BR112020013405A2 - polimerossomas compreendendo um antígeno encapsulado solúvel, assim como métodos de sua fabricação e uso - Google Patents

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Abstract

A presente invenção refere-se aos polimerossomas compreendendo um antígeno encapsulado solúvel, em que o dito antígeno encapsulado solúvel é selecionado do grupo que consiste em: um polipeptídeo, um carboidrato, um polinucleotídeo e suas combinações. A presente invenção refere-se ainda a um método para a produção de antígenos encapsulados em um polimerossoma, assim como a polimerossomas produzidos pelo dito método. A presente invenção refere-se ainda às composições compreendendo um polimerossoma da presente invenção, células apresentadoras de antígeno isoladas ou células de hibridoma expostas ao polimerossoma ou à composição da presente invenção. A presente invenção também se refere às vacinas compreendendo polimerossomas da presente invenção, métodos para obter uma resposta imune ou métodos para tratamento, melhora, profilaxia ou diagnóstico de um câncer, doença auto-imune ou infecciosa, que compreende o fornecimento de polimerossomas da presente invenção.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "POLI- MEROSSOMAS COMPREENDENDO UM ANTÍGENO ENCAPSULA- DO SOLÚVEL, ASSIM COMO MÉTODOS DE SUA FABRICAÇÃO E USO". Referência Cruzada aos Pedidos Relacionados
[0001] Este pedido reivindica o benefício da prioridade do pedido de patente européia no. 18153348.0 depositado em 25 de janeiro de 2018, cujos conteúdos são no presente documento incorporados por referência na sua totalidade para todos os propósitos. Listagem de Sequências
[0002] Este pedido contém uma Listagem de Sequências em for- mato legível por computador, que é no presente documento incorpora- da por referência. Campo Técnico
[0003] A presente invenção refere-se aos polimerossomas, inclu- indo polimerossomas estáveis à oxidação, compreendendo um antíge- no encapsulado solúvel ou solubilizado, em que dito antígeno encap- sulado solúvel ou solubilizado é selecionado do grupo que consiste em: um polipeptídeo, um carboidrato, um polinucleotídeo, assim como suas combinações. Antecedentes da Invenção
[0004] Embora a imunização seja um processo bem estabelecido, existem diferenças no nível de resposta desencadeado entre diferen- tes imunógenos ou antígenos. Por exemplo, as proteínas da membra- na formam uma classe de antígenos que produzem um baixo nível de resposta, o que, por sua vez, significa que grandes quantidades de proteínas da membrana são requeridas para gerar ou provocar uma resposta imune no nível desejado. As proteínas da membrana são no- toriamente difíceis de sintetizar e são insolúveis em água sem a pre- sença de um detergente. Isto torna caro e difícil obter proteínas da membrana em quantidade suficiente para imunização. Além disso, as proteínas da membrana requerem dobragem apropriada para funcio- nar corretamente. A imunogenicidade de proteínas da membrana nati- va corretamente dobradas é tipicamente muito melhor do que aquela das suas formas solubilizadas, as quais não podem não ser dobradas de maneira fisiologicamente relevante. Assim, embora adjuvantes pos- sam ser usados para aumentar a imunogenicidade de tais antígenos solubilizados, é um método ineficiente que não fornece muitas vanta- gens (por exemplo, WO2014/077781A1).
[0005] Embora as células transfectada e os sistemas baseados em lipídios tenham sido usados para apresentar antígenos de proteína da membrana para aumentar as chances de isolar anticorpos que podem ser eficientes in vivo, esses sistemas são frequentemente instáveis (por exemplo, sensíveis à oxidação), tediosos e dispendiosos. Além do mais, o estado da técnica atual para esses antígenos de proteína da membrana é usar partículas similares a vírus inativas para imunização.
[0006] Por outro lado, as vacinas são a maneira mais eficiente de prevenir doenças, principalmente doenças infecciosas [por exemplo, Liu et a/., 2016]. Atualmente, a maioria das vacinas licenciadas é pro- duzida a partir de vírus vivos ou mortos. Apesar de sua eficácia na ge- ração de uma resposta humoral (uma resposta mediada por anticor- pos) para impedir a propagação viral e a entrada nas células, a segu- rança de tais vacinas continua sendo uma preocupação. Nas últimas décadas, os avanços científicos ajudaram a superar esses problemas ao projetar vetores de vacina que são vírus recombinantes não repli- cantes. Paralelamente, antígenos baseados em proteína ou antígenos de subunidades são explorados como alternativas mais seguras. No entanto, essas vacinas à base de proteínas geralmente provocam bai- xa imunidade (resposta tanto humoral quanto celular). Para melhorar as propriedades imunogênicas dos antígenos, várias abordagens fo-
ram usadas.
Por exemplo, a microencapsulação de antígenos em po- límeros tem sido investigada extensivamente, embora o aumento da imunogenicidade, agregação e desnaturação de antígenos permaneça sem solução [por exemplo, Hilbert et a/., 1999]. Além disso, adjuvantes (por exemplo, emulsões de óleo em água ou emulsões de polímeros) [por exemplo, US9636397B2, US2015/0044242 A1] são usados jun- tamente com antígenos para provocar uma resposta humoral e celular mais pronunciada.
Apesar desses avanços, eles são menos eficientes na captação e na apresentação cruzada.
Para promover a apresenta- ção cruzada, com base nas informações disponíveis do sistema imu- nológico durante a infecção por vírus, partículas similares a vírus que imitam essas propriedades têm sido exploradas.
Arquiteturas sintéticas tais como lipossomos com antígenos encapsulados são particularmen- te atraentes.
Os lipossomas são estruturas de automontagem unilame- lares feitas de lipídios e os lipossomas catiônicos são mais atraentes e promissores como veículos de liberação devido à sua captação efici- ente por células apresentadoras de antígeno (APCs) [por exemplo, Maji et a/., 2016]. Além disso, permite integrar imunomoduladores tais como o monofosforil lipídico A (MPL), o oligodesoxinucleotídeo CpG, que são agonistas do receptor do tipo Toll (TLR) que estimulam as cé- lulas imunes através dos receptores.
Apesar dessas oportunidades de tais veículos de liberação, um dos fatores limitativos é a estabilidade dos lipossomas na presença de componentes séricos.
Por PEGIila- ções, carregando com lipídios de alta temperatura de fusão, as ques- tões de estabilidade dos lipossomas são um pouco reduzidas e um exemplo bem especificado sendo as vesículas multilamelares reticula- das intercaladas (ICMVs), formadas pela estabilização de vesículas multilamelares com reticulações covalentes curtas que ligam lipídios [por exemplo, Moon et al., 2011]. Outras arquiteturas de nanopartícu- las levaram a imunizações bem sucedidas usando nanodiscos [por exemplo, Kuai et a/., 2017] ou partículas sensíveis ao pH [por exemplo, Luo et al., 2017]. Mas tais estratégias ainda requerem adjuvantes ou não são tão eficientes fora dos modelos prototípicos de ovalbumina (OVA).
[0007] Além disso, os polimerossomas oferecem uma alternativa estável para os lipossomos e eles têm sido usados para integrar prote- Íínas da membrana para estimular a resposta imune [por exemplo, Quer et al., 2011, WO2014/077781A1]. Os antígenos protéicos tam- bém foram encapsulados em uma membrana quimicamente alterada do polimerossoma (no entanto, membranas sensíveis à oxidação) para liberar antígenos e adjuvantes para células dendríticas [por exemplo, Stano et al., 2013].
[0008] Apesar deste progresso feito pelo uso de polímeros, conti- nua a existir uma necessidade em fornecer captação eficiente e veícu- los de liberação tendo apresentação cruzada estável e métodos que superem, ou pelo menos, aliviem os problemas acima, assim como possuam uma funcionalidade melhorada, inter alia, pelo fato de que eles também são capazes de provocar uma resposta imune mediada por células T CD86), que é particularmente importante no tratamento e/ou prevenção de doenças infecciosas, cânceres e doenças autoimu- nes. Sumário da Invenção
[0009] A presente invenção refere-se a polimerossomas incluindo polimerossomas estáveis à oxidação (como veículos eficientes de cap- tação e liberação estável de apresentação cruzada) compreendendo um antígeno encapsulado solúvel, em que dito antígeno encapsulado solúvel é selecionado do grupo que consiste em: um polipeptídeo, um carboidrato, um polinucleotídeo e suas combinações. A presente in- venção refere-se ainda a um método para a produção de antígenos encapsulados em um polimerossoma assim como a polimerossomas produzidos pelo referido método. A presente invenção refere-se ainda a composições compreendendo polimerossomas da presente inven- ção, células apresentadoras de antígeno isoladas e células de hibri- doma expostas a polimerossomas ou composições da presente inven- ção. A presente invenção também se refere a vacinas compreendendo polimerossomas da presente invenção, métodos para obter uma res- posta imune ou métodos para tratamento, melhora, profilaxia ou diag- nóstico de cânceres, doenças autoimunes ou infecciosas, tais métodos compreendendo o fornecimento de polimerossomas da presente in- venção a indivíduos com sua necessidade.
[0010] A invenção também se refere ao uso de um polimerossoma tendo um diâmetro ao redor de 120 nm ou 140 nm ou mais, compre- endendo um antígeno encapsulado solúvel, em que dito antígeno en- capsulado solúvel é selecionado do grupo que consiste em: i) um polipeptídeo; ii) um carboidrato; iii) um polinucleotídeo, de preferência referido polinucleotídeo não é um oligonucleotídeo antissentido, ainda mais preferivelmente dito poli- nucleotídeo é uma molécula de DNA ou mRNA, ou iv) uma combinação de i) e/ou ii) e/ou iii), para provocar uma resposta imune.
[0011] O uso de uma coleção de polimerossomas tendo um diâà- metro médio ao redor de 120 nm, ou 140 nm ou mais, os polimeros- somas da coleção compreendendo um antígeno encapsulado solúvel, em que o referido antígeno encapsulado solúvel é selecionado a partir do grupo que consiste em: i) um polipeptídeo; ii) um carboidrato;
iii) um polinucleotídeo, de preferência dito polinucleotídeo não é um oligonucleotídeo antissentido, ainda mais preferivelmente dito polinu- cleotídeo é uma molécula de DNA ou mRNA, ou iv) uma combinação de i) e/ou ii) e/ou iii), para provocar uma resposta imune.
[0012] Além disso, no curso da presente invenção, observou-se que o fornecimento dos polimerossomas da presente invenção permite que os antígenos solúveis (ou solubilizados) encapsulados (em ditos polimerossomas) produzam uma resposta imune humoral mais forte (em comparação com os antígenos livres com ou sem adjuvantes), assim como provoquem uma resposta imune mediada por células T CD8*). Consequentemente, um aumento na eficiência da produção de anticorpos em um indivíduo é alcançado. O aumento na eficiência po- de ser alcançado com ou sem o uso de adjuvantes. Além disso, a ca- pacidade dos polimerossomas da presente invenção em provocar uma resposta imune mediada por células T CD8*) aumenta drasticamente seu potencial como um sistema imunoterapêutico de liberação e apre- sentação de antígenos.
[0013] Por causa dos antígenos solúveis (por exemplo, solubiliza- dos) encapsulados apresentados por polimerossomas, os anticorpos produzidos pelo uso de polimerossomas e os métodos da presente invenção não apenas possuiriam uma maior taxa de sucesso de pro- dução e uma maior afinidade com relação aos seus alvos in vitro ou in vivo correspondentes e, consequentemente, sensibilidade melhorada quando usados em várias aplicações de anticorpos baseadas em so- lução, mas também tornariam possível aumentar facilmente anticorpos contra antígenos difíceis, incapazes de desencadear a produção de anticorpos por métodos convencionais, usando injeções de antígenos livres e/ou diminuir a quantidade de antígeno necessária para esse procedimento de produção de anticorpos, diminuindo assim o custo dessa produção. Além disso, antígenos encapsulados solúveis (por exemplo, solubilizados) apresentados pelos polimerossomas da pre- sente invenção também são capazes de provocar uma resposta imune mediada por células T CD8, que prolonga o uso de polimerossomas correspondentes para imunidade mediada por células e, portanto, me- lhora seu potencial de liberação e apresentação de imunoterapêuticos e antígenos.
[0014] Portanto, o presente pedido satisfaz essa demanda através da provisão de polimerossomas estáveis à oxidação que melhoram as propriedades imunogênicas dos antígenos, métodos para sua produ- ção e composições compreendendo tais polimerossomas, descritos mais abaixo, especificados nas reivindicações e ilustrados pelos Exemplos e Figuras anexos. Visão Geral da Listagem de Sequências
[0015] Como descrito nesta invenção, são feitas referências aos Números de Acesso UniProtKB (http://www.uniprot.org/, por exemplo, como disponível no UniProtKB Release 2017 12).
[0016] A SEQ ID NO: 1 é a sequência de aminoácido do polipeptí- deo neoantígeno tumoral Reps1 P45A, derivado do modelo de camun- dongo MC-38 de câncer de cólon.
[0017] A SEQ ID NO: 2 é a sequência de aminoácido do peptídeo neoantígeno tumoral Adpgk R304M derivado do modelo de camun- dongo MC-38 de câncer de cólon.
[0018] A SEQ ID NO: 3 é a sequência de aminoácido do peptídeo neoantígeno tumoral Dpagt1 V213L derivado do modelo de camun- dongo MC-38 de câncer de cólon.
[0019] A SEQ ID NO: 4 é a sequência de aminoácido do Ovalbu- mina de galinha (OVA), Número de Acesso UniProtKB: P01012.
[0020] A SEQ ID NO: 5 é a sequência de aminoácido da hemaglu- tinina do vírus da influenza A (A/New York/38/2016(H1N1)), Número de Acesso UniProtKB: ADA192ZYKO0.
[0021] A SEQ ID NO: 6 é a sequência de aminoácido da hemaglu- tinina do vírus da influenza A (A/suíno/4/México/2009(H1N1)), Número de Acesso UniProtKB: D2CE65.
[0022] A SEQ ID NO: 7 é a sequência de aminoácidos da hema- glutinina do vírus da influenza A (A/Porto rico/8/1934(H1N1)).
[0023] A SEQ ID NO: 8 é a sequência de aminoácido da hemaglu- tinina do vírus da influenza A (A/Califórnia/07/2009(H1N1)).
[0024] A SEQ ID NO: 9 é a sequência de aminoácido do polipeptí- deo de neoantígeno tumoral CD8 Trp2 173-196, derivada do modelo de camundongo B16-F10 de melanoma.
[0025] A SEQ ID NO: 10 é a sequência de aminoácido do polipep- tídeo de neoantígeno tumoral CD4 M30 Kifi8b K739N derivada do modelo de camundongo B16-F10 de melanoma.
[0026] A SEQ ID NO: 11 é a sequência de aminoácido do polipep- tídeo de neoantígeno tumoral CD4 M44 Cpsf3l D314N derivada do modelo de camundongo B16-F10 de melanoma.
[0027] A SEQ ID NO: 12 é a sequência de aminoácido da parte solúvel (resíduos de aminoácido 19 a 1327) da proteína Spike do vírus da diarréia epidêmica suína (PEDv) (proteína S) (número de acesso UniProtKB: V5TA78).
[0028] A SEQ ID NO: 13 é a sequência de aminoácido da região S1 (resíduos de aminoácido 19 a 739) da proteína Spike do PEDv (proteína S).
[0029] A SEQ ID NO: 14 é a sequência de aminoácido da região S2 (resíduos de aminoácido 739 a 1327) da proteína Spike do PEDv (proteína S).
[0030] A SEQ ID NO: 15 é a sequência de aminoácido da proteína verde fluorescente intensificada (eGFP). Breve Descrição dos Desenhos
[0031] A Figura 1 mostra uma vista esquemática da imunização com um polimerossoma da presente invenção que envolve os antíge- nos e mede as respostas humorais e celulares.
[0032] A Figura 2 mostra os resultados da dispersão dinâmica da luz com relação ao polimerossoma da invenção. A Fig. 2A mostra um gráfico da dispersão dinâmica da luz de polimerossomas de encapsu- lamento de OVA com uma população monodispersa de 173,1 nm (di- âmetro). A Fig. 2B mostra uma tabela de diâmetro médio (média Z) medido pela DLS com relação aos diferentes polimerossomas encap- sulados com diferentes antígenos.
[0033] A Figura 3 mostra um perfil de eluição do polimerossomas de encapsulamento de OVA em uma cromatografia de exclusão por tamanho.
[0034] A Figura 4 mostra a eletroforese em gel de dodecilsulfato de sódio-poliacrilamida (SDS-PAGE) dos polimerossomas de encapsu- lamento de OVA.
[0035] A Figura 5 mostra os resultados do encapsulamento de um ácido nucleico (no presente documento o gene codificador da proteína verde fluorescente intensificada (eGFP) nos polimerossomas da in- venção e a captação dos polímeros com o ácido nucleico encapsulado nas células. A Fig. SA mostra a captação da intensidade de fluores- cência de diferentes polimerossomas dentro das células e a expressão de eGFP com base no DNA encapsulado nos polimerossomas, en- quanto que as Fig. 5B e Fig.5C mostram imagens de fluorescência das células que são transfectada com polimerossomas encapsulados em DNA.
[0036] A Figura 6 mostra os títulos de anticorpos dos soros de ca- mundongos que foram imunizados com PBS, OVA isoladamente, OVA com adjuvante SAS, polimerossomas de encapsulamento de OVA sem adjuvantes. Somente a OVA encapsulada por ACM (no presente do-
cumento após "ACM" refere-se a um polimerossoma da presente in- venção) foi capaz de induzir um título de IgG.
[0037] A Figura 7 mostra os títulos de anticorpos dos soros de ca- mundongos que foram imunizados com PBS, HA isoladamente e poli- merossomas de encapsulamento de HA sem adjuvantes. Somente o HA encapsulado por ACM (polimerossoma da presente invenção) foi capaz de induzir um título de IgG.
[0038] A Figura 8 mostra resultados para um modelo de tumor de camundongo MC-38. O volume do tumor foi monitorado em camun- dongos imunizados com peptídeos livres (círculo aberto), peptídeos encapsulados em ACM (quadrado fechado, polimerossomas da pre- sente invenção) ou com peptídeos encapsulados em ACM juntamente com um tratamento com anticorpo anti-PD1 (triângulo fechado). O de- senvolvimento do tumor foi alterado por peptídeos encapsulados em ACM (polimerossomas da presente invenção) além de peptídeos |i- vres, o que é ainda potenciado pela adição do anticorpo anti-PD1. Ne- nhum adjuvante foi adicionado em qualquer um dos grupos.
[0039] A Figura 9 mostra títulos de anticorpos IgG e neutralização de vírus (contra a cepa de PEDv USA/Colorado/2013 (CO/13)) de so- ros de camundongos que foram imunizados com PBS e com um frag- mento solúvel da proteína PEDv S que foi encapsulado em um polime- rossoma como no presente documento usado ("Polimerossomas en- capsulados com proteína SPIKE") e, em comparação, apenas com o vírus PED neutralizado ("Killed PEDy") e polimerossomas em ACM apenas (isto é, sem nenhum antígeno, "somente polimerossomas"). À partir do título de IgG da Fig. 9, fica evidente que tanto o fragmento encapsulado por ACM da proteína PEDv S quanto o vírus neutralizado induzem títulos de IgG. Os dados de neutralização do vírus mostram que apenas a proteína PEDv S encapsulada por ACM resulta em um título de neutralização significativo, enquanto que o vírus com um con-
trole negativo (polimerossomas em ACM sem qualquer antígeno) e o vírus PED neutralizado apresentam neutralização desprezível.
[0040] A Figura 10 mostra os dados de neutralização do vírus (contra a cepa PEDv USA/Colorado/2013 (CO/13)) de soros gerados em camundongos após a imunização com PBS e diferentes polime- rossomas (por exemplo, BD21 (como definido posteriormente), PDMSa6-PEO37 (marcado na figura exatamente como “PDMS”), PDMS6s-PEO37 com DSPE-PEG (distearoilfosfatidiletanolamina [DSPE] polietileno glicol) como lipídeo adicionado, polietileno glicol- ácido polilático (PLA-PEG) com lipídios adicionados de Asolectina (fos- folipídios comercialmente disponíveis da soja) que envolve a proteína Spike PED solúvel de comprimento total (no caso de “BD21 com prote- ína S solúvel”) ou um fragmento S1 ou S2 destes (em todos os outros casos). A partir da Fig. 10, fica evidente que os grupos de camundon- gos imunizados com amostra de PBS não apresentam qualquer neu- tralização do vírus, enquanto que todas as formulações de polimeros- soma apresentam grau variável de neutralização do vírus independen- temente de encapsularem a proteína completa ou um fragmento da mesma.
[0041] A Figura 11 mostra títulos de anticorpos IgA de suínos imu- nizados por via oral com proteína PEDv S encapsulada por ACM sem o uso de adjuvantes. Os títulos são de mechas fecais. Como visto na Fig. 11, os títulos aumentam ao longo do tempo, mostrando que os polimerossomas administrados por via oral da invenção com a proteí- na PEDv S encapsulada por eles, são capazes de provocar uma res- posta imune nos suínos.
[0042] A Figura 12 mostra uma representação esquemática da proteína Spike do vírus da diarréia epidêmica suína (PEDv) (proteína S) (número de acesso UniProtKB: V5TA7T8) e dos fragmentos solúveis da SEQ ID NO: 12 (resíduos de aminoácido 19 a 1327), SEQ ID NO:
13 (resíduos de aminoácido 19 a 739) e SEQ ID NO: 14 (resíduos de aminoácido 739 a 1327) que foram usados para o encapsulamento da proteína S solúvel em polimerossomas e subsequente imuniza- ção/vacinação de camundongos e porcos como no presente documen- to descrito.
Descrição Detalhada da Invenção
[0043] A seguinte descrição detalhada se refere aos Exemplos e Figuras anexos que mostram, por meio de ilustração, detalhes e mo- dalidades específicos, nos quais a invenção pode ser praticada. Essas modalidades são descritas com detalhes suficientes para permitir que aqueles versados na técnica pratiquem a invenção. Outras modalida- des podem ser usadas de tal modo que alterações estruturais, lógicas e ecléticas possam ser feitas sem se afastar do escopo da invenção. Vários aspectos da presente invenção no presente documento descri- tos não são necessariamente mutuamente exclusivos, visto que os as- pectos da presente invenção podem ser combinados com um ou mais outros aspectos para formar novas modalidades da presente invenção.
[0044] No presente contexto, os polimerossomas são vesículas com uma membrana polimérica, que são tipicamente, mas não neces- sariamente, formadas a partir da automontagem de soluções diluídas de um ou mais copolímeros de blocos anfifílicos, que podem ser de diferentes tipos, tais como dibloco e tribloco (A-B-A ou A-B-C). Os po- limerossomas da presente invenção também podem ser formados por copolímeros tetra-bloco ou penta-bloco. Para copolímeros de três blo- cos, o bloco central é frequentemente protegido do meio ambiente por seus blocos de flanqueamento, enquanto que os copolímeros de dois blocos se autoagrupam em bicamadas, colocando dois blocos hidrofó- bicos de lado a lado, com o mesmo efeito. Na maioria dos casos, a membrana vesicular possui uma camada média insolúvel e camadas externas solúveis. A força motriz para a formação de polimerossomas por automontagem é considerada a separação em microfases dos blo- cos insolúveis, os quais tendem a se associar de modo a se protege- rem do contato com a água. Os polimerossomas da presente invenção possuem propriedades notáveis devido ao grande peso molecular dos copolímeros constituintes. A formação de vesículas é favorecida após um aumento no peso molecular total dos copolímeros de bloco. Como uma consequência, a difusão dos anfifilos (poliméricos) nessas vesícu- las é muito baixa em comparação com as vesículas formadas por lipí- dios e tensoativos. Devido a essa menor mobilidade das cadeias poli- méricas agregadas na estrutura das vesículas, é possível obter morfo- logias de polimerossomas estáveis. A não ser que expressamente mencionada de outra maneira, os termos "polimerossoma" e "vesícu- la", como no presente documento usados, são considerados análogos e podem ser usados de modo trocável. Com importância, um polime- rossoma da invenção pode ser formado a partir de um tipo de copolí- mero em bloco ou de dois ou mais tipos de copolímeros em bloco, o que significa que um polimerossoma também pode ser formado a par- tir de uma mistura de polimerossomas e, portanto, pode conter dois ou mais copolímeros de bloco. Em alguns aspectos, o polimerossoma da presente invenção é estável à oxidação.
[0045] Em alguns aspectos, a presente invenção refere-se a um método para obter uma resposta imune a um antígeno encapsulado solúvel (por exemplo, solubilizado) em um indivíduo. O método é ade- quado para injetar no indivíduo uma composição compreendendo um polimerossoma (por exemplo, catalisador ou veículo) tendo uma mem- brana (por exemplo, membrana circunferencial) de um polímero anfifí- lico. A composição compreende um antígeno solúvel (por exemplo, solubilizado) encapsulado pela membrana (por exemplo, membrana circunferencial) do polímero anfifílico do polimerossoma da presente invenção. O antígeno pode ser um ou mais dos seguintes: i) um poli-
peptídeo; ii) um carboidrato; iii) um polinucleotídeo (por exemplo, dito polinucleotídeo não é um oligonucleotídeo antissentido, de preferência o dito polinucleotídeo é uma molécula de DNA ou RNA mensageiro (MRNA)) ou uma combinação de i) e/ou ii) e/ou iii).
[0046] Em alguns aspectos adicionais, a presente invenção refere- se aos polimerossomas capazes de provocar uma resposta imune mediada por células T CD8(+).
[0047] Em alguns aspectos, a presente invenção refere-se aos po- limerossomas capazes de direcionar macrófagos residentes em linfo- nodos e/ou células B. Mecanismos de direcionamento não limitativos exemplares previstos pela presente invenção incluem: i) liberação de antígenos encapsulados (por exemplo, polipeptídeos, etc.) nas células dendríticas (DCs) para ativação de células T (CD4 e/ou CD8). Outro é: ii) liberação de antígenos dobrados inteiros (por exemplo, proteínas, etc.) que serão encaminhados para DC e também acionarão um título (células B).
[0048] Em alguns aspectos, a presente invenção refere-se aos po- limerossomas que revestem um antígeno selecionado de um grupo que consiste em: i) um autoantígeno, ii) um não autoantígeno, iii) um não autoimunógeno e iv) um autoimunógeno. Consequentemente, os produtos e métodos da presente invenção são adequados para uso em configurações (por exemplo, configurações clínicas) de tolerância induzida, por exemplo, quando se trata de uma doença autoimune.
[0049] Em alguns aspectos, a presente invenção refere-se aos po- limerossomas da presente invenção compreendendo um polímero lipí- dico.
[0050] Os polimerossomas da presente invenção também podem ter coencapsulado (isto é, encapsulado além do antígeno) um ou mais adjuvantes. Exemplos de adjuvantes incluem oligodesoxinucleotídeos sintéticos (ODNs) contendo motivos CpG não metilados que podem ativar células que expressam o receptor tipo Toll 9 (incluindo células dendríticas plasmocitóides humanas e células B) para preparar uma resposta imune inata especificada pela produção de citocinas Th1 e pró-inflamatórias, citocinas como Interleucina-1, Interleucina-2 ou Inter- leucina-12, hemocianina de lapa (KLH), albumina sérica, tiroglobulina bovina ou inibidor de tripsina de soja, para citar apenas alguns exem- plos ilustrativos.
[0051] Os polimerossomas da presente invenção podem ter qual- quer tamanho, contanto que os polimerossomas sejam capazes de provocar uma resposta imune. Por exemplo, os polimerossomas po- dem ter um diâmetro maior do que 70 nm. O diâmetro dos polimeros- somas pode variar de cerca de 100 nm a cerca de 1 um, ou de cerca de 100 nm a cerca de 750 nm ou de cerca de 100 nm a cerca de 500 nm. O diâmetro do polimerossoma pode ainda variar de cerca de 125 nm a cerca de 175 nm ou de cerca de 125 nm a cerca de 250 nm, de cerca de 140 nm a cerca de 240 nm, de cerca de 150 nm a cerca de 235 nm, de cerca de 170 nm a cerca de 230 nm ou de cerca de 220 nm a cerca de 180 nm ou de cerca de 190 nm a cerca de 210 nm. O diâmetro dos polimerossomas pode, por exemplo, estar ao redor de 200 nm; ao redor de 205 nm ou ao redor de 210 nm. Quando usada como uma coleção para obter uma resposta imune, a coleção de poli- merossomas é tipicamente uma população monodispersa. O diâmetro médio da coleção/população usada de polimerossomas está tipica- mente acima de 70 nm ou acima de 120 nm ou acima de 125 nm ou acima de 130 nm ou acima de 140 nm ou acima de 150 nm ou acima de 160 nm ou acima de 170 nm ou acima de 180 nm ou acima de 190 nm (cf. também a Fig. 2 a esse respeito). O diâmetro médio da coleção de polimerossomas também pode, por exemplo, estar na faixa dos po- limerossomas mencionados acima, o que significa que o diâmetro mé- dio da coleção de polimerossomas pode estar na faixa de 100 nm a cerca de 1 um ou na faixa de cerca de 100 nm a cerca de 750 nm, ou na faixa de cerca de 100 nm a cerca de 500 nm, ou na faixa de cerca de 125 nm a cerca de 250 nm, de cerca de 140 nm a cerca de 240 nm, de cerca de 150 nm a cerca de 235 nm, de cerca de 170 nm a cerca de 230 nm ou de cerca de 220 nm a cerca de 180 nm, ou de cerca de 190 nm a cerca de 210 nm. O diâmetro médio da coleção de polime- rossomas também pode, por exemplo, estar ao redor de 200 nm; ao redor de 205 nm ou ao redor de 210 nm. O diâmetro pode, por exem- plo, ser determinado por um instrumento de dispersão dinâmica da luz (DLS) usando a média Z (d, nm), um parâmetro da DLS preferido. O tamanho médio Z é o diâmetro médio da partícula harmônica pondera- da pela intensidade (cf. Exemplos 1 e 2). Neste contexto, note-se que, de acordo com a Patente US 8.323.696 de Hubbel et al, uma coleção de polimerossomas deve ter um diâmetro médio de menos do que 70 nm para ser capaz de provocar uma resposta imune. Da mesma for- ma, Stano et al., supra, 2013, ao querer usar polimerossoma menor, usaram, devido às restrições técnicas, polimerossomas tendo diâmetro de 125 nm +/- 15 nm para obter uma resposta imune. Assim, é surpre- endente que uma população/coleção de polimerossomas da presente invenção com um diâmetro médio de, por exemplo, mais do que 150 nm, seja capaz de induzir uma resposta imune tanto celular quanto humoral (cf. seção de Exemplo). Uma tal coleção de polimerossomas pode estar em uma forma adequada para provocar uma resposta imu- ne, por exemplo, através de injeção ou administração oral.
[0052] Em alguns aspectos, a presente invenção refere-se a com- posições da presente invenção adequadas para injeção intradérmica, intraperitoneal, subcutânea, intravenosa ou intramuscular ou adminis- tração não invasiva de um antígeno da presente invenção, por exem- plo, administração oral ou administração nasal. A composição pode incluir um polimerossoma (por exemplo, veículo) da presente invenção tendo uma membrana (por exemplo, membrana circunferencial) de um polímero anfifílico. A composição inclui ainda um antígeno solúvel (por exemplo, solubilizado) encapsulado pela membrana do polímero anfifí- lico do polimerossoma. As composições da presente invenção podem ser usadas para fins terapêuticos (por exemplo, tratamento de um indi- víduo que sofre de uma doença ou para impedir que sofra de uma do- ença, por exemplo, por meio de vacinação) ou podem ser usadas na descoberta de anticorpos, na descoberta de vacinas ou na liberação direcionada.
[0053] Em alguns aspectos, os polimerossomas da presente in- venção possuem grupos de hidroxila em sua superfície. Em alguns outros aspectos, os polimerossomas da presente invenção não possu- em grupos de hidroxila em sua superfície.
