BR112019022823B1

BR112019022823B1 - Implante dentário, peça secundária, ferramenta de inserção e sistema de implante dentário

Info

Publication number: BR112019022823B1
Application number: BR112019022823-3A
Authority: BR
Inventors: Ophir Fromovich
Original assignee: Straumann Holding Ag
Priority date: 2017-05-02
Filing date: 2018-05-02
Publication date: 2022-11-22
Also published as: CN110799148B; CA3057267A1; EP3618757B1; US11918436B2; CN110799148A; EP3618757A1; US20200146786A1; JP2020518380A; EP4335406A1; KR20190141161A; KR20240005242A; WO2018203247A1; BR112019022823A2; EP3398553A1

Abstract

IMPLANTE DENTÁRIO, PEÇA SECUNDÁRIA, FERRAMENTA DE INSERÇÃO E SISTEMA DE IMPLANTE DENTÁRIOA presente invenção diz respeito a um implante dentário (1, 1?) tendo um formato substancialmente cilíndrico com um eixo longitudinal (A) definindo um sentido longitudinal, o implante dentário (1, 1?) incluindo: uma seção coronal (11) incluindo uma extremidade coronal do implante dentário (1, 1?); uma região roscada (14) se estendendo apicalmente a partir da seção coronal (11) até uma ponta apical (15) do implante dentário (1); e um orifício cego interno para conexão a uma peça secundária, o orifício cego interno incluindo: uma seção estabilizadora (16) se estendendo apicalmente a partir da extremidade coronal do implante dentário (1, 1?); e uma seção de aperto e alinhamento (17) se estendendo apicalmente a partir de uma extremidade apical da seção estabilizadora (16), sendo que a seção de aperto e alinhamento (17) é provida de uma pluralidade de lóbulos conectores (171) com um formato côncavo e se estendendo no sentido longitudinal, em que os lóbulos conectores (171) são interconectados pelas respectivas áreas de união de lóbulos (172) que também se estendem no sentido longitudinal, e sendo que cada uma das áreas de união de lóbulos (172) inclui: duas seções convexas (174) se estendendo no sentido longitudinal e adjacentes a um respectivo lóbulo conector (171); e uma seção côncava (175) se estendendo no sentido longitudinal entre as (...).

Description

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção se refere, de forma genérica, a um implante dentário com um acoplamento aprimorado para uma ferramenta de inserção e/ou para uma peça secundária e/ou qualquer outro elemento sobreposto, tal como, por exemplo, um pilar sobreposto ao implante dentário. A presente invenção também se refere a uma peça secundária, tal como, por exemplo, um pilar, com um acoplamento aprimorado a um implante dentário. Além disso, a presente invenção também se refere a uma ferramenta de inserção com um acoplamento aprimorado a um implante dentário. Além disso, a presente invenção também se refere a um sistema de implante dentário, particularmente um sistema de implante dentário de várias peças com um acoplamento aprimorado entre um implante dentário e uma peça secundária, tal como, por exemplo, um pilar, em que o acoplamento também é adequado para cooperar com uma ferramenta de inserção destinada à colocação do implante dentário em um osso receptor.

FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO

[002] Geralmente, os sistemas de implantes dentários de múltiplas peças são utilizados em cirurgia dentária para reconstruir partes dentárias de um ser humano. Normalmente, um sistema de implante de múltiplas peças é composto por um implante dentário, preferencialmente um parafuso dentário, que é inserido apertando ou pressionando-se um orifício receptor que tenha sido preparado, por exemplo, no tecido ósseo, e por um pilar ou uma peça secundária que pode ser fixada a um orifício cego interno do implante dentário. O pilar ou a peça secundária é adaptada, entre outras coisas, para suportar uma prótese dentária ou uma ponte dentária. A fixação do pilar ou da peça secundária ao implante dentário é alcançada por meio de um parafuso de conexão que é fixado de forma roscada a uma rosca interna do orifício cego interno do implante dentário.

[003] Um sistema de implante dentário incluindo um implante dentário, particularmente um parafuso de implante dentário, uma peça secundária (a saber, um pilar) e um parafuso de conexão são conhecidos a partir do documento US 2005/0287497 A1. O orifício cego interno do implante dentário conhecido inclui uma seção estabilizadora que se estende a partir de uma extremidade coronal do implante dentário, uma seção de aperto e alinhamento que se estende apicalmente a partir da extremidade apical da seção estabilizadora e uma seção roscada interna se estendendo apicalmente a partir da extremidade apical da seção de aperto e alinhamento. A seção de aperto e alinhamento conhecida é formada por uma pluralidade de lóbulos alternados de dimensões iguais com seções côncavas interpostas entre seções convexas, de tal modo que uma configuração semelhante a uma flor seja implementada. O pilar do sistema de implante dentário conhecido a partir do US 2005/0287497 A1 é formado na sua extremidade apical de maneira complementar à seção estabilizadora e à seção de aperto e alinhamento do implante dentário, e possui ainda um orifício de passagem que permite que o parafuso conector passe através do mesmo para engatar na seção roscada interna do orifício cego do implante dentário e manter o pilar fixo em uma posição angular determinada no implante dentário.

[004] Um problema frequente que surge com os sistemas de implantes dentários de múltiplas peças descritos acima é a dificuldade de posicionamento angular correto e estabilidade do pilar ou da peça secundária dentro do implante dentário que já foi colocado no tecido ósseo. Além disso, como os mesmos meios de acoplamento são usados para posicionar a peça secundária no implante dentário e acoplá-lo a um instrumento de inserção que é usado para colocar o implante dentário no tecido ósseo, surge o problema da resistência ao torque suficiente dos meios de acoplamento. Outro problema que surge em sistemas de implantes dentários de múltiplas peças é a vedação entre o implante dentário e a peça secundária, pois, por uma questão de esterilidade, a penetração de fluido no orifício cego interno do implante dentário através dos meios de acoplamento deve ser minimizada.

[005] No documento US 2005/0287497 A1, o problema do posicionamento angular correto da peça secundária no implante dentário foi solucionado através da criação de uma conexão interna do implante dentário e da peça secundária (ou seja, um pilar) em que o implante dentário inclui a supramencionada configuração de lóbulos para instalação da peça secundária e uma superfície chanfrada posicionada no lado proximal da configuração lobulada para proporcionar estabilidade entre o implante dentário e a peça secundária correspondente.

[006] No entanto, ainda existe a necessidade na técnica da odontologia de fornecer um implante dentário, uma peça secundária, uma ferramenta de inserção e um sistema de implante dentário, incluindo um implante dentário e uma peça secundária, em que os problemas de posicionamento e estabilidade mencionados acima com a força de torção e os problemas de vedação são resolvidos de forma satisfatória.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[007] O objetivo da presente invenção é prover um implante dentário aprimorado, uma peça secundária aprimorada, uma ferramenta de inserção aprimorada e um sistema de implante dentário aprimorado, incluindo um implante dentário e uma peça secundária que evita as desvantagens dos dispositivos do estado da técnica e, portanto, permite um acoplamento estável e estéril entre o implante dentário e a peça secundária em uma pluralidade de posições angulares, enquanto ao mesmo tempo a resistência mecânica e a resistência à torção do acoplamento entre o implante dentário e a peça secundária e/ou a ferramenta de inserção são aumentados em comparação com as soluções convencionais do estado da técnica.

[008] Dentro do escopo deste objetivo, um objetivo da presente invenção é prover um implante dentário aprimorado, uma peça secundária aprimorada, uma ferramenta de inserção aprimorada e um sistema de implante dentário aprimorado, incluindo um implante dentário que pode ser usado em várias aplicações dentárias para suportar diversas superestruturas.

[009] Além disso, dentro do escopo dos objetivos acima, outro objetivo da presente invenção é prover um implante dentário aprimorado, uma peça secundária aprimorada, uma ferramenta de inserção aprimorada e um sistema de implante dentário aprimorado, incluindo um implante dentário que pode ser facilmente fabricado, reduzindo os custos gerais para a produção do sistema de implantes dentários como um todo e de seus componentes individuais.

[0010] Ainda outro objetivo da presente invenção é prover um acoplamento aprimorado para um sistema de implante dentário de múltiplas peças, em que o número de peças é minimizado.

[0011] Esse objetivo e outros que se tornarão mais evidentes a partir da descrição apresentada a seguir são alcançados por um implante dentário conforme definido na reivindicação 1, uma peça secundária para um implante dentário conforme definido na reivindicação 24, uma ferramenta de inserção conforme definida na reivindicação 35 e um sistema de implante dentário conforme definido nas reivindicações 45 e 46.

[0012] Outros aspectos vantajosos da presente invenção são definidos nas reivindicações dependentes em anexo.

[0013] A presente invenção provê, em determinadas modalidades da mesma, um implante dentário para uso em um sistema de implante dentário incluindo uma peça secundária, em que o implante dentário possui um formato substancialmente cilíndrico com um eixo longitudinal definindo um sentido longitudinal, com o implante dentário incluindo: uma seção coronal incluindo uma extremidade coronal do implante dentário; uma região roscada se estendendo apicalmente a partir da seção coronal a uma ponta apical do implante dentário; e um orifício cego interno para conexão a uma peça secundária, com o orifício cego interno incluindo: uma seção estabilizadora se estendendo apicalmente a partir da extremidade coronal do implante dentário; e uma seção de aperto e alinhamento se estendendo apicalmente a partir de uma extremidade apical da seção estabilizadora, em que a seção de aperto e alinhamento é provida de uma pluralidade de lóbulos conectores com um formato côncavo e se estendendo no sentido longitudinal, com os lóbulos conectores sendo interconectados pelas respectivas áreas de união de lóbulos também se estendendo no sentido longitudinal, com cada uma das áreas de união de lóbulos incluindo: duas seções convexas se estendendo no sentido longitudinal e adjacentes a um respectivo lóbulo conector; e uma seção côncava se estendendo no sentido longitudinal entre as duas seções convexas.

[0014] Preferencialmente, o orifício cego interno do implante dentário inclui, adicionalmente, uma seção apical roscada internamente se estendendo apicalmente a partir de uma extremidade apical de sua seção de aperto e alinhamento.

[0015] Além disso, preferencialmente, no implante dentário de acordo com a presente invenção, os lóbulos conectores e a área de união de lóbulos se estendem substancialmente ao longo de toda a extensão axial da seção de aperto e alinhamento.

[0016] Alternativamente, cada área de união de lóbulos pode incluir uma porção apical que possui uma configuração em degraus.

[0017] Ainda de forma preferencial, a porção apical da área de união de lóbulos possui uma superfície lateral que faz parte de uma superfície cilíndrica lateral com um eixo que coincide com o eixo do implante dentário, em que a superfície lateral é provida de uma saliência que se estende em um sentido radial ao eixo do implante dentário. Em uma alternativa adicional, a porção apical pode possuir uma superfície lateral que faça parte de uma superfície cônica truncada alargando-se coronalmente com um eixo coincidente ao eixo do implante dentário, sendo que a superfície lateral é provida de uma saliência que se estende em um sentido radial ao eixo do implante dentário. A extensão radial da borda pode ser substancialmente perpendicular ao eixo do implante dentário ou pode ser inclinada apicalmente em relação ao eixo do implante dentário.

[0018] De acordo com uma modalidade preferencial adicional do implante dentário da presente invenção, os lóbulos conectores são peças dos respectivos cilindros com uma área lateral paralela ao eixo do implante dentário e em que, preferencialmente, as partes de cilindro são semicilindros. Além disso, as seções convexas e côncavas das áreas de união de lóbulos também podem ser peças dos respectivos cilindros com uma área lateral paralela ao eixo do implante dentário.

[0019] Além disso, vantajosamente, o implante dentário inclui uma plataforma substancialmente circular na extremidade coronal da seção de aperto e alinhamento que é adjacente à extremidade apical da seção estabilizadora. A plataforma substancialmente circular pode ser formada pelas peças coronais radialmente salientes das áreas de união de lóbulos.

[0020] De acordo com um aspecto vantajoso adicional do implante dentário de acordo com a presente invenção, sua região de aperto e alinhamento é formada por seis lóbulos conectores e um número igual de áreas de união de lóbulos que são interpostas entre os lóbulos conectores.

[0021] No implante dentário acima, é particularmente vantajoso que a seção estabilizadora seja formada como um cone truncado se alargando no sentido coronal e com uma abertura coronal com um ângulo de 5 graus a 7,9 graus, mais preferencialmente de 5 graus a 7,7 graus, ainda mais preferencialmente de 5 graus a 7 graus e mais preferencialmente 7 graus em relação ao eixo do implante dentário. Todas as faixas anteriores são entendidas como incluindo os valores limite e, além disso, todos os valores anteriores são entendidos como incluindo desvios do valor exato dentro das tolerâncias de engenharia conhecidas pelo técnico no assunto. O mesmo se aplica a todos os valores, faixas de valores e razões indicados no texto a seguir do relatório descritivo e quadro reivindicatório com relação a qualquer característica do presente pedido.

[0022] No implante dentário acima, a seção coronal pode preferencialmente incluir uma seção lisa que se estende no sentido apical a partir da extremidade coronal do implante dentário e uma seção roscada que se estende no sentido apical da extremidade apical da seção lisa até a extremidade coronal da região roscada, sendo que a seção roscada é adaptada para fixar uma peça secundária a uma parte externa do implante dentário e/ou a seção roscada inclui uma rosca inversa e/ou a seção roscada é adaptada para facilitar a osseointegração do implante dentário em um tecido ósseo.

[0023] A seção lisa da seção coronal do implante dentário pode preferencialmente compreender uma parte chanfrada nas proximidades da extremidade coronal da seção coronal do implante dentário, sendo que a parte chanfrada é inclinada apicalmente em sua periferia. É particularmente vantajoso que a parte chanfrada forme um ângulo de 17 a 27 graus, mais preferencialmente um ângulo de 20 a 24 graus, e mais preferencialmente um ângulo de 22,5 graus em relação a um plano perpendicular ao eixo do implante dentário.

[0024] A extremidade coronal do implante dentário pode ser definida por um rebordo plano opcional adjacente à parte chanfrada, em que o rebordo plano se encontra preferencialmente no plano perpendicular ao eixo do implante dentário, em que, adicional e preferencialmente, ao longo de um raio que se estende a partir do eixo do implante dentário, as razões da largura radial do rebordo plano para a largura radial da projeção da parte chanfrada no raio são de 1/5 a 1/3. Caso contrário, se o rebordo plano for suprimido, a parte chanfrada define a extremidade coronal do implante dentário.

[0025] De acordo com outro aspecto vantajoso preferencial da invenção, é provida uma fenda inferior na extremidade apical da seção de aperto e alinhamento, e mais preferencialmente entre a extremidade apical da seção de aperto e alinhamento e uma plataforma coronal da seção apical roscada internamente. Preferencialmente, a fenda inferior se estende apicalmente abaixo das saliências da porção apical das áreas de união de lóbulos até uma plataforma coronal da seção apical roscada internamente do orifício cego interno do implante dentário. A plataforma coronal pode se estender em um plano perpendicular ao eixo do implante dentário. Além disso, preferencialmente, a fenda inferior possui uma extensão reduzida nos lóbulos conectores da seção de aperto e alinhamento do implante dentário ou também pode ser suprimida nos lóbulos conectores, de tal modo que a fenda inferior tenha aproximadamente uma configuração semelhante a pétala.

