BR112019025390B1 - Embalagem para um produto alimentício - Google Patents

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Arturo Giusti
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Chef Pack, Llc
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Abstract

Uma embalagem ou envoltório para um produto alimentício, capaz de resistir a altas temperaturas e de eliminar a sobrepressão gerada pelo vapor de água dentro da embalagem devido à elevação da temperatura, sem que a mesma embalagem tenha qualquer abertura comunicando seu interior com o ambiente exterior. A embalagem também é adaptada para limitar/reduzir a emissão de substâncias geradoras de odores que são geradas durante o aquecimento ou cozimento do produto alimentício embalado, com respeito ao que ocorre na ausência de uma embalagem, ou com uma embalagem fornecida com aberturas.

Description

DESCRIÇÃO Campo da invenção
[001] A presente descrição refere-se a uma embalagem feita prevalentemente ou exclusivamente de um material de fibra celulósica, em particular, fibra de celulose, adequada para conter um produto alimentício e adequada para ser colocada em um forno, ou outro aparelho, para o aquecimento ou cozimento do produto.
[002] A presente descrição refere-se, em particular, ao campo de comidas prontas em embalagem.
Fundamentos
[003] No campo das comidas prontas existem diversas embalagens conhecidas adequadas para serem levadas a um equipamento, em particular, um forno, aptas para elevar a temperatura da embalagem e do produto alimentício contido na mesma.
[004] Estas embalagens conhecidas diferem umas das outras principalmente por sua adequabilidade a um tratamento térmico em um tipo específico de aparelho (forno de micro-ondas, forno convencional, para cozimento acelerado ou outros).
[005] As embalagens da técnica anterior destinadas ao uso descrito acima são feitas em geral pelo menos parcialmente de um material plástico, ou elas são completamente laminadas, na porção de contato com o produto alimentício, com materiais tais como celofane ou celulose regenerada. Estes últimos materiais são fornecidos com propriedades de resistência térmica e impermeabilidade através de um revestimento de polímeros termoplásticos, tais como por exemplo PVDC (cloreto de polivinilideno), polímeros acrílicos, etc., que, de fato, atingir impermeabilidade a gordura, líquidos e vapores. Desta maneira, a embalagem permanece adequadamente rígida do ponto de vista estrutural, ao mesmo tempo em que preserva as propriedades organolépticas do produto alimentício durante transporte, distribuição e vida útil.
[006] O uso dos materiais plásticos e celulósicos descritos acima resulta em uma barreira intrínseca contra vapor de água; devido a esta capacidade de respiração, e, em particular, a necessária evacuação do vapor de água durante o processo de aquecimento, é obtida através de micro e macro aberturas formadas nas embalagens. Em poucas embalagens conhecidas estas aberturas são ativas, para troca de gás, apenas durante o processo de cozimento.
[007] No entanto, a provisão de aberturas põe em perigo a integridade do produto, expondo-o a um risco de contaminação por agentes externos.
[008] Além disso, o produto embalado pode sair fora por estas aberturas, em particular, quando ele está, no todo ou em parte, em um estado líquido, com a consequente sujidade possível do equipamento usado para aquecimento/cozimento.
[009] Igualmente, estas aberturas deixam todos os odores derivados do processo de aquecimento/cozimento do alimento serem liberados no ambiente circundante.
[010] É importante também observar que a injeção direta do vapor de água através das aberturas, provocada pelo aumento da temperatura, carrega inevitavelmente outras substâncias, como gorduras vaporizadas. Estas últimas substâncias, ao depositarem-se nas paredes do equipamento de aquecimento, provocam sujidade e produzem, em consequência da carbonização das substâncias gordurosas, (mais) odores indesejados no ambiente circundante.
[011] Além do mais, muitas embalagens existentes são configuradas essencialmente como envoltórios. Por conseguinte, elas são adequadas apenas para embalar produtos alimentícios sólidos/rígidos e, de qualquer maneira, devido a sua flexibilidade inerente e necessária, elas não facilitam o consumo do produto pelo usuário final apesar de serem concebidas como invólucros para comida pronta.
