BR112019013188B1 - Composição de alimento para animais domésticos e uso da mesma - Google Patents

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Abstract

São descritos neste documento métodos e composições para ? inter alia ? reduzir a gravidade específica da urina e reduzir o índice de risco de oxalato de cálcio em felinos. Em particular, dietas e métodos utilizando determinadas quantidades e proporções de ácido araquidônico (AA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosa-hexaenoico (DHA).

Description

FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
[0001] O gato doméstico (Felis domesticus) vive com sucesso em condições desérticas e é adaptado para reter água através da produção de urina, que é muito concentrada em comparação com a maioria dos outros mamíferos. A produção de urina altamente concentrada, no entanto, pode ter efeitos prejudiciais, tais como o aumento do desenvolvimento de pedras urinárias e outras condições do trato urinário inferior bem definidas, tal como cistite idiopática felina. Uma condição do trato urinário dos felinos devido à má hidratação é por vezes referida como Doença do Trato Urinário Inferior Felino (FLUTD).
[0002] FLUTD pode ser uma condição com risco de vida para gatos. Em particular, um problema que os donos de gatos com FLUTD enfrentam é que a doença já oferece risco de vida para o gato no momento em que os sintomas se tornam visíveis para o dono. Os cristais podem precipitar no trato urinário do gato como pedras e obstruir o fluxo de urina. Tipos de pedras incluem estruvita, oxalato de cálcio, urato, cistina, fosfato de cálcio e silicato. As pedras de estruvita e oxalato de cálcio são, de longe, as mais comuns em gatos. Se deixado sem tratamento, um gato “bloqueado” vai morrer, uma vez que a urina retorna para e danifica os rins, e as toxinas se acumulam no sangue.
[0003] Se o gato puder ser induzido a beber mais, isto pode diluir a urina e, assim, melhorar as condições urinárias do felino resultantes da baixa hidratação. Esta diluição atua em dois níveis: primeiro, através da redução da concentração de eletrólitos na urina (assumindo que o gato não está bebendo mais simplesmente para compensar o sal dietético elevado), e, em seguida, por aumento da frequência de micção e, portanto, reduzindo a quantidade de tempo que a urina passa na bexiga. Os gatos geralmente bebem apenas cerca de 30 mililitros de água por quilo de peso corporal por dia, e é difícil aumentar a frequência com que o gato bebe espontaneamente. Fornecer alimento úmido ajuda a aumentar a ingestão de água em um animal que não bebe muito, mas não é suficiente, seja porque o animal ainda não ingeriu água suficiente, seja porque não é o suficiente para aumentar a diurese. Além disso, os gatos que apresentam uma síndrome urológica frequentemente são obesos ou têm excesso de peso. Assim, quando é preciso tratar distúrbios urinários, e em particular FLUTD, fornecer um alimento úmido pode ser preferível, mas não é suficiente, isto é, a ração não fornece uma hidratação suficiente, pode não ser aceita pelo gato, ou mesmo pode induzir um excesso de peso e/ou obesidade adicional, se a quantidade distribuída for mal controlada.
[0004] A incorporação de certos ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 tais como ácido docosa-hexaenoico ("DHA") e ácido eicosapentaenoico ("EPA") em composições de alimento para animais domésticos já é conhecida, em geral. E, embora se saiba que determinadas rações para gatos contêm ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 e ômega 6, não parece haver nenhum ensinamento ou sugestão de que ácidos graxos sejam responsáveis/desempenhem um papel fundamental nos níveis de hidratação. Desta forma, existe atualmente uma necessidade de métodos e composições para aumentar a hidratação em gatos, dessa forma tratando, reduzindo, inibindo ou melhorando as condições urinárias, tais como a FLUTD.
BREVE SUMÁRIO
[0005] Foi surpreendentemente descoberto que controlar a proporção de certos ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 e ômega 6 em ração para gatos resultará em uma gravidade específica reduzida da urina de gato e um risco de reduzido de formação de cálculos de oxalato de cálcio conforme indicado pelo índice de risco de oxalato de cálcio (CORI). Em particular, uma proporção de AA à EPA + DHA [AA:(EPA + DHA)] de menos que 1 reduz a gravidade específica da urina de gato e reduz o CORI tanto em gatos adultos jovens e maduros sem desidratar o animal.
[0006] Em algumas modalidades, a presente divulgação se refere a um método para reduzir a gravidade específica da urina e o valor de CORI em um gato compreendendo alimentar o gato com uma composição alimentar compreendendo AA, EPA e DHA em que a proporção de AA:(EPA + DHA) varia de 0,1:1 a 0,9:1 e o quantidade combinada de AA, EPA e DHA é de 0,05 a 1,5% em peso seco.
[0007] Em algumas modalidades, a presente divulgação se refere a um método para reduzir a gravidade específica da urina e do valor de CORI em um gato compreendendo alimentar o gato com uma composição alimentar compreendendo AA, EPA e DHA em que a proporção de AA:(EPA + DHA) varia de 0,1:1 a 0,9:1, a quantidade combinada de AA, EPA e DHA é de 0,05 a 1,5% em peso seco, e a composição alimentar tem uma proporção de ácidos graxos ômega 6 totais para ácidos graxos ômega 3 totais (n6:n3) que varia de cerca de 2:1 a cerca de 8:1.
[0008] Em algumas modalidades, a presente divulgação se refere a um método para tratar uma doença ou condição em um gato resultante da baixa hidratação compreendendo alimentar o gato com um alimento contendo AA, EPA e DHA em que a proporção de AA:(EPA + DHA) varia de 0.1:1 a 0.9:1 e a quantidade combinada de AA, EPA e DHA é de 0,05 a 1,5% em peso seco.
[0009] Em algumas modalidades, a presente divulgação se refere a um método para tratar uma doença ou condição em um gato resultante da baixa hidratação compreendendo alimentar o gato com um alimento contendo AA, EPA e DHA em que a proporção de AA:(EPA + DHA) varia de 0,1:1 a 0,9:1, a quantidade combinada de AA, EPA e DHA é de 0,05 a 1,5% em peso seco, e a composição alimentar tem uma proporção de ácidos graxos ômega 6 totais para ácidos graxos ômega 3 totais (n6:n3) que varia de cerca de 2:1 a cerca de 8:1.
[0010] Em algumas modalidades, a presente divulgação se refere a uma composição alimentar para gatos palatável e nutricionalmente completa compreendendo AA, EPA e DHA em uma quantidade eficaz para melhorar a hidratação de um gato, em que a composição alimentar, junto com água, é palatável de nutricionalmente completa como dieta exclusiva para o gato, e em que a proporção de AA:(EPA + DHA) varia de 0,1:1 a 0,9:1, a quantidade combinada de AA, EPA e DHA é de 0,05 a 1,5% em peso seco.
[0011] Em algumas modalidades, a presente divulgação se refere a uma composição alimentar para gatos palatável e nutricionalmente completa compreendendo AA, EPA e DHA em uma quantidade eficaz para melhorar a hidratação de um gato, em que a composição alimentar, junto com água, é palatável de nutricionalmente completa como dieta exclusiva para o gato, e em que a proporção de AA:(EPA + DHA) varia de 0,1:1 a 0,9:1, a quantidade combinada de AA, EPA e DHA é de 0,05 a 1,5% em peso seco e em que as composições têm outros ácidos graxos ômega 3 e ômega 6 incorporados em si. Em tais modalidades, a composição alimentar tem uma proporção de ácidos graxos ômega 6 totais para ácidos graxos ômega 3 totais (n6:n3) que varia de cerca de 2:1 a cerca de 8:1.
[0012] Outras áreas de aplicabilidade da presente invenção se tornarão evidentes a partir da descrição detalhada fornecida a seguir. Deve- se entender que a descrição detalhada e exemplos específicos, embora indiquem modalidades preferenciais do assunto divulgado, são destinados aos propósitos de ilustração apenas e não são destinados a limitar o escopo da divulgação.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[0013] A presente invenção será mais bem compreendida a partir da descrição detalhada e das figuras anexas, em que:
[0014] A Figura 1 mostra uma modalidade da invenção em que uma placa de múltiplos poços compreendendo uma série de soluções de oxalato de metal alcalino compreendendo diferentes concentrações de oxalato de metal alcalino são preparadas pela diluição serial de uma solução de oxalato de metal alcalino por toda a fileiras da placa de múltiplos poços. 100 μL de alíquotas de urina são adicionados aos poços de outra placa de múltiplos poços, e 100 μL de alíquotas são retirados dos poços da placa de oxalato e adicionados aos poços correspondentes da placa de urina.
