BR112020012501A2 - composição de qualidade alimentar, ésteres butirílicos de celulose, composições para uso, método não terapêutico, uso de um éster butirílico de celulose e método para preparar uma composição de ração animal - Google Patents
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Abstract
A presente invenção refere-se ao campo da alimentação animal de animais pecuários, em particular a um material alimentar eficaz na prevenção e/ ou tratamento de infecções patogênicas nos animais pecuários e/ ou no aumento da eficiência na produção animal. Verificou-se que a administração entérica de ésteres butirílicos de polissacarídeo em animais pecuários resulta em concentrações aumentadas de butirato no trato intestinal inferior. Isso leva, entre outros, a uma presença reduzida de patógenos no trato intestinal e nas fezes e a resultados superiores de desempenho de crescimento em comparação com outras formulações ou produtos de butirato. Portanto, a presente invenção fornece novos ésteres butirílicos de polissacarídeo, composições, tais como ração animal e/ ou aditivos para ração animal, compreendendo os ésteres butirílicos de polissacarídeo, bem como os usuários dos ésteres butirílicos de polissacarídeo como aditivo para alimentos, por exemplo, para prevenir ou tratar infecções patogênicas nos animais pecuários e/ ou aumentar a eficiência na produção animal.
Description
[001] A presente invenção refere-se ao campo da alimentação animal de animais pecuários, em particular a um material alimentar eficaz na prevenção e/ ou tratamento de infecções patogênicas nos animais pecuários e/ ou no aumento da eficiência na produção animal.
[002] A crescente demanda por produtos pecuários em todo o mundo requer novas estratégias que aumentem a eficiência da produção pecuária. A otimização da utilização de nutrientes é um elemento essencial em tais estratégias. O foco do consumidor e do governo na segurança dos alimentos, diminuindo o impacto ambiental, melhorando o bem-estar dos animais e uso prudente de antimicrobianos gera demandas adicionais na produção pecuária.
[003] Uma área de atenção particular na produção pecuária é a erradicação de patógenos, como Salmonella e outras bactérias patogênicas. A Salmonella é uma das causas mais importantes de infecções transmitidas por alimentos em humanos, principalmente devido ao consumo de carne de aves ou ovos contaminados. O setor agrícola tenta reduzir o número de infecções por Salmonella por diferentes medidas, como vacinação, medidas intensivas de higiene e/ ou administração de antibióticos, probióticos, acidificantes ou ácidos graxos de cadeia curta e média e seus sais.
[004] Recentemente, os efeitos bacteriostáticos dos ácidos graxos voláteis de cadeia curta nas bactérias gram-negativas têm atraído atenção. O grupo de ácidos graxos voláteis de cadeia curta consiste em ácidos orgânicos fracos biodegradáveis, capazes de eliminar microrganismos patogênicos sem afetar significativamente a microflora intestinal. Foi demonstrado que os ácidos graxos voláteis de cadeia curta podem inibir o crescimento de cepas hemolíticas de Escherichia coli em 50%. Várias composições de ácidos graxos de cadeia curta foram desenvolvidas para uso como aditivo em alimentos para obter reduções de patógenos em animais.
[005] O documento EP1354520 descreve um aditivo para alimentação animal que é uma microcápsula compreendendo ácido n-butírico em uma matriz compreendendo uma estrutura lipídica (cera) e a sua preparação por arrefecimento por pulverização. De acordo com o documento EP1354520, o micro encapsulamento de ácido butírico é útil em particular para combater as dificuldades associadas à volatilidade e cheiro rançoso do ácido butírico, o que cria dificuldades no manuseio como aditivo em ração animal.
Também é sugerido no documento EP1354520 que a formulação é estável contra a degradação gástrica.
[006] F. Van Immerseel et ai. (2005 Poultry Science 84: 1851 a 1856) compararam o efeito do ácido butírico com o ácido butírico incorporado em uma matriz gorda quando utilizado como aditivo alimentar para aves. Eles relataram que a colonização do ceco por Salmonella e o derramamento fecal de Salmonella foram significativamente menores no grupo ao qual foi administrado ácido butírico incorporado em uma matriz gordurosa.
[007] O documento WO 2007/ 124949 descreve o uso de compostos ácido 3-hidroxibutírico e ácido poli-3-hidroxibutírico como aditivos para a alimentação animal.
[008] O documento BE1023491 descreve um aditivo para alimentação animal que compreende ácido butírico em uma matriz de cera que compreende cera microcristalina e sua produção por extrusão por fusão.
[009] É um objetivo da presente invenção fornecer aditivos para ração animal que possuam eficácia aprimorada na prevenção ou tratamento de infecções patogênicas nos animais pecuários e/ ou no aumento da eficiência na produção animal.
[010] Os presentes inventores descobriram surpreendentemente que esses objetivos podem ser alcançados com certos ésteres de polissacarídeo e ácido butírico.
[011] Verificou-se que a administração entérica de ésteres butirílicos de polissacarídeo da presente invenção em animais de criação resulta em concentrações aumentadas de butirato no trato intestinal inferior. Os presentes inventores assumem que isso se correlaciona com a eficácia dos ésteres butirílicos de polissacarídeo na presença patogênica no trato intestinal inferior e nas fezes que foram observados durante ensaios in vivo. Também foi surpreendentemente descoberto que a administração dos ésteres butirílicos de polissacarídeo resultou em resultados superiores de desempenho de crescimento em comparação com outras formulações ou produtos de butirato.
Os ésteres butirílicos de polissacarídeo, de acordo com a presente invenção, fornecem a combinação altamente desejável de ganho de peso médio diário melhorado (ADG) e ingestão diária média de alimentos (ADFI) combinados com taxa de conversão alimentar reduzida (FOR) e mortalidade durante o período de suplementação sem mostrar efeitos adversos durante o período do finalizador.
[012] Presume-se que o ácido butírico estimule o crescimento das vilosidades intestinais e/ ou modifique o desenvolvimento de microrganismos gastro-entéricos. Também se acredita que o ácido butírico pode regular negativamente a expressão de genes envolvidos na invasão de Salmonella em doses baixas. Outros efeitos benéficos que os inventores prevêem ao usar as composições de polissacarídeo de butirila da presente invenção podem compreender uma retenção aprimorada do conteúdo intestinal no intestino delgado, uma digestão/ absorção aprimorada de metionina e/ ou uma população microbiana mais diversa no trato gastrointestinal inferior.
[013] A origem do aumento da concentração de ácido butírico pode ser um efeito prebiótico (por exemplo, mas não limitado a um efeito prebiótico em bactérias produtoras de ácido butírico), liberação direta de ácido butírico resultante da degradação do éster butirílico de polissacarídeo, qualquer outro mecanismo que resulte em um aumento da concentração de ácido butírico ou uma combinação dos mesmos. Sem desejar estar vinculado a nenhuma teoria, os presentes inventores acreditam que os efeitos observados para os ésteres butirílicos de polissacarídeo da presente invenção também podem se correlacionar com uma presença aumentada de microrganismos capazes de fermentação de polissacarídeos no trato gastrointestinal inferior em comparação com o trato gastrointestinal superior.
[014] Por conseguinte, a presente invenção fornece novos ésteres butirílicos de polissacarídeo, composições, tais como ração animal e/ ou aditivos para ração animal, compreendendo os ésteres butirílicos de polissacarídeo, bem como as utilizações dos ésteres butirílicos de polissacarídeo como aditivo para alimentos, por exemplo, para prevenir ou tratar infecções patogênicas nos animais pecuários e/ ou aumentar a eficiência na produção animal.
[015] Estes e outros aspectos da invenção irão se tornar evidentes com base na seguinte descrição detalhada e nos exemplos anexos.
[016] Um primeiro aspecto da invenção refere-se a uma composição de qualidade alimentar compreendendo um éster butirílico de polissacarídeo.
[017] O ácido butírico é um ácido monocarboxílico graxo volátil de cadeia curta, com a fórmula molecular CH3-CH2-CH2-COOH. Os termos “ácido butírico” e “butirato”, conforme aqui utilizados, são utilizados de forma intercambiável e devem ser interpretados para denotar as formas protonada (ácido, ácido butírico) e desprotonada (base conjugada, butirato), respectivamente. O técnico no assunto entenderá que o ácido butírico, como é um ácido fraco, está normalmente presente tanto na forma protonada quanto na desprotonada quando dissolvido em um meio aquoso, a concentração de cada forma dependendo do pH do meio. A forma ácida pode ser absorvida pelas paredes intestinais e pelas membranas celulares dos microrganismos.
[018] Conforme aqui utilizado, o termo “éster butirílico de polissacarídeo” refere-se a compostos que, de forma geral declarados, compreendem uma molécula de polissacarídeo como a porção central, cuja molécula de polissacarídeo é derivatizada/ substituída por uma pluralidade de moléculas de ácido butírico através da formação de ligações ésteres entre as porções de ácido carboxílico da molécula de ácido butírico e um grupo hidroxila do polissacarídeo.
[019] Conforme aqui utilizado, o termo “polissacarídeo” refere-se a polímeros compreendendo uma espinha dorsal compreendendo unidades repetitivas de monossacarídeos e/ ou unidades repetitivas de monossacarídeos derivatizados, tipicamente pentoses cíclicas, em particular aldoses ou cetoses C5 ou hexoses cíclicas, em particular aldoses ou cetoses C6. Exemplos não limitativos de aldoses C5-C6 incluem alose, altrose, glicose, manose, gulose, idose, galactose, talose, ribose, arabinose, xilose, lixose. Exemplos não limitativos de cetoses C5-C6 incluem ribulose, xilulose, frutose, sorbose e tagatose. Conforme aqui utilizado, o termo “derivados de monossacarídeos” refere-se a qualquer unidade de monossacarídeo modificada quimicamente ou enzimaticamente.
[020] O polissacarídeo pode ser um homopolissacarídeo ou heteropolissacarídeo, de forma preferencial um homopolissacarídeo.
[021] O polissacarídeo pode ser modificado ou não modificado.
Em uma forma de realização preferida da invenção, é fornecido um éster butirílico de polissacarídeo, em que o polissacarídeo é selecionado a partir do grupo que consiste em amidos, amidos modificados, amilopectina, amilopectina modificada, amilose, amilose modificada, quitosana, quitina, goma de guar, goma de guar modificada, goma de alfarroba, goma de tara, goma konjac, farinha de konjac, goma de feno-grego, goma de mesquita, aloe mananas, celulose modificada, polissacarídeos oxidados, polissacarídeos sulfatados, polissacarídeos catiônicos, goma arábica, goma de karaya, xantana, kappa, iota ou lambda carrageenans - agar, alginatos, calose, laminarina, crisolaminarina, xilana, manana, galactomanana, hemicelulose, pectina, arabinoxilana, goma xantana, nigerana, isolichenana, laminarana, liquenana, glicogênio, pululana, dextrana, pustulana, carrocarina, levedura, capim rodo-de- nano, fucoidano, agarose, porfirano, ácido algínico, queratosulfato, condroitina, sulfatos de condroitina, heparina e celulose, de forma preferencial do grupo constituído por hemicelulose, amido e celulose, de forma mais preferencial o polissacarídeo é celulose.
[022] Em uma forma de realização preferida da invenção, é fornecido um éster butirílico de polissacarídeo, em que o polissacarídeo é selecionado a partir do grupo que consiste em polissacarídeos insolúveis em água.
