou da ração preparada por meio do método como definido na reivindicação 11, sendo o uso caracterizado por alimentar insetos.
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