BR112019026298A2 - composições e metódos para tratamento de tauopatias e uso de anticorpos anti-tau humano - Google Patents

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Masano Tlaneci Huang
Lori S. Burton
Yong Quan
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Abstract

São fornecidos regimes de dosagem e formulações de anticorpos anti-tau humana. Essas formulações e regimes de dosagem são úteis no tratamento de tauopatias, tais como paralisia supranuclear progressiva e mal de Alzheimer.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "COMPO-
SIÇÕES E MÉTODOS PARA TRATAMENTO DE TAUOPATIAS E USO DE ANTICORPOS ANTI-TAU HUMANO". CAMPO
[0001] O presente pedido refere-se geralmente a regimes poso- lógicos e formulações para o uso clínico de anticorpos anti-tau. Fundamentos
[0002] O acúmulo, modificações e agregação de proteínas são as- pectos patológicos de inúmeras doenças neurodegenerativas. A tau modificada e agregada patologicamente, incluindo os conformadores de tau hiperfosforilados, é uma característica invariável das tauopatias e se correlaciona com a gravidade da doença.
[0003] A proteína tau, associada aos microtúbulos, é abundante no sistema nervoso central e é produzida principalmente por neurônios. À tau promove a montagem, mantém a estrutura e estabiliza os microtú- bulos. As proteínas tau são derivadas de variantes de splicing alterna- tivas de MRNA que se originam de um único gene e resultam em pro- teínas maduras que variam em tamanho de 352 a 441 aminoácidos. Enquanto o cérebro fetal contém uma única isoforma tau (Tau-352), existem seis isoformas tau no cérebro humano adulto. Eles diferem entre si por terem três ou quatro repetições de ligação a microtúbulos de 31 a 32 aminoácidos cada e duas, uma ou nenhuma inserção de terminal amino de 29 aminoácidos cada.
[0004] As tauopatias são uma classe de doenças neurodegenera- tivas resultantes da agregação patológica da proteína Tau nos chama- dos emaranhados neurofibrilares (NFT) no cérebro. Alguns exemplos de tauopatias incluem paralisia supranuclear progressiva, mal de Al- zheimer, demência frontotemporal (FTD), degeneração corticobasal e degeneração lobar frontotemporal.
[0005] Existe uma necessidade na técnica de métodos de trata-
mento de tauopatias. Para tratar o número crescente de pacientes com tauopatias, é necessário um anticorpo terapêutico contra a tau e regi- mes posológicos e formulações apropriados para o uso clínico de um anticorpo anti-tau humana. Sumário
[0006] Esta divulgação refere-se, em parte, a regimes de dosagem e formulações de anticorpos anti-tau humana ou seus fragmentos de ligação a tau e seu uso no tratamento de uma tauopatia.
[0007] Em um aspecto, esta divulgação fornece um método de tra- tamento de uma tauopatia em um sujeito humano que dela precisa. O método envolve a administração ao sujeito humano de um anticorpo anti-tau humana em uma dose fixa de 2000 mg. O anticorpo anti-tau humana compreende uma região variável da cadeia pesada de imuno- globulina (VH) e uma região variável da cadeia leve de imunoglobulina (VL). A VH compreende regiões determinantes de complementaridade de VH (VH-CDRs), em que VH-CDR1 compreende ou consiste na se- quência de aminoácidos de SEQ ID NO: 16; VH-CDR2 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 17; e VH-CDR3 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:
18. A VL compreende VL-CDRs, em que VL-CDR1 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 19; VL-CDR2 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 20; e VL-CDR3 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 21. Em certos casos, o anticorpo anti-tau humana é administrado ao sujeito humano por via intravenosa. Em certos casos, a dose fixa de 2000 mg do anticorpo anti-tau humana é administrada uma vez a cada quatro semanas.
[0008] Em outro aspecto, é fornecido neste documento um método de tratamento de uma tauopatia em um sujeito humano que dela pre- cise. O método envolve a administração ao sujeito humano de um an-
ticorpo anti-tau humana em uma dose fixa de 150 mg. O anticorpo an- ti-tau humana compreende uma região variável da cadeia pesada de imunoglobulina (VH) e uma região variável da cadeia leve de imuno- globulina (VL). A VH compreende regiões determinantes de comple- mentaridade de VH (VH-CDRs), em que VH-CDR1 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 16; VH-CDR2 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 17; e VAI-CDR3 compreende ou consiste na sequência de aminoáci- dos de SEQ ID NO: 18. A VL compreende VL-CDRs, em que VL- CDR1 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 19; VL-CDR2 compreende ou consiste na sequência de ami- noácidos de SEQ ID NO: 20; e VL-CDR3 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 21. Em certos casos, o an- ticorpo anti-tau humana é administrado ao sujeito humano por via in- travenosa. Em certos casos, a dose fixa de 150 mg do anticorpo anti- tau humana é administrada uma vez a cada quatro semanas.
[0009] Em outro aspecto, é fornecido neste documento um método de tratamento de uma tauopatia em um sujeito humano que dela pre- cise. O método envolve a administração ao sujeito humano de um an- ticorpo anti-tau humana em uma dose fixa de 210 mg. O anticorpo an- ti-tau humana compreende uma região variável da cadeia pesada de imunoglobulina (VH) e uma região variável da cadeia leve de imuno- globulina (VL). A VH compreende regiões determinantes de comple- mentaridade de VH (VH-CDRs), em que VH-CDR1 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 16; VH-CDR2 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 17; e VH-CDR3 compreende ou consiste na sequência de aminoáci- dos de SEQ ID NO: 18. A VL compreende VL-CDRs, em que VL- CDR1 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 19; VL-CDR2 compreende ou consiste na sequência de ami-
noácidos de SEQ ID NO: 20; e VL-CDR3 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 21. Em certos casos, o an- ticorpo anti-tau humana é administrado ao sujeito humano por via in- travenosa. Em certos casos, a dose fixa de 210 mg do anticorpo anti- tau humana é administrada uma vez a cada quatro semanas.
[0010] Em outro aspecto, é fornecido neste documento um método de tratamento de uma tauopatia em um sujeito humano que dela pre- cise. O método envolve a administração ao sujeito humano de um an- ticorpo anti-tau humana em uma dose fixa de 2100 mg. O anticorpo anti-tau humana compreende uma região variável da cadeia pesada de imunoglobulina (VH) e uma região variável da cadeia leve de imu- noglobulina (VL). A VH compreende regiões determinantes de com- plementaridade de VH (VH-CDRs), em que VH-CDR1 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 16; VH-CDR2 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 17; e VH-CDR3 compreende ou consiste na sequência de aminoáci- dos de SEQ ID NO: 18. A VL compreende VL-CDRs, em que VL- CDR1 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 19; VL-CDR2 compreende ou consiste na sequência de ami- noácidos de SEQ ID NO: 20; e VL-CDR3 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 21. Em certos casos, o an- ticorpo anti-tau humana é administrado ao sujeito humano por via in- travenosa. Em certos casos, a dose fixa de 2100 mg do anticorpo anti- tau humana é administrada uma vez a cada quatro semanas.
[0011] Em um aspecto, é fornecido neste documento um método de tratamento de uma tauopatia em um sujeito humano que dela pre- cise. O método envolve a administração ao sujeito humano de um an- ticorpo anti-tau humana em uma dose fixa de 4200 mg. O anticorpo anti-tau humana compreende uma região variável da cadeia pesada de imunoglobulina (VH) e uma região variável da cadeia leve de imu-
noglobulina (VL). A VH compreende regiões determinantes de com- plementaridade de VH (VH-CDRs), em que VH-CDR1 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 16; VH-CDR2 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 17; e VAI-CDR3 compreende ou consiste na sequência de aminoáci- dos de SEQ ID NO: 18. A VL compreende VL-CDRs, em que VL- CDR1 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 19; VL-CDR2 compreende ou consiste na sequência de ami- noácidos de SEQ ID NO: 20; e VL-CDR3 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 21. Em certos casos, o an- ticorpo anti-tau humana é administrado ao sujeito humano por via in- travenosa. Em certos casos, a dose fixa de 4200 mg do anticorpo anti- tau humana é administrada uma vez a cada quatro semanas.
[0012] As seguintes modalidades aplicam-se a todos os aspectos acima. Tauopatias exemplificativas incluem paralisia supranuclear pro- gressiva, mal de Alzheimer, esclerose lateral amiotrófica/complexo de parkinsonismo-demência, demência de grãos argirofílicos, angiopatia amiloide do tipo britânico, angiopatia amiloide cerebral, degeneração corticobasal, doença de Creutzfeldt-Jakob, demência pugilística, ema- ranhados neurofibrilares difusos com calcificação, síndrome de Down, demência frontotemporal (FTD), demência frontotemporal com parkin- sonismo ligado ao cromossomo 17, degeneração lobar frontotemporal, doença de Gerstmann-Straussler-Scheinker, doença de Hallervorden- Spatz, miosite do corpo de inclusão, atrofia de múltiplos sistemas, dis- trofia miotônica, doença de Niemann-Pick tipo C, doença do neurônio motor não guamaniana com emaranhados neurofibrilares, doença de Pick, parkinsonismo pós-encefalítico, angiopatia amiloide cerebral causada por proteína priônica, angiopatia amiloide cerebral progressi- va, gliose progressiva subcortical, tauopatia glial globular, panencefali- te esclerosante subaguda, demência NFT, demência vascular, aciden-
te vascular cerebral, encefalopatia traumática crônica, lesão cerebral traumática, concussão, convulsões, epilepsia e encefalopatia aguda por chumbo. Em uma modalidade, a tauopatia é paralisia supranuclear progressiva. Em outra modalidade, a tauopatia é mal de Alzheimer. Em certas modalidades, a VH do anticorpo anti-tau humana compre- ende ou consiste em SEQ ID NO: 12 e a VL do anticorpo anti-tau hu- mana compreende ou consiste em SEQ ID NO: 13. Em certas modali- dades, o anticorpo anti-tau humana compreende uma cadeia pesada e uma cadeia leve, em que a cadeia pesada compreende ou consiste em SEQ ID NO:14 e a cadeia leve compreende ou consiste em SEQ ID NO:15.
[0013] Em outro aspecto, esta divulgação apresenta uma compo- sição farmacêutica compreendendo um anticorpo anti-tau humana. À composição farmacêutica compreende um anticorpo anti-tau humana a uma concentração de 50 mg/ml ou 60 mg/ml; histidina a uma concen- tração de 20 mM, sacarose a uma concentração de 250 mM, polissor- bato-80 a uma concentração de 0,05% (p/v). Em alguns casos, a com- posição farmacêutica compreende ainda 50 uM de ácido dietilenotria- mina penta-acético (DTPA). O anticorpo anti-tau humana compreende uma VH e uma VL. A VH compreende uma VH-CDR1 compreendendo ou consistindo na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 16; uma VH-CDR2 compreendendo ou consistindo na sequência de aminoáci- dos de SEQ ID NO: 17; e uma VH-CDR3 compreendendo ou consis- tindo na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 18. A VL compre- ende uma VL-CDR1 compreendendo ou consistindo na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 19; uma VL-CDR2 compreendendo ou consistindo na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 20; e uma VL-CDR3 compreendendo ou consistindo na sequência de aminoáci- dos de SEQ ID NO: 21. A composição farmacêutica tem um pH de 6,0.