[0054] No presente contexto, o termo "encapsulado" significa con- finado por uma membrana (por exemplo, membrana do polimerosso- ma da presente invenção, por exemplo, incorporado dentro do lúmen do referido polimerossoma). Com referência a um antígeno, o termo "encapsulado" significa ainda que o referido antígeno nem é integrado nem covalentemente ligado nem conjugado com dita membrana (por exemplo, de um polimerossoma da presente invenção). Com referên- cia à compartimentalização da estrutura vesicular do polímero, como no presente documento descrito, o termo "encapsulado" significa que a vesícula interna está completamente contida dentro da vesícula exter- na e é cercada pela membrana vesicular da vesícula externa. O espa- ço confinado cercado pela membrana vesicular da vesícula externa forma um compartimento. O espaço confinado cercado pela membra- na vesicular da vesícula interna forma outro compartimento.
[0055] No presente contexto, o termo "antígeno" significa qualquer substância que possa estar especificamente ligada por componentes do sistema imunológico. Apenas antígenos que são capazes de provo-
car (ou evocar ou induzir) uma resposta imune são considerados imu- nogênicos e são chamados de "imunógenos". Antígenos não limitati- vos exemplares são polipeptídeos derivados de uma parte solúvel de proteínas, polipeptídeos hidrofóbicos tornados solúveis para encapsu- lamento, assim como polipeptídeos agregados que são solúveis como agregados. O antígeno pode se originar de dentro do corpo ("autoantí- geno") ou do ambiente externo ("não próprio").
[0056] As proteínas de membrana formam uma classe de antíge- nos que normalmente produzem um baixo nível de resposta imune. De interesse específico, as proteínas de membrana (MPs) solúveis (por exemplo, solubilizadas) e os peptídeos associados à membrana (MAPs) e fragmentos (por exemplo, partes) dos mesmos (por exemplo, os antígenos no presente documento mencionados) são encapsulados por um polimerossoma, o qual pode permitir ser dobrado de uma ma- neira fisiologicamente relevante. Isso aumenta muito a imunogenicida- de de tais antígenos, de modo que, quando comparado aos antígenos livres, uma quantidade menor do antígeno correspondente pode ser usada para produzir o mesmo nível de resposta imune. Além disso, o tamanho maior dos polimerossomas (em comparação com as proteí- nas da membrana livres) permite que sejam detectados pelo sistema imunológico mais facilmente.
[0057] No presente contexto, o termo "peptídeo B16" refere-se a qualquer polipeptídeo neoantígeno derivado do modelo espontâneo de melanoma B16 derivado de C57BL/6 (por exemplo, modelo de camun- dongo B16-F10 de melanoma). Seus exemplos não limitativos incluem os peptídeos das SEQ ID NOs: 9, 10 e 11.
[0058] No presente contexto, o termo "peptídeo MC38" refere-se a qualquer polipeptídeo neoantígeno derivado do modelo de camundon- go MC38 de câncer de cólon. Exemplos não limitativos dos mesmos incluem os peptídeos das SEQ ID NOs: 1,2 e3.
[0059] No presente contexto, o termo "hemaglutinina da influenza (HA)" refere-se a uma glicoproteína encontrada na superfície dos vírus da influenza. A HA possui pelo menos 18 antígenos diferentes, todos dentro do escopo da presente invenção. Esses subtipos são nomea- dos de H1 a H18. Exemplos não limitativos de "hemaglutinina da influ- enza (HA)" subtipo H1 incluem os polipeptídeos das SEQ ID NOs: 5, 6, 7eê.
[0060] No presente contexto, o termo "hemaglutinina da gripe suí- na (HA)" refere-se a uma glicoproteína encontrada na superfície dos vírus da gripe suína, que é uma família de vírus da gripe endêmica em porcos. Exemplos não limitativos de "Hemaglutinina da gripe suína (HA)" incluem o subtipo H1 da SEQ ID NO: 6.
[0061] No presente contexto, o termo "Proteína PEDv S" refere-se à glicoproteína SPIKE presente na superfície do vírus da diarréia epi- dêmica suína (PEDV), que é uma família de coronavírus em porcos. Exemplos não limitativos de "Proteína PEDv S" solúvel, como pode ser usada na presente invenção, incluem todo o fragmento solúvel que consiste na região S1 e S2 tendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 12, o fragmento solúvel da região S1 da SEQ ID NO: 13, ou o fragmento solúvel da região S2 da SEQ ID NO: 14, da proteína Spike do vírus da diarréia epidêmica suína (PEDv) (proteína S) (número de acesso UniProtKB: V5TA7T8). É claro que também é possível usar fra- gmentos mais curtos de todo o fragmento solúvel da região S1 e S2 ou de cada uma das regiões S1 ou S2 (cf. Fig. 12 a esse respeito). É cla- ro que também é possível usar nos polimerossomas da presente in- venção um fragmento que contém parte do S1 e parte do S2, ditos, por exemplo, aminoácidos 500 a 939 da sequência depositada da proteína Spike. Também é no presente documento observado que um polime- rossoma da presente invenção pode ter encapsulado um ou mais fra- gmentos solúveis diferentes da proteína Spike, por exemplo, a região
S1, a região S2 e/ou toda a região S1 e S2. Nas modalidades ilustrati- vas de um polimerossoma da invenção, ele encapsulou nesse particu- lar um tipo de fragmentos solúveis (por exemplo, apenas a região S1), dois tipos diferentes de fragmentos solúveis (por exemplo, as regiões S1 e S2), três tipos diferentes de fragmentos solúveis (a região S1, a região S2 e todo o fragmento solúvel de S1 e S2 da SEQ ID NO: 12 (resíduos de aminoácido 19 a 1327)) ou mesmo quatro tipos diferentes de fragmentos (por exemplo, a região S1, a região S2, todo o fragmen- to solúvel de S1 e S2 da SEQ ID NO: 12 (resíduos de aminoácido 19 a 1327) e como quarto tipo, o fragmento acima mencionado que contém parte do S1 e parte do S2, ditos, por exemplo, aminoácidos 500 a 939 da sequência de proteína Spike). Também é no presente documento observado que um polimerossoma da presente invenção que contém um ou mais fragmentos solúveis diferentes da proteína Spike é usado em uma modalidade preferida como vacina oral contra o vírus da diar- réia epidêmica suína.
[0062] No presente contexto, o termo "estável à oxidação" refere- se a uma medida de resistência dos polimerossomas (ou dos políme- ros ou membranas correspondentes) à oxidação, por exemplo, usando o método descrito por Scott et al/., 2012. Neste método um polimeros- soma com um antígeno encapsulado é incubado em uma solução a 0,5% de peróxido de hidrogênio e a quantidade de antígeno livre (libe- rado) pode ser quantificada com HPLC por UV/fluorescência. Os poli- merossomos que liberam um antígeno substancial ou todo do antígeno encapsulado sob essas condições de oxidação são considerados sen- síveis à oxidação. Outro método para determinar se um copolímero de bloco e, portanto, o polimerossoma resultante, é estável à oxidação ou sensível à oxidação é descrito na coluna 16 da Patente US 8.323.696. De acordo com este método, os polímeros com grupos funcionais sen- síveis à oxidação serão quimicamente alterados por agentes oxidantes suaves, com um teste para o mesmo sendo a solubilidade aprimorada em peróxido de hidrogênio a 10% durante 20 h in vitro.
Como, por exemplo, o poli(sulfeto de propileno) (PPS) é um polímero sensível à oxidação (ver, por exemplo, Scott et al 2012, supra e US 8.323.696), o PPS pode servir como referência para determinar se um polímero de interesse e o respectivo polimerossoma de interesse é sensível à oxi- dação ou estável à oxidação.
Se, por exemplo, a mesma ou uma quantidade mais elevada de antígeno, ou cerca de 90% ou mais da quantidade, ou cerca de 80% ou mais, ou cerca de 70% ou mais, ou cerca de 60% ou mais for liberada a partir de polimerossomas de inte- resse assim como é de um polimerossoma de PPS que o encapsulou nesse particular no mesmo antígeno, então o polimerossoma é consi- derado sensível à oxidação.
Se apenas 0,5% ou menos, ou apenas 1,0% ou menos, ou cerca de 2% ou menos, ou cerca de 5%, ou cerca de 5% ou menos, ou ao redor de 10% ou menos, ou ao redor de 20% ou menos, ou cerca de 30% ou menos, ou cerca de 40% ou menos ou ao redor de 50% ou menos de antígeno for liberado dos polimerosso- mas de interesse assim como é de um polimerossoma de PPS que encapsulou no mesmo antígeno, então o polimerossoma é considera- do estável à oxidação.
Assim, de acordo com isto, os polimerossomas de PPS como descritos na Patente US 8.323.696 ou os polimerosso- mos de PPS-bl-PEG, por exemplo, produzidos de poli(sulfeto de propi- leno) (PPS) e poli(etileno glicol) (PEG) como componentes de acordo como descrito em Stano et al., não são polimerossomos estáveis à oxidação dentro do significado da presente invenção.
Do mesmo mo- do, os polimerossomas PPS30-PEG17 não são polimerossomas está- veis à oxidação, na acepção da presente invenção.
Outros exemplos não limitativos de medir a estabilidade da oxidação incluem a medição da estabilidade na presença de componentes do soro (por exemplo, soro de mamífero, por exemplo, componentes de soro humano) ou da estabilidade dentro de um endossoma, por exemplo.
[0063] No presente contexto, o termo "estável à redução" refere-se a uma medida de resistência de polimerossoma à redução em um am- biente redutor.
[0064] No presente contexto, o termo "soro" refere-se ao plasma sanguíneo do qual as proteínas de coagulação foram removidas.
[0065] No presente contexto, o termo "liberação independente da oxidação" refere-se a uma liberação do teor de polimerossoma sem ou essencialmente sem oxidação dos polímeros que formam os polime- rossomas.
[0066] O termo "polipeptídeo" é igualmente usado nesta invenção com o termo "proteína". As proteínas (incluindo seus fragmentos, pre- ferivelmente fragmentos biologicamente ativos e peptídeos, geralmen- te com menos de 30 aminoácidos) compreendem um ou mais aminoá- cidos acoplados entre si por meio de uma ligação peptídica covalente (resultando em uma cadeia de aminoácidos). O termo "polipeptídeo", como no presente documento usado, descreve um grupo de moléculas que, por exemplo, consistem em mais de 30 aminoácidos. Os polipep- tídeos podem ainda formar multímeros, tais como dímeros, trímeros e oligômeros superiores, isto é, consistindo em mais de uma molécula de polipeptídeo. As moléculas de polipeptídeo que formam esses dí- meros, trímeros etc. podem ser idênticas ou não idênticas. As estrutu- ras de ordem superior correspondentes desses multímeros são, con- sequentemente, denominadas homo- ou heterodímeros, homo- ou he- terotrímeros, etc. Um exemplo para um heteromultímero é uma molé- cula de anticorpo que, em sua forma de ocorrência natural, consiste em duas cadeias polipeptídicas leves idênticas e duas cadeias poli- peptídicas pesadas idênticas. Os termos "polipeptídeo" e "proteína" também se referem a polipeptídeos/proteínas naturalmente modifica- dos, em que a modificação é efetuada, por exemplo, através de modi-
ficações pós-translacionais como glicosilação, acetilação, fosforilação e similares. Tais modificações são bem conhecidas na técnica.
[0067] No presente contexto, o termo "carboidratos" refere-se a compostos tais como aldoses e cetoses tendo a fórmula estequiomé- trica Cn(H2O)n (por exemplo, daqui em diante, "hidratos de carbono"). O termo genérico "carboidrato" inclui, mas não é limitado a estes, mo- nossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos, assim como subs- tâncias derivadas de monossacarídeos pela redução do grupo de car- bonila (alditóis), pela oxidação de um ou mais grupos terminais em ácidos carboxílicos ou através da substituição de um ou mais grupos de hidróxi por um átomo de hidrogênio, um grupo amino, um grupo tiol ou grupos similares. Também inclui os derivados desses compostos.
[0068] No presente contexto, o termo "polinucleotídeo" (também "ácido nucleico", que pode ser usado de modo trocável com o termo "polinucleotídeo") refere-se a macromoléculas compostas de unidades nucleotídicas que, por exemplo, podem ser hidrolisáveis em determi- nadas bases de pirimidina ou purina (geralmente adenina, citosina, guanina, timina, uracila), d-ribose ou 2-desóxi-d-ribose e ácido fosfóri- co. Exemplos não limitativos de "polinucleotídeo" incluem moléculas de DNA (por exemplo, cDNA ou DNA genômico), RNA (mMRNA), suas combinações ou moléculas híbridas compostas de DNA e RNA. Os ácidos nucleicos podem ser de fita dupla ou simples e podem conter fragmentos de fita dupla e simples ao mesmo tempo. As mais preferi- das são moléculas de DNA e moléculas de mRNA de fita dupla.
[0069] No presente contexto, o termo "oligonucleotídeo antissenti- do" refere-se a um polímero de ácido nucleico, pelo menos uma parte do qual é complementar a um ácido nucleico que está presente em uma célula normal ou em uma célula afetada. "Oligonucleotídeo antis- sentido" exemplar inclui RNA antissentido, siRNA, RNAi.
[0070] No presente contexto, o termo "resposta imune mediada por células T CD8(+)" refere-se à resposta imune mediada por células T citotóxicas (também conhecidas como TC, linfócitos T citotóxicos, CTL, células T-exterminadoras, células T citolíticas, células T CD8(+) ou células T exterminadoras). Exemplos de células T citotóxicas inclu- em, mas não são limitados a estes, células T CD8(+)efetoras específi- cas do antígeno. Para que os receptores de células T (TCR) se liguem à molécula de MHC de classe |, o primeiro deve ser acompanhado por uma glicoproteína chamada CD8, que se liga à parte constante da mo- lécula de MHC de classe |. Portanto, essas células T são chamadas células T CD8(+). Uma vez ativada, a célula TC sofre “expansão clo- nal” com a ajuda da citocina Interleucina-2 (IL-2), que é um fator de crescimento e diferenciação para as células T. Isso aumenta o número de células específicas para o antígeno alvo que podem depois percor- rer pelo corpo em busca de células somáticas positivas ao antígeno.
[0071] No presente contexto, o termo "expansão clonal de células T CD8(+) específicas do antígeno" refere-se a um aumento no número de células T CD8(+) específicas para o antígeno alvo.
[0072] No presente contexto, o termo "resposta imune celular" re- fere-se a uma resposta imune que não envolve anticorpos, mas envol- ve a ativação de fagócitos, linfócitos T citotóxicos específicos do antí- geno e a liberação de várias citocinas em resposta a um antígeno.
[0073] No presente contexto, o termo "fenótipo citotóxico de célu- las T CD8(+) específicas do antígeno" refere-se ao conjunto de carac- terísticas observáveis de células T CD8(+) específicas do antígeno re- lacionadas à sua função citotóxica.
[0074] No presente contexto, o termo "macrófagos residentes em linfonodos" refere-se a macrófagos, que são grandes glóbulos brancos que são parte integrante do nosso sistema imunológico que utilizam o processo de fagocitose para ingerir partículas e depois digeri-las, pre- sentes nos gânglios linfáticos que são pequenas glândulas em forma de feijão por todo o corpo.
[0075] No presente contexto, o termo "resposta imune humoral" refere-se a uma resposta imune mediada por macromoléculas encon- tradas nos fluidos extracelulares, tais como anticorpos secretados, pro- teínas de complemento e certos peptídeos antimicrobianos. Seus as- pectos envolvendo anticorpos são frequentemente chamados de imu- nidade mediada por anticorpos.
[0076] No presente contexto, o termo "células B", também conhe- cido como linfócitos B, é um tipo de glóbulo branco do subtipo de linfó- cito. Eles funcionam no componente de imunidade humoral do sistema imunológico adaptativo mediante a secreção de anticorpos.
[0077] Um "anticorpo" quando no presente documento usado é uma proteína compreendendo um ou mais polipeptídeos (que compre- ende um ou mais domínios de ligação, preferivelmente domínios de ligação ao antígeno) substancial ou parcialmente codificados por ge- nes de imunoglobulina ou fragmentos de genes de imunoglobulina. O termo "imunoglobulina" (Ig) é usado de modo trocável com "anticorpo" nesta invenção. Os genes de imunoglobulina reconhecidos incluem os genes da região constante capa, lambda, alfa, gama, delta, épsilon e mi, assim como inúmeros genes da região variável de imunoglobulina. Em particular, um "anticorpo", quando no presente documento usado, é tipicamente proteínas glicosiladas tetraméricas compostas por duas cadeias leves (L) de aproximadamente 25 kDa cada e duas cadeias pesadas (H) de aproximadamente 50 kDa cada. Dois tipos de cadeia leve, denominados lambda e capa, podem ser encontrados em anti- corpos. Dependendo da sequência de aminoácido do domínio cons- tante das cadeias pesadas, as imunoglobulinas podem ser atribuídas a cinco classes principais: A, D, E, Ge M, e várias delas podem ser divi- didas em subclasses (isótipos), por exemplo, IgG1, IgG2, 1gG3, 1gG4, IgA1 e IgA2, com IgG sendo preferível no contexto da presente inven-
ção. Um anticorpo relacionado à presente invenção também é previsto que tenha um domínio constante de IgE ou uma parte do mesmo que esteja ligada pelo receptor Fc épsilon |. Um anticorpo IgM consiste em da unidade básica de heterotetrâmero, juntamente com um polipep- tídeo adicional chamado cadeia J, e contém 10 sítios de ligação ao antígeno, enquanto que os anticorpos IgA compreendem de 2 a 5 das unidades básicas de 4 cadeias que podem polimerizar para formar conjuntos polivalentes em combinação com a cadeia J. No caso de IgGs, a unidade de 4 cadeias é geralmente ao redor de 150.000 dal- tons. Cada cadeia leve inclui um domínio variável N-terminal (V) (VL) e um domínio constante (C) (CL). Cada cadeia pesada inclui um domínio V do N-terminal (VH), três ou quatro domínios C (CHs) e uma região de dobradiça. Os domínios constantes não estão envolvidos direta- mente na ligação de um anticorpo a um antígeno, mas podem apre- sentaram várias funções efetoras, tais como a participação da citotoxi- cidade celular dependente de anticorpo (ADCC). Se um anticorpo deve exercer a ADCC, é preferivelmente do subtipo IgG1, enquanto que o subtipo IgG4 não teria a capacidade de exercer a ADCC.
[0078] O termo "anticorpo" também inclui, mas não está limitado, mas abrange anticorpos monoclonais, monoespecíficos, poli ou multi- específicos, tais como anticorpos biespeciíficos, anticorpos humaniza- dos, camelizads, humanos, de cadeia única, quiméricos, sintéticos, recombinantes, híbridos, submetidos à mutação, enxertados e gerados in vitro, com os anticorpos quiméricos ou humanizados sendo preferí- veis. O termo "anticorpo humanizado" é comumente definido para um anticorpo no qual a especificidade que codifica CDRs de HC e LC foi transferida para uma estrutura variável humana apropriada ("enxerto de CDR"). O termo "anticorpo" também inclui scFvs, anticorpos de ca- deia única, diabody ou tetrabody, anticorpos de domínio (dAbs) e anti- corpos de domínio único. Em termos da presente invenção, o termo
"anticorpo" também deve compreender anticorpos bi-, tri- ou multiméri- cos ou bi-, tri- ou multifuncionais tendo vários sítios de ligação ao antí- geno.
[0079] Além disso, o termo "anticorpo" como empregado na inven- ção também se refere aos derivados dos anticorpos (incluindo frag- mentos) no presente documento descritos. Um "derivado" de um anti- corpo compreende uma sequência de aminoácido que foi alterada pela introdução de substituições, eliminações ou adições de resíduos de aminoácido. Adicionalmente, um derivado abrange anticorpos que fo- ram modificados por uma ligação covalente de uma molécula de qual- quer tipo ao anticorpo ou proteína. Exemplos de tais moléculas inclu- em grupos açúcares, PEG, grupos de hidroxila, etóxi, carbóxi ou ami- na, mas não são limitados a estes. Com efeito, as modificações cova- lentes dos anticorpos levam à glicosilação, pegilação, acetilação, fos- forilação, amidação, sem se limitar a estas.
[0080] O anticorpo que se relaciona com a presente invenção é de preferência um anticorpo "isolado". "Isolado" quando usado para des- crever anticorpos no presente documento divulgados, significa um an- ticorpo que foi identificado, separado e/ou recuperado de um compo- nente do seu ambiente de produção. De preferência, o anticorpo isola- do está livre de associação com todos os outros componentes do seu ambiente de produção. Componentes contaminantes de seu ambiente de produção, tal como aquele resultante de células transfectadas re- combinantes, são materiais que normalmente interferem no uso diag- nóstico ou terapêutico do polipeptídeo e podem incluir enzimas, hor- mônios e outros solutos protéicos ou não protéicos. Nas modalidades preferidas, o anticorpo será purificado (1) até um grau suficiente para obter pelo menos 15 resíduos da sequência de aminoácido N-terminal ou interna pelo uso de um sequenciador de copo giratório ou (2) para homogeneidade por SDS-PAGE sob condições não redutoras ou redu-
toras usando azul de Coomassie ou, de preferência, corante prata. Normalmente, no entanto, um anticorpo isolado será preparado por pelo menos uma etapa de purificação.
[0081] O termo "essencialmente não imunogênico" significa que o copolímero de bloco ou polímero anfifílico da presente invenção não provoca uma resposta imune adaptativa, isto é, em comparação com um imunógeno encapsulado, o copolímero de bloco ou polímero anfifí- lico apresenta uma resposta imune de menos do que 30%, de prefe- rência 20%, mais preferivelmente 10%, particularmente preferível me- nor do que 9, 8,7,6 ou 5%.
[0082] O termo "essencialmente não antigênico" significa que o copolímero de bloco ou polímero antfifílico da presente invenção não se liga especificamente a um grupo de certos produtos que possuem imunidade adaptativa (por exemplo, receptores de células T ou anti- corpos), isto é, em comparação com um antígeno encapsulado, o co- polímero de bloco ou polímero antfifílico apresenta ligação de menos do que 30%, de preferência 20%, mais preferivelmente 10%, particu- larmente preferível de menos do que 9, 8, 7, 6 ou 5%.
[0083] Tipicamente, a ligação é considerada específica quando a afinidade de ligação é maior do que 10º M. De preferência, a ligação é considerada específica quando a afinidade de ligação for de cerca de a 10º M (KD), de preferência ao redor de 10? a 10º M. Se ne- cessário, a ligação não específica pode ser reduzida sem afetar subs- tancialmente a ligação específica através da variação das condições de ligação.
[0084] O termo "aminoácido" ou "resíduo de aminoácido" refere-se tipicamente a um aminoácido tendo sua definição reconhecida na téc- nica tal como um aminoácido selecionado do grupo que consiste em: alanina (Ala ou A); arginina (Arg ou R); asparagina (Asn ou N); ácido aspártico (Asp ou D); cisteína (Cys ou C); glutamina (Gln ou Q); ácido glutâmico (Glu ou E); glicina (Gly ou G); histidina (His ou H); isoleucina (He ou |): leucina (Leu ou L); lisina (Lys ou K); metionina (Met ou M); fenilalanina (Phe ou F); prolina (Pro ou P); serina (Ser ou S); treonina (Thr ou T); triptofano (Trp ou W); tirosina (Tyr ou Y); e valina (Val ou V), embora aminoácidos modificados, sintéticos ou raros possam ser usados como desejado. Geralmente, os aminoácidos podem ser agru- pados como tendo uma cadeia lateral não polar (por exemplo, Ala, Cys, He, Leu, Met, Phe, Pro, Val); uma cadeia lateral negativamente carregada (por exemplo, Asp, Glu); uma cadeia lateral positivamente carregada (por exemplo, Arg, His, Lys); ou uma cadeia lateral polar não carregada (por exemplo, Asn, Cys, Gln, Gly, His, Met, Phe, Ser, Thr, Trp e Tyr).
[0085] "Anticorpos policlonais" ou "antissoros policlonais" referem- se ao soro imune que contém uma mistura de anticorpos específicos para um (antissoros monovalentes ou específicos) ou mais (antissoros polivalentes) que podem ser preparados a partir do sangue de animais imunizados com o antígeno ou antígenos.
[0086] Além disso, o termo "anticorpo" como empregado na inven- ção, também se refere a derivados ou variantes dos anticorpos no pre- sente documento descritos, os quais apresentam a mesma especifici- dade dos anticorpos descritos. Exemplos de "variantes de anticorpo" incluem variantes humanizadas de anticorpos não humanos, anticor- pos "maturados por afinidade" (ver, por exemplo, Hawkins et al. J. Mol. Biol. 254, 889-896 (1992) e Lowman et a/., Biochemistry 30 10832 - 10837 (1991)) e mutantes de anticorpo com funções efetoras alteradas (ver, por exemplo, a Patente US 5.648.260).
[0087] O termo "anticorpo monoclonal", como no presente docu- mento usado, refere-se a um anticorpo obtido a partir de uma popula- ção de anticorpos substancialmente homogêneos, isto é, os anticorpos individuais que compõem a população são idênticos, exceto por possí-
veis mutações de ocorrência natural e/ou modificações pós-translação (por exemplo, isomerizações, amidações) que podem estar presentes em quantidades menores. Os anticorpos monoclonais são altamente específicos, sendo direcionados contra um único sítio antigênico. Além disso, em contraste com as preparações de anticorpos convencionais (policlonais) que incluem tipicamente diferentes anticorpos direciona- dos contra diferentes determinantes (epítopos), cada anticorpo mono- clonal é direcionado contra um único determinante no antígeno. Além de sua especificidade, os anticorpos monoclonais são vantajosos por serem sintetizados pela cultura de hibridoma, não contaminados por outras imunoglobulinas. O modificador "monoclonal" indica o caráter do anticorpo como sendo obtido de uma população substancialmente homogênea de anticorpos, e não deve ser interpretado como reque- rendo a produção do anticorpo por qualquer método. Por exemplo, os anticorpos monoclonais a serem usados de acordo com a presente invenção podem ser produzidos pelo método de hibridoma descrito pela primeira vez por Kohler et a/., Nature, 256: 495 (1975), ou podem ser produzidos por métodos de DNA recombinante (ver, por exemplo, a Patente U.S. No. 4.816.567). Os "anticorpos monoclonais" também podem ser isolados de bibliotecas de anticorpos de fagos usando as técnicas descritas em Clackson et a/., Nature, 352: 624-628 (1991) e Marks et a/., J. Mol. Biol., 222: 581-597 (1991), por exemplo.
[0088] Os anticorpos monoclonais no presente documento menci- onados incluem especificamente anticorpos "quiméricos" (imunoglobu- linas) nos quais uma parte da cadeia pesada e/ou leve é idêntica ou homóloga às sequências correspondentes em anticorpos derivados de uma espécie específica ou pertencentes a uma classe ou subclasse de anticorpo específica, enquanto que o restante das cadeias são idênti- cas ou homólogas às sequências correspondentes em anticorpos deri- vados de outra espécie ou pertencentes a outra classe ou subclasse de anticorpo, assim como os fragmentos de tais anticorpos, contanto que apresentem a atividade biológica desejada (Patente U.S. No.
4.816.567; Morrison et a/., Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 81: 6851-6855 (1984)). Anticorpos quiméricos de interesse nesta invenção incluem anticorpos "primitivos" compreendendo sequências de ligação ao antí- geno de domínio variável derivadas de um primata não humano (por exemplo, Macaco do Velho Mundo, Macaco etc.) e sequências de re- gião constante humana.
[0089] As formas "humanizadas" de anticorpos não humanos (por exemplo, murinos) são imunoglobulinas quiméricas, cadeias de imu- noglobulina ou seus fragmentos (tais como Fv, Fab, Fab', F(ab')2 ou outras subsequências de ligação ao antígeno de anticorpos) de se- quências principalmente humanas, que contêm uma sequência mínima derivada de imunoglobulina não humana. Na maior parte, os anticor- pos humanizados são imunoglobulinas humanas (anticorpo receptor) nas quais os resíduos de uma região hipervariável (também CDR) do recebedor são substituídos por resíduos de uma região hipervariável de uma espécie não humana (anticorpo doador) tais como camundon- go, rato ou coelho tendo a especificidade, afinidade e capacidade de- sejadas. Em alguns casos, os resíduos da região estrutural Fv (FR) da imunoglobulina humana são substituídos pelos resíduos não humanos correspondentes. Além disso, "anticorpos humanizados" como no pre- sente documento usados, também podem compreender resíduos que não são encontrados nem no anticorpo receptor nem no anticorpo do- ador. Essas modificações são feitas para refinar e otimizar ainda mais o desempenho do anticorpo. O anticorpo humanizado idealmente tam- bém compreenderá pelo menos uma parte de uma região constante de imunoglobulina (Fc), tipicamente aquela de uma imunoglobulina hu- mana. Para mais detalhes, ver Jones et al., Nature, 321: 522-525 (1986); Reichmann et a/., Nature, 332: 323-329 (1988); e Presta, Curr.
Op. Struct. Biol., 2: 593-596 (1992).
[0090] O termo "anticorpo humano" inclui anticorpos com regiões variáveis e constantes correspondentes substancialmente às sequên- cias de imunoglobulina da linha germinativa humana conhecidas na técnica, incluindo, por exemplo, aquelas descritas por Kabat et al. (Ver Kabat et al. (1991) loc. Cit). Os anticorpos humanos da invenção po- dem incluir resíduos de aminoácido não codificados por sequências de imunoglobulina da linha germinativa humana (por exemplo, mutações introduzidas por mutagênese aleatória ou específica do local in vitro ou por mutação somática in vivo), por exemplo, nas CDRs e, em particu- lar, CDR3. O anticorpo humano pode ter pelo menos uma, duas, três, quatro, cinco ou mais posições substituídas por um resíduo de amino- ácido que não é codificado pela sequência de imunoglobulina da linha germinativa humana.
[0091] Como usado no presente documento, "anticorpo gerado in vitro" refere-se a um anticorpo em que toda ou parte da região variável (por exemplo, pelo menos uma CDR) é gerada em uma seleção de células não imunes (por exemplo, uma exibição de fago in vitro, chip de proteína ou qualquer outro método em que as sequências candida- tas possam ser testadas quanto à sua capacidade de se ligar a um an- tígeno). Este termo exclui assim de preferência as sequências geradas pela reorganização genômica em uma célula imune.
[0092] Um anticorpo "biespecífico" ou "bifuncional" é um anticorpo híbrido artificial com dois pares diferentes de cadeia pesada/leve e dois sítios de ligação diferentes. Os anticorpos biespecíficos podem ser produzidos por uma variedade de métodos, incluindo fusão de hi- bridomas ou ligação de fragmentos Fab'. Ver, por exemplo, Songsivilai & Lachmann, Clin. Exp. Immunol. 79:315-321 (1990); Kostelny et al, J. Immunol. 148, 1547-1553 (1992). Em uma modalidade, o anticorpo biespecífico compreende um primeiro polipeptídeo de domínio de liga-
ção, tal como um fragmento Fab', ligado através de uma região cons- tante de imunoglobulina a um segundo polipeptídeo de domínio de |li- gação.
[0093] Inúmeros métodos conhecidos daqueles versados na técni- ca estão disponíveis para obter anticorpos ou seus fragmentos de liga- ção ao antígeno. Por exemplo, os anticorpos podem ser produzidos usando métodos de DNA recombinante (Patente U.S. 4.816.567). Os anticorpos monoclonais também podem ser produzidos através da ge- ração de hibridomas (ver, por exemplo, Kohler and Milstein (1975) Na- ture, 256: 495-499) de acordo com métodos conhecidos. Os hibrido- mas formados dessa maneira são rastreados usando métodos padrão, tais como o ensaio imunoabsorvente ligado a enzima (ELISA) e a aná- lise de ressonância de plásmon superficial (BIACORETY), para identifi- car um ou mais hibridomas que produzem um anticorpo que se liga especificamente a um antígeno especificado. Qualquer forma do antí- geno especificado pode ser usada como imunógeno, por exemplo, an- tígeno recombinante, formas naturais, quaisquer variantes ou fragmen- tos dos mesmos, assim como seu peptídeo antigênico.
