BR112019012734B1 - Método para verificar pneus de uma pluralidade de modelos diferentes - Google Patents

Método para verificar pneus de uma pluralidade de modelos diferentes Download PDF

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Abstract

Um método para verificar pneus, compreendendo: ? uma base de dados associando modelos de pneu com seus perfis tridimensionais e uma força de compressão, onde construir a base de dados compreende para cada modelo de pneu: ? i. prover o dito modelo de pneu em um plano de apoio, em que o pneu fica disposto em um lado, ? ii. empurrar o lado oposto do pneu até uma altura predeterminada; ? iii. repetir a medição para uma pluralidade de pontos na superfície do pneu por pelo menos uma rotação completa do pneu ? iv. medir uma força exercida em cada ponto ? v. calcular um valor estatístico como uma função da dita força; ? vi. associar o dito valor estatístico com o dito perfil tridimensional de modelo de pneu na dita base de dados; ? durante a verificação de um pneu: aplicar, a uma superfície externa de um pneu, a dita força de compressão igual ao dito valor estatístico como uma função da dita força de acordo com o dito modelo que corresponde ao dito pneu a ser verificado como obtida da dita base de dados para detectar um defeito do mesmo.

Description

DESCRIÇÃO
[001] A presente invenção se refere a um método para verificar pneus, por exemplo, em uma linha de produção de pneu, em particular, a um método para verificar a possível presença de defeitos próximos às paredes de um pneu.
[002] Os ciclos de produção de um pneu permitem a fabricação e/ou montagem dos vários componentes de um pneu que está sendo processado em uma ou mais linhas de construção e então submeter o pneu cru a um processo de moldagem e vulcanização adaptado para definir a estrutura do pneu de acordo com uma geometria e padrão de banda de rodagem desejados.
[003] O pneu, quando moldado e vulcanizado, é definido por uma estrutura toroidal enrolada em um eixo geométrico de rotação e substancialmente simétrica com relação a um plano médio axial perpendicular ao dito eixo geométrico de rotação. Em particular, a estrutura toroidal compreende uma porção de coroa arranjada substancialmente perpendicular ao plano médio axial em uma área radialmente externa do pneu, duas porções de ancoragem arranjadas em áreas radialmente internas do pneu, respectivamente, em lados opostos do plano médio axial e duas porções laterais que respectivamente se estendem em lados opostos do plano médio axial entre uma das porções de ancoragem e a porção de coroa.
[004] A expressão “plano médio axial” deve indicar um plano perpendicular ao eixo geométrico de rotação equidistante das porções axialmente externas do próprio pneu.
[005] A expressão “porção de coroa” do pneu deve indicar uma porção do pneu arranjada substancialmente perpendicular ao plano médio axial, em uma área radialmente externa do pneu, e correspondente à banda de rodagem e às porções da estrutura de correia e da estrutura de carcaça arranjada radialmente internamente com relação à banda de rodagem.
[006] A expressão “porções de ancoragem” do pneu, normalmente também definida como “talões”, deve indicar as áreas radialmente internas do pneu, respectivamente arranjadas em lados opostos do plano médio axial, configuradas de maneira a engatar com o aro de montagem do pneu.
[007] A expressão “porções laterais” do pneu deve indicar porções do pneu que respectivamente lados opostos que se estendem axialmente do plano médio axial entre cada das porções de ancoragem e da porção de coroa, correspondente aos reais costados e às porções da estrutura de carcaça arranjada em posição axialmente interna com relação aos costados supramencionados.
[008] As expressões “porção lateral de apoio” e “porção lateral livre” do pneu devem respectivamente indicar uma porção lateral que se apoia em um plano de apoio e na porção lateral oposta arranjada a uma certa altura do plano de apoio.
[009] A expressão “superfície externa” ou “superfície interna” do pneu deve respectivamente indicar a superfície que continua visível após o acoplamento do pneu com seu aro de montagem e que não é mais visível após o dito acoplamento. As superfícies interna e externa delimitam o pneu.
[0010] A expressão “superfície de medição” deve indicar uma superfície sujeita especificamente a verificação tendo pequenas dimensões com relação à dita superfície externa.
[0011] A expressão “perfil tridimensional” ou “perfil” da superfície do pneu ou do pneu deve indicar o perímetro de pelo menos parte da superfície do pneu, preferivelmente de pelo menos uma da superfície externa e da superfície interna do pneu. Mais especificamente, o termo “perfil” deve indicar o perímetro de um objeto tridimensional, o formato, traçado em um plano de projeção pelas linhas que passam pelo centro da visão e tangente à superfície do objeto. O perfil do pneu, portanto, inclui um conjunto de pontos em um sistema de eixos geométricos de coordenadas indicando a posição no espaço do próprio pneu, o envelope dos pontos definindo as superfícies interna e externa do pneu. Porções do perfil incluem porções da superfície interna e/ou externa do pneu.
[0012] O termo “modelo” de pneu deve indicar o conjunto de características geométricas que distinguem um pneu, em outras palavras, por exemplo, largura da seção, altura dos costados, diâmetro de montagem e/ou diâmetro externo.
[0013] A expressão “modelo de pneu”, portanto, deve indicar um pneu tendo o conjunto de características geométricas definido pelo modelo ao qual ele pertence.
[0014] O termo “tipo” de pneu deve indicar o conjunto de características estruturais (como, por exemplo, estrutura de lona simples ou dupla, lonas de carcaça radiais ou cruzadas, com ou sem estrutura de correia, tipo de estrutura de correia - correias cruzadas, zero graus, correias cruzadas e zero grau -, tipo de banda de rodagem - com uma ou mais camadas, etc.), e características tecnológicas (como, por exemplo, composto dos vários componentes estruturais, materiais que constituem os cordões de reforço têxteis ou metálicos, tipo de formação dos cordões de reforço, etc.).
[0015] Em ciclos de produção conhecidos, para identificar defeitos, o pneu moldado e vulcanizado é submetido a uma verificação visual manual. Uma de tais verificações visuais manuais procura descartar pneus nos quais a porção lateral tem baixa rigidez, isto é, identificar o assim chamado defeito “costado fraco”, o termo costado significando uma porção lateral do pneu acabado.
[0016] US2006/0272408 descreve um método e um aparelho para medir uniformidade do pneu. O método compreende as etapas de montar o pneu em um fuso, empurrar uma superfície circunferencial de um tambor rotativo contra a superfície da banda de rodagem do pneu com uma primeira força de pressão, girar o pneu em torno de seu eixo geométrico, e calcular as forças em um primeiro e um segundo plano do pneu através de meios de cálculo enquanto o pneu está girando.
[0017] WO 2015/079370 do mesmo Requerente descreve um aparelho para verificar pneus compreendendo um plano de apoio configurado para receber um pneu com plano médio axial paralelo ao plano de apoio, definindo uma porção lateral de apoio e uma porção lateral livre arranjada a uma certa altura com relação ao plano de apoio. Um elemento de empuxo é configurado para aplicar uma força voltada para o plano de apoio em uma superfície de medição da porção lateral livre. Um acionador de posicionamento é operacionalmente associado com o elemento de empuxo e configurado para mover o elemento de empuxo com pelo menos um componente de movimento perpendicular a um eixo geométrico de rotação do pneu. O aparelho também compreende dispositivos para alterar a posição angular da superfície de medição. Uma unidade de verificação é programada para detectar um primeiro valor de dados de saída em cada posição da superfície de medição como uma função de um primeiro valor de dados de entrada mantido substancialmente constante ao longo de pelo menos uma rotação completa da superfície de medição em torno do eixo geométrico de rotação e detectar um segundo valor dos dados de saída em cada posição da superfície de medição. O segundo valor dos dados de saída corresponde a um segundo valor dos dados de entrada mantido substancialmente constante ao longo de pelo menos uma rotação completa da superfície de medição. A unidade de verificação compreende um módulo programado para calcular, em cada posição da superfície de medição, uma diferença entre o segundo valor dos dados de saída e o primeiro valor dos dados de saída.
[0018] O Requerente observou que a precisão das verificações manuais realizadas até hoje depende bastante da experiência do operador que realiza a verificação e tem uma grande parcela de subjetividade e, ao mesmo tempo, a inserção de uma verificação manual mais precisa para melhorar a qualidade do produto final arriscaria aumentar excessivamente o tempo de produção de um pneu.