[0026] No implante dentário acima, a região roscada pode vantajosamente incluir pelo menos um entalhe, sendo que cada um é preferencialmente configurado para fresar ossos, coletar ossos, condensar ossos e dispersar ossos quando o implante dentário é girado no sentido horário e no sentido anti-horário. De modo ainda mais preferencial, a rosca da região roscada (14) do implante dentário pode ter uma forma helicoidal.

[0027] Em outras modalidades, a presente invenção provê uma peça secundária para uso em um implante dentário ou um sistema de implante dentário incluindo um implante dentário, em que a peça secundária possui um orifício central que se estende ao longo de um eixo longitudinal da mesma, o eixo longitudinal definindo um sentido longitudinal, sendo que a peça secundária inclui: uma seção coronal incluindo uma extremidade coronal da peça secundária; uma seção estabilizadora se estendendo apicalmente a partir da extremidade apical da seção coronal, em que, preferencialmente pelo menos em uma parte apical da mesma, normalmente possui um formato de cone truncado que se alarga em um sentido coronal da peça secundária; e uma seção de alinhamento se estendendo apicalmente a partir de uma extremidade apical da seção estabilizadora, sendo que a seção de alinhamento é provida de uma pluralidade de lóbulos conectores se estendendo no sentido longitudinal e possui um formato convexo, os lóbulos conectores sendo interconectados pelas respectivas áreas de união de lóbulos que também se estendem no sentido longitudinal, cada uma das áreas de união de lóbulos incluindo: duas seções côncavas se estendendo no sentido longitudinal e adjacentes a um respectivo lóbulo conector; e uma seção convexa se estendendo no sentido longitudinal entre as duas seções convexas.

[0028] Preferencialmente, a peça secundária é modalizada como um pilar para suportar um único dente ou uma ponte dentária.

[0029] Preferencialmente, na peça secundária supramencionada, tanto os lóbulos conectores quanto as áreas de união de lóbulos da seção de alinhamento se estendem substancialmente ao longo de toda a extensão axial da seção de alinhamento.

[0030] Além disso, preferencialmente, na peça secundária os lóbulos conectores são partes dos respectivos cilindros com uma área lateral paralela ao eixo da peça secundária, e as partes de cilindro são preferencialmente semicilindros.

[0031] Também de forma preferencial, as seções convexas e côncavas das áreas de união de lóbulos são partes dos respectivos cilindros com uma área lateral paralela ao eixo da peça secundária.

[0032] Vantajosamente, o número de lóbulos conectores e o número de áreas de união de lóbulos da seção de alinhamento da peça secundária são iguais a seis.

[0033] De acordo com um aspecto vantajoso da supramencionada peça secundária, a parte apical da seção estabilizadora possui o formato de um cone truncado se alargando no sentido coronal e com uma abertura coronal com um ângulo de 5 graus a 7,9 graus, mais preferencialmente de 5 graus a 7,7 graus, ainda mais preferencialmente de 5 graus a 7 graus e mais preferencialmente 7 graus em relação ao eixo da peça secundária.

[0034] A seção estabilizadora pode ainda vantajosamente incluir uma parte coronal que possua uma região de alargamento externa maior em comparação com a região de alargamento externa da parte apical da seção estabilizadora, de modo a permitir a formação da saliência de apoio na extremidade apical da seção coronal da peça secundária.

[0035] Além disso, de acordo com um aspecto opcional, a seção coronal da peça secundária supramencionada inclui ainda meios para posicionar rotativamente uma prótese dentária sobre a mesma, sendo que a prótese pode incluir um único dente ou uma ponte dentária.

[0036] De acordo com outro aspecto vantajoso da peça secundária supramencionada, a interface entre a parte coronal da seção estabilizadora e a parte apical da seção estabilizadora é formada como uma superfície chanfrada, sendo que a superfície chanfrada é inclinada apicalmente em direção à sua periferia. A superfície chanfrada pode formar um ângulo de 17 a 27 graus, mais preferencialmente um ângulo de 20 a 24 graus e ainda mais preferencialmente um ângulo de 22,5 graus em relação a um plano perpendicular ao eixo A da peça secundária.

[0037] Em outras modalidades, a presente invenção provê uma ferramenta de inserção para uso em um implante dentário ou em um sistema de implante dentário incluindo um implante dentário, em que a ferramenta de inserção possui um eixo longitudinal definindo uma direção longitudinal, com a ferramenta de inserção incluindo uma seção coronal com uma porção de haste para conexão a um dispositivo rotativo; e uma seção apical para engate com um orifício interno do implante dentário, sendo que a seção apical inclui, da parte coronal à apical, uma primeira seção estabilizadora e uma seção de aperto, e em que a seção de aperto é provida de uma pluralidade de lóbulos conectores com um formato convexo e se estendendo no sentido longitudinal, com os lóbulos conectores sendo interconectados por respectivas áreas de união de lóbulos se estendendo também no sentido longitudinal, com cada uma das áreas de união de lóbulos possuindo um formato substancialmente côncavo.

[0038] Preferencialmente, as áreas de união de lóbulos da seção de aperto da ferramenta de inserção incluem duas seções côncavas que se estendem no sentido longitudinal e adjacentes a um respectivo lóbulo conector das mesmas; e uma seção convexa se estendendo no sentido longitudinal entre as duas seções convexas.

[0039] Também preferencialmente, na peça secundária supramencionada, tanto os lóbulos conectores quanto as áreas de união de lóbulos da seção de alinhamento se estendem substancialmente ao longo de toda a extensão axial da seção de aperto.

[0040] Os lóbulos conectores da seção de aperto da ferramenta de inserção supramencionada são partes dos respectivos cilindros com uma área lateral paralela ao eixo da ferramenta de inserção, e em que, preferencialmente, as partes de cilindro são semicilindros.

[0041] Além disso, preferencialmente as áreas de união de lóbulos da seção de aperto da ferramenta de inserção supramencionada são partes dos respectivos cilindros com uma área lateral que é paralela ao eixo da ferramenta de inserção, em que ainda preferencialmente as partes de cilindro são semicilindros.

[0042] Alternativamente, quando as áreas de união de lóbulos da seção de aperto da ferramenta de inserção incluem duas seções côncavas que se estendem no sentido longitudinal e adjacentes a um respectivo lóbulo conector das mesmas; e uma seção convexa que se estende na direção longitudinal entre as duas seções convexas, as seções côncava e convexa das áreas de união de lóbulos são partes dos respectivos cilindros com uma área lateral paralela ao eixo da ferramenta de inserção.

[0043] O número de lóbulos conectores e o número de áreas de união de lóbulos da seção de aperto da ferramenta de inserção supramencionada são preferencialmente iguais a seis.

[0044] Na ferramenta de inserção supramencionada, a seção estabilizadora pode possuir, em geral, um formato de cone truncado se alargando coronalmente, em que, e ainda preferencialmente uma abertura coronal da primeira da seção estabilizadora possui um ângulo de 5 graus a 7,9 graus, mais preferencialmente de 5 graus a 7,7 graus, ainda mais preferencialmente de 5 graus a 7 graus e mais preferencialmente 7 graus em relação ao eixo da ferramenta de inserção.

[0045] A ferramenta de inserção pode incluir, adicionalmente, um recesso circular formado de maneira periférica em torno do eixo da ferramenta de inserção, sendo que o recesso circular divide a seção de aperto em uma parte coronal e uma parte apical, com o recesso circular sendo adaptado para alojar um anel do tipo O-ring resiliente ou um anel do tipo C-ring partido.

[0046] Em uma modalidade preferencial, a ferramenta de inserção descrita acima inclui uma segunda seção estabilizadora disposta em uma extremidade apical da seção de aperto e definindo a extremidade apical da ferramenta de inserção, sendo que a segunda seção estabilizadora tem preferencialmente um formato cilíndrico dimensionado para corresponder a uma seção roscada interna do orifício cego do implante dentário.

[0047] Além disso, a seção coronal do implante dentário descrito acima pode incluir, em uma região coronal desta, um elemento de engate configurado para engatar uma máquina giratória e/ou sendo que a seção coronal pode incluir, em uma região apical desta, uma seção de engate de ferramenta manual configurada para engatar uma ferramenta de aplicação de torque manual, sendo que, preferencialmente, a seção de engate de ferramenta manual é hexagonal ao longo de uma seção transversal axial da ferramenta de inserção, com cada lado do hexágono incluindo uma pluralidade de recessos, preferencialmente com uma configuração substancialmente cônica.

[0048] Em outras modalidades adicionais, é provido um sistema de implante dentário, sendo que o sistema de implante dentário inclui um implante dentário e uma peça secundária, conforme definido acima. Preferencialmente, o sistema de implante dentário inclui ainda uma ferramenta de fixação conforme descrita acima.

[0049] O sistema dentário também pode incluir, adicionalmente, uma tampa de cicatrização, uma tampa de impressão e uma peça secundária roscável que pode ser roscada externamente ao implante dentário sem a necessidade de um parafuso de fixação se estendendo através do orifício cego interno do implante dentário.

[0050] Preferencialmente, a peça secundária roscável inclui uma rosca interna em uma seção da mesma com um formato axialmente simétrico, de tal modo que a peça secundária roscável seja roscável à seção rosqueada externamente da seção coronal do implante dentário. A peça secundária roscável pode ainda incluir uma superfície chanfrada interna com um ângulo de inclinação de 17 a 27 graus, mais preferencialmente um ângulo de 20 a 24 graus e ainda mais preferencialmente um ângulo de 22,5 graus em relação a um plano perpendicular a um eixo longitudinal da peça secundária roscável. Além disso, a peça secundária roscável pode ter, em geral, um formato de um corpo de rotação axialmente simétrico, incluindo uma seção cilíndrica coronal, uma seção com formato de cone truncado chanfrado e uma seção cilíndrica apical, sendo que, preferencialmente, a seção cilíndrica coronal da peça secundária roscável tem um diâmetro menor que a seção cilíndrica apical da peça secundária roscável e a seção com formato de cone truncado chanfrado forma entre elas uma superfície de aposição para uma superestrutura, em que, ainda preferencialmente, a seção com formato de cone truncado chanfrado forma um ângulo de 17 a 27 graus, mais preferencialmente um ângulo de 20 a 24 graus e ainda mais preferencialmente um ângulo de 22,5 graus em relação a um plano perpendicular ao eixo da peça secundária.

[0051] Preferencialmente, a tampa de cicatrização possui o formato de um corpo de rotação axialmente simétrico ao longo de um eixo longitudinal do mesmo, a tampa de cicatrização tendo uma cabeça alargada disposta na extremidade coronal desta, sendo que a cabeça alargada é provida de meios de engate de chave, com a cabeça alargada da tampa de cicatrização tendo ainda apicalmente uma seção estabilizadora que corresponde exatamente à seção estabilizadora do implante dentário.

[0052] A tampa de cicatrização pode opcionalmente incluir adicionalmente, apicalmente da seção estabilizadora, uma seção intermediária e uma seção roscada adaptada para engatar de maneira roscada a rosca interna da seção apical roscada internamente do orifício cego interno do implante dentário.

[0053] De acordo com uma alternativa preferencial adicional, a tampa de cicatrização inclui ainda apicalmente da seção estabilizadora, uma seção adicional que segue o contorno da seção de aperto e alinhamento do implante dentário.

[0054] Além disso, em todas as modalidades, a tampa de cicatrização pode vantajosamente incluir uma superfície chanfrada interna que siga exatamente o formato da parte chanfrada da seção lisa da seção coronal do implante dentário, de modo que a superfície chanfrada interna da tampa de cicatrização tenha um ângulo de 17 a 27 graus, mais preferencialmente um ângulo de 20 a 24 graus e ainda mais preferencialmente um ângulo de 22,5 graus em relação a um plano perpendicular ao eixo longitudinal da tampa de cicatrização.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0055] Outras características e vantagens da presente invenção se tornarão mais evidentes a partir da descrição a seguir de uma modalidade preferencial, mas não exclusiva, do sistema de implante de acordo com a invenção, o qual é ilustrado a título de exemplo não limitante nos desenhos anexos, em que: A Fig. 1 é uma vista lateral de um implante dentário que incorpora um acoplamento para uma peça secundária, em que o acoplamento é desenvolvido de acordo com a presente invenção; A Fig. 2 é uma vista em perspectiva em corte transversal de uma seção do implante dentário da Fig. 1; A Fig. 2A é uma apresentação ampliada de uma seção da vista em perspectiva em corte transversal do implante dentário da Fig. 2; A Fig. 3 é uma vista superior do implante dentário da Fig. 1; A Fig. 3A é um detalhe ampliado da vista superior do implante dentário de acordo com a Fig. 3; A Fig. 3B é uma variação do detalhe ampliado da Fig. 3A; A Fig. 4 é uma vista em corte parcial do implante dentário da Fig. 1; A Fig. 5A é uma vista lateral do implante dentário das Figs. 1 a 4 com a peça secundária montada; A Fig. 5B é uma vista em corte transversal do implante dentário das Figs. 1 a 4 com uma peça secundária montada; A Fig. 5C é uma vista detalhada ampliada da Fig. 5B; A Fig. 5D é uma vista em perspectiva do implante dentário com a peça secundária da Fig. 5A fixada por meio de um parafuso conector; A Fig. 5E é uma vista em perspectiva em corte transversal do implante dentário da Fig. 5A com a peça secundária montada por meio de um parafuso de conexão; A Fig. 6A é uma vista em perspectiva da peça secundária de acordo com a presente invenção adaptada para ser recebida no implante dentário mostrado nas Figs. 1 a 5E; A Fig. 6B é uma vista inferior da peça secundária de acordo com a presente invenção adaptada para ser recebida no implante dentário mostrado nas Figs. 1 a 5E; A Fig. 7A é uma vista lateral de uma variante do implante dentário em comparação com o implante dentário das Figs. 1 a 4 com uma peça secundária montada, a qual também é diferente da peça secundária das Figs. de 5A a 5E; A Fig. 7B é uma vista em corte transversal do implante dentário da Fig. 7A com a peça secundária montada; A Fig. 7C é uma vista em perspectiva do implante dentário da fig. 7A com a peça secundária fixada de forma roscada por meio de um parafuso conector; A Fig. 7D é uma vista em perspectiva em corte transversal do implante dentário da Fig. 7A com a peça secundária montada por meio de um parafuso de conexão; A Fig. 7E é uma vista em perspectiva da peça secundária das Figs. 7A a 7D. A Fig. 8A é uma vista lateral do implante dentário das Figs. 1 a 4 com uma ferramenta de inserção montada; A Fig. 8B é uma vista em corte transversal do implante dentário da Fig. 8A com uma ferramenta de inserção montada; A Fig. 8C é uma vista em perspectiva em corte transversal do implante dentário da Fig. 8A com a ferramenta de inserção montada; A Fig. 8D é uma vista em perspectiva do implante dentário da Fig. 8A com a ferramenta de inserção montada; A Fig. 9 é uma vista em perspectiva de uma ferramenta de inserção de acordo com a presente invenção adaptada para ser recebida no implante dentário de acordo com a presente invenção, conforme descrito nas figuras acima; A Fig. 10A é uma vista lateral do implante dentário das Figs. 1 a 4 com uma peça secundária adicional diferente montada; A Fig. 10B é uma vista parcial em corte transversal do implante dentário da Fig. 10A com a peça secundária adicional diferente montada; A Fig. 10C é uma vista detalhada em corte transversal de uma seção do implante dentário da Fig. 10A com a peça secundária adicional diferente montada; A Fig. 11A é uma vista lateral do implante dentário das Figs. 1 a 4 com uma tampa de cicatrização montada; A Fig. 11B é uma vista em corte transversal do implante dentário da Fig. 11A com a tampa de cicatrização montada; e A Fig. 11C é uma vista em perspectiva em corte transversal de uma seção do implante dentário da Fig. 11A com a tampa de cicatrização montada.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

[0056] Sempre que for feita referência, no presente relatório descritivo, aos lóbulos conectores ou a áreas de união como tendo um formato côncavo ou convexo, tal concavidade ou convexidade é entendida como se referindo a uma seção transversal de um implante dentário, uma peça secundária, uma ferramenta de inserção, uma tampa de cicatrização ao longo de um plano que seja perpendicular a um eixo longitudinal dos itens dentários listados.