[023] Para os fins da presente invenção, o éster butirílico de polissacarídeo pode ser formado quimicamente, enzimaticamente, fermentativamente, por biossíntese por um organismo natural ou geneticamente modificado, etc. Tipicamente, de acordo com a invenção, o éster butirílico de polissacarídeo é produzido por esterificação de um polissacarídeo tal como esterificação catalisada por ácido.
[024] A quantidade de grupos substituintes nas unidades de monossacarídeos (anidro) de polissacarídeos pode ser designada por porcentagem em peso ou pelo número médio de grupos substituintes ligados ao anel, um conceito conhecido pelos químicos de polissacarídeos como “grau de substituição” (D.S.). No caso de um monossacarídeo C6, se todas as três posições disponíveis em cada unidade forem substituídas, o D.S. será designado como 3; se uma média de dois em cada anel é substituída, o D.S. é designado como 2, etc. Por analogia, a quantidade de grupos substituintes nos polissacarídeos pode ser expressa como uma porcentagem das posições disponíveis que são substituídas.
[025] Em uma forma de realização da invenção, o éster butirílico de polissacarídeo tem um número médio de grupos de butirila por unidade monossacarídica (D.S.) dentro da faixa de 0,1 a 4. Por exemplo, de acordo com a referida forma de realização, o D.S. pode ser pelo menos 0,25, pelo menos 0,5, pelo menos 0,75, pelo menos 1,0, pelo menos 1,25, pelo menos 1,5, pelo menos 1,75, pelo menos 2,0, pelo menos 2,25 ou pelo menos 2,5 e/ ou pode ser inferior a 3,75, inferior a 3,5, inferior a 3,25 ou inferior a 3. Em formas de realização exemplares, o referido D.S. está dentro da faixa de 0,5 a 3,5, dentro da faixa de 1,0 a 3,25, dentro da faixa de 1,5 a 3 ou dentro da faixa de 2,0 a 2,95.
[026] Em uma forma de realização particularmente preferida da invenção, o éster butirílico de polissacarídeo é um éster butirílico de celulose com um número médio de grupos de butirila por unidade monossacarídica (D.S.) dentro da faixa de 0,1 a 4, de forma preferencial de 1 a 3,5, de forma preferencial de 1,75 a 3,25, de forma preferencial de 2,25 a 3, de forma preferencial de 2,5 a 2,95.
[027] Em outras formas de realização, o éster butirílico de polissacarídeo tem um teor de butirila de pelo menos 5% em peso por peso do éster butirílico de polissacarídeo, de forma preferencial pelo menos 10% em peso, pelo menos 15% em peso, pelo menos 20% em peso, pelo menos 25% em peso, pelo menos 30% em peso, pelo menos 35% em peso, pelo menos 40% em peso, pelo menos 45% em peso, pelo menos 50% em peso ou pelo menos 55% em peso. Nas formas de realização da invenção, o éster butirílico de polissacarídeo é um éster butirílico de celulose definido por um teor de butirila na faixa de 5 a 80% em peso por peso do éster butirílico de polissacarídeo, de forma preferencial de 25 a 70% em peso, 40 a 60% em peso ou 50 a 56% em peso.
[028] Em outras formas de realização, o éster butirílico de polissacarídeo tem um teor de butirila, expresso como a porcentagem dos grupos de hidroxila de polissacarídeo disponíveis que são substituídos, de pelo menos 5%, de forma preferencial pelo menos 10%, pelo menos 15%, pelo menos 20%, pelo menos 25%, pelo menos 30%, pelo menos 35%, pelo menos 40%, pelo menos 45%, pelo menos 50% ou pelo menos 55%. Em outras formas de realização, o éster butirílico de polissacarídeo tem um teor de butirila resultando em um grau de substituição, expresso como a porcentagem dos grupos de hidroxila de polissacarídeo disponíveis que são substituídos, de 100% ou menos, por exemplo, inferior a 99%, inferior a 98%, inferior a 97%, inferior a 95%, inferior a 90%, inferior a 85%, inferior a 80% ou inferior a 75%.
[029] Nas formas de realização da invenção, o éster butirílico de polissacarídeo é um éster butirílico de celulose definido por um teor de butirila, expresso como a porcentagem dos grupos de hidroxila de polissacarídeo disponíveis que são substituídos, dentro da faixa de 5 a 80%, de forma preferencial de 25 a 70%, 40 a 60% ou 50 a 56%.
[030] Em outras formas de realização preferidas, os ésteres butirílicos de polissacarídeo de acordo com a invenção compreendem ainda grupos de éster acetílico. Nas formas de realização da invenção, o éster butirílico de polissacarídeo compreende grupos de butirila e acetila em uma razão molar de pelo menos 1/ 1, de forma preferencial pelo menos 1,5/ 1, pelo menos 2/ 1, pelo menos 2,5/ 1, pelo menos 3/ 1, pelo menos 3,5/ 1, pelo menos 4/ 1, pelo menos 5/ 1, pelo menos 6/ 1, pelo menos 7/ 1, pelo menos 8/ 1, pelo menos 9/ 1 ou pelo menos 10/ 1. Nas formas de realização da invenção, o éster butirílico de polissacarídeo compreende grupos de butirila e acetila em uma razão molar inferior a 100/ 1, de forma preferencial inferior a 75/ 1, inferior a 50/ 1, inferior a 40/ 1 inferior a 30/ 1 inferior a 25/ 1, inferior a 20/ 1 ou inferior a 15/ 1. Nas formas de realização da invenção, o éster butirílico de polissacarídeo compreende grupos de acetila e é definido por um teor de acetila de pelo menos 1% em peso por peso do éster butirílico de polissacarídeo, de forma preferencial pelo menos 2% em peso, de forma preferencial pelo menos 3% em peso. Nas formas de realização da invenção, o éster butirílico de polissacarídeo compreende grupos de acetila e é definido por um teor de acetila de no máximo 10% em peso por peso do éster butirílico de polissacarídeo, de forma preferencial no máximo 8% em peso, de forma preferencial no máximo 5% em peso.
[031] De acordo com a invenção, o éster butirílico de polissacarídeo é um éster butirílico de celulose definido por um teor de acetila na faixa de 0,1 a 60% em peso por peso do éster butirílico de celulose, de forma preferencial de 0,5 a 45% em peso, de forma preferencial de 1 a 30 % em peso, de forma preferencial de 2 a 15% em peso, de forma preferencial de 3 a 10% em peso, de forma preferencial de 4 a 6% em peso.
[032] Nas formas de realização da invenção, o éster butirílico de polissacarídeo pode ter uma massa molar média numérica (Mn) na faixa de
2.000 a 1.000.000 g/ mol, de forma preferencial na faixa de 5.000 a 500.000 g/ mol, 7.000 a 250.000 g/ mol, 10.000 a 100.000 g/ mol, 12.000 a 50.000 g/ mol,
13.000 a 25.000 g/ mol, ou 15.000 a 17.000 g/ mol. Nas formas de realização da invenção, o éster butirílico de polissacarídeo pode ser definido por uma massa molar média numérica (Mn) de pelo menos 2.000 g/ mol, de forma preferencial pelo menos 4.000 g/ mol, de forma preferencial pelo menos 8.000 g/ mol, de forma preferencial pelo menos 12.000 g/ mol. Além disso, Nas formas de realização da invenção, o éster butirílico de polissacarídeo pode ser definido por uma massa molar média numérica (Mn) inferior a 1.000.000 g/ mol, de forma preferencial inferior a 500.000 g/ mol, de forma preferencial inferior a
250.000 g/ mol, de forma preferencial inferior a 100.000 g/ mol, de forma preferencial inferior a 70.000 g/ mol, de forma preferencial inferior a 65.000 g/ mol, de forma preferencial inferior a 30.000 g/ mol, de forma preferencial inferior a 25.000 g/ mol, de forma preferencial inferior a 17.000 g/ mol. A massa molar média numérica (Mn) pode ser determinada por métodos adequados conhecidos do técnico no assunto, como osmose, espalhamento estático de luz, equilíbrio de sedimentação, cromatografia de permeação em gel, viscosimetria, velocidade de sedimentação, espalhamento dinâmico de luz, análise de grupo final etc. Um método preferido para determinar a massa molar média numérica (Mn) é a cromatografia de permeação em gel.
[033] De acordo com a invenção, a composição compreendendo o éster butirílico de polissacarídeo é uma composição de qualidade alimentar.
Conforme aqui utilizado, o termo “qualidade alimentar” significa adequado para consumo por um animal, em particular animais pecuários. Em uma forma de realização, significa que a composição foi determinada como segura, funcional e adequada para o uso pretendido em ração animal. Por exemplo, é manuseado e rotulado adequadamente e/ ou está em conformidade com os regulamentos apropriados que regem o uso da composição em ração animal na jurisdição relevante.
[034] Nas formas de realização da invenção, a composição de qualidade alimentar compreende pelo menos um ingrediente adicional selecionado a partir dos grupos que consistem em aditivos para alimentos, auxiliares ou excipientes para formulação de ração animal e componentes nutricionais.
[035] Será entendido que a escolha e as quantidades (relativas) desses ingredientes adicionais dependerão da forma e finalidade precisas da composição do tipo alimentar. Formas de realização estão previstas em que a composição do tipo de alimentação é um aditivo ou material de alimentação.
Formas de realização também são previstas, em que a composição do tipo de ração é uma pré-mistura de ração ou uma ração ou forragem pronta para uso.
Salvo indicação em contrário, os termos “aditivo para a alimentação animal” e “material para alimentação” são utilizados aqui de forma intercambiável, como de forma geral se referindo a composições que contêm o éster butirílico de polissacarídeo em altas concentrações, cujas composições são projetadas e devem ser misturadas com alimentos ou forragens para fornecer o éster butirílico de polissacarídeo em quantidades/ dosagens adequadas. Deve ser entendido que estes termos aqui mencionados não se referem a definições legais utilizadas no contexto de regulamentos de alimentação animal, cujas definições legais podem divergir entre jurisdições e/ ou mudar ao longo do tempo. Não obstante o primeiro, deve-se entender que as composições de qualidade alimentar da invenção podem ser fornecidas em formas qualificadas como aditivo ou material alimentar no sentido estrito legal (isto é, regulatório).
[036] Em formas de realização da invenção, a composição de qualidade alimentar é um material de alimentação compreendendo o éster butirílico de polissacarídeo em associação com pelo menos um outro material de qualidade alimentar. Nas formas de realização da invenção, é fornecido um material de alimentação, compreendendo de 0,1 a 80% em peso, de forma preferencial 0,5 a 60% em peso, 1 a 50% em peso, 2 a 40% em peso, 3 a 30% em peso, 4 a 20% em peso, 5 a 15% em peso do éster butirílico de polissacarídeo e um ou mais outros materiais de qualidade alimentar.
[037] Nas formas de realização da invenção, é fornecido um material de alimentação, conforme aqui definido, em que o referido pelo menos um outro material de qualidade alimentar é selecionado a partir do grupo de aditivos tecnológicos, aditivos sensoriais, aditivos nutricionais, aditivos zootécnicos, coccidiostáticos e histomonostáticos.
[038] Exemplos de aditivos tecnológicos que podem ser adequadamente combinados com o éster butirílico de polissacarídeo da presente invenção incluem conservantes, antioxidantes, emulsificantes, estabilizadores, espessantes, agentes gelificantes, ligantes, substâncias para controle da contaminação por radionucleídeos, agentes antiaglomerantes, reguladores de acidez, aditivos de silagem e desnaturantes.