[0019] O Requerente observou que o uso de verificações automáticas no pneu do tipo dos ilustrados na US 2006/0272408 pode melhorar a objetividade da própria verificação, mas, por causa do grande número de fatores em jogo, a precisão na medição e a reprodutibilidade do processo de verificação não podem ser assegurados.
[0020] WO 2015/079370 descreve um aparelho e um método para detectar defeito de “costado fraco” que provê arranjar o pneu a ser verificado em um plano de apoio de acordo com maneira que não alteram em relação à verificação a ser realizada, e atuar na porção lateral livre para períodos iguais ou diferentes com forças de magnitude diferente. Desta maneira, alguns fatores que levaram a reprodutibilidade incerta das verificações e um bom resultado das mesmas podem ser reduzidos.
[0021] A fim de melhorar a confiabilidade e a reprodutibilidade das verificações, o Requerente levantou o problema de conceber um método para detectar o defeito de “costado fraco” que não precisa de procedimentos de instalação, configuração e posicionamento complexos dos elementos destinados a aplicar a força de pressão no costado do pneu a ser verificado.
[0022] O Requerente constatou que, provendo, em uma base de dados para cada modelo de pneu, a posição da porção lateral livre na qual se deve realizar a verificação de uma maneira absoluta, e não relativa a outros elementos do aparelho de verificação tal como o plano de apoio, e o valor do módulo de uma força a ser aplicada sempre dependendo do modelo do pneu, é possível reduzir todos os fatores que podem levar a reprodutibilidade incerta das verificações e a um resultado inconfiável do mesmo, minimizando o risco de verificações incorretas por causa de uma força incorreta aplicada.
[0023] O Requerente também constatou que a provisão do pneu em um plano de apoio, a realização de uma base de dados incluindo, para cada modelo de pneu, um perfil tridimensional da superfície na qual uma deformação da própria superfície é realizada, e a provisão do valor da força com a qual a dita deformação é realizada, o dito valor da força que é calculado pela aplicação de uma deformação a uma altura “absoluta” do pneu, resulta, quando um pneu a ser verificado é examinado por meio da aplicação da dita força, em uma verificação confiável e reprodutível sendo obtida, na qual a deformação é calibrada de acordo com as características do próprio pneu.
[0024] Mais precisamente, de acordo com um aspecto, a invenção diz respeito a um método para verificar pneus de uma pluralidade de modelos diferentes.
[0025] Preferivelmente, é previsto prover uma base de dados na qual cada modelo de pneu da pluralidade de modelos diferentes é associado com um perfil tridimensional de um modelo de pneu e uma força de compressão, o dito perfil tridimensional incluindo uma altura com relação a um plano de apoio de o dito pneu, que define uma porção lateral de apoio e uma porção lateral livre, de uma pluralidade de pontos de uma superfície externa da dita porção lateral livre.
[0026] Preferivelmente, a dita ação de prover uma base de dados compreende arranjar o dito modelo de pneu tendo um eixo geométrico de rotação no dito plano de apoio.
[0027] Preferivelmente, a dita ação de prover uma base de dados compreende empurrar uma superfície de medição do dito modelo de pneu através de pelo menos um dispositivo até uma altura do dispositivo predeterminada que é calculada com relação a uma função de valor de uma altura da dita superfície de medição não deformada como presente no dito perfil tridimensional, a dita superfície de medição pertencendo à dita superfície externa da dita porção lateral livre.
[0028] Preferivelmente, a dita ação de prover uma base de dados compreende colocar o dito modelo de pneu em rotação relativa com relação ao dito pelo menos um dispositivo de maneira a empurrar uma pluralidade de diferentes superfícies de medição, angularmente espaçadas, ao longo de pelo menos uma rotação relativa completa do dito modelo de pneu em torno do dito eixo geométrico de rotação.
[0029] Preferivelmente, a dita ação de prover uma base de dados compreende medir uma força exercida na dita pluralidade de superfícies de medição em uma pluralidade de posições angulares relativas do dito modelo de pneu.
[0030] Preferivelmente, a dita ação de prover uma base de dados compreende calcular um valor estatístico como uma função da dita força.
[0031] Preferivelmente, a dita ação de prover uma base de dados compreende associar o dito valor estatístico como uma função da dita força com o dito perfil tridimensional de modelo de pneu na dita base de dados.
[0032] Preferivelmente, a dita ação de prover uma base de dados compreende repetir as ações anteriores para todos os modelos de pneu da dita pluralidade de modelos diferentes.
[0033] Preferivelmente, é previsto aplicar, a uma superfície externa de um pneu a ser verificado correspondente a um dado modelo, a dita força de compressão igual ao dito valor estatístico como uma função da dita força de acordo com o dito modelo que corresponde ao dito pneu a ser verificado como obtido da dita base de dados para detectar um possível defeito do dito pneu a ser verificado.
[0034] O Requerente considera que o método de acordo com a invenção soluciona os problemas esboçados graças a diferentes fatores. Certamente, de acordo com a invenção, uma base de dados é criada, na qual cada modelo de pneu é associado com dois valores. O primeiro valor é o de um perfil tridimensional do pneu, em particular de pelo menos uma superfície externa do mesmo. Por exemplo, um perfil tridimensional como esse inclui uma pluralidade de coordenadas de pontos de uma porção da superfície externa do mesmo. O perfil tridimensional possibilita selecionar um sistema de coordenadas “absoluto”, isto é, é possível estabelecer em qual ponto a superfície do pneu que é comprimida e deformada na etapa subsequente do método é localizada, sem referência relativa a elementos do aparelho de verificação. O perfil tridimensional possibilita ficar a par da posição espacial do pneu independentemente de elementos externos a ele. Portanto, a referência para o aparelho de que tem que pressionar o pneu é sempre dada com relação ao perfil do pneu que representa a referência “altura zero”. Além disso, um segundo valor na base de dados é um valor estatístico, função de valores medidos de uma força necessária para levar o dito pneu, ou uma porção da superfície externa do mesmo, até uma certa altura. Esta altura é predeterminada e estabelecida como uma função dos valores de altura dos pontos do perfil tridimensional do pneu.
[0035] O pneu é assim deformado de maneira a levá-lo a uma tal altura. A deformação ocorre atuando em uma porção da superfície externa do modelo de pneu, denominada superfície de medição, o perfil tridimensional da dita superfície externa, que inclui a altura “absoluta” dos pontos de uma superfície como essa, estando presente na base de dados.
[0036] Tomando o pneu na dita altura “absoluta”, uma vez que ela é dependente de valores do perfil tridimensional, uma força necessária para manter a dita altura durante uma rotação relativa do pneu com relação ao dito pelo menos um dispositivo é medida. A altura pode ser mantida substancialmente constante ou variável ao longo de uma rotação do pneu em torno de seu eixo geométrico de rotação. A rotação é denominada “relativa” uma vez que pode ser uma rotação real do pneu em torno de seu eixo geométrico de rotação com o dito pelo menos um dispositivo substancialmente estacionário, bem como uma rotação do dito pelo menos um dispositivo usado para deformar a superfície externa do pneu e levá-lo para a dita altura desejada enquanto o pneu está estacionário, ou seja, ele não gira em torno de seu eixo geométrico de rotação.
[0037] A superfície de medição altera durante a rotação e substancialmente forma preferivelmente uma superfície em formato de anel centralizado em torno do eixo geométrico de rotação do pneu.
[0038] O dispositivo que deforma o pneu levando uma porção do mesmo para a altura do dispositivo pode ser um dispositivo mecânico, tal como uma ferramenta, ou um outro tipo de dispositivo sem contato, por exemplo, usando ar comprimido.
[0039] Portanto, não é necessária nenhuma etapa investigativa preliminar à deformação para determinar a posição espacial do pneu, por exemplo, com relação ao plano de apoio. A posição do pneu, e portanto da superfície de medição, é sempre conhecida graças ao seu perfil tridimensional ser conhecido.
[0040] A partir desta força medida, resultando, por exemplo, em uma pluralidade de medições feitas a cada dado período, ou a cada intervalo de rotação angular, um valor estatístico resultante é calculado, que leva em consideração as medições feitas. Este valor estatístico resultante é então salvo na base de dados.