[0057] Com referência à Fig. 1 anexa, o número de referência 1 designa um implante dentário, particularmente um parafuso de implante dentário, com uma seção coronal 11 e uma região roscada 14 que se estende apicalmente da seção coronal 11 até uma ponta apical 15 do implante dentário 1. A seção coronal 11 inclui, em uma parte externa da mesma, uma seção lisa 12 que se estende no sentido apical a partir da extremidade coronal do implante dentário 1 e uma seção roscada 13 que se estende no sentido apical a partir da extremidade apical da seção lisa 12 até uma extremidade coronal da região roscada 14. O implante dentário 1 tem um formato substancialmente cilíndrico com um eixo longitudinal A, como indicado, por exemplo, na Fig. 1.

[0058] A seção roscada 13 da seção coronal 11 do implante dentário 1, que é uma característica opcional do implante dentário 1, pode ser provida para aprimorar a retenção óssea e a osseointegração, por exemplo, na forma de micro roscas. Opcionalmente, a seção roscada 13 da seção coronal 11 pode ser configurada para ter um fio duplo, com preferencialmente um passo de 0,5 mm e um ângulo de rosca de 25 graus a 45 graus e mais preferencialmente de 25 graus a 35 e ainda mais preferencialmente de 25 graus. Opcionalmente, a seção roscada 13 da seção coronal 11 pode ser configurada de acordo com a configuração da seção roscada 14 do implante dentário 1 e/ou pode ser configurada para facilitar a osseointegração do implante dentário 1 dentro do osso. Opcionalmente, a seção roscada 13 da seção coronal 11 do implante dentário 1 pode ser configurada de acordo com pelo menos um ou mais parâmetros de rosqueamento conhecidos no estado da técnica, por exemplo, incluindo, entre outros, fio, passo, ângulo da rosca, espessura, diâmetro maior, diâmetro menor, ângulo do afunilamento, orientação da rosca, posição final, posição inicial, porosidade, número de paradas, número de partidas, número de fios, número de cortes, ângulo de entrada ou similares ou qualquer combinação das variáveis e/ou parâmetros de rosqueamento.

[0059] Ainda de acordo com outra alternativa preferencial, a seção rosqueada 13 da seção coronal 11 do implante dentário 1 pode ser modalizada como uma rosca inversa na parte externa do implante dentário 1 para facilitar a remoção do implante dentário 1 do osso no qual foi inserido. Essa remoção do implante dentário pode ser realizada por meio de um instrumento que é conhecido pelo técnico no assunto.

[0060] Além disso, a seção roscada 13 da seção coronal 11 do implante dentário 1, juntamente com os entalhes descritos abaixo, pode ser do tipo auto perfurante, auto roscante, de auto coleta de osso e de condensação óssea, conforme descrito em detalhes no pedido de patente internacional WO 2015/118543 A1 em nome de Fromovich, com seu respectivo conteúdo sendo incorporado ao presente documento por referência. Assim, a seção roscada e os entalhes desta invenção proporcionam uma ação dinâmica durante a inserção óssea. O implante de acordo com as últimas modalidades pode ser utilizado no local de cicatrização após o crescimento ósseo ou pode ser utilizado no local de extração.

[0061] Ainda de acordo com outra alternativa preferencial, a seção roscada 13 da seção coronal 11 do implante dentário 1 pode ser modalizada como uma rosca para fixar uma peça secundária que seja fixada à peça na parte externa do implante dentário 1. No contexto da presente invenção, uma peça secundária se destina a designar qualquer superestrutura que possa ser colocada em um implante dentário, como, por exemplo, um pilar dentário adaptado para suportar um único dente incluindo uma coroa dentária ou para suportar uma ponte dentária. Para uma melhor compreensão deste relatório descritivo, o termo genérico "peça secundária" será usado, a menos que a "peça secundária" seja destinada a designar um elemento específico, como, por exemplo, um pilar adaptado para suportar um único dente, incluindo uma coroa dentária ou para apoiar uma ponte dentária ou prender uma tampa de cicatrização ou uma tampa de impressão.

[0062] A seção lisa 12 da seção coronal 11 do implante dentário 1 pode ainda, opcionalmente, compreender uma parte chanfrada 121 nas proximidades de sua extremidade coronal. Deste modo, a seção lisa 12 da seção coronal 11 do implante dentário 1 terá, em geral, da extremidade coronal à apical, um contorno de cone truncado seguido por um contorno cilíndrico. A parte chanfrada 121 proporciona vantajosamente uma conexão mais estável a uma peça secundária sobreposta. Além disso, a parte chanfrada 121 também pode vantajosamente prover uma melhor vedação com a peça secundária sobreposta, como será explicado abaixo.

[0063] Preferencialmente, a parte chanfrada 121 forma um ângulo de 17 a 27 graus, mais preferencialmente um ângulo de 20 a 24 graus, e mais preferencialmente um ângulo de 22,5 graus em relação a um plano perpendicular ao eixo A do implante dentário 1. Tal ângulo de inclinação mais preferencial da parte chanfrada 121 é particularmente vantajoso em termos de estabilidade mecânica e vedação quando o implante dentário é conectado a uma peça secundária sobreposta que pode ser modalizada, por exemplo, como um pilar adaptado para suportar um único dente ou para suportar uma ponte dentária.

[0064] A extremidade coronal do implante dentário 1 é preferencialmente definida por um rebordo plano 122 adjacente à parte chanfrada 121. O rebordo plano 122 se encontra preferencialmente no plano perpendicular ao eixo A do implante dentário 1. Além disso, o rebordo plano 122 é preferencialmente relativamente estreito em comparação com a parte chanfrada 121. Ao longo de um raio que se estende a partir do eixo A do implante dentário 1, as razões preferenciais da largura radial do rebordo plano 122 para a largura radial da projeção da parte chanfrada 121 no raio são de 1/5 a 1/3.

[0065] O rebordo plano 122 também provê vantajosamente, juntamente com a parte chanfrada 121, uma plataforma de centralização para uma peça secundária que seja sobreposta ao implante dentário. Essa peça secundária sobreposta pode compreender, como mencionado acima, um pilar adaptado para suportar um único dente incluindo uma coroa dentária ou para suportar uma ponte dentária.

[0066] De acordo com uma opção preferencial adicional, a seção lisa 12 que se estende abaixo da parte chanfrada 121 pode ser opcionalmente usinada e tratada com ácido e/ou provida de micro ranhuras, a fim de melhorar a osseointegração do implante dentário 1.

[0067] A região roscada 14 do implante dentário 1 é preferencialmente equipada com pelo menos dois entalhes 141 dispostos ao longo de todo o seu comprimento. Conforme divulgado em detalhes no pedido de patente internacional WO 2015/118543 A1 em nome de Fromovich, que também é o inventor da presente invenção, os entalhes 141 são configurados preferencialmente para fresar ossos, coletar ossos, condensar ossos e dispersar ossos quando o implante dentário 1 é girado com uma ferramenta de manobra de implante dentário, por exemplo, na forma de uma ferramenta odontológica manual, tanto no sentido horário quanto no sentido anti-horário. A rosca da região roscada 14 do implante dentário 1 é designada com o número de referência 142 e, preferencialmente, possui um formato helicoidal.

[0068] As Figuras 2 e 2A mostram um orifício cego interno do implante dentário 1, incluindo uma seção estabilizadora 16 que se estende apicalmente da extremidade coronal do implante dentário 1, com a referida extremidade coronal sendo definida pelo rebordo 122, se presente, ou pela parte chanfrada 121, uma seção de aperto e alinhamento 17 que se estende apicalmente a partir da extremidade apical da seção estabilizadora 16 e uma seção apical com rosca interna 18 que se estende apicalmente a partir da extremidade apical da seção de aperto e alinhamento 17.

[0069] A seção estabilizadora 16 se estende a partir do rebordo 122, definindo a extremidade coronal do implante dentário 1 em uma direção apical, ou a partir da parte chanfrada 121, se o rebordo 122 for suprimido. O rebordo 122 é, como explicado, preferencialmente substancialmente plano e se encontra no plano perpendicular ao eixo A do implante dentário 1. No entanto, de acordo com uma variação da modalidade mostrada nas Figs. 2 e 2A, o rebordo 122 pode ter uma inclinação em relação ao plano perpendicular ao eixo A do implante dentário 1, de modo a coincidir com o formato da peça secundária (por exemplo, um pilar) colocada sobre o implante dentário 1. O rebordo 122 se estende ainda preferencialmente ao redor de todo o orifício cego do implante dentário 1 e possui uma largura constante ao redor do mesmo.

[0070] A seção estabilizadora 16 da presente invenção se destina a prover uma conexão altamente estável entre o implante dentário e a peça secundária. Ao mesmo tempo, a seção estabilizadora 16 visa prover uma boa vedação com uma seção formada de forma complementar da peça secundária que é recebida no orifício cego interno do implante dentário 1. Além disso, a seção estabilizadora 16 provê uma função de auto travamento com a seção formada de forma complementar da peça secundária quando a peça secundária é inserida no orifício cego interno do implante dentário 1.

[0071] Com referência à Fig. 4, a seção estabilizadora 16 é formada como um cone truncado que se alarga no sentido coronal e com uma abertura coronal com um ângulo de 5 graus a 7,9 graus, mais preferencialmente de 5 graus a 7,7 graus, ainda mais preferencialmente de 5 graus a 7 graus e mais preferencialmente 7 graus em relação ao eixo A do implante dentário 1. O inventor do presente pedido constatou que a faixa de abertura acima da seção estabilizadora 16 em geral e o valor preferencial de 7 graus particularmente provê uma conexão altamente estável entre o implante dentário e a peça secundária combinada com uma vedação ideal entre o implante dentário e a peça secundária, bem como um efeito de travamento ideal da peça secundária no orifício cego interno do implante dentário.

[0072] Com referência adicional às Figs. 2, 2A, 3, 3A, 3B e 4, a seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1 será descrita em mais detalhes.

[0073] Em particular, de acordo com a presente invenção, a seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1 é provida de uma pluralidade de lóbulos conectores 171 com um formato côncavo que se estendem substancialmente ao longo de toda a extensão axial da seção de aperto e alinhamento 17. Preferencialmente, os lóbulos conectores 171 são peças dos respectivos cilindros com uma área lateral paralela ao eixo A do implante dentário 1. Além disso, preferencialmente, as partes de cilindro que definem os lóbulos conectores 171 podem ser modalizadas como semicilindros.

[0074] Na modalidade particular mostrada nas Figs. 2, 2A, 3, 3A, 3B e 4, o número de lóbulos conectores 171 é igual a seis, mas o técnico no assunto apreciará que o número de lóbulos conectores 171 pode variar de acordo com o número de posições de alinhamento da peça secundária no implante dentário e também para prover um acoplamento de torque suficiente para girar e, assim, instalar o implante dentário no osso da mandíbula de um paciente e, adicionalmente, para remover também o implante dentário, se necessário. De fato, como será apreciado pelo técnico no assunto, um número maior de lóbulos conectores 171 permitirá um aperto ou alinhamento rotacional mais preciso de uma peça secundária no implante dentário; no entanto, quanto maior o número de lóbulos conectores 171, menor a estabilidade mecânica e, portanto, a capacidade de suportar um torque mais alto na instalação ou remoção do implante dentário. Além disso, o provimento de um número maior de lóbulos conectores 171 também sobrecarrega o processo de fabricação do implante dentário e, inerentemente, o processo de fabricação da peça secundária e/ou da ferramenta de inserção que deve ser provida de uma seção de alinhamento que é complementar à seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1. Evidentemente, como mencionado acima, também a seção estabilizadora 16 do implante dentário 1 deve ser configurada para complementar a seção correspondente da peça secundária e/ou da ferramenta de inserção que será discutida mais detalhadamente abaixo.

[0075] O inventor do presente pedido constatou que um número de seis lóbulos conectores 171, como ilustrado nas Figs. 2, 2A, 3, 3A, 3B e 4, é preferencial, pois equilibra melhor as restrições relacionadas ao alinhamento, à estabilidade mecânica, à resistência ao torque e à complexidade de fabricação. Em particular, a resistência ao torque e a estabilidade mecânica são um problema relevante durante o processo de inserção ou remoção do implante dentário em relação ao osso subjacente por meio de uma ferramenta apropriada. Essa ferramenta apropriada e sua interação com o implante dentário serão discutidas abaixo. No entanto, como será apreciado pelo técnico no assunto, a estabilidade mecânica também é um problema durante todo o uso do implante dentário após sua inserção no osso.

[0076] Com referência particular às Figs. 2A, 3, 3A e 3B, pode-se verificar que os lóbulos conectores 171 são interligados pelas respectivas áreas de união de lóbulos, as quais são, em geral, designadas pelo numeral de referência 172. Cada uma das áreas de união de lóbulos 172 possui a mesma extensão axial que os lóbulos conectores 171. No entanto, de acordo com uma variação preferencial, como mostrado nas Figs. 2A, 3, 3A e 3B, uma porção apical 173 das áreas de união de lóbulos 172 possui uma configuração em degraus.

[0077] Na modalidade em que o número de lóbulos conectores 171 é igual a seis, o número de porções apicais 173 das áreas de união de lobules 172 (e, evidentemente, o número de áreas de união de lóbulos 172) também é igual a seis. Evidentemente, uma vez que as áreas de união de lóbulos 172 são interpostas entre os lóbulos conectores 171, seus respectivos números serão iguais.

[0078] Na modalidade com a configuração em degraus, as respectivas superfícies laterais das porções apicais 173 das áreas de união de lóbulos 172, que são designadas pelo número de referência 1731, são parte de uma superfície lateral do cilindro que possui um eixo coincidente com o eixo A do implante dentário 1. Não obstante, de acordo com uma variação da supramencionada modalidade, as respectivas superfícies laterais 1731 das porções apicais 173 das áreas de união de lóbulos 172 podem ser parte de um cone truncado com um eixo coincidente ao eixo A do implante dentário 1. Cada uma das superfícies laterais 1731 das porções apicais 173 das áreas de união de lóbulos 172 podem ser providas com uma respectiva saliência designada pelo numeral de referência 1732 que se estende em um sentido radial em direção ao eixo A do implante dentário 1. As saliências 1732 podem se estender em um sentido radial substancialmente perpendicular ao eixo A do implante dentário 1 ou podem ter uma inclinação em relação a este, a fim de prover uma função de centralização adicional para a peça secundária ou a ferramenta de inserção após a mesma ser inserida no orifício cego interno do implante dentário, conforme discutido abaixo.