[039] Exemplos de aditivos sensoriais que podem ser adequadamente combinados com o éster butirílico de polissacarídeo da presente invenção incluem corantes e compostos aromatizantes. Os corantes devem ser interpretados de maneira ampla e podem indicar substâncias que adicionam ou restauram cores na ração animal, substâncias que quando alimentadas aos animais adicionam cores aos alimentos de origem animal e/ ou substâncias que afetam favoravelmente a cor de peixes ou pássaros ornamentais.
[040] Exemplos de aditivos nutricionais que podem ser adequadamente combinados com o éster butirílico de polissacarídeo da presente invenção incluem vitaminas, pró-vitaminas e substâncias quimicamente bem definidas com efeito semelhante; compostos de oligoelementos; aminoácidos, seus sais e análogos; uréia e seus derivados.
[041] Exemplos de aditivos zootécnicos que podem ser adequadamente combinados com o éster butirílico de polissacarídeo da presente invenção incluem intensificadores de digestibilidade, estabilizadores da flora intestinal e substâncias que afetam favoravelmente o meio ambiente.
Em uma forma de realização preferida da invenção, o pelo menos um outro material de qualidade alimentar compreendido no material de alimentação é um aglutinante, um agente antiaglomerante, um agente estabilizador, um transportador e/ ou um conservante. Em uma forma de realização preferida da invenção, pelo menos um outro material para alimentação é selecionado a partir do grupo de um produto de levedura, uma argila, um sal de um ácido graxo, ilica, sepiolita, bentonita, clinoptilolita, goma de guar, goma xantana, ácido fórmico, formato de sódio, formato de cálcio, ácido acético, acetato de cálcio, propionato de sódio, propionato de cálcio, ácido lático, lactato de cálcio, extratos ricos em tocoferol de óleos vegetais e farelo de trigo. Um produto de levedura conforme aqui utilizado deve ser amplamente interpretado e pode indicar levedura e seus produtos derivados, como levedura seca inativada, paredes celulares de levedura, autolisados ou nucleotídeos, obtidos a partir de, por exemplo, Saccharomyces cerevisiae, Saccharomices cerevisiae, Saccharomices carlsbergensis, Kluiveromices lactis, Kluiveromices fragilis, Torulaspora delbrueckii, etc. Nas formas de realização da invenção, é fornecido um material de alimentação conforme aqui definido anteriormente, compreendendo o éster butirílico de polissacarídeo em uma quantidade de até 50% em peso, com base no peso total da composição, de forma preferencial até 40% em peso, até 30% em peso, até 25% em peso, até 20% em peso, até 18% em peso, até 15% em peso, até 10% em peso, ou até 5% em peso.
[042] Nas formas de realização da invenção, é fornecido um material de alimentação conforme definido neste documento, compreendendo um ou mais outros materiais de qualidade alimentar, como o material de qualidade alimentar conforme aqui definido acima, em uma quantidade (combinada) de pelo menos 1% em peso, com base no peso total da composição, de forma preferencial pelo menos 2% em peso, pelo menos 3%
em peso, pelo menos 5% em peso, pelo menos 10% em peso, pelo menos 20% em peso, pelo menos 30% em peso, pelo menos 40% em peso, ou pelo menos 50% em peso.
[043] Nas formas de realização da invenção, a composição de qualidade alimentar é uma alimentação para animais, também referida como forragem, compreendendo o éster butirílico de polissacarídeo conforme aqui definido e um ou mais ingredientes para alimentação animal. Como é entendido pelos técnicos no assunto, o termo “ingrediente alimentar”, conforme utilizado neste documento, refere-se aos componentes da alimentação que fornecem os nutrientes comuns necessários para o crescimento e desenvolvimento normais do animal, sendo os principais nutrientes aminoácidos, carboidratos, lipídios, vitaminas e minerais. Normalmente, os ingredientes alimentares são amplamente classificados em fontes de proteínas, fontes de energia, fontes de gordura e fontes minerais.
[044] Assim, Nas formas de realização da invenção, é fornecida uma ração para animais, como aqui definida, em que os um ou mais ingredientes de ração são selecionados a partir do grupo de fontes de proteínas, fontes de energia, fontes de gordura e fontes minerais. Exemplos adequados de fontes de proteínas incluem farelo de soja, farelo de colza, farelo de palmiste, farelo de girassol, ervilha, feijão, tremoço, farelo de peixe, farelo de aves e plasma sanguíneo. Exemplos adequados de fontes de energia incluem milho, trigo, cevada e arroz. Exemplos adequados de fontes de gordura incluem óleo de peixe, sebo, óleo de milho, óleo de soja, farelo de arroz, óleo de palma e óleo de canola. Exemplos adequados de fontes minerais incluem cálcio, magnésio, fósforo, potássio, sódio, cobre, selênio, zinco, ferro, manganês, iodo, cobalto.
[045] Nas formas de realização da invenção, é fornecida uma alimentação para animais de pecuária, conforme aqui definida, compreendendo o éster butirílico de polissacarídeo em uma quantidade de pelo menos 0,0001% em peso, com base no peso total da composição, de forma preferencial pelo menos 0,001% em peso, pelo menos 0,005% em peso, pelo menos 0,01% em peso, pelo menos 0,025% em peso, pelo menos 0,05% em peso ou pelo menos 0,1% em peso. Nas formas de realização da invenção, é fornecida uma alimentação para animais de pecuária, conforme aqui definida, compreendendo o éster butirílico de polissacarídeo em uma quantidade de até 10% em peso, com base no peso total da composição, de forma preferencial até 5% em peso, até 2% em peso, até 1% em peso, até 0,5% em peso ou até 0,1% em peso.
[046] Nas formas de realização da invenção, a composição de qualidade alimentar tem um teor de ácido livre inferior a 5% em peso da composição, de forma preferencial inferior a 2% em peso, de forma preferencial inferior a 1% em peso, de forma preferencial inferior a 0,5% em peso, de forma preferencial inferior a 0,1% em peso, de forma preferencial inferior a 0,05% em peso, de forma preferencial inferior a 0,01% em peso. O teor de ácido livre pode ser determinado por métodos adequados conhecidos do técnico no assunto.
[047] Nas formas de realização da invenção, a composição de qualidade alimentar tem um teor de água inferior a 5% em peso da composição, de forma preferencial inferior a 2% em peso, de forma preferencial inferior a 1% em peso, de forma preferencial inferior a 0,5% em peso, de forma preferencial inferior a 0,1% em peso, de forma preferencial inferior a 0,05% em peso, de forma preferencial inferior a 0,01% em peso. O teor de água pode ser determinado por métodos adequados conhecidos do técnico no assunto, como titulação de Karl-Fischer.
[048] As composições de qualidade alimentar compreendendo um éster butirílico de polissacarídeo como descrito aqui acima, podem ser fornecidas na forma de pó, compactada, granulada ou peletizada. Em formas de realização preferidas, o éster butirílico de polissacarídeo é distribuído homogeneamente por toda a composição de qualidade alimentar.
[049] Em formas de realização preferidas, a composição de qualidade alimentar é fornecida na forma compactada, granulada ou peletizada e o éster butirílico de polissacarídeo é distribuído por todas as partículas primárias que compõem a composição de qualidade alimentar.
[050] Em formas de realização altamente preferidas, a composição do tipo de alimentação é fornecida na forma compactada, granulada ou peletizada, em que as partículas primárias que compõem a composição do tipo alimentar não compreendem camadas ou fases distinguíveis. Em formas de realização altamente preferidas, a composição de qualidade alimentar é fornecida na forma compactada, granulada ou peletizada, em que as partículas primárias que compõem a composição de qualidade alimentar que compreende o éster butirílico de polissacarídeo não compreendem um revestimento que consiste em ou compreende o éster butirílico em quantidades superiores a 70%, superior a 50% ou superior a 20% em peso, por peso total do revestimento.
[051] Um segundo aspecto da presente invenção é direcionado a um método de tratamento de um animal através da administração de um éster butirílico de polissacarídeo conforme aqui definido. Tipicamente, como será entendido com base no exposto, esses métodos envolvem administração entérica, em particular oral, do éster butirílico de polissacarídeo a um animal, de forma preferencial em mistura com a alimentação do animal, com o objetivo de afetar o estado fisiológico do animal, em particular com o objetivo de melhorar a saúde, condição e/ ou desempenho intestinal do animal. Os métodos da presente invenção podem assim ter um efeito profilático ou curativo. Os métodos da presente invenção também podem ter um propósito puramente econômico.
[052] De acordo com a invenção, o animal é de forma preferencial um animal de criação, incluindo espécies aviárias, espécies aquáticas e espécies de mamíferos. Exemplos de espécies aviárias incluem espécies de aves, como peru, pato e frango. Exemplos de espécies aquáticas incluem espécies de peixes, como salmão, truta, tilápia, peixe-gato e carpa e espécies de crustáceos, incluindo camarão e camarão. Exemplos de espécies de mamíferos incluem espécies de ruminantes, como ovelhas, cabras e gado, e espécies não ruminantes, como cavalos, porcos e suínos. Em uma forma de realização preferida da invenção, o animal é selecionado a partir do grupo que consiste em animais monogástricos com fermentação no intestino posterior.
Em outras formas de realização preferidas, o animal é selecionado a partir do grupo que consiste em galinhas, porcos, cavalos, vitelos, cabras, ovelhas, coelhos, cães, gatos e peixes. Em formas de realização mais preferidas, o animal é selecionado a partir do grupo que consiste em frango, porcos, bezerros, ovelhas e coelhos de cabra, de forma mais preferencial do grupo que consiste em frango, porcos, cavalos e bezerros, de forma mais preferencial do grupo que consiste em galinhas e porcos, de forma mais preferencial galinhas.
[053] Nas formas de realização da invenção, o animal a ser tratado pode ser um animal que está no período de desmame, um animal que está no período inicial, um animal que está no período do cultivador ou um animal que está no período do finalizador. Em formas de realização preferidas, o animal é um animal que está no período inicial.
[054] Nas formas de realização da invenção, o método de tratamento compreende alimentar o animal com uma ração ou forragem, tipicamente uma ração ou forragem conforme aqui definido em outro lugar, compreendendo o éster butirílico de polissacarídeo. O regime de tratamento ideal pode depender das espécies tratadas e/ ou do efeito visado e, com base nos presentes ensinamentos, estará dentro das capacidades dos técnicos no assunto para determinar regimes de tratamento apropriados. Nas formas de realização da invenção, o tratamento compreenderá o entérico, por exemplo, administração oral do éster butirílico de polissacarídeo em uma dose de pelo menos 0,0001% em peso, com base no peso total da ração consumida pelo animal em 24h, de forma preferencial pelo menos 0,001% em peso, pelo menos 0,005% em peso, pelo menos 0,01% em peso, pelo menos 0,025% em peso, pelo menos 0,05% em peso ou pelo menos 0,1% em peso. Em formas de realização da invenção, é fornecido um tratamento conforme aqui definido, compreendendo o entérico, por exemplo, administração oral do éster butirílico de polissacarídeo em uma dose de até 10% em peso, com base no peso total da ração consumida pelo animal em 24h, de forma preferencial até 5% em peso, até 2% em peso, até 1% em peso, até 0,5% em peso ou até 0,1% em peso.