[0041] A base de dados é dessa forma criada pela obtenção dos dois valores supramencionados, isto é, o perfil tridimensional e o valor de força estatística, para cada modelo de pneu pertencente a uma certa pluralidade. Este par de valores é associado com cada modelo de pneu de uma pluralidade.
[0042] É previsto obter um valor de força estatística diferente para cada modelo de pneu, em virtude de os pneus, dependendo do modelo, nem todos oferecerem a mesma resistência a deformação e portanto não serem deformáveis da mesma maneira. Por exemplo, deformar excessivamente um pneu pode causar dano permanente nele e/ou tornar impossível determinar precisamente a possível presença de defeitos. Uma deformação que é muito “pequena” pode não tornar possível detectar pequenos defeitos. Portanto, é vantajosamente previsto construir uma base de dados onde cada modelo de pneu é associado com uma força a ser aplicada na superfície de medição de maneira a otimizar as medições realizadas de acordo com o método da invenção para detectar possíveis defeitos.
[0043] Portanto, dado um pneu a ser verificado, ele é testado para detectar defeitos, tal como o costado fraco, pela aplicação de uma força nele obtida da base de dados supradescrita, isto é, a força aplicada é igual ao valor estatístico. Portanto, para cada pneu a ser verificado, a força aplicada depende do modelo do próprio pneu ao qual o pneu a ser verificado pertence.
[0044] O Requerente considera que, usando a solução supramencionada, o método para verificar pneus possibilita fazer um sistema de verificação automático para pneus fabricados/produzidos em qualquer instalação de produção, incluindo instalações que produzem um grande número de modelos de pneus, mesmo muito diferentes uns dos outros, em uma escala industrial, ao mesmo tempo atendendo as exigências aqui salientadas com referência particular à precisão das verificações, à compatibilidade com o tempo de ciclo de fabricação/produção e à flexibilidade e especificidade de todo o sistema de verificação com relação a cada modelo de pneu.
[0045] A presente invenção no aspecto supramencionado pode ter pelo menos uma das seguintes características preferidas.
[0046] Preferivelmente, é previsto que a ação de empuxo da dita superfície de medição do dito modelo de pneu inclua: • realizar a translação do dito dispositivo em direção ao dito modelo de pneu arranjado no plano de apoio de maneira a se apoiar em uma superfície de medição.
[0047] Preferivelmente, é previsto que a ação de empuxo da dita superfície de medição do dito modelo de pneu inclua: • empurrar, através do dito dispositivo, a dita superfície de medição até uma altura do dispositivo predeterminada que é calculada com relação a uma função de valor de uma altura da dita superfície de medição não deformada como presente no dito perfil tridimensional.
[0048] O ato de empurrar a porção de superfície externa do modelo de pneu preferivelmente ocorre através de um dispositivo. Mais preferivelmente, um dispositivo como esse pode ser levado a favor ou contra a superfície externa do pneu, por exemplo, ao longo de um eixo geométrico vertical. O dispositivo pode vantajosamente incluir um rolo de empuxo, adaptado para girar em torno de um eixo geométrico, enquanto ele desliza na superfície externa do pneu.
[0049] Preferivelmente, é previsto manter a dita altura do dispositivo substancialmente constante ao longo de pelo menos uma rotação relativa completa do dito modelo de pneu com relação ao dito dispositivo em torno do dito eixo geométrico de rotação.
[0050] No caso em que se deseja levar uma porção da superfície da porção lateral livre do modelo de pneu a uma altura constante durante a dita rotação relativa, a altura de pelo menos um ponto, preferivelmente de uma pluralidade de pontos, do modelo de pneu dada pelo perfil é primeiramente determinada através do processamento do perfil salvo, por exemplo, em uma memória adequada. Tendo tomado essa altura ou essas alturas a partir do perfil tridimensional do modelo de pneu, e tendo estabelecido qual operação realizar nele para determinar a altura do dispositivo, a superfície de medição é deformada de maneira a levá-la em direção ao plano de apoio até um valor como esse, isto é, a distância entre o plano de apoio e a superfície deformada do modelo de pneu, que é mantida substancialmente constante por toda a rotação.
[0051] Alternativamente, a altura na qual o modelo de pneu é levado pode depender de uma pluralidade de alturas, isto é, uma pluralidade de pontos de 1 a n do perfil tridimensional é, por exemplo, considerada, uma quantidade estatística da mesma (média, mediana, etc.) é calculada e um valor constante é subtraído de uma quantidade estatística como essa.
[0052] Em ambos os casos, no caso em que uma ferramenta realiza uma deformação como essa, a posição ao longo do eixo geométrico vertical do dispositivo que deforma a superfície do pneu permanece substancialmente inalterada durante a rotação relativa de 360° entre o dispositivo e o pneu.
[0053] Preferivelmente, é previsto determinar uma altura média com relação ao dito plano de apoio de uma pluralidade de pontos do dito perfil tridimensional da dita superfície de medição do dito modelo de pneu.
[0054] Preferivelmente, é previsto empurrar a dita superfície de medição até uma altura do dispositivo predeterminada que é calculada com relação à dita altura média da dita superfície de medição do dito modelo de pneu.
[0055] Em um exemplo preferido, a altura na qual o modelo de pneu é levado, que é preferivelmente mantida por toda a rotação relativa do pneu, é uma função da altura média de uma pluralidade de pontos pertencentes às superfícies de medição. A partir de uma altura média como essa calculada a partir do perfil tridimensional do modelo de pneu, a altura do dispositivo pode ser obtida de várias maneiras.
[0056] Neste exemplo preferido, nenhuma diferença exata é feita entre a altura dos pontos que formam o perfil tridimensional e a altura na qual se deseja colocar a superfície de medição do modelo de pneu, mas a exata altura que pode ser obtida de uma pluralidade de pontos que formam o perfil do pneu é inevitavelmente transformada em média para encontrar uma única altura média de toda a superfície em formato de anel, da qual o valor no qual se deseja colocar a superfície de medição é subtraído. Boa precisão é obtida limitando o cálculo necessário e capacidade de verificação.
[0057] Preferivelmente, prevê-se calcular a dita altura do dispositivo em uma pluralidade de pontos angularmente espaçados; para cada ponto, a dita altura do dispositivo sendo igual à diferença entre um valor constante predeterminado e a altura do dito ponto como presente no dito perfil tridimensional de cada modelo de pneu.
[0058] A altura do dispositivo depende para cada ponto da altura da superfície não deformada no mesmo ponto obtido do perfil tridimensional. Portanto, a cada momento de tempo t, a altura do dispositivo pode diferir, isto é, a altura do dispositivo no tempo t e no tempo t+1 pode ser diferente. Neste exemplo preferido, uma vez que um dispositivo é usado para realizar a compressão, a posição ao longo de um eixo geométrico vertical do dispositivo pode alterar durante a rotação relativa entre o pneu e o dispositivo.
[0059] Preferivelmente, a ação de aplicar o dito valor estatístico a uma superfície externa do dito pneu a ser verificado inclui:• arranjar o dito pneu a ser verificado tendo um eixo geométrico de rotação (X) perpendicular ao dito plano de apoio no dito plano de apoio que define uma porção lateral de apoio e uma porção lateral livre de o dito pneu a ser verificado.
[0060] Preferivelmente, a ação de aplicar o dito valor estatístico a uma superfície externa do dito pneu a ser verificado inclui:• determinar o modelo do dito pneu a ser verificado.
[0061] Preferivelmente, a ação de aplicar o dito valor estatístico a uma superfície externa do dito pneu a ser verificado inclui:• recuperar o dito perfil tridimensional e o dito valor estatístico da dita força associada com o dito modelo determinado do dito pneu a ser verificado a partir da dita base de dados.
[0062] Preferivelmente, a ação de aplicar o dito valor estatístico a uma superfície externa do dito pneu a ser verificado inclui:• empurrar uma superfície de medição do dito pneu a ser verificado de maneira a aplicar uma força de compressão do dispositivo à dita superfície de medição em direção ao plano de apoio, a dita força de compressão do dispositivo sendo igual ao dito valor estatístico.