[0079] Todas as porções apicais 173 das áreas de união de lóbulos 172 possuem extensões axiais iguais e a configuração em degraus definida por uma superfície lateral 1731 juntamente com a respectiva saliência 1732 provê vantajosamente a função de orientação de uma peça secundária ou uma ferramenta de inserção quando a peça secundária ou a ferramenta de inserção são conectadas ao implante dentário 1. A função de orientação é particularmente vantajosa se a peça secundária ou a ferramenta de inserção for conectada ao implante dentário 1 por meio de uma conexão de encaixe. Também é particularmente vantajoso neste contexto se as saliências 1732 forem inclinadas no sentido apical, em comparação a um plano perpendicular ao eixo A do implante dentário 1, de modo que uma superfície deslizante seja provida para a conexão de encaixe tipo "click-in" ou a conexão em geral caso o recurso de click-in esteja ausente. Por exemplo, vantajosamente, a inclinação em relação ao plano perpendicular ao eixo A do implante dentário 1 pode ser menor que 30 graus, mais preferencialmente menor que 20 graus e mais preferencialmente menor que 10 graus.

[0080] No entanto, deve-se considerar que o principal objetivo da presente invenção é manter a extensão axial das áreas de união de lóbulos 172 a maior possível para fins de alta estabilidade mecânica, alta resistência ao torque e pelos outros motivos discutidos abaixo, e para este fim, a respectiva porção apical 173 com a sua configuração em degraus, se presente, deve ser mantida a mais curta possível. Por conseguinte, é preferível que a razão entre a extensão axial da porção apical 173 para a extensão axial total da área de união de lóbulos 172 seja de 1/20 a 1/4 e mais preferencialmente de 1/10 a 1/5 e mais preferencialmente de 1/8 a 1/5.

[0081] Cada uma das áreas de união de lóbulos 172 é formada, em geral, com um formato convexo incluindo adicionalmente uma seção central com um formato côncavo. Assim, como é evidente, por exemplo, na vista superior da Fig. 3, o contorno geral definido pelos lóbulos conectores 171 e pelas áreas de união de lóbulos 172 é semelhante ao de um parafuso torx, porém modificado devido ao contorno particular nas áreas de união de lóbulos 172. O contorno geral das áreas de união de lóbulos 172 e dos lóbulos conectores 171 também será designado na descrição a seguir como um "torx modificado".

[0082] Nas Figs. 2A e 3A e 3B, a seção côncava de uma área de união de lóbulos 172 é designada pelo numeral de referência 175 enquanto as duas seções convexas adjacentes de uma área de união de lóbulos são designas pelo numeral de referência 174. De modo geral, as áreas laterais das seções das áreas de união de lóbulos 172 são partes dos respectivos cilindros e se estendem paralelamente ao eixo A do implante dentário 1, de forma semelhante às áreas laterais dos lóbulos conectores 171.

[0083] Por meio do formato da área de união de lóbulos 172 do implante dentário de acordo com a presente invenção, em que é provida uma superfície de contato maior com uma peça secundária ou uma ferramenta de inserção, a área de união de lóbulos 172 pode alcançar uma conexão mecânica particularmente estável com uma peça secundária (por exemplo, um pilar) e/ou uma ferramenta de inserção, enquanto ao mesmo tempo a seção de aperto e alinhamento 17 pode suportar um alto torque sem ser danificada durante a inserção do implante dentário no osso de um paciente e durante o uso do implante dentário. Além disso, o formato da área de união de lóbulos 172 do implante dentário de acordo com a presente invenção melhora a estabilidade rotacional da conexão do implante dentário com a peça secundária. Além disso, uma melhor vedação entre o implante dentário e a peça secundária é alcançada, evitando a penetração de material ou líquido não desejável na cavidade definida pelo orifício cego interno do implante dentário. A resistência mecânica e o aperto da conexão entre o implante dentário e a peça secundária são aprimorados ainda mais pela combinação da área de união de lóbulos 172 de acordo com a presente invenção e os lóbulos conectores 171. O mesmo se aplica à resistência ao torque e à estabilidade rotacional da seção de aperto e alinhamento 17 de acordo com a presente invenção.

[0084] Vantajosamente, as extensões axiais combinadas dos lóbulos conectores 171 e das áreas de união de lóbulos 172 que formam a seção de aperto e alinhamento 17 são maiores do que a extensão axial da seção estabilizadora 16 do implante dentário 1. Na prática, o inventor do presente pedido descobriu que, preferencialmente, a razão entre a extensão axial da seção de alinhamento 17 e a extensão axial da seção estabilizadora 16 é de 2/1,8 a 2/1 e, mais preferencialmente, de 2/1,6 a 2/1,2 e ainda mais preferencialmente de 2/1,5 a 2/1,3.

[0085] Uma extensão axial mais curta da seção estabilizadora 16 reduz o estreitamento absoluto desta na extremidade coronal do implante dentário, o que se deve, como explicado anteriormente, ao afunilamento resultante do formato de cone truncado da seção estabilizadora 16. Portanto, a extremidade coronal da seção estabilizadora 16 possui resistência de material suficiente. Essa resistência do material facilita a fabricação do implante dentário 1 e permite também uma melhor estabilidade mecânica do mesmo, quando a peça secundária é inserida na abertura coronal da seção estabilizadora 16.

[0086] Por outro lado, uma extensão axial maior da seção de aperto e alinhamento 17 (combinada com uma extensão axial correspondente da seção correspondente da peça secundária) provê uma retenção mais estável da peça secundária (o efeito “tubo-em-tubo"). O efeito "tubo-em-tubo" é aprimorado ainda mais pelas superfícies côncavas adicionais providas nas áreas de união de lóbulos 172. Também por meio da sequência de superfícies de contato em uma seção definida por um lóbulo conector 171 e uma área de união de lóbulos 172, que é côncava (em 171), convexa (em 174), côncava (em 175) e novamente convexa (em 174), o efeito "tubo-em-tubo" é amplificado. Isso se aplica para a conexão a uma peça secundária ou a uma ferramenta de inserção e, de fato, a qualquer outro tipo de elemento sobreposto que possua um contorno de conexão complementar à sequência côncava/convexa acima.

[0087] Além disso, ao longo das linhas explicadas juntamente com o formato ou contorno particular das áreas de união de lóbulos 172 da região de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1, em que uma superfície de contato maior com uma peça secundária ou com uma ferramenta de inserção é disponibilizada, essa superfície de contato é aumentada ainda mais pela extensão axial da seção de aperto e alinhamento 17.

[0088] Em uma variação da Fig. 3A, que é mostrada na Fig. 3B, a seção côncava 175 da área de união de lóbulos 172 pode ter uma extensão maior, como visto em um sentido radial a partir do eixo A do implante dentário 1, em comparação com a Fig. 3A e as seções convexas adjacentes 174 da área de união de lóbulos 172 são encurtadas de forma correspondente.

[0089] Vantajosamente, em todas as modalidades da presente invenção, as seções côncavas 175 das áreas de união de lóbulos 172 se estendem ao longo da face lateral de um cilindro reto com seu centro no eixo A do implante dentário 1, em que o cilindro é indicado com a linha pontilhada C na Fig. 3B.

[0090] Alternativamente, de acordo com a invenção, as seções côncavas 175 das áreas de união de lóbulos 172 podem ter uma concavidade mais acentuada, de modo que se estendam para fora para além da face lateral do cilindro reto com seu centro no eixo A do implante dentário 1.

[0091] No entanto, em todas as modalidades, as seções convexas 174 das áreas de união de lóbulos 172 permanecem presentes, mesmo que reduzidas.

[0092] Como mostrado na Fig. 2A, uma fenda inferior 176 é provida na extremidade apical da seção de aperto e alinhamento 17. Mais precisamente, a fenda inferior 176 se estende apicalmente abaixo das saliências 1732 da porção apical das áreas de união de lóbulos 172 até uma plataforma coronal 181 da seção apical roscada internamente 18 do orifício cego interno do implante dentário 1. A plataforma coronal 181 preferencialmente se estende em um plano perpendicular ao eixo A do implante dentário 1. Nos lóbulos conectores 171 da seção de aperto e alinhamento 17, a fenda inferior 176 possui uma extensão reduzida em vista do formato côncavo, preferencialmente o formato de semicilindro dos lóbulos conectores 171. A fenda inferior 176 se destina, como explicado acima, à conexão de uma peça secundária ou de uma ferramenta de inserção por meio de uma conexão de encaixe, como será descrito a seguir.

[0093] De acordo com outro aspecto vantajoso da presente invenção, na extremidade coronal da seção de aperto e alinhamento 17, que é adjacente à extremidade apical da seção estabilizadora 16, uma plataforma substancialmente circular 177, como mostrado nas Figs. 2A, 3A e 3B, é formada pelo material não removido das áreas de união de lóbulos 172 que formam o contorno torx modificado. Essa plataforma substancialmente circular 177 pode ser vantajosamente usada para reter e/ou suportar um anel do tipo O-ring, cuja função será discutida a seguir.

[0094] Novamente com referência à Fig. 2, a seção apical roscada internamente 18 inclui ainda uma rosca interna 182 que se estende em um sentido apical a partir da plataforma coronal 181 e, ainda apicalmente, uma extremidade apical 183 que não é roscada e que tem preferencialmente um formato cônico. A rosca interna 182 se destina, como é conhecido no estado da técnica, ao engate de rosqueamento com um parafuso conector ou de fixação para reter a peça secundária em seu lugar no implante dentário 1. Tanto a rosca interna 182 como a extremidade apical 183 da seção apical rosqueada internamente 18 possuem uma configuração convencional (e, portanto, conhecida pelo técnico no assunto) e, portanto, uma descrição detalhada das mesmas será omitida.

[0095] Com referência às Figs. 5A, 5B, 5D e 5E, é mostrado um implante dentário 1 com uma peça secundária 2 montada no mesmo. No tocante ao implante dentário 1, sua construção é igual à do implante dentário das Figs. de 1 a 4 e, por conseguinte, será omitida uma descrição mais pormenorizada deste.

[0096] A peça secundária 2 mostrada, que é modalizada como um pilar, particularmente como um pilar para suportar um único dente de reposição ou uma ponte dentária, inclui uma seção coronal 21, seguida ainda apicalmente por uma seção estabilizadora 22 e por uma seção de indexação 23.

[0097] A peça secundária 2 inclui um orifício central 211 que se estende ao longo de toda a extensão axial da peça secundária 2, preferencialmente, como mostrado nas Figs. 5B e 5E, de forma circular simétrica (a saber, na forma de um cilindro reto) em torno do eixo A da peça secundária 2 do eixo A do implante dentário 1 quando a peça secundária 2 é montada com o implante dentário 1. No entanto, como é conhecido a partir do estado da técnica, o orifício de passagem central 211 da peça secundária 2 pode ter outras configurações, como inclinado em relação ao eixo A e/ou pode ter outros formatos, por exemplo, elíptico na seção transversal ao longo de um plano perpendicular ao eixo A.

[0098] A seção coronal 21 da peça secundária 2 inclui ainda opcionalmente meios 212 para posicionar rotativamente uma prótese dentária como uma coroa dentária ou uma ponte dentária que não são mostradas nos desenhos deste pedido. Como é conhecido a partir do estado da técnica, esses meios 212 também podem ser adaptados para facilitar a cimentação de uma prótese dentária como uma coroa dentária ou uma ponte dentária na seção coronal 21 da peça secundária 2.

[0099] Além disso, a seção coronal 21 da peça secundária 2 também inclui uma saliência de apoio designada pelo numeral de referência 213 para a colocação de uma prótese dentária na mesma, tal como uma coroa dentária ou uma ponte dentária. A saliência de apoio 213 pode ter uma extensão circular ao longo do eixo A da peça secundária que coincida com o eixo A do implante dentário 1 no estado inserido da peça secundária 2, conforme mostrado nas Figs. de 5A a 5B, e tem, preferencialmente, uma largura radial constante. Não obstante, o técnico no assunto apreciará que a largura e o formato da saliência de apoio 213 pode ser variada para se adequar ao formato e a extensão de uma prótese dentária, tal como uma coroa dentária colocada na seção coronal 21 da peça secundária 2 e, portanto, suportada pela saliência 213. Além disso, a largura e o formato da saliência de apoio 213 são adaptados para garantir uma boa vedação com a prótese dentária ou a ponte dentária, o que é essencial para evitar a penetração de líquidos nos vãos entre o elemento secundário e a prótese dentária ou a ponte dentária.

[00100] Com referência adicional à Fig. 5B, a seção estabilizadora 22 da peça secundária 2 é formada, em uma parte apical da mesma, que é designada pelo número de referência 222, de modo que seja exatamente complementar à seção estabilizadora 16 do implante dentário 1. Por conseguinte, pelo menos a parte apical 222 da seção estabilizadora 22 da peça secundária 2 é formada como um cone truncado se alargando para fora em um sentido coronal da peça secundária 2 e possui um ângulo de alargamento de 5 graus a 7,9 graus, mais preferencialmente de 5 graus a 7,7 graus, ainda mais preferencialmente de 5 graus a 7 graus e mais preferencialmente 7 graus em relação ao eixo A da peça secundária 2 (ou do implante dentário 1 quando a peça secundária 2 é inserida neste). Evidentemente, a complementaridade exata do formato da parte apical 222 da seção estabilizadora 22 da peça secundária 2 com a seção estabilizadora 16 do implante dentário 1 precisa ser mantida pelo menos ao longo de uma extensão axial correspondente ao estado totalmente inserido da peça secundária 2 no implante dentário 1. Por conseguinte, a presente invenção provê uma conexão altamente estável entre o implante dentário 1 e a peça secundária 2, combinada com uma vedação ideal entre o implante dentário 1 e a peça secundária 2, bem como um efeito ideal de auto travamento da peça secundária 2 no implante dentário 1.

[00101] A parte coronal 221 da seção estabilizadora 22 pode ser estendida para fora em comparação com um cone truncado da parte apical 222, de modo a permitir a formação da saliência de apoio 213 com uma extensão radial maior, o que é benéfico para a função de suporte e estabilidade de uma prótese dentária. Além disso, a vedação com a prótese dentária pode ser aprimorada, como foi mencionado, pela maior extensão radial da saliência de apoio 213.

[00102] Na extremidade apical da seção estabilizadora 22, um anel do tipo O-ring designado pelo número de referência 224 pode ser vantajosamente provido. O anel do tipo O-ring 224 pode ser disposto na plataforma 177 na extremidade coronal da seção de aperto e alinhamento 17, como mostrado nas Figs. 5B e 5C e possui a função de aprimorar ainda mais a vedação entre a seção estabilizadora 22 da peça secundária 2 e o implante dentário 1. Adicional ou alternativamente à posição mostrada, um anel do tipo O-ring também pode ser disposto ainda mais coronalmente na seção estabilizadora 16 do implante dentário 1 ou na seção estabilizadora 22 da peça secundária 2. A alternativa com um anel do tipo O-ring colocado na seção estabilizadora 22 da peça secundária 2 é mostrada na Fig. 5B no número de referência 225.

[00103] O anel do tipo O-ring 224 possui uma configuração convencional e é fabricado, preferencialmente, em titânio, liga de titânio, um material elastomérico ou outros materiais diferentes conhecidos pelo técnico no assunto.

[00104] A função vantajosa do anel do tipo O-ring 224 é a de impedir que líquidos, que possam conter bactérias e afins, penetrem no orifício cego interno do implante dentário 1. De forma correspondente, ao se prover uma barreira contra a penetração de bactérias e afins, o anel do tipo O-ring 224 minimiza o risco de uma infeção e/ou uma inflamação. Alternativamente, em uma modalidade que não é mostrada na Fig. 6A, o anel do tipo O-ring 224 pode ser colocado entre a parte apical da seção estabilizadora 22 e a seção estabilizadora 16.