[0015] A Figura 2A retrata uma modalidade da invenção em que uma placa de múltiplos poços compreendendo uma série de soluções de oxalato de metal alcalino compreendendo diferentes concentrações de oxalato de metal alcalino são preparadas pela diluição serial de uma solução de oxalato de metal alcalino por todas as fileiras de poços da placa de múltiplos poços.
[0016] A Figura 2B retrata uma placa de múltiplos poços compreendendo uma série de, por exemplo, soluções de citrato compreendendo diferentes concentrações de citrato preparadas por diluição serial de uma solução de citrato através das colunas de poços da placa de múltiplos poços.
[0017] A Figura 2C representa 100 μL de alíquotas de urina adicionados aos poços de outra placa de múltiplos poços; e 100 μL de alíquotas retirados dos poços da placa de oxalato e 100 μL de alíquotas retirados dos poços da placa de citrato e adicionados aos poços correspondentes da placa de urina. Cada poço na placa de múltiplos poços final agora contém concentrações específicas de citrato e oxalato em um volume específico de urina.
[0018] A Figura 3 mostra uma plotagem de absorvância da urina de 8 gatos diferentes a 585 nm versus a concentração de oxalato adicionada à urina.
[0019] A Figura 4 mostra uma plotagem demonstrando a correlação entre a quantidade de oxalato adicionado em um método de titulação tradicional e a concentração de oxalato no último poço vazio no método da invenção.
[0020] A Figura 5 mostra uma plotagem de absorvância da urina de diferentes gatos a 585 nm versus a concentração de oxalato adicionada à urina.
[0021] A Figura 6 é um gráfico mostrando a concentração de oxalato no último poço livre para cada gato no experimento do Exemplo 5.
[0022] A Figura 7 mostra uma plotagem demonstrando a correlação entre a quantidade de oxalato adicionado em um método de titulação tradicional e a concentração de oxalato no último poço vazio no método da invenção.
[0023] A Figura 8 é um esquema de kits de acordo com a presente invenção. A Figura 8a) mostra uma modalidade compreendendo uma lâmina de TLC com um indicador de Ca2+ e uma única concentração de oxalato uniforme. A Figura 8b) mostra uma modalidade compreendendo uma lâmina de TLC com um indicador de Ca2+ e um gradiente de concentração de oxalato. A Figura 8c) mostra uma modalidade com um papel "tipo para pH", em que oxalato e indicador de Ca2+ são fornecidos em almofadas compreendendo diferentes concentrações de oxalato. As Figuras 8d) e 8e) mostram vistas superior e lateral respectivamente de uma modalidade compreendendo uma fileira de poços, com cada poço compreendendo oxalato com indicador Ca2+ em forma líquida, sólida ou de gel. Os conteúdos dos poços podem ser cobertos com uma película hidrossolúvel inerte.
[0024] A Figura 9 é um esquema das modalidades de TLC, papel para pH e poços pequenos dos kits da presente invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[0025] A descrição a seguir da(s) modalidade(s) preferencial(is) é meramente exemplificativa por natureza e não se destina de maneira alguma a limitar o assunto da presente divulgação, sua aplicação ou usos.
[0026] Conforme usado ao longo de todo o documento, os intervalos são usados como abreviação para descrever todo e cada valor que esteja dentro do intervalo. Qualquer valor dentro do intervalo pode ser selecionado como o término do intervalo. Além disso, todas as referências citadas neste documento estão incorporadas neste documento por referência em sua totalidade. No caso de um conflito em uma definição na presente divulgação e naquela citada como referência, a definição da presente divulgação prevalecerá. A menos que especificado de outra forma, todas as percentagens e quantidades expressas neste documento e em outros lugares no relatório descritivo deverão ser entendidas como se referindo às porcentagens em peso. Todas as percentagens expressas neste documento são em peso por matéria seca, a menos que especificamente indicado de outra forma.
[0027] No contexto da invenção, o termo “tratar” ou “tratamento”, conforme usado neste documento, significa reverter, aliviar, mitigar ou inibir o progresso da desordem ou condição à qual tal o termo se aplica, ou um ou mais sintomas de tal desordem ou condição. Conforme é usado neste documento e nas reivindicações anexas, as formas singulares “um”, “uma”, e “o” incluem referência plural a menos que o contexto dite claramente o contrário.
[0028] No contexto da divulgação, o termo "cerca de" pode referir-se a uma variação de ±0,01%, ±0,1%, ±0,5%, ±1%, ±5%, ±10%, ±20%, ou ±25% do valor especificado. Por exemplo, "cerca de 50 por cento" pode em algumas modalidades abranger uma variação de 45 a 55 por cento. Também por exemplo, "cerca de 0,5 por cento" pode em algumas modalidades abranger uma variação de 0,45 a 0,55 por cento. Para intervalos de números inteiros, o termo "cerca de" pode incluir um ou dois números inteiros maiores que e/ou menores que um número inteiro recitado.
[0029] A presente divulgação é direcionada para composições e métodos para o tratamento de gatos domésticos (Felis domesticus). Aqueles de competência comum apreciarão, entretanto, que as composições e métodos divulgados neste documento podem ser igualmente aplicadas a espécie felinas maiores tais como, por exemplo, leões, onças, linces, etc., cães, animais de fazenda, humanos, outros animais domesticados tais como, por exemplo, coelhos, hamsters, gerbis, ou chinchilas, etc., ou outros mamíferos.
[0030] A gravidade específica da urina é uma medida de diluição da urina. Quanto maior a gravidade específica, mais densa/concentrada é a urina. O intervalo normal para a gravidade específica da urina em um gato é tipicamente entre 1,030 e 1,060. Uma gravidade específica muito baixa é indicativa de insuficiência renal, enquanto que uma alta gravidade específica da urina significa que a urina é mais concentrada e, portanto, é mais provável que as pedras irão precipitar e causar problemas.
[0031] A gravidade específica da urina é regulada por uma combinação de (a) a produção de urina através de filtração glomerular dentro dos ductos coletores do rim, e (b) a reabsorção de água a partir dos ductos coletores de volta para a corrente sanguínea. Este processo é, em parte, regulado pela prostaglandina eicosinoide E2 (PGE2). A PGE2 se liga aos receptores de prostaglandina E sobre a célula tubular renal e através da ativação de segundos mensageiros, regula os canais de água e sódio que regulam o equilíbrio de água e de sódio no corpo.
[0032] Os inventores descobriram um lócus genético contendo o gene da sintase da prostaglandina E 3, uma enzima chave na via que produz PGE2 a partir do AA, utilizando um estudo de associação do genoma inteiro entre os genótipos de gatos e a sua gravidade específica de urina individual. Além disso, descobriu-se que proporções diferentes de AA (o precursor para PGE2) para EPA na dieta de gatos se correlacionam com as suas gravidades específicas de urina. Assim, foi descoberto que regular a quantidade de AA na dieta pode diminuir a gravidade específica da urina em gatos. Também se verificou que mesmo que a urina seja mais diluída em gatos alimentados com a composição da invenção, a osmolaridade do seu sangue também diminui indicando que estes animais estão bebendo mais água e que o seu balanço global de água é aumentado, isto é, eles estão mais hidratados.
[0033] Uma supersaturação relativa (“RSS”) elevada é indicativa de uma tendência para formar pedras de urina, tanto para oxalato e cálculos renais. Descobriu-se que uma diminuição na gravidade específica está correlacionada a uma diminuição no RSS. Portanto, o benefício biológico de uma urina mais hidratada em gatos é um risco reduzido de formação de cálculos.