[0063] Preferivelmente, a ação de aplicar o dito valor estatístico a uma superfície externa do dito pneu a ser verificado inclui:• colocar o dito pneu a ser verificado em rotação relativa com relação ao dito dispositivo de maneira a empurrar uma pluralidade de diferentes superfícies de medição, angularmente espaçadas, mantendo a força de compressão do dispositivo nas ditas superfícies de medição substancialmente constante ao longo de pelo menos uma rotação completa em torno do dito eixo geométrico de rotação.
[0064] Preferivelmente, a ação de aplicar o dito valor estatístico a uma superfície externa do dito pneu a ser verificado inclui:• medir uma altura das ditas superfícies de medição em uma pluralidade de posições angulares relativas do dito pneu a ser verificado ao longo da dita rotação completa durante a dita ação de empuxo.
[0065] Preferivelmente, a ação de aplicar o dito valor estatístico a uma superfície externa do dito pneu a ser verificado inclui:• comparar a dita altura das ditas superfícies de medição em uma pluralidade de posições angulares relativas do dito pneu a ser verificado com uma altura de uma pluralidade de pontos do dito perfil tridimensional do dito pneu a ser verificado nas mesmas posições angulares.
[0066] Preferivelmente, a ação de aplicar o dito valor estatístico a uma superfície externa de o dito pneu a ser verificado inclui:• determinar se o dito pneu a ser verificado tem um defeito com base na dita comparação.
[0067] Uma vez que a base de dados de modelo de pneus tenha sido determinada e provida, é portanto possível detectar possíveis defeitos, tal como um costado fraco, em pneus a serem verificados correspondentes a modelos diferentes de pneu da base de dados.
[0068] Uma vez que o pneu a ser verificado tenha sido posicionado no plano de apoio, primeiramente o modelo ao qual ele corresponde é determinado. A partir da determinação do modelo, os valores correspondentes do perfil tridimensional e do valor estatístico associado com a força, ambos dependentes do modelo ao qual o pneu a ser verificado corresponde, são tirados da base de dados. Um valor estatístico como esse é então aplicado a uma superfície de medição do pneu a ser verificado, de maneira a deformá-lo.
[0069] A superfície de medição, como no modelo de pneu, é uma porção da superfície externa da porção livre do pneu a ser verificado.
[0070] Este valor estatístico, denominado força do dispositivo, é aplicado de forma substancialmente constante por uma rotação completa do pneu a ser verificado. Também, neste caso, a rotação é relativa com relação ao dispositivo, isto é, pode ser o pneu a ser verificado que gira ou o dispositivo com o qual a força do dispositivo é aplicada.
[0071] Por causa da compressão causada pela força, a superfície de medição move para uma altura que é medida. Os valores desta altura, quando comparados com os valores do perfil tridimensional, identificam se defeitos estão ou não presentes, tal como o defeito de costado fraco.
[0072] Preferivelmente, a dita ação de empuxo da dita superfície de medição do dito pneu a ser verificado inclui:• translação do dito dispositivo em direção ao dito pneu a ser verificado arranjado no plano de apoio de maneira a apoiar em uma superfície de medição.
[0073] Preferivelmente, a dita ação de empuxo da dita superfície de medição do dito pneu a ser verificado inclui:• empurrar a dita superfície de medição através do dito dispositivo de maneira a aplicar uma força de compressão do dispositivo à dita superfície de medição em direção ao plano de apoio, a dita força de compressão do dispositivo sendo igual ao dito valor estatístico.
[0074] Como no caso do modelo de pneu, no qual a superfície de medição foi levada para uma certa altura através de um dispositivo, neste caso uma força é aplicada à superfície de medição do pneu a ser verificado. Vantajosamente, o dispositivo é o mesmo no caso do pneu a ser verificado e do modelo de pneu.
[0075] Preferivelmente, a ação de calcular o dito valor estatístico inclui calcular uma média ou uma mediana da dita força medida na dita pluralidade de superfícies de medição em uma pluralidade de posições angulares relativas.
[0076] O valor estatístico pode, por exemplo, ser a média ou a mediana de uma pluralidade de valores de força que são medidos, por exemplo, em intervalos regulares, intervalos de tempo ou intervalos de espaço (ângulos).
[0077] Preferivelmente, a ação de prover a dita base de dados inclui, para cada modelo de pneu da dita pluralidade de modelos diferentes, detectar pelo menos um perfil tridimensional de uma superfície do dito modelo de pneu em formato de anel com o centro no dito eixo geométrico de rotação (X) do dito pneu, as ditas superfícies de medição sendo parte da dita superfície em formato de anel.
[0078] Uma vez que o modelo de pneu é deformado durante uma rotação completa de 360° em relação ao dispositivo em torno de seu eixo geométrico de rotação, as superfícies de medição deformadas, se combinadas, formam uma superfície em formato de anel em torno do eixo geométrico de rotação do pneu. Portanto, preferivelmente, o perfil tridimensional salvo na base de dados do modelo de pneu compreende pelo menos uma tal superfície.
[0079] O perfil tridimensional, entretanto, pode ser detectado para todo o modelo de pneu, e não apenas para uma porção do mesmo, por exemplo, o perfil de toda a superfície interna e/ou de toda a superfície externa do mesmo pode ser detectado.
[0080] Nesta superfície em formato de anel, e em detalhe em uma porção da mesma denominada superfície de medição, a deformação é realizada. Quando um dispositivo realiza a deformação, o pneu e o dispositivo são postos em rotação relativa, de forma que o dispositivo a cada momento t deforme uma superfície de medição diferente, que continua a ser parte da superfície em formato de anel, angularmente deslocada com relação à superfície de medição com a qual o dispositivo estava em contato no momento t-1. Esta deformação termina quando toda a superfície em formato de anel tiver sido cruzada (isto é, uma rotação relativa de 360° tiver sido realizada) e deformada pelo dispositivo.
[0081] Preferivelmente, a velocidade rotacional angular relativa entre o modelo de pneu e o dispositivo é substancialmente constante.
[0082] Preferivelmente, a ação de empuxo do dito dispositivo a dita superfície de medição do dito modelo de pneu para cima até a dita altura do dispositivo inclui empurrar a dita superfície de medição através do dito dispositivo até uma altura do dispositivo compreendida entre cerca de 5 mm e cerca de 30 mm. Mais preferivelmente, a dita altura do dispositivo é compreendida entre cerca de 5 mm e cerca de 15 mm.
[0083] Através de teste de laboratório, o Requerente verificou que a altura na qual a superfície de medição do modelo de pneu deve ser levada, se dentro desta faixa reivindicada, é tal a causar um deslocamento substancial, mas sempre no campo elástico, da porção lateral livre para avaliar a resposta do mesmo em termos, por exemplo, de rigidez.
[0084] Preferivelmente, o dito valor estatístico como uma função da dita força é compreendido entre cerca de 10 N e cerca de 150 N.
[0085] Preferivelmente, a dita ação de medir uma altura das ditas superfícies de medição em uma pluralidade de posições angulares relativas do dito pneu a ser verificado ao longo da dita rotação completa durante a dita ação de empuxo inclui: • determinar variações da dita altura medida com relação a uma média da dita altura medida;• enviar um sinal de erro se nenhuma das ditas variações for maior que um limiar predeterminado.
[0086] Vantajosamente, um controle de realimentação é previsto de maneira a certificar se a força aplicada ao pneu a ser verificado é “correta”. Correta significa que é adequada para o tipo de modelo de pneu a ser verificado. De fato, uma força aplicada pode ser adequada para um modelo de pneu e não adequada para uma outra. A fim de realizar esta operação, as medições de altura nas quais a superfície de medição do pneu a ser verificado é levada são monitoradas não apenas como o valor, mas também como progressão com o tempo. Se tais medições diferirem “ligeiramente” de um valor médio, isto é, as medições forem substancialmente “planas” e não tiverem grandes flutuações, isto significa que um erro está presente, por exemplo, ou a força aplicada ao pneu a ser verificado está muito baixa ou muito alta.
[0087] Assim é possível, por exemplo, adotar medidas corretivas.
[0088] O limiar de flutuação é, por exemplo, igual a cerca de ± 2 N.
[0089] Preferivelmente, a dita ação de enviar um sinal de erro compreende: • alterar o dito valor estatístico.
[0090] Um perfil “plano” indica uma força não adequada para as características do pneu a ser verificado. Portanto, o valor estatístico é alterado, por exemplo, recalculando-o pela realização das etapas do aspecto da invenção supradescrita.