[00105] A seção de alinhamento 23 da peça secundária 2 possui um perfil axial com lóbulos exatamente correspondentes ao contorno dos lóbulos da seção de aperto e alinhamento 17 do orifício cego interno do implante dentário 1. Em particular, como mostrado nas Figs. 6A e 6B, a seção de alinhamento 23 da peça secundária 2 provida de uma pluralidade de lóbulos conectores 271 com um formato convexo (complementar ao formato côncavo dos lóbulos conectores 171 da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1) e se estendendo substancialmente ao longo de toda a extensão axial da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2. Essa extensão corresponde substancialmente à extensão dos lóbulos conectores 171 da seção de aperto e alinhamento 17 do orifício cego interno do implante dentário 1. Preferencialmente, os lóbulos conectores 271 também são parte dos respectivos cilindros com uma área lateral paralela ao eixo A da peça secundária 2 (ou o eixo A do implante dentário 1 quando a peça secundária 2 é inserida no implante dentário 1). Além disso, também preferencialmente, as partes de cilindro que definem os lóbulos conectores 271 podem ser modalizadas como semicilindros.

[00106] Na modalidade particular mostrada nas Figs. 6A e 6B, o número de lóbulos conectores 271 é igual a seis, mas o técnico no assunto apreciará que o número de lóbulos conectores 271 pode ser variado de acordo com o número de posições de alinhamento da peça secundária 2 no implante dentário 1. De fato, como será apreciado pelo técnico no assunto, um maior número de lóbulos conectores 271 permitirá um alinhamento ou posicionamento rotacional mais preciso da peça secundária 2 no implante dentário 1. Entretanto, prover um maior número de lóbulos conectores 271 aumenta a complexidade do processo de fabricação da peça secundária 2. O inventor do presente pedido constatou, conforme explicado com relação à seção de aperto e alinhamento 17 do orifício cego interno do implante dentário 1, que é preferencial um número de seis lóbulos conectores 271, conforme ilustrado, por exemplo, na Fig. 6B, visto que equilibra melhor as restrições relativas ao alinhamento, estabilidade mecânica, resistência ao torque e complexidade de fabricação da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2 (e também, evidentemente, relativas à seção de aperto e alinhamento 17 projetada complementarmente do implante dentário 1).

[00107] Com referência particular às Figs. 6A e 6B, pode-se verificar que os lóbulos conectores 271 da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2 são interligados pelas respectivas áreas de união de lóbulos, as quais são, em geral, designadas pelo numeral de referência 272. Cada uma das áreas de união de lóbulos 272 possui a mesma extensão axial que os lóbulos conectores 271.

[00108] Na modalidade da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2, em que o número de lóbulos conectores 271 é igual a seis, o número de áreas de união de lóbulos 272 interpostas também é igual a seis.

[00109] Em uma variação preferencial que não é mostrada nas Figs. 6A e 6B, uma porção apical de cada uma das áreas de união de lóbulos 272 pode incluir os respectivos recortes em conformidade com a configuração em degraus da respectiva porção apical 173 das áreas de união de lóbulos 172 da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1. Por conseguinte, o formato de cada recorte é preferencialmente em degraus invertidos. Na última variação preferencial, o número de porções apicais das áreas de união de lóbulos 272 também é igual a seis, de modo a coincidir com o número de áreas de união de lóbulos 272 (e o número de lóbulos conectores 271) na seção de alinhamento 23.

[00110] Nas modalidades com os recortes nas áreas de união de lóbulos 272 da seção de alinhamento 23, as respectivas superfícies laterais das porções apicais são peças de uma superfície cilíndrica lateral com um eixo coincidente com o eixo A da peça secundária 2 ou o eixo A do implante dentário 1 quando a peça secundária 2 é inserida no implante dentário 1. Não obstante, de acordo com uma variação do supracitado, as respectivas superfícies laterais das porções apicais também podem ser peças de um cone truncado com um eixo coincidente ao eixo A da peça secundária 2 (ou o eixo A do implante dentário 1 quando a peça secundária 2 é inserida no implante dentário 1). Cada um dos recortes na porção apical das áreas de união de lóbulos 272 da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2 estende em um sentido radial em direção ao eixo A da peça secundária 2 para receber uma respectiva saliência 1732 da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1. Os recortes podem se estender em um sentido radial substancialmente perpendicular ao eixo A da peça secundária 2 (ou o eixo A do implante dentário 1 quando a peça secundária 2 é inserida no implante dentário 1) ou ter uma inclinação em relação ao mesmo, a fim de corresponder à conformação das respectivas saliências 1732 da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1.

[00111] Em geral, conforme mostrado nas Figs. 6A e 6B, as extensões axiais dos lóbulos conectores 271 e das áreas de união de lóbulos 272 da peça secundária 2 são iguais. Isto significa que nas modalidades do implante dentário 1 com a porção apical 173 em degraus, as extensões axiais dos lóbulos conectores 271 e das áreas de união de lóbulos 272 da peça secundária 2 são encurtadas de modo a combinar a extensão axial das áreas de união de lóbulos 172 do implante dentário 1 até a porção apical 173 em degraus do implante dentário 1. Caso contrário, caso a porção apical 173 em degraus esteja ausente no implante dentário 1, as extensões axiais dos lóbulos conectores 271 e das áreas de união de lóbulos 272 da peça secundária 2 podem ser iguais às extensões axiais dos lóbulos conectores 171 e das áreas de união de lóbulos 172 do implante dentário 1. Não obstante, mesmo nos casos em que a porção apical 173 em degraus no implante dentário 1 esteja ausente, as extensões axiais dos lóbulos conectores 271 e das áreas de união de lóbulos 272 da peça secundária 2 podem ser mais curtas do que as extensões axiais dos lóbulos conectores 171 e das áreas de união de lóbulos 172 do implante dentário 1 a um grau que ainda assegure estabilidade da conexão entre o implante dentário 1 e a peça secundária 2.

[00112] Nas modalidades da peça secundária 2 que incluem os recortes na porção apical das áreas de união de lóbulos 272 da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2, a extensão axial dos lóbulos conectores 171 da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1 e a extensão axial dos lóbulos conectores 271 da seção de aperto e alinhamento 23 da peça secundária 2 podem ser iguais. Ou seja, neste caso, a extensão axial da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1 pode ser igual à extensão axial da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2.

[00113] Entretanto, em todas as modalidades acima, independentemente das respectivas extensões axiais, uma vedação estanque deve ser mantida entre a seção estabilizadora 16 do implante dentário 1 e a seção estabilizadora 22 da peça secundária 2.

[00114] As modalidades que incluem os recortes nas áreas de união de lóbulos 272 da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2 que cooperam com as porções apicais 173 inclinadas do implante dentário 1 proveem, vantajosamente, a função de orientar a peça secundária 2 quando esta é conectada ao implante dentário 1. Esta função orientadora é particularmente vantajosa no caso de uma conexão de encaixe do tipo "clickin". Também é particularmente vantajoso, neste contexto, se os recortes forem inclinados no sentido apical, em comparação a um plano perpendicular ao eixo A da peça secundária 2 (ou do implante dentário 1 no estado inserido da peça secundária 2), de modo que uma superfície deslizante seja provida para a conexão de encaixe do tipo "click-in" ou a conexão em geral caso o recurso de click-in esteja ausente. Por exemplo, vantajosamente, a inclinação em relação ao plano perpendicular ao eixo A da peça secundária 2 (ou do implante dentário 1 no estado introduzido da peça secundária 2) pode ser menor que 30 graus, mais preferencialmente menor que 20 graus e ainda mais preferencialmente menor que 10 graus.

[00115] Conforme mostrado nas Figs. 6A e 6B cada uma das áreas de união de lóbulos 272 da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2 é formada, em geral, de acordo com a invenção, com um formato côncavo incluindo adicionalmente uma seção central com um formato convexo. Assim, como é evidente, o contorno geral definido pelos lóbulos conectores 271 e as áreas de união de lóbulos 272 da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2 tem o "torx modificado" descrito em relação ao implante dentário 1 das Figs. 1 a 4.

[00116] Nas Figs. 6A e 6B, a seção convexa de uma área de união de lóbulos 272 da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2 é designada pelo numeral de referência 275 quando as duas seções côncavas adjacentes de área de união de lóbulos 272 da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2 são designadas pelo numeral de referência 274. O contorno e a extensão das seções convexas e côncavas da área de união de lóbulos 272 da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2 seguem exatamente o contorno e a extensão das seções correspondentes da área de união de lóbulos 172 do implante dentário 1.

[00117] Em geral, as áreas laterais das seções das áreas de união de lóbulos 272 da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2 também são partes de respectivos cilindros e se estendem, de maneira semelhante às áreas laterais dos lóbulos conectores 271 da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2, paralelamente ao eixo A da peça secundária 2 ou do implante dentário 1 quando a peça secundária 2 é inserida no implante dentário 1.

[00118] Caso contrário, com relação aos lóbulos conectores 271 e as áreas de união de lóbulos 272 da seção de alinhamento 23 da peça secundária 2, as mesmas vantagens e detalhes construtivos são aplicáveis conforme definido com relação aos lóbulos conectores 171 e as áreas de união de lóbulos 172 da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1, com exceção das vantagens definidas com relação à interação com uma ferramenta de inserção.

[00119] Novamente com referência às Figs. 5B, 5C e 5E, pode-se observar que a peça secundária 2 é fixada ao implante dentário 1 por meio de uma conexão ou parafuso de fixação designado pelo numeral de referência 3. O parafuso conector 3 interage de maneira conhecida com a rosca interna 182 da seção apical roscada internamente 18 do implante dentário 1 e possui uma cabeça alargada 31 dimensionada para engatar, em seu estado parafusado, uma seção interna com formato de cone truncado 24 da peça secundária 2. A cabeça alargada 31 do parafuso conector 3 é provida de meios de engate de chave 32 (os quais são modalizados, por exemplo, como um hexágono interno, um quadrado interno ou outra superfície de tração), de modo que os meios de engate de chave 32 possam interagir com uma ferramenta de inserção ou uma chave (não ilustrados) para parafusar e fixar o parafuso conector 3 ao implante dentário 1 com a peça secundária 2 sendo presa firmemente no orifício cego interno do implante dentário 1. Os meios de engate de chave 32 são projetados de modo que uma ferramenta de inserção ou uma chave (não ilustrada) possa engatar o parafuso conector 3 ao longo de um eixo longitudinal deste ou de maneira angular com um ângulo em comparação ao eixo longitudinal do parafuso conector 3 de 0 graus até 25 graus. Nesse estado fixo, a seção de alinhamento 23 da peça secundária 2 é totalmente inserida na seção de aperto e alinhamento 17 correspondente do implante dentário 1. Ao mesmo tempo, no estado fixo, a seção estabilizadora 22 da peça secundária 2 se encaixa estreitamente à seção estabilizadora 16 do implante dentário 1 para vedar a conexão entre a peça secundária 2 e o implante dentário 1. Adicionalmente, um anel do tipo O-ring complementar (não ilustrado na Fig 5B) pode ser fixado ao parafuso conector 3 para vedar de encontro à peça secundária 2. Desse modo, ao se prover uma barreira contra a penetração de bactérias e afins, o anel do tipo O-ring complementar minimiza o risco de uma infeção e/ou uma inflamação.

[00120] Com referência às Figs. 7A a 7D, mostra-se um implante dentário T com uma peça secundária 2’ montada neste, em que tanto o implante dentário 1 quanto a peça secundária 2’ são diferentes do implante e peça secundária das Figs. 1 a 6B, conforme será discutido em mais detalhes adiante. Essa peça secundária 2’ também é vantajosamente modalizada como um pilar, particularmente como um pilar para suportar um único dente de reposição ou uma ponte dentária.

[00121] No tocante ao implante dentário T, sua construção é igual à do implante dentário das Figs. 1 a 5E, exceto pelos entalhes 14T, cujo número é igual a três. Por conseguinte, qualquer descrição detalhada do implante dentário T será omitida e os mesmos numerais de referência são usados conforme as Figs. de 1 a 5E para características sobrepostas idênticas. O número aumentado de entalhes facilita a inserção do implante dentário 1’ no osso de um paciente, visto que o entalhe adicional provê trajetos adicionais para remover o material de corte ósseo durante a inserção do implante dentário no tecido ósseo.

[00122] Voltando-se agora à peça secundária 2’ das Figs. 7A a 7D, tal peça secundária modificada 2’, que pode ser usada para restaurações de coroa de molar única, inclui, de maneira semelhante à peça secundária das Figs. 5A a 5E e de 6A a 6B, uma seção coronal 21, seguida ainda apicalmente pela seção estabilizadora 22 e pela seção de alinhamento 23.

[00123] Caso contrário, a peça secundária 2’ das Figs. 7A a 7E é idêntica à peça secundária das Figs. 5A a 5E e 6A a 6B, exceto pela diferença discutida a seguir. Por conseguinte, qualquer descrição detalhada adicional das características da peça secundária das 2’ das Figs. 7A a 7D que são idênticas às características da peça secundária 2 das Figs. 5A a 5E e 6A a 6B será omitida e os mesmos numerais de referência são usados indicando as referidas características idênticas.

[00124] A saliência de apoio 213’ da peça secundária 2’ da modalidade das Figs. 7A a 7D é mais larga que a saliência de apoio 213 da peça secundária 2 da modalidade das Figs. 5A a 5E e 6. Também nas modalidades das Figs. 7A a 7D, a saliência 213' se destina à colocação de uma prótese dentária nesta, tal como um implante dentário ou uma coroa dentária. A saliência de apoio 213’ pode ter uma extensão circular ao longo do eixo A da peça secundária 2’ (ou o implante dentário caso a peça secundária seja inserida neste), conforme mostrado nas Figs. 7A a 7D, e tem, preferencialmente, uma largura radial constante. Não obstante, o técnico no assunto apreciará que a largura e formato da saliência de apoio 213’ pode ser variada para se adequar ao formato e à extensão de uma prótese dentária, tal como uma coroa dentária colocada na seção coronal 21 da peça secundária 2’ de acordo com os critérios definidos com relação à modalidade das Figs. 1 a 5E.

[00125] Com referência adicional à Fig. 7B, a seção estabilizadora 22 da peça secundária 2’ inclui a parte apical 222 com o mesmo formato da parte apical 222 descrita com relação às Figs. de 5A a 5E e de 6A a 6B. Entretanto, a parte coronal 221’ da seção estabilizadora 22 da peça secundária 2’ tem uma configuração ampliada em comparação à parte coronal 221 da seção estabilizadora 22 da peça secundária 2 das Figs. 5A a 5E e 6A a 6B a fim definir a saliência de apoio 213’ mais larga.

[00126] Além disso, conforme mostrado na Fig. 7B, na interface entre a parte coronal 221’ da seção estabilizadora 22 da peça secundária 2’ e a parte apical 222 da seção estabilizadora 22 da peça secundária 2’, define-se uma superfície chanfrada 223 com um contorno cônico geralmente truncado que segue o contorno da parte chanfrada 121 da seção lisa 12 da seção coronal 11 do implante dentário 1. A superfície chanfrada 223 da seção estabilizadora 22 da peça secundária 2’ provê uma conexão mais estável entre o implante dentário (com uma configuração correspondente) e a peça secundária sobreposta. Além disso, a superfície chanfrada 223 também provê uma melhor vedação entre o implante dentário e a peça secundária sobreposta.