[0034] A gestão da urolitíase é uma área de pesquisa ativa entre muitos fabricantes de alimentos para animais domésticos e pesquisadores independentes. O índice de risco de oxalato de cálcio (CORI), é determinado por meio de titulação de urina total com uma solução de oxalato de sódio até que a precipitação ocorra. Um valor de CORI é determinado dividindo-se a concentração de íon de cálcio ([Ca2+]) pela quantidade de oxalato adicionada até o ponto de precipitação. Também se acredita que o CORI também é responsável pelos inibidores e promotores de cristais de urina na urina de um cão ou gato. Teste de CORI, realizado junto com RSS, pode trazer ajudar a entender melhor como reduzir o risco de formação de urólitos de oxalato de cálcio em animais domésticos. Esses tipos de testes combinados podem também fornecer informações clinicamente relevantes sobre se uma terapia específica (dietética ou farmacológica) com o objetivo de reduzir o risco de urólitos está realmente reduzindo o risco de recorrência de oxalato de cálcio em um paciente individual.
[0035] Em algumas modalidades, um valor de CORI é determinado usando um método compreendendo: preparando uma matriz compreendendo uma pluralidade de amostras de oxalato de metal alcalino, em que pelo menos uma das amostras compreende uma concentração de oxalato de metal alcalino que é diferente da concentração de oxalato de metal alcalino de pelo menos uma outra amostra; fazer um volume conhecido de uma amostra de urina do animal reagir com cada uma das amostras de oxalato de metal alcalino da matriz para formar oxalato de cálcio em cada amostra; opcionalmente incubar cada amostra formada na etapa b) com um modificador de formação de cálculos de oxalato de cálcio; e determinar a concentração mínima de oxalato de metal alcalino necessária para precipitar o oxalato de cálcio, em que uma concentração mínima menor de oxalato de metal alcalino necessária para precipitar o oxalato de cálcio está associada a um risco mais elevado de formação de cálculos oxalato de cálcio no trato urinário do animal. Em algumas modalidades, a concentração de oxalato de metal alcalino em pelo menos uma amostra é menor que a concentração em que saturação de oxalato de metal alcalino ocorre. Em algumas modalidades, a concentração de oxalato de metal alcalino em pelo menos uma amostra na etapa a) é menor que a concentração na qual a saturação de oxalato de metal alcalino ocorre. Em certas modalidades, a concentração de oxalato de cálcio em pelo menos uma amostra formada na etapa b) é menor que a concentração na qual a saturação do oxalato de cálcio ocorre.
[0036] Em algumas modalidades, cada amostra de oxalato de metal alcalino compreende uma solução de oxalato de metal alcalino, um gel compreendendo oxalato de metal alcalino, um oxalato de metal alcalino sólido, ou uma solução de oxalato de metal alcalino depositada sobre uma superfície. Em algumas modalidades, cada amostra de oxalato de metal alcalino na etapa a) compreende uma concentração de oxalato de metal alcalino diferente daquela de todas as outras amostras na matriz. Em algumas modalidades, a matriz compreende um ou mais grupos de amostras de oxalato de metal alcalino, em que cada amostra em um grupo compreende uma concentração de oxalato de metal alcalino diferente daquela das todas as outras amostras do grupo.
[0037] Em algumas modalidades, cada grupo de amostras de oxalato de metal alcalino é uma réplica de cada outro grupo. Em outras modalidades, cada amostra de oxalato de metal alcalino é fornecida em um poço diferente em uma placa de múltiplos poços. Em modalidades adicionais, cada poço em uma fileira da placa de múltiplos poços compreende uma concentração de oxalato de metal alcalino diferente de cada um dos outros poços na mesma fileira. Em ainda outras modalidades, cada poço em uma coluna da placa de múltiplos poços compreende a mesma concentração de oxalato de metal alcalino que cada um dos outros poços na mesma coluna.
[0038] Em algumas modalidades, as diferentes concentrações de oxalato de metal alcalino são preparadas pela diluição serial de uma solução de oxalato de metal alcalino. Em algumas modalidades, faz-se cada amostra de oxalato de metal alcalino da matriz reagir com uma alíquota diferente de urina a partir de uma única amostra de urina. Em algumas modalidades, faz- se cada amostra de oxalato de metal alcalino de um grupo de amostras de oxalato de metal alcalino reagir com uma alíquota diferente de urina a partir de uma única amostra de urina.
[0039] Em algumas modalidades, uma pluralidade de amostras de urina é analisada. Em certas modalidades, faz-se as alíquotas de uma primeira amostra de urina reagirem com um grupo de amostras de oxalato de metal alcalino, e faz-se cada uma de uma ou mais amostras de urina adicionais reagir com um grupo réplica de amostras de oxalato de metal alcalino para fins de comparação. Em outras modalidades, as uma ou mais amostras de urina adicionais são coletados do mesmo animal que a primeira amostra. Em algumas modalidades, as uma ou mais amostras de urina adicionais são coletadas de animais diferentes da primeira amostra.
[0040] Em algumas modalidades, cada alíquota de urina é fornecida em um poço diferente em uma placa de múltiplos poços. Em algumas modalidades, cada poço em uma fileira da placa de múltiplos poços compreende a mesma concentração de um modificador de formação de cálculos de oxalato de cálcio que cada um dos outros poços na mesma fileira. Em algumas modalidades, cada poço em uma coluna da placa de múltiplos poços compreende uma concentração diferente de um modificador de formação de cálculos de oxalato de cálcio de cada um dos outros poços na mesma coluna. Em algumas modalidades, as diferentes concentrações de modificador são preparadas por diluição serial de uma solução de modificador.
[0041] Em algumas modalidades, a precipitação do oxalato de cálcio é determinada medindo-se a turbidez da urina. Em algumas modalidades, a turbidez da urina também é medida determinando-se a densidade óptica da urina por espectroscopia de absorbância. Em algumas modalidades, a densidade óptica é medida num comprimento de onda de 585 nm. Em algumas modalidades, a precipitação do oxalato de cálcio é determinada medindo a concentração de íons de cálcio livres na amostra de urina, em que uma concentração menor de íons de cálcio livres se correlaciona com precipitação aumentada de oxalato de cálcio.
[0042] Em algumas modalidades, a concentração de íons de cálcio livres na amostra de urina é determinada somando-se um corante repórter específico para cálcio para cada amostra após a etapa c), e em que a adição do corante provoca uma alteração de cor da amostra de urina, e a precipitação de oxalato de cálcio na etapa b), causa uma redução na alteração de cor relativa a uma amostra que não compreende oxalato de cálcio precipitado resultante de uma redução na concentração de íons de cálcio livres. Em algumas modalidades, o corante repórter específico para cálcio é selecionado dentre Fluo-3, Fluo-4, fura-2, indo-1, calcium green-1, Oregan green, rhod-1, rhod-2, rhod-3, rhod-5F, x-Rhod, bapta-1, bapta-2, e bapta-6F. Em algumas modalidades, uma ausência de cor da amostra corresponde à completa precipitação de oxalato de cálcio da amostra de urina. Em algumas modalidades, o oxalato de metal alcalino é oxalato de sódio.
[0043] Em algumas modalidades, o modificador é um sal, um íon de metal, um composto orgânico pequeno, um aminoácido, um peptídeo, uma proteína, um nucleotídeo, um polinucleotídeo, um sacarídeo, um oligossacarídeo, um metabólito ou qualquer combinação dos mesmos. Em outras modalidades, o modificador é um composto com um efeito desconhecido sobre a formação de cálculos de oxalato de cálcio. Em algumas modalidades, o modificador é um citrato, lactato, fosfato, sulfato, carbonato, cloreto, magnésio, sódico, ácido úrico, xantina, cisteína, um diurético tiazídico, fosfato de celulose de sódio ou qualquer combinação dos mesmos. Em algumas modalidades, o modificador é citrato de potássio.
[0044] Em algumas modalidades, a concentração de íons de cálcio na amostra de urina é determinada antes da etapa b). Em algumas modalidades, a concentração dos íons de cálcio é determinada por espectroscopia. Em algumas modalidades, o risco de formação de cálculos de oxalato de cálcio é previsto usando uma proporção da concentração de íons de cálcio na amostra de urina determinada antes da etapa b) e a quantidade mínima de íons de oxalato necessária para precipitar oxalato de cálcio da amostra de urina.
[0045] Em algumas modalidades, material particulado é removido da amostra de urina antes da etapa b). Em algumas modalidades, a amostra de urina é diluída antes da etapa b). Em algumas modalidades, se na etapa d) se prevê que o animal está em risco de formação de cálculos de oxalato de cálcio, uma dieta que reduz o risco de formação de cálculos de oxalato de cálcio é administrada ao animal.