[0091] Preferivelmente, a ação de comparar a dita altura da dita superfície de medição do dito pneu a ser verificado em uma pluralidade de posições angulares relativas com uma altura de uma pluralidade de pontos do dito perfil tridimensional nas mesmas posições angulares inclui comparar a dita altura da dita superfície de medição e uma altura correspondente de um ponto do dito perfil tridimensional a cada 0,1 radiano.
[0092] Quando a superfície de medição do pneu a ser verificado é comprimida a uma força constante, preferivelmente a altura na qual ela é levada é medida continuamente, em outras palavras para cada deslocamento de 0,1 radiano do pneu (por exemplo, o deslocamento relativo entre o pneu e o dispositivo) de maneira a ter uma amostragem suficientemente precisa para avaliar o defeito de costado fraco. Para cada ponto medido, portanto, uma comparação é realizada entre a altura medida e a altura do ponto correspondente (isto é, do ponto no mesmo ângulo) do perfil tridimensional.
[0093] Preferivelmente, a dita ação de medir a dita força no dito modelo de pneu inclui medir a dita força a cada 0,1 radiano.
[0094] Preferivelmente, prevê-se calcular uma pluralidade de diferenças entre a dita altura da dita superfícies de medição e a dita altura de uma pluralidade de pontos do dito perfil tridimensional em cada posição angular relativa do dito pneu.
[0095] Preferivelmente, é previsto classificar o dito pneu a ser verificado incluindo um defeito se pelo menos uma das ditas diferenças estiver fora de uma faixa de valores predeterminada.
[0096] Portanto, se a deformação, por exemplo, for maior que um certo valor, de forma que a diferença entre a altura medida de um ponto da superfície de medição e a altura do mesmo ponto no perfil tridimensional for maior que um certo valor, então é deduzido que o defeito procurado está presente e portanto o pneu pode ser descartado.
[0097] Características e vantagens adicionais da invenção ficarão claras a partir da descrição seguinte de um método e de um aparelho para verificar pneus de acordo com a invenção dados para efeitos de indicação, e não de limitação, com referência às figuras anexas, em que: • a figura 1 é uma vista em perspectiva esquemática de um aparelho de acordo com a presente invenção; • a figura 2 é uma vista em seção lateral esquemática do aparelho da figura 1 em uma condição operante diferente; • a figura 3 é uma vista em seção esquemática de um pneu arranjado em um aparelho de acordo com a presente invenção; • a figura 4 é uma vista em seção esquemática de um pneu durante um primeiro exemplo preferido de uma etapa do método da invenção; • a figura 5 é uma vista em seção esquemática de um pneu durante um segundo exemplo preferido de uma etapa do método da invenção; • a figura 6 é uma vista esquemática de cima de um pneu em uma etapa do método da invenção; e • a figura 7 é uma vista em seção lateral esquemática do pneu da figura 6 em uma etapa adicional do método da invenção.
[0098] Com referência às figuras anexas e, em particular, inicialmente às figuras 1 a 3, o número de referência 1 no geral indica um aparelho para verificar pneus de acordo com a presente invenção.
[0099] O número de referência 2 indica um plano de apoio, preferivelmente horizontal, configurado para receber um pneu 3 arranjado com o plano médio axial 4 (representado apenas na figura 2) substancialmente paralelo ao plano de apoio.
[00100] O pneu 3, tendo o eixo geométrico de rotação X, compreende (vide em particular as figuras 2 e 3) uma porção de coroa 5 arranjada substancialmente perpendicular ao plano médio axial, em uma área radialmente externa do pneu. Uma porção de coroa como esta 5 corresponde a uma banda de rodagem 6, às porções de uma estrutura de correia 7 e às porções de uma estrutura de carcaça 8 arranjada radialmente internamente com relação à banda de rodagem 6.
[00101] O pneu 3 pertence a um certo modelo, de uma pluralidade de modelos. O modelo ao qual o pneu 3 pertence pode ser conhecido no campo, por exemplo, comercializado, ou um pneu de teste. O número de modelos aos quais o pneu 3 pode pertencer é grande.
[00102] O pneu 3 também compreende duas porções de ancoragem 9 arranjadas de forma radialmente interna e respectivamente em lados opostos do plano médio axial. As porções de ancoragem 9 são configuradas de maneira a engatar o aro de uma roda.
[00103] O pneu 3 também compreende duas porções laterais 10a, 10b que se estendem respectivamente em lados axialmente opostos do plano médio axial entre cada das porções de ancoragem 9 e da porção de coroa 5. Cada porção lateral corresponde a um costado 11 e às porções da carcaça 12 arranjadas em posição axialmente interna com relação ao costado 11.
[00104] Quando o pneu 3 é apoiado no plano de apoio 2, uma das duas porções laterais do pneu fica em contato direto com o plano de apoio supramencionado 2 definindo uma porção lateral de apoio 10a. A outra das duas porções laterais do pneu é arranjada a uma certa altura com relação ao plano de apoio definindo uma porção lateral livre 10b.
[00105] O plano de apoio 2 é arranjado dentro de uma armação 13, esquematicamente e parcialmente visível na figura 1, com relação à qual ele pode girar em torno de um eixo geométrico coincidente com o eixo geométrico de rotação X do pneu que se apoia nele. O aparelho 1 também compreende dispositivos para colocar o plano de apoio 2 em rotação com relação à armação 13, não ilustrado.
[00106] O aparelho 1 para verificar pneus inclui, além da armação 13 e do plano de apoio 2, um dispositivo, tal como um elemento de empuxo 23, adaptado para se apoiar e comprimir, deformar, uma porção do pneu 3 e, em particular, para se apoiar e deformar uma parte da porção lateral livre 10b.
[00107] Preferivelmente, o elemento de empuxo 23 compreende um rolo 25 arranjado com o eixo geométrico de rotação 24 preferivelmente horizontal e, em uso, orientado substancialmente de acordo com uma direção radial do pneu disposto no plano de apoio 2 (vide, por exemplo, a configuração representada na figura 2).
[00108] O elemento de empuxo 23, por exemplo, incluindo um acionador de empuxo, é configurado para ser empurrado contra a porção lateral livre 10b ao longo de uma direção de empuxo de maneira a aplicar uma deformação, com força a ser determinada F na porção livre do pneu. Preferivelmente, a direção de empuxo compreende um componente ao longo de um eixo geométrico vertical, por exemplo, paralelo ao eixo geométrico Z como representado na figura 2. Um eixo geométrico como esse é indicado com 26 na mesma figura e subsequentemente denominado “direção de aproximação”.
[00109] O aparelho 1 também compreende uma unidade de verificação 180 (visível apenas na figura 1) na qual um perfil tridimensional de pelo menos uma porção do pneu 3 é salva, por exemplo, em uma memória adequada que não é visível. Com referência às figuras 6 e 7, uma porção como essa compreende uma porção da superfície do pneu 1, preferivelmente de uma porção da superfície externa do mesmo, preferivelmente pelo menos uma superfície em formato de anel 31, tendo substancialmente o formato de uma seção tórica, mais bem descrito a seguir.
[00110] A unidade de verificação 180, mais especificamente, preferivelmente inclui uma base de dados na memória, na qual cada modelo ao qual o pneu 3 pode pertencer é associado com um valor estatístico, descrito a seguir, e o perfil tridimensional supradescrito. Cada perfil tridimensional pode, por exemplo, ser salvo em um arquivo.
[00111] A base de dados pode, por exemplo, ser feita por meio de uma tabela do tipo:
[00112] Como pode ser visto na representação esquemática da figura 6, o pneu 3 é delimitado por uma superfície externa 32 e por uma superfície interna 33 que constituem, em cada seção do pneu, a borda do perímetro do mesmo. O elemento de empuxo 23 e, em particular, o rolo 25, são adaptados para fazer contato com uma porção da superfície externa 32 na porção lateral livre 10b. Além disso, uma vez que, preferivelmente durante a verificação, o pneu é posto em rotação com relação ao elemento de empuxo 23, como detalhado a seguir, uma superfície em formato de anel da superfície externa da porção lateral livre 10b faz contato com o rolo 25.