[00127] Conforme descrito com relação à parte chanfrada 121 do implante dentário 1, a superfície chanfrada 223 da peça secundária 2’ tem um ângulo de 17 a 27 graus, mais preferencialmente um ângulo de 20 a 24 graus e ainda mais preferencialmente um ângulo de 22,5 graus em relação a um plano perpendicular ao eixo A da peça secundária 2’ (ou o eixo A do implante dentário T quando a peça secundária 2’ é inserida no implante dentário 1’). O último ângulo de inclinação mais preferencial da superfície chanfrada 223 da peça secundária 2’ em conjunto com o ângulo de inclinação correspondente da parte chanfrada 121 do implante dentário 1 é particularmente vantajoso em termos de vedação e estabilidade mecânica quando o implante dentário é conectado à peça secundária sobreposta que pode ser modalizada, por exemplo, como um pilar.

[00128] Um anel do tipo O-ring adicional (não ilustrado nas figuras) pode ser provido entre a parte chanfrada 121 da seção lisa 12 da seção coronal 11 do implante dentário 1 e a superfície chanfrada 223 da seção estabilizadora 22 da peça secundária 2’. O anel do tipo O-ring adicionado aprimora adicioalmete a vedação entre o implante dentário e a peça secundária sobreposta. Vantajosamente, o anel do tipo O-ring adicional é colocado no rebordo plano 122 do implante dentário 1 adjacente à parte chanfrada 121 do implante dentário 1. Em uma alternativa adicional, o anel do tipo O-ring adicional pode ser colocado na parte chanfrada 121 da seção lisa 12 da seção coronal 11 do implante dentário 1, de modo que que seja provida vedação adicional entre a parte chanfrada 121 e a superfície chanfrada 223 da seção estabilizadora 22 da peça secundária 2’. Em uma variação adicional, o anel do tipo O-ring adicional pode ser colocado na peça secundária (pilar) 2’ em ou próximo à interface entre a parte coronal 221’ da seção estabilizadora 22 e a parte apical 222 da seção estabilizadora 22 da peça secundária 2’. A última alternativa é mostrada na Fig. 7B com o numeral de referência 225’. Em determinadas modalidades, todas as combinações dos anéis do tipo O-ring adicionais podem ser incluídas. O anel do tipo O-ring adicional possui uma configuração convencional, é fabricado preferencialmente em titânio, liga de titânio, um material elastoméricos ou outros materiais diferentes conhecidos pelo técnico no assunto e possui uma função semelhante àquela do anel do tipo O-ring 224 descrito anteriormente. Adicionalmente, nas modalidades das Figs. 7A a 7B, o anel do tipo O-ring 224 também pode ser incluído individualmente ou em combinação com o anel do tipo O-ring adicional.

[00129] Por fim, com referência à modalidade das Figs. 7A a 7D, o parafuso conector 3 é igual ao parafuso conector representado nas Figs. 5A a 5E e, portanto, sua descrição detalhada será omitida.

[00130] Uma vista em perspectiva da peça secundária 2’ das Figs. 7A a 7D é mostrada na Fig. 7E. A peça secundária 2’ da Fig. 7E é igual à peça secundária 2 das Figs. 6A e 6B exceto pela saliência de apoio 213’ e a parte coronal 22T da seção estabilizadora 22 que é modalizada conforme mostrado nas Figs. 7A a 7D. Portanto, a descrição detalhada da peça secundária 2’ da Fig. 7E será omitida.

[00131] As Figuras 8A a 8D apresentam um implante dentário com uma ferramenta de inserção inserida neste. A ferramenta de inserção pode ser usada, conforme é amplamente conhecido na técnica, para conduzir o implante dentário no osso de um paciente.

[00132] No tocante ao implante dentário 1, sua construção é igual à do implante dentário das Figs. 1 a 4 e, por conseguinte, será omitida uma descrição mais pormenorizada deste.

[00133] A ferramenta de inserção, designada pelo numeral de referência 4, inclui uma seção coronal 41 com uma porção de haste 411, que pode ser conectada a uma máquina rotativa (não ilustrada) por meio de um elemento de engate 414 apropriado. O elemento de engate 414 pode ter qualquer formato apropriado para engatar uma máquina rotativa ou um acionamento manual para a ferramenta, incluindo uma configuração poligonal, por exemplo, hexagonal. A seção coronal 41 da ferramenta de inserção 4 também inclui uma seção de engate de ferramenta manual 412 configurada para engatar uma ferramenta de aplicação de torque manual (por exemplo, uma chave inglesa) que também não é ilustrada. Preferencialmente, a seção de engate de ferramenta manual 412 é hexagonal com cada lado do hexágono incluindo uma pluralidade de recessos 413, preferencialmente de uma configuração substancialmente cônica, para engate com a ferramenta manual.Os recessos 413 podem servir adicionalmente para reconhecer a posição angular do implante dentário 1 durante sua inserção no tecido ósseo. Além disso, os meios adicionais que são amplamente conhecidos pelo técnico no assunto podem ser providos na ferramenta de inserção 4 para permitir o reconhecimento da posição angular do implante dentário 1 no tecido ósseo durante sua inserção.

[00134] A ferramenta de inserção 4 inclui, adicionalmente, uma seção apical 42 para engate com o orifício interno do implante dentário 1. A seção apical 42 da ferramenta de inserção 4 inclui, de sua extremidade coronal à apical, uma primeira seção estabilizadora 421, uma seção de aperto 422 e uma segunda seção estabilizadora 423.

[00135] Com referência adicional às Figs. de 8B e 8D, assim como a Fig. 9, a primeira seção estabilizadora 421 da seção apical 42 da ferramenta de inserção 4 tem um formato exatamente complementar ao da seção estabilizadora 16 do implante dentário 1. Por conseguinte, a primeira seção estabilizadora 421 da seção apical 42 da ferramenta de inserção 4 é formada como um cone truncado se alargando para fora em um sentido coronal da ferramenta de inserção 4 e com um ângulo de alargamento de 5 graus a 7,9 graus, mais preferencialmente de 5 graus a 7,7 graus, ainda mais preferencialmente de 5 graus a 7 graus e mais preferencialmente 7 graus, em relação ao eixo A da ferramenta de inserção 4 (ou do implante dentário 1 quando a ferramenta de inserção 4 é inserida neste). Por conseguinte, a presente invenção provê uma conexão altamente estável entre o implante dentário 1 e a ferramenta de inserção 4 assim como um efeito ideal de auto travamento da ferramenta de inserção 4 no implante dentário 1.

[00136] A seção de aperto 422 da parte apical 42 da ferramenta de inserção 4 possui um perfil axial com lóbulos exatamente correspondentes ao contorno dos lóbulos da seção de aperto e alinhamento 17 do orifício cego interno do implante dentário 1. Particularmente, conforme mostrado na Fig. 9, a seção de aperto 422 da parte apical 42 da ferramenta de inserção 4 é provida de uma pluralidade de lóbulos conectores 471 com um formato convexo (complementar ao formato côncavo dos lóbulos conectores 171 da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1) e se estendendo substancialmente ao longo de toda a extensão axial da seção de aperto 422 da parte apical 42 da ferramenta de inserção 4. Essa extensão corresponde substancialmente à extensão dos lóbulos conectores 171 da seção de aperto e alinhamento 17 do orifício cego interno do implante dentário 1. Preferencialmente, os lóbulos conectores 471 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 também são partes de respectivos cilindros com uma área lateral paralela ao eixo A da ferramenta de inserção 4 (ou o eixo A do implante dentário 1 quando a ferramenta de inserção 4 é inserida no implante dentário 1). Além disso, também preferencialmente, as partes de cilindro que definem os lóbulos conectores 471 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 podem ser modalizados como semicilindros.

[00137] Na modalidade particular mostrada na Fig. 9, o número de lóbulos conectores 471 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 é igual a seis, mas o técnico no assunto apreciará que o número de lóbulos conectores 471 pode ser variado de acordo com o número de posições de alinhamento da ferramenta de inserção 4 no implante dentário 1. Entretanto, prover um número maior de lóbulos conectores 471 na ferramenta de inserção 4 aumenta a complexidade do processo de fabricação da ferramenta de inserção 4. O inventor do presente pedido constatou, conforme explicado com relação à seção de aperto e alinhamento 17 do orifício cego interno do implante dentário 1, que é preferencial um número de seis lóbulos conectores 471, conforme ilustrado, por exemplo, com relação à ferramenta de inserção da Fig. 9, visto que equilibra melhor as restrições relativas à estabilidade mecânica, resistência a torque e complexidade de fabricação da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 (e também, evidentemente, pertencentes à seção de aperto e alinhamento 17 concebida complementarmente do implante dentário 1).

[00138] Com referência particular adicional à Fig. 9, além das Figs. 8A a 8D, pode-se verificar que os lóbulos conectores 471 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 são interconectados pelas respectivas áreas de união de lóbulos, as quais são, em geral, designadas pelo numeral de referência 472. Como no caso da seção de aperto e alinhamento 17, cada uma das áreas de união de lóbulos 472 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 tem a mesma extensão axial dos lóbulos conectores 471. Na modalidade mostrada na Fig. 9, preferencialmente, forma-se um recesso circular 488 nos lóbulos conectores 471 e na área de união de lóbulos 472. O recesso circular 488 é formado de maneira periférica em torno do eixo A da ferramenta de inserção 4 e divide a seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 em uma parte coronal 4221 e uma parte apical 4222. O recesso circular 488 é adaptado para alojar um anel do tipo O-ring resiliente ou um anel do tipo C-ring partido 489 (mostrado na Fig. 8B) para engatar o implante dentário 1 com menos força, de modo que a ferramenta de inserção 4 possa ser desengatada do implante dentário 1 facilmente após a inserção dentro do osso. Por outro lado, o anel do tipo O-ring resiliente ou o anel do tipo C-ring partido 489, ao calçar-se na seção correspondente do implante dentário, provê uma força de acoplamento suficiente para que o implante dentário 1 seja mantido na ferramenta de inserção 4 e não caia durante o transporte à boca do paciente. O anel do tipo O-ring resiliente ou o anel do tipo C-ring partido 489 possui uma configuração convencional e é fabricado, preferencialmente, em titânio, liga de titânio, um material elastoméricos ou outros materiais diferentes conhecidos pelo técnico no assunto.

[00139] Em uma variação não mostrada nas figuras, a parte apical 4222 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 pode ser projetada com um formato cilíndrico. O formato cilíndrico também pode ser substituído por qualquer formato geométrico alternativo apropriado para manter o anel do tipo O-ring resiliente ou o anel do tipo C-ring partido 489 em seu lugar na ferramenta de inserção 4. Entretanto, o contorno mostrado na Fig. 9 com os lóbulos conectores 471 e as áreas de união de lóbulos 472 na parte apical 4222 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 é vantajoso, na medida em que permite a disposição do recesso circular 488 em uma localização coronal mais elevada na seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4, mantendo uma superfície de engate suficiente da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 com a seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1.

[00140] De acordo com uma modalidade alternativa e adicional da ferramenta de inserção 4, também não mostrada na Fig. 9, o anel do tipo Oring resiliente ou anel do tipo C-ring partido é suprimido e, nesse caso, os lóbulos conectores 471 e as áreas de união de lóbulos 472 podem se estender ininterruptamente ao longo de toda a extensão longitudinal da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4.

[00141] De acordo com a última alternativa preferencial, também não mostrada na Fig. 9, quando o anel do tipo O-ring resiliente ou o anel do tipo C- ring partido é suprimido, a porção apical das áreas de união de lóbulos 472 da ferramenta de inserção 4 pode ter um recorte de acordo com a configuração em degraus da porção apical 173 das áreas de união de lóbulos 172 da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1. Por conseguinte, o formato de cada recorte é preferencialmente em degraus invertidos. Como no caso da peça secundária 2 incluindo recortes, as respectivas superfícies laterais das porções apicais das áreas de união de lóbulos 472 da ferramenta de inserção 4 na última modalidade preferencial pode ser parte de uma superfície cilíndrica lateral com um eixo coincidente com o eixo A da ferramenta de inserção 4 ou o eixo A do implante dentário 1 quando a ferramenta de inserção 4 é inserida no implante dentário 1. Não obstante, de acordo com uma variação do supramencionado, as respectivas superfícies laterais das porções apicais das áreas de união de lóbulos 472 podem ser partes de um cone truncado com um eixo coincidente com o eixo A da ferramenta de inserção 4 (ou o eixo A do implante dentário 1 quando a ferramenta de inserção 4 é inserida no implante dentário 1). Em todo caso, os recortes se estendem no sentido radial ao eixo A da ferramenta de inserção 4 (ou o eixo A do implante dentário 1 quando a ferramenta de inserção 4 é inserida no implante dentário 1). Os recortes podem se estender em um sentido radial substancialmente perpendicular ao eixo A da ferramenta de inserção 4 (ou o eixo A do implante dentário 1 quando a ferramenta de inserção 4 é inserida no implante dentário 1) ou com uma inclinação em relação ao mesmo, a fim de corresponder à conformação das respectivas saliências 1732 da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1. Evidentemente, caso contrário, em todas as modalidades descritas acima, a porção apical das áreas de união de lóbulos da seção de aperto da ferramenta de inserção 4 pode ter um formato complementar ao formato da porção apical 173 das áreas de união de lóbulos 172 da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1.

[00142] Adicionalmente, de acordo com a última alternativa preferencial, quando os recortes são providos, cada uma das porções apicais das áreas de união de lóbulos 472 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 com o respectivo recorte em degraus inversos provê, vantajosamente, a função de orientar uma ferramenta de inserção 4 quando esta é inserida no implante dentário 1. Essa função orientadora é particularmente vantajosa no caso de uma conexão de encaixe do tipo "clickin". Também é particularmente vantajoso, nesse contexto, se os recortes forem inclinados no sentido apical, em comparação a um plano perpendicular ao eixo A da ferramenta de inserção 4 (ou o implante dentário 1 no estado inserido da ferramenta de inserção), de modo que uma superfície deslizante seja provida para a conexão de encaixe do tipo "click-in" ou a conexão em geral caso o recurso de click-in esteja ausente. Por exemplo, vantajosamente, a inclinação em relação ao plano perpendicular ao eixo A da ferramenta de inserção 4 (ou o implante dentário 1 no estado introduzido da ferramenta de inserção) pode ser menor que 30 graus, mais preferencialmente menor que 20 graus e ainda mais preferencialmente menor que 10 graus.

[00143] A conexão de encaixe do tipo "click-in" do implante dentário 1 com a ferramenta de inserção 4 pode ser implementada por meio de uma seção se alargando radialmente provida na extremidade apical da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4, particularmente na porção apical 4222, que pode ser engatada na fenda inferior 176 da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1. A conexão de encaixe do tipo "click-in" da peça secundária 2 com o implante dentário 1 pode ser implementada de maneira semelhante.

[00144] Além disso, com relação a todas as modalidades da ferramenta de inserção 4, deve-se observar que:

[00145] Na modalidade da seção de aperto 422 em que o número de lóbulos conectores 471 é igual a seis, o número de porções apicais (caso haja) das áreas de união de lóbulos 471 (e, evidentemente, o número de áreas de união de lóbulos 472) também é igual a seis. Evidentemente, também na seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4, uma vez que as áreas de união de lóbulos 472 são interpostas entre os lóbulos conectores 471, seus respectivos números serão iguais.