[0046] Algumas modalidades fornecem um método para prever o efeito de uma dieta sobre o risco, ou alteração do risco, de formação de cálculos de oxalato de cálcio no trato urinário de um animal, compreendendo: i) alimentar o animal com a dieta, e ii) utilizar quaisquer um dos métodos descritos neste documento para prever o risco, ou alteração do risco, de formação de cálculos de oxalato de cálcio no trato urinário do animal. Em algumas modalidades, a etapa ii) é realizada antes e após a etapa i).
[0047] Outras modalidades fornecem métodos para tratar um animal em risco elevado de desenvolver formação de cálculos de oxalato de cálcio no trato urinário compreendendo (i) identificar o animal como estando em risco elevado utilizando quaisquer um dos métodos descritos neste documento, e (ii) ingressar o animal em uma dieta que reduza o risco de formação de cálculos de oxalato de cálcio.
[0048] Em algumas modalidades, um kit é usado para prever a formação de cálculos de oxalato de cálcio em um animal, em que o kit compreende: i) uma pluralidade de amostras de oxalato de metal alcalino, com cada amostra opcionalmente compreendendo uma concentração diferente de oxalato de metal alcalino; ii) opcionalmente um ou mais modificadores de formação de cálculos de oxalato de cálcio; iii) opcionalmente um recipiente para uma amostra de urina; iv) um meio para detecção da concentração de íons de cálcio, opcionalmente um corante repórter específico para cálcio; e v) instruções para usar o kit de acordo com qualquer um dos métodos descritos neste documento. Em algumas modalidades, o kit compreende um recipiente compreendendo uma pluralidade de poços, e cada poço compreende uma amostra de oxalato de metal alcalino diferente. Em algumas modalidades, o conteúdo de cada poço é coberto com uma película hidrossolúvel. Em algumas modalidades, as amostras de oxalato de metal alcalino são depositadas sobre uma superfície. Em certas modalidades, as amostras de oxalato de metal alcalino são depositadas em regiões espaçadas. Em algumas modalidades, as regiões espaçadas são arranjadas em ordem de concentração crescente do oxalato de metal alcalino. Em algumas modalidades, as amostras são depositadas para formar um gradiente concentração de oxalato de metal alcalino. Em algumas modalidades, a superfície é papel ou papelão. Em outras modalidades, a superfície é uma placa de cromatografia em camada delgada. Em algumas modalidades, o oxalato de metal alcalino depositado na superfície é coberto com uma película hidrossolúvel.
[0049] Em pelo menos uma modalidade, as composições da presente divulgação são composições de ração para gatos nutricionalmente completas. Uma composição nutricionalmente completa fornece uma dieta que inclui nutrientes suficientes para a manutenção da saúde normal de um gato saudável. Uma composição nutricionalmente completa é palatável e, em conjunto com água, fornece a única fonte de todos os nutrientes necessários para a manutenção da saúde normal em um gato saudável. As composições nutricionalmente completas são conhecidas por aqueles versados na técnica. Por exemplo, nutrientes e componentes, tais como os descritos neste documento, bem como outras composições de rações para animais adequadas, e quantidades recomendadas dos mesmos, podem ser encontrados, por exemplo, na Publicação Oficial da Associate of American Feed Control Officials (“AAFCO”), Inc., Nutrient Requirements of Dogs and Cats, 2006. Por exemplo, os alimentos nutricionalmente completos podem conter proteínas, gorduras, carboidratos, fibra dietética, aminoácidos, minerais, vitaminas e outros ingredientes em quantidades conhecidas por aqueles versados na técnica.
[0050] A proteína pode ser fornecida por qualquer uma dentre a variedade de fontes conhecidas por aqueles versados na técnica, incluindo fontes vegetais, fontes animais ou ambas. Fontes animais incluem, por exemplo, carne, subprodutos de carne, frutos do mar, laticínios, ovos, etc. Carnes podem incluir, por exemplo, carne de aves, peixes e mamíferos (por exemplo, gado, porcos, ovelhas, cabras e afins). Os subprodutos de carne incluem, por exemplo, pulmões, rins, cérebro, fígado e intestinos e estômago (livres de todos, ou essencialmente todos os seus conteúdos). A proteína pode ser intacta, quase completamente hidrolisada ou parcialmente hidrolisada. Quantidades de proteína típica na composição da presente divulgação são pelo menos cerca de 15% (ou de cerca de 15% a cerca de 55%, ou de cerca de 30% a cerca de 55%, ou de cerca de 33% a cerca de 36%).
[0051] A gordura pode ser fornecida por qualquer uma dentre uma variedade de fontes conhecidas por aqueles versados na técnica, incluindo carne, subprodutos de carne, óleo de peixe e plantas. As fontes de gordura vegetal incluem trigo, semente de linhaça, centeio, cevada, arroz, sorgo, milho, aveia, cereal, gérmen de trigo, gérmen de milho, soja, amendoim e semente de algodão, assim como os óleos derivados destas e outras fontes de gordura vegetal. As composições da presente divulgação contêm tipicamente pelo menos cerca de 9% (ou cerca de 9% a cerca de 35%, ou desde cerca de 10% a cerca de 25%, ou desde cerca de 15% a cerca de 22%) de gordura total.
[0052] AA pode ser fornecido a partir de uma variedade de fontes naturais. Fígado, por exemplo, fígado de galinha, tem um AA relativamente elevado. EPA também pode ser fornecido a partir de uma variedade de fontes naturais como, por exemplo, óleo de peixe. Além de AA, EPA e DHA, ácidos graxos que podem ser incluídos como parte do componente de gordura nas composições da presente invenção incluem outros ácidos graxos ômega 3 e ômega 6, tais como, mas não limitados a, ácido alfa-linolênico, ácido gama- linolênico, ácido linoleico, ácido octadecatetraenoico (ácido estearidônico), ou misturas dos mesmos. A proporção, em uma base de peso seco, de ácidos graxos omega-6 totais para ácidos graxos ômega 3 totais (n6:n3) nas composições da presente divulgação podem tipicamente variar de cerca de 2:1 a 8:1, alternativamente de cerca de 3:1 a cerca de 7,5:1, alternativamente de cerca de 4:1 a cerca de 7:1, e alternativamente de cerca de 4,5:1 a cerca de 6,5:1.
[0053] Em algumas modalidades, em composições alimentares compreendendo AA, EPA e DHA, a proporção de AA:(EPA + DHA) pode variar de cerca de 0,1:1 a cerca de 0,9:1, alternativamente de cerca de 0,2:1 a cerca de 0,8:1, alternativamente de cerca de 0,3:1 a cerca de 0,7:1, e alternativamente de cerca de 0,4:1 a 0,6:1. Ademais, a quantidade combinada de AA, EPA e DHA pode representar cerca de 0,05 a cerca de 1,5%, alternativamente cerca de 0,1 a cerca de 1%, alternativamente cerca de 0,2 a cerca de 0,8%, alternativamente cerca de 0,3 a cerca de 0,7%, e alternativamente cerca de 0,4 a cerca de 0,6% da composição alimentar em peso seco. Composições alimentares compreendendo uma proporção de AA:(EPA + DHA) menor que 1:1 podem ser usadas para reduzir a gravidade específica da urina e o valor de CORI de um animal doméstico mesmo tendo um teor de umidade mais baixo do que composições alimentares similares com proporções de AA:(EPA + DHA) que são consideravelmente maiores (por exemplo, de 2:1 a 5:1).
[0054] Em certas modalidades, composições alimentares compreendendo AA, EPA e DHA, têm uma quantidade de AA variando de cerca de 0,05 a cerca de 0,5%, alternativamente de cerca de 0,1 para cerca de 0,3%, e alternativamente de cerca de 0,1 a cerca de 0,2%. O total combinado de EPA e DHA nas composições alimentares pode variar de cerca de cerca de 0,1 a cerca de 1%, alternativamente de cerca de 0,2 a cerca de 0,8%, alternativamente de cerca de 0,3 a cerca de 0,6%, e alternativamente de cerca de 0,3 a cerca de 0,5%.