[00113] Portanto, de forma que o rolo 25 toque o pneu em uma porção de superfície para a qual um perfil tridimensional foi adquirido, um perfil como esse compreende pelo menos a superfície em formato de anel 31.
[00114] Preferivelmente, a unidade de verificação 180 é também adaptada para controlar o elemento de empuxo 23 a favor e contra o pneu 3, bem como ajustar uma altura na qual a translação do elemento de empuxo ao longo do eixo geométrico vertical Z de maneira a levar a superfície do pneu 3 na qual o elemento de empuxo é apoiado para a mesma altura. A altura na qual a superfície do pneu é levada depende, entre outras coisas, preferivelmente do tipo e/ou modelo de pneu. Portanto, por exemplo, na mesma memória na qual o perfil tridimensional do pneu é armazenado, uma base de dados é também salva na qual cada tipo e/ou modelo de pneu é associado com um valor da altura do dispositivo à qual a superfície do pneu deve ser levada.
[00115] O perfil tridimensional salvo na base de dados presente na memória da unidade de verificação 180 inclui, por exemplo, uma pluralidade de seções como da figura 7, que pode consistir em linhas contínuas ou uma pluralidade de pontos discretos, por exemplo, indicado com 35, cujo envelope descreve a superfície em formato de anel 31. Preferivelmente, um perfil tridimensional de toda a superfície interna 33 e de toda a superfície externa 32 está presente na memória da unidade de verificação 180.
[00116] Na memória da unidade de verificação, o mesmo no qual a base de dados está presente ou em um diferente, que pode ou não ser associado com a base de dados, uma ou mais funções são também salvas que associam uma altura do dispositivo ao qual se leva a superfície com cada altura do perfil tridimensional. Em outras palavras, para cada modelo de pneu de acordo com a base de dados supramencionada, para cada ponto i da superfície do pneu na qual o dispositivo pode ser apoiado existe o relacionamento:Altura do dispositivo do i-gésimo ponto = f(altura do i-gésimo ponto de acordo com o perfil)
[00117] Onde altura do dispositivo do i-gésimo ponto é a altura na qual a superfície com o i-gésimo ponto sofre translação através do dispositivo.
[00118] Um relacionamento como esse pode, por exemplo, ser: Altura do dispositivo do i-gésimo ponto = (altura do i-gésimo ponto de acordo com o perfil) – D onde D é uma constante.
[00119] Deve-se observar que o sinal “-” é correto se o zero como referência for no nível do plano de apoio, isto é, pelo menos abaixo da superfície livre deformada 10b. No caso oposto, se o zero fosse como referência acima da superfície livre 10b haveria:Altura do dispositivo do i-gésimo ponto = (altura do i-gésimo ponto de acordo com perfil) + D
[00120] Uma função como essa é representada, por exemplo, na figura 5, onde, para cada ponto i, a altura Qi é conhecida a partir do perfil tridimensional, e um valor constante D (igual para cada i-gésimo ponto) é subtraído dele, do qual um valor de altura do dispositivo ao qual se leva o i- gésimo ponto é obtido. Um valor de altura do dispositivo como esse pode, portanto, alterar de ponto a ponto.
[00121] Alternativamente, como mostrado na figura 4, para cada i- gésimo ponto da superfície deformada do pneu através do dispositivo, a altura na qual ela é levada é constante, e é dada por: altura do dispositivo = altura média - D onde altura média = cálculo da altura média do i-gésimo ponto das superfícies a serem deformadas de acordo com o perfil tridimensional e D é uma constante.
[00122] Um valor de altura de dispositivo como esse é igual para cada i-gésimo ponto.
[00123] Também neste caso, a consideração anterior aqui salientada em relação à exatidão do sinal “-” é válida.
[00124] Os valores de altura do dispositivo são, portanto, presentes associados com cada modelo de pneu da pluralidade.
[00125] Em uso, para tornar a base de dados salva na unidade 180, N modelos de pneus são providos em número igual aos modelos para os quais se deseja detectar defeitos. Para cada modelo de pneu dentre os N, as etapas seguintes são realizadas.
[00126] Os modelos previstos são inseridos na memória da base de dados, por exemplo, em número N. Para cada modelo, o perfil tridimensional, isto é, por exemplo, um arquivo contendo as alturas de pelo menos uma pluralidade de pontos de uma porção da superfície externa livre da mesma, é inserida. O perfil tridimensional pode ser obtido antecipadamente ou ao mesmo tempo que a base de dados é construída.
[00127] Uma vez que estes dados são inseridos na base de dados, o último dado é introduzido, isto é, o valor estatístico. A fim de obter um dado como esse, o seguinte é realizado.
[00128] O primeiro dos N modelos de pneu, indicados por questão de simplificação com o número de referência 3, é arranjado no plano de apoio 2 com o plano médio axial substancialmente paralelo ao próprio plano de apoio, de maneira a definir a porção lateral de apoio 10a e a porção lateral livre 10b.
[00129] Uma vez que o perfil tridimensional do modelo de pneu 3, como salvo na base de dados, é conhecido, sua posição espacial e portanto também sua posição relativa ao plano de apoio 2 é conhecida.
[00130] A fim de aplicar a deformação na direção ao plano de apoio 2 a uma superfície de medição da porção lateral livre 10b, parte da superfície em formato de anel 31, o elemento de empuxo 23 é posicionado com relação à porção lateral livre 10b na vertical na superfície de medição. O posicionamento não exige a detecção da posição da “borda superior” do pneu, uma vez que uma posição como essa é conhecida pelo perfil tridimensional. Em seguida, um curso de aproximação da porção lateral livre 10b é ativado, levando o elemento de empuxo 23 em direção ao pneu 3. Finalmente, um curso de empuxo do elemento de empuxo 23 contra a porção lateral livre 10b é ativado.
[00131] Em mais detalhe, a deformação aplicada tem pelo menos um componente de movimento paralelo ao eixo geométrico de rotação X do pneu.
[00132] O movimento do dispositivo 23 pode, por exemplo, ocorrer através de uma primeira translação radial e uma segunda translação ao longo do eixo geométrico 26 em direção ao pneu.
[00133] A translação radial inicial do dispositivo 23 é realizada com base no tamanho do pneu que é testado até que o elemento de empuxo 23 fique posicionado com relação à porção lateral livre 10b na vertical na superfície de medição selecionada. Em outras palavras, a translação é realizada até que a posição radial correspondente à superfície de medição desejada seja atingida. A superfície de medição é, por exemplo, arranjada na área da porção lateral livre 10b do pneu arranjada na maior altura com relação ao plano de apoio 2 antes da aplicação da deformação. Preferivelmente, a superfície de medição é arranjada na área axialmente externa da porção lateral livre 10b do pneu.
[00134] Uma vez que a posição radial desejada tenha sido atingida, através do acionador de aproximação o curso de aproximação para a porção lateral livre 10b é ativado, levando o elemento de empuxo 23 em direção ao pneu 3 ao longo da direção de aproximação 26.
[00135] O curso de aproximação é bloqueado quando a superfície externa 32 do pneu 3 é atingida, cuja altura é conhecida uma vez que o perfil tridimensional do pneu é conhecido.
[00136] Uma posição como essa permite que o elemento de empuxo 23 entre em contato com a porção lateral livre 10b. O acionador de empuxo sofre dessa forma translação de maneira a levar a superfície na qual o dispositivo é apoiado até a altura desejada do dispositivo. O valor da altura do dispositivo é determinado pela recuperação de um valor como esse da base de dados presente na unidade de verificação 180, ou de uma outra localização, como declarado anteriormente. O valor da altura depende do modelo de pneu que foi disposto no plano de apoio 2 e do tipo de função selecionada ligando o valor da altura do dispositivo ao valor do perfil tridimensional da altura da superfície não deformada. Entretanto, é possível prever uma inserção manual do valor da altura do dispositivo ou uma modificação do valor predefinido da altura. A superfície de medição M corresponde à superfície da porção lateral livre 10b em contato com o elemento de empuxo 23.
[00137] Possivelmente, o pneu pode ser tanto defletido quanto montado em seu próprio aro de montagem e inflado antes da ação de empuxo da dita superfície de medição M na altura do dispositivo.