[00146] Conforme mostrado na Fig. 9, cada uma das áreas de união de lóbulos 472 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 é formada, em geral, com um formato côncavo. Esse formato, em certas modalidades, será suficiente para cooperar com a seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1.

[00147] Entretanto, em uma alternativa não mostrada na Fig. 9, as áreas de união de lóbulos 472 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 podem ser semelhantes às áreas de união de lóbulos 272 da seção de aperto 23 da peça secundária 2 para incluir uma seção central com um formato convexo e duas seções côncavas adjacentes, tal como para ser exatamente complementar ao formato das áreas de união de lóbulos 172 da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1.

[00148] Embora o último detalhe não seja mostrado na Fig. 9, apreciar-se-á que o contorno geral definido pelos lóbulos conectores 471 e as áreas de união de lóbulos 472 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 tenham o "torx modificado" descrito com relação ao implante dentário 1 das Figs. 1 a 4. Particularmente, cada área de união de lóbulos 472 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 tem uma seção convexa central e duas seções côncavas adjacentes. Conforme explicado, na modalidade em análise, o contorno e a extensão das respectivas seções convexas e côncavas das áreas de união de lóbulos 472 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 seguem exatamente o contorno e a extensão das seções correspondentes da área de união de lóbulos 172 do implante dentário 1.

[00149] Em geral, as áreas laterais das seções das áreas de união de lóbulos 472 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 também são partes de respectivos cilindros e se estendem paralelamente ao eixo A da ferramenta de inserção (ou do implante dentário 1 quando a ferramenta de inserção 4 é inserida no implante dentário 1), de maneira semelhante às áreas laterais dos lóbulos conectores 471 da seção de aperto 422 da peça secundária 2.

[00150] Caso contrário, com relação aos lóbulos de ligação 471 e as áreas de união de lóbulos 472 da seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4, as mesmas vantagens e pormenores construtivos definidos com relação aos lóbulos conectores 171 e as áreas de união de lóbulos 172 da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário são aplicáveis, exceto pela interação com uma peça secundária.

[00151] A segunda seção estabilizadora 423 da seção apical 42 da ferramenta de inserção 4, a qual é uma característica preferencial e adicional em todas as modalidades desta, é provida apicalmente da seção de aperto 422 da seção apical 42 da ferramenta de inserção 4, conforme mostrado nas Figs. de 8B a 8C e 9. A segunda seção estabilizadora 423, que corresponde estreitamente ao contorno da linha interna 182 da seção apical roscada internamente 18 do implante dentário 1, provê, vantajosamente, uma estabilidade adicional da conexão entre o implante dentário 1 e a ferramenta de inserção 4. A segunda seção estabilizadora 423 da seção apical 42 da ferramenta de inserção 4 tem, preferencialmente, um formato cilíndrico (a saber, o formato de um cilindro reto), e a extensão axial da segunda seção estabilizadora 423 ao longo do eixo A é preferencialmente igual a pelo menos 1/3 da extensão axial da rosca interna 182 da seção apical roscada internamente 18 do implante dentário 1, mais preferencialmente igual a pelo menos 1/2 da extensão axial da rosca interna 182 e, ainda mais preferencialmente, igual a pelo menos 2/3 da extensão axial da rosca interna 182.

[00152] As Figuras de 10A a 10C são vistas do implante dentário 1 da Fig. 1 com uma peça secundária adicional diferente montada. A peça secundária das Figs. 10A a 10C é designada pelo numeral de referência 5 e é caracterizada por ser roscável à seção roscada 13 da seção coronal 11 do implante dentário 1. Por conseguinte, o parafuso conector 3 está ausente na modalidade da Fig. de 10A a 10C e a peça secundária roscável 5 inclui uma rosca interna 51 que pode ser roscada à seção roscada 13 da seção coronal 11 do implante dentário 1. A peça secundária roscável 5 das Figs. 10A a 10C é, em geral, adequada para grandes implantes que suportam, por exemplo, restaurações de coroa de molar única ou pontes dentárias. Evidentemente, a rosca interna 51 é provida em uma seção da peça secundária roscável 5 que é simétrica axialmente.

[00153] O implante dentário das Figs. 10A a 10C é idêntico ao implante dentário 1 das Figs. 1 a 4 e, portanto, não será discutido adicionalmente neste documento.

[00154] O formato interno da peça secundária roscável 5 das Figs. 10A a 10C inclui uma superfície chanfrada interna 52 e, vantajosamente, segue exatamente o formato da parte chanfrada 121 da seção lisa 12 da seção coronal 11 do implante dentário 1. Particularmente, conforme descrito com relação à parte chanfrada 121 do implante dentário 1, a superfície chanfrada interna 52 da peça secundária roscável 5 tem um ângulo de 17 a 27 graus, mais preferencialmente um ângulo de 20 a 24 graus e mais preferencialmente um ângulo de 22,5 graus em relação a um plano perpendicular ao eixo A da peça secundária roscável 5 (ou o eixo A do implante dentário 1 quando a peça secundária roscável 5 é inserida no implante dentário 1’). O último ângulo de inclinação mais preferencial da superfície chanfrada interna 52 da peça secundária roscável 5, juntamente com o ângulo de inclinação correspondente da parte chanfrada 121 do implante dentário 1, é particularmente vantajoso em termos de vedação e estabilidade mecânica quando o implante dentário é conectado à peça secundária roscável sobreposta que pode ser modalizada, por exemplo, como um pilar, particularmente um pilar para suportar uma ponte dental. A orientação angular do último tipo de pilar não é necessária.

[00155] Caso contrário, a peça secundária roscável 5 tem o formato de um corpo de rotação simétrico axialmente (em torno do eixo A), incluindo uma seção cilíndrica coronal 53, uma seção com formato de cone truncado chanfrado 54 e uma seção cilíndrica apical 55. Como se torna evidente a partir das Figuras de 10A a 10C, a seção cilíndrica coronal 53 da peça secundária roscável 5 tem o diâmetro menor que a seção cilíndrica apical 55 da peça secundária roscável 5 e a seção com formato de cone truncado chanfrado 54 forma, entre estas, uma superfície de aposição para uma superestrutura. Preferencialmente, a seção com formato de cone truncado chanfrado 54 também forma um ângulo de 17 a 27 graus, mais preferencialmente um ângulo de 20 a 24 graus e ainda mais preferencialmente um ângulo de 22,5 graus em relação a um plano perpendicular ao eixo A da peça secundária 5 (ou o eixo A do implante dentário 1 quando a peça secundária 5 está posicionada no implante dentário 1). Tais ângulos de inclinação são vantajosos em termos de estabilidade mecânica e vedação quando a peça secundária é conectada a uma estrutura sobreposta, tal como uma ponte dentária.

[00156] Com referência às Figs. 11A a 11C, é mostrada uma tampa de cicatrização para uso com o implante dentário de acordo com a presente invenção. A tampa de cicatrização é designada com o numeral de referência 6 e mostrada no implante dentário 1 nas Figs. 1 a 4. Portanto, o implante dentário 1 nas Figs. 11A a 11C não serão discutidos adicionalmente neste documento.

[00157] A tampa de cicatrização 6 tem, em geral, o formato de um corpo de rotação axialmente simétrico ao longo do eixo longitudinal A desta.

[00158] A tampa de cicatrização 6 tem uma cabeça ampliada 62 disposta na extremidade coronal desta, em que a cabeça ampliada 62 é provida de meios de engate de chave 61, os quais são modalizados, por exemplo, como um hexágono interno, um quadrado interno ou outra superfície de aperto. Entretanto, vantajosamente, os meios de engate de chave 61 também podem ser modalizados para interagir com a seção de aperto 422 da ferramenta de inserção 4 descrita acima.

[00159] A cabeça ampliada 62 da tampa de cicatrização 6 é seguida ainda apicalmente por uma seção estabilizadora 63 que corresponde exatamente à seção estabilizadora 16 do implante dentário 1. A seção estabilizadora 63 da tampa de cicatrização 6 é seguida ainda apicalmente por uma seção intermediária 64 que pode ser formada em uma modalidade preferencial como um corpo de rotação axialmente simétrico.

[00160] A seção intermediária 64 é seguida ainda apicalmente por uma seção roscada 65 adaptada para engatar de maneira roscada a rosca interna 182 da seção apical roscada internamente 18 do implante dentário 1.

[00161] Em uma alternativa à seção intermediária 64 e a seção roscada 65 preferenciais acima, as quais não são mostradas nas figuras do presente pedido, a seção intermediária também pode ser formada com o contorno de torx "modificado" que segue o contorno da seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1. Na alternativa à seção intermediária 64 da tampa de cicatrização 6 com o contorno de "torx modificado" (e, assim, correspondente ao contorno seção de aperto e alinhamento 17 do implante dentário 1), a seção roscada 65 é suprimida e substituída por um elemento com formato saliente disposto e dimensionado para ser assentado na fenda inferior 176 do implante dentário.

[00162] O formato interno da tampa de cicatrização das Figs. 11A a 11C inclui uma superfície chanfrada interna 66 que, em uma implementação preferencial, segue exatamente o formato da parte chanfrada 121 da seção lisa 12 da seção coronal 11 do implante dentário 1. Particularmente, conforme descrito com relação à parte chanfrada 121 do implante dentário 1, a superfície chanfrada interna 66 da tampa de cicatrização 6 tem um ângulo de 17 a 27 graus, mais preferencialmente um ângulo de 20 a 24 graus e ainda mais preferencialmente um ângulo de 22,5 graus em relação a um plano perpendicular ao eixo A longitudinal da tampa de cicatrização 6 (ou o eixo A do implante dentário 1 quando a tampa de cicatrização 6 é inserida no implante dentário 1). O último ângulo de inclinação mais preferencial da superfície chanfrada interna 66 da tampa de cicatrização 6 em conjunto com o ângulo de inclinação correspondente da parte chanfrada 121 do implante dentário 1 é particularmente vantajoso em termos de vedação e estabilidade mecânica. A eficiência de vedação da tampa de cicatrização 6 com o implante dentário 1 é adicionalmente melhorada pela configuração angular específica da seção estabilizadora 63 da tampa de cicatrização 6 que, conforme explicado acima, corresponde estreitamente ao formato e contorno da seção estabilizadora 16 do implante dentário 1.

[00163] Além disso, de acordo com a presente invenção, também se provê uma tampa de impressão que é projetada de maneira semelhante à tampa de cicatrização descrita acima em termos de sua conexão com o orifício cego interno do implante dentário.

[00164] Evidentemente, diversas modificações serão evidentes e podem ser prontamente feitas pelo técnico no assunto sem se distanciar do âmbito da presente invenção. Por conseguinte, o âmbito das reivindicações não deve ser limitado pelas ilustrações ou pelas modalidades preferenciais apresentadas no relatório descritivo a título de exemplo, mas, em vez disso, as reivindicações devem englobar todas as características da novidade patenteável da presente invenção, incluindo todas as características que seriam tratadas como equivalentes pelo técnico no assunto. A esse respeito, salienta-se que o implante dentário e a peça secundária da invenção podem ser fabricados em cerâmica, metal (titânio, particularmente) e combinações destes.

[00165] Além disso, embora a presente invenção tenha sido discutida e apresentada acima em várias combinações de implantes dentários e elementos secundários, o técnico no assunto entenderá prontamente que cada um dos implantes dentários pode ser combinado com cada um dos elementos secundários divulgados neste documento. Além disso, também são previstos outros implantes dentários e elementos secundários não mostrados e/ou discutidos neste documento como sendo parte da presente divulgação na medida em que estes possuam seções estabilizadoras e/ou seções de aperto e/ou seção de aperto e alinhamento conforme descritas neste documento. Considerações semelhantes se aplicam às combinações de implantes dentários e ferramentas de inserção (não mostradas e/ou discutidas) com a particularidade de que a seção de aperto da ferramenta de inserção deve ser provida da configuração de "torx modificado" da presente invenção.

[00166] Quando características técnicas mencionadas em qualquer uma das reivindicações são seguidas de sinais de referência, esses sinais de referência foram incluídos com o único propósito de aumentar a inteligibilidade das reivindicações e, por conseguinte, tais sinais de referência não têm qualquer efeito limitante no âmbito de cada elemento identificado a título de exemplo por tais sinais de referência. Lista de sinais de referência usados no relatório descritivo A Eixo do implante dentário, da peça secundária, da ferramenta de inserção, da peça secundária roscável e da tampa de cicatrização 1,1’ Implante dentário 11 Seção coronal do implante dentário 12 Seção lisa da seção coronal do implante dentário 121 Parte chanfrada da seção lisa 122 Rebordo definindo a extremidade coronal do implante dentário 13 Seção roscada da seção coronal do implante dentário 14 Região roscada do implante dentário 141, 141’ 142 Entalhes da região roscada do implante dentário Rosca da região roscada do implante dentário 15 Ponta apical do implante dentário 16 Seção estabilizadora do orifício cego interno do implante dentário 17 Seção de aperto e alinhamento do orifício cego interno do implante dentário 171 Lóbulos conectores da seção de aperto e alinhamento do implante dentário 172 Áreas de união de lóbulos interconectando os lóbulos da seção de aperto e alinhamento 173 Porção apical das áreas de união de lóbulos 1731 Superfície lateral da porção apical das áreas de união de lóbulos 1732 Saliência da porção apical 174 Seção convexa de uma área de união de lóbulos 175 Seção côncava de uma área de união de lóbulos 176 Fenda inferior 177 Plataforma circular na extremidade coronal da seção de aperto e alinhamento 18 Seção apical roscada internamente do orifício cego interno do implante dentário 181 Plataforma coronal da seção apical roscada internamente 182 Rosca interna da seção apical roscada internamente 183 Extremidade apical da seção apical roscada internamente 2 Peça secundária 21 Seção coronal da peça secundária 211 Orifício de passagem central da seção coronal da peça secundária 212 Meios para posicionar rotacionalmente uma coroa dentária ou uma ponte dentária 213, 213’ Saliência de apoio da seção coronal da peça secundária Seção estabilizadora da peça secundária 221, 221’ Parte coronal da seção estabilizadora da peça secundária 222 Parte apical da seção estabilizadora da peça secundária 223 Superfície chanfrada na interface entre a parte coronal e apical da seção estabilizadora da peça secundária 224 Anel do tipo O-ring na extremidade apical da seção estabilizadora da peça secundária 225, 225’ Anel do tipo O-ring na seção estabilizadora da peça secundária 23 Seção de alinhamento da peça secundária 271 Lóbulos conectores da seção de alinhamento da peça secundária 272 Áreas de união de lóbulos da seção de alinhamento da peça secundária 274 Seção côncava de uma área de união de lóbulos da seção de alinhamento da peça secundária 275 Seção convexa de uma área de união de lóbulos da seção de alinhamento da peça secundária 24 Seção interna com formato de cone truncado da peça secundária 3 Parafuso conector 31 Cabeça alargada do parafuso conector 32 Meios de engate de chave 4 Ferramenta de inserção 41 Seção coronal da ferramenta de inserção 411 Porção de haste da seção coronal da ferramenta de inserção 412 seção de engate de ferramenta manual 412 da seção coronal da ferramenta de inserção 413 Recessos da seção de engate de ferramenta de manual 414 Elemento de engate da porção de haste para conexão de uma máquina rotativa 42 Seção apical da ferramenta de inserção 421 Primeira seção estabilizadora da seção apical da ferramenta de inserção 422 Seção de aperto da seção apical da ferramenta de inserção 4221 Parte coronal da seção de aperto da ferramenta de inserção 4222 Parte apical da seção de aperto da ferramenta de inserção 423 Segunda seção estabilizadora da seção apical da ferramenta de inserção 471 Lóbulos conectores da seção de aperto da ferramenta de inserção 472 Áreas de união de lóbulos da seção de aperto da ferramenta de inserção 488 Recesso circular da seção de aperto da seção apical da ferramenta de inserção 489 Anel do tipo O-ring ou anel do tipo C-ring da seção de aperto da seção apical da ferramenta de inserção 5 Peça secundária roscável 51 Rosca interna da peça secundária roscável 52 Superfície chanfrada interna da peça secundária roscável 53 Seção cilíndrica coronal da peça secundária roscável 54 Seção com formato de cone truncado chanfrado da peça secundária roscável 55 Seção cilíndrica apical da peça secundária roscável 6 Tampa de cicatrização 61 Meios de engate de chave da tampa de cicatrização 62 Cabeça alargada da tampa de cicatrização 63 Seção estabilizadora da tampa de cicatrização 64 Seção intermediária da tampa de cicatrização 65 Seção roscada da tampa de cicatrização 66 Superfície chanfrada interna da tampa de cicatrização