[055] Nas formas de realização da invenção, o éster butirílico de polissacarídeo é administrado em tais doses pelo menos uma vez por semana, de forma preferencial pelo menos uma vez a cada três dias, de forma mais preferencial pelo menos uma vez a cada dois dias, de forma mais preferencial uma vez ao dia.
[056] Os métodos da invenção podem ser realizados por uma variedade de razões, como será evidente com base no exposto, em particular para melhorar e/ ou manter a saúde do animal e/ ou para melhorar o desempenho do animal.
[057] Portanto, em uma forma de realização da invenção, é fornecido um método conforme aqui definido, em que o referido método é não terapêutico. Portanto, um método é fornecido conforme aqui definido, em que o animal a ser tratado é um animal que está com saúde boa ou normal. Em uma forma de realização preferida da invenção, o referido método visa diminuir a taxa de conversão alimentar, aumentar o peso total do animal e/ ou aumentar o ganho médio diário.
[058] Nas formas de realização da invenção, o método pode ter como objetivo aumentar o peso total do animal em um determinado momento, como abate ou dia 35, de forma preferencial dia 35, em mais de 1%, de forma preferencial mais de 2%, de forma preferencial mais de 4%, de forma preferencial mais de 6%. Em uma forma de realização preferida, o método visa aumentar o peso total do animal em um determinado momento em 1 a 12%, de forma preferencial de 2 a 6%. O aumento do peso total do animal em um determinado tempo pode ser determinado pelo técnico através de experimentação de rotina, por exemplo, uma experiência in vivo usando um grupo de controle.
[059] Nas formas de realização da invenção, o método pode ter como objetivo diminuir a taxa de conversão alimentar, calculada durante um determinado período, como o período de suplementação ou a vida útil, de forma preferencial o período de suplementação, em mais de 1%, de forma preferencial mais de 2%, de forma preferencial mais de 4%, de forma preferencial mais de 6%. Em uma forma de realização preferida, o método visa diminuir a taxa de conversão alimentar calculada durante um determinado período em 1 a 12%, de forma preferencial de 2 a 6%. A diminuição na taxa de conversão alimentar calculada durante um determinado período pode ser determinada pelo técnico através de experimentação de rotina, por exemplo, uma experiência in vivo usando um grupo de controle.
[060] Nas formas de realização da invenção, o método pode ter como objetivo aumentar o ganho médio diário, calculado durante um determinado período, como o período de suplementação ou a vida útil, de forma preferencial o período de suplementação, em mais de 1%, de forma preferencial mais de 2%, de forma preferencial mais de 4%, de forma preferencial mais de 6%. Em uma forma de realização preferida, o método visa aumentar o ganho médio diário calculado em um determinado período em 1 a 12%, de forma preferencial de 2 a 6%. O aumento no ganho médio diário calculado em um determinado período pode ser determinado pelo técnico através de experimentação de rotina, por exemplo, uma experiência in vivo usando um grupo de controle.
[061] Nas formas de realização da invenção, um método é fornecido conforme aqui definido, em que o referido método é realizado com o objetivo de melhorar ou manter a saúde do animal.
[062] Portanto, Nas formas de realização da invenção, os métodos são fornecidos conforme aqui definido, em que o animal a ser tratado é um animal que sofre ou corre o risco de sofrer de uma condição ou patologia.
Além disso, Nas formas de realização da invenção, são fornecidos métodos conforme aqui definidos, para tratamento curativo e/ ou profilático de uma condição ou patologia em um animal.
[063] Mais particularmente, Nas formas de realização da invenção, os métodos são fornecidos conforme aqui definido, em que o animal a ser tratado é um animal que sofre ou corre o risco de sofrer de infecção por patógeno, de forma preferencial infecção por patógeno intestinal, de forma mais preferencial infecção patológica do ceco e/ ou do cólon. Nas formas de realização da invenção, é fornecido um método conforme aqui definido, para tratar e/ ou prevenir a infecção por patógenos, de forma preferencial infecção por patógenos intestinais, de forma mais preferencial infecção por patógenos do ceco e/ ou do cólon. De acordo com a invenção, o referido patógeno pode ser selecionado a partir de bactérias, eimeria, vírus e fungos, de forma mais preferencial o referido patógeno é selecionado a partir de bactérias, de forma mais preferencial a partir de Clostridium acetobutylicum, Escherichia coli, Streptococcus cremoris, Lactococcus lactis, Lactococcus cremoris, Clostridium perfringens, Campylobacter jejuni, Campylobacter coli, Lawsonia intracellullaris,
Brachyspira hyodysenteriae, Enterococcus caecorum, Streptococcus suis, Salmonella Enteritidis e combinações dos mesmos, de forma preferencial Clostridium perfringens, Campylobacter jejuni, Campylobacter coli, Lawsonia intracellullaris, Brachyspira hyodysenteriae, Enterococcus caecorum, Streptococcus suis, Salmonella Enteritidis e combinações dos mesmos.
[064] Em uma forma de realização, é fornecido um método conforme aqui definido, em que o animal a ser tratado é um animal que sofre ou corre o risco de sofrer distúrbios na flora intestinal, em particular distúrbios na microflora do ceco e/ ou do cólon. Nas formas de realização da invenção, é fornecido um método conforme aqui definido para melhorar a microflora intestinal de um animal e/ ou para manter uma flora intestinal saudável em um animal, em particular para melhorar a microflora do ceco e/ ou do cólon e/ ou para manter uma microflora do ceco e/ ou do cólon saudável. Nas formas de realização da invenção, são fornecidos métodos conforme aqui definidos que resultam e/ ou visam aumentar a contagem microbiana de bactérias do gênero Lactobacillus ou Bifidobacterium no trato gastrointestinal, de forma preferencial no trato gastrointestinal inferior, de forma preferencial no ceco ou no cólon. Nas formas de realização da invenção, são fornecidos métodos conforme aqui definidos que resultam em e/ ou visam aumentar a proporção de contagens microbianas de bactérias do gênero Lactobacillus ou Bifidobacterium em comparação com contagens microbianas de bactérias da família Enterobacteriaceae no trato gastrointestinal, de forma preferencial no trato gastrointestinal inferior, de forma preferencial no ceco ou no cólon. Em formas de realização da invenção, são fornecidos métodos conforme aqui definidos que resultam em e/ ou visam aumentar a proporção de contagens microbianas de bactérias do gênero Lactobacillus ou Bifidobacterium em comparação com contagens microbianas de bactérias do gênero Salmonella no trato gastrointestinal, de forma preferencial no trato gastrointestinal inferior, de forma preferencial no ceco ou no cólon. Nas formas de realização da invenção, são fornecidos métodos conforme aqui definidos que resultam em e/ ou visam a melhorar a microflora intestinal, compreendendo o aumento da proporção de contagens microbianas de bactérias do gênero Lactobacillus ou Bifidobacterium em comparação com as contagens microbianas de bactérias do gênero Salmonella no trato gastrointestinal, de forma preferencial no trato gastrointestinal inferior, de forma preferencial no ceco ou no cólon, em que a proporção é aproximada determinando a contagem microbiana de uma espécie de bactéria representativa de cada gênero e calculando a proporção usando a contagem microbiana das bactérias representativas. De acordo com essas formas de realização, reduzir ou aumentar a contagem ou proporção microbiana de contagens microbianas deve ser interpretado de maneira ampla e pode, por exemplo, ser entendido como significando um ou mais dos seguintes itens: - Uma redução ou aumento no número de unidades formadoras de colônias (UFC) determinadas usando um método adequado conhecido pelo técnico no assunto, medido de 1 a 10, de forma preferencial 1 a 5, de forma preferencial 3 dias após o início do tratamento e comparado a um grupo de animais que não foram tratados, - Uma redução ou aumento no número de unidades formadoras de colônias (UFC) determinadas usando um método adequado conhecido pelo técnico no assunto, medido no (s) mesmo (s) animal (es) antes do tratamento e 1 a 10, de forma preferencial de 1 a 5, de forma preferencial de 3 dias após o início do tratamento, ou - qualquer outro método conhecido pelo técnico no assunto para determinar o efeito da suplementação com um éster butirílico de polissacarídeo de acordo com a invenção.
[065] Um aspecto adicional da presente invenção é direcionado às utilizações do éster butirílico de polissacarídeo conforme aqui definido e/ ou da composição de qualidade alimentar que contém o referido éster butirílico de polissacarídeo conforme aqui definido, para os métodos de tratamento conforme aqui definido acima.
[066] Um outro aspecto da presente invenção é direcionado ao uso do éster butirílico de polissacarídeo conforme aqui definido e/ ou a composição de qualidade alimentar que contém o referido éster butirílico de polissacarídeo conforme aqui definido na fabricação de uma composição para uso nos métodos de tratamento conforme aqui definido acima.
[067] Um aspecto adicional da presente invenção é direcionado ao éster butirílico de polissacarídeo conforme aqui definido e/ ou à composição de qualidade alimentar que contém o referido éster butirílico de polissacarídeo conforme aqui definido, para uso nos métodos de tratamento conforme aqui definido acima.
[068] Um outro aspecto da invenção é direcionado ao uso do éster butirílico de polissacarídeo conforme aqui definido como um componente ou ingrediente de ração animal.
[069] Um outro aspecto da invenção é direcionado a um método de preparação de uma composição de ração animal, conforme aqui definido, o referido método compreendendo: - fornecer um primeiro componente de ração animal, - fornecer um éster butirílico de polissacarídeo, e - misturar o primeiro componente de ração animal com o éster butirílico de polissacarídeo a uma mistura homogênea.
[070] Em uma forma de realização, o referido método compreende: - fornecer um primeiro componente de ração animal, - fornecer um éster butirílico de polissacarídeo,
- misturar o primeiro componente de ração animal com o éster butirílico de polissacarídeo a uma mistura homogênea, e - peletizar a mistura homogênea.
[071] Assim, a invenção foi descrita por referência a certas formas de realização discutidas acima. Será reconhecido que essas formas de realização são suscetíveis a várias modificações e formas alternativas bem conhecidas dos técnicos no assunto. Muitas modificações, além das descritas acima, podem ser feitas nas estruturas e técnicas aqui descritas, sem se afastar do espírito e escopo da invenção. Por conseguinte, embora formas de realização específicas tenham sido descritas, estes são apenas exemplos e não limitam o escopo da invenção. Além disso, para um entendimento adequado deste documento e de suas reivindicações, deve-se entender que o verbo “compreender” e suas conjugações é utilizado em seu sentido não limitativo para significar que itens após a palavra são incluídos, mas não itens de forma específica mencionados não são excluídos. Além disso, a referência a um elemento pelo artigo indefinido “um” ou “uma” não exclui a possibilidade de mais de um elemento estar presente, a menos que o contexto exija claramente que exista um e apenas um dos elementos. O artigo indefinido “um” ou “uma” normalmente significa “pelo menos um”. Os exemplos a seguir são oferecidos apenas para fins ilustrativos e não pretendem limitar o escopo da presente invenção de forma alguma.
[072] Figura 1: Concentrações de butirato medidas no exemplo 1 - Inóculo do íleo.
[073] Figura 2: Concentrações de butirato medidas no exemplo 1 - Inóculo do cólon.
[074] Figura 3: Concentrações de butirato medidas no exemplo 1 - Inóculo do ceco.
[075] Figura 4: Concentrações de butirato medidas no exemplo 2 - cólon.