[00138] O plano de apoio 2 é posto em rotação em torno do eixo geométrico de rotação X do pneu 3 mantendo o contato entre o elemento de empuxo 23 e a porção lateral livre 10b do pneu a ser verificado. O elemento de empuxo 23 mantém sua posição e o rolo 25 gira na porção lateral livre 10b.
[00139] É preferível que a superfície de medição seja arranjada a uma distância substancialmente constante do eixo geométrico de rotação. Portanto, o rolo 25 entra em contato com uma pluralidade de superfícies de medição M, todas parte da superfície em formato de anel 31. Uma pluralidade de superfícies de medição M angularmente espaçadas uma da outra é dessa forma definida, como exemplificado na figura 6, onde cada superfície de medição é indicada com um retângulo.
[00140] De acordo com uma possível modalidade, a altura do dispositivo é mantida substancialmente constante nas diferentes etapas da verificação do pneu, de acordo com o exemplo da figura 4. Alternativamente, como na figura 5, uma altura do dispositivo como essa se altera durante a rotação do pneu 3 e apenas a deformação D é constante. De qualquer maneira, durante a deformação aplicada para levar a superfície de medição M para a altura do dispositivo, a força F exercida pelo dispositivo na superfície de medição M para levá-la para uma altura como essa é detectada em cada posição ocupada pelo rolo em uma superfície de medição distinta M.
[00141] Um valor de força necessário F é então medido, ponto a ponto durante a rotação, para levar a superfície de medição M para a altura do dispositivo desejada. A medição ocorre, por exemplo, através de um sensor presente no mesmo dispositivo 23. Por exemplo, um motor linear pode ser usado, cujas saídas permite a medição supramencionada.
[00142] Preferivelmente, o valor da força F ao longo de toda a rotação do pneu é salvo, o dito valor sendo detectado, por exemplo, pelo menos a cada 0,1 radiano. Os valores de força F dessa forma salvos e necessários para assegurar que uma porção da superfície do pneu possa atingir a altura do dispositivo predeterminada são subsequentemente processados a fim de obter uma função do valor estatístico dos valores de força salvos F.
[00143] A fim de obter o valor estatístico, preferivelmente, todos os valores de força F são usados, entretanto, é possível que alguns dados sejam descartados se, por exemplo, for detectado por engano ou em condições não ideais. Por exemplo, a média dos vários valores de força F é calculada.
[00144] O valor da média dos valores de força F é dessa forma salvo na base de dados além do modelo de pneu no qual a medição foi realizada.
[00145] O procedimento dado acima, isto é, o cálculo do valor estatístico da força, é repetido para todos os modelos dos pneus, de maneira a completar a base de dados.
[00146] Uma vez que a base de dados tenha sido completada como aqui descrito na unidade de verificação 180, qualquer pneu - pertencente a um dos N modelos previstos - pode ser examinado para detectar a presença de defeitos do mesmo. Para este propósito, um pneu a ser verificado é posicionado no plano de apoio 2.
[00147] Primeiramente o modelo do pneu a ser verificado é determinado. O modelo pode, por exemplo, ser determinado através de um adesivo presente no pneu, escrevendo nele, ou por uma medição que é realizada de alguns parâmetros do pneu.
[00148] Considerando o modelo como conhecido, a base de dados é interrogada e o valor estatístico da força e o perfil tridimensional são detectados a partir da mesma.
[00149] O rolo de empuxo 23 é levado em direção à superfície livre do pneu a ser verificado de uma maneira análoga à que foi aqui descrita no que diz respeito aos modelos de pneu. Entretanto, o pneu a ser verificado não é deformado de maneira a levar uma porção do mesmo para uma altura constante predeterminada. A superfície do pneu a ser verificado é deformada de maneira a aplicar uma força de compressão nela em um valor igual ao valor estatístico salvo na base de dados para esse modelo de pneu.
[00150] Em detalhe, o rolo de empuxo 23 se apoia em uma porção de superfície externa do pneu a ser verificado, a porção preferivelmente sendo em formato de anel. A área deformada precisa é denominada superfície de medição. O pneu e o dispositivo são então postos em rotação relativa, de maneira que o dispositivo 23 a cada t deforme uma superfície de medição diferente, que continua a ser parte da superfície em formato de anel, angularmente deslocada com relação à superfície de medição com a qual o dispositivo estava em contato no tempo t-1. Esta deformação termina quando toda a superfície em formato de anel tiver sido cruzada (isto é, uma rotação de pelo menos 360° tiver sido realizada) e deformada pelo dispositivo.
[00151] Preferivelmente, a velocidade rotacional angular relativa entre o pneu e o dispositivo é substancialmente constante. Preferivelmente, a velocidade periférica do pneu é substancialmente constante e preferivelmente dependente do diâmetro externo do pneu sob exame.
[00152] A deformação elástica da superfície do pneu através do dispositivo 23 resulta em uma alteração da altura do ponto no qual a deformação é realizada. Uma vez que o dispositivo tem um tamanho finito, a altura de um único ponto não é alterada, mas em vez disso a de uma superfície do pneu. A altura à qual a superfície do pneu é levada através da deformação é uma função da força com a qual a superfície é deformada.
[00153] Preferivelmente, a força de compressão aplicada, em valor igual ao valor estatístico salvo na base de dados, permanece substancialmente constante por toda a rotação do pneu.
[00154] Durante a rotação, a altura à qual a superfície de medição na qual, momento a momento, o rolo de empuxo 23 é apoiado é levada é monitorada. Esta altura é preferivelmente medida durante toda a rotação de 360° do pneu, desta maneira obtendo uma pluralidade de valores de altura.
[00155] Esta altura é detectada ou continuamente (isto é, obtendo uma linha contínua de alturas) ou em intervalos, preferivelmente regulares, por exemplo, a cada 0,1 radiano, ou também de uma maneira equivalente a cada 0,2 segundos, considerando uma velocidade rotacional substancialmente constante do pneu.
[00156] Examinando o valor de a altura, é assim determinado se existem defeitos no pneu. De fato, se o valor da altura para um ou mais pontos da superfície de medição ficar fora de uma faixa predeterminada (enquanto a força de compressão é aplicada) de um limiar de descarte, o pneu é considerado defeituoso por causa da presença de um assim chamado defeito de costado fraco.
[00157] De fato, esta pluralidade de forças que são medidas para cada uma das superfícies de medição deformadas pelo dispositivo corresponde substancialmente às reações que cada superfície de medição teve à deformação. A uma força de deformação constante, se diferentes pontos do pneu reagirem diferentemente, isto é indicativo da reação - possivelmente diferente de ponto a ponto - da porção de pneu em resposta a uma deformação como essa. O pneu, entretanto, tem uma pegada que se altera a cada momento t, e dessa forma uma diferente altura medida é também atribuída às diferentes características do pneu entre uma porção do mesmo e uma outra, isto é, entre uma superfície de medição e a outra. Examinando essas diferenças, por exemplo, considerando uma “mínima” altura como aceitável, é no entanto possível salientar possíveis defeitos do pneu, como, por exemplo, um costado fraco.
[00158] Portanto, as alturas medidas são comparadas ou com um valor limiar ou com uma faixa de valores e, se pelo menos uma altura medida ficar fora de uma faixa de valores predeterminada como essa, o pneu certamente tem o defeito de costado fraco. Um pneu como esse é dessa forma, por exemplo, descartado.
[00159] De acordo com a invenção, um sistema de realimentação é opcionalmente provido para monitorar situações de erro nas quais, por qualquer que seja o motivo, a força de compressão, igual ao valor estatístico, presente na base de dados não está correta, ou sua leitura resultou em um erro e, portanto, uma força incorreta foi aplicada ao pneu. A aplicação de uma força incorreta resulta em anomalias na leitura da altura. De fato, a aplicação de uma força que é muito alta ou muito baixa resulta na detecção de um valor de altura “plano”, isto é, com mínima oscilação com relação a um dado valor. A ausência de oscilações na medição da altura (ou a presença de oscilações muito pequenas) portanto é indicativa de um erro na aplicação da força, isto é, um erro na dimensão da mesma. Um sinal de erro é dessa forma suprido, por exemplo, visual e/ou acústico, e preferivelmente o valor da força de compressão é alterado, por exemplo, verificando a base de dados novamente ou alterando-a.