[0014] Em algumas modalidades, a VH do anticorpo anti-tau hu-
mana compreende ou consiste em SEQ ID NO: 12 e a VL do anticorpo anti-tau humana compreende ou consiste em SEQ ID NO: 13. Em cer- tas modalidades, o anticorpo anti-tau humana compreende uma cadeia pesada e uma cadeia leve, em que a cadeia pesada compreende ou consiste na SEQ ID NO:14 e a cadeia leve compreende ou consiste na SEQ ID NO:15. Em algumas modalidades, a composição farmacêutica é usada no tratamento de uma tauopatia em um sujeito humano que dela precise, por administração intravenosa ao sujeito humano de qualquer uma das composições farmacêuticas descritas acima.
Em algumas modalidades, o anticorpo anti-tau humana da composição farmacêutica é administrado a um sujeito humano a uma dose fixa de 150 mg uma vez a cada quatro semanas.
Em outras modalidades, o anticorpo anti-tau humana da composição farmacêutica é administrado a um sujeito humano a uma dose fixa de 210 mg uma vez a cada qua- tro semanas.
Em ainda outras modalidades, o anticorpo anti-tau hu- mana da composição farmacêutica é administrado a um sujeito huma- no a uma dose fixa de 700 mg uma vez a cada quatro semanas.
Em algumas modalidades, o anticorpo anti-tau humana da composição farmacêutica é administrado a um sujeito humano a uma dose fixa de 2000 mg uma vez a cada quatro semanas.
Em outras modalidades, o anticorpo anti-tau humana da composição farmacêutica é administrado a um sujeito humano a uma dose fixa de 2100 mg uma vez a cada quatro semanas.
Em algumas modalidades, o anticorpo anti-tau hu- mana da composição farmacêutica é administrado a um sujeito huma- no a uma dose fixa de 4200 mg uma vez a cada quatro semanas.
Em certos casos, a composição farmacêutica é administrada por pelo me- nos 12 semanas (por exemplo, 12 semanas, 16 semanas, 20 sema- nas, 24 semanas, 30 semanas, 32 semanas, 36 semanas, 40 sema- nas, 48 semanas, 52 semanas). Tauopatias exemplificativas incluem paralisia supranuclear progressiva, mal de Alzheimer, esclerose lateral amiotrófica/complexo de parkinsonismo-demência, demência de grãos argirofílicos, angiopatia amiloide do tipo britânico, angiopatia amiloide cerebral, degeneração corticobasal, doença de Creutzfeldt-Jakob, de- mência pugilística, emaranhados neurofibrilares difusos com calciífica- ção, síndrome de Down, demência frontotemporal (FTD), demência frontotemporal com parkinsonismo ligado ao cromossomo 17, degene- ração lobar frontotemporal, doença de Gerstmann-Straussler- Scheinker, doença de Hallervorden-Spatz, miosite do corpo de inclu- são, atrofia de múltiplos sistemas, distrofia miotônica, doença de Nie- mann-Pick tipo C, doença do neurônio motor não guamaniana com emaranhados neurofibrilares, doença de Pick, parkinsonismo pós- encefalítico, angiopatia amiloide cerebral causada por proteína priôni- ca, angiopatia amiloide cerebral progressiva, gliose progressiva sub- cortical, tauopatia glial globular, panencefalite esclerosante subaguda, demência NFT, demência vascular, acidente vascular cerebral, encefa- lopatia traumática crônica, lesão cerebral traumática, concussão, con- vulsões, epilepsia e encefalopatia aguda por chumbo. Em uma moda- lidade, a tauopatia é paralisia supranuclear progressiva. Em outra mo- dalidade, a tauopatia é mal de Alzheimer.
[0015] Salvo definição em contrário, todos os termos técnicos e científicos utilizados neste documento têm o mesmo significado como comumente entendido por uma pessoa versada na técnica à qual esta invenção pertence. Embora métodos e materiais semelhantes ou equi- valentes aos descritos aqui possam ser utilizados na prática ou na tes- tagem da presente invenção, os métodos e materiais exemplares são descritos abaixo. Todas as publicações, pedidos de patentes, patentes e outras referências mencionadas neste documento estão incorpora- das para referência em suas totalidades. Em caso de conflito, o pre- sente pedido, incluindo definições, irá prevalecer. Os materiais, méto- dos e exemplos são ilustrativos apenas, e não são destinados a ser um fator limitante.
[0016] Outras características e vantagens da invenção ficarão apa- rentes a partir da seguinte descrição detalhada, bem como das reivin- dicações. Breve Descrição dos Desenhos
[0017] A Fig. 1 fornece as sequências de diferentes formas de Tau extracelular (eTau), eTau1 (SEQ ID NO: 7); eTau2 (SEQ ID NO: 8), eTau3 (SEQ ID NO: 9) e eTau4 (SEQ ID NO: 10), em comparação com a sequência da isoforma Tau-441 humana (2N4R) (SEQ ID NO: 6).
[0018] A Fig. 2 é uma representação esquemática do desenho do estudo para o estudo de dose única ascendente descrito no Exemplo
1.
[0019] A Fig. 3 é um gráfico que representa o modelo de exposi- ção-resposta (Bayesian Emax) da concentração de LCR versus supres- são do eTau.
[0020] A Fig. 4 é uma representação esquemática do desenho do estudo para o estudo de dose única ascendente descrito no Exemplo
3.
[0021] A Fig. 5 é uma tabela que fornece as características demo- gráficas de linha de base dos pacientes no estudo de múltiplas doses ascendentes descrito no Exemplo 3.
[0022] A Fig. 6 é uma tabela que fornece um sumário dos eventos adversos para o estudo de múltiplas doses ascendentes descrito no Exemplo 3.
[0023] A Fig. 7 é uma tabela que fornece um sumário dos parâme- tros séricos de PK para BIIB0O92 (no dia 57 do estudo).
[0024] A Fig. 8 é uma representação gráfica da mudança média nas concentrações de eTau ao longo do tempo. Houve uma relação dependente da dose entre a dose de BIIBO92? e a extensão da supres-
são do eTau no LCR.
[0025] A FIG. 9 é uma tabela que fornece eTau livre de LCR como uma porcentagem da linha de base com a dose de BIIB092. Descrição Detalhada
[0026] Esta divulgação apresenta regimes posológicos e formula- ções de anticorpos anti-tau humana e fragmentos de ligação a tau dos mesmos e seu uso no tratamento de tauopatias (por exemplo, distúr- bios relacionados a agregados de tau tais como paralisia supranuclear progressiva, mal de Alzheimer, esclerose lateral amiotrófica/complexo de parkinsonismo-demência, demência de grãos argirofílicos, angiopa- tia amiloide do tipo britânico, angiopatia amiloide cerebral, degenera- ção corticobasal, doença de Creutzfeldt-Jakob, demência pugilística, emaranhados neurofibrilares difusos com calcificação, síndrome de Down, demência frontotemporal (FTD), demência frontotemporal com parkinsonismo ligado ao cromossomo 17, degeneração lobar fronto- temporal, doença de Gerstmann-Straussler-Scheinker, doença de Hal- lervorden-Spatz, miosite do corpo de inclusão, atrofia de múltiplos sis- temas, distrofia miotônica, doença de Niemann-Pick tipo C, doença do neurônio motor não guamaniana com emaranhados neurofibrilares, doença de Pick, parkinsonismo pós-encefalítico, angiopatia amiloide cerebral causada por proteína priônica, angiopatia amiloide cerebral progressiva, gliose progressiva subcortical, tauopatia glial globular, panencefalite esclerosante subaguda, demência NFT, demência vas- cular, acidente vascular cerebral, encefalopatia traumática crônica, le- são cerebral traumática, concussão, convulsões, epilepsia e encefalo- patia aguda por chumbo. Tau
[0027] A tau é uma proteína que desempenha um papel crítico na patogênese de vários distúrbios chamados coletivamente de tauopati- as. Existem várias isoformas diferentes da proteína associada ao mi-
crotúbulo, que são fornecidas abaixo: Isoforma Fetal-tau de 352aa
MAEPRQEFEVMEDHAGTYGLGDRKDQGGYTMHQDQEGDTDAGLK AEEAGIGDTPSLEDEAAGHVTOARMVSKSKDGTGSDDKKAKGADGK TKIATPRGAAPPGQKGQANATRIPAKTPPAPKTPPSSGEPPKSGDRS GYSSPGSPGTPGSRSRTPSLPTPPTREPKKVAVVRTPPKSPSSAKS RLQOTAPVPMPDLKNVKSKIGSTENLKHQPGGGKVQIVYKPVDLSKVT SKCGSLGNIHHKPGGGQVEVKSEKLDFKDRVQSKIGSLDNITHVPGG
GNKKIETHKLTFRENAKAKTDHGAEIVYKSPVYVSGDTSPRHLSNVSST GSIDMVDSPQLATLADEVSASLAKQGL (SEQ ID NO: 1) Isoforma Tau-B de 381aa
MAEPRQEFEVMEDHAGTYGLGDRKDQGGYTMHQDQEGDTDAGLK ESPLQOTPTEDGSEEPGSETSDAKSTPTAEAEEAGIGDTPSLEDEAAG HVTQOARMVSKSKDGTGSDDKKAKGADGKTKIATPRGAAPPGQKGQ ANATRIPAKTPPAPKTPPSSGEPPKSGDRSGYSSPGSPGTPGSRSR TPSLPTPPTREPKKVAVVRTPPKSPSSAKSRLQTAPVPMPDLKNVKS KIGSTENLKHQOPGGGKVQIVYKPVDLSKVTSKCGSLGNIHHKPGGGQ VEVKSEKLDFKDRVOQSKIGSLDNITHVPGGGNKKIETHKLTFRENAKA