[076] Exemplo 1: Ensaio de fermentação in vitro: A fim de avaliar a capacidade dos ésteres butirílicos de polissacarídeo da presente invenção de aumentar a concentração de butirato no trato gastrointestinal (TGI) de animais, foi realizado um ensaio de fermentação in vitro em que as bactérias do TGI de frangos de corte foram inoculadas em conjunto com um produto de acordo com a invenção, um controle positivo e um controle negativo.
[077] Meio: 1 litro de meio consiste em 0,6 g de KCL, 0,6 g de NaCI, 0,2 g de CaCI2-2H2O, 0,5 g de MgSO4-7H2O, 1,5 g de tampão para tubos, 0,54 g de NFUCI, 1,0 g de tripticase, 1 ml de solução de resazurina (0,2 g de resazurina por 200 ml de água destilada), 10 ml de ‘Solução mineral vestigial’, 12 ml de solução de vitamina/ fosfato, 10 ml de Solução de haemina (0,1 g de Haemina/ 1 L de água destilada), 4 mg/ ml de NaHCO3 e 1 mg/ ml de cisteína HCl, - Solução mineral vestigial 0,025 g de CuCI-2H2O, 0,020 g de FeSO4-7H2O, 0,025 de ZnCI2, 0,025 g de CuChHzO, 0,050 g de COCI2 6H2O, 0,050 g de SeO2, 0,250 g de NiCl2-6H2O, 0,250 g de Na2MoO4-2H2O, 0,0314 g de NaVOs, 0,250 de H3BO3/ 1 L de 0,02 dissolução de M HCl; - Solução de vitamina/ fosfato 0,0204 g de biotina, 0,0205 g de ácido fólico, 0,1640 g de cálcio D-fantotenato, 0,1640 g de nicotinamida, 0,1640 riboflavina, 0,1640 g de tiamina HCl, 0,1640 g de piridoxina HCl, 0,0204 g de ácido para-amino benzóico, 0,0205 de cianocobalamina (vitamina B12) por 1 L de água destilada contendo 54,7 g de KH2PO4.
[078] Inóculo: Foram coletadas amostras intestinais de íleo, cólon e ceco do TGI de um frango de corte Ross 408 com quatro semanas de idade. O inóculo foi preparado da mesma maneira para todos os segmentos. Imediatamente após a disseção, as amostras foram colocadas em condições anaeróbicas a uma temperatura de 37 ºC (câmara anaeróbica, Ruskinn Technology, Bridgend, Reino Unido). O conteúdo foi pesado de cada segmento e diluído na proporção de 1: 9 com solução salina tamponada com fosfato anaeróbico pré-aquecido (37 ºC). Após a homogeneização, os produtos de teste foram adicionados e o material diluído foi inoculado na proporção de 1:10 no meio acima descrito.
[079] Material de teste: Como mostrado na tabela abaixo, três materiais diferentes foram testados quanto à sua capacidade de aumentar a concentração de butirato no TGI. Todos os testes foram realizados na concentração final de 0,5% p/ v.
[080] Um éster butirílico de polissacarídeo representativo de acordo com a invenção é butirato de acetato de celulose. Os xilo- oligossacarídeos foram incluídos como controle positivo por causa de seus efeitos prebióticos conhecidos em bactérias produtoras de butirato. Para avaliar o efeito da estrutura de celulose na concentração de butirato, também foi testado um controle negativo que consiste em celulose. Teste Produto Fornecedor Especificações 1 Butirato de acetato de celulose Acros Organics® 50 a 54% de teor de butirila < (CAB) 4% de teor de acetila 2 Xilo-oligossacarídeos (XOS) Longlive ® 35% de XOS 3 Celulose Sigma-Aldrich ®
[081] Medição da concentração de butirato: As amostras de fluido foram coletadas nos momentos 0 h, 4 h, 6 h e 24h após a inoculação para análise da concentração de butirato com HPLC- UV. O protocolo e o equipamento de extração foram utilizados como descrito por De Baere et al. (Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis 80
(2013) 107 a 115.
[082] Resultados: A Figura 1 mostra as concentrações de butirato medidas para o inóculo do íleo; A Figura 2 mostra as concentrações de butirato medidas para o inóculo do cólon; A Figura 3 mostra as concentrações de butirato medidas para o inoculo de ceco; Os resultados mostram claramente que o CAB é capaz de aumentar significativamente a concentração de butirato acima da concentração de butirato medida para o controle negativo.
[083] Exemplo 2: Determinação in vivo da concentração de butirato no cólon de aves de criação: A fim de avaliar a capacidade dos ésteres butirílicos de polissacarídeo da presente invenção para aumentar a concentração de butirato no trato gastrointestinal inferior (TGI) dos animais, foi realizada uma experiência in vivo. Foi adicionado um produto de acordo com a invenção à alimentação de aves, determinada a concentração de butirato no cólon e comparada com os resultados obtidos com outras formulações ou produtos de liberação retardada.
[084] Animais: Frangos de corte Ross 308 foram utilizados neste teste de ração.
Pintos de um dia de idade foram obtidos de um incubatório comercial e mantidos em isolamento. Todos os grupos de tratamento foram alojados na mesma sala em gaiolas separadas, com ninhada no chão. 60 galinhas foram divididas em oito grupos de 7 ou 8 galinhas cada (incluindo um grupo branco).
[085] Composições de teste de ração animal: Sete composições diferentes de ração para teste foram preparadas misturando os produtos de teste mostrados na tabela abaixo com ração comercial para frangos de corte (Versele-Laga, Bélgica) a uma concentração de 3 g de butirato de sódio por kg de ração. A ração de teste foi posteriormente peletizada (sem vapor) para evitar a ingestão seletiva de ração.
A técnica de peletização, tamanho de pelete e ração comercial para frangos de corte foram os mesmos para todos os produtos de teste. Teste Produto Fornecedor Especificações 1 Controle - sem aditivo N/ D N/ D 2 Adimix 30 Coated® Nutri-Ad® 30% de butirato de sódio revestido com gordura de palma 3 Éster butirílico de polissacarídeo: Acros 50 a 54% de teor de butirila < 4% butirato de acetato de celulose (CAB) Organics® de teor de acetila 4 Polihidroxibutirato (Ralstonia) Metabolix ® 100% de hidroxibutirato 5 Matriz de cera com 10% de amido Auto- 30% de butirato de sódio na matriz preparada cristalina Lunacera M® e amido. 6 Tributirina Auto- 60% de tributirina (Proviron) em preparada sílica (Caldic, Bélgica) 7 Butirato não protegido (butirato de Nutri-Ad® 100% de butirato de sódio sódio)
[086] Configuração experimental: Durante os 19, 20 e 21 dias de idade, a ingestão média diária de ração foi medida por curral. Galinhas machos e fêmeas de 22 dias de idade foram aleatoriamente designadas para uma das composições de ração para teste descritas acima e receberam uma dieta restritiva (95% da ingestão média previamente medida) durante o período de 22 a 27 dias.
[087] Aos 28 dias de idade, as aves foram sacrificadas e o cólon coletado.
[088] Medição das concentrações de butirato: Uma grama do conteúdo intestinal do cólon de cada galinha foi pesado e diluído com 1 mL de água destilada. Após a diluição, as amostras foram homogeneizadas e centrifugadas a 13.000 rpm por 20 minutos e armazenadas a -20 ºC até a extração para análise por HPLC-UV. O protocolo e o equipamento de extração foram utilizados como descrito por De Baere et al.
(Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis 80 (2013) 107 a 115). Para o teste 4, polihidroxibutirato, a concentração de hidroxibutirato foi medida e exibida na Figura 4.
[089] Resultados: Os resultados são mostrados na Figura 4 como uma concentração de butirato no conteúdo intestinal milimolar (mM)/ grama, plotado por grupo de tratamento. Se não houvesse conteúdo intestinal suficiente ou a extração falhasse, nenhum dado foi incluído para essa medida.
[090] Os resultados mostram claramente que o CAB é capaz de aumentar a concentração de butirato no cólon significativamente acima da concentração de butirato medida para o controle ou outras formulações ou produtos de liberação retardada.
[091] Exemplo 3: Determinação in vivo da presença de Salmonella pós-infecção no ceco: A fim de avaliar a capacidade dos ésteres butirílicos de polissacarídeo da presente invenção para diminuir a colonização por Salmonella do intestino de animais infectados por Salmonella Enteritidis, foi realizada uma experiência in vivo. Foi adicionado um produto de acordo com a invenção à alimentação de aves, determinada a presença de Salmonella Enteritidis no ceco e comparada com os resultados obtidos com outras formulações ou produtos de liberação retardada de butirato.
[092] Animais: Os frangos de corte Ross 308 foram utilizados neste estudo.
Pintos com 1 dia de idade foram obtidos de um incubatório comercial. Todos os grupos de tratamento foram alojados nas mesmas condições em gaiolas separadas, com ninhada no chão. 160 galinhas foram divididas em oito grupos de 20 galinhas cada (incluindo o grupo controle). As quatro composições de alimentação de teste foram testadas em duplo. Todos os filhotes tiveram acesso ad libitum à água e ração.
[093] Composições de teste de ração animal: Prepararam-se quatro composições diferentes de ração para teste, misturando os produtos de teste mostrados na tabela abaixo com ração comercial para frangos de corte (Versele-Laga, Bélgica) a uma concentração de 3 g de butirato de sódio por kg de ração. A ração de teste foi posteriormente peletizada (sem vapor) para evitar a ingestão seletiva de ração. A técnica de peletização, tamanho de pelete e ração comercial para frangos de corte foram os mesmos para todos os produtos de teste. Teste Produto Fornecedor Especificações 1 Controle - sem aditivo N/ D N/ D 2 Adimix 30 Coated® Nutri-Ad® 30% de butirato de sódio revestido com gordura de palma 3 Matriz de cera com 10% de amido Auto- 30% de butirato de sódio na matriz preparada cristalina Lunacera M® e amido. 4 Éster butirílico de polissacarídeo: Acros 50 a 54% de teor de butirila < 4% de butirato de acetato de celulose Organics® teor de acetila (CAB)
[094] Cepa de Salmonella: A cepa SE147 de Salmonella Enteritidis, uma cepa resistente à estreptomicina bem caracterizada, isolada de uma exploração avícola (Methner et al., 1995), foi utilizada nesta experiência. A cepa foi cultivada por 6 h em meio Luria-Bertoni (LB, Sigma, St. Louis, MO), após o qual o número de ufc por miligrama foi determinado através da diluição de 10 vezes da suspensão bacteriana em ágar xilose lisina desoxicolato (XLD, Oxoid, Basingstoke, UK) contendo 100 μg/ mL de estreptomicina (Sigma, St. Louis, MO). A suspensão bacteriana foi armazenada a 4 ºC durante a contagem de placas e foi diluída em PBS para obter a dose de infecção desejada.
[095] Configuração experimental: Aos 17 dias após a eclosão, todos os filhotes foram inoculados por via oral com 105 cfu de Salmonella Enteritidis por ave. No dia 4 após a infecção, todas as aves foram sacrificadas e amostras de ceco foram coletadas para análise bacteriológica. O experimento foi aprovado pelo comitê de ética da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Ghent.