[0055] Os carboidratos podem ser fornecidos por qualquer uma dentre uma variedade de fontes conhecidas por aqueles versados na técnica, incluindo fibra de aveia, celulose, cascas de amendoim, polpa de beterraba, arroz parcialmente cozido, amido de milho, farinha de glúten de milho, e qualquer combinação destas fontes. Grãos de fornecimento de carboidratos podem incluir, mas não estão limitados a trigo, milho, cevada e arroz. O teor de carboidratos dos alimentos pode ser determinado por qualquer número de métodos conhecidos por aqueles versados na técnica. Geralmente, a percentagem de carboidratos pode ser calculada como extrato livre de nitrogênio (“NFE”), que pode ser calculado da seguinte forma: NFE = 100% - % de umidade - % de proteína - % de gordura - % de cinzas - % de fibra bruta.
[0056] Fibra dietética se refere a componentes de uma planta que são resistentes à digestão por enzimas digestivas de um animal. A fibra dietética inclui fibras solúveis e insolúveis. As fibras solúveis são resistentes à digestão e absorção no intestino delgado e a fermentação completa ou parcial no intestino grosso, por exemplo, polpa de beterraba, goma guar, raiz de chicória, psyllium, pectina, mirtilo, oxicoco, abóbora, maçãs, aveia, feijão, cítricas, cevada ou ervilhas. As fibras insolúveis podem ser fornecidas por qualquer uma dentre uma variedade de fontes, incluindo celulose, produtos de trigo integral, aveia trigo, farelo de milho, semente de linho, uvas, aipo, feijão verde, couve-flor, cascas de batata, cascas de frutas, peles vegetais, cascas de amendoim e fibras de soja. A fibra bruta inclui componentes indigeríveis contidos em paredes celulares e conteúdo da célula vegetais tais como grãos, por exemplo, cascos de grãos como arroz, milho e feijão. As quantidades típicas de fibras em composições da presente divulgação podem ser de cerca de 0 a 10%, ou de cerca de 1% a cerca de 5%.
[0057] Aminoácidos, incluindo aminoácidos essenciais, podem ser adicionados às composições da presente divulgação como aminoácidos livres, ou fornecidos por qualquer número de fontes, por exemplo, proteína em bruto às composições da presente invenção. Os aminoácidos essenciais são os aminoácidos que não podem ser sintetizados "de novo", ou em quantidades suficientes por um organismo e, assim, têm de ser fornecidos na dieta. Os aminoácidos essenciais variam de espécie para espécie, dependendo do metabolismo do organismo. Por exemplo, é geralmente entendido que os aminoácidos essenciais para cães e gatos (e humanos) são fenilalanina, leucina, metionina, lisina, isoleucina, valina, treonina, triptofano, histidina e arginina. Além disso, a taurina, embora tecnicamente não seja um aminoácido e sim um derivado de cisteína, é um nutriente essencial para gatos.
[0058] As composições da presente divulgação também podem conter um ou mais minerais e/ou elementos vestigiais, por exemplo, cálcio, fósforo, sódio, potássio, magnésio, manganês, cobre, zinco, cromo, molibdênio, selênio, ou sais de ferro com contraíons tais como, por exemplo cloreto, iodeto, fluoreto, sulfeto ou óxido, em quantidades necessárias para evitar a deficiência e manter a saúde. Estas quantidades são conhecidas por aqueles versados na técnica, por exemplo, tal como previsto na publicação oficial da Associate of American Feed Control Officials, Inc.(“AAFCO”), Nutrient Requirements of Dogs and Cats, 2006. Os teores de minerais típicos são de cerca de 0,1 a cerca de 4% ou de cerca de 1% a cerca de 2%.
[0059] As composições da presente invenção também podem incluir vitaminas em quantidades necessárias para evitar a deficiência e manter a saúde. Estas quantidades e métodos de medição são conhecidos por aqueles versados na técnica. Por exemplo, a publicação oficial da Associate of American Feed Control Officials, Inc. (“AAFCO”), Nutrient Requirements of Dogs and Cats, 2006, fornece quantidades recomendadas de tais ingredientes para cães e gatos. Conforme contemplado neste documento, as vitaminas úteis podem incluir, entre outros, vitamina A, vitamina Bi, vitamina B2, vitamina B6, vitamina B12, vitamina C, vitamina D, vitamina E, vitamina H (biotina), vitamina K, ácido fólico, colina, inositol, niacina e ácido pantotênico. As quantidades típicas de vitamina na composição da invenção são de cerca de 0 a cerca de 3% ou de cerca de i% a cerca de 2%.
[0060] As composições da presente divulgação podem adicionalmente compreender outros aditivos, tais como intensificadores de palatabilidade e estabilizadores em quantidades e combinações familiares para aqueles versados na técnica. As substâncias estabilizadoras incluem, por exemplo, substâncias que tendem a aumentar a vida útil da composição. Outros exemplos de outros desses aditivos potencialmente adequados para inclusão nas composições da invenção incluem, por exemplo, conservantes, colorantes, antioxidantes, flavorizantes, sinergistas e sequestrantes, gases para embalagem, estabilizantes, emulsificantes, espessantes, gelificantes e umectantes. Exemplos de emulsificantes e/ou agentes espessantes incluem, por exemplo, gelatina, éteres de celulose, amidos, ésteres de amido, éteres de amido e amidos modificados. A concentração de tais aditivos na composição pode ser, tipicamente, de até cerca de 5% em peso. Em algumas modalidades, a concentração de tais aditivos (particularmente quando tais aditivos são principalmente agentes de balanceamento nutricionais, tais como vitaminas e minerais) é de cerca de 0% a cerca de 2,0% em peso. Em algumas modalidades, a concentração de tais aditivos (mais uma vez, particularmente quando tais aditivos são principalmente agentes de balanceamento nutricional) é de cerca de 0% a cerca de 1,0% em peso.
[0061] Alimentos de qualquer consistência ou teor de umidade são contemplados, por exemplo, as composições da presente invenção podem ser, por exemplo, uma composição alimentar para animais seca, úmida ou semiúmida. Em algumas modalidades, o teor de umidade é de cerca de 3% a cerca de 90% do peso total da composição. “Semiúmida” se refere a uma composição alimentar que contém de cerca de 25 a cerca de 35% de umidade. Alimento “úmido” se refere a uma composição alimentar que tem um teor de umidade de cerca de 60 a cerca de 90% ou mais. Alimento “seco” se refere a uma composição alimentar com cerca de 3 a cerca de 11% de teor de umidade que é muitas vezes fabricada sob a forma de pequenos pedaços ou grãos de ração.
[0062] Ao preparar uma composição da presente invenção sob a forma úmida ou em lata, qualquer ingrediente (por exemplo, AA, EPA, DHA) geralmente pode, por exemplo, ser incorporado na composição durante o processamento da formulação, tal como durante e/ou após a mistura dos outros componentes da composição. A distribuição destes componentes na composição pode ser conseguida por meios convencionais. Em algumas modalidades, os tecidos proteáceos de aves domésticas e animais do solo são misturados com os outros ingredientes, incluindo os óleos de peixe, grãos de cereais, outros ingredientes nutricionalmente balanceados, aditivos especiais (por exemplo, misturas de vitaminas e minerais, sais inorgânicos, celulose e polpa de beterraba, agentes de volume, e outros semelhantes); e água que é suficiente para o processamento é também adicionada. Estes ingredientes podem ser misturados em um recipiente adequado para aquecimento enquanto os componentes são misturados. O aquecimento da mistura pode ser realizado utilizando qualquer maneira adequada, tal como, por exemplo, por injeção direta de vapor ou utilizando um recipiente equipado com um permutador de calor. Após a adição do último ingrediente, a mistura pode ser aquecida até uma faixa de temperatura de cerca de 50 °F (10 °C) a cerca de 212 °F (100 °C). Em algumas instâncias, a mistura pode ser aquecida até uma faixa de temperatura de cerca de 70 °F (21 °C) a cerca de 140 °F (60 °C). As temperaturas fora destas faixas são geralmente aceitáveis, mas podem ser comercialmente impraticáveis sem o uso de outros auxiliares de processamento. Quando aquecido à temperatura apropriada, o material estará tipicamente na forma de um líquido espesso. O líquido espesso pode ser introduzido em latas. Quando introduzidos em latas, uma tampa é aplicada, e o recipiente é hermeticamente vedado. A lata vedada é, então, colocada em equipamento convencional projetado para esterilizar o conteúdo. Isto é geralmente realizado por aquecimento até temperaturas maiores do que cerca de 230° F (110° C) por um tempo apropriado, que é dependente, por exemplo, da temperatura e da composição usadas.