KTDHGAEIVYKSPVVSGDTSPRHLSNVSSTGSIDMVDSPQLATLADE VSASLAKQGL (SEQ ID NO: 2) Isoforma Tau-C de 410aa
MAEPRQEFEVMEDHAGTYGLGDRKDQGGYTMHQDQEGDTDAGLK ESPLQTPTEDGSEEPGSETSDAKSTPTAEDVTAPLVDEGAPGKQAA AQPHTEIPEGTTAEEAGIGDTPSLEDEAAGHVTQARMVSKSKDGTGS DDKKAKGADGKTKIATPRGAAPPGQKGQANATRIPAKTPPAPKTPPS SGEPPKSGDRSGYSSPGSPGTPGSRSRTPSLPTPPTREPKKVAVVR TPPKSPSSAKSRLQTAPVPMPDLKNVKSKIGSTENLKHQPGGGKVOQ! VYKPVDLSKVTSKCGSLGNIHHKPGGGQVEVKSEKLDFKDRVQSKIGS
LDNITHVPGGGNKKIETHKLTFRENAKAKTDHGAEIVYKSPVYVSGDTSP RHLSNVSSTGSIDMVDSPQLATLADEVSASLAKQGL (SEQ ID NO: 3)
Isoforma Tau-D de 383aa
MAEPRQEFEVMEDHAGTYGLGDRKDQGGYTMHQDQEGDTDAGLK AEEAGIGDTPSLEDEAAGHVTAQARMVSKSKDGTGSDDKKAKGADGK TKIATPRGAAPPGQKGQANATRIPAKTPPAPKTPPSSGEPPKSGDRS GYSSPGSPGTPGSRSRTPSLPTPPTREPKKVAVVRTPPKSPSSAKS RLQOTAPVPMPDLKNVKSKIGSTENLKHQPGGGKVQIINKKLDLSNVQ SKCGSKDNIKHVPGGGSVQIVYKPVDLSKVTSKCGSLGNIHHKPGGG QVEVKSEKLDFKDRVQSKIGSLDNITHVPGGGNKKIETHKLTFRENAK
AKTDHGAEIVYKSPVYVSGDTSPRHLSNVSSTGSIDMVDSPQLATLAD EVSASLAKQGL (SEQ ID NO: 4) Isoforma Tau-E de 412aa
MAEPRQEFEVMEDHAGTYGLGDRKDQGGYTMHQDQEGDTDAGLK ESPLQOTPTEDGSEEPGSETSDAKSTPTAEAEEAGIGDTPSLEDEAAG HVTOARMVSKSKDGTGSDDKKAKGADGKTKIATPRGAAPPGQKGQ ANATRIPAKTPPAPKTPPSSGEPPKSGDRSGYSSPGSPGTPGSRSR TPSLPTPPTREPKKVAVVRTPPKSPSSAKSRLQTAPVPMPDLKNVKS KIGSTENLKHQPGGGKVQIINKKLDLSNVASKCGSKDNIKHVPGGGS VQIVYKPVDLSKVTSKCGSLGNIHHKPGGGQVEVKSEKLDFKDRVQS
KIGSLDNITHVPGGGNKKIETHKLTFRENAKAKTDHGAEIVYKSPVVS GDTSPRHLSNVSSTGSIDMVDSPQLATLADEVSASLAKQGL (SEQ ID NO: 5) Isoforma Tau-F (2N4R) de 441aa
MAEPRQEFEVMEDHAGTYGLGDRKDQGGYTMHQDQEGDTDAGLK ESPLQTPTEDGSEEPGSETSDAKSTPTAEDVTAPLVDEGAPGKQAA AQPHTEIPEGTTAEEAGIGDTPSLEDEAAGHVTQARMVSKSKDGTGS DDKKAKGADGKTKIATPRGAAPPGQKGQANATRIPAKTPPAPKTPPS SGEPPKSGDRSGYSSPGSPGTPGSRSRTPSLPTPPTREPKKVAVVR TPPKSPSSAKSRLOTAPVPMPDLKNVKSKIGSTENLKHQPGGGKVQ!II NKKLDLSNVOSKCGSKDNIKHVPGGGSVQIVYKPVDLSKVTSKCGSL GNIHHKPGGGQVEVKSEKLDFKDRVOQSKIGSLDNITHVPGGGNKKIE
THKLTFRENAKAKTDHGAEIVYKSPVYVSGDTSPRHLSNVSSTGSIDM VDSPQLATLADEVSASLAKQGL (SEQ ID NO: 6)
[0028] Os níveis intracelulares de tau são mais elevados nos cére- bros dos pacientes com mal de Alzheimer quando comparados aos controles não dementes (Barton, Am J. Pathol., 137: 497-502 (1990); Khatoon, J. Neurochem., 59: 750-753 (1992)). Acredita-se que este aumento nos níveis de tau intracelular seja tóxico para os neurônios, uma vez que uma redução na quantidade de tau intracelular demons- trou ser protetora em modelos de neurodegeneração em camundon- gos (Rapoport et al., Proc. Natl. Acad. Sci. EUA., 99: 6364-6369 (2002); Robertson et al., Science, 316: 750-754 (2007)), e assim redu- zir a quantidade de tau intracelular pode ser terapeuticamente benéfi- Co.
[0029] Foram identificadas espécies de tau truncadas no terminal N secretadas, designadas Tau extracelular (eTau). "eTau", conforme usado neste documento, abrange qualquer polipeptídeo Tau que pos- sa ser detectado no líquido cefalorraquidiano (LCR) ou no fluido inters- ticial (ISF). Em algumas modalidades, eTau é um polipeptídeo com uma sequência estabelecida em uma das SEQ ID NOS. :7-10 da Figu- ra 1. A espécie eTau varia de 171 aminoácidos para eTau1 a 67 ami- noácidos para eTau4. Embora a tau não possua uma sequência de sinal, a tau foi encontrada liberada no meio de cultura a partir de célu- las de neuroblastoma, células não neuronais que expressam tau, neu- rônios humanos derivados de células-tronco pluripotentes induzidas e neurônios primários de camundongo. Assim, a tau pode ser secretada de maneira não convencional ou associada a exossomos ou outras vesículas da membrana. O eTau também foi detectado no ISF cerebral de camundongos do tipo selvagem e P301S que expressam tau em estudos de microdiálise. Também foi observado no ISF cerebral de pacientes após lesão cerebral traumática. Foi demonstrado que o eTau regula a produção de AB e aumenta a hiperatividade neuronal (Bright et al., Neurobiology and Aging, 36: 693-709 (2015)). O trata- mento com um anticorpo neutralizador de eTau reduz a hiperatividade neuronal mediada por eTau. Ver, por exemplo, WO 2014/02877. Foi proposto que o aumento da hiperatividade neuronal impulsionada pelo eTau leva não apenas ao aumento da secreção de AB, mas também a um aumento adicional na secreção de eTau e, portanto, eTau e AB criam um mecanismo de avanço da doença que perpetua a doença. Assim, a neutralização do eTau pode inibir a disseminação da tau e da patologia tau no cérebro, reduzir os níveis de AB do sistema nervoso central e a hiperatividade neuronal resultante e potencialmente retar- dar a progressão clínica até a demência. Anticorpos Anti-Tau Humana
[0030] Uma maneira de neutralizar a tau é usando anticorpos que se ligam à tau. Em certas modalidades, esses anticorpos se ligam a um epítopo dentro dos aminoácidos 1-25, 1-18, 9-18, 13-24, 15-44 ou 15-24 da SEQ ID NO: 6. Em uma modalidade específica, um anticorpo anti-tau se liga a um epítopo dentro de AGTYGLGDRK (SEQ ID NO: 11).
[0031] Um exemplo de anticorpo anti-tau humana é designado "BIIBO92". BIIBO92 é um anticorpo I9gG4/kappa humanizado que reco- nhece a tau humana. O domínio variável de cadeia pesada do anticor- po BIIBO092 tem a seguinte sequência de aminoácidos:
EVHLVESGGA LVKPGGSLRL SCAASGFSFS KYGMSWVRQA
PGKGLEWVAT ISSSGSRTYY PDSVKGRFTI —SRDNAKNTLY LOMNSLRAED TAMYYCSISW DGAMDYWGOQG TTVTVSS (SEQ ID NO:12)
[0032] O domínio variável de cadeia leve do anticorpo BIIB092 tem a seguinte sequência de aminoácidos: DVVMTOSPLS —LPVTLGQOPAS ISCKSSQOSIV HSNGNTYLEW
YLQOKPGQOSPQ LLVYKVSNRF SGVPDRFSGS ——GSGTDFTLKI SRVEAEDVGT YYCFQOGSLVP
WAFGGGTKVE IK (SEQ ID NO: 13)
[0033] O domínio variável de cadeia pesada do anticorpo BIIB092 tem a seguinte sequência de aminoácidos:
EVHLVESGGA LVKPGGSLRL SCAASGFSFS KYGMSWVRQA PGKGLEWVAT ISSSGSRTYY PDSVKGRFTI —SRDNAKNTLY LQMNSLRAED TAMYYCSISW DGAMDYWGQG TTVTVSSAST KGPSVFPLAP —CSRSTSESTA ALGCLVKDYF PEPVTVSWNS GALTSGVHTF PAVLOSSGLY SLSSVVTIVPS —SSLGTKTYTC NVDHKPSNTK VDKRVESKYG PPCPPCPAPE FLGGPSVFLF PPKPKDTLMI — SRTPEVTCVWV VDVSQEDPEV QFNWYVDGVE VHNAKTKPRE EQFNSTYRVV SVLTVLHQODW — LNGKEYKCKV —SNKGLPSSIE KTISKAKGQP REPQVYTLPP SQEEMTKNQV SLTCLVKGFY PSDIAVEWES NGQPENNYKT TPPVLDSDGS
FFLYSRLTVD KSRWQEGNVF SCSVMHEALH NHYTQKSLSL SLGK (SEQ ID NO: 14)
[0034] O domínio variável de cadeia leve do anticorpo BIIB092 tem a seguinte sequência de aminoácidos: DVVMTOSPLS — LPVTLGQOPAS ISCKSSQOSIV HSNGNTYLEW
YLQOKPGQOSPQ LLVYKVSNRFE SGVPDRFSGS —.GSGTDFTLKI SRVEAEDVGT YYCFOQGSLVP WAFGGGTKVE IKRTVAAPSV FIFPPSDEQL —KSGTASVWVCL LNNFYPREAK VOWKVDNALQ SGNSQESVTE QDSKDSTYSL SSTLTLSKAD YEKHKVYACE VTHQGLSSPV TKSFNRGEC (SEQ ID
NO: 15)
[0035] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-tau humana ou seu fragmento de ligação a tau compreende as três CDRs de domínio variável da cadeia leve de BIIBO92. Em algumas modalidades, o anti- corpo anti-tau humana ou seu fragmento de ligação a tau compreende as três CDRs de domínio variável de cadeia pesada de BIIBO92. Em ainda outras modalidades, o anticorpo anti-tau humana ou seu frag- mento de ligação a tau compreende as três CDRs de domínio variável da cadeia pesada e as três CDRs do domínio variável da cadeia leve de BIIBO92. As CDRs podem ser baseadas em qualquer definição de CDR na técnica, por exemplo, nas definições de Kabat, Chothia, Chothia da Abysis, Chothia/ADM aprimorada ou com base na definição de contato. As sequências CDR de BIIBO92 são fornecidas na Tabela 1 abaixo.
Tabela 1: Sequências das CDRs de BIIB092 [Bonito — segs de Amados
[0036] Em algumas modalidades, o anticorpo tau anti-humana ou fragmento de ligação a tau compreende uma VH CDR1 compreenden- do ou consistindo na sequência de aminoácidos estabelecida em SEQ ID NO: 16, uma VH CDR2 compreendendo ou consistindo na sequên- cia de aminoácidos estabelecida em SEQ ID NO: 17; e uma VH CDR3 compreendendo ou consistindo na sequência de aminoácidos apre- sentada em SEQ ID NO: 18; uma VL CDR1 compreendendo ou con- sistindo na sequência de aminoácidos apresentada em SEQ ID NO:
19, uma VL CDR2 compreendendo ou consistindo na sequência de aminoácidos apresentada em SEQ ID NO: 20; e uma VL CDR3 com- preendendo ou consistindo na sequência de aminoácidos apresentada em SEQ ID NO: 21.