[096] Análise Bacteriológica: Amostras de ceco foram homogeneizadas em volume de água de peptona tamponada (BPW, Oxoid, Basingstoke, Reino Unido), e diluições de 10 vezes foram feitas em PBS. Para cada diluição, 6 x 20 μL foram inoculados em placas XLD contendo 100 μg/ mL de estreptomicina. Após uma incubação durante a noite a 37 ºC, foi determinado o número de ufc por grama de tecido.
As amostras negativas após o plaqueamento direto foram pré-enriquecidas durante a noite a 37 ºC em água de peptona tamponada (BPW, Oxoid, Basingstoke, Reino Unido), após o que todas as amostras foram enriquecidas pela adição de 1 mL desta suspensão a 9 mL de caldo verde brilhante de tetrationato (Oxoid, Basingstoke, Reino Unido). Presumiu-se que as amostras que eram Salmonella negativas após a titulação, mas positivas após o enriquecimento continham 1 x 101 cfu/ g de tecido. As amostras que ainda eram negativas após o enriquecimento foram consideradas como tendo 0 ufc/ g de tecido.
[097] Resultados: Como mostrado na tabela abaixo, a administração de ração animal compreendendo um éster butirílico de polissacarídeo, como CAB, fornece resultados significativamente melhorados em relação à colonização por Salmonella do ceco em comparação com outras formulações ou produtos de liberação retardada. Presença de Salmonella Controle 2 3 4 Negativo 0 0 0 0 Positivo após enriquecimento 6 14 13 27 102 < x < 103 ufc/ g 12 8 7 4 103 < x < 104 ufc/ g 6 14 5 8 > 104 ufc/ g 15 4 15 1
[098] Exemplo 4: Determinação in vivo da presença de
Salmonella pós-infecção em swabs cloacais: A fim de avaliar a capacidade dos ésteres butirílicos de polissacarídeo da presente invenção para diminuir o derramamento fecal de Salmonella de animais infectados por Salmonella Enteritidis, foi realizada uma experiência in vivo. Um produto de acordo com a invenção foi adicionado à alimentação de aves, sendo determinada a presença de Salmonella Enteritidis em swabs cloacais e comparadas com os resultados obtidos com outras formulações ou produtos de liberação retardada de butirato.
[099] Animais: Os frangos de corte Ross 308 foram utilizados neste estudo.
Pintos com 1 dia de idade foram obtidos de um incubatório comercial. Todos os grupos de tratamento foram alojados nas mesmas condições em gaiolas separadas, com ninhada no chão. 80 galinhas foram divididas em quatro grupos de 20 galinhas cada (incluindo o grupo controle). As quatro composições de alimentação de teste listadas abaixo foram testadas. Todos os filhotes tiveram acesso ad libitum à água e ração.
[0100] Composições de teste de ração animal: Prepararam-se quatro composições diferentes de ração para teste, misturando os produtos de teste mostrados na tabela abaixo com ração comercial para frangos de corte (Versele-Laga, Bélgica) a uma concentração de 3 g de butirato de sódio por kg de ração. A ração de teste foi posteriormente peletizada (sem vapor) para evitar a ingestão seletiva de ração. A técnica de peletização, tamanho de pelete e ração comercial para frangos de corte foram os mesmos para todos os produtos de teste. Teste Produto Fornecedor Especificações 1 Controle - sem aditivo N/ D N/ D 2 Adimix 30 Coated® Nutri-Ad® 30% de butirato de sódio revestido com gordura de palma 3 Matriz de cera com 10% de amido Auto- 30% de butirato de sódio na matriz preparada cristalina Lunacera M® e amido. 4 Éster butirílico de polissacarídeo: butirato Acros 50 a 54% de teor de butirila < 4%
Teste Produto Fornecedor Especificações de acetato de celulose (CAB) Organics® de teor de acetila
[0101] Cepa de Salmonella: A cepa SE147 de Salmonella Enteritidis, uma cepa resistente à estreptomicina bem caracterizada, isolada de uma exploração avícola (Methner et al., 1995), foi utilizada nesta experiência. A cepa foi cultivada por 6 h em meio Luria-Bertoni (LB, Sigma, St. Louis, MO), após o qual o número de ufc por miligrama foi determinado através da diluição de 10 vezes da suspensão bacteriana em ágar xilose lisina desoxicolato (XLD, Oxoid, Basingstoke, UK) contendo 100 μg/ mL de estreptomicina (Sigma, St. Louis, MO). A suspensão bacteriana foi armazenada a 4 ºC durante a contagem de placas e foi diluída em PBS para obter a dose de infecção desejada.
[0102] Configuração experimental: 17 dias após a eclosão, todos os filhotes foram inoculados por via oral com 105 cfu de Salmonella Enteritidis por ave. No dia -1, 1 e 3 após a infecção, foram feitos swabs cloacais para análise bacteriológica. O experimento foi aprovado pelo comitê de ética da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Ghent.
[0103] Análise Bacteriológica: Os swabs cloacais foram semeados em placas XLD contendo 100 μg/ mL de estreptomicina e incubados durante a noite a 37 ºC. As amostras negativas após o plaqueamento direto foram pré-enriquecidas durante a noite a 37 ºC em água de peptona tamponada (BPW, Oxoid, Basingstoke, Reino Unido), após as quais as amostras foram enriquecidas pela adição de 1 mL desta suspensão a 9 mL de caldo verde brilhante de tetrationato (Oxoid, Basingstoke, Reino Unido). Esta suspensão foi novamente incubada durante a noite a 37 ºC, e depois semeada em XLD contendo 100 μg/ mL de estreptomicina. Após uma incubação durante a noite a 37 ºC, foi determinado o número de ufc por swab cloacal. As amostras negativas para Salmonella após titulação, mas positivas após enriquecimento foram marcadas como positivas para a presença de Salmonella. As amostras que ainda eram negativas após o enriquecimento foram marcadas como negativas para a presença de Salmonella.
[0104] Resultados: Como mostrado na tabela abaixo, a administração de ração animal compreendendo um éster butirílico de polissacarídeo, como CAB, fornece resultados significativamente melhorados em relação ao derramamento fecal de Salmonella em comparação com outras formulações ou produtos de liberação retardada. Dias após infecção Presença de Salmonella Controle 2 3 4 Negativo 20 20 20 20 -1 Positivo 0 0 0 0 Negativo 5 14 17 16 1 Positivo 15 6 3 4 Negativo 5 14 13 17 3 Positivo 15 6 7 3
[0105] Exemplo 5: Determinação in vivo do desempenho do crescimento: A fim de avaliar a capacidade dos ésteres butirílicos de polissacarídeo da presente invenção de influenciar o desempenho do crescimento sob práticas agrícolas subótimas, foi realizada uma experiência in vivo. Foi adicionado um produto de acordo com a invenção a uma dieta desafiadora de farinha de colza (RSM), os efeitos no desempenho do crescimento determinados e comparados com os resultados obtidos com outras formulações ou produtos de liberação retardada de butirato.
[0106] Design experimental: O experimento foi desenhado como um delineamento em blocos casualizados. Os grupos de tratamento foram organizados como fatorial 3 x 2,
mais controle, com 3 formulações ou produtos de liberação retardada e dois níveis de suplementação (0,25 ou 1 g de butirato/ kg de alimentação como base alimentada). Cada grupo de tratamento foi replicado seis vezes, resultando em um total de seis blocos. As dietas foram com base nas dietas para iniciantes, cultivadores e finalizadores RSM-Milho-Trigo, detalhadas nas tabelas abaixo. Dietas experimentais para iniciantes e cultivadores foram derivadas da receita basal, adicionando os aditivos alimentares às custas do óleo de soja. Produto Fornecedor Especificações 1 Controle - sem aditivo N/ D N/ D 2 Adimix 30 Coated® Nutri-Ad® 30% de butirato de sódio revestido com gordura de palma 3 Matriz de cera Auto- 30% de butirato de sódio na matriz preparada cristalina Lunacera M® 4 Éster butirílico de polissacarídeo: butirato Acros 50 a 54% de teor de butirila < 4% de de acetato de celulose (CAB) Organics® teor de acetila
[0107] Composição inicial Item 1-CTR 2-H 2-L 3-H 3-L 4-H 4-L Ingrediente Milho 295,96 295,96 295,96 295,96 295,96 295,96 295,96 Trigo 200 200 200 200 200 200 200 Farinha de colza 350 350 350 350 350 350 350 Farinha de peixe 75 75 75 75 75 75 75 Óleo de soja 55,29 51,96 54,46 51,96 54,46 53,29 54,79 Mistura prévia 5 5 5 5 5 5 5 Cal fino 9 9 9 9 9 9 9 Fosfato monocálcico 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 Sal 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 NaHCO3 2,8 2,8 2,8 2,8 2,8 2,8 2,8 L-Lisina HCI 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 Natuphos 1000G 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 Adimix 30 Coated® 0 3,33 0,83 0 0 0 0 Matriz de cera 0 0 0 3,33 0,83 0 0 CAB 0 0 0 0 0 2 0,5 Total 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000
[0108] Composição do produtor Item 1-CTR 2-H 2-L 3-H 3-L 4-H 4-L Ingrediente Milho 215,35 215,35 215,35 215,35 215,35 215,35 215,35 Trigo 300 300 300 300 300 300 300
Item 1-CTR 2-H 2-L 3-H 3-L 4-H 4-L Ingrediente Farinha de colza 350 350 350 350 350 350 350 Farinha de peixe 55 55 55 55 55 55 55 Óleo de soja 63,00 59,67 62,17 59,67 62,17 61,00 62,50 Mistura prévia 5 5 5 5 5 5 5 Cal fino 8 8 8 8 8 8 8 Sal 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 NaHCO3 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4 L-Lisina HCI 1 1 1 1 1 1 1 Natuphos 1000G 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 Adimix 30 Coated® 0 3,33 0,83 0 0 0 0 Matriz de cera 0 0 0 3,33 0,83 0 0 CAB 0 0 0 0 0 2 0,5 Total 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000
[0109] Composição do finalizador Item 1-CTR Ingrediente Milho 229,35 Trigo 300 Farinha de colza 350 Farinha de peixe 40 Óleo de soja 64,00 Mistura prévia 5 Cal fino 7,5 Sal 1,2 NaHCO3 1,4 L-Lisina HCI 1,5 Natuphos 1000G 0,05 Butirato revestido com gordura 0 Butirato revestido com cera 0 CAB 0 Total 1000
[0110] A pré-mistura fornecida por kg de dieta: vitamina A, 12.000 IU; vitamina D3, 2.500 IU; vitamina E, 50 mg; vitamina B2, 7,5 mg; vitamina B6, 3,5 mg; vitamina B1, 2,0 mg; vitamina K3, 1,5 mg; vitamina B12, 20 μg; cloreto de colina, 460 mg; antioxidante (oxitrap PXN),125 mg; niacina, 35 mg; ácido pantotênico, 12 mg; biotina, 0,2 mg; ácido fólico, 1 mg; Mn, 85 mg; Fe, 80 mg; Zn, 60 mg; Cu, 12 mg; I, 0,8 mg; Se, 0,15 mg.
[0111] As dietas iniciais foram alimentadas de d0 a d21, as dietas de fase de crescimento de d22 a d35 e a dieta finalizadora de d36 até o abate em d42. As dietas foram formuladas para atender ou exceder os requisitos de frangos de corte e foram produzidas pela Research Diet Services (Wijk em Duurstede, Países Baixos).