[0063] As composições de alimento para animais domésticos podem, alternativamente, ser preparadas sob uma forma seca utilizando processos convencionais. Tipicamente, os ingredientes secos incluindo, por exemplo, proteínas animais, proteínas vegetais, grãos, etc., são triturados e misturados juntos. Os ingredientes úmidos ou líquidos, incluindo gorduras, óleos, proteínas animais, água, etc., são então adicionados e misturados à mistura seca. A mistura é então processada em grãos de ração ou pedaços secos semelhantes. Os grãos de ração são frequentemente formados usando um processo de extrusão em que a mistura de ingredientes secos e úmidos é submetida a trabalho mecânico a uma alta pressão e temperatura, e forçada através de pequenas aberturas e cortada em grãos de ração por uma faca rotativa. Os grãos de ração úmidos são então secos e opcionalmente revestidos com um ou mais revestimentos tópicos que podem incluir, por exemplo, aromatizantes, gorduras, óleos, pós e similares. Os grãos de ração também podem ser feitos a partir da massa utilizando um processo de cozedura, em vez de extrusão, em que a massa é colocada em um molde antes do processamento com calor seco.
[0064] Nos métodos da invenção para hidratar gatos ou para o tratamento de uma doença ou condição em gatos, o alimento administrado pode ser uma ração para gatos nutricionalmente completa ou as quantidades e proporções de AA, EPA e DHA necessárias podem ser administradas separadamente, por exemplo, como ingredientes separados ou como parte de um ingrediente separado, tipicamente na forma de um suplemento, de modo que a dieta total consumida satisfaz as quantidades e proporções de AA, EPA e DHA necessárias para resultar nos efeitos benéficos da presente invenção. Nos métodos da presente divulgação para tratar uma doença ou condição em um gato, a referida doença ou condição pode ser, por exemplo, o desenvolvimento de cálculos urinários, cistite idiopática felina, ou FLUTD.
[0065] Em algumas modalidades, a presente invenção fornece uma composição de alimento para animais domésticos compreendendo um suplemento de ácidos graxos poliinsaturados ômega 6 e pelo menos dois suplementos de ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 em uma quantia eficaz para reduzir o índice de risco de oxalato de cálcio (CORI) em um felino, com a dieta tendo uma quantidade maior da soma dos pelo menos dois suplementos de ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 do que um suplemento de ácidos graxos poliinsaturados ômega 6 individual. Outras modalidades fornecem uma composição de alimento para animais domésticos compreendendo um suplemento de ácidos graxos poliinsaturados ômega 6 e pelo menos dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3 em uma quantidade eficaz para reduzir o índice de risco de oxalato de cálcio (CORI) em um felino, com a dieta tendo uma quantidade maior da soma dos pelo menos dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3 do que o suplemento de ácidos graxos poliinsaturados ômega 6.
[0066] Em algumas modalidades, o suplemento de ácidos graxos poliinsaturados ômega 6 compreende ácido araquidônico (AA) e os pelo menos dois suplementos de ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 compreendem ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosa-hexaenoico (DHA). Em algumas modalidades, o suplemento de ácidos graxos poliinsaturados ômega 6 é ácido araquidônico (AA) e os pelo menos dois suplementos de ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 são ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosa-hexaenoico (DHA).
[0067] Algumas modalidades fornecem o uso de uma composição compreendendo uma quantidade eficaz de ácido araquidônico (AA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosa-hexaenoico (DHA), por reduzir a gravidade específica de urina em um felino. Outras modalidades fornecem o uso de uma composição compreendendo uma quantidade eficaz de ácido araquidônico (AA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosa- hexaenoico (DHA), para reduzir o CORI em um felino.
[0068] Em algumas modalidades, a presente invenção fornece uma composição de alimento para animais domésticos compreendendo ácido araquidônico (AA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosa- hexaenoico (DHA), em uma quantidade eficaz para reduzir o CORI em um felino, em que uma proporção de AA:(EPA +DHA) varia de cerca de 0,4:1 a cerca de 0,6:1, e uma proporção dos ácidos graxos ômega 6 totais para ácidos graxos ômega 3 totais (n6:n3) varia de cerca de 4:1 a cerca de 7:1.
[0069] Em algumas modalidades, a composição de alimento para animais domésticos compreende um peso combinado de AA, EPA e DHA variando entre cerca de 0,4% a cerca de 0,6% do peso seco da composição de alimento para animais domésticos.
[0070] Outras configurações fornecem uma composição de alimento para animais domésticos compreendendo ácido araquidônico (AA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosa-hexaenoico (DHA), em uma quantidade eficaz para reduzir o CORI em um felino, em que uma proporção de AA:(EPA +DHA) varia de cerca de 0,4:1 a cerca de 0,6:1, e em que um peso combinado de AA, EPA e DHA é de cerca de 0,4% a cerca de 0,6% do peso seco da composição de alimento para animais domésticos.
[0071] Ainda outras modalidades fornecem um método para melhorar o nível de hidratação em um felino compreendendo fornecer uma dieta ao felino compreendendo uma quantidade eficaz de um suplemento de ácidos graxos poliinsaturados ômega 6 e pelo menos dois suplementos de ácidos graxos poliinsaturados ômega 3, em que a dieta reduz o CORI no referido felino.
[0072] Em algumas modalidades, a composição de alimento para animais domésticos, ou a dieta baseada na mesma, reduz o CORI em pelo menos 10%. Em outras modalidades, a composição de alimento para animais domésticos, ou a dieta baseada na mesma, reduz o CORI em pelo menos 25%.
[0073] Em outras modalidades, o nível de hidratação é melhorado a uma extensão suficiente para tratar uma doença ou condição selecionada dentre cálculos urinários, cistite idiopática felina, e FLUTD.
[0074] Ainda outras modalidades fornecem um método para manter ou obter níveis de hidratação homeostáticos em um felino, compreendendo fornecer uma dieta compreendendo uma quantidade eficaz de um suplemento de ácidos graxos poliinsaturados ômega 6 e pelo menos dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3 a um felino em necessidade disso.
[0075] A invenção é adicionalmente descrita nos exemplos a seguir. Os exemplos são meramente ilustrativos e de forma alguma limitam o escopo da invenção, tal como foi descrito e reivindicado.
EXEMPLOS Exemplo 1
[0076] Quatro (4) fórmulas comparativas, e três (3) fórmulas exemplificativas da presente invenção são descritas abaixo na Tabela 1. Tabela 1
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Exemplo 2
[0077] Um estudo alimentar foi conduzido para avaliar o impacto da dieta sobre o CORI. Doze (12) gatos foram alimentados com uma dieta controle e doze (12) gatos foram alimentados com uma dieta teste com uma baixa proporção AA:(EPA+DHA) de acordo com a presente divulgação. A dieta controle continha 0,07% em peso de AA e 0,02% em peso de EPA e DHA combinados, gerando uma proporção AA: (EPA+DHA) de 3,5:1, e um teor de umidade de 5,15% peso. A dieta teste continha 0,16% em peso de AA e 0,27% em peso de EPA e DHA combinados, gerando uma proporção AA: (EPA+DHA) de 0,59:1, e um teor de umidade de 5,11% em peso. Os gatos foram mantidos em suas respectivas dietas por cinquenta e seis (56) dias.
[0078] Urina de cada gato foi coletada e analisada no dia A, dia B e dia C. Ao longo do período de alimentação, os gatos alimentados com a dieta de controle exibiram um valor médio de CORI de 54,5. Durante este mesmo tempo, os gatos alimentados a dieta teste, de acordo com certas modalidades da presente invenção, exibiram um valor médio CORI de 40,2. Conforme ilustrado por este exemplo, gatos alimentados com a dieta teste exibiram uma redução de 26% no risco de formação de cálculos de oxalato de cálcio.