[0094] Além do uso de bibliotecas de exibição, o antígeno especi- ficado pode ser usado para imunizar um animal não humano, por exemplo, um roedor, por exemplo, um camundongo, hamster ou rato. Em uma modalidade, o animal não humano inclui pelo menos uma parte de um gene de imunoglobulina humano. Por exemplo, é possível projetar cepas de camundongo deficientes na produção de anticorpos de camundongo com grandes fragmentos dos locais de lg humana. Usando a tecnologia de hibridoma, anticorpos monoclonais específicos para o antígeno derivados dos genes com a especificidade desejada podem ser produzidos e selecionados. Ver, por exemplo, XENOMOU- SE'Y, Green et al. (1994) Nature Genetics 7:13-21, US 2003- 0070185, WO 96/34096 e WO96/33735.
[0095] Em outra modalidade, um anticorpo monoclonal é obtido do animal não humano e, em seguida, modificado, por exemplo, humani- zado, desimunizado, quimérico, pode ser produzido usando técnicas de DNA recombinante conhecidas na especialidade. Uma variedade de abordagens para a produção de anticorpos quiméricos foi descrita. Ver, por exemplo, Morrison et al. Proc. Natl. Acad. ScL U.S.A. 81:6851, 1985; Takeda et al., Nature 314:452, 1985, Cabilly et al., Pa- tente U.S. No. 4.816.567; Boss et al., Patente U.S. No. 4.816.397; Ta- naguchi et a/.,, EP 171496; EP 173494, GB 2177096. Os anticorpos humanizados também podem ser produzidos, por exemplo, usando camundongos transgênicos que expressam genes das cadeias pesada e leve humanas, mas são incapazes de expressar os genes das ca- deias pesada e leve da imunoglobulina endógena do camundongo. Winter descreve um método exemplar de enxerto de CDR que pode ser usado para preparar os anticorpos humanizados no presente do- cumento descritos (Patente U.S. No. 5.225.539). Todas as CDRs de um anticorpo humano específico podem ser substituídas por pelo me- nos uma parte de uma CDR não humana, ou apenas algumas das CDRs podem ser substituídas por CDRs não humanas. É apenas ne- cessário substituir o número de CDRs necessárias para a ligação do anticorpo humanizado a um antígeno predeterminado.
[0096] Os anticorpos humanizados ou seus fragmentos podem ser gerados mediante a substituição das sequências do domínio variável Fv que não estão diretamente envolvidas na ligação ao antígeno por sequências equivalentes dos domínios variáveis do Fv humano. Méto- dos exemplares para gerar anticorpos humanizados ou seus fragmen- tos são fornecidos por Morrison (1985) Science 229:1202-1207; por Oi et al. (1986) BioTechniques 4:214; e pelas US 5.585.089; US
5.693.761; US 5.693.762; US 5.859.205; e US 6.407.213. Esses mé- todos incluem isolar, manipular e expressar as sequências de ácido nucleico que codificam todo ou parte dos domínios variáveis da imu- noglobulina Fv de pelo menos um de uma cadeia pesada ou leve. Tais ácidos nucleicos podem ser obtidos a partir de um hibridoma que pro- duz um anticorpo contra um alvo predeterminado, como descrito aci- ma, assim como de outras fontes. O DNA recombinante que codifica a molécula de anticorpo humanizado pode então ser clonado em um ve- tor de expressão apropriado.
[0097] Em certas modalidades, um anticorpo humanizado é otimi- zado pela introdução de substituições conservadoras, substituições de sequência de consenso, substituições de linha germinativa e/ou muta- ção reversa. Tais moléculas de imunoglobulina alteradas podem ser produzidas por qualquer uma das várias técnicas conhecidas na espe- cialidade (por exemplo, Teng et a/., Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A., 80: 7308-7312, 1983; Kozbor etal, Inmunology Today, 4: 7279, 1983; Ols- son et al., Meth. Enzymol., 92: 3-16, 1982), e podem ser produzidas de acordo com os ensinamentos da WO 92/06193 ou EP 239400).
[0098] Um anticorpo ou seu fragmento também pode ser modifica- do pela supressão específica de epítopos de células T humanas ou "desimunização" pelos métodos divulgados nas WO 98/52976 e WO 00/34317. Resumidamente, os domínios variáveis das cadeias pesada e leve de um anticorpo podem ser analisados quanto aos peptídeos que se ligam ao MHC Classe |l; estes peptídeos representam os epí- topos de células T potenciais (como definidos nas WO 98/52976 e WO 00/34317). Para a detecção de possíveis epítopos de células T, uma abordagem de modelagem por computador denominada "enfileiramen- to de peptídeos" pode ser aplicada e, além disso, um banco de dados de peptídeos humanos de ligação à MHC classe || pode ser pesquisa- do por motivos presentes nas sequências VH e VL, como descrito em WO 98/52976 e WO 00/34317. Esses motivos se ligam a qualquer um dos 18 principais alotipos de MHC classe Il DR e, portanto, constituem potenciais epítopos de células T. Os potenciais epítopos de células T detectados podem ser eliminados através da substituição de um pe- queno número de resíduos de aminoácido nos domínios variáveis, ou preferivelmente através de substituições de aminoácido isoladas. Tipi- camente, substituições conservadoras são efetuadas. Frequentemen- te, mas não exclusivamente, um aminoácido comum a uma posição nas sequências de anticorpo da linha germinativa humana pode ser usado. Sequências da linha germinativa humana, por exemplo, são divulgadas em Tomlinson, et at. (1992) J. Mol. Biol. 227:776-798; Co- ok, G. P. et al. (1995) Immunol. Today Vol. 16 (5): 237-242; Chothia, et al. (1992) J. Mol. Biol. 227:799-817; e Tomlinson et al. (1995) EMBO J. 14:4628-4638. O diretório V BASE fornece um diretório abrangente de sequências de regiões variáveis de imunoglobulina humana (compila- do por Tomlinson, LA. et al. MRC Centre for Protein Engineering, Cambridge, UK). Essas sequências podem ser usadas como uma fon- te de sequência humana, por exemplo, para regiões estruturais e CDRs. As regiões estruturais humanas de consenso também podem ser usadas, por exemplo, como descrito na Patente U.S. No.
6.300.064.
[0099] "Células efetoras", de preferência células efetoras huma- nas, são leucócitos que expressam um ou mais FcRs e executam fun- ções efetoras. De preferência, as células expressam pelo menos FeyRm e desempenham a função efetora ADCC. Exemplos de leucóci- tos humanos que atuam como mediador da ADCC incluem células mononucleares do sangue periférico (PBMC), células exterminadoras naturais (NK), monócitos, células T citotóxicas e neutrófilos. As células efetoras podem ser isoladas de uma fonte nativa, por exemplo, san- que.
[00100] Técnicas para produção de anticorpos, incluindo anticorpos policlonais, monoclonais, humanizados, biespecíficos e heteroconju-
gados são conhecidas na especialidade, algumas das quais são exemplificadas abaixo. 1) Anticorpos policlonais.
[00101] Os anticorpos policlonais são geralmente criados em ani- mais por múltiplas injeções subcutâneas (sc) ou intraperitoneais (ip) do antígeno relevante (por exemplo, encapsulado em um polimerosso- mas) e um adjuvante. Pode ser útil conjugar o antígeno relevante em uma proteína imunogênica nas espécies a serem imunizadas, por exemplo, hemocianina de lapa (KLH), albumina sérica, tireoglobulina bovina ou inibidor de tripsina de soja, usando um agente bifuncional ou derivado, por exemplo, éster maleimidobenzoil sulfossuccinimida (con- jugação através de resíduos de cisteína), N-hidroxissuccinimida (atra- vés de resíduos de lisina), glutaraldeído, anidrido succínico. Exemplos de adjuvantes que podem ser empregados incluem o adjuvante com- pleto de Freund e o adjuvante MPL-TDM (monofosforil lipídico A, trea- lose dicorinomicolato sintético). O protocolo de imunização pode ser selecionado por uma pessoa versada na técnica sem experimentação indevida.
[00102] Por exemplo, os animais são imunizados contra o antígeno, conjugados imunogênicos ou derivados mediante a combinação da proteína ou do conjugado (para coelhos ou camundongos, respectiva- mente) com 3 volumes de adjuvante completo de Freund e injeção da solução por via intradérmica em vários locais. Um mês depois, os ani- mais são reforçados com 1/5 a 1/10 da quantidade original de peptídeo ou conjugado no adjuvante completo de Freund por injeção subcutâ- nea em vários locais. Sete a catorze dias depois, os animais são san- grados e o soro é analisado quanto ao título de anticorpos. Os animais são estimulados até o platô de titulação. Os conjugados também po- dem ser produzidos em cultura de células recombinantes como fusões de proteínas. Da mesma forma, agentes agregadores tais como o alume, são adequados para aumentar a resposta imune.
[00103] O termo "imunização" refere-se à etapa ou etapas da admi- nistração de um ou mais antígenos a um animal não humano, para que os anticorpos possam ser criados no animal.
[00104] Especificamente, o animal não humano é de preferência imunizado pelo menos duas, mais preferivelmente três vezes, com o dito polipeptídeo (antígeno), opcionalmente em mistura com um adju- vante. Um "adjuvante" é um estimulante não específico da resposta imune. O adjuvante pode estar na forma de uma composição compre- endendo cada um ou ambos dos seguintes componentes: (a) uma substância projetada para formar um depósito que protege os antíge- nos do catabolismo rápido (por exemplo, óleo mineral, alume, hidróxi- do de alumínio, lipossoma ou tensoativo (por exemplo, poliol plurônico) e (b) uma substância que estimula não especificamente a resposta imune do animal hospedeiro imunizado (por exemplo, através do au- mento dos níveis de linfocina nesse particular).
[00105] “Moléculas exemplares para o aumento dos níveis de linfo- cina incluem lipopolissacarídeo (LPS) ou uma parte de lipídio A deste; Bordetalla pertussis; toxina da coqueluche; Mycobacterium tuberculo- sis; e dipeptídeo de muramila (MDP). Exemplos de adjuvantes incluem adjuvante de Freund (opcionalmente compreendendo M. tuberculosis morto; adjuvante completo de Freund); adjuvante de hidróxido de alu- mínio; e dicorinomilcolato de trealose sintético monofosforil lipídico À (MPL-TDM).
[00106] O "animal não humano" a ser imunizado no presente do- cumento é de preferência um roedor. Um "roedor" é um animal que pertence à ordem dos roedores dos mamíferos placentários. Roedores exemplares incluem camundongos, ratos, porquinhos da índia, esqui- los, hamsters, furões, etc., com os camundongos sendo o roedor pre- ferido para imunização de acordo com o método no presente docu-
mento descrito. Outros animais não humanos que podem ser imuniza- dos nesta invenção incluem primatas não humanos, tais como o ma- caco do Velho Mundo (por exemplo, babuíno ou macaco, incluindo macaco Rhesus e macaco cinomolgo; ver a Patente US 5.658.570); aves (por exemplo, galinhas); coelhos; cabras; ovelha; vacas; cavalos; porcos; burros; cães etc.
[00107] Por "varredura" entende-se submeter um ou mais anticor- pos monoclonais (por exemplo, anticorpo purificado e/ou sobrenadante da cultura de hibridoma compreendendo o anticorpo) a um ou mais ensaios que determinam qualitativa e/ou quantitativamente a capaci- dade de um anticorpo de se ligar a um antígeno de interesse.
[00108] Por "imunoensaio" entende-se um ensaio que determina a ligação de um anticorpo a um antígeno, em que o anticorpo ou antíge- no, ou ambos, são opcionalmente adsorvidos em uma fase sólida (isto é, um ensaio "imunoadsorvente") em algum estágio do ensaio. Exem- plos de tais ensaios incluem ELISAs, radioimunoensaios (RIAs) e en- saios FACS. Dado o exposto, a presente invenção fornece assim um anticorpo monoclonal ou policlonal que pode ser obtido pelos métodos descritos acima para a geração de um anticorpo, isto é, através da imunização de um animal não humano como descrito anteriormente. 2) Anticorpos monoclionais.
[00109] Os anticorpos monoclonais são obtidos de uma população de anticorpos substancialmente homogêneos, isto é, os anticorpos in- dividuais que compõem a população são idênticos, exceto por possí- veis mutações que ocorrem naturalmente e/ou modificações pós- translacionais (por exemplo, isomerizações, amidações) que podem estar presentes em pequenas quantidades. Assim, o modificador "mo- noclonal" indica o caráter do anticorpo como não sendo uma mistura de anticorpos discretos. Por exemplo, os anticorpos monoclonais po- dem ser produzidos usando o método de hibridoma descrito pela pri-
meira vez por Kohler et al., Nature, 256: 495 (1975), ou podem ser produzidos por métodos de DNA recombinante (Patente U.S. No.
4.816.567).
[00110] No método de hibridoma, um camundongo ou outro animal hospedeiro apropriado, tal como um hamster, é imunizado como des- crito acima para provocar os linfócitos que produzem ou são capazes de produzir anticorpos que se ligam especificamente à proteína usada para imunização.
[00111] É Alternativamente, os linfócitos podem ser imunizados in vi- tro. Os linfócitos são então fundidos com células de mieloma usando um agente de fusão adequado, tal como polietileno glicol, para formar uma célula de hibridoma (Goding, Monoclonal Antibodies: Principles and Practice, pp. 59-103 (Academic Press, 1986).
[00112] O agente de imunização tipicamente incluirá a proteína an- tigênica ou uma variante de fusão da mesma. Geralmente, são usados linfócitos do sangue periférico ("PBLs") se as células de origem huma- na forem desejadas, ou as células do baço ou as células de linfonodos são usadas se as fontes de mamífero não humano forem desejadas. Os linfócitos são então fundidos com uma linhagem celular imortaliza- da usando um agente de fusão adequado, tal como polietileno glicol, para formar uma célula de hibridoma. Goding, Monoclonal Anticorpos: Principles and Practice, Academic Press (1986), pp. 59-103.
[00113] As linhagens celulares imortalizadas são geralmente célu- las de mamíferos transformadas, particularmente células de mieloma de origem de roedores, bovinos e seres humanos. Geralmente, as |li- nhagens celulares de mieloma de rato ou camundongo são usadas. As células de hibridoma assim preparadas são semeadas e desenvolvi- das em um meio de cultura adequado que contém preferivelmente uma ou mais substâncias que inibem o crescimento ou a sobrevivência das células de mieloma de origem não fundidas. Por exemplo, se as células do mieloma de origem não possuem a enzima hipoxantina guanina fosforibosil transferase (HGPRT ou HPRT), o meio de cultura para os hibridomas tipicamente inclui hipoxantina, aminopterina e timi- dina (meio HAT), cujas substâncias impedem o crescimento de células deficientes de HGPRT.
[00114] As células de mieloma imortalizadas preferidas são aquelas que se fundem com eficiência, suportam a produção estável de alto nível de anticorpo pelas células produtoras de anticorpos selecionadas e são sensíveis a um meio tal como o meio HAT. Entre elas, as linha- gens de mieloma de murino são preferidas, tais como aquelas deriva- das de tumores de camundongo MOPC-21 e MPC-11 disponíveis no Salk Institute Cell Distribution Center, San Diego, Califórnia USA e cé- lulas SP-2 (e seus derivados, por exemplo, X63-Ag8-653) disponíveis da American Type Culture Collection, Manassus, Virginia USA. Linha- gens celulares de mieloma humano e heteromieloma de camundongo- humano também foram descritas para a produção de anticorpos mo- noclonais humanos (Kozbor, J. Immunol., 133: 3001 (1984); Brodeur et al., Monoclonal Antibody Production Techniques and Applications, pp. 51-63 (Marcel Dekker, Inc., New York, 1987)).
[00115] O meio de cultura em que as células de hibridoma estão se desenvolvendo é analisado com relação à produção de anticorpos monoclonais direcionados contra o antígeno. De preferência, a especi- ficidade de ligação dos anticorpos monoclonais produzidos pelas célu- las de hibridoma é determinada por imunoprecipitação ou por um en- saio de ligação in vitro, tal como radioimunoensaio (RIA) ou ensaio imunoabsorvente ligado a enzima (ELISA).
[00116] O meio de cultura no qual as células de hibridoma são culti- vadas pode ser analisado quanto à presença de anticorpos monoclio- nais direcionados contra o antígeno desejado. Preferivelmente, a afini- dade e especificidade de ligação do anticorpo monoclonal podem ser determinadas por imunoprecipitação ou por um ensaio de ligação in vitro, tal como radioimunoensaio (RIA) ou ensaio imunoabsorvente |i- gado a enzima (ELISA). Tais técnicas e ensaios são conhecidos na especialidade. Por exemplo, a afinidade de ligação pode ser determi- nada pela análise Scatchard de Munson et a/., Anal. Biochem. 107: 220 (1980).
[00117] Após as células de hibridoma serem identificadas as quais produzem anticorpos da especificidade, afinidade e/ou atividade dese- jadas, os clones podem ser subclonados por procedimentos de dilui- ção limitativa e cultivados por métodos padrão (Goding, supra). Meios de cultura adequados para este propósito incluem, por exemplo, meio D-MEM ou RPMI-1640. Além disso, as células de hibridoma podem ser cultivadas in vivo como tumores ascites em um mamífero.
[00118] Os anticorpos monoclonais secretados pelos subclones são adequadamente separados do meio de cultura, fluido ascite ou soro por procedimentos convencionais de purificação de imunoglobulina, tais como, por exemplo, proteína A-Sepharose, cromatografia de hi- droxilapatita, eletroforese em gel, diálise ou cromatografia por afinida- de.
[00119] Os anticorpos monoclonais também podem ser produzidos por métodos de DNA recombinante, tais como aqueles descritos na Patente U.S. No. 4.816.567, e como descrito acima. O DNA que codifi- ca os anticorpos monocionais é facilmente isolado e sequenciado usando procedimentos convencionais (por exemplo, usando sondas de oligonucleotídeo que são capazes de se ligar especificamente a genes que codificam as cadeias pesada e leve de anticorpos de murino). As células de hibridoma servem como uma fonte preferida desse DNA. Uma vez isolado, o DNA pode ser colocado em vetores de expressão, que são transfectados para dentro das células hospedeiras, tais como células de E. coli, células COS símias, células de ovário de hamster chinês (CHO) ou células de mieloma que, de outra forma, não produ- zem proteína de imunoglobulina, de modo a sintetizar anticorpos mo- noclonais nessas células hospedeiras recombinantes. Os artigos de revisão sobre expressão recombinante em bactérias do DNA que codi- ficam o anticorpo incluem Skerra et al., Curr. Opinion in Immunol., 5: 256-262 (1993) e Pluckthun, Immunol. Revs. 130: 151-188 (1992). 3) Anticorpos humanizados
[00120] Os anticorpos da invenção podem ainda compreender anti- corpos humanizados ou humanos. As formas humanizadas de anticor- pos não humanos (por exemplo, murinos) são imunoglobulinas quimé- ricas, cadeias de imunoglobulinas ou seus fragmentos (tais como Fv, Fab, Fab', F(ab')2 ou outras subsequências de anticorpos de ligação ao antígeno) que contêm sequência mínima derivada de imunoglobuli- na não humana. Anticorpos humanizados incluem imunoglobulinas humanas (anticorpo receptor) nas quais os resíduos de uma região determinante de complementaridade (CDR) do receptor são substituí- dos por resíduos de uma CDR de uma espécie não humana (anticorpo doador), tal como camundongo, rato ou coelho tendo a especificidade, afinidade e capacidade desejadas. Em alguns casos, os resíduos es- truturais de Fv da imunoglobulina humana são substituídos pelos resí- duos não humanos correspondentes.
[00121] Os anticorpos humanizados também podem compreender resíduos que não são encontrados nem no anticorpo receptor nem nas CDRs importadas ou nas sequências estruturais. Em geral, o anticorpo humanizado compreenderá substancialmente todo de pelo menos um, e tipicamente dois, domínios variáveis, nos quais todas ou substanci- almente todas as regiões CDR correspondem àquelas de uma imuno- globulina não humana e todas ou substancialmente todas as regiões FR são aquelas de uma sequência de consenso de imunoglobulina humana. O anticorpo humanizado de modo ideal também compreen-
derá pelo menos uma parte de uma região constante de imunoglobuli- na (Fc), tipicamente aquela de uma imunoglobulina humana. Jones et al., Nature 321: 522-525 (1986); Riechmann et a/., Nature 332: 323- 329 (1988) e Presta, Curr. Opin. Struct. Biol. 2 : 5993-596 (1992).
[00122] Métodos para humanizar anticorpos não humanos são bem conhecidos na técnica. Geralmente, um anticorpo humanizado possui um ou mais resíduos de aminoácido nele introduzidos a partir de uma fonte que não é humana. Estes resíduos de aminoácido não humanos são frequentemente referidos como resíduos de "importação", que são tipicamente retirados de um domínio variável "de importação". A hu- manização pode ser essencialmente executada seguindo o método de Winter e colaboradores, Jones et al. Nature 321: 522-525 (1986); Riechmann et a/., Nature 332: 323-327 (1988); Verhoeyen et a/., Sci- ence 239: 1534-1536 (1988), ou através da substituição de CDRs ou sequências de CDR de roedores pelas sequências correspondentes de um anticorpo humano. Em conformidade, esses anticorpos "huma- nizados" são anticorpos quiméricos (Patente U.S. No. 4.816.567), em que substancialmente menos do que um domínio variável humano in- tacto foi substituído pela sequência correspondente de uma espécie não humana. Na prática, os anticorpos humanizados são tipicamente anticorpos humanos nos quais alguns resíduos de CDR e possivel- mente alguns resíduos de FR são substituídos por resíduos de sítios análogos nos anticorpos de roedores.
[00123] A escolha de domínios variáveis humanos, leves e pesa- dos, a serem usados na produção de anticorpos humanizados, é muito importante para reduzir a antigenicidade. De acordo com o assim chamado método de "melhor ajuste", a sequência do domínio variável de um anticorpo para roedor é rastreada contra toda a biblioteca de sequências conhecidas de domínio variável humano. A sequência hu- mana mais próxima daquela do roedor é então aceita como estrutura humana (FR) para o anticorpo humanizado. Sims et al., J. Immunol.) 151: 2296 (1993); Chothia et a/., J. Mol. Biol., 196: 901 (1987).
[00124] Outro método utiliza uma estrutura específica derivada da sequência de consenso de todos os anticorpos humanos de um sub- grupo específico de cadeias leves ou pesadas. A mesma estrutura po- de ser usada para vários anticorpos humanizados diferentes. Carter et al., Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 89 : 4285 (1992); Presta et al. J. Immunol., 151: 2623 (1993).
[00125] É ainda importante que os anticorpos sejam humanizados com retenção de alta afinidade pelo antígeno e outras propriedades biológicas favoráveis. Para atingir este objetivo, de acordo com um método preferido, os anticorpos humanizados são preparados por um processo de análise das sequências de origem e vários produtos hu- manizados conceituais usando modelos tridimensionais das sequên- cias por via parenteral e humanizadas. Modelos tridimensionais de imunoglobulina estão geralmente disponíveis e são familiares para aqueles versados na técnica. Programas de computador estão dispo- níveis os quais ilustram e exibem estruturas conformacionais tridimen- sionais prováveis de sequências de imunoglobulina candidatas seleci- onadas. A inspeção destas exibições permite a análise do provável papel dos resíduos no funcionamento da sequência de imunoglobulina candidata, isto é, a análise de resíduos que influenciam a capacidade da imunoglobulina candidata de se ligar ao seu antígeno. Deste modo, os resíduos FR podem ser selecionados e combinados a partir das se- quências receptoras e de importação, para que a característica dese- jada do anticorpo, como maior afinidade pelos antígenos alvos, seja alcançada. Em geral, os resíduos de CDR estão direta e mais subs- tancialmente envolvidos na influência da ligação ao antígeno.
[00126] Várias formas do anticorpo humanizado são contempladas. Por exemplo, o anticorpo humanizado pode ser um fragmento de anti-
corpo, tal como um Fab, que é opcionalmente conjugado com um ou mais agentes citotóxicos, a fim de gerar um imunoconjugado.
[00127] —Alternativamente, o anticorpo humanizado pode ser um an- ticorpo intacto, tal como um anticorpo IgGl intacto. 4) Anticorpos humanos
[00128] Como uma alternativa à humanização, anticorpos humanos podem ser gerados. Por exemplo, agora é possível produzir animais transgênicos (por exemplo, camundongos) que são capazes, após imunização, de produzir um repertório completo de anticorpos huma- nos na ausência de produção endógena de imunoglobulina. Por exemplo, foi descrito que a supressão homozigota do gene da região de união da cadeia pesada (JH) do anticorpo em camundongos mutan- tes quiméricos e da linha germinativa resulta na inibição completa da produção de anticorpos endógenos. A transferência da matriz de ge- nes da imunoglobulina da linha germinativa humana nesses camun- dongos mutantes da linha germinativa resultará na produção de anti- corpos humanos após o estímulo ao antígeno. Ver, por exemplo, Ja- kobovits et a/., Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 90: 2551 (1993); Jakobovits et al, Nature, 362: 255-258 (1993); Bruggermann et al, Year in Immun., 7: 33 (1993); Patentes U.S. Nos. 5.591.669 e WO 97/17852.
[00129] —Alternativamente, a tecnologia de exibição de fago pode ser usada para produzir anticorpos humanos e fragmentos de anticorpos in vitro, a partir de repertórios de genes de domínio variável de imuno- globulina (V) de doadores não imunizados. McCafferty et al/., Nature 348: 552-553 (1990); Hoogenboom and Winter, J. Mol. Biol. 227: 381 (1991). De acordo com esta técnica, os genes do domínio V do anti- corpo são clonados na estrutura em um gene de proteína de revesti- mento principal ou secundário de um bacteriófago filamentoso, tal co- mo M13, e apresentados como fragmentos funcionais de anticorpo na superfície da partícula do fago. Visto que a partícula filamentosa con-
tém uma cópia de DNA de fita simples do genoma do fago, as sele- ções baseadas nas propriedades funcionais do anticorpo também re- sultam na seleção do gene que codifica o anticorpo que apresenta es- sas propriedades. Assim, o fago imita algumas das propriedades da célula B. A exibição de fago pode ser executada em uma variedade de formatos, revisados em, por exemplo, Johnson, Kevin S. and Chiswell, David J., Curr. Opin Struct. Biol. 3: 564-571 (1993). Várias fontes de segmentos do gene V podem ser usadas para exibição de fago. Clackson et a/., Nature 352: 624-628 (1991) isolaram uma matriz di- versa de anticorpos antioxazolona de uma pequena biblioteca combi- natória aleatória de genes V derivados dos baços de camundongos imunizados. Um repertório de genes V de doadores humanos não imunizados pode ser construído e os anticorpos para uma matriz di- versa de antígenos (incluindo autoantígenos) podem ser isolados es- sencialmente seguindo as técnicas descritas por Marks et a/l., J. Mol. Biol. 222: 581-597 (1991) ou Griffith et al, EMBO J. 12: 725-734 (1993). Ver também, Patentes U.S. Nos. 5.565.332 e 5.573.905.
[00130] As técnicas de Cole et al. e Boerner et a/., também estão disponíveis para a preparação de anticorpos monoclonais humanos (Cole et al., Monoclonal Antibodies and Cancer Therapy, Alan R. Liss, p. 77 (1985) e Boerner et al., J. Immunol. 147 (1) : 86-95 (1991). Da mesma forma, os anticorpos humanos podem ser produzidos através da introdução de locais de imunoglobulina humana em animais trans- gênicos, por exemplo, camundongos nos quais os genes da imunoglo- bulina endógena foram parcial ou completamente inativados. Após o estímulo, a produção de anticorpos humanos é observada, que quase se assemelham àquela observada no ser humano em todos os aspec- tos, incluindo a reorganização gênica, montagem e repertório de anti- corpos. Esta abordagem é descrita, por exemplo, nas Patentes U.S. Nos 5.545.807; 5.545.806, 5.569.825, 5.625.126, 5.633.425, 5.661.016 e nas seguintes publicações científicas: Marks et al., Bio/Technology 10: 779-783 (1992); Lonberg et a/., Nature 368 : 856-859 (1994); Mor- rison, Nature 368: 812-13 (1994), Fishwild et a/., Nature Biotechnology 14 : 845-51 (1996), Neuberger, Nature Biotechnology 14: 826 (1996) e Lonberg and Huszar, Intern. Rev. Immunol. 13: 65-93 (1995). Final- mente, os anticorpos humanos também podem ser gerados in vitro por células B ativadas (ver Patentes U.S. Nos. 5.567.610 e 5.229.275). 5) Anticorpos biespecíficos e poliespecíficos
[00131] Anticorpos biespecíficos (BsAbs) são anticorpos que pos- suem especificidades de ligação para pelo menos dois epítopos dife- rentes, incluindo aqueles na mesma ou em outra proteína. Como alter- nativa, um ramo pode ser armado para se ligar ao antígeno alvo e ou- tro ramo pode ser combinado com um ramo que se liga a uma molécu- la de ativação em um leucócito, tal como uma molécula de receptor de células T (por exemplo, CD3) ou receptores Fc para IgG (FcyR), tal como FcyRI (CD64), FcyRII (CD32) e FeyRin (CD16), de modo a focar e localizar mecanismos de defesa celular na célula que expressa o an- tígeno alvo. Tais anticorpos podem ser derivados de anticorpos com- pletos ou fragmentos de anticorpos (por exemplo, anticorpos biespecí- ficos F(ab')2).
[00132] Os anticorpos biespecíficos também podem ser usados pa- ra localizar agentes citotóxicos em células que expressam o antígeno alvo. Tais anticorpos possuem um ramo que liga o antígeno desejado e outro ramo que liga o agente citotóxico (por exemplo, metotrexato).
[00133] Os métodos para produzir anticorpos biespecíficos são co- nhecidos na técnica. A produção tradicional de anticorpos biespecífi- cos de comprimento total baseia-se na coexpressão de dois pares de cadeia pesada-cadeia leve de imunoglobulina, onde as duas cadeias possuem especificidades diferentes. Millstein et a/., Nature, 305: 537- 539 (1983). Devido à variedade aleatória de cadeias pesadas e leves de imunoglobulina, esses hibridomas (quadromas) produzem uma po- tencial mistura de 10 moléculas de anticorpo diferentes, das quais apenas uma possui a estrutura biespecífica correta. A purificação da molécula correta, que geralmente é realizada por etapas de cromato- grafia por afinidade, é bastante complicada e o rendimento do produto é baixo. Procedimentos similares são divulgados na WO 93/08829 e em Traunecker et a/l., EMBO J., 10: 3655-3659 (1991).
[00134] De acordo com uma abordagem diferente, os domínios va- riáveis de anticorpo com as especificidades de ligação desejadas (sí- tios de combinação anticorpo-antígeno) são fundidos com sequências de domínio constante de imunoglobulina. A fusão é de preferência com um domínio constante da cadeia pesada de imunoglobulina, compre- endendo pelo menos parte das regiões de dobradiça, CH2 e CH3. É preferível ter a primeira região constante da cadeia pesada (CH1) con- tendo o local necessário para a ligação da cadeia leve, presente em pelo menos uma das fusões. Os DNAs que codificam as fusões da ca- deia pesada de imunoglobulina e, se desejável, a cadeia leve de imu- noglobulina, são inseridos em vetores de expressão separados e são cotransfectados para um organismo hospedeiro adequado. Isso forne- ce uma grande flexibilidade no ajuste das proporções mútuas dos três fragmentos de polipeptídeo nas modalidades quando relações desi- guais das três cadeias polipeptídicas usadas na construção fornecem os rendimentos ideais. No entanto, é possível inserir as sequências de codificação para duas ou todas as três cadeias polipeptídicas em um vetor de expressão quando a expressão de pelo menos duas cadeias polipeptídicas em relações iguais resulta em altos rendimentos ou quando as relações não possuem significado particular.