Claims

1. Implante dentário (1, 1’) tendo um formato substancialmente cilíndrico e com um eixo longitudinal (A) definindo um sentido longitudinal, o implante dentário (1, 1’) incluindo: uma seção coronal (11), incluindo uma extremidade coronal do implante dentário (1, 1’); uma região roscada (14) que se estende apicalmente da seção coronal (11) a uma ponta apical (15) do implante dentário (1); e um orifício cego interno para conexão com uma peça secundária, o orifício cego interno incluindo: uma seção estabilizadora (16) se estendendo apicalmente a partir da extremidade coronal do implante dentário (1, 1’) e uma seção de aperto e alinhamento (17) que se estende apicalmente a partir de uma extremidade apical da seção estabilizadora (16), caracterizado pelo fato de que a seção de aperto e alinhamento (17) é provida de uma pluralidade de lóbulos conectores (171) com um formato côncavo e se estendendo no sentido longitudinal, em que os lóbulos conectores (171) são interconectados pelas respectivas áreas de união de lóbulos (172) que também se estendem no sentido longitudinal, cada uma das áreas de união de lóbulos (172) incluindo: duas seções convexas (174) se estendendo no sentido longitudinal e adjacentes a um respectivo lóbulo conector (171); e uma seção côncava (175) se estendendo no sentido longitudinal entre as duas seções convexas (174), e sendo que uma fenda inferior (176) é provida em uma extremidade apical da seção de aperto e alinhamento (17).

2. Implante dentário (1, 1’), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o orifício cego interno inclui, adicionalmente, uma seção apical roscada internamente (18) se estendendo apicalmente a partir de uma extremidade apical da seção de aperto e alinhamento (17).

3. Implante dentário (1, 1’), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que tanto os lóbulos conectores (171) como a área de união de lóbulos (172) se estendem substancialmente ao longo de toda a extensão axial da seção de aperto e alinhamento (17).

4. Implante dentário (1, 1’), de acordo com um ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que cada área de união de lóbulos (172) inclui uma porção apical (173) com uma configuração em degraus.

5. Implante dentário (1, 1’), de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que a porção apical (173) tem uma superfície lateral (1731) que é parte de uma superfície lateral cilíndrica com um eixo coincidente com o eixo (A) do implante dentário (1, 1’), sendo que a superfície lateral (1731) é provida de uma saliência (1732) que se estende em um sentido radial em direção ao eixo (A) do implante dentário (1, 1’).

6. Implante dentário (1, 1’), de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que a porção apical (173) tem uma superfície lateral (1731) que é parte de uma superfície cônica truncada que se alarga coronalmente e tem um eixo coincidente com o eixo (A) do implante dentário (1, 1’), sendo que a superfície lateral (1731) é provida de uma saliência (1732) que se estende em um sentido radial em direção ao eixo (A) do implante dentário (1, 1’).

7. Implante dentário (1, 1’), de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracterizado pelo fato de que a saliência (1732) se estende em um sentido radial que é substancialmente perpendicular ao eixo (A) do implante dentário (1, 1’).

8. Implante dentário (1, 1’), de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracterizado pelo fato de que a saliência (1732) se estende em um sentido radial que é inclinado apicalmente em relação ao eixo (A) do implante dentário (1, 1’).

9. Implante dentário (1, 1’), de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que os lóbulos conectores (171) são partes de respectivos cilindros com uma área lateral que é paralela ao eixo (A) do implante dentário (1, 1’) e sendo que, preferencialmente, as partes de cilindro são semicilindros.

10. Implante dentário (1, 1’), de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que as seções convexas e côncavas (174, 175) das áreas de união de lóbulos (172) são partes de respectivos cilindros com uma área lateral que é paralela ao eixo (A) do implante dentário (1, 1’).

11. Implante dentário (1, 1’), de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que uma plataforma substancialmente circular (177) é provida em uma extremidade coronal da seção de aperto e alinhamento (17), que é adjacente à extremidade apical da seção estabilizadora (16), sendo que, preferencialmente, a plataforma substancialmente circular (177) é formada por peças coronais radialmente salientes das áreas de união de lóbulos (172).

12. Implante dentário (1, 1’), de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o número de lóbulos conectores (171) e o número de áreas de união de lóbulos (172) são iguais a seis.

13. Implante dentário, (1, 1’), de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a seção estabilizadora (16) é formada como um cone truncado se vai se alargando no sentido coronal e com uma abertura coronal tendo um ângulo de 5 graus a 7,9 graus, mais preferencialmente de 5 graus a 7,7 graus, ainda mais preferencialmente de 5 graus a 7 graus e ainda mais preferencialmente 7 graus em relação ao eixo (A) do implante dentário (1, 1’).

14. Implante dentário (1, 1’), de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a seção coronal (11) inclui, em uma parte externa desta, uma seção lisa (12) que se estende no sentido apical a partir da extremidade coronal do implante dentário (1, 1’) e uma seção roscada (13) se estendendo no sentido apical da extremidade apical da seção lisa (12) até uma extremidade coronal da região roscada (14), sendo que a seção roscada (13) é adaptada para fixar uma peça secundária na parte externa do implante dentário (1, 1’) e/ou sendo que a seção roscada (13) inclui uma rosca inversa e/ou sendo que a seção roscada (13) é adaptada para facilitar a osseointegração do implante dentário (1, 1’).

15. Implante dentário (1, 1’) de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que a seção lisa (12) da seção coronal (11) do implante dentário (1, 1’) compreende uma parte chanfrada (121) nas imediações da extremidade coronal do implante dentário (1, 1’), sendo que a parte chanfrada (121) é inclinada apicalmente em sua periferia.

16. Implante dentário (1, 1’) de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que a parte chanfrada (121) forma um ângulo de 17 a 27 graus, mais preferencialmente um ângulo de 20 a 24 graus e ainda mais preferencialmente um ângulo de 22,5 graus em relação a um plano que é perpendicular ao eixo (A) do implante dentário (1, 1).

17. Implante dentário, (1, 1’), de acordo com as reivindicações 15 ou 16, caracterizado pelo fato de que a extremidade coronal do implante dentário (1, 1) é definida por um rebordo plano (122) que é adjacente à parte chanfrada (121), sendo que o rebordo plano (122) se encontra preferencialmente no plano perpendicular ao eixo (A) do implante dentário (1, 1), sendo que, de forma adicionalmente preferencial, ao longo de um raio que se estende a partir do eixo (A) do implante dentário (1, 1), as razões da largura radial do rebordo plano (122) em relação à largura radial da projeção da parte chanfrada (121) no raio são de 1/5 a 1/3.

18. Implante dentário (1, 1’), de acordo com uma ou mais das reivindicações 2 a 17, caracterizado pelo fato de que uma fenda inferior (176) é provida entre a extremidade apical da seção de aperto e alinhamento (17) e uma plataforma coronal (181) da seção apical roscada internamente (18).

19. Implante dentário (1, 1’), de acordo com uma ou mais das reivindicações 8 a 17, caracterizado pelo fato de que uma fenda inferior (176) se estende apicalmente abaixo das saliências (1732) da porção apical das áreas de união de lóbulos (172) até uma plataforma coronal (181) da seção apical roscada internamente (18) do orifício cego interno do implante dentário (1, 1).

20. Implante dentário (1, 1’), de acordo com a reivindicação 18 ou 19, caracterizado pelo fato de que a plataforma coronal (181) se estende em um plano que é perpendicular ao eixo (A) do implante dentário (1, 1).

21. Implante dentário (1, 1’), de acordo com uma ou mais das reivindicações 19 a 20, caracterizado pelo fato de que a fenda inferior (176) tem uma extensão reduzida nos lóbulos conectores (171) da seção de aperto e alinhamento (17) do implante dentário (1, 1’).

22. Implante dentário (1, 1'), de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a região roscada (14) inclui pelo menos um entalhe (141, 141'), sendo que o pelo menos um entalhe (141, 141') é configurado, preferencialmente, para moer osso, coletar osso, condensar osso e dispersar osso quando o implante dentário (1, 1') é girado tanto no sentido horário quanto no sentido anti-horário e/ou sendo que, preferencialmente, a rosca (142) da região roscada (14) do implante dentário (1, 1) tem um formato helicoidal.

23. Peça secundária (2, 2’) para um implante dentário (1, 1'), a peça secundária (2, 2') possuindo um orifício central (221) que se estende ao longo de um eixo longitudinal (A) desta, sendo que o eixo longitudinal (A) define um sentido longitudinal, em que a peça secundária (2, 2') inclui: uma seção coronal (21) incluindo uma extremidade coronal da peça secundária (2, 2’); uma seção estabilizadora (22) se estendendo apicalmente a partir de uma extremidade apical da seção coronal (21); e uma seção de alinhamento (23) que se estende apicalmente a partir de uma extremidade apical da seção estabilizadora (22), caracterizada pelo fato de que a seção de alinhamento (23) é provida de uma pluralidade de lóbulos conectores (271) com um formato convexo e se estendendo no sentido longitudinal, os lóbulos conectores (271) sendo interconectados pelas respectivas áreas de união de lóbulos (272) que também se estendem no sentido longitudinal, sendo que cada uma das áreas de união de lóbulos (272) inclui: duas seções côncavas (274) se estendendo no sentido longitudinal e adjacentes a um respectivo lóbulo conector (271); e uma seção convexa (275) se estendendo no sentido longitudinal entre as duas seções convexas (274).

24. Peça secundária (2, 2’), acordo com a reivindicação 23, caracterizada pelo fato de que tanto os lóbulos conectores (271) como a área de união de lóbulos (272) se estendem substancialmente ao longo de toda a extensão axial da seção de alinhamento (23).

25. Peça secundária (2, 2’), de acordo com as reivindicações 23 ou 24, caracterizada pelo fato de que os lóbulos conectores (271) são partes de respectivos cilindros com uma área lateral que é paralela ao eixo (A) da peça secundária (2, 2’) e sendo que, preferencialmente, as partes de cilindro são semicilindros.

26. Peça secundária (2, 2’), de acordo com uma ou mais das reivindicações 23 a 25, caracterizada pelo fato de que as seções côncavas e convexas (274, 275) das áreas de união de lóbulos (272) são partes de respectivos cilindros com uma área lateral que é paralela ao eixo (A) da peça secundária (2, 2’).

27. Peça secundária (2, 2’), de acordo com uma ou mais das reivindicações 23 a 26, caracterizada pelo fato de que o número de lóbulos conectores (271) e o número de áreas de união de lóbulos (272) são iguais a seis.

28. Peça secundária (2, 2’), de acordo com uma ou mais das reivindicações 23 a 27, caracterizada pelo fato de que a seção estabilizadora (22) inclui pelo menos uma parte apical (222) formada como um cone truncado se alargando no sentido coronal, sendo que, preferencialmente, uma abertura coronal da parte apical (222) tem um ângulo de 5 graus a 7,9 graus, mais preferencialmente de 5 graus a 7,7 graus, ainda mais preferencialmente de 5 graus a 7 graus e ainda mais preferencialmente 7 graus em relação ao eixo (A) da peça secundária (2, 2’).

29. Peça secundária (2, 2’), de acordo com a reivindicação 28, caracterizada pelo fato de que a seção estabilizadora (22) inclui, adicionalmente, uma parte coronal (221, 221’) que também se alarga em um sentido coronal e com uma maior seção de alargamento para fora em comparação à seção de alargamento para fora da parte apical (222) da seção estabilizadora (22), de modo a permitir a formação da saliência de apoio (213, 213’) na extremidade coronal da seção coronal (21) da peça secundária (2, 2’).

30. Peça secundária (2, 2'), de acordo com uma ou mais das reivindicações 23 a 29, caracterizada pelo fato de que a seção coronal (21) inclui, adicionalmente, meios (212) para posicionar rotacionalmente uma prótese dentária nestes.

31. Peça secundária (2’), de acordo com as reivindicações 29 ou 30, caracterizada pelo fato de que uma superfície chanfrada (223) se forma na interface entre a parte coronal (221’) da seção estabilizadora (22) e a parte apical (222) da seção estabilizadora (22), sendo que a superfície chanfrada (223) é inclinada apicalmente em direção à sua periferia.

32. Peça secundária (2’), de acordo com a reivindicação 31, caracterizada pelo fato de que a superfície chanfrada (223) forma um ângulo de 17 a 27 graus, mais preferencialmente um ângulo de 20 a 24 graus e ainda mais preferencialmente um ângulo de 22,5 graus em relação a um plano que é perpendicular ao eixo A da peça secundária (2’).

33. Peça secundária (2, 2’), de acordo com uma ou mais das reivindicações anteriores 23 a 32, caracterizada pelo fato de que a peça secundária (2, 2’) é um pilar para suportar um único dente ou uma ponte dentária.

34. Ferramenta de inserção (4) para um implante dentário (1, 1'), caracterizada pelo fato de que compreende um eixo longitudinal (A) definindo um sentido longitudinal e incluindo: uma seção coronal (41) tendo uma porção de haste (411) para conexão com um dispositivo giratório; e uma seção apical (42) para acoplamento com um orifício interno do implante dentário (1, 1’), caracterizada pelo fato de que a seção apical (42) inclui, a partir da coronal à apical, uma primeira seção estabilizadora (421) e uma seção de aperto (422), e sendo que a seção de aperto (422) é provida de uma pluralidade de lóbulos conectores (471) tendo um formato convexo e se estendendo no sentido longitudinal, os lóbulos conectores (471) sendo interconectados por respectivas áreas de união de lóbulos (472) que também se estendem no sentido longitudinal, cada uma das áreas de união de lóbulos (472) com formato substancialmente côncavo.

35. Sistema de implante dentário, caracterizado pelo fato de que inclui: - um implante dentário conforme uma ou mais reivindicações 1 a 22; e - uma peça secundária conforme uma ou mais reivindicações 23 a 33.

36. Sistema de implante dentário, caracterizado pelo fato de que inclui: - um implante dentário conforme uma ou mais reivindicações 1 a 22; - uma peça secundária conforme uma ou mais reivindicações 23 a 33; e - uma ferramenta de inserção conforme a reivindicação 34.