[012] Por outro lado, os revestimentos da técnica anterior feitos totalmente de um material fibroso, em particular, papel, que é um material respirável, exigem vedação de suas margens por adesivos, os quais são de uma natureza essencialmente termoplástica. Genericamente falante, durante aquecimento do produto alimentício as condições de temperatura e pressão que são estabelecidas na embalagem trazem estes adesivos em ou próximos ao seu ponto de amolecimento. Consequentemente, os invólucros tendem a abrir no forno, o que é, claro, muito indesejado, considerando a contaminação potencial a qual os produtos alimentícios contidos na mesma embalagem podem ser expostos durante o processo de aquecimento/cozimento e, como mencionado anteriormente, com a consequente sujidade possível do equipamento. Além disso, também neste caso uma falha na integridade das vedações pode provocar uma dispersão de odores indesejados no ambiente circundante e vazamento já mencionado de substâncias gordurosas.
Sumário
[013] O problema técnico subjacente à presente descrição é, por conseguinte, superar os inconvenientes mencionados acima com referência ao estado da técnica.
[014] O problema acima é resolvido por um recipiente de alimento, ou embalagem, de acordo com a reivindicação 1.
[015] A presente descrição também se refere a um envoltório de alimento de acordo com a reivindicação 27.
[016] Os recursos preferidos da invenção são objetos da descrição a seguir e/ou das reivindicações dependentes.
[017] O recipiente, ou embalagem, da presente descrição é apto a ser colocado em um equipamento, em particular, um forno, para aquecimento ou cozimento de um produto alimentício contido dentro da embalagem. Preferencialmente, o recipiente é apto a resistir a uma temperatura de até 280°C, vantajosamente por pelo menos dois minutos. Vantajosamente, o recipiente é capaz de obter uma distribuição de temperatura ao longo da seção vertical do produto contido, tendo uma variação compreendida entre 0 e 4° C para cada centímetro de seção vertical do recipiente.
[018] O recipiente, ou embalagem, possui uma porção principal conformada de vidro, em formato de copo, cuba ou prato, preferencialmente rígida. Esta porção principal pode ser feita predominantemente de um material de fibra celulósica, em particular, consistindo de fibras proveniente de plantas de crescimento anual rápido, tais como, por exemplo: palha, bagaço, bambu, cana, linho, cânhamo, rami ou outros. Como uma alternativa, a porção principal pode ser feita totalmente ou como uma mistura entre as essências anteriores e aquelas provindas de árvores de madeira com crescimento lento, tais como, por exemplo, coníferas, árvores de folhas largas, ou afins. Em termos gerais, tal material de fibra celulósica pode ser obtido de uma substância que permite ter a disponibilidade de uma estrutura fibrosa adaptada para obter uma polpa de papel.
[019] Juntamente com a polpa de fibra celulósica, o material do qual a porção principal é feita pode incluir vantajosamente agentes de preenchimento minerais e/ou aditivos químicos. Estes outros componentes são do tipo aptos a permitir uma conformação adequada, resistência e/ou rigidez do recipiente como requeridas pelo produto a ser embalado.
[020] Ademais, quando necessitado pelas exigências da embalagem de produtos capazes de liberar substâncias geradoras de odores indesejados, estes outros componentes são adequados para fornecer o recipiente com propriedades de controle de substâncias geradoras de odor.
[021] Em particular, a embalagem descrita aqui é capaz de controlar a emissão - avaliado de acordo com o método UNI EN 13725-2003 - de substâncias geradoras de odor liberadas durante aquecimento ou cozimento, e isto fazendo uso de substâncias ou materiais que atuam como uma barreira ou realizam a função de peneiras moleculares. Em particular, fibras celulósicas, revestimentos ou misturas contendo quitosana, grafeno, zeólitos, carbono ativado, ou outros.