[00135] Em uma modalidade preferida desta abordagem, os anti- corpos biespecíficos são compostos de uma cadeia pesada de imuno- globulina híbrida com uma primeira especificidade de ligação em um ramo e um par de cadeia leve-cadeia pesada de imunoglobulina híbri- da (que fornece uma segunda especificidade de ligação) no outro ra- mo. Observou-se que esta estrutura assimétrica facilita a separação do composto biespecífico desejado das combinações indesejadas de cadeias de imunoglobulina, pois a presença de uma cadeia leve de imunoglobulina em apenas metade das moléculas biespecíficas pro- porciona uma maneira fácil de separação. Esta abordagem é divulga- da na WO 94/04690. Para mais detalhes sobre a geração de anticor- pos biespecíficos, ver, por exemplo, Suresh et a/., Methods in Enzymo- logy 121: 210 (1986).
[00136] De acordo com outra abordagem descrita na WO 96/27011 ou US 5.731.168, a interface entre um par de moléculas de anticorpo pode ser modificada para maximizar a porcentagem de heterodímeros que são recuperados da cultura de células recombinantes. A interface preferida compreende pelo menos uma parte da região CH3 de um domínio constante de anticorpo. Neste método, uma ou mais peque- nas cadeias laterais de aminoácido da interface da primeira molécula de anticorpo são substituídas por cadeias laterais maiores (por exem- plo, tirosina ou triptofano). "Cavidades" compensatórias de tamanho idêntico ou similar às grandes cadeias laterais são criadas na interface da segunda molécula de anticorpo que substitui as cadeias laterais grandes de aminoácidos por cadeias menores (por exemplo, alanina ou treonina). Isso fornece um mecanismo para aumentar o rendimento do heterodímero em relação a outros produtos finais indesejados, tais como homodímeros.
[00137] Técnicas para gerar anticorpos biespecíficos a partir de fra- gmentos de anticorpos foram descritas na literatura. Por exemplo, os anticorpos biespecíficos podem ser preparados usando ligação quími- ca. Brennan et al., Science 229: 81 (1985) descrevem um procedimen- to em que os anticorpos intactos são clivados proteoliticamente para gerar fragmentos F(ab')2. Estes fragmentos são reduzidos na presen- ça do agente complexante de ditiol arsenito de sódio para estabilizar os ditióis vicinais e impedir a formação de dissulfeto intermolecular. Os fragmentos Fab gerados são então convertidos em derivados de tioni- trobenzoato (TNB). Um dos derivados Fab'-TNB é então reconvertido no derivado Fab'-TNB para formar o anticorpo biespecífico. Os anti- corpos biespecíficos produzidos podem ser usados como agentes para a imobilização seletiva de enzimas.
[00138] Os fragmentos Fab' podem ser recuperados diretamente de E. coli e acoplados quimicamente para formar anticorpos biespeciíficos. Shalaby et al., J. Exp. Med. 175: 217-225 (1992) descrevem a produ- ção de moléculas de anticorpo biespecífico F(ab')2 totalmente humani- zadas. Cada fragmento Fab' foi secretado separadamente a partir de E. coli e submetido ao acoplamento químico direcionado in vitro para formar o anticorpo biespecífico. O anticorpo biespecífico assim forma- do foi capaz de se ligar às células que superexpressam o receptor ErbB2 e de células T humanas normais, além de acionar a atividade lítica de linfócitos citotóxicos humanos contra alvos de tumores de mama humanos.
[00139] Várias técnicas para produzir e isolar fragmentos de anti- corpos bivalentes diretamente da cultura de células recombinantes também foram descritas. Por exemplo, heterodímeros bivalentes foram produzidos usando zíperes de leucina. Kostelny et al., J. Immunol., 148 (5): 1547-1553 (1992).
[00140] Os peptídeos de zíper de leucina das proteínas Fos e Jun foram ligados às componentes de Fab' de dois anticorpos diferentes por fusão genética. Os homodímeros de anticorpos foram reduzidos na região de dobradiça para formar monômeros e depois reoxidados para formar os heterodímeros de anticorpos. A tecnologia "diabody" descrita por Hollinger et al/., Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 90: 6444-6448 (1993)
forneceu um mecanismo alternativo para produzir fragmentos de anti- corpos biespecíficos/bivalentes. Os fragmentos compreendem um do- mínio variável de cadeia pesada (VH) conectado a um domínio variá- vel de cadeia leve (VL) por um ligante que é muito curto para permitir o emparelhamento entre os dois domínios na mesma cadeia. Por con- seguinte, os domínios VH e VL de um fragmento são forçados a parear com os domínios complementares VL e VH de outro fragmento, for- mando assim dois sítios de ligação ao antígeno. Outra estratégia para a produção de fragmentos de anticorpos biespecíficos/bivalentes pelo uso de dímeros de cadeia simples de Fv (sFv) também foi relatada. Ver Gruber et al., J. Imnzunol., 152: 5368 (1994).
[00141] Os anticorpos com mais de duas valências são contempla- dos. Por exemplo, anticorpos triespecíficos podem ser preparados. Tutt et al., J. Inmunol. 147: 60 (1991).
[00142] Os anticorpos biespecíficos exemplares podem se ligar a dois epítopos diferentes em uma dada molécula. Alternativamente, um ramo antiproteína pode ser combinado com um ramo que se liga a uma molécula de ativação em um leucócito, tal como uma molécula receptora de células T (por exemplo, CD2, CD3, CD28 ou B7) ou re- ceptores Fc para IgG (FcyR), tal como FcyRI (CD64), FcyRII (CD32) e FcyRIll (CD16), de modo a focar os mecanismos de defesa celular na célula que expressa a proteína específica.
[00143] Outro anticorpo biespecífico de interesse liga a proteína de interesse e liga ainda a albumina de soro humano.
[00144] A tecnologia "diabody" descrita por Hollinger et al. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 90: 6444-6448 (1993) proporcionou um meca- nismo alternativo para produzir fragmentos de anticorpos biespecífi- cos. Os fragmentos compreendem um VH conectado a um VL por um ligante que é muito curto para permitir o emparelhamento entre os dois domínios na mesma cadeia. Consequentemente, os domínios VH e VL de um fragmento são forçados a parear com os domínios complemen- tares VL e VH de outro fragmento, formando assim dois sítios de liga- ção ao antígeno. Outra estratégia para produzir fragmentos de anticor- pos biespecíficos pelo uso de dímeros de cadeia única de Fv (sFv) também foi relatada. Ver Gruber et al/., J. Immunol., 152: 5368 (1994).
[00145] — Anticorpos com mais de duas valências são contemplados. Por exemplo, anticorpos triespecíficos podem ser preparados. Tutt et al. J. Immunol. 147: 60 (1991).
[00146] Um anticorpo multivalente pode ser internalizado (e/ou ca- tabolizado) mais rapidamente que um anticorpo bivalente por uma cé- lula que expressa um antígeno ao qual os anticorpos se ligam. Os an- ticorpos da presente invenção podem ser anticorpos multivalentes (que são diferentes da classe IgM) com três ou mais sítios de ligação ao antígeno (por exemplo, anticorpos tetravalentes), que podem ser facilmente produzidos pela expressão recombinante de ácido nucleico que codifica as cadeias polipeptídicas do anticorpo. O anticorpo multi- valente pode compreender um domínio de dimerização e três ou mais sítios de ligação ao antígeno. O domínio de dimerização preferido compreende (ou consiste em) uma região Fc ou uma região da dobra- diça. Nesse cenário, o anticorpo compreenderá uma região Fc e três ou mais sítios de ligação ao antígeno amino-terminais à região Fc. O anticorpo multivalente preferido nesta invenção compreende (ou con- siste em) três a cerca de oito, mais preferivelmente quatro, sítios de ligação ao antígeno. O anticorpo multivalente compreende pelo menos uma cadeia polipeptídica (e de preferência duas cadeias polipeptídi- cas), em que as cadeias polipeptídicas compreendem dois ou mais domínios variáveis. Por exemplo, as cadeias polipeptídicas podem compreender VDI (X17-VD2- (X2))-Fc, em que VDI é um primeiro do- mínio variável, VD2 é um segundo domínio variável, Fc é uma cadeia polipeptídica de uma região Fc, X1 e X2 representam um aminoácido ou polipeptídeo, e n é O ou 1. Por exemplo, as cadeias polipeptídicas podem compreender: cadeia da região VH-CHlI- ligante flexível-VH- CHl-Fc; ou cadeia da região VH-CHI-VH-CHlI-Fc. O anticorpo multiva- lente nesta invenção de preferência compreende ainda pelo menos dois (e preferivelmente quatro) polipeptídeos de domínio variável de cadeia leve. O anticorpo multivalente no presente documento pode, por exemplo, compreender de cerca de dois a cerca de oito polipeptí- deos do domínio variável de cadeia leve. Os polipeptídeos de domínio variável de cadeia leve no presente documento contemplados com- preendem um domínio variável de cadeia leve e, opcionalmente, com- preendem ainda um domínio CL.
[00147] Os anticorpos heteroconjugados também estão dentro do escopo da presente invenção.
[00148] Os anticorpos heteroconjugados são compostos por dois anticorpos covalentemente unidos. Por exemplo, um dos anticorpos no heteroconjugado pode ser acoplado à avidina, o outro à biotina. Está contemplado que os anticorpos possam ser preparados in vitro usando métodos conhecidos na química de proteínas sintéticas, incluindo aqueles que envolvem agentes de reticulação. Por exemplo, imunoto- xinas podem ser construídas usando uma reação de troca de dissulfe- to ou mediante a formação de uma ligação de tioéter. Exemplos de reagentes adequados para este propósito incluem iminotiolato e metil- 4-mercaptobutirimidato e aqueles divulgados, por exemplo, na Patente U.S. No. 4.676.980. Os anticorpos heteroconjugados podem ser pro- duzidos usando quaisquer métodos convenientes de reticulação. Os agentes de reticulação adequados são bem conhecidos na técnica e são divulgados na Patente US No. 4.676.980, junto de várias técnicas de reticulação.
[00149] Para técnicas adicionais de produção de anticorpos, ver Antibodies: A Laboratory Manual, eds. Harlow et al/., Cold Spring Har-
bor Laboratory, 1988. A presente invenção não está necessariamente limitada a qualquer fonte, método de produção ou outras característi- cas especiais de um anticorpo em particular.
[00150] O anticorpo relacionado à presente invenção é de preferên- cia um anticorpo "isolado". "Isolado" quando usado para descrever an- ticorpos no presente documento divulgados, significa um anticorpo que foi identificado, separado e/ou recuperado de um componente do seu ambiente de produção. De preferência, o anticorpo isolado está livre de associação com todos os outros componentes do seu ambiente de produção. Componentes contaminantes de seu ambiente de produção, tais como aqueles resultantes de células transfectadas recombinantes, são materiais que normalmente interferem no uso diagnóstico ou tera- pêutico do polipeptídeo e podem incluir enzimas, hormônios e outros solutos protéicos ou não protéicos. Nas modalidades preferidas, o an- ticorpo será purificado (1) até um grau suficiente para obter pelo me- nos 15 resíduos da sequência de aminoácido N-terminal ou interna pelo uso de um sequenciador de copo giratório ou (2) para homoge- neidade por SDS-PAGE sob condições não redutoras ou redutoras usando azul de Coomassie ou, de preferência, corante prata. Normal- mente, no entanto, um anticorpo isolado será preparado por pelo me- nos uma etapa de purificação.
[00151] Como no presente documento usado, "câncer" refere-se a um amplo grupo de doenças especificadas pelo crescimento descon- trolado de células anormais no corpo. A divisão celular não regulamen- tada pode resultar na formação de tumores malignos ou células que invadem os tecidos vizinhos e podem sofrer metástases em partes dis- tantes do corpo através do sistema linfático ou da corrente sanguínea.
[00152] Exemplos não limitativos de câncer incluem carcinoma de células escamosas, câncer pulmonar de pequenas células, câncer pulmonar de não pequenas células, câncer pulmonar de não pequenas células escamosas (NSCLC), não NSCLC, glioma, câncer gastrointes- tinal, câncer renal (por exemplo, carcinoma de células claras), câncer de ovário, câncer de fígado, câncer colorretal, câncer de endométrio, câncer de rim (por exemplo, carcinoma de células renais (RCC)), cân- cer de próstata (por exemplo, adenocarcinoma de próstata refratário a hormônio), câncer de tireóide, neuroblastoma, câncer de pâncreas, glioblastoma ( glioblastoma multiforme), câncer cervical, câncer de es- tômago, câncer de bexiga, hepatoma, câncer de mama, carcinoma de cólon e câncer de cabeça e pescoço (ou carcinoma), câncer gástrico, tumor de células germinativas, sarcoma pediátrico, exterminador natu- ral nasosinusal, melanoma (por exemplo, melanoma maligno metastá- tico, tal como melanoma maligno cutâneo ou intraocular), câncer ós- seo, câncer de pele, câncer uterino, câncer da região anal, câncer tes- ticular, carcinoma das trompas de falópio, carcinoma do endométrio, carcinoma do colo do útero, carcinoma da vagina, carcinoma da vulva, câncer do esôfago, câncer do intestino delgado, câncer do sistema endócrino, câncer da glândula paratireóide, câncer da glândula adre- nal, sarcoma de tecidos macios, câncer da uretra, câncer do pênis, tumores sólidos da infância, câncer de ureter, carcinoma da pelve re- nal, neoplasia do sistema nervoso central (CNS), linfoma primário do CNS, angiogênese tumoral, tumor do eixo espinhal, glioma do tronco cerebral, adenoma hipofisário, sarcoma de Kaposi, câncer epidermói- de, câncer de células escamosas, linfoma de células T, cânceres indu- zidos pelo ambiente incluindo aqueles induzidos pelo amianto, cânce- res relacionados a vírus (por exemplo, tumor relacionado ao vírus do papiloma humano (HPV)) e doenças hematológicas derivadas de qualquer uma das duas principais linhagens celulares sanguíneas, isto é, a linhagem celular mielóide (que produz granulócitos, eritrócitos, trombócitos, macrófagos e mastócitos) ou a linhagem celular linfóide (que produz células B, T, NK e plasma), tal como todos os tipos de lu-
ekemias, linfomas e mielomas, por exemplo, leucemias agudas, crôni- cas, linfocíticas e/ou mielogenosas, tais como leucemia aguda (ALL), leucemia mielogenosa aguda (AML), leucemia linfocítica crônica (CLL) e leucemia mielogenosa crônica (CML), AML indiferenciada (MO), leu- cemia mieloblástica (MI), leucemia mieloblástica (M2; com maturação celular), leucemia promielocítica (M3 ou variante de M3 [M3V]), leuce- mia mielomonocítica (M4 ou variante de M4 com eosinofilia [M4E]), leucemia monocítica (M5), eritroleucemia (M6), leucemia megaca- rioblástica (M7), sarcoma granulocítica isolada e cloroma; linfomas, tais como linfoma de Hodgkin (HL), linfoma de não Hodgkin (NHL), lin- fomas de células B, linfomas de células T, linfoma linfoplasmocitóide, linfoma de células B monocitóides, linfoma do tecido linfóide associado à mucosa (MALT), linfoma de células grandes anaplásico (por exem- plo, Ki 1+), linfoma/leucemia de células T do adulto, linfoma de células do manto, linfoma de células T angio imunoblástico, linfoma angiocên- trico, linfoma de células T intestinal, linfoma de células B mediastnal primário, linfoma T-linfoblástico precursor, T-linfoblástico; e linfo- ma/leucemia (T-Lbly/T-ALL), linfoma periférico de células T, linfoma linfoblástico, pós-transplante, distúrbio linfoproliferativo, linfoma histio- cítico verdadeiro, linfoma do sistema nervoso central primário, linfoma de derrame primário, linfoma linfoblástico (LBL), tumores hematopoié- ticos da linhagem linfóide, leucemia linfoblástica aguda, linfoma difuso de células B grandes, linfoma de Burkitt, linfoma folicular, linfoma histi- ocítico difuso (DHL), linfoma imunoblástico de células grandes, linfoma linfoblástico de células B precursor, linfoma cutâneo de células T (CTLC) (também chamado micose fungóide ou síndrome de Sezary) e linfoma linfoplasmacitóide (LPL) com macroglobulinemia de Waldens- trom; mielomas, tais como mieloma de IgG, mieloma de cadeia leve, mieloma não secretor, mieloma latente (também chamado mieloma indolente), mielomas solitário, plasmocitoma e múltiplos, leucemia lin-
focítica crônica (LLC), linfoma de células pilosas; tumores hematopoié- ticos da linhagem mielóide, tumores de origem mesenquimal, incluindo fibrossarcoma e rabdomiossarcoma; seminoma, teratocarcinoma, tu- mores do nervo central e periférico, incluindo astrocitoma, schwanno- mas; tumores de origem mesenquimal, incluindo fibrossarcoma, rab- domiossarcoma e osteossarcoma; e outros tumores, incluindo mela- noma, xeroderma pigmentoso, queratoacantoma, seminoma, câncer folicular da tireóide e teratocarcinoma, tumores hematopoiéticos da linhagem linfoide, por exemplo, tumores de células T e células B, inclu- indo, mas não limitados a distúrbios das células T tais como leucemia T-prolinfocítica (T-PLL), incluindo do tipo de células pequenas e célu- las cerebriformes; leucemia linfocitária granular grande (LGL) preferi- velmente do tipo de células T; linfoma hepatoesplênico a/d T-NHL; lin- foma de células T periférico/pós-tímico (subtipos pleomórficos e imu- noblásticos); linfoma de células T angiocêntrico (nasal); câncer de ca- beça e pescoço, câncer renal, câncer retal, câncer da glândula tireói- de; linfoma mielóide agudo, assim como quaisquer combinações dos referidos cânceres. Os métodos no presente documento descritos também podem ser usados para o tratamento de cânceres metastáti- cos, cânceres refratários (por exemplo, cânceres refratários à imunote- rapia anterior, por exemplo, com um anticorpo bloqueador de CTLA-4 ou PD-1 ou PD-L1) e cânceres recorrentes.
[00153] O termo "indivíduo" destina-se a incluir organismos vivos. Exemplos de indivíduos incluem mamíferos, por exemplo, seres hu- Manos, cães, vacas, cavalos, porcos, ovelhas, cabras, gatos, camun- dongos, coelhos, ratos e animais não humanos transgênicos. O indiví- duo (animal) pode, contudo, ser um animal não mamífero, tal como um pássaro ou um peixe. Em algumas modalidades preferidas da inven- ção, o indivíduo é um ser humano, enquanto que em algumas outras modalidades preferidas, o indivíduo pode ser um animal de criação,
em que o animal de criação pode ser um mamífero ou um animal não mamífero. Exemplos desses animais não mamíferos são aves (por exemplo, aves domésticas tais como galinha, pato, ganso ou peru), peixes (por exemplo, peixes cultivados em aquicultura tal como sal- mão, truta ou tilápia) ou crustáceos (tais como camarões ou pitus). Exemplos de animais mamíferos (pecuária) incluem cabras; ovelha; vacas; cavalos; porcos; ou burros. Outros mamíferos incluem gatos, cães, camundongos e coelhos, por exemplo. Nas modalidades ilustra- tivas, os polimerossomas da presente invenção são usados para a va- cinação ou imunização dos animais de criação mencionados acima, tanto animais de criação mamíferos quanto animais de criação não mamíferos (um pássaro, um peixe, um crustáceo) contra infecções por vírus (cf. a seção de Exemplos a esse respeito). Em conformidade, nesses casos, os polimerossomas da invenção podem ter neles en- capsulados proteínas virais solúveis de comprimento total ou fragmen- tos solúveis de proteínas virais de comprimento total.
[00154] “Quando usados para vacinação de animais humanos e não humanos, os polimerossomas ou as composições compreendendo po- limerossomas da invenção podem ser administrados por via oral ao respectivo indivíduo (cf. também a Seção de Exemplos) dissolvido apenas em um tampão adequado (farmaceuticamente aceitável) tal como solução salina tamponada com fosfato (PBS) ou solução salina a 0,9% (uma solução isotônica de 0,90% p/v de NaCl, com uma osmola- ridade de 308 mOsm/L). Alternativamente, os polimerossomas podem ser modificados, por exemplo, por meio de um revestimento com polí- meros naturais ou podem ser formulados em partículas de polímeros naturais tais como alginato ou quitosana, ou de polímeros sintéticos tais como poli(d,|-lactídeo-co-glicolídeo) (PLG), poli(fácido d,l-lático- coglicólico) (PLGA), poli(ácido g-glutâmico) (g-PGA) [31,32] ou po- lifetileno glicol) (PEG). Essas partículas podem ser partículas na faixa de micrômetros ("macroconta") ou nanopartículas, ou nanopartículas incorporadas nas macrocontas, todas das quais bem conhecidas na técnica. Ver, por exemplo, Hari et al, “Chitosan/calcium-alginate beads for oral delivery of insulin”, Applied Polymer Science, Volume 59, |s- sue11, 14 March 1996, 1795-1801, a revisão de Sosnik “Alginate Par- ticles as Platform for Drug Delivery by the Oral Route: State-of-the-Art” ISRN Pharmaceutics Volume 2014, Article ID 926157, Machado et al, Encapsulation of DNA in Macroscopic and Nanosized Calcium Alginate Gel Particles”, Langmuir 2013, 29, 15926-15935, Pedido de Patente Internacional WO 2015/110656, a revisão “Nanoparticle vaccines” de Liang Zhao et al. Vaccine 32 (2014) 327-337) ou Li et al “Chitosan- Alginate Nanoparticles as a Novel Drug Delivery System for Nifedipine” Int J Biomed Sci vol. 4 no. 3 September 2008, 221-228. Nas modalida- des ilustrativas desses polimerossomas e formulações orais, os poli- merossomas que são usados para vacinação encapsularam nele um antígeno viral que compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da influenza suína, proteína do vírus da febre aftosa (FMD) tal como a proteína de revestimento VP1, VP2 ou VP3 (a proteína de revestimento VP1 contém os principais determinantes an- tigênicos do vírion da FMD e, portanto, as alterações em sua sequên- cia devem ser responsáveis pela alta variabilidade antigênica do ví- rus), ovalbumina (OVA) ou da proteína SPIKE do vírus da diarréia epi- dêmica suína (PED). Como evidente a partir do uso de polimerosso- mas compreendendo uma parte solúvel da hemaglutinina da influenza ou uma proteína do vírus da febre aftosa (FMD) tal como a proteína de revestimento VP1, VP2 ou VP3, a doença viral pode afetar qualquer animal, incluindo aves e mamíferos, em que um mamífero também po- de ser um ser humano.
[00155] O termo "dose eficaz" ou "dosagem eficaz" é definido como uma quantidade suficiente para atingir ou pelo menos parcialmente alcançar o efeito desejado. O termo "dose terapeuticamente eficaz" é definido como uma quantidade suficiente para curar ou pelo menos parcialmente interromper a doença e suas complicações em um paci- ente que já sofre da doença. As quantidades eficazes para esse uso dependerão da gravidade da infecção e do estado geral do sistema imunológico do próprio indivíduo. O termo "paciente" inclui indivíduos humanos e outros mamíferos que recebem tratamento profilático ou terapêutico.
[00156] A dosagem apropriada, ou quantidade terapeuticamente eficaz, do anticorpo ou sua parte de ligação ao antígeno dependerá da condição a ser tratada, da gravidade da condição, da terapia anterior e do histórico clínico do paciente e resposta ao agente terapêutico. À dose apropriada pode ser ajustada de acordo com a avaliação do mé- dico assistente de tal modo que possa ser administrada ao paciente uma vez ou durante uma série de administrações. A composição far- macêutica pode ser administrada como um único terapêutico ou em combinação com terapias adicionais, como necessário.
[00157] Sea composição farmacêutica foi liofilizada, o material liofi- lizado é primeiro reconstituído em um líquido apropriado antes da ad- ministração. O material liofiizado pode ser reconstituído, por exemplo, na água bacteriostática para injeção (BWFI), soro fisiológico, solução salina tamponada com fosfato (PBS) ou na mesma formulação em que a proteína estava antes da liofilização.
[00158] As composições farmacêuticas para injeção podem ser apresentadas na forma de dosagem unitária, por exemplo, em ampo- las ou em recipientes de múltiplas doses, com um conservante adicio- nado. Além disso, várias abordagens recentes de liberação de fárma- cos foram desenvolvidas e as composições farmacêuticas da presente invenção são adequadas para administração usando esses novos mé- todos, por exemplo, Inject-Ease, Genject, canetas injetoras tais como
Genen, e dispositivos sem agulha tais como MediJector e BioJector. À presente composição farmacêutica também pode ser adaptada para métodos de administração a serem ainda descobertos. Ver também Langer, 1990, Science, 249: 1527-1533.
[00159] A composição farmacêutica também pode ser formulada como uma preparação de depósito. Tais formulações de ação prolon- gada podem ser administradas por implantação (por exemplo, subcu- taneamente, no ligamento ou tendão, subsinovial ou intramuscular- mente), através da injeção subsinovial ou por injeção intramuscular. Assim, por exemplo, as formulações podem ser modificadas com ma- teriais poliméricos ou hidrofóbicos adequados (por exemplo, como uma emulsão em um óleo aceitável) ou resinas de troca iônica, ou co- mo derivados moderadamente solúveis, por exemplo, como um sal moderadamente solúvel.
[00160] As composições farmacêuticas também podem estar em uma variedade de formas de depósito convencionais empregadas para administração para fornecer composições reativas. Estas incluem, por exemplo, formas de dosagem sólidas, semissólidas e líquidas, tais como soluções ou suspensões líquidas, pastas fluidas, géis, cremes, bálsamos, emulsões, loções, pós, sprays, espumas, pastas, pomadas, unguentos, bálsamos e gotas.
[00161] As composições farmacêuticas podem, se desejável, ser apresentadas em um frasco, embalagem ou dispositivo dispensador que pode conter uma ou mais formas de dosagem unitárias contendo o ingrediente ativo. Em uma modalidade, o dispositivo dispensador pode compreender uma seringa tendo uma dose única da formulação líquida pronta para injeção. A seringa pode ser acompanhada de ins- truções para administração.
[00162] A composição farmacêutica pode ainda compreender com- ponentes farmaceuticamente aceitáveis adicionais. Outros veículos,
excipientes ou estabilizantes farmaceuticamente aceitáveis, tais como aqueles descritos em Remington's Pharmaceutical Sciences 16th edi- tion, Osol, A. Ed. (1980), também podem ser incluídos em uma formu- lação de proteína no presente documento descrita, contanto que eles não afetem adversamente as características desejadas da formulação. Como no presente documento usado, "veículo farmaceuticamente aceitável" significa todo e qualquer solvente, meio de dispersão, reves- timentos, agentes antibacterianos e antifúngicos, agentes isotônicos e retardadores de absorção compatíveis com a administração farmacêu- tica. O uso de tais meios e agentes para substâncias farmaceutica- mente ativas é bem conhecido na técnica. Veículos, excipientes ou estabilizantes aceitáveis são não tóxicos para os receptores nas doses e concentrações empregadas e incluem: agentes tamponantes adicio- nais; conservantes; cossolventes; antioxidantes, incluindo ácido ascór- bico e metionina; agentes quelantes tais como EDTA; complexos me- tálicos (por exemplo, complexos de Zn-proteína); polímeros biodegra- dáveis, tais como poliésteres; contraíons formadores de sal, tais como sódio, álcoois de açúcar poliídricos; aminoácidos, tais como alanina, glicina, asparagina, 2-fenilalanina e treonina; açúcares ou álcoois de açúcar, tais como lactitol, estaquiose, manose, sorbose, xilose, ribose, ribitol, mioinisitose, mioinisitol, galactose, galactitol, glicerol, ciclitóis (por exemplo, inositol), polietileno glicol; agentes redutores contendo enxofre, tais como glutationa, ácido tióctico, tioglicolato de sódio, tiogli- cerol, [alfa]-monotioglico| e tiossulfato de sódio; proteínas de baixo pe- so molecular, tais como albumina do soro humana, albumina do soro bovina, gelatina ou outras imunoglobulinas; e polímeros hidrófilos, tais como polivinilpirrolidona.
[00163] As formulações no presente documento descritas são úteis como composições farmacêuticas no tratamento e/ou prevenção da condição médica patológica como no presente documento descrita em um paciente com sua necessidade. O termo "tratamento" refere-se ao tratamento terapêutico e às medidas profiláticas ou preventivas. O tra- tamento inclui a aplicação ou administração da formulação ao corpo, a um tecido ou célula isolada de um paciente com uma doença/distúrbio, um sintoma de uma doença/distúrbio ou uma predisposição para uma doença/distúrbio, com o propósito de curar, sarar, aliviar, abrandar, alterar, remediar, melhorar, aperfeiçoar ou afetar a doença, o sintoma da doença ou a predisposição para a doença.
[00164] Como no presente documento usado, o termo "tratando" e "tratamento" refere-se à administração a um indivíduo de uma quanti- dade terapeuticamente eficaz de uma composição farmacêutica de acordo com a invenção. Uma "quantidade terapeuticamente eficaz" refere-se a uma quantidade da composição farmacêutica ou do anti- corpo que é suficiente para tratar ou melhorar uma doença ou distúr- bio, atrasar o início de uma doença ou fornecer qualquer benefício te- rapêutico no tratamento ou controle de uma doença.
[00165] Como no presente documento usado, o termo "profilaxia" refere-se ao uso de um agente para a prevenção do início de uma do- ença ou distúrbio. Uma "quantidade profilaticamente eficaz" define uma quantidade do componente ativo ou agente farmacêutico suficien- te para impedir o início ou a recorrência de uma doença.
[00166] Como usado nesta invenção, os termos "distúrbio" e "doen- ça" são usados de modo trocável para se referir a uma condição em um indivíduo. Em particular, o termo "câncer" é usado de modo trocá- vel com o termo "tumor".
[00167] O kit da invenção compreenderá tipicamente o recipiente descrito acima e um ou mais de outros recipientes compreendendo materiais desejáveis a partir de um ponto de vista comercial e do usuá- rio, incluindo tampões, diluentes, filtros, agulhas, seringas e bulas com instruções de uso.
[00168] No presente contexto, o termo "lipossoma" refere-se a uma vesícula esférica com pelo menos uma bicamada lipídica.
[00169] No presente contexto, o termo "endossoma" refere-se a um compartimento ligado à membrana (isto é, um vacúolo) dentro de célu- las eucarióticas nas quais os materiais ingeridos por endocitose são liberados.
[00170] No presente contexto, o termo "endossoma tardio" refere-se a uma organela endocítica pré-lisossômica diferenciada dos endosso- mas iniciais pelo pH luminal mais baixo e composição protéica diferen- te. Os endossomoa tardios são mais esféricos do que os endossomas iniciais e são principalmente justanucleares, concentrando-se próximo do centro de organização dos microtúbulos.
[00171] No presente contexto, o termo “células auxiliares T” (tam- bém chamadas células TH ou “células T CD4(+) efetoras”) refere-se a linfócitos T que auxiliam outros glóbulos brancos em processos imuno- lógicos, incluindo a maturação de células B em células plasmáticas e células B de memória e ativação de células T citotóxicas e macrófa- gos. Essas células também são conhecidas como "células T CD4(+)" porque expressam a glicoproteína CD4 em suas superfícies. As célu- las T auxiliares são ativadas quando elas são apresentadas com, por exemplo, antígenos peptídicos, por moléculas de MHC classe 1l, que são expressas na superfície das células apresentadoras de antígeno (APCs).
[00172] Como no presente documento usado, o termo "autoantíge- no" refere-se a qualquer molécula ou grupo químico de um organismo que atua como um antígeno na indução da formação de anticorpos em outro organismo, mas ao qual o sistema imunológico saudável do or- ganismo de origem é tolerante.
[00173] Como usado nesta invenção, o termo "% de identidade" re- fere-se à porcentagem de resíduos de aminoácido idênticos na posi-
ção correspondente dentro da sequência quando se compara duas sequências de aminoácido com um alinhamento de sequência ideal, como exemplificado pelas técnicas ClustalW ou X, como disponíveis da www.clustal.org, ou técnicas equivalentes. Consequentemente, ambas as sequências (sequência de referência e sequência de inte- resse) estão alinhadas, os resíduos de aminoácido idênticos entre as duas sequências são identificados e o número total de aminoácidos idênticos é dividido pelo número total de aminoácido (comprimento de aminoácido). O resultado desta divisão é um valor percentual, isto é, valor/grau de identidade percentual.