Exemplo 3
[0079] Um estudo alimentar foi conduzido para avaliar o impacto da dieta sobre a gravidade específica da urina. Doze (12) gatos foram alimentados com a dieta de controle do Exemplo 1 e doze (12) gatos foram alimentados com a dieta de teste do Exemplo 1. Os gatos foram mantidos em suas respectivas dietas por cinquenta e seis (56) dias. A urina de cada gato foi coletada e analisada para gravidade específica da urina no dia zero (0), no dia vinte e oito (28) e no dia cinquenta e seis (56). Durante este período de alimentação, os gatos alimentados com a dieta de controle apresentaram uma gravidade específica média da urina de 1,056. Durante o mesmo tempo, os gatos alimentados com a dieta de teste, de acordo com a presente divulgação, apresentaram uma gravidade específica média da urina de 1,053. Conforme ilustrado por este exemplo, os gatos alimentados com a dieta de teste apresentaram urina menos concentrada (ou seja, menos densa) apesar de serem alimentados com uma dieta com 0,04 % em peso a menos de umidade do que a dieta de controle.
Exemplo 4
[0080] Método somente com oxalato. O oxalato é colocado na primeira coluna (8 poços) de uma placa de microtitulação de 96 poços, e diluído em série entre as fileiras. No exemplo mostrado na Figura 1, 300μ L de oxalato 250mM são colocados na primeira coluna, enquanto 150μ L de veículo são colocados em todos os outros poços. Então, 150μ L da solução de oxalato da primeira coluna são removidos e combinados com os 150μ L de veículo na segunda coluna. Após misturar, este processo é repetido através da placa tornando o oxalato mais diluído em cada coluna por um fator de dois (2).
[0081] Em uma placa separada, 100μ L da urina clarificada de um mamífero são colocados em cada poço. Então, 100μ L do oxalato diluído em série são adicionados à placa de urina mantendo-se as posições de diluição de oxalato (por exemplo, R1:C1 da placa de oxalato placa é colocado em R1:C1 da placa de urina).
[0082] Após a mistura, a precipitação de oxalato de cálcio é avaliada em um leitor de placa ajustado para emitir luz 585nm. Há uma correlação positiva entre a absorvência neste comprimento de onda e a quantidade de precipitado em cada poço.
Resultados experimentais
[0083] As amostras de urina de oito gatos foram usadas para avaliar a capacidade deste método para distinguir entre gatos que se mostraram ser resistentes à formação de cálculos de oxalato daquelas que se mostraram ter pouca ou nenhuma resistência. Urina foi coletada separadamente para cada gato em tabuleiros para excrementos especialmente projetados por 24 horas. Essas amostras de urina foram então usadas para derivar resultados de CORI usando o método de titulação tradicional, e também por este método de 96 poços. As placas foram configuradas em duplicata conforme descrito no método somente com oxalato. Os dados mostrados na Tabela 2 abaixo são os valores médios das duas placas.
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[0084] A placa de oxalato foi configurada de modo que o oxalato 125mM foi colocado dentro do primeiro poço e diluído em série através da placa. Uma vez que 100μ L dessas soluções de oxalato foram diluídos em 100μ L de urina, as concentrações finais de oxalato estavam conforme descritas na figura "prato setup expt 1" acima. Após a mistura, a absorvência foi quantificada a 585nm, resultando em "Data expt 1" na Tabela 2 acima, e o gráfico mostrado na Figura 3. Dados para este gráfico foram gerados normalizando para o primeiro ponto de dados de absorvância para cada gato.
[0085] Usando o gráfico mostrado na Figura 3, o ponto no qual a precipitação começou foi determinado, e o poço logo antes deste um é definido como o "último poço puro". Comparando a concentração de oxalato no último poço puro à concentração de oxalato que causou precipitação no método de titulação tradicional, foi fornecida uma boa correlação entre os dois métodos (ver Figura 4). Também é possível colocar os dados em uma curva (por exemplo, um sigmoide) e matematicamente determinar o ponto de inflexão onde a precipitação começa.
[0086] Um segundo estudo foi realizado para confirmar os resultados do primeiro. Duas placas foram usadas onde a maioria dos gatos eram duplicatas. Em várias instâncias, um gato foi representado somente uma vez. Os dados são apresentados na Tabela 3 abaixo. A preparação das placas foi feita de acordo com o método descrito acima.
Figure img0004
[0087] Dados de ambas as placas são fornecidos na Tabela 4 e Figura 5. Desta vez, os dados para os gráficos foram normalizados para os primeiros 3 pontos de dados.
Figure img0005
Figure img0006
[0088] Neste segundo experimento havia alguns gatos que tinham um poço final puro (Consulte Figura 6). Como não seria possível determinar onde o último poço puro cairia, aqueles gatos foram excluídos dos cálculos adicionais.
[0089] Usando a Figura 5, o ponto no qual a precipitação começou foi determinado, e o poço logo antes deste é definido como o "último poço puro". Comparando a concentração de oxalato no último poço puro à concentração de oxalato que causou precipitação no método de titulação tradicional foi fornecida uma excelente correlação entre os métodos (consulte a Tabela 5 e Figura 7).
Figure img0007
Figure img0008
Exemplo 5
[0090] Método do oxalato mais constituinte secundário. Para avaliar o efeito de outros constituintes de urina que podem ter influência na resistência à formação de cálculos de oxalato, um ensaio semelhante pode ser realizado, mas com oxalato diluído em série em uma dimensão, e um constituinte de interesse diluído em série em uma segunda dimensão. A Figura 2 ilustra a avaliação de citrato na resistência à formação de cálculos de oxalato, mas esse mesmo princípio pode ser usado para qualquer substância secundária de interesse.
[0091] Uma placa de oxalato é preparada conforme descrito acima. Uma segunda placa é preparada com a substância de interesse (por exemplo, citrato). Contudo neste caso, as diluições em série são feitas através das colunas da placa em vez de através das fileiras. Uma terceira placa é usada para a urina conforme acima.
[0092] A 100μ L de urina são adicionados 100μ L da placa do constituinte diluído em série mantendo-se as posições de diluição do constituinte (por exemplo, R1:C1 da placa constituinte é colocado em R1:C1 da placa de urina). Após a mistura, 100μ L do oxalato diluído em série são adicionados à placa de urina mantendo-se as posições de diluição de oxalato (por exemplo, R1:C1 da placa de oxalato é colocado em R1:C1 da placa de urina). Após uma segunda mistura, a precipitação de oxalato de cálcio é avaliada em um leitor de placa ajustado para emitir luz 585 nm. Há uma correlação positiva entre a absorvência neste comprimento de onda e a quantidade de precipitado em cada poço.
[0093] Com este formato geral, nós prevemos a habilidade para não apenas detectar a resistência à formação do cálculo de oxalato de cálcio, mas também conseguir testar inibidores secundários potenciais de formação de cálculos colocando o composto do teste em concentrações decrescentes (ou crescentes) entre as fileiras da mesma placa de 96 poços. Desta forma, placas tanto para oxalato quanto para um inibidor secundário potencial de interesse (por exemplo, citrato).
[0094] Na prática, um volume conhecido de urina seria colocado em todos os poços de uma placa de 96 poços limpa. Após criar uma nova placa de inibidor secundário de interesse (por exemplo, citrato) diluindo a concentração desse inibidor através das fileiras de sua própria placa, um volume conhecido do inibidor desta placa é adicionado à placa de urina e misturada, mantendo as posições de diluição de inibidor (por exemplo, R1:C1 da placa do inibidor é colocado em R1:C1 da placa de urina). Uma placa de oxalato também é criada utilizando o método descrito acima, e o oxalato é então adicionado à placa de urina + inibidor secundário mantendo as posições de diluição de oxalato (por exemplo, R1:C1 da placa de oxalato é colocado em R1:C1 da placa de urina/inibidor). O grau de precipitação de oxalato de cálcio é, então, quantificado usando o método de absorvência descrito acima, permitindo a determinação do efeito de oxalato e um inibidor secundário sobre a inibição de formação de cálculos de oxalato de cálcio em um sistema modelo.
[0095] Dado o sucesso desses experimentos, determinou-se que este mesmo princípio também poderia ser aplicado para testar kits que poderiam ser usados em um laboratório ou ambiente clínico. Além disso, diversos formatos diferentes foram avaliados. Esses kits permitiriam a avaliação do risco de formação de cálculos de oxalato e do resultado do tratamento. Vários exemplos não limitativos se seguem. O design real pode ser diferente (por exemplo, a ordem da adição, as quantidades de cada constituinte, etc.).