[022] Estas substâncias, quando necessárias, podem ser acrescidas à mistura fibrosa que forma o recipiente ou a parte dele, ou serem aplicadas na forma de uma camada externa, uma camada intermediária ou um revestimento.
[023] A porção principal do recipiente é vedada em um aro substancialmente liso da mesma, em particular, um aro superior, por uma cobertura, ou fechamento, porção, em particular, na forma de uma camada ou folha, a última sendo vantajosamente de um tipo flexível.
[024] A porção de fechamento pode ter o mesmo formato da seção de porção principal que ela fecha, ou um formato diferente. Por exemplo, no caso de uma porção principal com uma geometria circular, a porção de cobertura pode ser circular ou ter um formato poligonal que circunscreve e/ou circunda o formato circula básico. Igualmente, a porção de cobertura pode ser feita de material de fibra celulósica, por exemplo, fibra celulósica, e em particular, um dos materiais ou combinações de materiais mencionados acima relacionados com a porção principal.
[025] A porção principal do recipiente pode ser subdividida possivelmente em, ou compreender, uma pluralidade de compartimentos, tanto para o alojamento de diferentes tipos de alimentos, como para permitir aquecer e cozinhar componentes individualmente diferentes de um produto alimentício antes de montá-lo. Por exemplo, se for embalado um sanduíche, a porção de topo de pão pode ser colocada em um compartimento do recipiente, arranjado de cima para baixo para aquecer a parte interna, e o recheio - por exemplo, hambúrguer, ovos, ou outros ingredientes - pode ser colocado em outro compartimento.
[026] Na concretização preferida, a porção principal do recipiente fornece uma pluralidade de compartimentos e é configurada de modo a ser refechável por si mesma, em particular, redobrável, uma vez que a função de aquecimento ou cozimento foi realizada, e a camada de fechamento superior foi removida. Em outras palavras, a porção principal do recipiente é configurada de modo a contribuir para um recipiente fechado e refechável.
[027] Preferencialmente, a porção principal do recipiente possui uma rigidez Taber de (15° ISO 2493-73) medida em uma região de vedação homogênea, compreendida entre cerca de 20 e 1000 mN.
[028] Além disso, a dita porção principal possui preferencialmente uma permeabilidade a vapor de água, medida em condições normais de 38°C e 90% de umidade relativa (U.R.), compreendida entre cerca de 30 e 1500 g/m2/24h.
[029] De acordo com uma concretização preferida, a porção principal do recipiente possui uma construção de múltiplas camadas, com uma espessura compreendida entre cerca de 100 e 3000 MY para cada camada. Pelo menos uma camada é feita, pelo menos predominantemente, de um material de fibra celulósica.
[030] De acordo com outra concretização preferida, a porção principal do recipiente possui um fundo desenvolvendo-se em planos diferenciados que criam uma superfície descontínua para fazer contato com a superfície lisa de contato do equipamento de aquecimento ou cozimento. Em particular, um ou mais pés, cristas ou protuberâncias podem projetar-se da parede do recipiente voltada para a superfície de cozimento ou aquecimento, e, assim, tipicamente do fundo do recipiente, para distanciar a mesma parede da superfície de cozimento e promover uma circulação de ar entre a superfície de contato do equipamento e a dita parede do recipiente.
[031] Vantajosamente, a porção principal do recipiente é termorresistente.
[032] Além disso, se necessário, dependendo do uso específico, ela pode ser, também ou alternativamente, isolante térmico.
[033] Esta propriedade termorresistente e/ou isolante térmica pode ser obtida fazendo-se uso de uma estrutura de múltiplas camadas, em particular, uma estrutura ensanduichada, com uma camada intermediária feita de um material termorresistente e/ou isolante térmico, e camadas exteriores feitas de fibra celulósica. A camada intermediária pode consistir de, ou compreender, por exemplo, um aerogel obtido começando de um silicato de metal alcalino, possivelmente mesmo misturado com fibras celulósicas, que é aquecido a uma temperatura compreendida entre 100°C e 300°C e/ou exposto a micro-ondas.