[0112] Aves e procedimentos experimentais: O experimento foi conduzido na fazenda de pesquisa Carus, da Universidade de Wageningen. Um total de 357 frangos de corte machos com um dia de idade (BW inicial 47 g; Ross 308, Aviagen Group, Newbridge, Reino Unido) foram obtidos de um incubatório comercial (Morren Breeders B.V., Lunteren, Holanda). Na chegada, as aves foram pesadas individualmente e atribuídas a uma categoria por peso (Pequena < μ - 0,68 x σ; μ - 0,68 x σ < Média < μ + 0,68 x σ; Grande > μ + 0,68 x σ). Aves de cada categoria foram aleatoriamente designadas para um dos 42 currais de duas salas climatizadas.
Cada curral abrigava 8 a 9 aves, tinha uma dimensão de 1,85 x 1 m (L x W) e foi enriquecido com um poleiro. Aparas de madeira foram utilizadas como material de cama. A temperatura ambiente foi mantida a 32 ºC até d3 e posteriormente reduzida gradualmente para 22 ºC em d23. Um fotoperíodo 23L: 1D foi aplicado até d3 e posteriormente alterado para 16L: 8D. As aves tiveram acesso ad libitum à alimentação e água. Os pesos corporais do curral e o consumo de ração foram registrados em d21, 35 e 42. A mortalidade foi monitorada diariamente e o peso corporal das aves mortas foi registrado.
[0113] Resultados: As tabelas abaixo mostram a taxa de conversão alimentar (FCR), o ganho médio de peso corporal (ADG) e a ingestão média diária de alimentos (ADFI) e a taxa de mortalidade. A FCR foi calculada no nível do curral usando ADG e ADFI. Os resultados também foram recalculados como porcentagem de alteração em relação ao respectivo controle; As tabelas abaixo mostram os resultados de mortalidade, ganho médio diário de peso (ADG), consumo médio diário de alimentos (ADFI) e razão de conversão alimentar (FCR) obtidos neste experimento. Os dados mostram que a suplementação alimentar com um éster butirílico de polissacarídeo, como CAB, fornece resultados superiores de desempenho em crescimento em comparação com outras formulações ou produtos de liberação retardada de butirato. O éster butirílico de polissacarídeo de acordo com a presente invenção fornece a combinação altamente desejável de ADG e ADFI aprimorada combinada com FCR diminuída e mortalidade durante o período de suplementação sem mostrar efeitos adversos durante o período de finalização; Os resultados também mostram que, na fase de iniciador e produtor, o aumento da inclusão do éster butirílico de polissacarídeo (4-L vs. 4- H) leva a um desempenho aumentado (em contraste com o efeito observado nas composições de cera 3-L vs. 3-H).
[0114] Efeito de tratamentos dietéticos nos parâmetros de desempenho durante os períodos de iniciador, produtor e finalizador. Tratamento dietético 1 2 3 4 Item CTR L H L H L H 0 a 21 d Mortalidade, % 5,9 2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 ADG, g/ ave 39,9 39,7 42,0 41,8 40,4 40,6 41,4 ADFI, g/ ave 54,5 53,8 56,7 56,6 54,2 55,3 56,9 FCR, g:g 1,37 1,36 1,35 1,35 1,34 1,36 1,38 22 a 35 d Mortalidade, % 0,0 0,0 3,9 3,9 2,0 0,0 0,0 ADG, g/ ave 89,8 90,8 90,5 89,4 87,6 93,8 96,4 ADFI, g/ ave 140,3 139,9 154,0 147,0 139,0 141,0 146,3 FCR, g:g 1,58 1,55 1,73 1,65 1,59 1,51 1,52 35 a 42 d Mortalidade, % 4,2 0,0 0,0 2,0 4,0 0,0 2,0 ADG, g/ ave 131,9 107,3 125,0 120,3 116,4 115,7 116,9 ADFI, g/ ave 224,1 197,6 211,5 198,6 214,7 213,0 211,2 FCR, g:g 1,71 1,85 1,71 1,66 1,84 1,85 1,81
[0115] Efeito de tratamentos dietéticos sobre parâmetros de desempenho durante a suplementação e períodos experimentais totais.
Tratamento dietético 1 2 3 4 Item CTR L H L H L H Período de suplementação (0 a 35 d) Mortalidade, % 7,8 2,0 3,9 5,9 3,9 0,0 0,0 ADG, g/ ave 59,51 60 61,3 60,8 59,1 61,9 63,4 ADG, g/ ave 88,26 88 95,5 92,5 87,8 89,6 92,7 FCR, g:g 1,49 1,47 1,56 1,53 1,49 1,45 1,46 Experimento total (0 a 42 d) Mortalidade, % 9,8 2,0 3,9 5,9 5,9 0,0 2,0 ADG, g/ ave 70,42 67,9 71,6 70,3 68,4 70,9 72,3 ADFI, g/ ave 108,9 106 114 110 108 110 112 FCR, g:g 1,55 1,57 1,60 1,56 1,58 1,56 1,56
[0116] Efeito dos tratamentos dietéticos nos parâmetros de desempenho recalculados como porcentagem de alteração em relação ao respectivo controle durante o período de suplementação (0 a 35 d) 2 3 4
L H L H L H ADG, % de alteração 0,9 3,0 2,0 -0,7 3,8 6,1 ADFI, % de alteração -0,3 7,6 4,6 -0,6 1,5 4,7 FCR, % de alteração -1,4 4,8 2,3 -0,2 -2,7 -1,8
[0117] Exemplo 6: Determinação in vivo da taxa de conversão alimentar: A fim de avaliar a capacidade dos ésteres butirílicos de polissacarídeo da presente invenção de influenciar a taxa de conversão alimentar sob práticas agrícolas subótimas, foi realizada uma experiência in vivo. Um produto de acordo com a invenção foi adicionado a uma dieta desafiadora de farinha de colza (RSM), os efeitos na taxa de conversão alimentar determinados, analisados estatisticamente e comparados com os resultados obtidos com outras formulações ou produtos de liberação retardada (hidroxi) butirato.
[0118] Design experimental:
O experimento foi desenhado como um delineamento em blocos casualizados. Os grupos de tratamento foram organizados como 10 aves/ curral x 8 repetições x 4 tratamentos: um controle e 3 formulações ou produtos de liberação retardada de butirato (com 1 g de (hidroxi)butirato/ kg de alimentação). As dietas foram com base em dietas para iniciantes e cultivadores de trigo e milho RSM, detalhadas nas tabelas abaixo. Dietas experimentais para iniciantes e cultivadores foram derivadas da receita basal, adicionando os aditivos alimentares às custas do óleo de soja. Produto Fornecedor Especificações 1 Controle - sem aditivo N/ D N/ D 2 Adimix 30 Coated® Nutri-Ad® 30% de butirato de sódio revestido com gordura de palma 3 Poli-hidroxibutirato (PHB) Nutri-Ad® 0,10% de biomassa de butirato 4 Éster butirílico de polissacarídeo: Fisher-Scientific, 50 a 54% de teor de butirila < 4% butirato de acetato de celulose (CAB) Waltham, USA de teor de acetila
[0119] Composição inicial Item 1-CTR 2 3 4 Ingrediente Milho 296 296 296 296 Trigo 200 200 200 200 Farinha de colza 350 350 350 350 Farinha de peixe 75 75 75 75 Óleo de soja 55,3 52,0 54,3 53,5 Mistura prévia 5 5 5 5 Cal fino 9 9 9 9 Fosfato monocálcico 5,5 5,5 5,5 5,5 Sal 0,9 0,9 0,9 0,9 NaHCO3 2,8 2,8 2,8 2,8 L-Lisina HCI 0,5 0,5 0,5 0,5 Natuphos 1000G 0,05 0,05 0,05 0,05 Adimix 30 Coated® 0 3,33 0 0 PHB 0 0 1 0 CAB 0 0 0 1,8 Total 1000 1000 1000 1000
[0120] Composição do produtor Item 1-CTR 2 3 4 Ingrediente Milho 215,4 215,4 215,4 215,4 Trigo 300,0 300,0 300,0 300,0 Farinha de colza 350,0 350,0 350,0 350,0
Farinha de peixe 55,0 55,0 55,0 55,0 Óleo de soja 63,0 59,7 62,0 61,2 Mistura prévia 5 5 5 5 Cal fino 8 8 8 8 Fosfato monocálcico - - - - Sal 1,2 1,2 1,2 1,2 NaHCO3 1,4 1,4 1,4 1,4 L-Lisina HCI 1 1 1 1 Natuphos 1000G 0,05 0,05 0,05 0,05 Adimix 30 Coated® 0 3,33 0,00 0 PHB 0 0 1 0 CAB 0 0 0 1,8 Total 1000 1000 1000 1000
[0121] A pré-mistura fornecida por kg de dieta: vitamina A, 12.000 IU; vitamina D3, 2.500 IU; vitamina E, 50 mg; vitamina B2, 7,5 mg; vitamina B6, 3,5 mg; vitamina B1, 2,0 mg; vitamina K3, 1,5 mg; vitamina B12, 20 μg; cloreto de colina, 460 mg; antioxidante (oxitrap PXN),125 mg; niacina, 35 mg; ácido pantotênico, 12 mg; biotina, 0,2 mg; ácido fólico, 1 mg; Mn, 85 mg; Fe, 80 mg; Zn, 60 mg; Cu, 12 mg; I, 0,8 mg; Se, 0,15 mg.
[0122] As dietas iniciais foram alimentadas de d0 a d21 e as dietas de fase de crescimento de d22 a d35. As dietas foram formuladas para atender ou exceder os requisitos de frangos de corte e foram produzidas pela Research Diet Services (Wijk em Duurstede, Países Baixos).
[0123] Aves e procedimentos experimentais: O experimento foi conduzido no galinheiro experimental 12 do ILVO-DIER, (Burg, Merelbeke, BE). Um total de 320 frangos machos com um dia de idade (Ross 308, Aviagen Group, Newbridge, Reino Unido) foram obtidos de um incubatório comercial (Belgabroed NV, Merksplas, BE). Após a chegada, os pássaros foram aleatoriamente designados para um dos 32 currais de uma única sala climatizada. Cada curral abrigava 10 aves e tinha uma dimensão de 2,1 x 1 m. A temperatura ambiente foi mantida de 29 a 30 ºC até d7 e depois reduzida em 2 ºC por semana. Um fotoperíodo de 23L: 1D foi aplicado até d7 e posteriormente alterado para 16L: 8D. As aves tiveram acesso ad libitum à alimentação e água. Os pesos individuais e corporais do curral, bem como a ingestão de alimentação do curral, foram registrados todas as semanas.
[0124] Análise estatística: Os parâmetros de desempenho foram analisados usando o PROC GLM do SAS (versão 9.3, SAS Institute Inc., Cary, NC) usando o seguinte modelo Yijk= μ + Di + Wj + Bk + AWij + εijk em que Yijk é a resposta observada da réplica kth (k = 1 a 8) alimentada com a dieta ith (i = CTR, FCB, PHB, CAB) durante a semana jth (j = 1 a 5), Di é o efeito da dieta fixa ith, Bk é o efeito do bloco fixo kth, Wj é o efeito aleatório jth do período de medição e ADij; o efeito de interação entre a dieta e o período de medição e Eijk é o termo de erro residual da réplica kth alimentada com a dieta ith no período de medição jth. Quando um efeito significativo da dieta foi detectado, as médias foram separadas usando o teste post hoc de Tukey. Quando uma interação significativa entre dieta e período de medição foi detectada, as médias foram separadas usando o teste post hoc de Tukey e o termo de interação foi particionado por semana por um teste de efeito simples.