[0096] O primeiro kit é baseado diretamente no formato acima, mas com uma única fileira de poços. Uma única fileira de poços (semelhante a uma única fileira de uma placa de 96 poços) é usada para esta análise. Cada poço é enchido primeiro com oxalato em quantidades sequencialmente maiores conforme se passa através de cada fileira. O oxalato pode estar sob forma de sólido, líquido ou de gel que inclui um corante específico para cálcio que se ligaria ao cálcio livre na urina. Esses corantes podem ser (mas não estão limitados a): fura-2, indo-1, fluo-3, fluo-4, Calcium Green-1, Oregon green, BAPTA-1, BAPTA-2, x-Rhod, Rhod-3, ou qualquer outro corante repórter que ganhe cor somente na presença de cálcio livre. Cada poço pode ou não pode então ser coberto com uma película fina de rápida dissolução que seja solúvel em água (como uma tira de hálito fresco sem compostos ativos ou aromatizantes) para proteger os conteúdos de cada poço antes do uso.
[0097] Para usar, um volume conhecido de urina é adicionado a cada poço de modo que a urina entre em contato com o oxalato e o corante repórter específico para cálcio livre. O cálcio da urina se ligaria ao oxalato e se precipitaria da solução como oxalato de cálcio. Qualquer cálcio livre restante formaria um complexo com o corante repórter específico para cálcio e o poço mudaria de cor. A quantidade de oxalato necessária para realizar a precipitação completa do cálcio (e consequentemente a ausência da cor) está relacionada à capacidade de constituintes da urina para inibir a formação de cálculos de oxalato em um sistema modelo.
[0098] Em uma segunda derivação da invenção, os princípios discutidos para o teste usando poços seriam traduzidos para uma tira tipo para pH com múltiplas almofadas. Neste caso, o oxalato (em concentrações crescentes) é adicionado às almofadas de um papel tipo para pH junto com o corante repórter de cálcio. Essas almofadas podem então ser cobertas com uma película fina de rápida dissolução que seja solúvel em água (como uma tira de hálito fresco sem compostos ativos os aromatizantes) para proteger os conteúdos de cada poço antes do uso. Na prática, a tira seria mergulhada em urina, e quaisquer almofadas que ainda tivessem cálcio livre mudariam de cor. A quantidade de oxalato necessária para realizar a precipitação completa do cálcio (e consequentemente a ausência da cor) está relacionada à capacidade de constituintes da urina para inibir a formação de cálculos de oxalato em um sistema modelo.
[0099] Em uma terceira derivação dos invenção, os princípios descritos acima poderiam ser utilizados em um formato tipo cromatografia em camada delgada (TLC). O oxalato seria depositado sobre uma placa de TLC com a concentração de oxalato aumentando de baixo para cima. O corante repórter específico para cálcio livre também seria incorporado nessa matriz. Na prática, a placa seria mergulhada em um pequeno volume de urina, e a urina iria migrar em direção ao topo. Em algum ponto, a concentração
[0100] crescente de oxalato iria sequestrar todo o cálcio livre restante e o corante não mudaria mais de cor. O quanto a urina se desloca através da placa antes da falta de cor está relacionado com a capacidade dos constituintes da urina para inibir a formação de cálculos de oxalato em um sistema modelo.
[0101] Em uma ligeira modificação desta derivação dos invenção, a concentração de oxalato é mantida constante em toda a placa de TLC. O cálcio da urina ainda se deslocaria através da placa até o oxalato sequestrar ele todo. O quanto a urina se desloca através da placa antes da falta de cor está relacionado com a capacidade dos constituintes da urina para inibir a formação de cálculos de oxalato em um sistema modelo.
[0102] Kits exemplificativos são mostrados nas Figuras 8 e 9 apenas para o propósito de explicação, e não devem ser interpretados como o único estilo ou tipo.
[0103] Embora modalidades específicas da invenção tenham sido escolhidas para ilustrar a invenção, será entendido por aqueles versados na técnica que várias alterações e modificações podem ser feitas sem se afastar do escopo da invenção, conforme definido nas reivindicações anexas. Aqueles versados na técnica apreciarão prontamente que as várias combinações das características descritas nas vistas diferentes podem ser possíveis em algumas modalidades não limitantes da presente invenção.
[0104] Além disso, todas as referências citadas neste documento estão incorporadas integralmente por referência. No caso de um conflito em uma definição na presente divulgação e naquela citada como referência, a definição da presente divulgação prevalecerá.

Claims (13)

1. Composição de alimento para animais domésticos caracterizada pelo fato de que compreende um suplemento de ácido graxo poliinsaturado ômega 6, em que o suplemento de ácido graxo poliinsaturado ômega 6 é ácido araquidônico (AA), e dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3, em que os dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3 compreendem ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosa- hexaenoico (DHA), em uma quantidade eficaz para abaixar o índice de risco de oxalato de cálcio (CORI) em um felino, com a composição de alimento para animais domésticos tendo uma quantidade maior da soma dos dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3 do que o suplemento de ácido graxo poliinsaturado ômega 6, em que a proporção de AA:(EPA + DHA) é de 0,1:1 a 0,9:1, em que o suplemento de ácido graxo poliinsaturado ômega 6 e os dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3 compreendem de 0,3% a 1%, baseado no peso seco da composição de alimento para animais domésticos.
2. Composição de alimento para animais domésticos, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a proporção de AA:(EPA + DHA) é de 0,3:1 a 0,7:1, opcionalmente ainda, em que a proporção de AA:(EPA + DHA) é de 0,4:1 a 0,6:1.
3. Composição de alimento para animais domésticos, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que o suplemento de ácido graxo poliinsaturado ômega 6 e os dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3 estão presente em uma quantidade de 0,4% a 0,6%, baseado no peso seco da composição de alimento para animais domésticos.
4. Composição de alimento para animais domésticos, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que a composição tem uma proporção de ácidos graxos ômega 6 totais para ácidos graxos ômega 3 totais (n6:n3) de 2:1 a 8:1, opcionalmente, de 4:1 a 7:1.
5. Uso de um suplemento de ácido graxo poliinsaturado ômega 6 e dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3, caracterizado pelo fato de ser na preparação de uma composição, conforme definida em qualquer umda das reivindicações 1 a 4, para reduzir a gravidade específica de urina em um felino, em que o suplemento de ácido graxo poliinsaturado ômega 6 é ácido araquidônico (AA), em que os dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3 compreendem ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosa- hexaenoico (DHA), em que a proporção de AA:(EPA + DHA) é de 0,1:1 a 0,9:1, em que o suplemento de ácido graxo poliinsaturado ômega 6 e os dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3 compreendem de 0,3% a 1%, baseado no peso seco da composição de alimento para animais domésticos.
6. Uso de um suplemento de ácido graxo poliinsaturado ômega 6 e dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3, caracterizado pelo fato de ser na preparação de uma composição, conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 4, para reduzir o CORI em um felino.
7. Uso de um suplemento de ácido graxo poliinsaturado ômega 6 e dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3, caracterizado pelo fato de ser na preparação de uma composição, conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 4, para tratar uma doença ou condição selecionada dentre cálculos urinários, cistite felina idiopática, e doença do trato urinário inferior felino (FLUTD).
8. Uso de um suplemento de ácido graxo poliinsaturado ômega 6 e dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3, caracterizado pelo fato de ser na preparação de uma composição, conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 4, para melhorar o nível de hidratação em um felino, em que a dieta reduz o CORI do felino.
9. Uso, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a composição de alimento para animais domésticos reduz o CORI em 10%, opcionalmente, em 25%.
10. Uso, de acordo com a reivindicação 8 ou 9, caracterizado pelo fato de que o nível de hidratação é melhorado em um grau suficiente para tratar uma doença ou condição selecionada dentre cálculos urinários, cistite felina idiopática, e doença do trato urinário inferior felino (FLUTD).
11. Uso de um suplemento de ácido graxo poliinsaturado ômega 6 e dois suplementos de ácido graxo poliinsaturado ômega 3, caracterizado pelo fato de ser na preparação de uma composição, conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 4, para manter ou obter níveis homeostáticos de hidratação em um felino.
12. Uso, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que a composição de alimento para animais domésticos reduz a gravidade específica da urina do felino.
13. Uso, de acordo com a reivindicação 11 ou 12, caracterizado pelo fato de que a composição de alimento para animais domésticos reduz o CORI do referido felino.
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