[034] Vantajosamente, uma ou ambas as porções que formam o recipiente ou embalagem são feitas de um material respirável e/ou permeável a vapor de água, tal como, em particular, o material de fibra celulósica mencionado acima.
[035] Por conseguinte, vantajosamente, o recipiente da presente invenção permite transpiração/capacidade de respiração de gás, em particular, no que ser refere a vapor de água, durante o processo de aquecimento ou cozimento, sem que seja necessário abrir o pacote ou fornecer aberturas no mesmo.
[036] Preferencialmente, esta transpiração/capacidade de respiração afeta toda a superfície da embalagem ou pelo menos de sua porção principal.
[037] Além do mais, o formato da porção principal receptora de alimento permite ao usuário consumir o produto facilmente e de uma maneira limpa, diretamente de seu recipiente, uma vez que a porção superior de cobertura tenha sido retirada após cozimento/aquecimento.
[038] Preferencialmente, a porção superior de cobertura é vedada termicamente na porção principal inferior. Em particular, um aro de perímetro da porção principal, correspondente a sua borda superior, é ligada a uma superfície de perímetro correspondente da porção de cobertura. Preferencialmente, a extensão linear de contato entre a porção principal, tipicamente rígida, e a cobertura, geralmente flexível, envolve todo o perímetro da região de contato entre a porção rígida e a flexível, e transversalmente ela é vantajosamente compreendida entre 2 mm e 40 mm.
[039] Este arranjo garante uma convexão ideal e firmeza, e impede o recipiente complete de abrir durante o processo de cozimento ou aquecimento.
[040] O recipiente descrito acima pode ser usado também para embalagens de produtos alimentícios líquidos. Nesse caso, as superficies de contato com o produto alimentício podem ser tratadas de modo a ser resistente à penetração de água ou outro líquido ou gorduras, embora mantendo a permeabilidade ao vapor de água, conforme necessário para realizar o aquecimento ou cozimento do produto, sem recorrer às aberturas da técnica anterior. Com este fim, pode ser usada uma camada resistente a água e, se necessário, antiaderente, consistindo basicamente de sílica - por exemplo, na forma de um ortosilicato. Esta camada pode ser aplicada apenas nas regiões de contato entre o recipiente e o produto alimentício, a fim de impedir o humedecimento do material principal de fibra celulósica. O tratamento de superfície, após um processo baseado em aquecimento, é capaz de gerar uma barreira efetiva contra a agressão de água livre ou gorduras, embora permitindo a passagem necessária do vapor de água produzido durante o aquecimento do forno ou cozimento.
[041] De acordo com um aspecto diferente da presente descrição, é fornecida uma embalagem na forma de um envoltório, tipicamente feita de um material flexível. A embalagem pode ser obtida de uma folha contínua de material celulósico, em particular, papel, preferencialmente fino e substancialmente na forma de uma membrana. Por exemplo, ela pode ter uma espessura compreendida entre cerca de 40 MY e 200 MY.
[042] Porções da folha continua podem ser cortadas e dobradas de modo a formar o envoltório. Durante ou após o processo de dobradura, margens selecionadas ou bordas laterais de cada porção podem ser conectadas umas nas outras, por exemplo, por termovedação, de modo a fechar o envoltório ao redor de um produto alimentício a ser envelopado.
[043] O envoltório flexível obtido a partir de uma folha contínua de um material celulósico pode apresentar propriedades de termovedação, resistência ao calor, água e gorduras, como a porção principal ou a porção de fechamento do recipiente descrito acima em relação com o primeiro aspecto da presente descrição, estas propriedades sendo obtidas através do uso das mesmas tecnologias.
[044] Da mesma maneira, também a porção de cobertura do recipiente acima mencionado de acordo com o primeiro aspecto da presente descrição pode ser cortada a partir de uma folha contínua de material celulósico, similarmente ao segundo aspecto da presente descrição.