[0037] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-tau humana ou seu fragmento de ligação a tau compreende uma VH compreendendo ou consistindo na sequência de aminoácidos estabelecida em SEQ ID NO: 12. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-tau humana ou seu fragmento de ligação a tau compreende uma VL compreendendo ou consistindo na sequência de aminoácidos estabelecida em SEQ ID NO: 13. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-tau humana ou seu fragmento de ligação a tau compreende uma VH compreendendo ou consistindo na sequência de aminoácidos estabelecida em SEQ ID NO: 12 e uma VL compreendendo ou consistindo na sequência de aminoácidos estabelecida em SEQ ID NO: 13.
[0038] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-tau humana ou seu fragmento de ligação a tau compreende uma cadeia pesada que compreende ou consiste na sequência de aminoácidos estabelecida em SEQ ID NO: 14. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-tau humana ou seu fragmento de ligação a tau compreende uma VL com- preendendo ou consistindo na sequência de aminoácidos estabelecida em SEQ ID NO: 15. Em algumas modalidades, o anticorpo tau anti- humana ou seu fragmento de ligação a tau compreende uma cadeia pesada compreendendo ou consistindo na sequência de aminoácidos estabelecida em SEQ ID NO: 14 e uma cadeia leve compreendendo ou consistindo na sequência de aminoácidos estabelecida em SEQ ID NO: 15.
[0039] Em certas modalidades, o anticorpo anti-tau humana é um anticorpo IgG. Em modalidades específicas, o anticorpo anti-tau hu- mana tem a região constante da cadeia pesada escolhida entre, por exemplo, IgG1, IgG2, I9GG3, I9gG4, IgM, IgA1, IgA2, IgD e IgE. Em uma modalidade, o anticorpo anti-tau humana é do isotipo IgG4. Em outra modalidade, o anticorpo anti-tau humana é do isotipo I9gG1. Em ainda outra modalidade, o anticorpo anti-tau humana é do isotipo I9G2. Em uma modalidade, o anticorpo anti-tau humana é do isotipo I9G3. Em outras modalidades, o anticorpo anti-tau humana tem uma região constante da cadeia leve escolhida entre, por exemplo, uma região constante da cadeia leve kappa humana ou uma região constante da cadeia leve lambda humana. Em uma certa modalidade, o anticorpo tau anti-humana é um anticorpo de cadeia leve kappa humana/IgG4.
[0040] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-tau humana é um anticorpo de completo (inteiro) ou substancialmente completo. À proteína pode incluir pelo menos uma, e preferencialmente duas, ca- deias pesadas completas e pelo menos uma, e preferencialmente du- as, cadeias leves completas. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-tau humana é um fragmento de ligação a tau. Em alguns casos, o fragmento de anticorpo de ligação a tau é um Fab, um Fab', um F(ab')2, um Facb, um Fv, um Fv de cadeia única (scFv), um sc(Fv)2 ou um diabody.
[0041] A cadeia pesada e a cadeia leve dos anticorpos anti-tau humanos divulgados neste documento também podem incluir sequên- cias de sinalização. As sequências de sinalização podem ser selecio- nadas dentre aquelas conhecidas na técnica, por exemplo, MDMRV- PAQLLGLLLLWFPGSRC (SEQ ID NO: 22) ou MDMRVPAQLL- GLLLLWLPGARC (SEQ ID NO: 23).
[0042] Anticorpos, como BIIB092, ou seus fragmentos de ligação a tau podem ser produzidos, por exemplo, preparando e expressando genes sintéticos que codificam as sequências de aminoácidos recita- das ou mutando genes da linha genética humana para fornecer um gene que codifica as sequências de aminoácidos recitadas. Além dis-
so, este anticorpo e outros anticorpos anti-tau humanos podem ser produzidos, por exemplo, usando um ou mais dos seguintes métodos. Métodos de Produção de Anticorpos Anti-tau Humana
[0043] Anticorpos anti-tau humana ou fragmentos de ligação a tau podem ser produzidos em células bacterianas ou eucarióticas. Alguns anticorpos, por exemplo, Fab's, podem ser produzidos em células bac- terianas, por exemplo, células E. coli. Os anticorpos também podem ser produzidos em células eucarióticas, como linhagens celulares transformadas (por exemplo, CHO, 293E, COS). Além disso, os anti- corpos (por exemplo, scFv's) podem ser expressos em uma célula de levedura como Pichia (ver, por exemplo, Powers et al., J. Inmunol Me- thods. 251: 123-35 (2001)), Hanseula ou Saccharomyces. Para produ- zir o anticorpo de interesse, um polinucleotídeo ou polinucleotídeos que codificam o anticorpo é/são construídos, introduzidos em um vetor ou vetores de expressão e depois expressos em células hospedeiras adequadas. Para melhorar a expressão, as sequências nucleotídicas dos genes das cadeias leve e pesada podem ser recodificadas sem alterações (ou alteradas minimamente - por exemplo, remoção de um resíduo C-terminal da cadeia pesada ou leve) da sequência de amino- ácidos. As áreas para possível recodificação incluem aquelas associa- das ao início da tradução, ao uso de códons e ao possível splicing não planejado do mMRNA. Os polinucleotídeos que codificam um anticorpo anti-tau humana compreendendo VH e/ou VL, HC e/ou LC dos anti- corpos tau descritos neste documento seriam facilmente visualizados pelo versado na técnica.
[0044] Técnicas de biologia molecular padrão são usadas para preparar o(s) vetor(es) de expressão recombinante, transfectar as cé- lulas hospedeiras, selecionar transformantes, cultivar as células hos- pedeiras e recuperar o anticorpo anti-tau humana.
[0045] Se os anticorpos anti-tau humana ou fragmentos de ligação a tau forem expressos em células bacterianas (por exemplo, E. coli), o vetor de expressão deve ter características que permitam a amplifica- ção do vetor nas células bacterianas. Além disso, quando E. coli como JM109, DH5a, HB101 ou XL1-Blue é usada como hospedeira, o vetor deve ter um promotor, por exemplo, um promotor lacZ (Ward et al., 341:544-546 (1989), promotor araB (Better et al., Science, 240:1041- 1043 (1988)) ou promotor T7 que pode permitir expressão eficiente em E. coli. Exemplos de tais vetores incluem, por exemplo, vetores da sé- rie M13, vetores da série pUC, pBR322, pBluescript, pCR-Script, pGEX-5X-1 (Pharmacia), "sistema QlAexpress" (QIAGEN), pEGFP e pET (quando este vetor de expressão é usado, o hospedeiro é de pre- ferência BL21 expressando RNA polimerase T7). O vetor de expres- são pode conter uma sequência de sinal para secreção de anticorpos. Para produção no periplasma de E. coli, a sequência de sinal pe/B (Lei et al., J. Bacteriol., 169:4379 (1987)) pode ser utilizada como a sequência de sinal para secreção de anticorpos. Para expressão bac- teriana, podem ser utilizados métodos de cloreto de cálcio ou métodos de eletroporação para introduzir o vetor de expressão na célula bacte- riana.
[0046] Se o anticorpo deve ser expresso em células animais, como células CHO, COS e NIH3T3, o vetor de expressão inclui um promotor necessário para a expressão nessas células, por exemplo, um promo- tor SV40 (Mulligan et al., Nature, 277:108 (1979)) (por exemplo, pro- motor precoce do vírus símio 40), promotor MMLV-LTR, promotor EF1a (Mizushima et al/., Nucleic Acids Res., 18:5322 (1990)) ou pro- motor CMV (por exemplo, promotor do citomegalovírus humano imedi- ato precoce). Além da sequência de ácido nucleico que codifica a imu- noglobulina ou domínio desta, os vetores de expressão recombinantes podem carrear sequências adicionais, tais como as sequências que regulam a replicação do vetor nas células hospedeiras (por exemplo,
as origens da replicação) e em genes marcadores selecionáveis. O gene marcador selecionável facilita a seleção das células hospedeiras nas quais o vetor foi introduzido (ver, por exemplo, Patente US. Nº
4.399.216, 4.634.665 e 5.179.017). Por exemplo, normalmente o gene marcador selecionável confere resistência a drogas, tais como G418, higromicina ou metotrexato, em uma célula hospedeira, na qual o vetor foi introduzido. Exemplos de vetores com marcadores selecionáveis incluem pMAM, pDR2, pBK-RSV, pBK-CMV, poPRSV e poP13.
[0047] Em uma modalidade, os anticorpos anti-tau humana são produzidos em células de mamíferos. Células hospedeiras de mamífe- ros exemplificativas para expressar um anticorpo incluem o Ovário de Hamster Chinês (células CHO) (incluindo células dhfr CHO, descritas em Urlaub e Chasin (1980) Proc. Natl. Acad. Sci. USA 77:4216-4220, usado com um marcador selecionável DHFR, por exemplo, conforme descrito em Kaufman e Sharp (1982) Mol. Biol. 159:601-621), células 293 de rim embrionário humano (por exemplo, 293, 293E, 293T), célu- las COS, células NIH3T3, linhas de células linfocíticas, por exemplo, células de mieloma NSO e células SP2 e uma célula de um animal transgênico, por exemplo, um mamífero transgênico. Por exemplo, a célula é uma célula epitelial mamária. Em uma modalidade específica, a célula de mamífero é uma célula CHO-DG44I.
[0048] Em um sistema exemplificativo para expressão de anticor- pos, um vetor de expressão recombinante que codifica a cadeia pesa- da de anticorpo anti-tau humana e a cadeia leve de anticorpo tau anti- humana de um anticorpo anti-tau humana (por exemplo, BIIB092) é introduzido nas células dhfr CHO por transfecção mediada por fosfato de cálcio. Dentro do vetor de expressão recombinante, os genes de cadeia pesada e a cadeia leve do anticorpo estão, cada um, operati- vamente ligados a elementos reguladores potencializado- res/promotores (por exemplo, derivados de SV40, CMV, adenovírus e similares, tais como um potencializador de CMV/elemento regulador promotor de AdMLP ou um potencializador de SV40/elemento regula- dor promotor de AdMLP) para conduzir altos níveis de transcrição dos genes. O vetor de expressão recombinante também carreia um gene DHFR, que permite a seleção de células CHO que foram transfectadas com o vetor, usando a seleção/amplificação do metotrexato. As células hospedeiras transformantes selecionadas são cultivadas para permitir a expressão das cadeias pesada e leve do anticorpo e o anticorpo é recuperado do meio de cultura.
[0049] Os anticorpos também podem ser produzidos por um ani- mal transgênico. Por exemplo, Patente US. Nº 5.849.992 descreve um método de expressão de um anticorpo na glândula mamária de um mamífero transgênico. Um transgene é construído, incluindo um pro- motor específico do leite e ácidos nucleicos que codificam o anticorpo de interesse e uma sequência sinal para a secreção. O leite produzido pelas fêmeas desses mamíferos transgênicos inclui, secretado nele, o anticorpo de interesse. O anticorpo pode ser purificado a partir do leite, ou para algumas aplicações, usado diretamente. Os animais também são fornecidos compreendendo um ou mais dos ácidos nucleicos des- critos neste documento.