Claims (15)

1. Método para verificar pneus (3) de uma pluralidade de modelos diferentes, o dito método caracterizado pelo fato de que compreende: - prover uma base de dados em que cada modelo de pneu da pluralidade de diferentes modelos é associado com um perfil tridimensional de um pneu modelo e uma força de compressão, o dito perfil tridimensional incluindo uma altura com relação a um plano de apoio (2) do dito pneu modelo, o plano de apoio definindo uma porção lateral de apoio (10a) e uma porção lateral livre (10b), de uma pluralidade de pontos de uma superfície externa da dita porção lateral livre (10b), a porção lateral de apoio (10a) apoiando no plano de apoio (2) e a porção lateral livre (10b) sendo aposta à porção lateral de apoio (10a) e arranjada a uma certa altura do plano de apoio (2), o dito provimento de uma base de dados incluindo: i. prover o dito pneu modelo no dito plano de apoio (2), o pneu modelo tendo um eixo geométrico de rotação (X); ii. empurrar uma superfície de medição (M) do dito pneu modelo (3) através de pelo menos um dispositivo (23) até uma altura do dispositivo predeterminada (Qdevice) que é calculada com relação a um valor que é uma função de dita altura de uma superfície de medição não deformada como presente no dito perfil tridimensional do pneu modelo, dita superfície de medição pertencendo à dita superfície externa da dita porção lateral livre (10b); iii. colocar o dito pneu modelo em rotação relativa com relação ao dito pelo menos um dispositivo (23), de maneira a empurrar uma pluralidade de diferentes superfícies de medição (M), angularmente espaçadas, ao longo de pelo menos uma rotação relativa completa do dito pneu modelo em torno do dito eixo geométrico de rotação (X); iv. medir uma força (F) exercida na dita pluralidade de superfícies de medição (M) em uma pluralidade de posições angulares relativas do dito pneu modelo; v. calcular um valor estatístico como uma função da dita força (F); vi. associar o dito valor estatístico como uma função da dita força com o dito perfil tridimensional de pneu modelo na dita base de dados; vii. repetir as ações i.-vi. para todos os pneus modelo da dita pluralidade de modelos diferentes; viii. aplicar, a uma superfície externa de um pneu a ser verificado correspondente a um dado modelo de pneu, uma força de compressão igual ao dito valor estatístico como uma função da dita força (F) de acordo com o dito modelo ao qual dito pneu a ser verificado corresponde, como obtido da dita base de dados, para detectar um possível defeito do dito pneu a ser verificado.
2. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que empurrar a dita superfície de medição do dito pneu modelo (3) inclui: • transladar o dito dispositivo (23) em direção ao dito pneu modelo arranjado no plano de apoio de maneira a se apoiar na superfície de medição (M); e • empurrar a dita superfície de medição (M), através do dito dispositivo (23), para baixo até uma altura do dispositivo predeterminada (Qdevice) calculada com relação a um valor como uma função de uma altura da dita superfície de medição não deformada como presente no dito perfil tridimensional.
3. Método de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que inclui: • manter a dita altura do dispositivo (Qdevice) constante ao longo de pelo menos uma rotação relativa completa do dito pneu modelo (3) com relação ao dito dispositivo (23) em torno do dito eixo geométrico de rotação (X).
4. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que inclui: • determinar uma altura média (Qaverage) com relação ao dito plano de apoio (2) de uma pluralidade de pontos do dito perfil tridimensional da dita superfície de medição (M) do dito pneu modelo; e • empurrar a dita superfície de medição para baixo até uma altura do dispositivo predeterminada (Qdevice) calculada com relação à dita altura média da dita superfície de medição do dito pneu modelo.
5. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que inclui: • calcular a dita altura do dispositivo (Qdevice) em uma pluralidade de pontos angularmente espaçados; para cada ponto, a dita altura do dispositivo sendo igual à diferença entre um valor constante predeterminado (D) e a altura do dito ponto como presente no dito perfil tridimensional de cada pneu modelo.
6. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que aplicar o dito valor estatístico a uma superfície externa do dito pneu a ser verificado inclui: • prover o dito pneu a ser verificado tendo um eixo geométrico de rotação (X) perpendicular ao dito plano de apoio (2) no dito plano de apoio que define uma porção lateral de apoio (10a) e uma porção lateral livre (10b) do dito pneu a ser verificado; • determinar o modelo do dito pneu a ser verificado; • recuperar o dito perfil tridimensional e o dito valor estatístico da dita força associados com o dito modelo determinado do dito pneu a ser verificado a partir da dita base de dados; • empurrar uma superfície de medição (M) do dito pneu a ser verificado de maneira a aplicar uma força de compressão do dispositivo na dita superfície de medição em direção ao plano de apoio, a dita força de compressão do dispositivo sendo igual ao dito valor estatístico; • colocar o dito pneu (3) a ser verificado em rotação relativa com relação ao dito dispositivo (23), de maneira a empurrar uma pluralidade de diferentes superfícies de medição (M), angularmente espaçadas, mantendo a força de compressão do dispositivo constante nas ditas superfícies de medição ao longo de pelo menos uma rotação completa em torno do dito eixo geométrico de rotação; • medir uma altura das ditas superfícies de medição em uma pluralidade de posições angulares relativas do dito pneu a ser verificado ao longo da dita rotação completa durante a dita ação de empurrar; • comparar a dita altura das ditas superfícies de medição em uma pluralidade de posições angulares relativas de dito pneu a ser verificado com uma altura de uma pluralidade de pontos de dito perfil tridimensional de dito pneu a ser verificado nas mesmas posições angulares; e • determinar se o dito pneu a ser verificado tem um defeito com base na dita comparação.
7. Método de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que empurrar a dita superfície de medição do dito pneu a ser verificado inclui: • transladar o dito dispositivo (23) em direção ao dito pneu a ser verificado arranjado no plano de apoio de maneira a se apoiar em uma superfície de medição; e • empurrar a dita superfície de medição (M), através do dito dispositivo, de maneira a aplicar uma força de compressão do dispositivo na dita superfície de medição em direção ao plano de apoio (2), a dita força de compressão do dispositivo sendo igual ao dito valor estatístico.
8. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que calcular o dito valor estatístico inclui calcular uma média ou uma mediana da dita força medida na dita pluralidade de superfícies de medição em uma pluralidade de posições angulares relativas.
9. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que prover a dita base de dados inclui, para cada pneu modelo (3) da dita pluralidade de modelos diferentes, detectar pelo menos um perfil tridimensional de uma superfície do dito pneu modelo em formato de um anel (31) com o centro no dito eixo geométrico de rotação (X) do dito pneu, as ditas superfícies de medição (M) sendo parte da dita superfície em formato de anel.
10. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que empurrar a dita superfície de medição (M) do dito pneu modelo, através do dito dispositivo (23), para baixo até a dita altura do dispositivo inclui empurrar a dita superfície de medição, através do dito dispositivo (23), para baixo até uma altura do dispositivo compreendida entre 5 mm e 30 mm.
11. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a dita ação de medir uma altura das ditas superfícies de medição em uma pluralidade de posições angulares relativas do dito pneu a ser verificado ao longo da dita rotação completa durante a dita ação de empurrar, inclui: • determinar variações da dita altura medida com relação a uma média da dita altura medida; • enviar um sinal de erro se nenhuma das ditas variações for maior que um limiar predeterminado.
12. Método de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que a dita ação de enviar um sinal de erro compreende: • mudar o dito valor estatístico aplicado.
13. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores quando dependentes da reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que comparar a dita altura da dita superfície de medição do dito pneu a ser verificado em uma pluralidade de posições angulares relativas com uma altura de uma pluralidade de pontos do dito perfil tridimensional nas mesmas posições angulares inclui comparar a dita altura da dita superfície de medição e uma altura correspondente de um ponto do dito perfil tridimensional a cada 0,1 radiano.
14. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a dita ação de medir a dita força no dito pneu modelo inclui medir a dita força a cada 0,1 radiano.
15. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que inclui: • calcular uma pluralidade de diferenças entre a dita altura das ditas superfícies de medição e a dita altura de uma pluralidade de pontos do dito perfil tridimensional em cada posição angular relativa do dito pneu a ser verificado (3); e • classificar o dito pneu a ser verificado como incluindo um defeito se pelo menos uma das ditas diferenças ficar fora de uma faixa predeterminada de valores.
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