[045] Mais preferencialmente, ambos os tipos de pacotes mencionados acima atingem uma vedação do pacote - da porção de cobertura sobre a porção receptora de alimento ou das bordas do envoltório, respectivamente - por uma composição ou substância adesiva polimérica especial. A última pode ser aplicada apenas nas regiões de contato entre as duas porções de pacote do primeiro aspecto da presente descrição, ou nas porções de borda do pacote flexível do segundo aspecto da presente descrição.
[046] Esta composição adesiva polimérica compreende, e preferencialmente consiste de: uma fase adesiva líquida ativável termicamente (em particular, aquosa), adaptada para aderir-se a um material celulósico, preferencialmente incluindo um ou mais dos seguintes: silicato de sódio, silicato de potássio, álcool polivinílico, carboximetilcelulose, resina acrílicas, resinas de poliuretano, resinas vinílicas; um pó, ou resina, de poliéster termoendurecível, preferencialmente incluindo um ou mais dos seguintes: resina de poliéster carboxilato, pó de ácido poliláctico, pó de resina epóxi de caprolactama.
[047] Vantajosamente, a fase de líquido inclui um teor sólido compreendido em uma faixa de 10% - 70% de peso do total, e a quantidade ou pó, ou resina, possivelmente um termoendurecível, é compreendido em uma faixa 1:0,05 - 1:5 no que diz respeito ao teor de matéria seca do líquido transportador empregado. Por exemplo, se o líquido transportador possui um teor seco de 30%, 300 g de matéria seca estará presente em 1 kg de líquido transportador; no caso de uma relação 1:1, 300g de poliéster em pó estará então presente, e assim por diante com base na formulação necessária.
[048] Esta composição especial possui duas propriedades principais, nomeadamente de ser reativável termicamente para fornecer sua função adesiva e de ser termorresistente com uma faixa de resistência de temperatura compreendida entre cerca de 100°C e 280°C. esta propriedade termorresistente pode ser obtida usando tipos particulares de materiais, compreendendo resinas, em particular, resinas acrílicas e vinílicas, acetato de polivinila modificada e seus termoendurecíveis, tais como poliéster ou outros.
[049] A composição é aplicada previamente sobre as superficies a serem conectadas e depois seca fazendo com que a fase líquida mencionada acima se evapore.
[050] Quando a embalagem é para ser fechada/vedada, pode ser aplicado calor de modo a determinar a ativação das propriedades adesivas da composição, e assim juntar/conectar as superfícies relevantes. Ao mesmo tempo, ainda devido ao provimento de calor, uma polimerização do pó é ativada de modo a tornar a composição termorresistente. Este endurecimento da composição contribui para vedar a embalagem.
[051] Ademais, as vedações da embalagem podem enfrentar temperaturas de 100°C a 280°C sem abertura ou deterioração.
[052] Em uso, a embalagem pode ser incluída em uma capa externa ou envelope, eventualmente contendo informações impressas sobre o produto alimentício. Esta capa externa ou envelope pode contribuir para reduzir a perda do vapor de água ou para preservar uma atmosfera interna modificada, durante o tempo de vida útil ou armazenagem. Uma vez que esta capa externa ou envelope foi removido, a embalagem pode ser posta em um equipamento para fins de cozimento ou aquecimento, sem ser necessário abrir o pacote interno receptor de produto.
[053] Em combinação com a capa externa ou como uma alternativa a ela, novamente para reduzir a perda do vapor de água durante a armazenagem/vida útil do produto, podem ser aplicados revestimentos de várias naturezas no exterior das porções do recipiente ou envoltório (por conseguinte, não em contato com o produto alimentício). Estes revestimentos podem compreender, por exemplo, goma-laca, resina acrílica, agente de enchimento do tipo talco, quitosana grafeno, ou outros, possivelmente misturado com o mesmo líquido transportador usado para a composição polimérica adesiva acima citada.