[0050] Os anticorpos da presente divulgação podem ser isolados do interior ou do exterior (como meio) da célula hospedeira e purifica- dos como anticorpos substancialmente puros e homogêneos. Métodos para isolamento e purificação comumente usados para purificação de anticorpos podem ser utilizados para o isolamento e purificação de an- ticorpos e não estão limitados a nenhum método específico. Os anti- corpos podem ser isolados e purificados selecionando e combinando adequadamente, por exemplo, cromatografia em coluna, filtração, ul- trafiltração, salga, precipitação com solvente, extração por solvente, destilação, imunoprecipitação, eletroforese em gel de SDS-poliacrila-
mida, foco isoelétrico, diálise e recristalização. A cromatografia inclui, por exemplo, cromatografia de afinidade, cromatografia de troca iôni- ca, cromatografia hidrofóbica, filtração em gel, cromatografia de fase reversa e cromatografia de adsorção (Strategies for Protein Purification and Characterization: A Laboratory Course Manual. Ed Daniel R. Mar- shak et al., Cold Spring Harbor Laboratory Press, 1996). A cromatogra- fia pode ser realizada utilizando cromatografia em fase líquida, como HPLC e FPLC. As colunas usadas para cromatografia de afinidade in- cluem coluna de proteína A e coluna de proteína G. Exemplos de colu- nas usando a coluna da proteína A incluem Hyper D, POROS e Sepha- rose FF (GE Healthcare Biosciences). A presente divulgação também inclui anticorpos que são altamente purificados usando esses métodos de purificação. Formulações de anticorpos anti-Tau humana
[0051] Qualquer um dos anticorpos anti-tau humana descritos nes- te documento pode ser formulado como uma composição farmacêuti- ca. A composição farmacêutica pode compreender 10 mg/mL, 60 mg/mL ou 50 mg/mL de um anticorpo anti-tau humana descrito neste documento. Em uma modalidade específica, a composição farmacêu- tica compreende 50 mg/mL de um anticorpo anti-tau humana descrito neste documento. Além disso, a composição farmacêutica inclui histi- dina a uma concentração de 20 mM, sacarose a uma concentração de 250 mM e polissorbato-80 a uma concentração de 0,05% (p/v). Em certos casos, a composição farmacêutica inclui ainda 50 uM de ácido dietilenotriamina penta-acético (DTPA). A composição farmacêutica tem um pH de 6,0.
[0052] Em alguns casos, o anticorpo tau anti-humana da composi- ção farmacêutica compreende uma região variável de cadeia pesada (VH) de imunoglobulina compreendendo regiões determinantes de complementaridade de VH (VH-CDRs) e uma região variável de ca-
deia leve (VL) de imunoglobulina compreendendo VL-CDRs. A VH- CDR1 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 16; VH-CDR2 compreende ou consiste na sequência de ami- noácidos de SEQ ID NO: 17; e VH-CDR3 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 18. A VL-CDR1 compreen- de ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 19; VL- CDR2 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 20; e VL-CDR3 compreende ou consiste na sequência de ami- noácidos de SEQ ID NO: 21.
[0053] Em certos casos, o anticorpo anti-tau humana da composi- ção farmacêutica compreende uma VH compreendendo ou consistindo em SEQ ID NO: 12. Em certos casos, o anticorpo anti-tau humana da composição farmacêutica compreende uma VL compreendendo ou consistindo em SEQ ID NO: 13. Em certos casos, o anticorpo anti-tau humana da composição farmacêutica compreende uma VH compre- endendo ou consistindo em SEQ ID NO: 12 e uma VL compreendendo ou consistindo em SEQ ID NO: 13.
[0054] Em certos casos, o anticorpo anti-tau humana da composi- ção farmacêutica compreende uma cadeia pesada compreendendo ou consistindo em SEQ ID NO: 14. Em certos casos, o anticorpo anti-tau humana da composição farmacêutica compreende uma cadeia leve compreendendo ou consistindo em SEQ ID NO: 15. Em certos casos, o anticorpo anti-tau humana da composição farmacêutica compreende uma cadeia pesada compreendendo ou consistindo em SEQ ID NO: 14 e uma cadeia leve compreendendo ou consistindo em SEQ ID NO:
15. Indicações
[0055] Espera-se que os anticorpos anti-tau humana descritos neste documento sejam úteis no tratamento de tauopatias. As tauopa- tias são uma classe de doenças neurodegenerativas associadas à agregação patológica da proteína tau nos emaranhados neurofibrilares ou gliofibrilares no cérebro humano.
[0056] Tauopatias exemplificativas incluem paralisia supranuclear progressiva, mal de Alzheimer, esclerose lateral amiotrófica/complexo de parkinsonismo-demência, demência de grãos argirofílicos, angiopa- tia amiloide do tipo britânico, angiopatia amiloide cerebral, degenera- ção corticobasal, doença de Creutzfeldt-Jakob, demência pugilística, emaranhados neurofibrilares difusos com calcificação, síndrome de Down, demência frontotemporal (FTD), demência frontotemporal com parkinsonismo ligado ao cromossomo 17, degeneração lobar fronto- temporal, doença de Gerstmann-Straussler-Scheinker, doença de Hal- lervorden-Spatz, miosite do corpo de inclusão, atrofia de múltiplos sis- temas, distrofia miotônica, doença de Niemann-Pick tipo C, doença do neurônios motor não guamaniana com emaranhados neurofibrilares, doença de Pick, parkinsonismo pós-encefalítico, angiopatia amiloide cerebral causada por proteína priônica, angiopatia amiloide cerebral progressiva, gliose progressiva subcortical, tauopatia glial globular, panencefalite esclerosante subaguda, demência só com emaranha- dos, demência com múltiplos enfartes, acidente vascular cerebral, en- cefalopatia traumática crônica, lesão cerebral traumática, concussão, convulsões, epilepsia e encefalopatia aguda por chumbo.
[0057] Em uma modalidade, os anticorpos anti-tau humana descri- tos neste documento são usados para tratar a paralisia supranuclear progressiva.
[0058] Em outra modalidade, os anticorpos anti-tau humana des- critos neste documento são usados para tratar o mal de Alzheimer. Métodos de Tratamento
[0059] A divulgação apresenta métodos de tratamento de sujeitos humanos com uma tauopatia (ver acima) com um anticorpo anti-tau humana divulgado neste documento ou uma composição farmacêutica divulgada neste documento. Em uma modalidade, a tauopatia é parali- sia supranuclear progressiva. Em outra modalidade, a tauopatia é mal de Alzheimer.
[0060] Em certas modalidades, o método compreende administrar ao sujeito humano em necessidade deste um anticorpo anti-tau huma- na em uma quantidade eficaz para reduzir significativamente o nível de tau (por exemplo, Tau total e/ou Tau livre) em um fluido extracelular (por exemplo, líquido cefalorraquidiano (LCR), líquido intersticial (ISF), sangue ou uma fração sanguínea (por exemplo, soro ou plasma)) no indivíduo. "Tau livre" refere-se a um polipeptídeo de tau que não está ligado a um anticorpo anti-tau humana. Em uma modalidade, a Tau livre é Tau extracelular (eTau)."Tau total" inclui Tau e Tau livres que estão ligadas a um anticorpo anti-tau humana. Em uma modalidade específica, o método compreende administrar ao sujeito humano em necessidade deste um anticorpo anti-tau humana em uma quantidade eficaz para reduzir significativamente o nível de eTau livre. Em algu- mas modalidades, o nível de tau (por exemplo, Tau total e/ou Tau li- vre) é significativamente reduzido dentro de 36 horas após a adminis- tração do anticorpo anti-tau humana. Em algumas modalidades, o ní- vel de tau (por exemplo, Tau total e/ou Tau livre) é significativamente reduzido dentro de 24 horas após a administração do anticorpo anti- tau humana. Em algumas modalidades, o nível de eTau livre é reduzi- do significativamente dentro de 24 horas após a administração do anti- corpo anti-tau humana. Em alguns casos, uma quantidade eficaz de um anticorpo anti-tau humana é uma quantidade eficaz para reduzir significativamente o nível de tau (por exemplo, Tau total e/ou Tau livre) em um fluido extracelular dentro de 48 horas, 36 horas, dentro de 24 horas, dentro de 12 horas, dentro de 8 horas, dentro de 4 horas, den- tro de 2 horas, dentro de 1 hora, dentro de 30 minutos, dentro de 15 minutos ou dentro de 5 minutos, após a administração do anticorpo anti-tau humana. Por exemplo, em alguns casos, uma quantidade efi- caz de um anticorpo anti-tau humana é uma quantidade eficaz para reduzir significativamente o nível de Tau (por exemplo, Tau total e/ou Tau livre) em um fluido extracelular dentro de 5 minutos a cerca de 10 minutos, de cerca de 10 minutos a cerca de 15 minutos, de cerca de minutos a cerca de 30 minutos, de cerca de 30 minutos a cerca de 1 hora, de cerca de 1 hora a cerca de 2 horas, de cerca de 2 horas a cerca de 4 horas, de cerca de 4 horas a cerca de 8 horas, de cerca de 8 horas a cerca de 12 horas, de cerca de 12 horas a cerca de 24 ho- ras, de cerca de 24 horas a cerca de 36 horas, de cerca de 24 a cerca de 48 horas ou de cerca de 36 horas a cerca de 48 horas.
[0061] Uma redução significativa no nível de tau (por exemplo, Tau total e/ou Tau livre) em um fluido extracelular (por exemplo, LCR, ISF, sangue ou uma fração sanguínea (por exemplo, soro ou plasma)) de um indivíduo é uma redução de pelo menos 30%, uma redução de pe- lo menos 35%, uma redução de pelo menos 40%, uma redução de pe- lo menos 45%, uma redução de pelo menos 50%, uma redução de pe- lo menos 55%, uma redução de pelo menos 60%, uma redução de pe- lo menos 65%, uma redução de pelo menos 70%, uma redução de pe- lo menos 75%, uma redução de pelo menos 80%, uma redução de pe- lo menos 85%, uma redução de pelo menos 90%, uma redução de pe- lo menos 95% ou uma redução maior que 90%. Em alguns casos, a redução significativa é uma redução estatisticamente significativa. Em alguns casos, a redução significativa é uma redução clinicamente sig- nificativa. Em algumas modalidades, o nível de tau (por exemplo, Tau total e/ou Tau livre) em um fluido extracelular é reduzido para um nível de controle normal (por exemplo, cerca de 100 pg/ml). Em algumas modalidades, o nível de Tau (por exemplo, Tau total e/ou Tau livre) em um fluido extracelular é reduzido para um nível indetectável. Em al- guns casos, o fluido extracelular é LCR. Em outros casos, o fluido ex-
tracelular é ISF. Em outros casos, o líquido extracelular é plasma. Noutros casos, o líquido extracelular é sangue total. Em outros casos, o fluido extracelular é soro.
[0062] Em certos casos, um anticorpo anti-tau humana descrito neste documento é administrado ao sujeito humano em uma dose fixa de 2000 mg. Em certos casos, um anticorpo anti-tau humana é admi- nistrado ao sujeito humano em uma dose fixa de 2100 mg. Noutros casos, um anticorpo anti-tau humana é administrado ao sujeito huma- no a uma dose fixa de 150 mg. Em outros casos, um anticorpo anti-tau humana é administrado ao sujeito humano em uma dose fixa de 4200 mg. Em certas modalidades, as doses fixas acima mencionadas de um anticorpo anti-tau humana descrito neste documento são administra- das ao sujeito humano uma vez a cada quatro semanas.