[00174] Um método de imunização da presente invenção pode ser realizado usando um antígeno encapsulado solúvel de comprimento total (por exemplo, proteína) ou fragmento da proteína em um ambien- te sintético que permita seu dobramento adequado e, portanto, a pro- babilidade de isolar anticorpos capazes de detectar antígenos corres- pondentes (por exemplo, uma proteína da membrana) in vivo seria maior. Além do mais, a imunização e a geração de anticorpos podem ser realizadas sem qualquer conhecimento prévio da estrutura da pro- teína da membrana, o que pode ser necessário quando se utiliza uma abordagem de imunização baseada em peptídeos.
[00175] Além disso, quando comparado a outras técnicas, o método da presente invenção leva em conta uma produção rápida e econômi- ca de proteína da membrana encapsulada em um ambiente de mem- brana estável à oxidação.
[00176] Em alguns aspectos, a presente invenção refere-se a um método para obter uma resposta imune a um antígeno (por exemplo, um imunógeno) em um indivíduo. O método pode incluir a administra- ção ao indivíduo de uma composição que inclui um polimerossoma da presente invenção tendo uma membrana (por exemplo, circunferenci- al) de um polímero anfifílico. A composição inclui ainda um antígeno solúvel encapsulado pela membrana do polímero antfifílico do polime- rossoma da presente invenção. O imunógeno pode ser uma proteína associada à membrana. Em alguns aspectos adicionais, o polimeros- soma da presente invenção compreende um polímero lipídico. A admi- nistração pode ser realizada de qualquer maneira adequada, por exemplo, através da administração oral, administração tópica ou inje- ção.
[00177] A frequência da administração (por exemplo, administração oral ou injeção) pode ser determinada e ajustada por uma pessoa ver- sada na técnica, dependendo do nível de resposta desejado. Por exemplo, a administração semanal ou quinzenal (por exemplo, por via oral ou por injeção) de polimerossomas da presente invenção pode ser dada ao indivíduo, que pode incluir um animal mamífero. A resposta imune pode ser medida mediante a quantificação do nível de concen- tração sanguínea de anticorpos (títulos) no animal mamífero contra a quantidade inicial de antígeno encapsulado pelo polimerossoma da presente invenção (cf., Seção de Exemplo).
[00178] A estrutura dos polimerossomas pode incluir copolímeros de blocos anfifílicos auto-organizáveis em um formato vesicular e o encapsulamento de vários antígenos (por exemplo, proteínas solúveis, etc.), que são encapsulados por métodos de reidratação de solvente, dispersão direta ou automontagem espontânea (por exemplo, Exemplo 1, como no presente documento descrito).
[00179] No presente contexto, o termo "antígeno solúvel" como no presente documento usado, significa um antígeno capaz de ser dissol- vido ou liquefeito. O termo "antígeno solúvel" inclui antígenos que fo- ram "solubilizados", isto é, tornados solúveis ou mais solúveis, especi- almente em água, pela ação de um detergente ou outro agente. Antí- genos solúveis não limitativos exemplares da presente invenção inclu- em: polipeptídeos derivados de uma parte não solúvel de proteínas,
polipeptídeos hidrofóbicos tornados solúveis para encapsulamento, assim como polipeptídeos agregados que são solúveis como agrega- dos.
[00180] Em alguns aspectos, os antígenos (por exemplo, proteínas da membrana) da presente invenção são solubilizados com a ajuda de detergentes, tensoativos, mudança de temperatura ou mudança de pH. A estrutura vesicular fornecida pelos copolímeros de blocos anfifí- licos permite que os antígenos (por exemplo, proteína da membrana) sejam dobrados de uma maneira fisiologicamente correta e funcional, permitindo que o sistema imunológico do animal mamífero alvo detecte os referidos antígenos, produzindo assim uma forte resposta imune.
[00181] Em alguns aspectos, a injeção da composição da presente invenção pode incluir injeção intraperitoneal, subcutânea ou intraveno- sa, intramuscular ou administração não invasiva. Em alguns outros as- pectos, a injeção da composição da presente invenção pode incluir injeção intradérmica.
[00182] Em alguns outros aspectos, o nível de resposta imune pode ser ainda mais elevado ou aumentado pela inclusão de um adjuvante na composição, incluindo o polimerossoma da presente invenção. Em tais aspectos, o polimerossoma e o adjuvante podem ser administra- dos simultaneamente ao indivíduo.
[00183] Em alguns aspectos, um copolímero de bloco ou um polí- mero anfifílico do polimerossoma da presente invenção não é imu- noestimulante nem adjuvante.
[00184] Em alguns outros aspectos, um copolímero de bloco ou um polímero anfifílico do polimerossoma da presente invenção é imunoes- timulante e/ou adjuvante.
[00185] Em alguns aspectos adicionais, um polimerossoma da pre- sente invenção é imunogênico.
[00186] Em alguns aspectos adicionais, um polimerossoma da pre-
sente invenção é não imunogênico.
[00187] Em alguns aspectos, o adjuvante pode ser administrado separadamente da administração da composição da presente inven- ção, incluindo o polimerossoma da presente invenção. O adjuvante pode ser administrado antes, simultaneamente ou após a administra- ção da composição incluindo o polimerossoma que encapsula um an- tígeno da presente invenção. Por exemplo, o adjuvante pode ser inje- tado no indivíduo após a injeção da composição incluindo o polimeros- soma que encapsula um antígeno da presente invenção. Em alguns aspectos, o adjuvante pode ser encapsulado em conjunto com o antí- geno nos polimerossomas.
[00188] Uma pessoa versada na técnica reconheceria e observaria facilmente que os tipos de adjuvante a serem injetados dependem dos tipos de antígeno a serem injetados. O antígeno pode ser um antígeno de origem bacteriana, viral ou fúngica. Por exemplo, no caso em que o antígeno é OVA, o adjuvante pode ser Sigma Adjuvant System (SAS). Outros pares de antígeno-adjuvante também são adequados para uso nos métodos da presente invenção. Em certos aspectos, o uso de ad- juvantes não é necessário. Em ainda outros aspectos, o presente mé- todo funciona melhor, isto é, uma resposta imune mais forte sendo evocada, sem o uso de adjuvantes.
[00189] Em alguns aspectos, uma proteína da membrana pode ser uma proteína da transmembrana, receptor acoplado à proteína G, re- ceptor de neurotransmissor, cinase, porina, transportador ABC, trans- portador de íons, receptor de acetilcolina e receptor de aderência celu- lar. As proteínas da membrana também podem ser fundidas ou aco- pladas a um marcador ou podem estar livres de marcadores. Se as proteínas da membrana forem marcadas, então o marcador pode, por exemplo, ser selecionado de marcadores de afinidade bem conhecidos tais como VSV, His-tag, Strep-tagO, Flag-tag, Intein-tag ou GST-tag ou um parceiro de um par de ligação de alta afinidade, tais como biotina ou avidina, ou de uma marcação como uma marcação fluorescente, uma marcação enzimática, uma marcação de NMR ou uma marcação de isótopo.
[00190] Em alguns aspectos, as proteínas da membrana de seus fragmentos (ou partes) podem ser apresentadas antes do encapsula- mento, ou encapsuladas simultaneamente com a produção da proteína através de um sistema de expressão livre de células. O sistema de ex- pressão livre de células pode ser um sistema de transcrição e transla- ção in vitro.
[00191] O sistema de expressão livre de células também pode ser um sistema de expressão livre de células eucarióticas tais como o sis- tema TNT baseado em reticulócitos de coelho, extrato de gérmen de trigo ou extrato de inseto, um sistema de expressão livre de células procarióticas ou um sistema de expressão livre de células arcaicas.
[00192] Como mencionado acima, os polimerossomas podem ser formados de copolímeros anfifílicos de dibloco ou tribloco. Em vários aspectos, o polímero anfifílico pode incluir pelo menos uma unidade monomérica de um ácido carboxílico, uma amida, uma amina, um al- quileno, um dialquilsiloxano, um éter ou um sulfeto de alquileno.
[00193] Em alguns aspectos, o polímero anfifílico pode ser um blo- co de poliéter selecionado do grupo que consiste em um bloco de oli- go(oxietileno), um bloco de poli(oxietileno) um bloco de oli- go(oxipropileno), um bloco de poli(oxipropileno), um bloco de oli- go(oxibutileno) e um bloco poli(oxibutileno). Outros exemplos de blo- cos que podem ser incluídos no polímero incluem, entre outros, po- lilácido acrílico), polifacrilato de metila), poliestireno, poli(butadieno), poli(2-metiloxazolina), poli(dimetil siloxano), polife-caprolactona), po- liísulfeto de propileno), poli(N-isopropilacrilamida), poli(2-vinilpiridina), poli(2-(dietilamino)metacrilato de etila), poli(2-
diisopropilamino)etilmetacrilato), — poli(2-metacriloilóxi)etilfosforilcolina, poli(isopreno), poli(isobutileno), poli(etileno-co-butileno) e poli(ácido lático). Exemplos de um polímero anfifílico adequado incluem, mas não são limitados a estes, copolímero de bloco de poli(etil etileno)-b- poli(óxido de etileno) (PEE-b-PEO), poli(butadieno)-b-poli(óxido de eti- leno) (PBD-b-PEO), poli(estireno)-b-poli(ácido acrílico) (PS-PAA), po- li(dimetilsiloxano)-poli(óxido de etileno (no presente documento deno- minado PDMS-PEO) também conhecido como poli(óxido de dimetil- siloxano-b-etileno), poli(2-metiloxazolina)-b-poli(dimetilsiloxano)-b- poli(2-metiloxazolina) (PMOXA-bPDMS-bPMOXA), - incluindo, — por exemplo, copolímeros de tribloco tais como PMOXA»2zo-PDMS+s41- PMOXA2z (ABA) empregados em May et al, 2013, poli(2- metiloxazolina)-b-poli(dimetilsiloxano)-b-polifóxido de etileno) (PMO- XA-b-PDMS-b-PEO), poli(óxido de etileno)-b-poli(sulfeto de propileno)- b-poli(óxido de etileno) (PEO-b-PPS-b-PEO) e poli(óxido de etileno)- poli(óxido de butileno). Um copolímero de bloco pode ser ainda especi- ficado pelo comprimento médio do bloco de os respectivos blocos in- cluídos em um copolímero.
Portanto, PBWPEOn indica a presença de blocos de polibutadieno (PB) com um comprimento de M e blocos de óxido de polietileno (PEO) com um comprimento de N.
M e N são nú- meros inteiros independentemente selecionados, que podem, por exemplo, ser selecionados na faixa de cerca de 6 a cerca de 60. As- sim, PBasPEO1;8 indica a presença de blocos de polibutadieno com um comprimento médio de 35 e de blocos de óxido de polietileno com comprimento médio de 18. Em certos aspectos, o copolímero de diblo- co PB-PEO compreende 5 a 50 blocos de PB e 5 a 50 blocos de PEO.
Da mesma forma, PB1oPEO»24 indica a presença de blocos de polibuta- dieno com um comprimento médio de 10 e de blocos de óxido de poli- etileno com um comprimento médio de 24. Exemplos ilustrativos de copolímeros de dibloco PB-PEO adequados que podem ser usados na presente invenção incluem os copolímeros de dibloco PBD21-PEO 14 (que também é comercialmente disponível) e [PBD]2:-[PEO]12, (cf. WOZ2014/077781A1 e Nallani et al., 2011). Como um outro exemplo, EoBp indica a presença de blocos de óxido de etileno (E) com um com- primento de O e blocos de butadieno (B) com um comprimento de P. Assim, O e P são números inteiros independentemente selecionados, por exemplo, na faixa de cerca de 10 a cerca de 120. Assim, E1sE>22 indica a presença de blocos de óxido de etileno com um comprimento médio de 16 e de blocos de butadieno com um comprimento médio de
22.
[00194] Voltando-se para outro copolímero de bloco preferido que é usado para formar o polimerossoma da invenção, poli(dimetilsiloxano- b-óxido de etileno) (PDMS-PEO), note-se que o PDMS-PEO tanto li- near quanto tipo pente podem ser usados nesta invenção (cf. Gaspard et al, “Mechanical Characterization of Hybrid Vesicles Based on Linear Poly(Dimethylsiloxane-b-Ethylene = Oxide) and Poly(Butadiene-b- Ethylene Oxide) Block Copolymers" Sensors 2016, 16(3), 390, que descreve polimerossomas formados a partir de PDMS-PEO).
[00195] A estruturado PDMS-PEO linear é mostrada no que se se- gue como fórmula (1) CH CH. CH. enem si o si en-ex-enfo-en enfonen, CH, “cH enquanto que a estrutura do PDOMS-PEO do tipo pente é mostrada na seguinte fórmula (ll): OFOH; CH; OFH qe CH CH, CH, CH. cH— Si ofs oH si o] Si —CH CH SK, “Nou, "o
De acordo com a fórmula estrutural (|), a terminologia PDMSn-PEOnm indica a presença de blocos de polidimetilsiloxano (PDMS) com um comprimento de n e blocos de óxido de polietileno (PEO) com um comprimento de m. m e n são números inteiros independentemente selecionados, cada um dos quais pode, por exemplo, ser selecionado na faixa de cerca de 5 ou cerca de 6 a cerca de 100, de cerca de 5a cerca de 60 ou de cerca de 6 a cerca de 60 ou de cerca de 5 a 50 Por exemplo, PDMS-PEO linear tal como PDMS12-PEO46 ou PDMS47PEO36 são comercialmente disponíveis da Polymer Source Inc., Dorval (Montreal) Quebec, Canada. Em conformidade, o copolií- mero de bloco PDMS-PEO pode compreender de 5 a 100 blocos PDMS e de 5 a 100 blocos PEO, de 6 a 100 blocos PDMS e de 6 a 100 blocos PEO, de 5 a 100 blocos PDMS e de 5 a 60 blocos PEO ou de 5 a 60 blocos PDMS e de 5 a 60 blocos PEO.
[00196] De acordo com o acima, a presente invenção refere-se em um aspecto ao método de provocar uma resposta imune em um indiví- duo, compreendendo a administração ao indivíduo de um polimeros- soma formado a partir de PDMS-PEO que carrega um antígeno. O an- tígeno pode ser associado/fisicamente ligado ao polimerossoma de PDMS-PEO de qualquer maneira adequada. Por exemplo, o polime- rossoma de PDMS-PEO pode ter um antígeno solúvel nele encapsula- do como descrito na presente invenção. Alternativamente ou, além disso, o polimerossoma pode ter um antígeno integrado/incorporado na membrana circunferencial do polimerossoma, como descrito na WOZ2014/077781A1. Nesse caso, o antígeno é uma proteína da mem- brana que é integrada com o seu (um ou mais) domínio da transmem- brana na membrana circunferencial do PDMS-PEO-polimerossoma. À integração pode ser alcançada como descrito na WO2014/077781A1 ou Nallani et al, "Proteopolymersomes: in vitro production of a mem- brane protein in polymersome membranes", Biointerphases, 1 Decem-
ber 2011, page 153. No caso, o antígeno é encapsulado no polimeros- soma de PDMS-PEO, pode ser um antígeno solúvel selecionado do grupo que consiste em um polipeptídeo, um carboidrato, um polinucle- otídeo e suas combinações. A presente invenção refere-se ainda a um método para a produção de tais antígenos encapsulados em um poli- merossoma formado a partir de PDOMS-PEO, assim como a polimeros- somas produzidos pelo dito método.
[00197] A presente invenção refere-se ainda às composições com- preendendo polimerossomas de PDMS-PEO que carregam um antí- geno. Além disso, nestas composições, o antígeno pode estar associ- ado/fisicamente ligado com o polimerossoma de PDMS-PEO de qual- quer maneira adequada. Por exemplo, o polimerossoma de PDMS- PEO pode ter um antígeno solúvel nele encapsulado como descrito na presente invenção. Alternativamente ou, além disso, o polimerossoma pode ter um antígeno integrado/incorporado na membrana circunfe- rencial do polimerossoma, como descrito na WO2014/077781A1. À presente invenção também se refere às vacinas compreendendo es- ses polimerossomas de PDMS-PEO que carregam um antígeno, mé- todos para obter uma resposta imune ou métodos para o tratamento, melhoras, profilaxia ou diagnósticos de cânceres, doenças autoimunes ou infecciosas, tais métodos compreendendo o fornecimento de poli- merossomas de PDMS-PEO que carregam um antígeno ao indivíduo com sua necessidade.
[00198] De acordo com o acima, a presente invenção também se refere ao uso in vitro e in vivo de um polimerossoma de PDMS-PEO que carrega (ou transporta) um antígeno de uma maneira adequada para provocar uma resposta imune. O antígeno pode ser encapsulado no polimerossoma de PDMS-PEO ou, por exemplo, incorporado na membrana circunferencial do polimerossoma, como descrito na WOZ2014/077781A1.
[00199] Em certos aspectos, o polimerossoma da presente inven- ção pode conter um ou mais compartimentos (ou de outro modo de- nominados "multicompartimentos). A compartimentalização da estrutu- ra vesicular do polimerossoma leva em conta a coexistência de vias de reação complexas na célula viva e ajuda a fornecem uma separação espacial e temporal de muitas atividades dentro de uma célula. Con- sequentemente, mais de um tipo de antígenos pode ser encapsulado pelo polimerossoma da presente invenção. Os antígenos diferentes podem ter as mesmas ou diferentes isoformas. Cada compartimento também pode ser formado de um mesmo polímero anfifílico ou um di- ferente. Em vários aspectos, dois ou mais antígenos diferentes são integrados à membrana circunferencial do polímero anfifílico. Cada compartimento pode encapsular pelo menos um peptídeo, proteína e ácido nucleico. O peptídeo, a proteína e o polinucleotídeo ou carboi- drato podem ser imunogênicos.
[00200] Detalhes adicionais sobre polimerossomas multicomparti- mentados adequados podem ser encontrados na WO 20121018306, cujos conteúdos são no presente documento incorporados por refe- rência na sua totalidade para todos os propósitos.
[00201] Os polimerossomas também podem ser autônomos ou imobilizados em uma superfície, tais como aqueles descritos na WO 2010/1123462, cujos conteúdos são no presente documento incorpo- rados por referência na sua totalidade para todos os propósitos.
[00202] No caso em que o transportador de polimerossoma conte- nha mais do que um compartimento, os compartimentos podem com- preender uma vesícula de copolímero de bloco externo e pelo menos uma vesícula de copolímero de bloco interno, em que pelo menos uma vesícula de copolímero de bloco interno é encapsulada dentro da vesí- cula de copolímero de bloco externo. Em alguns aspectos, cada um dos copolímeros de bloco da vesícula externa e da vesícula interna inclui um bloco de poliéter, tal como um bloco de poli(oxietileno), um bloco de poli(oxipropileno) e um bloco de poli(oxibutileno). Outros exemplos de blocos que podem ser incluídos no copolímero incluem, mas não são limitados a estes, poli(ácido acrílico), polifacrilato de me- tila), poliestireno, poli(butadieno), poli(2-metiloxazolina), poli(dimetil siloxano), poli(L-isocianoalanina(2-tiofen-3-il-etil)amida), poli(e- caprolactona), poli(sulfeto de propileno), poli(N-isopropilacrilamida), poli(2-vinilpiridina), — poli(2-vinilpiridina), — polivmetacrilato — de 2- (dietilamino)etila), poli(2-(diisopropilamino)etilmetacrilato), poli(2- (metacriloilóxi)etilfosforilcolina) e poli(ácido láctico). Exemplos de vesí- culas externas e vesículas internas adequadas incluem, mas não são limitados a estes, poli(etil etileno)-b-polifóxido de etileno) (PEE-b- PEO), poli(butadieno)-b-polilóxido de etileno) (PBD-b-PEO), po- lifestireno)-b-poli(ácido acrílico) (PS-b-PAA), poli(óxido de etileno)- poli(caprolactona) (PEO-b-PCL), poli(óxido de etileno)-poli(ácido lático) (PEO-b-PLA), poli(isopreno)-poli(óxido de etileno) (PI-b-PEO), poli(2- vinilpiridina)-poli(óxido de etileno) (P2VP-b-PEO), poli(óxido de etile- no)-poli(N-isopropilacrilamida) (PEO-b-PNIPAm), poli(etileno glicol)- poli(sulfeto de propileno) (PEG-b-PPS), poli(metilfenilsilano)-poli(óxido de etileno) (PMPS-b-PEO-b-PMPS-b-PEO-b-PMPS), poli(2- metiloxazolina)-b-poli-(dimetilsiloxano)-b-poli(2-metiloxazolina) (PMO- XA-b-PDMS-b-PMOXA), poli(2-metiloxazolina)-b-poli(dimetilsiloxano)- b-polifóxido de etileno) (PMOXA-b-PDMS-b-PEO), polifestireno-b- poli(L-isocianoalanina(2-tiofen-3-il-etil)amida)] (PS-b-PIAT), poli(óxido de etileno)-b-poli(sulfeto de propileno)-b-poli(óxido de etileno) (PEO-b- PPS-b-PEO) e um copolímero em bloco de poli(óxido de etileno)- poli(óxido de butileno) (PEO-b-PBO). Um copolímero de bloco pode ser ainda especificado pelo número médio dos respectivos blocos in- cluídos em um copolímero.
Assim, o PSv-PIATn indica a presença de blocos de poliestireno (PS) com M unidades de repetição e blocos de poli(L-isocianoalanina(2-tiofen-3-il-etil)amida) (PIAT) com N unidades de repetição. Assim, M e N são números inteiros selecionados inde- pendentemente, que podem, por exemplo, ser selecionados na faixa de cerca de 5 a cerca de 95. Assim, PSa40o-PIAT so indica a presença de blocos de PS com uma média de 40 unidades repetidas e de blocos de PIAT com uma média de 50 unidades repetidas.
[00203] Em alguns aspectos, a invenção refere-se a um método pa- ra a produção de um antígeno encapsulado em polimerossoma, dito método compreendendo: i) dissolver um polímero anfifílico da presente invenção em clorofórmio, de preferência dito polímero anfifílico é o óxido de polibutadieno-polietileno (BD); ii) secar dito polímero anfifílico dissolvido para formar uma película polimérica; ili) adicionar um antí- geno solubilizado à dita película polimérica anfifílica seca da etapa ii), em que o referido antígeno é selecionado do grupo que consiste em: (a) um polipeptídeo; de preferência dito polipeptídeo é um antígeno de acordo com a presente invenção; (b) um carboidrato; (c) uma combi- nação de a) e/ou b) e/ou c); iv) reidratar dita película polimérica da etapa iii) para formar vesículas poliméricas; v) opcionalmente, filtrar vesículas de polímero da etapa iv) para purificar as vesículas mono- dispersas de vesículas de polímero; e/ou vi) opcionalmente, isolar as referidas vesículas de polímero da etapa iv) ou v) do antígeno não en- capsulado.
[00204] Em alguns outros aspectos, a invenção refere-se a outros métodos para a produção de um antígeno encapsulado em polimeros- soma, incluindo métodos baseados na mistura de uma solução não aquosa de polímeros em solução aquosa de antígenos, aplicação de energia sonora nas soluções misturadas correspondentes de políme- ros e antígenos, ou extrusão das soluções misturadas corresponden- tes de polímeros e antígenos. Métodos exemplares incluem aqueles descritos em Rameez et al, Langmuir 2009 e em Neil et al Langmuir
2009, 25(16), 9025-9029.
[00205] Em comparação com os veículos e métodos de captação e apresentação cruzada existentes, com base nos polimerossomas da presente invenção, inter alia, oferecem as seguintes vantagens que também são aspectos da presente invenção: - Os polimerossomas são muito eficientes na captação e apresentação cruzada para o sistema imunológico; - A resposta imune compreende uma resposta imune mediada por cé- lulas T CD8*; - Os polimerossomas são estáveis à oxidação; - A resposta humoral é mais forte em comparação com aquela produ- zida por técnicas livres à base de antígeno com ou sem adjuvantes; - A resposta imune induzida por polimerossomas da presente invenção pode ser ainda mais reforçada usando adjuvantes; - Os polímeros dos polimerossomas da presente invenção são ineren- temente robustos e podem ser adaptados ou funcionalizados para au- mentar seu tempo de circulação no corpo; - Os polimerossomas da presente invenção são estáveis na presença de componentes séricos; - Os polímeros dos polimerossomas são baratos e rápidos de sinteti- zar; - A quantidade de um antígeno necessária para obter uma resposta imune pelos métodos da presente invenção usando polimerossomas da presente invenção é menor em comparação com as técnicas livres à base de antígeno com ou sem adjuvantes.
[00206] A invenção também é especificada pelos seguintes itens:
1. Um polimerossoma (por exemplo, um polimerossoma estável à oxi- dação) compreendendo um antígeno encapsulado solúvel, em que dito antígeno encapsulado solúvel é selecionado do grupo que consiste em:
i) um polipeptídeo; ii) um carboidrato; iii) um polinucleotídeo, de preferência dito polinucleotídeo não é um oligonucleotídeo antissentido, ainda mais preferivelmente dito polinu- cleotídeo é uma molécula de DNA ou mRNA; iv) uma combinação de i) e/ou ii) e/ou iii).
2. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é capaz de provocar uma resposta imune mediada por células T CD8*), de preferência dita provocação é uma provocação in vivo, ex vivo ou in vitro.
3. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito antígeno compreende uma parte solúvel de uma proteína da membrana (MP) ou um peptídeo associado à membrana (MAP), de preferência o dito antígeno compreende uma parte solúvel de hemaglutinina de influenza, hemaglutinina de influenza suína, Ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica su- ína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda preferivelmente o referido antígeno compreende um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo me- nos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecio- nada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14.
4. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é estável na presença de compo- nentes séricos, de preferência dita estabilidade é uma estabilidade in vivo, ex vivo ou in vitro.
5. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é estável dentro de um endossoma, de preferência dita estabilidade é uma estabilidade in vivo, ex vivo ou in vitro.
6. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma possui uma estabilidade de oxida- ção aprimorada em comparação com a estabilidade de oxidação cor- respondente de um lipossoma, de preferência dita estabilidade aprimo- rada é uma estabilidade aprimorada in vivo, ex vivo ou in vitro.
7. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é capaz de liberar seu conteúdo compreendendo o dito antígeno encapsulado solúvel de uma maneira independente da oxidação e ativar a resposta imune mediada por célu- las T CD8%), de preferência dita liberação é uma liberação in vivo, ex vivo ou in vitro.
8. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é capaz de provocar uma resposta imune celular, em que dita resposta imune celular compreende uma resposta imune mediada por células T CD8(*), de preferência a dita resposta imune é uma resposta imune in vivo, ex vivo ou in vitro.
9. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é capaz de provocar uma resposta imune celular e/ou humoral, em que a dita resposta imune celular compreende uma resposta imune mediada por células T CD80, de preferência a resposta imune é uma resposta imune in vivo, ex vivo ou in vitro.
10. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que a dita resposta imune humoral compreende a produção de anticorpos específicos, ainda preferivelmente a dita resposta imune é uma resposta imune in vivo, ex vivo ou in vitro.
11. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é capaz de aumentar a frequência das células T CD4* efetoras, de preferência o dito aumento é um au- mento in vivo, ex vivo ou in vitro.
12. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que a referida resposta imune celular compreende uma res- posta imune mediada por células T, de preferência a dita resposta imune é uma resposta imune in vivo, ex vivo ou in vitro.
13. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é capaz de aumentar a expansão clonal de células T CD8(*) específicas do antígeno em comparação com um antígeno livre, de preferência a dita expansão é uma expan- são in vivo, ex vivo ou in vitro.
14. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é capaz de induzir células T CD8(*) efetoras específicas do antígeno, de preferência a dita indução é uma indução in vivo, ex vivo ou in vitro.
15. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é capaz de intensificar um fenótipo citotóxico de células T CD8* específicas do antígeno, de preferência a dita intensificação é uma intensificação in vivo, ex vivo ou in vitro.
16. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é capaz de direcionar macrófagos e/ou células B residentes em linfonodos, de preferência o dito direcio- namento é um direcionamento in vivo, ex vivo ou in vitro.
17. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é estável à redução, de preferência o dito polimerossoma é estável à redução na presença de componen- tes séricos, ainda mais preferivelmente a dita estabilidade de redução é uma estabilidade de redução in vivo, ex vivo ou in vitro.
18. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma possui permeabilidade reduzida, de preferência a dita permeabilidade reduzida é comparada com uma permeabilidade correspondente de um lipossoma, ainda mais preferi- velmente a dita permeabilidade é uma permeabilidade in vivo, ex vivo ou in vitro.
19. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é capaz de liberar seu conteúdo dentro de um endossoma, de preferência o dito endossoma é um en- dossoma tardio, ainda preferivelmente a liberação é uma liberação in vivo, ex vivo ou in vitro.
20. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma é capaz de um ou mais dos seguin- tes: |) provocar uma resposta imune celular; de preferência a dita resposta imune celular compreende uma resposta imune mediada por células T CD8; ainda preferivelmente a dita resposta imune celular é uma res- posta imune mediada por células T CD8(*); o mais preferível a dita res- posta imune celular é contra uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda mais preferivelmente a dita resposta imune celular é con- tra um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pe- lo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, em pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 SEQ ID NOs: 12 a 14;
ii) liberar o teor de polimerossoma em um endossoma, de preferência o dito endossoma é um endossoma tardio; ainda preferivelmente o dito teor compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38, o mais preferível dito teor compreende um polipeptídeo que é pelo me- nos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo me- nos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de po- lipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11, SED ID NOs: 12 a 14;
iii) liberar o teor de polimerossoma de maneira independente da oxida- ção e ativar a resposta imune mediada por células T CD8º; de prefe- rência o dito teor compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda de preferência o dito teor compreende um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pe- lo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98% , pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequên- cia de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11, SEQ ID NOs: 12 a 14;
iv) estimular uma resposta imune ao dito antígeno; de preferência o dito antígeno compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da in-
fluenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda de preferência o dito antígeno compreende um polipeptí- deo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo me- nos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11, SEQ ID NOs: 12 a 14;
v) acionar uma proteção cruzada induzida por uma resposta imune mediada por células T CD8*!; de preferência a dita resposta é contra uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gri- pe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, oval- bumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38; ainda de preferência a dita resposta é contra um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo me- nos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo sele- cionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14;
vi) liberar um peptídeo ou proteína a uma célula apresentadora de an- tígeno (APC); de preferência o dito peptídeo ou proteína compreende ou é derivado de uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38,
ainda preferivelmente o dito peptídeo ou proteína compreende ou é derivado de um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pe- lo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12a14;
vii) acionar uma resposta imune compreendendo uma resposta imune mediada por células T CD8(*) e/ou uma resposta imune mediada por células T CD4*!; de preferência a dita resposta é contra uma parte so- lúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suí- na, peptídeo B16 ou peptídeo MC38; ainda de preferência a dita res- posta é contra um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pe- lo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12a14;
viii) estimular uma resposta imune em um indivíduo; de preferência a dita resposta é contra uma parte solúvel de hemaglutinina da influen- za, hemaglutinina da gripe suína, ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38; ainda de preferência a dita resposta é contra um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo me- nos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14;
ix) imunizar um animal não humano; de preferência a dita imunização é contra uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutini- na da gripe suína, ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diar- réia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda de prefe- rência a dita imunização é contra um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pe- lo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14;
x) dito polimerossoma possui uma antigenicidade alterada em compa- ração com a antigenicidade correspondente do dito antígeno sem o dito polimerossoma; de preferência o dito antígeno é uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbu- mina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda de preferência o dito antígeno é um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pe- lo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%,
pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idênti- co a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consis- te em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14; xi) dito polimerossoma possui uma imunogenicidade alterada em com- paração com a imunogenicidade correspondente do dito antígeno sem o dito polimerossomas, de preferência o dito imunógeno é uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbumina (OVA), vírus SPIKE do vírus da diarréia epidêmico suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda preferivelmente o dito imunó- geno é um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo me- nos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a
14.
21. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma possui uma ou mais das seguintes propriedades: i) dito polimerossoma compreende uma membrana estável à oxidação; e/ou ii) dito polimerossoma é sintético; e/ou iii) dito polimerossoma está livre de antígenos não encapsulados ou está em uma mistura com antígenos livres não encapsulados; e/ou iv) dito polimerossoma compreende uma membrana de um polímero anfifílico; e/ou v) dito polimerossoma compreende copolímeros de bloco sintéticos anfifílicos formando uma membrana da vesícula; e/ou vi) dito polimerossoma possui um diâmetro maior do que 70 nm, em que, de preferência, o diâmetro é de cerca de 100 nm a cerca de 1 um, ou está na faixa de cerca de 120 nm a cerca de 250 nm, ou de cerca de 125 nm a cerca de 250 nm, de cerca de 140 nm a cerca de 240 nm, de cerca de 150 nm a cerca de 235 nm, de cerca de 170 nm a cerca de 230 nm, ou de cerca de 220 nm a cerca de 180 nm ou de cerca de 190 nm a cerca de 210 nm e/ou vii) dito polimerossoma possui uma morfologia vesicular; viii) dito polimerossoma é auto-organizável.
22. O polimerossoma de acordo com o item 21, em que o polimeros- soma está na forma de uma coleção de polimerossomas, em que o diâmetro médio da coleção de polimerossoma está na faixa de cerca de 100 nm a cerca de 1 um, ou na faixa de cerca de 100 nm a cerca de 750 nm, ou de cerca de 100 nm a cerca de 500 nm, ou de cerca de 120 nm a cerca de 250 nm, de cerca de 125 nm a cerca de 250 nm, de cerca de 140 nm a cerca de 240 nm, de cerca de 150 nm a cerca de 235 nm, de cerca de 170 nm a cerca de 230 nm, ou de cerca de 220 nm a cerca de 180 nm, ou de cerca de 190 nm a cerca de 210 nm.
23. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito antígeno é um imunógeno.
24. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito antígeno é selecionado de um grupo que consiste em: i) um autoantígeno, ii) um não autoantígeno, iii) um não autoi- munógeno e iv) um autoimunógeno.
25. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito antígeno é selecionado do grupo que consiste em: i) um polipeptídeo que seja pelo menos 80% ou mais (por exemplo, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos
96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo viral; de preferência a dita sequência de polipeptídeo viral é hemaglutinina da Influenza ou hema- glutinina da gripo suína, ainda preferivelmente a dita sequência de po- lipeptídeo viral é selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7 e SEQ ID NO: 8; li) um polipeptídeo que seja pelo menos 80% ou mais (por exemplo, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo bacteriana; iii) um polipeptídeo que seja pelo menos 80% ou mais (por exemplo, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo de mamífero ou aves, de preferência a dita sequência de polipeptídeo de mamífero ou aves é Ovalbumina (OVA), um polipeptídeo que seja pelo menos 80% ou mais (por exemplo, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo me- nos 99% ou 100%) idêntico a uma proteína SPIKE, peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda preferivelmente a dita sequência de polipeptí- deo de mamífero ou aves é selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14.
26. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que a dita sequência de polipeptídeo de mamífero é selecio- nada do grupo que consiste em: sequência de polipeptídeo de ser hu- mano, roedor, coelho e cavalo.
27. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito antígeno é um anticorpo ou um fragmento do mes- mo.
28. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito antígeno é selecionado do grupo que consiste em: i) Hemaglutinina da influenza (HA), de preferência selecionada do gru- po que consiste em: SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7 e SEQ ID NO: 8; ii) hemaglutinina da gripe suína (HA), de preferência SEQ ID NO: 6; iii) ovalbumina (OVA), de preferência SEQ ID NO: 4; iv) Vírus da diarréia epidêmica suína (PED), Proteína Spike, de prefe- rência SEQ ID NOs: 12 a 14; v) peptídeo B16, de preferência selecionado do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10 e SEQ ID NO: 11; vi) peptídeo MC38, de preferência selecionado do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2 e SEQ ID NO: 3; vii) peptídeos B16 e MC38, de preferência os ditos peptídeos são in- dependentemente selecionados dos grupos: i) SEQ ID NOs: 1a 3 eiii) SEQ ID NOs: 9 a 11.
29. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em de que o dito polimerossoma é selecionado do grupo que con- siste em: polimerossoma catiônico, aniônico e não iônico e suas mistu- ras.
30. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito copolímero de bloco ou polímero anfifílico é essen- cialmente não imunogênico ou essencialmente não antigênico, de pre- ferência o dito copolímero de bloco ou polímero anfifílico é não imuno- gênico ou não antigênico.
31. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito copolímero de bloco ou polímero anfifílico é estável à oxidação.
32. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito copolímero de bloco ou o dito polímero anfifílico não é nem imunoestimulante nem adjuvante.
33. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polímero anfifílico compreende um copolímero de dibloco ou tribloco (A-B-A ou A-B-C).
34. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polímero anfifílico compreende um copolímero po- li(N-vinilpirrolidona)-b-PLA.
35. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polímero anfifílico compreende pelo menos uma unidade monomérica de um ácido carboxílico, uma amida, uma amina, um alquileno, um dialquilsiloxano, um éter ou um sulfeto de alquileno.
36. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o polímero anfifílico é um bloco de poliéter selecionado do grupo que consiste em um bloco de oligo(oxietileno), um bloco de po- lifoxietileno), um bloco de oligo(oxipropileno),) um bloco de po- lifoxipropileno), um bloco de oligo(oxibutileno) e um bloco de po- lifoxibutileno).
37. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polímero anfifílico é um copolímero de dibloco de poli(butadieno)-poli(óxido de etileno) (PB-PEO).
38. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito copolímero de dibloco PB-PEO compreende de 5 a 50 blocos PB e de 5 a 50 blocos PEO.
39. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polímero anfifílico é um copolímero de dibloco de poli(dimetilsiloxano)-poli(óxido de etileno) (PDMS-PEO), em que de preferência o dito copolímero de dibloco de PB-PEO preferivelmente compreende de 5 a 100 blocos PDMS e de 5 a 100 blocos de PEO.
40. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que os ditos polimerossomas podem compreender apenas co- polímeros de bloco ou polímeros anfifílicos ou misturados com lipídios.
41. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que os ditos lipídios compreendem lipídios sintéticos ou natu- rais ou misturas lipídicas ou combinação de lipídios sintéticos e natu- rais.
42. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polímero anfifílico é um copolímero de poli(lactídeo)- polifóxido de etileno)/1-palmitoil-2-oleoil-sn-glicero-3-fosfo-L-serina (PLA-PEO/POPC), de preferência o dito PLA-PEO/POPC possui uma relação de 50:50 e acima (por exemplo, 50/50 ou 75/25 ou 90/10) de PLA-PEO para POPC (por exemplo, PLA-PEO/POPC).
43. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polímero anfifílico é um copolímero de po- lit(caprolactona)-poli(óxido de etileno)/1-palmitoil-2-oleoil-sn-glicero-3- fosfo-L-serina (PCL-PEO/POPC), de preferência o dito PCL- PEO/POPC possui uma relação de 50:50 e acima (por exemplo, 50/50 ou 75/25 ou 90/10) de PCL-PEO para POPC (por exemplo, PCL- PEO/POPC).
44. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polímero anfifílico é óxido de polibutadieno- polietileno (BD) ou um copolímero de dibloco de poli(dimetilsiloxano)- poli(óxido de etileno) (PDMS-PEO).
45. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma compreende copolímeros de dibloco PBD21:-PEO1 (no presente documento referido como "BD21"), PDMS47-PEO36 (PDMS-PEO) ou o copolímero de tribloco PMOXA12- PDMSs5s-PMOXA 12.
46. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma compreende um ou mais comparti- mentos.
47. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma compreende um ou mais comparti- mentos, em que cada um dos ditos um ou mais compartimentos en- capsula pelo menos um peptídeo, proteína e ácido nucleico, de prefe- rência o dito pelo menos um dos ditos peptídeo, proteína e ácido nu- cleico é imunogênico ou antigênico, ainda de preferência o dito cada um dos um ou mais compartimentos é composto de um mesmo polí- mero anfifílico ou diferente.
48. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma compreende mais do que um com- partimento, em que os ditos compartimentos compreendem uma vesí- cula de copolímero de bloco externa e pelo menos uma vesícula de copolímero de bloco interna, em que a dita pelo menos uma vesícula de copolímero de bloco interna é encapsulada dentro da vesícula de copolímero de bloco externa, de preferência a dita vesícula de copolí- mero de bloco externo é um polimerossoma formado de um copolíme- ro independentemente selecionado do grupo que consiste em: i) poliflestireno-b-poli(L-isocianoalanina(2-tiofen-3-il-eti)>amida)] (PS- PIAT), ii) polilbutadieno)-poli(óxido de etileno) (PBD-PEO), li) polilóxido de etileno)-poli(caprolactona) (PEO-PCL), iv) poli(etil etileno)-poli(óxido de etileno) (PEE-PEO), v) poli(fóxido de etileno)-poli(ácido lático) (PEO-PLA), vi) polifisopreno)-poli(óxido de etileno) (PI-PEO), vii) poli(2-vinilpiridina)-poli(óxido de etileno) (P2VP-PEO), viii) poliftóxido de etileno)-poli(N-isopropilacrilamida) (PEO-PNIPAm), ix) polifestireno)-poli(ácido acrílico) (PS-PAA),
x) poli(etileno glicol)-(sulfeto de polipropileno) (PEG-PPS), xi) poli(2-metiloxazolina)-poli(dimetilsiloxano)-poli(2-metiloxazolina) (PMOXA-PDMS-PMOXA), xii) polilóxido de etileno)-poli(dimetil siloxano)-poli(2-metiloxazolina) (PEO-PDMS-PMOXA), e xiii) poli(metilfenilsilano)-polilóxido de etileno) (PMPS-PEO-PMPS- PEO-PMPS); ainda preferivelmente a dita pelo menos uma vesícula de copolímero de bloco interna é um polimerossoma formado de um copolímero in- dependentemente selecionado do grupo que consiste em: xiv) polifestireno-b-poli(L-isocianoalanina(2-tiofen-3-il-etil)amida)] (PS- PIAT), xv) poli(butadieno)-poli(óxido de etileno) (PBD-PEO), xvi) polifóxido de etileno)-poli(caprolactona) (PEO-PCL), xvVii) poli (etil etileno)-poli (óxido de etileno) (PEE-PEO), xviii) polifóxido de etileno)-poli(ácido lático) (PEO-PLA), xix) polifisopreno)-poli(óxido de etileno) (PI-PEO), xx) poli(2-vinilpiridina)-poli(óxido de etileno) (P2VP-PEO), xxi) politóxido de etileno)-poli(N-isopropilacrilamida) (PEO-PNIPAm), xxii) polifestireno)-poli(ácido acrílico) (PS-PAA), xxiii) poli(fetileno glicol)-(sulfeto de polipropileno) (PEG-PPS), xxiv) poli(2-metiloxazolina)-poli(dimetilsiloxano)-poli(2-metiloxazolina) (PMOXA-PDMS-PMOXA), xxv) poli(óxido de etileno)-poli(dimetil siloxano)-poli(2-metiloxazolina) (PEO-PDMS-PMOXA), e xxvi) poli(metilfenilsilano)-polilóxido de etileno) (PMPS-PEO-PMPS- PEO-PMPS).
49. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o dito polimerossoma compreende um polímero lipídico.
50. O polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes, em que o polimerossoma ainda compreende adjuvante encapsu- lado.
51. Um método para produção de antígeno encapsulado em polime- rossoma, em que o dito método compreende: i) dissolver um polímero anfifílico em clorofórmio, de preferência dito polímero anfifílico é o óxido de polibutadieno-polietileno (BD); ii) secar dito polímero anfifílico dissolvido para formar uma película po- limérica; iii) adicionar um antígeno solubilizado à dita película polimérica anfifí- lica seca da etapa ii), em que o dito antígeno é selecionado do grupo que consiste em: (a) um polipeptídeo; de preferência dito polipeptídeo é um antí- geno de acordo com qualquer um dos itens precedentes, ainda prefe- rivelmente o dito antígeno polipeptídico compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbu- mina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38, o mais preferível dito antígeno poli- peptídico é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo me- nos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14; b) um carboidrato; c) um polinucleotídeo, em que o dito polinucleotídeo não é um oligonucleotídeo antissentido, de preferência o dito polinucleotídeo é uma molécula de DNA ou mRNA;
d) uma combinação de (a) e/ou (b) e/ou (c); iv) reidratar a dita película polimérica a partir da etapa iii) para formar vesículas poliméricas; v) opcionalmente, filtrar as vesículas de polímero da etapa iv) para pu- rificar as vesículas monodispersas das vesículas poliméricas; e/ou vi) opcionalmente, isolar as ditas vesículas poliméricas da etapa iv) ou v) do antígeno não encapsulado.
52. O método para a produção de antígeno encapsulado em polime- rossomas de acordo com qualquer um dos itens precedentes, em que o dito polimerossoma é o polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens precedentes.
53. Um polimerossoma produzido por um método para a produção de antígeno encapsulado em polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens precedentes.
54. Uma composição que compreende um polimerossoma de acordo com qualquer um dos itens precedentes.
55. A composição de acordo com qualquer um dos itens precedentes, em que a dita composição é uma composição farmacêutica ou de di- agnóstico.
56. A composição de acordo com qualquer um dos itens precedentes, em que a dita composição é uma composição imunogênica, antigênica ou imunoterapêutica.
57. A composição de acordo com qualquer um dos itens precedentes, ainda compreendendo um ou mais imunoestimulantes e/ou um ou mais adjuvantes.
58. A composição de acordo com qualquer um dos itens precedentes, em que a dita composição é uma vacina.
59. A composição de acordo com qualquer um dos itens precedentes, formulada para a injeção intradérmica, intraperitoneal, intramuscular,
subcutânea, intravenosa ou administração não invasiva a uma superfí- cie da mucosa.
60. Células apresentadoras de antígeno isoladas ou uma célula de hi- bridoma exposta ao polimerossoma ou composição de acordo com qualquer um dos itens precedentes.
61. As células apresentadoras de antígeno de acordo com qualquer um dos itens precedentes, em que as ditas células apresentadoras de antígeno compreendem uma célula dendrítica.
62. As células apresentadoras de antígeno de acordo com qualquer um dos itens precedentes, em que as ditas células apresentadoras de antígeno compreendem macrófagos.
63. As células apresentadoras de antígeno de acordo com qualquer um dos itens precedentes, em que as ditas células apresentadoras de antígeno compreendem células B.
64. Uma vacina compreendendo o polimerossoma, a composição, as células apresentadoras de antígeno ou hibridoma de acordo com qual- quer um dos itens precedentes, e ainda compreendendo um excipiente ou veículo farmaceuticamente aceito.
65. A vacina de acordo com qualquer um dos itens precedentes, em que: i) dito antígeno compreende hemaglutinina da influenza (HA), em que a dita vacina é uma vacina da influenza, de preferência a dita hema- glutinina da influenza (HA) é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo me- nos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntica ao polipeptídeo selecionado do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7 e SEQ ID NO: 8; ii) dito antígeno compreende hemaglutinina da gripe suína (HA), em que a dita vacina é a vacina da gripe suína, de preferência a dita he-
madglutinina da gripe suína (HA) é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pe- lo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntica à SEQ ID NO: 6; iii) dito antígeno compreende Ovalbumina (OVA), em que a dita vacina é uma vacina contra o câncer, de preferência a dita Ovalbumina (OVA) é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo me- nos 70%, pelo menos 75%, pelo menos pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo me- nos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntica à SEQ ID NO: 4; iv) dito antígeno compreende a proteína SPIKE (PEDv S), em que a vacina é como vacina PED, de preferência a proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína (proteína S) é pelo menos 80% ou mais (por exemplo, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntica às SEQ ID NOs: 12 a 14, v) dito antígeno compreende o peptídeo B16, em que a dita vacina é uma vacina contra o câncer, de preferência o dito peptídeo é selecio- nado do grupo que consiste em: SEQ ID NOs: 9 a 11; vi) dito antígeno compreende o peptídeo MC38, em que a dita vacina é uma vacina contra o câncer, de preferência o dito peptídeo é selecio- nado do grupo que consiste em: SEQ ID NOs: 1 a 3; vii) dito antígeno compreende peptídeos B16 e MC38, em que a dita vacina é uma vacina contra câncer, de preferência os ditos peptídeos são independentemente selecionados dos grupos: i) SEQ ID NOs: 1 a 3 ei) SEQ ID NOs: 9 a 11; viii) dito antígeno é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo me- nos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pe- lo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11; em que a dita vacina é uma vacina contra o câncer.
66. Um kit compreendendo o polimerossoma, a composição, as célu- las apresentadoras de antígeno, o hibridoma ou a vacina de acordo com qualquer um dos itens precedentes.
67. Um método para obter uma resposta imune em um indivíduo (por exemplo, ser humano), que compreende: i) fornecer o polimerossoma, a composição, as células apresentadoras de antígeno, o hibridoma ou a vacina de acordo com qualquer um dos itens precedentes ao dito indivíduo, ii) administrar o dito polimerossoma, composição, células apresentado- ras de antígeno, hibridoma ou vacina ao indivíduo, de preferência a dita administração é a injeção intradérmica, intraperitoneal, intramus- cular, subcutânea, intravenosa ou a administração não invasiva a uma superfície da mucosa.
68. O método de obter uma resposta imune de acordo com qualquer um dos itens precedentes, em que a dita resposta imune é uma ampla resposta imune.
69. O método de obter uma resposta imune de acordo com qualquer um dos itens precedentes, em que a dita resposta imune compreende uma resposta imune mediada por células T CD8(*) e/ou uma resposta imune mediada por células T CD4*.
70. Um método para o tratamento ou prevenção de uma doença infec- ciosa, um câncer ou doença autoimune em um indivíduo com sua ne- cessidade (por exemplo, um ser humano) compreendendo a adminis- tração ao dito indivíduo de uma quantidade terapeuticamente eficaz do polimerossoma, da composição, das células apresentadoras de antí- geno, do hibridoma ou da vacina de acordo com qualquer um dos itens precedentes, de preferência a dita doença infecciosa é uma doença infecciosa viral ou bacteriana.
71. Um método para imunizar um animal não humano, o dito método compreendendo as seguintes etapas: i) fornecer o polimerossoma, a composição, as células apresentadoras de antígeno, o hibridoma ou a vacina de acordo com qualquer um dos itens precedentes; li) imunizar dito animal não humano com o dito polimerossoma, com- posição, células apresentadoras de antígeno, hibridoma ou vacina.
72. Um método para preparação de um anticorpo, que compreende: i) imunizar um mamífero não humano com o polimerossoma, a compo- sição, as células apresentadoras de antígeno, o hibridoma ou a vacina de acordo com qualquer um dos itens precedentes; ii) isolar um anticorpo obtido na etapa (i).
73. O método de acordo com qualquer um dos itens precedentes, em que o dito anticorpo é um anticorpo monoclonal (mAb).
74. O polimerossoma, a composição, as células apresentadoras de antígeno, o hibridoma ou a vacina de acordo com qualquer um dos itens precedentes, para uso como medicamento.
75. O polimerossoma, a composição, as células apresentadoras de antígeno, o hibridoma ou a vacina de acordo com qualquer um dos itens precedentes, para uso em um ou mais dos seguintes métodos: i) em um método de descoberta e/ou varredura e/ou preparação de anticorpos; il) em um método de descoberta e/ou varredura e/ou preparação de vacina; ili) em um método de produção ou preparação de uma composição imunogênica ou imunoestimulante;
iv) em um método de liberação direcionada de uma proteína e/ou pep- tídeo, de preferência dita liberação direcionada é uma liberação direci- onada de uma proteína antigênica e/ou peptídeo de acordo com qual- quer um dos itens precedentes; ainda preferivelmente a dita proteína antigênica e/ou peptídeo compreende uma parte solúvel de uma prote- ína da membrana (MP) ou um peptídeo associado à membrana (MAP), o mais preferível o dito antígeno compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda mais preferivelmente o dito antígeno é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo me- nos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14; ainda mais preferivelmente a dita liberação direcionada é realizada em um indiví- duo;
v) em um método de estimulação de uma resposta imune a um antí- geno, de preferência o dito antígeno está de acordo com qualquer um dos itens precedentes, ainda de preferência o dito antígeno compre- ende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38; ainda mais preferi- velmente, o dito antígeno é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo me- nos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou
100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14; ainda mais preferivelmente para uso na estimulação de uma res- posta imune ao dito antígeno em um indivíduo;
vi) em um método de ativação da proteção cruzada induzida pela res- posta imune mediada por células T CD8*), de preferência em um mé- todo de ativação da proteção cruzada induzida pela resposta imune mediada por células T CD86), contra um antígeno, está de acordo com qualquer um dos itens precedentes; ainda de preferência o dito antí- geno compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38; o mais preferível dito antígeno é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, em pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14;
vii) em um método de liberação de um peptídeo e/ou proteína a uma célula apresentadora de antígeno (APCs) de acordo com qualquer um dos itens precedentes; de preferência o dito peptídeo e/ou proteína é um antígeno de acordo com qualquer um dos itens precedentes; ainda preferivelmente o dito antígeno contém uma parte solúvel de hemaglu- tinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38; o mais preferível, dito antígeno é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo me- nos 95%, em pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14;
viii) em um método de acionar uma resposta imune que compreende uma resposta imune mediada por células T CD8(*) e/ou uma resposta imune mediada por células T CD4*); de preferência a dita resposta é contra um antígeno de acordo com qualquer um dos itens preceden- tes; ainda de preferência o dito antígeno compreende uma parte solú- vel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, oval- bumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, peptídeo B16 ou peptídeo MC38; ainda preferivelmente a dita resposta é contra um antígeno que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, em pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14;
ix) em um método para o tratamento, melhora, profilaxia ou diagnósti- co de uma doença infecciosa, de preferência a dita doença infecciosa é uma doença infecciosa viral ou bacteriana; ainda de preferência a dita doença infecciosa viral é selecionada de um grupo que consiste em: infecção por influenza, infecção por vírus sincicial respiratório, in- fecção por vírus do herpes. x) em um método para o tratamento, melhora, profilaxia ou diagnóstico de câncer ou doença autoimune; xi) em um método para sensibilizar células cancerígenas para quimio- terapia; xii) em um método para indução de apoptose nas células canceríge- nas; xiii) em um método para estimular uma resposta imune em um indiví- duo; xiv) em um método para imunizar um animal não humano; xv) em um método para a preparação de hibridoma; xvi) em um método de acordo com qualquer um dos itens precedentes; xvii) em um método de acordo com qualquer um de i) a xvi) preceden- tes, em que o dito método é o método in vivo e/ou ex vivo e/ou in vitro; xvili) em um método de acordo com qualquer um de i) a xvii) preceden- tes, em que o dito antígeno é heterólogo ao ambiente em que dito an- tígeno é usado.
76. Uso do polimerossoma, composição, células apresentadoras de antígeno, hibridoma ou vacina de acordo com qualquer um dos itens precedentes para um ou mais dos seguintes: i) para descoberta e/ou varredura e/ou preparação de anticorpos; ii) para descoberta e/ou varredura e/ou preparação de vacina; iii) para a produção ou preparação de uma composição imunogênica ou imunoestimulante; iv) para liberação direcionada de proteínas e/ou peptídeos, de prefe- rência a dita liberação direcionada é uma liberação direcionada de pro- teínas e/ou peptídeos antigênicos; ainda de preferência a dita libera- ção direcionada é realizada em um indivíduo;
v) para a estimulação de uma resposta imune em um antígeno, de pre- ferência para uso na estimulação de uma resposta imune a um antíge- no em um indivíduo; vi) para a ativação da proteção cruzada induzida por uma resposta imune mediada por células T CD8; vii) para a liberação de um peptídeo ou proteína a uma célula apresen- tadora de antígeno (APC); de preferência o dito peptídeo ou proteína é um antígeno, ainda de preferência o dito peptídeo ou proteína é imu- nogênico ou imunoterapêutico; viii) para a ativação de uma resposta imune que compreende uma res- posta imune mediada por células T CD8*) e/ou uma resposta imune mediada por células T CD4; ix) em um método para tratamento, melhora, profilaxia ou diagnóstico de uma doença infecciosa, de preferência a dita doença infecciosa é uma doença infecciosa viral ou bacteriana; ainda de preferência a dita doença infecciosa viral é selecionada de um grupo que consiste em: infecção por influenza, infecção por vírus sincicial respiratório; infecção por vírus da herpes; x) para o tratamento, melhora, profilaxia ou diagnóstico de um câncer ou doença autoimune; xi) para a sensibilização de células cancerígenas para quimioterapia; xii) para indução de apoptose nas células cancerígenas; xiii) para a estimulação de uma resposta imune em um indivíduo; xiv) para a imunização de um animal não humano; xv) para a preparação de hibridoma; xvi) em um método de acordo com qualquer um dos itens precedentes; xvii) para uso de acordo com qualquer um de i) a xvi) precedentes, em que dito uso é o uso in vivo e/ou ex vivo e/ou in vitro;
xViii) para uso de acordo com qualquer um de i) a xvii) precedentes, em que o dito antígeno é heterólogo ao ambiente em que dito antígeno é usado.
77. Um método para obter uma resposta imune em um indivíduo, compreendendo a administração a um indivíduo de um polimerossoma formado a partir de PDMS-PEO que carrega um antígeno.
78. O método de acordo com o item 77, em que o antígeno é encapsu- lado dentro do polimerossoma de PDMS-PEO.
79. O método de acordo com o item 78, em que o antígeno encapsu- lado no polimerossoma de PDMS-PEO é um antígeno solúvel.
80. O método de acordo com o item 79, em que o antígeno é selecio- nado do grupo que consiste em um polipeptídeo, um carboidrato, um polinucleotídeo e suas combinações.
81. O método de acordo com o item 77, em que o antígeno é integrado na membrana circunferencial do polimerossoma de PDMS-PEO.
82. Um polimerossomo de PDMS-PEO que carrega um antígeno.
83. Um polimerossoma de acordo com o item 82, em que o antígeno é encapsulado dentro do polimerossoma de PDMS-PEO.
84. O polimerossoma de acordo com o item 83, em que o antígeno en- capsulado no polimerossoma de PDMS-PEO é um antígeno solúvel.
85. O polimerossoma de acordo com o item 84, em que o antígeno é selecionado do grupo que consiste em um polipeptídeo, um carboidra- to, um polinucleotídeo e suas combinações.
86. O polimerossoma de acordo com o item 85, em que o antígeno é integrado na membrana circunferencial do polimerossoma de PDMS- PEO.
87. O polimerossoma de acordo com o item 86, em que o antígeno é uma proteína associada à membrana ou um antígeno lipídico.
88. O polimerossoma de acordo com o item 87, em que a proteína as- sociada à membrana é selecionada do grupo que consiste em uma proteína da transmembrana, um receptor acoplado à proteína G, um receptor de neurotransmissor, uma cinase, uma porina, um transporta- dor ABC, um transportador de íons, um receptor de acetilcolina e um receptor da aderência celular.
89. Uma composição farmacêutica que compreende um polimerosso- ma de acordo com qualquer um dos itens de 82 a 88.
90. O uso in vitro e in vivo de um PDMS-PEO como definido de acordo com qualquer um dos itens de 82 a 88 ou uma composição farmacêu- tica de acordo com o item 89 para provocar uma resposta imune. Exemplos da invenção
[00207] Para que a invenção possa ser facilmente entendida e co- locada em prática, alguns aspectos da invenção são descritos por meio dos seguintes exemplos não limitativos. Materiais e Métodos Exemplo 1: Encapsulamento de ovalbumina, peptídeos, HA solú- vel, proteína SPIKE de PEDv e DNA eGFP em polimerossomas
[00208] Uma matéria-prima de 100 mg/ml de óxido de polibutadie- no-polietileno (no presente documento referido como "BD21") é dissol- vido em clorofórmio. 100 ul da matéria-prima de BD21 de 100 mg/ml são então depositados em um tubo de cultivo de borossilicato (12 x 75 mm) e secados lentamente sob uma corrente de gás nitrogênio para formar uma fina película polimérica. A película foi ainda secada sob vácuo durante 6 horas em um dessecador. Uma solução de 1 ml de proteína Ovalbumina (OVA) 1 a 5 mg/ml em tampão de PBS 1x foi en- tão adicionada ao tubo de cultivo. A mistura foi agitada em 600 rpm, 4ºC durante pelo menos 18 horas para reidratar a película e permitir a formação de vesículas de polímero. A suspensão turva foi extrusada através de uma membrana Whatman Nucleopore de 200 nm de tama- nho de poro com uma extrusora (extrusora de lipossoma Avanti de 1 ml, 21 ciclos) para obter vesículas monodispersas [por exemplo, Fu et al., 2011, Lim. S.K et al., 2017]. As vesículas poliméricas de BD21 con- tendo proteína foram purificadas a partir das proteínas não encapsula- das por diálise da mistura contra 1 L de 1x PBS usando uma membra- na de diálise (300 kDa MWCO, membrana de éster de celulose).
[00209] A mistura final da vesícula foi analisada com relação à pro- teína não encapsulada usando cromatografia de exclusão por tama- nho. As frações do pico da vesícula da SEC foram usadas para quanti- ficar a quantidade de encapsulação de proteína por meio de SDS- PAGE. O tamanho da vesícula e a monodispersão foram especificados por um instrumento de dispersão dinâmica da luz (Malvern, United Kingdom) (diluição 100x com 1x PBS). Para quantificação de OVA en- capsulada em polimerossomas, as amostras foram pré-tratadas com 20% de DMSO seguido de tampão de amostra, após o que foram car- regadas na análise SDS-PAGE.
[00210] Para o encapsulamento de peptídeos (exemplificado pelos peptídeos neo-antígenos MC 38 da SEQ ID NO: 1, 2 e 3), foi seguido um protocolo similar. A concentração de peptídeos foi de 0,5 a 0,3 mg/ml dissolvida em PBS para encapsulamento. Após diálise, uma quantidade de peptídeos encapsulados foi determinada usando a fluo- rescência de fenilalanina (ex 270 nm / em 310 nm) usando um Cary Eclipse Spectrophotometer (Agilent). O encapsulamento de todos os 3 peptídeos foi executado individualmente e a concentração foi determi- nada ser 20 a 30 ug/ml para todos os peptídeos. Um volume equiva- lente de cada um dos 3 peptídeos encapsulados foi misturado imedia- tamente antes da injeção nos camundongos.
[00211] Parao encapsulamento de HA, um protocolo similar foi se- guido. A HA recombinante (cepa H1N1/A/Porto Rico/8/1934) em uma concentração de 10 ug/ml foi dissolvida em PBS para encapsulamen- to. Após diálise, uma quantidade de peptídeos encapsulados foi de- terminada por western blot. A concentração de HA após o encapsula-
mento foi determinada ao redor de 1 pg/ml. 100 ul foram injetados em camundongos.
[00212] Para o encapsulamento da proteína SPIKE de PEDv nos polimerossomas de BD21, um protocolo similar foi seguido como des- crito acima. A proteína SPIKE de PEDv (diferentes construções, SEQ ID Nos: 12 a 14) foi expressa usando o sistema de expressão de bacu- lovírus. Proteínas isoladas das células de inseto foram adicionadas para o encapsulamento. Enquanto que, para o encapsulamento da proteína SPIKE de PEDv em polimerossomas produzidos de po- li(dimetil siloxano)-polilóxido de etileno) (PDMSas-PEO;37 obtido da Polymer Source, Quebec, Canada) ou uma mistura de copolímeros de bloco e lipídios, tais como PDMS.as-PEO3; (/DSPE-PEG, PLA- PEG/POPC, PLA-PEG/Asolectina, um protocolo diferente foi seguido para mostrar a generalidade dos métodos. O polímero e/ou a mistura de polímero lipídico foi dissolvido em etanol ou qualquer solvente mis- cível em água e adicionado por gotejamento a uma solução de proteí- na para se auto-organizar e as proteínas são encapsuladas em poli- merossomas durante a auto-organização. As proteínas não encapsu- ladas foram removidas por diálise com PBS. Após a diálise, a quanti- dade de cada proteína encapsulada com amostra de polimerossoma foi determinada por densitometria. A concentração de proteínas após o encapsulamento foi determinada ao redor de 1 ug/ml para cada uma dessas formulações de polimerossoma. Os polimerossomas foram en- capsulados com proteína SPIKE solúvel (SEQ 12) ou região S1 da proteína SPIKE (SEQ 13) e região S2 da proteína SPIKE (SEQ 14). De 100 a 200 ul de polimerossomas (apenas com proteína SPIKE solúvel ou com mistura de polimerossomas com a região S1 e S2 das proteí- nas SPIKE) foram injetados em camundongos e 1 ml desses polime- rossomas foi administrado por via oral aos porcos.