[054] Durante aquecimento ou cozimento, a permeabilidade a vapor de água do material celulósico da embalagem em contato direto com o produto alimentício pode ser explorada, sem que as propriedades de vedação da composição serem prejudicadas.
[055] A presente descrição, com base nas concretizações preferidas da mesma, fornece, por conseguinte, uma embalagem adaptada para elevar a temperatura do produto alimentício dentro da mesma embalagem e capaz de eliminar sobrepressão gerada por vapor de água presente dentro da embalagem devido à elevação de temperatura, sem qualquer abertura se comunicando com a parte interna da própria embalagem com o ambiente exterior. A embalagem também é capaz de limitar/reduzir a emissão de substâncias produtoras de odor geradas durante o aquecimento ou cozimento do produto alimentício embalado, no que diz respeito ao que ocorre na ausência de uma embalagem, ou com uma embalagem apresentando aberturas.
[056] Outras vantagens, recursos e modos de uso da presente descrição tornar-se-ão aparentes a partir da descrição detalhada a seguir de concretizações da mesma, fornecidos a título de exemplo e não com fins limitativos.
Breve descrição dos desenhos
[057] Referência é feita às figuras dos desenhos anexos, em que: a Figura 1 mostra uma vista lateral de um recipiente de alimento na forma de um prato ou bandeja de acordo com uma primeira concretização preferida; a Figura 2A é uma vista lateral de um recipiente de alimento na forma de vidro ou copo de uma segunda concretização preferida; a Figura 2B mostra uma vista lateral do recipiente da Figura 2A em uma configuração aberta; a Figura 3A mostra uma vista lateral de um recipiente de alimento na forma de uma frigideira de múltiplos compartimentos de acordo com uma terceira concretização preferida; as Figuras 3B e 3C referem-se ao recipiente da Figura 3A, mostrando respectivamente uma vista em planta de baixo e uma vista em planta de cima, a última em uma configuração aberta; e a Figura 3D mostra o recipiente da Figura 3A em uma configuração diferente refechada a jusante do aquecimento ou cozimento de um alimento recebido no mesmo.
Descrição detalhada de concretizações preferidas
[058] Com referência às figuras acima, algumas concretizações preferidas serão descritas agora, o que se refere basicamente à conformação da porção principal acima mencionada e a porção de fechamento.
[059] Os materiais dos quais os pacotes são feitos, e os modos de unir o elemento de cobertura na porção principal já foram ilustrados acima.
[060] Referindo-se inicialmente à Figura 1, um pacote, ou recipiente, feito de acordo com uma primeira concretização preferida está designado globalmente pelo numeral de referência 1. Ele compreende uma porção principal rígida 11 destinada a receber um alimento e conformada como uma frigideira ou prato, em particular, tendo um perfil circular na vista em planta, e uma porção de cobertura 12 aplicada e um aro perimetral 10 da frigideira ou prato.
[061] A Figura 1 também mostra um alojamento externo 100 da embalagem 1 que é removido antes da introdução no forno.
[062] Com referência às Figuras 2A e 2B, uma embalagem ou recipiente feita de acordo com outra concretização preferida é designada globalmente pelo numeral de referência 2. Ela compreende uma porção principal rígida 21 para receber um alimento e conformada como um vidro ou copo, em particular, tendo um perfil circular na vista em planta, e uma porção de cobertura 22 aplicada em um aro periférico 20 do vidro ou copo.
[063] Com referências às Figuras 3A a 3C, uma embalagem, ou recipiente, feita de acordo com uma outra concretização preferida é designada globalmente pelo numeral de referência 3. Ela compreende uma porção principal rígida 31 para receber um alimento e conformada como uma frigideira de múltiplos compartimentos, em particular, tendo um formato poligonal, por exemplo, um formato quadrado, na vista em planta. A porção principal 31 define um espaço interno subdividido em um primeiro compartimento 33 e um segundo compartimento 34 separado por um septo intermediário 35. No presente exemplo, o primeiro compartimento 33 possui uma capacidade inferior àquela do segundo compartimento 34.