[0063] Em certos casos, um anticorpo anti-tau humana descrito neste documento é administrado ao sujeito humano como parte de uma composição farmacêutica. Em uma modalidade, a composição farmacêutica compreende 50 mg/mL do anticorpo anti-tau humana, 20 mM de histidina, 250 mM de sacarose e 50 UM de DTPA. A composi- ção farmacêutica tem um pH de 6,0. Em certas modalidades, a com- posição farmacêutica é administrada ao sujeito humano em uma quan- tidade suficiente para distribuir uma dose fixa de 2000 mg do anticorpo anti-tau humana. Em certas modalidades, a composição farmacêutica é administrada ao sujeito humano em uma quantidade suficiente para fornecer uma dose fixa de 2100 mg do anticorpo anti-tau humana. Em certas modalidades, a composição farmacêutica é administrada ao su- jeito humano em uma quantidade suficiente para distribuir uma dose fixa de 700 mg do anticorpo anti-tau humana. Em certas modalidades, a composição farmacêutica é administrada ao sujeito humano em uma quantidade suficiente para distribuir uma dose fixa de 150 mg do anti- corpo anti-tau humana. Em certas modalidades, a composição farma-
cêutica é administrada ao sujeito humano em uma quantidade suficien- te para distribuir uma dose fixa de 210 mg do anticorpo anti-tau huma- na. Em certas modalidades, a composição farmacêutica é administra- da ao sujeito humano em uma quantidade suficiente para distribuir uma dose fixa de 4200 mg do anticorpo anti-tau humana.
[0064] Em certas modalidades destes métodos, o anticorpo anti- tau humana é administrado ao sujeito humano em necessidade deste por uma via intravenosa.
[0065] Em certas modalidades, o anticorpo anti-tau humana com- preende uma região variável de cadeia pesada de imunoglobulina (VH) e uma região variável de cadeia leve de imunoglobulina (VL), em que a VH compreende regiões determinantes de complementaridade de VH (VH-CDRs), em que VH-CDR1 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 16; VH-CDR2 compreende ou consis- te na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 17; e VH-CDR3 com- preende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 18; e a VL compreende VL-CDRs, em que VL-CDR1 compreende ou con- siste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 19; VL-CDR2 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 20; e VL-CDR3 compreende ou consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 21.
[0066] Em certas modalidades, a VH do anticorpo anti-tau humana compreende ou consiste em SEQ ID NO: 12 e a VL compreende ou consiste em SEQ ID NO: 13.
[0067] Em certas modalidades, o anticorpo anti-tau humana com- preende uma cadeia pesada e uma cadeia leve, em que a cadeia pe- sada compreende ou consiste na SEQ ID NO:14 e a cadeia leve com- preende ou consiste na SEQ ID NO:15.
[0068] O exemplo a seguir não deve ser interpretado como limi- tando o escopo da invenção de forma alguma.
Exemplos Exemplo 1:Estudo de dose única ascendente de um anticorpo anti-Tau humana, BIIB092
[0069] BIIBO92 é um anticorpo humanizado que reconhece a Tau extracelular humana (eTau). O objetivo deste estudo foi avaliar a segu- rança, tolerabilidade e farmacocinética (PK) de BIIBO92, bem como os efeitos farmacodinâmicos (PD) de BIIB0O92 na tau extracelular (eTau) após uma única infusão intravenosa (IV) de BIIBO92 em sujeitos hu- manos saudáveis. Especificamente, o BIIBO092 foi testado para deter- minar sua eficácia na prevenção da transmissão da patologia da tau, ligando e reduzindo a eTau livre no LCR humano.
[0070] Este estudo foi um estudo randomizado, duplo-cego, con- trolado por placebo, com dose ascendente única. Indivíduos saudáveis (idade:21-65) em 6 coortes de doses ascendentes (21mg, 70mg, 210mg, 700mg, 2100mg e 4200mg de BIIBO92), compostas por 8 su- jeitos por coorte, foi administrada uma única infusão intravenosa (IV) de BIIBO92 (6 sujeitos) ou placebo (2 sujeitos). Ver, FIG. 2. As avalia- ções de segurança e as amostras de soro e LCR (incluindo 4 punções lombares) foram coletadas durante 12 semanas. Parâmetros farmaco- cinéticos (no soro e no LCR) e medidas farmacodinâmicas (concentra- ções de eTau livre no LOCR) e a alteração correspondente e a alteração percentual da linha de base foram avaliadas.
[0071] Os aumentos no pico (Cmax) e na exposição (AUCIINF]) de BIIBO92 no soro pareciam ser proporcionais à dose. A meia-vida de eliminação terminal de BIIBO9S2 foi de aproximadamente 25 dias. As concentrações de BIIBO92 no LCR aumentaram com a dose e pareci- am proporcionais à dose. A proporção LCR para soro de BIIB092 foi de aproximadamente 0,2% e semelhante na faixa de doses. A maioria dos eventos adversos foram leves. Não houve eventos adversos gra- ves ou interrupções devido a eventos adversos. A extensão e a dura-
ção da supressão da eTau aumentaram com a dose. Após doses úni- cas de BIIBO92, a supressão da eTau no LCR aos 28 dias variou de 65% a 96% em doses que variaram de 70mg a 4200mg.
[0072] A capacidade de BIIBO92 de suprimir de maneira robusta as concentrações de eTau livre no LCR neste estudo de fase 1 sugere que o BIIBO92 tem utilidade para o tratamento de tauopatias humanas (por exemplo, paralisia supranuclear progressiva). Doses únicas de administração de BIIB092 foram seguras e bem toleradas em doses de até 4200mg. Exemplo 2:Modelo Bayesian Emax
[0073] Foi construído um modelo de exposição-resposta (Bayesian Emax) da concentração no LCR versus supressão da eTau (ver FIG. 3).O modelo Bayesian Emax capturou razoavelmente bem a supressão observada da eTau. Exemplo 3:Estudo de doses ascendentes múltiplas de um anticorpo anti-Tau humana, BIIBO92, em pacientes com paralisia supranuclear progressiva
[0074] O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de segurança, tolerabilidade, farmacocinética (PK) e farmacodinâmica (PD) de BIIBO92 na tau extracelular livre (eTau) após infusões intravenosas (IV) de BIIBO92 a cada 4 semanas (Q4W) em pacientes com paralisia supranuclear progressiva (PSP). Especificamente, este estudo foi de- senvolvido para avaliar o perfil de segurança do BIIBO92 e sua capaci- dade de reduzir a eTau livre no LCR de pacientes com PSP.
[0075] As características demográficas da linha de base para este estudo são mostradas na FIG. 4. Este estudo foi um estudo randomi- zado, duplo-cego, controlado por placebo e de múltiplas doses ascen- dentes de 48 pacientes com PSP, dos quais 12 (25%) receberam pla- cebo. Três painéis de doses ascendentes (150 mg, 700 mg e 2100 mg), compostos por 8 pacientes por painel, foram administradas infu-
sões IV de BIIBO92 (6 pacientes) ou placebo (2 pacientes) Q4W por 12 semanas; 24 pacientes adicionais foram tratados com BIIBO92 na dose de 2100 mg (18 pacientes) ou placebo (6 pacientes) administrados Q4W por 12 semanas. Ver, FIG. 5. Todos os pacientes também tive- ram a oportunidade de participar de um estudo de extensão de marca- ção aberta. As avaliações de segurança e as amostras de soro e LCR foram coletadas durante as 12 semanas. Parâmetros PK (no soro e no LCR) e medidas PD (concentrações de eTau livre no LCR) e a altera- ção correspondente e a alteração percentual da linha de base foram avaliadas. Também foram empregadas medidas de resultados clíni- cos, incluindo a Escala de Classificação PSP e a Escala de Atividades da Vida Diária de Schwab e Inglaterra.
[0076] A idade média dos pacientes foi de 67,4 + 5,5 anos; 54,2% eram do sexo feminino. As concentrações de BIIBO92 no soro e no LCR aumentaram com a dose. As porcentagens de pacientes com eventos adversos (AEs) foram semelhantes nos grupos BIIB092 e pla- cebo (-75%). A maioria dos AEs foi leve. Ver, FIG. 6. Não houve mor- tes ou interrupções devido a AEs. Um sumário dos parâmetros de PK no soro para BIIBO92 é fornecido na FIG. 7. A supressão média da eTau livre no LCR foi de aproximadamente 90-96% (dia 29) e 91-97% (dia 85) em doses variando de 150 mg a 2100 mg. Embora as exposi- ções a e reduções no LCR e soro de eTau livre no LCR tenham au- mentado com a dose de BIIBO92, foram observadas reduções signifi- cativas da eTau livre no LCR com todas as dosagens empregadas no estudo. Ver, FIGs.8 e 9.
[0077] A administração de doses múltiplas de BIIBO92 foi segura e bem tolerada em doses de até 2100 mg em pacientes com PSP. Exemplo 4:B/IB092 Seleção de Dose Baseada na Supressão Simulada de PK e eTau
[0078] Utilizando os parâmetros estimados do modelo PK-PD e a variabilidade em torno desses parâmetros em pacientes com PSP, fo- ram simulados 1000 perfis e o tempo de PK no soro e no LCR e PD (eTau) no LCR foi obtido para duas doses, ou seja, 2000 mg e 700 mg de BIIBO92 administrado uma vez a cada 4 semanas (Q4W). As con- centrações de eTau foram convertidas em porcentagem de supressão, em relação ao valor de linha de base de cada sujeito, antes do sumá- rio com base nas simulações. A Tabela 1 abaixo mostra estatísticas resumidas da supressão percentual da eTau em relação aos níveis de linha de base às 4 semanas, 12 semanas, 24 semanas e 48 semanas após o regime de dosagem de 2000 mg de Q4W. Tabela 1:Estatísticas resumidas da supressão percentual da eTau em relação à linha de base após 2000 mg de Q4W (simulado) Estatística —— 4semanas — 12semanas 24 Semanas 48 semanas No 1000 1000 1000 1000 Mediana 96,46 97,46 97,57 97,58 Mínimo 93,87 94,80 94,82 94,82 Máximo 98,25 98,92 99,03 99,04 10º percentil 95,35 96,34 96,43 96,43 90º percentil 97,37 98,25 98,39 98,40
[0079] A Tabela 2 mostra estatísticas resumidas da supressão percentual da eTau em relação aos níveis de linha de base em 4 se- manas, 12 semanas, 24 semanas e 48 semanas após o regime de do- sagem de 700 mg de Q4W. Tabela 2: Estatísticas resumidas da supressão percentual da eTau em relação à linha de base após 700 mg de Q4W (simulado) Estatística — 4semanas 12semanas 24Semanas 48semanas No 100 1000. 1000 1000 Mediana 93,28 94,75 94,94 94,95 Mínimo 88,75 89,97 90,04 90,04 Máximo 96,31 97,68 97,96 98,00 10º percentil 91,85 93,15 93,27 93,28 90º percentil 94,58 96,02 96,28 96,30
[0080] As doses de 2000 mg e 700 mg de BIIBO92, administradas Q4W, levam a uma supressão robusta do eTau na calha. A dose de 2000 mg de BIIBO92 está associada a uma supressão ligeiramente mais alta (3 a 5%) na calha do que a dose de 700 mg. Noventa por- cento de todos os sujeitos tratados com a dose de 2000 mg de Q4W deve ter uma supressão percentual do eTau igual ou maior do que 96% na calha. Noventa porcento de todos os sujeitos tratados com a dose de 700 mg de Q4W deve ter uma supressão percentual do eTau igual ou maior do que 93% na calha.