[00213] Parao encapsulamento de DNA de eGFR, um protocolo similar ao encapsulamento de OVA foi seguido. Resumidamente, co- polímeros de bloco como poli(butadieno)-poli(óxido de etileno) (BD21), poli(butadieno)-poli(óxido de etileno) modificado com grupos funcionais (por exemplo, NH2, COOH) no final da cadeia de poli(óxido de etileno) (BD21-NH;>2), mistura de copolímeros de bloco e lipídios tais como PLA- PEG/POPC, PLA-PEG/Asolectina, Dimetilaminoetanocarbamoíla (DC)- Colesterol, 1,2-dioleoil-3-trimetilamônio-propano (DOTAP) foram dis- solvidos em clorofórmio e transferidos para um tubo de vidro e seca- dos lentamente sob uma corrente de gás nitrogênio para formar uma película fina. A película foi ainda secada sob vácuo durante 6 horas em um dessecador. 1 ug de DNA de eGFP foi adicionado à película e reidratado durante a noite. Mais tarde, as amostras foram extrusadas com filtro de policarbonato de 0,2 um e submetidas à diálise em tam- pão HEPES.
Exemplo 2: Transfecção de polimerossomas encapsulados com DNA de eGFP com células HEK293T
[00214] As células HEK293T foram semeadas com uma densidade de 50.000 células/cavidade em uma placa de 48 cavidades. Para transfecções (a transfecção com Lipofectamine 2000), 1000 ul de Opti- MEM | (Invitrogen), 2 ul de Lipofectamine 2000 (Invitrogen) e 1 ug de DNA de SF-GFP PC (ou formulação de polimerossomas contendo 1 ug de DNA de SF-GFP PC) foram misturados. Os complexos de trans- fecção foram formados durante 20 min de incubação na RT. Para a transfecção, o complexo de lipofectamina foi adicionado às células e incubado durante 24 h a 72 h a 37 ºC e CO2 a 5%. A eficiência da transfecção foi medida por fluorescência de GFP, Ex 485 nm, Em 520 nm). Para fluorescência de captação celular medida em Ex 530 nm Em 560 nm. Para a formação de imagem, aspiração do meio celular se- guido de lavagem das células com DPBS (com Ca2+/Mg2+) e fixação com p-formaldeído a 4%. Em seguida, a lamínula de vidro foi removida e virada para uma lâmina de vidro contendo uma gota de 20 ul de mií- dia de montagem com DAPI. Por fim, a lamínula foi selada com esmal- te para unhas e armazenada a 4 ºC para futura formação de imagem. A microscopia de fluorescência foi usada para a formação de imagem. Exemplo 3: Imunização de polimerossomas encapsulados em OVA para títulos de anticorpos
[00215] Os camundongos C57bl/6 foram imunizados usando OVA livre com ou sem Sigma Adjuvant System (SAS) e ACMs encapsula- dos em OVA (polimerossomas), fazendo uma pré-ativação e um refor- ço 21 dias depois. Todas as imunizações foram executadas com uma quantidade final de OVA: 5 a 10 ug OVA/injeção/camundongo. Os sangramentos finais foram coletados 42 dias após a pré-ativação. O ELISA foi então executado para avaliar os títulos: OVA foi revestida em placas MaxiSorp (1 ug/ml) durante a noite. As placas foram blo- queadas usando BSA a 3% em PBS durante 1 h na RT. Todos os so- ros foram diluídos em 1:100 e incubados em placas durante 1 h na RT. Após 3 lavagens com PBS + Tween 20 a 0,05%, o anticorpo secundá- rio anti-lgG HRP acoplado foi incubado na diluição de 1:10.000 duran- te 1 h, RT (temperatura ambiente). Após 3 lavagens com tampão PBS / Tween 20, substrato de TMB foi adicionado e a reação foi interrompi- da usando HCl 1M. As densidades ópticas foram quantificadas em 450 nm. Exemplo 4: Imunização de polimerossomas encapsulados em HA para títulos de anticorpos
[00216] Da mesma forma, camundongos Balb/c foram imunizados com proteínas HA livres (SEQ ID NO: 7), HA encapsulada por ACM (polimerossomas) em PBS ou no controle de PBS. Todas as imuniza- ções foram executadas com a mesma quantidade final de HA: 100 ng de HA/injeção/camundongo. Os sangramentos finais foram coletados 42 dias após a pré-ativação e o ELISA foi executado como acima usando 1 ug/ml de HA para revestimento de placas. Exemplo 5: Imunização de polimerossomas encapsulados em peptídeos neo-antígenos MC 38 para resposta celular
[00217] Para observar uma resposta específica de células T CD8 após a imunização, utilizamos um modelo de tumor singênico de MC-
38. Os camundongos C57bl/6 foram inoculados subcutaneamente no flanco direito com células tumorais MC-38 (3 x 10º) em 0,1 m! de PBS para o desenvolvimento do tumor. O dia da inoculação é definido como o dia O. Os animais foram escolhidos a esmo com base nos pesos corporais e as imunizações foram iniciadas no dia 4 após a inoculação. As imunizações consistiram em: peptídeos livres, peptídeos encapsu- lados em ACM (polimerossomas) com e sem cotratamento com um anticorpo anti-PD-1 comercialmente disponível. Os peptídeos foram: Reps1 P45A (SEQ ID NO: 1), Adpgk R304M (SEQ ID NO: 2) e Dpagt1 V213L (SEQ ID NO: 3) e foram obtidos na Genscript. 200 ul de peptí- deos e peptídeos em ACMs foram imunizados por via subcutânea nos dias 4, 11 e 18. A concentração de peptídeos em ACMs foi determina- da como sendo de 20 a 30 ug/ml, enquanto que para peptídeos isola- dos foram usados 10 ug por injeção por camundongo. O anticorpo an- ti-PD1 foi injetado por via intraperitoneal nos dias 5, 8, 12, 15, 19 e 22 na dosagem de 5 mg/kg. Os animais foram verificados quanto a quais- quer efeitos do crescimento do tumor e tratamentos no comportamento normal tais como mobilidade, consumo de comida e água, ganho/per- da de peso corporal (os pesos corporais serão medidos 3 vezes por semana). Os tamanhos dos tumores foram medidos 3 vezes por se- mana em duas dimensões que utiliza um compasso de calibre, e o vo- lume foi expresso em mm? usando a fórmula: V = 0,5a xb? onde a e b são os diâmetros longo e curto do tumor, respectivamente. Exemplo 6: Imunização de camundongos e porcos com polime- rossomos encapsulados em proteína Spike de PEDv
[00218] Os camundongos foram imunizados com proteína Spike de PEDv encapsulada em ACM e reforçados com uma segunda dose após 21 dias, 150 ul a 200 ul de polimerossomas encapsulados com proteína Spike de PEDv. O soro foi coletado a partir do sangramento final e foi usado para o ELISA. Além disso, esses soros foram testados quanto à sua capacidade de neutralizar a cepa de PEDV USA/Colora- do/2013 (CO/13) através de uma neutralização de vírus convencional. Além disso, os porcos desmamados foram vacinados por via oral com 1 ml de polimerossomas encapsulados com proteína PED SPIKE (após uma pré-ativação no dia 1 e um reforço no dia 14). Uma solução fisiológica simples foi usada para a vacinação oral. Resultados Encapsulamento de proteínas e DNA do Exemplo 1:
[00219] Os polimerossomas encapsulados em OVA foram purifica- dos por diálise e coluna de exclusão de tamanho (SEC) para remover as proteínas não encapsuladas e analisados através da dispersão di- nâmica da luz. Como mostrado nas Figs. 2A, Figs. 3 e 4, um perfil de eluição de polimerossomas encapsulados em OVA da SEC e uma po- pulação monodispersa foram observados.
[00220] Os dados da dispersão dinâmica da luz (DLS) são apresen- tados na Fig. 2B para vários polimerossomas diferentes tendo a OVA, a proteína SPIKE de PEDv ou o DNA de eGFP neles encapsulado. Todos eles estão medindo um diâmetro médio de 120 nm a 180 nm usando a média Z (d, nm), um parâmetro de DLS preferido. O tamanho médio Z é o diâmetro médio da partícula harmônica ponderada pela intensidade; os valores estão de acordo com dados anteriores [Fu et al., 2011, Lim. S.K, et al., 2017] de polimerossomas. Dados de DNA de eGFP encapsulados e de transfecção do Exem- plo 2:
[00221] Os polimerossomas encapsulados em DNA de eGFP foram transfectados com células HEK293T e após a transfecção, a captação de polimerossomas de ACM foi medida pela leitora de placas por fluo- rescência em Ex 530 nm e Em 560 nm e a eficiência da transfecção foi medida pela fluorescência GFP (Ex 485 nm, Em 520 nm). Como mos- trado na Fig. 5, fica claro que os polimerossomas com DNA são capa- zes de penetrar nas células e liberar o DNA para expressar o DNA em proteínas, todas as formulações polimerossômicas são absorvidas pe- las células e são capazes de liberar o DNA, enquanto que a relação da liberação de polimerossomas versus a expressão da proteína correla- ciona-se bem com sua estabilidade e biodegradabilidade (Fig. SA). Os polímeros não biodegradáveis tais como o BD21 são absorvidos em menor quantidade e os níveis de expressão foram menores em com- paração com os polimerossomas biodegradáveis. Resultados similares foram observados a partir das imagens de fluorescência das células (Fig.5B e Fig.5C). OVA encapsulada e títulos do Exemplo 3:
[00222] Os polímeros encapsulados em OVA foram imunizados em camundongos C57bl/6, fazendo uma pré-ativação e um reforço 21 dias depois. Os sangramentos finais foram usados para a execução do ELISA. Como mostrado na Fig. 6, fica claro que os polimerossomas encapsulados em OVA são a única formulação capaz de desencadear um título em comparação com a OVA livre, OVA com adjuvantes ou amostras de controle (somente PBS). A razão pela qual a OVA com SAS não produziu um título pode ser devido à pequena quantidade de OVA usada no teste (ao redor de 5 ug por injeção). Assim, a OVA en- capsulada por ACM foi capaz de desencadear uma resposta de célu- las B em relação à OVA na forma de um título de soro de IgG especiífi- co para Ovalbumina. HA encapsulada e títulos do Exemplo 4:
[00223] Os polimerossomas encapsulados em HA (H1IN1/A/Porto
Rico/8/1934, SEQ ID NO: 7) foram imunizados em camundongos Balb/c fazendo uma pré-ativação e um reforço 21 dias depois. Os san- gramentos finais foram usados para a execução do ELISA. Como mos- trado na Fig. 7, fica claro que os polimerossomas encapsulados em HA são a única formulação capaz de desencadear um título em com- paração com as amostras livres de HA ou controle (somente PBS). À razão pela qual a HA livre não produziu um título pode ser devido à pequena quantidade de HA usada no teste (ao redor de 100 ng por injeção). Assim, a HA encapsulada por ACM foi capaz de desencadear uma resposta das células B em relação à HA na forma de um título de soro de IgG específico para a HA.
Peptídeos neo-antígeno MC-38 encapsulados e resposta de célu- las T CD8 do Exemplo 5:
[00224] Para mostrar que o antígeno encapsulado por ACM é capaz de desencadear uma resposta de células T CD8, utilizamos um mode- lo de tumor de camundongo singênico MC-38 bem definido que conta com a liberação de peptídeos antigênicos CD8 conhecidos. Quantida- des elevadas desses peptídeos combinados com adjuvantes foram mostradas de acionar o controle do tumor em modelos terapêuticos de camundongos (por exemplo, Kuai et al., 2017, Luo et al., 2017). Além disso, esses efeitos foram claramente correlacionados à presença de células T CD8 específicas do peptídeo no sangue de camundongos. Portanto, qualquer diferença no desenvolvimento do tumor entre os grupos seria diretamente atribuída à presença de um conjunto especí- fico de peptídeo de células T CD8. 4 dias após a inoculação com |i- nhagens celulares MC-38, os camundongos foram imunizados com peptídeos livres, peptídeos encapsulados em ACM (polimerossomas) com e sem tratamento com anticorpo anti-PD1, como descrito na se- ção Materiais e Métodos nesta invenção. Como mostrado na Fig. 8, a imunização com peptídeos encapsulados foi capaz de acionar um efei-
to inibidor no desenvolvimento do tumor em comparação com peptí- deos livres. Este efeito foi dramaticamente potencializado sempre que injeções de anticorpos anti-PD1 foram adicionadas. Estes dados de- monstraram que os peptídeos encapsulados por ACM (polimerosso- mas) foram capazes de desencadear uma resposta de células T CD8 específica do peptídeo, provavelmente através da liberação desses peptídeos às células dendríticas, o que resultou no controle do tumor. Este efeito foi aumentado pela adição de um inibidor do ponto de veri- ficação tal como o anticorpo anti-PD1. De fato, o MC-38 foi demons- trado de expressar a molécula PD-L1 em sua superfície celular, que é conhecida por inibir a atividade de neutralização das células T dentro dos tumores. Em consequência, a inibição de tal interação por uma interação PD1/PD-L1 de bloqueio de anticorpo é conhecida por revelar ainda mais a presença de células T específicas do tumor. No geral, estes dados demonstram claramente que os antígenos encapsulados por ACM (polimerossomas) foram capazes de desencadear uma res- posta de células T CD8 específica do antígeno sem adição de adju- vante.
Proteína Spike de PEDv encapsulada e resposta de neutralização de IgG, IgA e vírus do Exemplo 6:
[00225] Os camundongos foram imunizados com proteína Spike de PEDv encapsulada em ACM e reforçados com uma segunda dose após 21 dias. O soro foi coletado a partir do sangramento final e foi usado para o ELISA. Como pode ser visto na Fig. 8, os anticorpos que se ligam à proteína SPIKE revestida na ELISA PLATE e os títulos são de nível similar aos animais vacinados com vírus neutralizados em comparação com camundongos vacinados com ACM. Além do mais, os soros foram testados quanto à sua capacidade de neutralizar a ce- pa de PEDV USA/Colorado/2013 (CO/13) através de um experimento convencional de neutralização de vírus (Fig. 9). No presente documen-
to, observou-se que a neutralização do vírus ocorre apenas para os soros dos camundongos imunizados com a vacina ACM (isto é, a pro- teína PED Spike encapsulada por ACM) enquanto que nenhuma neu- tralização foi observada para os soros dos camundongos vacinados com vírus neutralizado. Além disso, diferentes polimerossomas (por exemplo, BD21, PDMSa6s-PEO37 (marcados na Figura 10 apenas como "PDMS"), lipídios PDMSas-PEO37/DSPE-PEG, PLA-PEG/Asolectina) encapsulados com proteínas solúveis de comprimento total e mistura de polimerossomas contendo a região S1 e S2 foram imunizados e os soros foram testados quanto à neutralização do vírus (Fig. 10). A partir da Fig. 10, fica evidente que os grupos de camundongos imunizados com a amostra de PBS não apresentam qualquer neutralização do ví- rus, enquanto que todas as outras formulações de polimerossoma apresentam um grau variável de neutralização do vírus. Além disso, quando os porcos desmamados foram vacinados por via oral com a proteína PED SPIKE encapsulada em ACM (após uma pré-ativação no dia 1 e um reforço no dia 14, um aumento nos anticorpos IgA especiífi- cos contra o vírus foi observado a partir das mechas fecais coletadas e medidas por meio de ELISA (ver a Fig. 11).
[00226] Uma pessoa versada na técnica iria observar facilmente que a presente invenção está bem adaptada para realizar os objetivos e obter os fins e vantagens mencionados, assim como os inerentes a eles. Além disso, será facilmente evidente para uma pessoa versada na técnica que diversas substituições e modificações podem ser feitas na invenção no presente documento divulgada sem se afastar do es- copo e espírito da invenção. As composições, métodos, procedimen- tos, tratamentos, moléculas e compostos específicos no presente do- cumento descritos são atualmente representativos de certas modali- dades, são exemplares e não se destinam como limitações no escopo da invenção. Alterações e outros usos ocorrerão para aqueles versa-
dos na técnica que são incluídos dentro do espírito da invenção e são definidos pelo escopo das reivindicações. A listagem ou o exame de um documento anteriormente publicado neste relatório descritivo não deve necessariamente ser tomado como um reconhecimento de que o documento faz parte do estado da técnica ou é do conhecimento geral comum.
[00227] A invenção no presente documento descrita de forma ilus- trativa pode ser adequadamente praticada na ausência de qualquer elemento ou elementos, limitação ou limitações, não no presente do- cumento especificamente divulgadas. Assim, por exemplo, os termos "compreendendo", "incluindo", "contendo" etc. devem ser lidos de for- ma abrangente e sem limitação. Adicionalmente, os termos e expres- sões empregados nesta invenção foram usados como termos de des- crição e não de limitação, e não existe nenhuma intenção no uso de tais termos e expressões de excluir quaisquer equivalentes dos aspec- tos mostrados e descritos ou suas partes, mas se reconhece que vá- rias modificações são possíveis dentro do escopo da invenção reivin- dicada. Assim, deve ficar entendido que, embora a presente invenção tenha sido especificamente divulgada através das modalidades exem- plares e características opcionais, a modificação e a variação das in- venções no presente documento incorporadas podem ser recorridas por aqueles versados na técnica e que tais modificações e variações são consideradas de estar dentro do escopo desta invenção.
[00228] A invenção foi no presente documento descrita ampla e ge- nericamente. Cada uma das espécies mais limitadas e agrupamentos subgenéricos que se enquadram na divulgação genérica também fa- zem parte da invenção. Isso inclui a descrição genérica da invenção com uma condição ou limitação negativa, removendo qualquer assunto do gênero, independentemente de se ou não o material cortado for no presente documento especificamente recitado.
[00229] Outras modalidades estão dentro das reivindicações que se seguem.
Além disso, onde as características ou aspectos da invenção são descritos em termos de grupos Markush, aqueles versados na técnica irão reconhecer que a invenção também é descrita em termos de qualquer membro ou subgrupo individual de membros do grupo Markush.
Referências Liu et al., Inmune responses to vaccines delivered by encapsulation into and/or adsorption onto cationic lipid-PLGA hybrid nanoparticles, Journal of Controlled Release, 225 (2016): 230-239. Hilbert et al, Biodegradable microspheres containing influenza À vaccine: immune response to mice, Vaccine 17 (1999): 1065-1073. Miller et al, Adjuvant compositions and related methods, US9636397B2, Gerber et al.
Adjuvant and vaccine compositions, US2015/0044242 A1. Maji et al/., A lipid based antigen delivery system efficiently facilitates MHC class-| Antigen Presentation in Dendritic Cells to Stimulate CD8+ T cells, Scientific Reports 6 (2016): 27206. Moon et al., Interlayer-crosslinked multilamellar vesicles as synthetic vaccines for potent humoral and cellular responses, Nature Materials (2011): 243-251. May et al, “Ih Vitro Expressed GPCR Inserted in Polymersome Membranes for Ligand-Binding Studies” (2013) Angew.
Chem.
Int.
Ed., 52, pages 749-753Kuai et al, Designer vaccine nanodiscs for personalized cancer immunotherapy, Nat Mater. (2017) 16(4):489-496. Luo et al., A STING-activating nanovaccine for cancer immunotherapy, Nat Nanotechnol. (2017) 12(7):648-654. Quer et al, "Polynersomes enhance the immunogenicity of influenza subunit vaccine", POLYMER CHEMISTRY, GB, (2012), vol. 2, no. 7, page 1482
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Claims (109)

REIVINDICAÇÕES
1. Polimerossoma estável à oxidação compreendendo um antígeno encapsulado solúvel, caracterizado pelo fato de que dito an- tígeno encapsulado solúvel é selecionado do grupo que consiste em: i) um polipeptídeo; li) um carboidrato; iii) um polinucleotídeo, de preferência dito polinucleotídeo não é um oligonucleotídeo antissentido, preferivelmente dito polinucleotídeo é uma molécula de DNA ou mRNA; iv) uma combinação de i) e/ou ii) e/ou iii).
2. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das reivin- dicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polimeros- soma é capaz de provocar uma resposta imune mediada por células T CD8), de preferência dita provocação é uma provocação in vivo, ex vivo ou in vitro.
3. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das reivin- dicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito antígeno compreende uma parte solúvel de uma proteína da membrana (MP) ou um peptídeo associado à membrana (MAP), de preferência o dito antí- geno compreende uma parte solúvel de hemaglutinina de influenza, hemaglutinina de influenza suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, Ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda preferivelmente o referido antígeno compreende um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pe- lo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequên- cia de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID
NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NO: 12, SEQ ID NO: 13 e SEQ ID NO: 14.
4. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das reivin- dicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polimeros- soma é estável à oxidação na presença de componentes séricos, de preferência dita estabilidade à oxidação é uma estabilidade à oxidação in vivo, ex vivo ou in vitro.
5. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das reivin- dicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polimeros- soma é estável dentro de um endossoma, de preferência dita estabili- dade é uma estabilidade in vivo, ex vivo ou in vitro.
6. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das reivin- dicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polimeros- soma possui uma estabilidade de oxidação aprimorada em compara- ção com a estabilidade de oxidação correspondente de um lipossoma, de preferência dita estabilidade aprimorada é uma estabilidade aprimo- rada in vivo, ex vivo ou in vitro.
7. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das reivin- dicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polimeros- soma é capaz de liberar seu conteúdo compreendendo o dito antígeno encapsulado solúvel de uma maneira independente da oxidação e ati- var a resposta imune mediada por células T CD8(*), de preferência dita liberação é uma liberação in vivo, ex vivo ou in vitro.
8. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das reivin- dicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polimeros- soma é capaz de provocar uma resposta imune celular, em que dita resposta imune celular compreende uma resposta imune mediada por células T CD8*), de preferência a dita resposta imune é uma resposta imune in vivo, ex vivo ou in vitro.
9. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das reivin- dicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polimeros- soma é capaz de provocar uma resposta imune celular e/ou humoral, em que a dita resposta imune celular compreende uma resposta imune mediada por células T CD8(, de preferência a resposta imune é uma resposta imune in vivo, ex vivo ou in vitro.
10. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a dita respos- ta imune humoral compreende a produção de anticorpos específicos, ainda preferivelmente a dita resposta imune é uma resposta imune in vivo, ex vivo ou in vitro.
11. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma é capaz de aumentar a frequência das células T CD4º efeto- ras, de preferência o dito aumento é um aumento in vivo, ex vivo ou in vitro.
12. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a referida resposta imune celular compreende uma resposta imune mediada por células T, de preferência a dita resposta imune é uma resposta imune in vivo, ex vivo ou in vitro.
13. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma é capaz de aumentar a expansão clonal de células T CD8(*) específicas do antígeno em comparação com um antígeno livre, de preferência a dita expansão é uma expansão in vivo, ex vivo ou in vi- tro.
14. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma é capaz de induzir células T CD8( efetoras específicas do antígeno, de preferência a dita indução é uma indução in vivo, ex vivo ou in vitro.
15. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma é capaz de intensificar um fenótipo citotóxico de células T CD8* específicas do antígeno, de preferência a dita intensificação é uma intensificação in vivo, ex vivo ou in vitro.
16. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma é capaz de direcionar macrófagos e/ou células B residentes em linfonodos, de preferência o dito direcionamento é um direciona- mento in vivo, ex vivo ou in vitro.
17. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma é estável à redução, de preferência o dito polimerossoma é estável à redução na presença de componentes séricos, ainda mais preferivelmente a dita estabilidade de redução é uma estabilidade de redução in vivo, ex vivo ou in vitro.
18. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma possui permeabilidade reduzida, de preferência a dita perme- abilidade reduzida é comparada com uma permeabilidade correspon- dente de um lipossoma, ainda mais preferivelmente a dita permeabili- dade é uma permeabilidade in vivo, ex vivo ou in vitro.
19. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma é capaz de liberar seu conteúdo dentro de um endossoma, de preferência o dito endossoma é um endossoma tardio, ainda prefe- rivelmente a liberação é uma liberação in vivo, ex vivo ou in vitro.
20. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma é capaz de um ou mais dos seguintes: i) provocar uma resposta imune celular; de preferência a dita resposta imune celular compreende uma resposta imune mediada por células T CD8(; ainda preferivelmente a dita resposta imune celular é uma res- posta imune mediada por células T CD8(*); o mais preferível a dita res- posta imune celular é contra uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptí- deo MC38, ainda mais preferivelmente a dita resposta imune celular é contra um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo me- nos 96%, em pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14; ii) liberar o teor de polimerossoma em um endossoma, de preferência o dito endossoma é um endossoma tardio; ainda preferivelmente o dito teor compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epi- dêmica suína, ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38, o mais preferível dito teor compreende um polipeptídeo que é pelo me- nos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo me- nos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de po-
lipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SED ID NOs: 12 a 14;
iii) liberar o teor de polimerossoma de maneira independente da oxida- ção e ativar a resposta imune mediada por células T CD8*); de prefe- rência o dito teor compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptí- deo MC38, ainda de preferência o dito teor compreende um polipeptí- deo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo me- nos 97%, pelo menos 98% , pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14;
iv) estimular uma resposta imune ao dito antígeno; de preferência o dito antígeno compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da in- fluenza, hemaglutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diar- réia epidêmica suína, ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda de preferência o dito antígeno compreende um polipeptí- deo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo me- nos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID
NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14;
v) acionar uma proteção cruzada induzida por uma resposta imune mediada por células T CD8*); de preferência a dita resposta é contra uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gri- pe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, oval- bumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38; ainda de preferência a dita resposta é contra um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo me- nos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo sele- cionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12, 13 e 14;
vi) liberar um peptídeo ou proteína a uma célula apresentadora de an- tígeno (APC); de preferência o dito peptídeo ou proteína compreende ou é derivado de uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epi- dêmica suína, ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda preferivelmente o dito peptídeo ou proteína compreende ou é derivado de um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pe- lo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID
NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12,13 e 14;
vii) acionar uma resposta imune compreendendo uma resposta imune mediada por células T CD8*) e/ou uma resposta imune mediada por células T CD4*!; de preferência a dita resposta é contra uma parte so- lúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, ovalbumina (OVA), proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suí- na, peptídeo B16 ou peptídeo MC38; ainda de preferência a dita res- posta é contra um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pe- lo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12,13e14;
viii) estimular uma resposta imune em um indivíduo; de preferência a dita resposta é contra uma parte solúvel de hemaglutinina da influen- za, hemaglutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38; ainda de preferência a dita resposta é contra um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo me- nos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12, 13 e 14;
ix) imunizar um animal não humano; de preferência a dita imunização é contra uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutini- na da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suí- na, ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda de pre- ferência a dita imunização é contra um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pe- lo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11, SEQ ID NO: 12, SEQ ID NO: 13 e SEQ ID NO: 14;
x) dito polimerossoma possui uma antigenicidade alterada em compa- ração com a antigenicidade correspondente do dito antígeno sem o dito polimerossoma; de preferência o dito antígeno é uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, ovalbumina (OVA), peptí- deo B16 ou peptídeo MC38, ainda de preferência o dito antígeno é um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo me- nos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12, 13 e 14;
xi) dito polimerossoma possui uma imunogenicidade alterada em com- paração com a imunogenicidade correspondente do dito antígeno sem o dito polimerossomas, de preferência o dito imunógeno é uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, vírus SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda preferivelmente o dito imunó- geno é um polipeptídeo que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo me- nos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11, SEQ ID NO: 12, SEQ ID NO: 13 e SEQ ID NO: 14.
21. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma possui uma ou mais das seguintes propriedades: i) dito polimerossoma compreende uma membrana estável à oxidação; e/ou ii) dito polimerossoma é sintético; e/ou ili) dito polimerossoma está livre de antígenos não encapsulados ou está em uma mistura com antígenos não encapsulados; e/ou iv) dito polimerossoma compreende uma membrana de um polímero anfifílico; e/ou v) dito polimerossoma compreende copolímeros de bloco sintéticos anfifílicos formando uma membrana da vesícula; e/ou vi) dito polimerossoma possui um diâmetro maior do que 70 nm, de preferência dito diâmetro varia de cerca de 100 nm a cerca de 1 um, ou de cerca de 100 nm a cerca de 750 nm, ou de cerca de 100 nm a cerca de 500 nm, ou de cerca de 125 nm a cerca de 250 nm, de cerca de 140 nm a cerca de 240 nm, de cerca de 150 nm a cerca de 235 nm, de cerca de 170 nm a cerca de 230 nm, ou de cerca de 220 nm a cer-
ca de 180 nm, ou de cerca de 190 nm a cerca de 210 nm, mais prefe- rencialmente o dito diâmetro está ao redor de 200 nm; e/ou vii) dito polimerossoma possui uma morfologia vesicular; viii) dito polimerossoma é auto-organizável.
22. Polimerossoma de acordo com a reivindicação 21, ca- racterizado pelo fato de que o polimerossoma está na forma de uma coleção de polimerossomas, em que o diâmetro médio da coleção de polimerossoma está na faixa de cerca de 100 nm a cerca de 1 um, ou de cerca de 100 nm a cerca de 750 nm, ou de cerca de 100 nm a cer- ca de 500 nm, ou de cerca de 125 nm a cerca de 250 nm, de cerca de 140 nm a cerca de 240 nm, de cerca de 150 nm a cerca de 235 nm, de cerca de 170 nm a cerca de 230 nm, ou de cerca de 220 nm a cerca de 180 nm, ou de cerca de 190 nm a cerca de 210 nm.
23. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito antíge- no é um imunógeno.
24. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito antíge- no é selecionado de um grupo que consiste em: i) um autoantígeno, ii) um não autoantígeno, iii) um não autoimunógeno e iv) um autoimunó- geno.
25. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito antíge- no é selecionado do grupo que consiste em: i) um polipeptídeo que seja pelo menos 80% ou mais (por exemplo, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo viral; de preferência a dita sequência de polipeptídeo viral é hemaglutinina da Influenza, hemaglu- tinina da gripo suína ou proteína SPIKE da diarréia epidêmica suina,
ainda preferivelmente a dita sequência de polipeptídeo viral é selecio- nada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7 e SEQ ID NO: 8 e SEQ ID NOs: 12, 13 e 14; ii) um polipeptídeo que seja pelo menos 80% ou mais (por exemplo, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo bacteriana; ili) um polipeptídeo que seja pelo menos 80% ou mais (por exemplo, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo de mamífero ou aves, de preferência a dita sequência de polipeptídeo de mamífero ou aves é Ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda preferi- velmente a dita sequência de polipeptídeo de mamífero ou aves é se- lecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 11, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10 e SEQ ID NO: 11.
26. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a dita se- quência de polipeptídeo de mamífero é selecionada do grupo que con- siste em: sequência de polipeptídeo de ser humano, roedor, coelho e cavalo.
27. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito antíge- no é um anticorpo ou um fragmento do mesmo.
28. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito antíge- no é selecionado do grupo que consiste em:
i) Hemaglutinina da influenza (HA), de preferência selecionada do gru- po que consiste em: SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7 e SEQ ID NO: 8; ii) hemaglutinina da gripe suína (HA), de preferência SEQ ID NO: 6; ili) ovalbumina (OVA), de preferência SEQ ID NO: 4; iv) peptídeo B16, de preferência selecionado do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10 e SEQ ID NO: 11; v) peptídeo MC38, de preferência selecionado do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2 e SEQ ID NO: 3; vi) peptídeos B16 e MC38, de preferência os ditos peptídeos são inde- pendentemente selecionados dos grupos: i) SEQ ID NOs: 1 a 3 ei) SEQ ID NOs: 9 a 11. vii) Proteína Spike do vírus da diarréia epidêmica suína (PED) e um fragmento solúvel da mesma, de preferência um fragmento da SEQ ID NOs: 12, 13 ou 14.
29. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma é selecionado do grupo que consiste em polimerossoma ca- tiônico, polimerossoma aniônico, polimerossoma não iônico e suas misturas.
30. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito copolií- mero de bloco ou polímero anfifílico é essencialmente não imunogêni- co Ou essencialmente não antigênico, de preferência o dito copolímero de bloco ou polímero anfifílico é não imunogênico ou não antigênico.
31. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito copolií- mero de bloco ou o dito polímero anfifílico não é nem imunoestimulan- te nem adjuvante.
32. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito políme- ro anfifílico compreende um copolímero de dibloco ou tribloco (A-B-A ou A-B-C).
33. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito políme- ro anfifílico compreende um copolímero poli(N-vinilpirrolidona)-b-PLA.
34. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito políme- ro anfifílico compreende pelo menos uma unidade monomérica de um ácido carboxílico, uma amida, uma amina, um alquileno, um dialquil- siloxano, um éter ou um sulfeto de alquileno.
35. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o polímero anfifílico é um bloco de poliéter selecionado do grupo que consiste em um bloco de oligo(oxietileno), um bloco de poli(oxietileno), um bloco de oligo(oxipropileno), um bloco de poli(oxipropileno), um bloco de oli- go(oxibutileno) e um bloco de poli(oxibutileno).
36. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito políme- ro anfifílico é um copolímero de dibloco de poli(butadieno)-poli(óxido de etileno) (PB-PEO), ou em que dito polímero anfifílico é um copolí- mero de dibloco de poli(dimetilsiloxano)-poli(óxido de etileno (PDMS- PEO).
37. Polimerossoma de acordo com a reivindicação 36, ca- racterizado pelo fato de que o dito copolímero de dibloco PB-PEO compreende de 5 a 50 blocos PB e de 5 a 50 blocos PEO ou em que dito copolímero de dibloco PB-PEO de preferência compreende de 5 a 100 blocos PDMS e de 5 a 100 blocos PEO.
38. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito políme- ro anfifílico é um copolímero de poli(lactídeo)-poli(óxido de etileno)/1- palmitoil-2-oleoil-sn-glicero-3-fosfo-L-serina (PLA-PEO/POPC), de pre- ferência o dito PLA-PEO/POPC possui uma relação de 75 para 25 (por exemplo, 75/25) de PLA-PEO para POPC (por exemplo, PLA- PEO/POPC).
39. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito políme- ro anfifílico é um copolímero de poli(caprolactona)-poli(óxido de etile- no)/1-palmitoil-2-oleoil-sn-glicero-3-fosfo-L-serina — (PCL-PEO/POPC), de preferência o dito PCL-PEO/POPC possui uma relação de 75 para (por exemplo, 75/25) de PCL-PEO para POPC (por exemplo, PCL- PEO/POPC).
40. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito políme- ro anfifílico é óxido de polibutadieno-polietileno (BD).
41. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma compreende o copolímero de dibloco PBD21:-PEO14 (BD21) e o copolímero de tribloco PMOXA12-PDMSs5s5-PMOXA 12.
42. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma compreende um ou mais compartimentos.
43. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma compreende um ou mais compartimentos, em que cada um dos ditos um ou mais compartimentos encapsula pelo menos um pep- tídeo, proteína e ácido nucleico, de preferência o dito pelo menos um dos ditos peptídeo, proteína e ácido nucleico é imunogênico ou antigê-
nico, ainda de preferência o dito cada um dos um ou mais comparti- mentos é composto de um mesmo polímero anfifílico ou diferente.
44. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma compreende mais do que um compartimento, em que os ditos compartimentos compreendem uma vesícula de copolímero de bloco externa e pelo menos uma vesícula de copolímero de bloco interna, em que a dita pelo menos uma vesícula de copolímero de bloco inter- na é encapsulada dentro da vesícula de copolímero de bloco externa, de preferência a dita vesícula de copolímero de bloco externa é um polimerossoma formado de um copolímero independentemente seleci- onado do grupo que consiste em: i) polilestireno-b-poli(L-isocianoalanina(2-tiofen-3-il-eti)>amida)] (PS- PIAT), ii) polilbutadieno)-poli(óxido de etileno) (PBD-PEO), li) polilóxido de etileno)-poli(caprolactona) (PEO-PCL), iv) poli(etil etileno)-poli(óxido de etileno) (PEE-PEO), v) poli(óxido de etileno)-poli(ácido lático) (PEO-PLA), vi) polifisopreno)-poli(óxido de etileno) (PI-PEO), vii) poli(2-vinilpiridina)-poli(óxido de etileno) (P2VP-PEO), viii) polilóxido de etileno)-poli(N-isopropilacrilamida) (PEO-PNIPAm), ix) poli(estireno)-poli(ácido acrílico) (PS-PAA), x) poli(etileno glicol)-(sulfeto de polipropileno) (PEG-PPS), xi) poli(2-metiloxazolina)-poli(dimetilsiloxano)-poli(2-metiloxazolina) (PMOXA-PDMS-PMOXA), xii) polifóxido de etileno)-poli(dimetil siloxano)-poli(2-metiloxazolina) (PEO-PDMS-PMOXA), e xiii) poli(metilfenilsilano)-polilóxido de etileno) (PMPS-PEO-PMPS- PEO-PMPS);
ainda preferivelmente a dita pelo menos uma vesícula de copolímero de bloco interna é um polimerossoma formado de um copolímero in- dependentemente selecionado do grupo que consiste em: i) polilestireno-b-poli(L-isocianoalanina(2-tiofen-3-il-etil)amida)] (PS- PIAT), ii) polilbutadieno)-poli(óxido de etileno) (PBD-PEO), iii) polilóxido de etileno)-poli(caprolactona) (PEO-PCL), iv) poli (etil etileno)-poli(óxido de etileno) (PEE-PEO), v) poli(óxido de etileno)-poli(ácido lático) (PEO-PLA), vi) polifisopreno)-poli(óxido de etileno) (PI-PEO), vii) poli(2-vinilpiridina)-poli(óxido de etileno) (P2VP-PEO), viii) polilóxido de etileno)-poli(N-isopropilacrilamida) (PEO-PNIPAm), ix) poli(estireno)-poli(ácido acrílico) (PS-PAA), x) poli(etileno glicol)-(sulfeto de polipropileno) (PEG-PPS), xi) poli(2-metiloxazolina)-poli(dimetilsiloxano)-poli(2-metiloxazolina) (PMOXA-PDMS-PMOXA), xii) polifóxido de etileno)-poli(dimetil siloxano)-poli(2-metiloxazolina) (PEO-PDMS-PMOXA), e xiii) politvmetilfenilsilano)-polilóxido de etileno) (PMPS-PEO-PMPS- PEO-PMPS).
45. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polime- rossoma compreende um polímero lipídico.
46. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o polimeros- soma ainda compreende adjuvante encapsulado.
47. Método para a produção de antígeno encapsulado em polimerossoma, caracterizado pelo fato de que o dito método compre- ende:
i) dissolver um polímero anfifílico em clorofórmio, de preferência dito polímero anfifílico é o óxido de polibutadieno-polietileno (BD); ii) secar dito polímero anfifílico dissolvido para formar uma película po- limérica; iii) adicionar um antígeno solubilizado à dita película polimérica anfifí- lica seca da etapa ii), em que o dito antígeno é selecionado do grupo que consiste em:
(a) um polipeptídeo; de preferência dito antígeno polipeptídico está de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, ainda preferivelmente o dito antígeno polipeptídico compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, ovalbumi- na (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38, o mais preferível dito antí- geno polipeptídico é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo me- nos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pe- lo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NOs: 12 a 14;
b) um carboidrato;
c) um polinucleotídeo, em que o dito polinucleotídeo não é um oligonucleotídeo antissentido, de preferência o dito polinucleotídeo é uma molécula de DNA ou mRNA;
d) uma combinação de (a) e/ou (b) e/ou (c);
iv) reidratar a dita película polimérica a partir da etapa iii) para formar vesículas poliméricas;
v) opcionalmente, filtrar as vesículas de polímero da etapa iv) para pu- rificar as vesículas monodispersas das vesículas poliméricas; e/ou vi) opcionalmente, isolar as ditas vesículas poliméricas da etapa iv) ou v) do antígeno não encapsulado.
48. Método para a produção de antígeno encapsulado em polimerossomas de acordo com qualquer uma das reivindicações pre- cedentes, caracterizado pelo fato de que o dito polimerossoma é o po- limerossoma de acordo com qualquer uma das reivindicações prece- dentes.
49. Polimerossoma, caracterizado pelo fato de ser produzi- do por um método para a produção de antígeno encapsulado em poli- merossoma de acordo com qualquer uma das reivindicações prece- dentes.
50. Composição, caracterizada pelo fato de que compreen- de um polimerossoma como definida em qualquer uma das reivindica- ções precedentes.
51. Composição de acordo com qualquer uma das reivindi- cações precedentes, caracterizada pelo fato de que a dita composição é uma composição farmacêutica ou de diagnóstico.
52. Composição de acordo com qualquer uma das reivindi- cações precedentes, caracterizada pelo fato de que a dita composição é uma composição imunogênica, antigênica ou imunoterapêutica.
53. Composição de acordo com qualquer uma das reivindi- cações precedentes, caracterizada pelo fato de que ainda compreende um ou mais imunoestimulantes e/ou um ou mais adjuvantes.
54. Composição de acordo com qualquer uma das reivindi- cações precedentes, caracterizada pelo fato de que a dita composição é uma vacina.
55. Composição de acordo com qualquer uma das reivindi- cações precedentes, caracterizada pelo fato de que é formulada para a injeção intradérmica, intraperitoneal, intramuscular, subcutânea, in- travenosa ou administração não invasiva a uma superfície da mucosa.
56. Células apresentadoras de antígeno isoladas ou uma célula de hibridoma, caracterizadas pelo fato de que estão expostas ao polimerossoma ou à composição como definida em qualquer uma das reivindicações precedentes.
57. Células apresentadoras de antígeno de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizadas pelo fato de que as ditas células apresentadoras de antígeno compreendem uma célula dendrítica.
58. Células apresentadoras de antígeno de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizadas pelo fato de que as ditas células apresentadoras de antígeno compreendem macrófagos.
59. Células apresentadoras de antígeno de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizadas pelo fato de que as ditas células apresentadoras de antígeno compreendem cé- lulas B.
60. Vacina, caracterizada pelo fato de que compreende o polimerossoma, a composição, as células apresentadoras de antígeno ou hibridoma como definidos em qualquer uma das reivindicações pre- cedentes, e de que ainda compreende um excipiente ou veículo far- maceuticamente aceito.
61. Vacina de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que: i) dito antígeno compreende hemaglutinina da influenza (HA), em que a dita vacina é uma vacina da influenza, de preferência a dita hema- glutinina da influenza (HA) é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo me- nos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou
100%) idêntica ao polipeptídeo selecionado do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7 e SEQ ID NO: 8; ii) dito antígeno compreende hemaglutinina da gripe suína (HA), em que a dita vacina é a vacina da gripe suína, de preferência a dita he- madglutinina da gripe suína (HA) é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pe- lo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntica à SEQ ID NO: 6; iii) dito antígeno compreende a proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, em que a vacina é como vacina PED, de preferência dita proteína SPIKE é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pe- lo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idênti- ca ao polipeptídeo das SEQ ID NOs: 12, 13 ou 14, iv) dito antígeno compreende Ovalbumina (OVA), em que a dita vacina é uma vacina contra o câncer, de preferência a dita Ovalbumina (OVA) é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo me- nos 70%, pelo menos 75%, pelo menos pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo me- nos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntica à SEQ ID NO: 4; v) dito antígeno compreende o peptídeo B16, em que a dita vacina é uma vacina contra o câncer, de preferência o dito peptídeo é selecio- nado do grupo que consiste em: SEQ ID NOs: 9 a 11; vi) dito antígeno compreende o peptídeo MC38, em que a dita vacina é uma vacina contra o câncer, de preferência o dito peptídeo é selecio- nado do grupo que consiste em: SEQ ID NOs: 1 a 3;
vii) dito antígeno compreende peptídeos B16 e MC38, em que a dita vacina é uma vacina contra câncer, de preferência os ditos peptídeos são independentemente selecionados dos grupos: i) SEQ ID NOs: 1 a 3 ei) SEQ ID NOs: 9 a 11; viii) dito antígeno é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo me- nos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pe- lo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11; em que a dita vacina é uma vacina contra o câncer.
62. Kit, caracterizado pelo fato de que compreende o poli- merossoma, a composição, as células apresentadoras de antígeno, o hibridoma ou a vacina como definido em qualquer uma das reivindica- ções precedentes.
63. Método para obter uma resposta imune em um indiví- duo (por exemplo, ser humano), caracterizado pelo fato de que com- preende: i) fornecer o polimerossoma, a composição, as células apresentadoras de antígeno, o hibridoma ou a vacina de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 61 ao dito indivíduo, ii) administrar o dito polimerossoma, composição, células apresentado- ras de antígeno, hibridoma ou vacina ao dito indivíduo, de preferência a dita administração é a injeção oral, intradérmica, intraperitoneal, in- tramuscular, subcutânea, intravenosa ou a administração não invasiva a uma superfície da mucosa.
64. Método de obter uma resposta imune de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a dita resposta imune é uma ampla resposta imune.
65. Método de obter uma resposta imune de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que a dita resposta imune compreende uma resposta imune medi- ada por células T CD8º* e/ou uma resposta imune mediada por células T CD4º.
66. Método para o tratamento ou prevenção de uma doença infecciosa, um câncer ou doença autoimune em um indivíduo com sua necessidade (por exemplo, um ser humano), caracterizado pelo fato de que compreende a administração ao dito indivíduo de uma quanti- dade terapeuticamente eficaz do polimerossoma, da composição, das células apresentadoras de antígeno, do hibridoma ou da vacina como definidos em qualquer uma das reivindicações precedentes, de prefe- rência a dita doença infecciosa é uma doença infecciosa viral ou bac- teriana.
67. Método para imunizar um animal não humano, caracte- rizado pelo fato de que o método compreende as seguintes etapas: i) fornecer o polimerossoma, a composição, as células apresentadoras de antígeno, o hibridoma ou a vacina de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes; li) imunizar dito animal não humano com o dito polimerossoma, com- posição, células apresentadoras de antígeno, hibridoma ou vacina.
68. Método para a preparação de um anticorpo, caracteri- zado pelo fato de que compreende: |) imunizar um mamífero não humano com o polimerossoma, a compo- sição, as células apresentadoras de antígeno, o hibridoma ou a vacina de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes; ii) isolar um anticorpo obtido na etapa (i).
69. Método de acordo com qualquer uma das reivindica- ções precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito anticorpo é um anticorpo monocional (mAb).
70. Polimerossoma, a composição, as células apresentado- ras de antígeno, o hibridoma ou a vacina de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que é para uso como um medicamento.
71. Polimerossoma, a composição, as células apresentado- ras de antígeno, o hibridoma ou a vacina de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que é para uso em um ou mais dos seguintes métodos: i) em um método de descoberta e/ou varredura e/ou preparação de anticorpos; il) em um método de descoberta e/ou varredura e/ou preparação de vacina; ili) em um método de produção ou preparação de uma composição imunogênica ou imunoestimulante; iv) em um método de liberação direcionada de uma proteína e/ou pep- tídeo, de preferência dita liberação direcionada é uma liberação direci- onada de uma proteína antigênica e/ou peptídeo de acordo com qual- quer uma das reivindicações precedentes; ainda preferivelmente a dita proteína antigênica e/ou peptídeo compreende uma parte solúvel de uma proteína da membrana (MP) ou um peptídeo associado à mem- brana (MAP), o mais preferível o dito antígeno compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38, ainda mais preferivelmente o dito antígeno é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo me- nos pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID
NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11, SEQ ID NO: 12, SEQ ID NO: 13 e SEQ ID NO: 14; ainda mais preferivelmente a dita libera- ção direcionada é realizada em um indivíduo;
v) em um método de estimulação de uma resposta imune a um antí- geno, de preferência o dito antígeno está de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, ainda de preferência o dito antígeno compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hema- glutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38; ainda mais preferivelmente, o dito antígeno é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pe- lo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11, SEQ ID NO: 12, SEQ ID NO: 13 e SEQ ID NO: 14; ainda mais preferivelmente para uso na estimulação de uma resposta imune ao dito antígeno em um indivíduo;
vi) em um método de ativação da proteção cruzada induzida pela res- posta imune mediada por células T CD8*), de preferência em um mé- todo de ativação da proteção cruzada induzida pela resposta imune mediada por células T CD86), contra um antígeno, está de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes; ainda de preferência o dito antígeno compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da in- fluenza, hemaglutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diar- réia epidêmica suína, ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38; o mais preferível dito antígeno é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, em pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11 e SEQ ID NO: 12, SEQ ID NO: 13 e SEQ ID NO: 14;
vii) em um método de liberação de um peptídeo e/ou proteína a uma célula apresentadora de antígeno (APCs) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes; de preferência o dito peptídeo e/ou proteína é um antígeno de acordo com qualquer uma das reivin- dicações precedentes; ainda preferivelmente o dito antígeno compre- ende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, ovalbumina (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38; o mais preferível, dito antígeno é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo me- nos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, em pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idênti- co a uma sequência de polipeptídeo selecionada do grupo que consis- te em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11, SEQ ID NOs: 12, 13 e 14;
viii) em um método de acionar uma resposta imune que compreende uma resposta imune mediada por células T CD8* e/ou uma resposta imune mediada por células T CD4º); de preferência a dita resposta é contra um antígeno de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes; ainda de preferência o dito antígeno compreende uma parte solúvel de hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epidêmica suína, ovalbumi- na (OVA), peptídeo B16 ou peptídeo MC38; ainda preferivelmente a dita resposta é contra um antígeno que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo menos 85%, pelo menos 90%, em pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo me- nos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo selecio- nada do grupo que consiste em: SEQ ID NO: 1, SEQ ID NO: 2, SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 6, SEQ ID NO: 7, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, SEQ ID NO: 10, SEQ ID NO: 11, SEQ ID NOs: 12, 13 e 14; ix) em um método para o tratamento, melhora, profilaxia ou diagnósti- co de uma doença infecciosa, de preferência a dita doença infecciosa é uma doença infecciosa viral ou bacteriana; ainda de preferência a dita doença infecciosa viral é selecionada de um grupo que consiste em: infecção por influenza, infecção por vírus PED, infecção por vírus da comida e da boca, infecção por vírus sincicial respiratório, infecção por vírus do herpes. x) em um método para o tratamento, melhora, profilaxia ou diagnóstico de um câncer ou uma doença autoimune; xi) em um método para sensibilizar células cancerígenas para quimio- terapia; xii) em um método para indução de apoptose nas células canceríge- nas; xiii) em um método para estimular uma resposta imune em um indiví- duo; xiv) em um método para imunizar um animal não humano; xv) em um método para a preparação de hibridoma; xvi) em um método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes;
xvii) em um método de acordo com qualquer um de i) a xvi) preceden- tes, em que o dito método é o método in vivo e/ou ex vivo e/ou in vitro; xvili) em um método de acordo com qualquer um de i) a xvii) preceden- tes, em que o dito antígeno é heterólogo ao ambiente em que dito an- tígeno é usado.
72. Uso do polimerossoma, composição, células apresen- tadoras de antígeno, hibridoma ou vacina de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que é para um ou mais dos seguintes: i) para descoberta e/ou varredura e/ou preparação de anticorpos; ii) para descoberta e/ou varredura e/ou preparação de vacina; iii) para a produção ou preparação de uma composição imunogênica ou imunoestimulante; iv) para liberação direcionada de proteínas e/ou peptídeos, de prefe- rência a dita liberação direcionada é uma liberação direcionada de pro- teínas antigênicas e/ou peptídeos; ainda de preferência a dita libera- ção direcionada é realizada em um indivíduo; v) para a estimulação de uma resposta imune em um antígeno, de pre- ferência para uso na estimulação de uma resposta imune a um antíge- no em um indivíduo; vi) para a ativação da proteção cruzada induzida por uma resposta imune mediada por células T CD8*; vii) para a liberação de um peptídeo ou proteína a uma célula apresen- tadora de antígeno (APC); de preferência o dito peptídeo ou proteína é um antígeno, ainda de preferência o dito peptídeo ou proteína é imu- nogênico ou imunoterapêutico; viii) para a ativação de uma resposta imune que compreende uma res- posta imune mediada por células T CD8*) e/ou uma resposta imune mediada por células T CD4;
ix) em um método para tratamento, melhora, profilaxia ou diagnóstico de uma doença infecciosa, de preferência a dita doença infecciosa é uma doença infecciosa viral ou bacteriana; ainda de preferência a dita doença infecciosa viral é selecionada de um grupo que consiste em: infecção por influenza, infecção por vírus PED, infecção por vírus sin- cicial respiratório; infecção por vírus da herpes; x) para o tratamento, melhora, profilaxia ou diagnóstico de um câncer ou doença autoimune; xi) para a sensibilização de células cancerígenas para quimioterapia; xii) para indução de apoptose nas células cancerígenas; xiii) para a estimulação de uma resposta imune em um indivíduo; xiv) para a imunização de um animal não humano; xv) para a preparação de hibridoma; xvi) em um método de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes; xvii) para uso de acordo com qualquer um de i) a xvi) precedentes, em que dito uso é o uso in vivo e/ou ex vivo e/ou in vitro; xViii) para uso de acordo com qualquer um de i) a xvii) precedentes, em que o dito antígeno é heterólogo ao ambiente em que dito antígeno é usado.
73. Uso de um polimerossomas tendo um diâmetro de cer- ca de 120 nm ou mais compreendendo um antígeno encapsulado so- lúvel, caracterizado pelo fato de que o dito antígeno encapsulado solú- vel é selecionado do grupo que consiste em: i) um polipeptídeo; ii) um carboidrato; iii) um polinucleotídeo, de preferência o dito polinucleotídeo não é um oligonucleotídeo antissentido, ainda mais preferivelmente o dito poli- nucleotídeo é uma molécula de DNA ou mRNA, ou iv) uma combinação de i) e/ou ii) e/ou iii)
para obter uma resposta imune.
74. Uso de acordo com a reivindicação 75, caracterizado pelo fato de que o diâmetro do polimerossoma está na faixa de cerca de 120 nm a cerca de 1 um, ou de cerca de 140 nm a cerca de 750 nm, ou de cerca de 120 nm a cerca de 500 nm, ou de cerca de 140 nm a cerca de 250 nm, de cerca de 120 nm a cerca de 240 nm, de cerca de 150 nm a cerca de 235 nm, de cerca de 170 nm a cerca de 230 nm, ou de cerca de 220 nm a cerca de 180 nm, ou de cerca de 1990 nm a cerca de 210 nm.
75. Uso de uma coleção de polimerossomas tendo um diãâ- metro médio ao redor de 120 nm ou mais, os polimerossomas da cole- ção compreendendo um antígeno encapsulado solúvel, caracterizado pelo fato de que o dito antígeno encapsulado solúvel é selecionado do grupo que consiste em: i) um polipeptídeo; li) um carboidrato; iii) um polinucleotídeo, de preferência o dito polinucleotídeo não é um oligonucleotídeo antissentido, ainda mais preferivelmente o dito poli- nucleotídeo é uma molécula de DNA ou mRNA, ou iv) uma combinação de i) e/ou ii) e/ou iii) para provocar uma resposta imune.
76. Uso de acordo com a reivindicação 75, caracterizado pelo fato de que o diâmetro médio da coleção de polimerossomas está na faixa de cerca de 120 nm a cerca de 1 um, ou de cerca de 120 nm a cerca de 750 nm, ou de cerca de 120 nm a cerca de 500 nm, ou de cerca de 120 nm a cerca de 250 nm, de cerca de 120 nm a cerca de 240 nm, de cerca de 150 nm a cerca de 235 nm, de cerca de 170 nm a cerca de 230 nm, ou de cerca de 220 nm a cerca de 180 nm, ou de cerca de 190 nm a cerca de 210 nm.
77. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 73 a 76, caracterizado pelo fato de que o polimerossoma é selecionado de um grupo que consiste em: polimerossomas catiônicos, aniônicos e não iônicos.
78. Uso de acordo com a reivindicação 77, caracterizado pelo fato de que o dito copolímero de bloco ou polímero anfifílico é es- sencialmente não imunogênico ou essencialmente não antigênico, de preferência o dito copolímero de bloco ou polímero anfifílico é não imunogênico ou não antigênico.
79. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 73 a 78, caracterizado pelo fato de que o dito copolímero de bloco ou o dito polímero anfifílico não é imunoestimulante nem adjuvante.
80. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 73 a 79, caracterizado pelo fato de que o dito polímero anfifílico compre- ende um copolímero de dibloco ou tribloco (A-B-A ou A-B-C).
81. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 73 a 80, caracterizado pelo fato de que o dito polímero anfifílico compre- ende um copolímero de poli(N-vinilpirrolidona)-b-PLA.
82. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 74 a 81, caracterizado pelo fato de que o dito polímero anfifílico compre- ende pelo menos uma unidade monomérica de um ácido carboxílico, uma amida, uma amina, um alquileno, um dialquilsiloxano, um éter ou um sulfeto de alquileno.
83. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 74 a 82, caracterizado pelo fato de que o polímero anfifílico é um bloco de poliéter selecionado do grupo que consiste em um bloco de oli- go(oxietileno), um bloco de poli(oxietileno)) um bloco de oli- go(oxipropileno), um bloco de poli( bloco de oxipropileno), um bloco de oligo(oxibutileno) e um bloco de poli(oxibutileno).
84. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 74 a 83, caracterizado pelo fato de que o dito polímero anfifílico é um co- polímero de dibloco de poli(butadieno)-poli (óxido de etileno) (PB-PEO) ou um copolímero de dibloco de poli(dimetilsiloxano)-poli(óxido de eti- leno) (PDMS-PEO).
85. Uso de acordo com a reivindicação 84, caracterizado pelo fato de que o dito copolímero de dibloco de PB-PEO compreende de 5 a 50 blocos de PB e de 5 a 50 blocos de PEO, ou em que de pre- ferência o dito copolímero de dibloco de PB-PEO de preferência com- preende de 5 a 100 blocos de PDMS e de 5 a 100 blocos de PEO.
86. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 74 a 85, caracterizado pelo fato de que o dito polímero anfifílico é um co- polímero de poli(lactídeo)-poli(óxido de etileno)/1-palmitoil-2-oleoil-sn- glicero-3-fosfo-L-serina (PLA-PEO/POPC), de preferência o dito PLA- PEO/POPC possui uma relação de 75 para 25 (por exemplo, 75/25) de PLA-PEO para POPC (por exemplo, PLA-PEO/POPC).
87. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 74 a 86, caracterizado pelo fato de que o dito polímero anfifílico é um co- polímero de poli(caprolactona)-polilóxido de etileno)/1-palmitoil-2- oleoil-sn-glicero-3-fosfo-L-serina (PCL-PEO/POPC), de preferência o dito PCL-PEO/POPC possui uma relação de 75 para 25 (por exemplo, 75/25) de PCL-PEO para POPC (por exemplo, PCL-PEO/POPC).
88. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 74 a 87, caracterizado pelo fato de que o dito polímero anfifílico é óxido de polibutadieno-polietileno (BD).
89. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 74 a 88, caracterizado pelo fato de que o dito polimerossoma compreende o copolímero de dibloco PBD21-PEO14 (BD21) ou PDMSa7PEO36 ou o copolímero de tribloco PMOXA2-PDMSs5s5-PMOXA 12.
90. Polimerossoma que compreende um antígeno encapsu- lado solúvel, caracterizado pelo fato de que o dito antígeno encapsula- do solúvel é uma proteína viral solúvel.
91. Polimerossoma de acordo com a reivindicação 90, ca- racterizado pelo fato de que o antígeno compreende uma parte solúvel selecionada do grupo que consiste em hemaglutinina da influenza, hemaglutinina da gripe suína, proteína SPIKE do vírus da diarréia epi- dêmica suína e uma proteína do vírus de doença da comida e da boca.
92. Polimerossoma de acordo com a reivindicação 90, ca- racterizado pelo fato de que a proteína SPIKE do vírus da diarréia epi- dêmica suína compreende a sequência de aminoácidos da SEQ ID NO: 12, SEQ ID NO: 13 ou SEQ ID NO: 14 ou uma sequência de ami- noácidos que é pelo menos 60% ou mais (por exemplo, pelo menos 65%, pelo menos 70%, pelo menos 75%, pelo menos 80%, pelo me- nos 85%, pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 96%, pelo menos 97%, pelo menos 98%, pelo menos 99% ou 100%) idêntico a uma sequência de polipeptídeo da SEQ ID NO: 12, SEQ ID NO: 13 ou SEQ ID NO: 14.
93. Polimerossoma de acordo com qualquer uma das rei- vindicações 90 a 92, caracterizado pelo fato de que o polimerossoma é um polimerossoma como definido em qualquer uma das reivindicações 29 a 46.
94. Composição farmacêutica, caracterizada pelo fato de que compreende o polimerossoma como definido em qualquer uma das reivindicações 90 a 93.
95. Composição farmacêutica de acordo com a reivindica- ção 94, caracterizada pelo fato de que compreende um veículo farma- ceuticamente aceitável.
96. Composição farmacêutica de acordo com a reivindica- ção 95, caracterizada pelo fato de que é formulada para administração oral.
97. Composição farmacêutica de acordo com a reivindica- ção 95 ou 96, caracterizada pelo fato de que o polimerossoma é reves- tido com um polímero natural ou está compreendido em uma partícula de um polímero biodegradável natural ou sintético.
98. Composição farmacêutica de acordo com a reivindica- ção 97, caracterizada pelo fato de que o polímero natural compreende quitosana, alginato ou uma mistura de quitosana e alginato.
99. Composição farmacêutica de acordo com qualquer uma das reivindicações 96 a 98, caracterizada pelo fato de que as partícu- las do polímero natural possuem um tamanho na faixa entre cerca de 300 nm e cerca de 1 micrômetro, cerca de 2 micrômetros, cerca de 3 micrômetros, cerca de 4 micrômetros ou cerca de 5 micrômetros.
100. Uso de um polimerossoma de acordo com qualquer uma das reivindicações 90 a 93, caracterizado pelo fato de que é para a preparação de uma composição farmacêutica para a vacinação de um indivíduo.
101. Uso de acordo com a reivindicação 100, caracterizado pelo fato de que o indivíduo é vacinado contra uma infecção viral.
102. Uso de acordo com a reivindicação 100 ou 101, carac- terizado pelo fato de que o indivíduo é um animal mamífero ou não mamífero.
103. Uso de acordo com a reivindicação 102, caracterizado pelo fato de que o animal não mamífero é um pássaro (por exemplo, aves domésticas tais como galinha, pato, ganso ou peru), um peixe ou um crustáceo.
104. Uso de acordo com a reivindicação 103, caracterizado pelo fato de que o pássaro é uma galinha, um pato, um ganso ou um peru.
105. Uso de acordo com a reivindicação 103, caracterizado pelo fato de que o peixe é um salmão, uma truta ou uma tilápia.
106. Uso de acordo com a reivindicação 103, caracterizado pelo fato de que o crustáceo é um camarão, um pitu ou um carangue- jo.
107. Uso de acordo com a reivindicação 103, caracterizado pelo fato de que o animal mamífero é uma cabra, uma ovelha, uma Vaca ou um porco.
108. Uso de acordo com a reivindicação 103, caracterizado pelo fato de que o animal é um porco e é vacinado contra o vírus da diarréia epidêmica suína.
109. Uso de acordo com a reivindicação 103, caracterizado pelo fato de que o animal é um animal de casco e é vacinado contra o vírus da febre aftosa.
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