[064] A embalagem 3 compreende também uma porção de cobertura 32 aplicada a, e aderida a um aro periférico 30 da porção principal 31 e preferencialmente também na borda superior do septo 35.
[065] Como mostrado na Figura 3, após a embalagem 3 ter sido colocada no forno e o cozimento do produto recebido nele ter sido realizado, a porção de fechamento ou cobertura 32 é retirada e a porção principal 31 é dobrada, em uma margem angular do primeiro compartimento 33, sobre a porção oposta, de modo a formar uma concha constituída por duas meias-conchas 31' e 31'' arranjadas uma sobre a outra.
[066] A embalagem 3 pode ter elementos de travamento, por exemplo, na forma de protuberâncias/projeções, e assentos correspondentes, para fechar as duas meias-conchas 31' e 31'' uma sobre a outra.
[067] Esta concretização é particularmente vantajosa para aquecer de forma ótima sanduíches com hambúrgueres ou com um recheio quente diferente.
[068] De fato, se o aquecimento ocorre com duas porções de sanduíche sobrepostas e o hambúrguer no centro, não seria possível atingir o efeito de pão prensado também no centro, porque o vapor de água liberado pela comida não permitiria que ele ficasse seco. Ao contrário, colocando em um lado, em particular, no primeiro compartimento 33, a fatia de pão com o lado interno para cima e na outra parte, particularmente no segundo compartimento 34, a comida não entra em contato com a porção de sanduíche superior, é obtido um corado perfeito do produto. Após cozimento, dobrando a porção de bandeira 31 sobre si mesma, o sanduiche é composto em seu formato padrão. Esta situação é exemplificada na Figura 3, em que as duas partes do sanduíche estão designadas por P1 e P2.
[069] A porção principal 31 possui uma superfície interna 36 em contato com o produto alimentício que pode ser tratada ou revestida de modo a ficar impermeável a líquido e gorduras.
[070] A porção principal 31 possui uma superfície 36 em contato com o produto alimentício que pode estender-se de acordo com planos descontínuos na parte voltada para o plano de cozimento e aquecimento do forno.
[071] A presente divulgação foi apresentada até o momento com referência às concretizações preferidas. Pretende-se que possam existir outras concretizações que se referem ao mesmo conceito inventivo conforme definido pelo escopo das reivindicações a seguir.

Claims (17)

1. Embalagem (1) para um produto alimentício, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende: uma porção principal conformada (11, 21, 31) definindo um espaço apto para receber o produto alimentício, esta porção principal é feita pelo menos predominantemente de um material de fibra celulósica e possui: uma rigidez Taber de 15° ISO 2493-73, medida em uma região de seção homogênea, compreendida em uma faixa de 20-1000 mN; e permeabilidade a vapor de água, medida em condições controladas de 38°C e 90% U.R., compreendida em uma faixa de 30-1500 g/m2/24h; e uma porção de cobertura (12, 22, 32) em forma de folha, que é feita pelo menos predominantemente de um material de fibra celulósica e possui uma permeabilidade a vapor de água > 100 g/m2/24h em condições controladas de 38°C e 90% U.R., esta porção de cobertura (12, 22, 32) é conectada vedantemente a um aro periférico de dita porção principal conformada (11, 21, 31), em que a configuração da embalagem (1) é de maneira tal que permite que ela seja colocada em um forno para aquecimento ou cozimento do produto alimentício recebido dentro dela.
2. Embalagem (1), de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção principal conformada (11, 21, 31) e/ou a dita porção de cobertura (12, 22, 32) é feita pelo menos predominantemente de fibra celulósica.