[0081] Dada a supressão robusta e persistente do eTau até 12 semanas após a dose em doses iguais ou maiores do que 210 mg es- tudadas, e as concentrações de LCR — 2x mais altas de BIIBO92 ob- servadas em pacientes com PSP em comparação com sujeitos saudá- veis, a dosagem de BIIBO92 também pode ser feita com menos fre- quência, por exemplo, uma vez a cada 12 semanas (Q12W). As simu- lações foram realizadas usando o mesmo modelo de PK-PD para uma dose de 2000 mg, administrada Q12W. A supressão do eTau está re- sumida na Tabela 3. Tabela 3:Estatísticas resumidas da supressão percentual da eTau em relação à linha de base após 2000 mg de Q12W (simulado) Estatística 4 semanas 12 semanas 24 Semanas 28 Semanas 48 semanas (calha) (calha) (calha) N 1000 1000 1000 1000 1000 Mediana 96,47 90,08 90,35 96,64 90,36 Mínimo 93,46 74,05 74,13 93,54 74,13 Máximo 98,22 95,54 96,05 98,37 296,15 10º percentil 95,35 86,01 86,20 95,46 86,21 90º percentil 97,37 92,79 293,11 97,54 93,15
[0082] Noventa porcento de todos os indivíduos aos quais é admi- nistrada a dose de 2000 mg de Q12W deve ter uma supressão percen- tual do eTau igual ou maior do que 86% na calha (ou seja, final do in- tervalo da dose de 12 semanas). No entanto, espera-se que os indiví-
duos devem ter uma supressão igual ou maior do que 95% durante o primeiro mês imediatamente após a infusão, com supressão ligeira- mente atenuada nos 2 meses seguintes.
[0083] Em geral, também é esperado que a dosagem de Q12W esteja associada a uma redução robusta e persistente de eTau e pode ser preferencial por pacientes e cuidadores. Exemplo 5:Otimização da Formulação BIIBO92 para Teor de Excipien- te
[0084] Nesta estabilidade de otimização de excipiente, o BIIBO92 foi avaliado em 10 mg/mL em 20 mM de tampão de histidina a pH 5,5, 6,0 e 6,5, contendo 0,05% de PS-80 e 50 uM de DTPA, mais 250 mM de sacarose ou 250 mM de sorbitol. Além disso, o BIIB092 foi avaliado em 20 mg/mL e 50 mg/ml em 20 mM de histidina a pH 6,0 contendo 0,05% de PS-80, 50 uM de DTPA, e 250 mM de sacarose. Uma lista das formulações é mostrada na Tabela 4. Tabela 4. Sumário das Formulações para o Estudo de Otimização de Excipiente BIIB0O92 lAbreviatura daTampão Sacarose Sorbitol PS-80/ DTPA jAPI Conc.
ETF EB mv bo eo o po 5 o EB mv bs eo o po o E Bmw bs o Bo po 5 o E bmw bo o ao po 5 o Es bmw bs o 20 po 6 fo Er bmw bo ao o po 5 E E bmw ho ao o bo o bo
[0085] Todas as formulações foram armazenadas a 40+2ºC/ 75+5%UR por até três meses e a 5+3ºC e 25+2ºC/60+5%UR por até 12 meses. As amostras iniciais e de ponto no tempo foram avaliadas quanto à estabilidade da API por aparência, pH, A28o, HIAC, SEC, CEX e ELISA de potência. A análise de mapeamento de peptídeo foi reali-
zada apenas nos pontos no tempo iniciais, de dois e 12 meses. A ima- gem por microfluxo foi avaliada apenas no ponto no tempo de três me- ses. Os métodos de teste são mostrados na Tabela 5 e o sumário do teste em cada ponto no tempo é mostrado na Tabela 6. Tabela 5. Teste Analítico para o Estudo de Otimização de Excipiente BIIB0O92 ICEX % de variantes ácidas,% de pico principal, % de vari- Re HIAC lcontagens cumulativas por mL a 2 2 um, 2 5 um, 2 10 e MF! Partículas (2 2 um, 2 5 um, 2 5 um com AR 2 0,85,
MAE teste foi realizado em execuções de 3 x 0,5 mL, incluindo dados das três execuções 2 A MFI foi testada e relatada apenas no ponto no tempo de três meses 3O teste ELISA e o mapeamento de peptídeos foram realizados ape- nas nos pontos no tempo inicial, dois meses e final Tabela 6. Esquema Pull para o Estudo de Otimização de Excipiente BIIB092 amet o [E Ce eee A e a e e eje) pescar A [6 A cc no o e) Ei 1
A = Teste de acordo com a Tabela 2, excluindo MFI. B = Teste de acordo com a Tabela 2, excluindo ELISA, MFI e mapa de peptídeos. C = Teste de acordo com a Tabela 2, excluindo ELISA e mapa de pep- tídeos. D = Teste das formulações E1-E3, E7 e E8 de acordo com a Tabela 2, exceto MFI, ELISA e mapa de peptídeos. E = Teste das formulações E1-E3, E7 e E8 de acordo com a Tabela 2, exceto MFI. Aparência
[0086] Todas as amostras em todos os pontos no tempo e condi- ções, exceto uma, foram avaliadas como soluções claras e incolores, livres de partículas visíveis relacionadas ao produto. Observou-se que uma amostra (E3, seis meses, 25+2ºC/60º5%UR) continha uma única partícula branca grande, que era considerada como um contaminante e impediu testes adicionais dessa amostra em particular. Medição de pH
[0087] Todas as amostras em todos os pontos no tempo e condições exibiram valores de pH que estavam dentro de +0,1 unidades de pH dos valores nominais para cada formulação. Quaisquer diferenças observa- das no pH estavam, portanto, dentro da variabilidade do método. Teor de Proteínas por Espectroscopia Ultravioleta/Visível
[0088] Todas as amostras em todos os pontos no tempo e condi- ções exibiram concentrações de proteínas que não diferem significati- vamente de seus respectivos valores iniciais. As formulações direcio- nadas para 10 mg/mL (E1 — E6) exibiram concentrações de proteínas entre 9,8 — 11,4 mg/mL. Observe que as concentrações medidas das formulações de sorbitol (E4 — E6) foram aproximadamente 0,5 mg/mL mais altas do que as das formulações de sacarose (E1 — E3), mas isso apenas reflete concentrações ligeiramente mais altas da preparação da amostra. A formulação E7 (direcionada para 20 mg/mL) variou de 19,0 — 20,2 mg/mL, e E8 (direcionada para 50 mg/mL) variou de 50,0 — 53,7 mg/mL. O teor de proteínas por A280 não demonstrou tendências significativas na concentração de proteínas ao longo dos pontos no tempo de estabilidade para qualquer uma das formulações testadas. Contagem de Partículas (HIAC)
[0089] Em todas as formulações, foram observados aumentos no número de partículas maiores (10 um e 25 um) nos pontos no tempo de estabilidade. No entanto, não houve dependência da formação de partículas na temperatura de armazenamento. As formulações E1 — E3 exibiram aumentos gerais na contagem de partículas grandes até o ponto no tempo de 12 meses; quaisquer diferenças entre as três for- mulações são provavelmente devidas à variabilidade do método. Em- bora as tendências não sejam extremamente fortes em relação ao ruí- do, deve-se notar que a magnitude absoluta das contagens foi consi- derável nas amostras. Os aumentos de partículas foram especialmen- te pronunciados nas formulações E7 e E8 (com 20 mg/mL e 50 mg/mL de API, respectivamente); as partículas a 10 um em E7 aumentaram de 12 contagens no ponto no tempo inicial para 1161 contagens para a amostra de nove meses/25ºC/60% UR, as partículas a 10 um em E8 aumentaram de 18 contagens no ponto no tempo inicial para 1003 contagens para a amostra de nove meses/25ºC/60% UR. A contagem de partículas nessas duas amostras em outros pontos no tempo e condições de estabilidade mais longa também foi muito maior do que a contagem inicial de partículas. As diferenças entre as temperaturas de armazenamento provavelmente são devidas à variabilidade do méto- do. Para as formulações E4 - E6, que foram testadas apenas por três meses, a contagem de partículas até esse ponto no tempo foi compa- rável à observada em E1 — E3 e menor que a observada em E7 — E8.
Cromatografia de Exclusão de Tamanho
[0090] A cada ponto no tempo, foram observadas diminuições pe- quenas, mas significativas, na porcentagem de HMW para todas as formulações, conforme a temperatura da condição de estabilidade au- mentava. Geralmente, as diferenças dependentes da temperatura nas impurezas de HMW foram menores nas formulações (E1 — E3) prepa- radas com 250 mM de sacarose do que nas formulações (E4 — E6) preparadas com 250 mM de sorbitol. No ponto no tempo de 12 meses, as formulações E2 e E3 exibiram a maior pureza de pico principal, in- dicando a menor agregação e fragmentação da API nessas formula- ções.
[0091] Dentro dos dados de ponto no tempo para cada formu- lação, não há evidências sólidas para aumentar o teor de HMW em nenhuma condição de armazenamento. A dificuldade em comparar pontos no tempo dificulta uma conclusão mais distinta. No entanto, é possível fazer uma comparação entre os pontos no tempo, quando o desempenho padrão de referência em cada fila de amostra é compa- rável. Dois desses pontos de tempo foram os pontos no tempo inicial e final (12 meses), para os quais todas as injeções de padrão de refe- rência exibiram 1,5+0,1% de HMW. Nesses dois pontos no tempo, houve pouca diferença no teor de HMW para as amostras do estudo.
[0092] Para cada ponto no tempo, o percentual de LMW não pare- ceu mudar significativamente (aumentos entre 0,1 — 0,3% para algu- mas formulações e pontos no tempo/condições, outros não viram mu- dança na porcentagem LMW). Cromatografia de Troca de Cátion
[0093] O percentual de variantes ácidas aumentou ao longo do tempo em todas as formulações e demonstrou maiores aumentos com o aumento da temperatura e parecia ser menor com pH mais baixo. Por outro lado, as variantes percentuais básicas, embora aumentem com o tempo e com maior temperatura de estabilidade, demonstraram variantes mais baixas com o aumento do pH. Não pareceu haver dife- renças significativas nas variantes percentuais ácidas ou percentuais básicas nas amostras formuladas em concentrações mais altas (E7 — mg/mL, E8 — 50 mg/mL) versus a amostra comparável a 10 mg/mL no mesmo pH (6,0).