[0125] Resultados: Os efeitos da suplementação de butirato na dieta na taxa de conversão alimentar (FCR) durante o período de suplementação de 0 a 35 d são mostrados na tabela abaixo; Os dados mostram que a suplementação de ração com um éster butirílico de polissacarídeo, como o CAB, fornece resultados superiores da taxa de conversão alimentar em comparação com outras formulações ou produtos de liberação retardada de butirato. A melhoria da taxa de conversão alimentar para CAB foi estatisticamente significativa.
[0126] Efeito da suplementação dietética de butirato no desempenho do crescimento durante todo o período de 0 a 35 dias Grupo de tratamento valor p Agrupado Item Semana da 1-CTR 2 3 4 SEM Dieta Semana Quadra dieta* BWG 48,41 48,26 48,36 48,56 1,62 0,9981 <,0001 0,2511 0,0032 VFI 79,15 76,52 77,42 76,08 1,93 0,6898 <,0001 0,5882 0,5192 FCR 1,64 1,59 1,60 1,57 0,02 0,0164 <,0001 0,7997 0,0194
Claims (25)
1. COMPOSIÇÃO DE QUALIDADE ALIMENTAR, caracterizada por compreender um éster butirílico de celulose que compreende ainda grupos de éster acetílico, em que o éster butirílico de celulose é definido por uma massa molar média numérica de 2000 a 1000000 g/ mol, de forma preferencial de 5000 a 500000 g/ mol, de forma preferencial de 7000 a 250000 g/ mol, de forma preferencial de 10000 a 100000 g/ mol, de forma preferencial de 12000 a 50000 g/ mol, de forma preferencial de 13000 a 25000 g/ mol, de forma mais preferencial 15000 a 17000 g/ mol.
2. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo número médio de grupos de butirila por unidade de monossacarídeo estar dentro da faixa de 0,1 a 4, de forma preferencial de 1 a 3,5, de forma preferencial de 1,75 a 3,25, de forma preferencial de 2,25 a 3, de forma preferencial de 2,5 a 2,95.
3. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizada pelo éster butirílico de celulose ser definido por um teor de acetila de pelo menos 1% em peso por peso total do éster butirílico de celulose, de forma preferencial pelo menos 2% em peso, de forma preferencial pelo menos 3% em peso, de forma preferencial pelo menos 4% em peso.
4. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada por ser um material de alimentação, compreendendo de 0,1 a 80% em peso, de forma preferencial de 0,5 a 60% em peso, de forma preferencial de 1 a 50% em peso, de forma preferencial de 2 a 40% em peso, de forma preferencial de 3 a 30% em peso, de forma preferencial de 4 a 20% em peso, de forma preferencial de 5 a 15% em peso do éster butirílico de celulose e um ou mais outros materiais de qualidade alimentar.
5. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo outro ingrediente ser selecionado a partir do grupo de aditivos tecnológicos, aditivos sensoriais, aditivos nutricionais, aditivos zootécnicos, coccidiostáticos e histomonostáticos.
6. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada por ser uma composição de ração animal, compreendendo de 0,0001 a 10% em peso do éster butirílico de celulose, de forma preferencial de 0,001 a 5% em peso, de forma preferencial de 0,005 a 1% em peso, de forma preferencial 0,0075 a 0,5% em peso, de forma preferencial de 0,01 a 0,1% em peso do éster butirílico de celulose e um ou mais ingredientes de ração animal.
7. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada por estar na forma de pó.
8. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada por estar na forma compactada, granulada ou peletizada.
9. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelo éster butirílico de celulose ser distribuído homogeneamente por todas as partículas primárias que compõem a composição.
10. ÉSTER BUTIRÍLICO DE CELULOSE, caracterizado por compreender ainda grupos de éster acetílico, em que o éster butirílico de celulose é definido por uma massa molar média numérica de 2000 a 1000000 g/ mol, de forma preferencial de 5000 a 500000 g/ mol, de forma preferencial de 7000 a 250000 g/ mol, de forma preferencial de 10000 a 100000 g/ mol, de forma preferencial de 12000 a 50000 g/ mol, de forma preferencial de 13000 a 25000 g/ mol, de forma mais preferencial 15000 a 17000 g/ mol, para uso em um método de tratamento profilático ou curativo.
11. ÉSTER BUTIRÍLICO DE CELULOSE, caracterizado por compreender ainda grupos de éster acetílico, em que o éster butirílico de celulose é definido por uma massa molar média numérica de 2000 a 1000000 g/ mol, de forma preferencial de 5000 a 500000 g/ mol, de forma preferencial de 7000 a 250000 g/ mol, de forma preferencial de 10000 a 100000 g/ mol, de forma preferencial de 12000 a 50000 g/ mol, de forma preferencial de 13000 a 25000 g/ mol, de forma mais preferencial 15000 a 17000 g/ mol, para uso na profilaxia ou tratamento de infecção por patógenos, de forma preferencial por uma ou mais dentre bactérias, eimeria, vírus e fungos, de forma preferencial bactérias, de forma preferencial um ou mais dentre Clostridium acetobutylicum, Escherichia coli, Streptococcus cremoris, Lactococcus lactis, Lactococcus cremoris, Clostridium perfringens, Campylobacter jejuni, Campylobacter coli, Lawsonia intracellullaris, Brachyspira hyodysenteriae, Enterococcus caecorum, Streptococcus suis e Salmonella Enteritidis.
12. ÉSTER BUTIRÍLICO DE CELULOSE, caracterizado por compreender ainda grupos de éster acetílico, em que o éster butirílico de celulose é definido por uma massa molar média numérica de 2000 a 1000000 g/ mol, de forma preferencial de 5000 a 500000 g/ mol, de forma preferencial de 7000 a 250000 g/ mol, de forma preferencial de 10000 a 100000 g/ mol, de forma preferencial de 12000 a 50000 g/ mol, de forma preferencial de 13000 a 25000 g/ mol, de forma mais preferencial 15000 a 17000 g/ mol, para uso na melhoria da microflora intestinal.
13. COMPOSIÇÃO PARA USO, conforme definida em qualquer uma das reivindicações 10 a 12, caracterizada pelo número médio de grupos de butirila por unidade de monossacarídeo estar dentro da faixa de 0,1 a 4, de forma preferencial de 1 a 3,5, de forma preferencial de 1,75 a 3,25, de forma preferencial de 2,25 a 3, de forma preferencial de 2,5 a 2,95.
14. COMPOSIÇÃO PARA USO, conforme definida em qualquer uma das reivindicações 10 a 13, caracterizada pelo éster butirílico de polissacarídeo ser definido por um teor de acetila de pelo menos 1% em peso por peso total do éster butirílico de polissacarídeo, de forma preferencial pelo menos 2% em peso, de forma preferencial pelo menos 3% em peso, de forma preferencial pelo menos 4% em peso.
15. MÉTODO NÃO TERAPÊUTICO, para: - diminuir a taxa de conversão alimentar, - aumentar o peso total do animal, ou - aumentar o ganho médio diário, caracterizado por compreender a administração de um éster butirílico de celulose que compreende ainda grupos de éster acetílico, em que o éster butirílico de celulose é definido por uma massa molar média numérica de 2000 a 1000000 g/ mol, de forma preferencial de 5000 a 500000 g/ mol, de forma preferencial de 7000 a 250000 g/ mol, de forma preferencial de 10000 a 100000 g/ mol, de forma preferencial de 12000 a 50000 g/ mol, de forma preferencial de 13000 a 25000 g/ mol, de forma mais preferencial 15000 a 17000 g/ mol.
16. MÉTODO NÃO TERAPÊUTICO, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo número médio de grupos de butirila por unidade de monossacarídeo estar dentro da faixa de 0,1 a 4, de forma preferencial de 1 a 3,5, de forma preferencial de 1,75 a 3,25, de forma preferencial de 2,25 a 3, de forma preferencial de 2,5 a 2,95.
17. MÉTODO NÃO TERAPÊUTICO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 15 a 16, caracterizado pelo éster butirílico de polissacarídeo ser definido por um teor de acetila de pelo menos 1% em peso por peso total do éster butirílico de celulose, de forma preferencial pelo menos 2% em peso, de forma preferencial pelo menos 3% em peso, de forma preferencial pelo menos 4% em peso.
18. COMPOSIÇÃO PARA USO, conforme definida em qualquer uma das reivindicações 10 a 14, caracterizada pelo animal a ser tratado ser uma espécie de aves de criação.
19. MÉTODO NÃO TERAPÊUTICO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 15 a 17, caracterizado pelo animal a ser tratado ser uma espécie de aves de criação.
20. USO DE UM ÉSTER BUTIRÍLICO DE CELULOSE, caracterizado por compreender ainda grupos de éster acetílico, em que o éster butirílico de celulose é definido por uma massa molar média numérica de 2000 a 1000000 g/ mol, de forma preferencial de 5000 a 500000 g/ mol, de forma preferencial de 7000 a 250000 g/ mol, de forma preferencial de 10000 a 100000 g/ mol, de forma preferencial de 12000 a 50000 g/ mol, de forma preferencial de 13000 a 25000 g/ mol, de forma mais preferencial 15000 a 17000 g/ mol ou a composição, conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 9, em ração animal.
21. USO, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo número médio de grupos de butirila por unidade de monossacarídeo estar dentro da faixa de 0,1 a 4, de forma preferencial de 1 a 3,5, de forma preferencial de 1,75 a 3,25, de forma preferencial de 2,25 a 3, de forma preferencial de 2,5 a 2,95.
22. USO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 20 a 21, caracterizado pelo éster butirílico de polissacarídeo ser definido por um teor de acetila de pelo menos 1% em peso por peso total do éster butirílico de celulose, de forma preferencial pelo menos 2% em peso, de forma preferencial pelo menos 3% em peso, de forma preferencial pelo menos 4% em peso.
23. MÉTODO PARA PREPARAR UMA COMPOSIÇÃO DE RAÇÃO ANIMAL, o referido método caracterizado por compreender: - fornecer um primeiro componente de ração animal, - fornecer um éster butirílico de celulose que compreende ainda grupos de éster acetílico, em que o éster butirílico de celulose é definido por uma massa molar média numérica de 2000 a 1000000 g/ mol, de forma preferencial de 5000 a 500000 g/ mol, de forma preferencial de 7000 a 250000 g/ mol, de forma preferencial de 10000 a 100000 g/ mol, de forma preferencial de 12000 a 50000 g/ mol, de forma preferencial de 13000 a 25000 g/ mol, de forma mais preferencial 15000 a 17000 g/ mol, e - misturar o primeiro componente de ração animal com o éster butirílico de celulose até uma mistura homogênea.
24. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 23, caracterizado pelo número médio de grupos de butirila por unidade de monossacarídeo estar dentro da faixa de 0,1 a 4, de forma preferencial de 1 a 3,5, de forma preferencial de 1,75 a 3,25, de forma preferencial de 2,25 a 3, de forma preferencial de 2,5 a 2,95.
25. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 23 a 24, caracterizado pelo éster butirílico de celulose ser definido por um teor de acetila de pelo menos 1% em peso por peso total do éster butirílico de celulose, de forma preferencial pelo menos 2% em peso, de forma preferencial pelo menos 3% em peso, de forma preferencial pelo menos 4% em peso.
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