3. Embalagem (1), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção principal conformada (11, 21, 31) é configurada como um prato, vidro ou copo, preferivelmente em que a dita porção principal conformada (11, 21, 31) possui uma construção de múltiplos compartimentos, mais preferivelmente em que a dita porção principal conformada (11, 21, 31) é formada por duas meias-conchas (31’, 31”) aptas a ser fechadas uma sobre a outra após a dita porção de cobertura (12, 22, 32) ter sido removida.
4. Embalagem (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção de cobertura (12, 22, 32) possui uma espessura compreendida em uma faixa de 40-200 MY.
5. Embalagem (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção principal conformada (11, 21, 31) possui uma construção de múltiplas camadas, preferivelmente em que cada camada da dita construção de múltiplas camadas possui uma espessura compreendida em uma faixa de 100-2100 MY e possui uma rigidez Taber de 15° ISO 2493-73, medida em uma região de seção homogênea, compreendida em uma faixa de 20-1000 mN.
6. Embalagem (1), de acordo com a reivindicação 5, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção principal conformada (11, 21, 31) possui uma camada intermediária feita de um material termorresistente e/ou isolante térmico.
7. Embalagem (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção principal conformada (11, 21, 31) e/ou a dita porção de cobertura (12, 22, 32) possui uma camada impermeável a água feita de, ou compreendendo, um ou mais entre: sílica, SiO4, goma-laca, resina acrílica, pó termoendurecível, preferivelmente em que a dita camada impermeável a água possui uma espessura compreendida entre 0,1-40 MY.
8. Embalagem (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção principal conformada (11, 21, 31) e/ou a dita porção de cobertura (12, 22, 32) possui propriedades inibidoras de odor.
9. Embalagem (1), de acordo com a reivindicação 8, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção principal conformada (11, 21, 31) e/ou a dita porção de cobertura (12, 22, 32) inclui fibras celulósicas trabalhadas, quitosana, grafeno, zeólitos e/ou carbono ativado.
10. Embalagem (1), de acordo com a reivindicação 8 ou 9, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção principal conformada (11, 21, 31) e/ou a dita porção de cobertura (12, 22, 32) inclui substâncias com propriedades de controle do odor na forma de uma camada interna ou externa e/ou integrada em uma estrutura da porção.
11. Embalagem (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende uma capa externa do tipo folha (100), impermeável a água e/ou gás.
12. Embalagem (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção de cobertura (12, 22, 32) possui um peso < 150 g/m2, preferencialmente compreendida em uma faixa de 60 g/m2 e 125 g/m2.
13. Embalagem (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção de cobertura (12, 22, 32) é ligada termicamente à dita porção principal conformada (11, 21, 31).
14. Embalagem (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção principal conformada (11, 21, 31) possui uma superfície interna configurada para estar, em uso, em contato com o produto alimentício, e esta superfície interna é tratada ou revestida de modo a ser impermeável a líquidos e/ou gorduras, preferivelmente em que a dita superfície interna possui um revestimento feito de uma sílica resistente a água, e/ou de uma resina acrílica combinada com um poliéster termoendurecível em pó.
15. Embalagem (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção de cobertura (12, 22, 32) é ligada a dita porção principal conformada (11, 21, 31) por uma composição polimérica, preferencialmente pré-aplicada e pré-seca em uma região da dita porção de cobertura (12, 22, 32) e/ou do dito aro periférico da dita porção principal conformada (11, 21, 31).
16. Embalagem (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção principal conformada (11, 21, 31) possui um fundo, voltado para uma superfície lisa de cozimento ou aquecimento do equipamento, dito fundo fornecendo elementos espaçantes a partir da dita superfície lisa de cozimento ou aquecimento de modo a gerar uma circulação de ar.
17. Embalagem (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 16, CARACTERIZADA pelo fato de que a dita porção principal conformada (11, 21, 31) é configurada para obter uma distribuição de temperatura ao longo de uma seção vertical do produto alimentício tendo uma variância compreendida entre 0 e 4° C para cada centímetro de seção vertical da embalagem (1).
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