[0094] No geral, o percentual do pico principal das amostras que foram testadas por doze meses (E1 — E3, E7 — E8) pareceu ser com- parável para aquelas amostras em todas as concentrações formuladas em pH 5,5 e 6,0. A amostra formulada em pH 6,5 (E3) exibiu um pico principal percentual um pouco menor do que as amostras em pH mais baixo (70,6% para E3 versus 76,9% para E2 a 12 meses/25ºC/60% UR). Potência por Ensaio Imunossorvente Ligado à Enzima
[0095] As amostras demonstraram determinações de potência va- riando de 82 — 126%. Não parecia haver nenhuma tendência em por- centagem de potência em relação ao tipo de formulação ou aos pontos no tempo/condições de estabilidade. Mapeamento de peptídeos
[0096] Os mapas de peptídeos foram interpretados à luz das iden- tificações feitas por LC/MS. Para desamidação de asparagina no sítio da cadeia leve N33 ou N35, não foram observadas diferenças significati- vas em relação ao padrão de referência congelado em formulações ar- mazenadas a 5ºC, mesmo em 12 meses. À temperatura ambiente (25ºC/60% UR), a desamidação acima dos níveis de fundo pode ser detectada nas formulações de pH 6,5 (E3 e E6) em dois meses. A de- samidação significativa (aumento de >2% versus referência) foi obser- vada de maneira dependente do pH após 12 meses a 25ºC/60% de UR. Aumentos semelhantes foram observados após dois meses a 40ºC/75% UR, com clara dependência do pH, mas com resultados equivalentes em sorbitol e sacarose. Observe que os níveis de modifi- cação no padrão de referência medidos por UV (6,1— 8,3%) eram ra- zoavelmente semelhantes aos medidos para o material precursor por LC/MS (3,0%).
[0097] A desamidação da asparagina no sítio de cadeia pesada N381 ou N386 respondeu de maneira muito semelhante ao sítio de desamidação de cadeia leve. Não foram observadas diferenças signifi- cativas em relação ao padrão de referência congelado em formulações armazenadas a 5ºC, mesmo em 12 meses. À temperatura ambiente (25ºC/60% UR), a desamidação acima dos níveis de fundo pode ser detectada nas formulações de pH 6,5 (E3 e E6) em dois meses. A de- samidação significativa (aumento de >2% versus referência) foi ob- servada de maneira dependente do pH após 12 meses a 25ºC/60% de UR. Aumentos semelhantes foram observados após dois meses a 40ºC/75% UR, com clara dependência do pH, mas com resultados equivalentes em sorbitol e sacarose. Os níveis de modificação no pa- drão de referência medido por UV (5,9 — 6,8%) foram semelhantes aos medidos para o material precursor por LC/MS (3,3%).
[0098] Para desamidação da asparagina no local da cadeia pesa- da N312, não foram observadas diferenças significativas do padrão de referência congelado no estudo em geral. Mesmo a 25ºC/60% UR, 12 meses e 40ºC/75% UR, pontos no tempo de dois meses, as porcenta- gens de pico não foram significativamente diferentes do padrão de re- ferência congelado. Isso pode indicar que este sítio de asparagina não é suscetível à desamidação ou que outras espécies estão presente nos tempos de migração do pico identificado como asparagina modifi- cada, mascarando a resposta da desamidação. Para apoiar essa teo- ria, a modificação total de N312 foi um tanto mais alta no padrão de referência pela análise UV (5,1 — 9,8%) do que no material precursor por LC/MS (2,8%). Como a forma succinimida do intermediário
Asn/Asp era mais abundante nos dados de LC/MS, a desamidação real pode simplesmente ser baixa (<1%) em todos os pontos no tem- po.
[0099] A hidroxilação da prolina e lisina, embora presente em abundância significativa nas amostras reformuladas, não pareceu mu- dar com o tempo, independentemente da temperatura de armazena- mento. A hidroxilação de P189 foi muito consistente e inalterada em todos os pontos no tempo. Curiosamente, essa hidroxilação da prolina foi menor no padrão de referência congelado. Os níveis de hidroxila- ção da prolina no padrão de referência medido por UV (1,1— 1,6%) fo- ram razoavelmente semelhantes aos medidos por LC/MS (1,0%). À medição da hidroxilação de K121 produziu diferenças muito maiores em quantidades. No entanto, como não foram observadas tendências consistentes, conclui-se que essas diferenças representam ruído analí- tico. Os níveis de hidroxilação da lisina no padrão de referência medi- dos por UV (4,1 — 7,9%) eram razoavelmente semelhantes aos medi- dos no material precursor por LC/MS (2,8%).
[00100] A oxidação da metionina no sítio de cadeia pesada M425 foi bastante favorável à análise. Níveis de oxidação pequenos, mas con- sistentes, foram observados em todas as formulações. A oxidação au- mentou lentamente em função do tempo e da temperatura, mas não foi afetada pelo pH ou pelos componentes da formulação. Mesmo após dois meses a 40ºC/75% UR, a oxidação aumentou apenas cerca de 0,5%. Os níveis de modificação no padrão de referência medidos por UV (0,2 — 0,6%) eram muito semelhantes aos medidos no material precursor por LC/MS (0,3%). Contagem de Partículas (Imagem por MicroFluxo)
[00101] A contagem de partículas pela IMF foi realizada apenas no ponto no tempo de três meses. No geral, as amostras formuladas com 250 mM de sorbitol pareciam demonstrar contagens mais baixas de partículas em tamanhos de partículas maiores (10 um e 25 um). Entre as amostras formuladas em 250 mM de sacarose, a formulação E2 pareceu demonstrar contagens de partículas ligeiramente mais baixas no geral. Não parece haver uma diferença significativa na contagem de partículas entre formulações em diferentes concentrações de API. Outras Modalidades
[00102] Enquanto a invenção foi descrita em conjunto com sua des- crição detalhada, a descrição anterior se destina a ilustrar e não a limi- tar o escopo da invenção, o qual está definido pelo escopo das reivin- dicações anexas. Outros aspectos, vantagens e modificações estão dentro do escopo das reivindicações a seguir.

Claims (16)

REIVINDICAÇÕES
1. Uso de um anticorpo anti-tau humana, caracterizado pelo fato de ser para preparação de uma composição ou medicamento para o tratamento de doença de Alzheimerem um indivíduo humano em ne- cessidade deste, que compreende o uso intravenoso de uma dose fixa de 2000 mg de um anticorpo anti-tau humana uma vez a cada quatro semanas, em que o anticorpo anti-tau humana compreende uma regi- ão variável de cadeia pesada de imunoglobulina (VH) e uma região variável de cadeia leve de imunoglobulina (VL), em que: (a) a VH compreende regiões determinantes de comple- mentaridade de VH (VH-CDRs), em que: VH-CDR1 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:16; VH-CDR?2 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:17; e VH-CDR3 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:18; e (b) a VL compreende VL-CDRs, em que: VL-CDR1 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:19; VL-CDR?2 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:20; e VL-CDR3 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:21.
2. Uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a VH consiste na SEQ ID NO:12 e a VL consiste na SEQ ID NO:13.
3. Uso, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o anticorpo anti-tau humana compreende uma cadeia pesada e uma cadeia leve, em que a cadeia pesada consiste na SEQ
ID NO:14 e a cadeia leve consiste na SEQ ID NO:15.
4. Composição farmacêutica, caracterizada pelo fato de que compreende: (i)º um anticorpo anti-tau humana a uma concentração de 50 mg/ml, (ii) histidina a uma concentração de 20 mM, (iii) sacarose a uma concentração de 250 mM, (iv) polissorbato-80 a uma concentração de 0,05% (p/v), e (v) 50 uM de ácido dietilenotriamina penta-acético (DTPA) em que o anticorpo anti-tau humana compreende uma regi- ão variável da cadeia pesada de imunoglobulina (VH) e uma região variável da cadeia leve de imunoglobulina (VL), em que: (a) a VH compreende regiões determinantes de comple- mentaridade de VH (VH-CDRs), em que: VH-CDR1 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:16; VH-CDR?2 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:17; e VH-CDR3 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:18; e (b) a VL compreende VL-CDRs, em que: VL-CDR1 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:19; VL-CDR?2 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:20; e VL-CDR3 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:21, e em que a composição tem um pH de 6,0.
5. Composição farmacêutica, de acordo com a reivindica- ção 4, caracterizada pelo fato de que a VH consiste na SEQ ID NO:12 e a VL consiste na SEQ ID NO:13.
6. Composição farmacêutica, de acordo com a reivindica- ção 4, caracterizada pelo fato de que o anticorpo anti-tau humana compreende uma cadeia pesada e uma cadeia leve, em que a cadeia pesada consiste na SEQ ID NO:14 e a cadeia leve consiste na SEQ ID NO:15.
7. Uso de uma composição farmacêutica, como definida em qualquer uma das reivindicações 4 a 6, caracterizado pelo fato de ser para preparação de um medicamento para o tratamento de doença de Alzheimer em um indivíduo humano em necessidade deste.
8. Uso, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o anticorpo anti-tau humana é administrado em uma dose fixa de 150 mg uma vez a cada quatro semanas.
9. Uso, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o anticorpo anti-tau humana é administrado em uma dose fixa de 210 mg uma vez a cada quatro semanas.
10. Uso, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pe- lo fato de que o anticorpo anti-tau humana é administrado em uma do- se fixa de 700 mg uma vez a cada quatro semanas.
11. Uso, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pe- lo fato de que o anticorpo anti-tau humana é administrado em uma do- se fixa de 2000 mg uma vez a cada quatro semanas.
12. Uso, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o anticorpo anti-tau humana é administrado em uma dose fixa de 2100 mg uma vez a cada quatro semanas.
13. Uso, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o anticorpo anti-tau humana é administrado em uma dose fixa de 4200 mg uma vez a cada quatro semanas.
14. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 13, caracterizado pelo fato de que a composição farmacêutica é ad-
ministrada por pelo menos 12 semanas.
15. Uso de o anticorpo anti-tau humano ou a composição farmacêutica de qualquer uma das reivindicações 4 a 6, caracterizado pelo fato de ser para preparação de uma composição ou medicamento para o tratamento de uma taupatia em um indivíduo humano em ne- cessidade, que compreende o uso intravenoso em uma dose fixa de 2000 mg de um anticorpo anti-tau humano uma vez a cada quatro se- manas, em que o anticorpo anti-tau humano compreende uma região variável da cadeia pesada de imunoglobulina (VH) e uma região variá- vel da cadeia leve da imunoglobulina (VL), em que: (a) o VH compreende regiões determinantes de comple- mente ridade de VH (VH-CDRs), em que: VH-CDR1 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 16; VH-CDR?2 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 17; e VH-CDR3 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 18; e (b) a VL compreende VL-CDRs, em que: VL-CDR1 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 19; VL-CDR?2 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 20; e VL-CDR3 consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 21; ou a composição farmacêutica de qualquer uma das reivindi- cações 4acb.
16. Invenção, em quaisquer formas de suas concretizações ou em qualquer categoria aplicável de reivindicação, por exemplo, produto ou processo ou uso, ou qualquer outro tipo de reivindicação englobada pela matéria inicialmente descrita, revelada ou ilustrada no pedido de patente; Kit compreendendo anticorpo anti-tau humano ou uma composição como definido acima; Anti-tau humano ou uma composição como definido acima para uso no tratamento de doença de Alzheimer ou tratamento de uma taupatia.
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