BR112018008186B1 - Composição que compreende micelas de proteína de soro de leite, e seus usos - Google Patents

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Abstract

métodos que utilizam proteína de soro de leite para melhorar ou manter a qualidade muscular. a presente invenção refere-se a uma composição que compreende proteína de soro de leite e opcionalmente vitamina d e cálcio que pode ser administrada a um indivíduo para diminuir a deposição de gordura no músculo; aumentar a densidade do músculo; melhorar ou manter a qualidade muscular; e/ou tratar ou evitar fraqueza muscular. a composição pode ser administrada a um indivíduo idoso ou a um indivíduo que tem uma condição associada à infiltração de gordura aumentada no músculo para tratar a condição, como obesidade. de preferência, ao menos uma porção da proteína do soro do leite são micelas de proteína de soro de leite, e uma dose diária da proteína do soro do leite é de ao menos 18 g.

Description

ANTECEDENTES
[0001] A presente descrição se refere genericamente a composi ções e métodos que usam proteína de soro de leite, opcionalmente como micelas de proteína de soro de leite, para diminuir a deposição de gordura no músculo e/ou melhorar ou manter a qualidade muscular. Mais especificamente, a presente descrição se refere à administração de uma composição que compreende proteína de soro de leite a um indivíduo idoso ou um indivíduo que tem uma condição associada à infiltração de gordura aumentada no músculo.
[0002] O envelhecimento está associado a uma perda progressiva da massa magra e a um aumento na porcentagem de massa gorda, com uma redistribuição de gordura dos depósitos subcutâneos para um acúmulo de gordura na região central ou visceral. A diminuição da massa magra envolve principalmente o músculo esquelético e é acompanhada por alterações significativas na histologia muscular, com uma perda de fibras de contração rápida e um aumento na infiltração do tecido adiposo intermuscular. Constatou-se que o acúmulo de tecido adiposo intermuscular está associado à síndrome metabólica em indivíduos idosos normais e com peso excessivo e pode produzir cito- quinas inflamatórias que poderiam afetar o desempenho muscular. Além disso, a infiltração de gordura muscular foi independentemente associada a uma redução no desempenho físico em alguns estudos. Em um estudo, encontrou-se uma associação clara entre a área muscular total e isenta de gordura do músculo eretor espinhal e o escore de desempenho físico, e o grau de infiltração de gordura no mesmo músculo foi inversamente relacionado ao desempenho físico. DeStefano et al., J. Nutr. Health Aging, 19(7):785-791 (2015).
[0003] A sarcopenia é definida como a perda de massa muscular e funcionalidade associada à idade (incluindo força muscular e velocidade de marcha). A fraqueza muscular é consistentemente relatada como um fator de risco independente para alta mortalidade em adultos mais velhos.
[0004] As análises da seção transversal de homens e mulheres com idade 70 a 79 mostraram que a força mais baixa com idade avançada foi predominantemente devido a uma menor massa muscular. Entretanto, a idade e a gordura corporal também mostraram associações inversas significativas em relação à força e à qualidade muscular. Portanto, tanto a preservação da massa magra como a prevenção de ganho de gordura podem ser importantes na manutenção da força e qualidade muscular na idade avançada. A qualidade muscular é a força por unidade de massa muscular e dessa forma não é o mesmo que massa muscular. A perda de massa muscular em sarcopenia está associada com o declínio da força em adultos mais velhos, entretanto, esse declínio da força é muito mais rápido do que a perda de massa muscular, sugerindo um declínio também na qualidade muscular. Além disso, a manutenção ou ganhos de massa muscular não evitam os declínios em força muscular associados ao envelhecimento. A preservação da massa magra pode ser importante para evitar o declínio da resistência na velhice, mas uma quantidade significativa do declínio da resistência dependente de idade não é explicada somente pela perda de massa muscular. Goodpaster et al., J. Gerontol. A. Biol. Sci. Med. Sci. 61(10):1059-1064 (2006).
[0005] De fato, o envelhecimento está associado a alterações pro gressivas na distribuição de gordura total e regional que têm consequências negativas para a saúde. Um aumento preferencial na gordura abdominal, em particular gordura visceral, combinada com uma diminuição na gordura subcutânea do corpo inferior é uma alteração rela- cionada à idade na composição corporal que pode ocorrer independente das alterações na adiposidade total, peso corporal ou circunferência da cintura, e representa um fenótipo intimamente associado com o aumento do risco de morbidade e mortalidade. Particularmente, o músculo esquelético nos idosos tem maior deposição de gordura. Kuk et al., Ageing Res. Rev. 8(4):339-48 (2009).
[0006] No entanto, continuam a faltar medidas eficazes para pre servar ou melhorar a qualidade muscular.
SUMÁRIO
[0007] Os presentes inventores conduziram um estudo clínico re lacionado à administração de uma composição que compreende uma alta quantidade de proteína de soro de leite para a população idosa. Surpreendentemente, nos idosos que consomem a composição de proteína de soro de leite, sua gordura intramuscular diminuiu mais com a composição da proteína de soro do leite do que um controle de bebida placebo. Além disso, a área da seção transversal (AST) do músculo da coxa aumentou mais com a composição da proteína do soro do leite do que um controle de bebida placebo. Sem se ater à teoria, esses dados sugerem que uma melhor qualidade muscular é alcançada naqueles que receberam uma quantidade alta de proteína de soro de leite.
[0008] Consequentemente, em uma modalidade genérica, a pre sente descrição fornece um método para melhorar ou manter a qualidade muscular em um indivíduo idoso; sendo que o método compreende administrar uma composição que compreende proteína de soro de leite ao indivíduo idoso, a composição é administrada ao indivíduo idoso em uma quantidade que fornece ao menos 18 g da proteína do soro de leite por dia.
[0009] Em uma modalidade, a proteína do soro de leite compreen de micelas de proteína do soro do leite.
[0010] Em uma modalidade, a composição é administrada ao indi- víduo idoso em uma quantidade que fornece ao menos 20 g da proteína do soro de leite por dia.
[0011] Em uma modalidade, a composição compreende vitamina D e é administrada em uma quantidade que fornece ao menos 500 UI da vitamina D por dia. Ao menos uma porção da vitamina D pode ser selecionada do grupo que consiste em vitamina D3; 1,25-hidroxivita- mina D; 25-hidroxivitamina D; e misturas dos mesmos.
[0012] Em uma modalidade, a composição compreende cálcio. Ao menos uma porção do cálcio pode ser selecionada do grupo que consiste em carbonato de cálcio, citrato de cálcio, gluconato de cálcio, lactato de cálcio, fosfato de cálcio, e misturas dos mesmos.
[0013] Em uma modalidade, o indivíduo idoso tem ao menos 65 anos de idade.
[0014] Em uma modalidade o indivíduo idoso é um adulto mais velho com mobilidade limitada ou com deficiência de vitamina D.
[0015] Em uma modalidade, a composição é administrada ao indi víduo idoso ao menos duas vezes por semana por um período de tempo de ao menos um mês.
[0016] Em uma modalidade, a composição consiste essencialmen te em proteína de soro de leite, vitamina D e cálcio.
[0017] Em uma modalidade, o indivíduo idoso tem obesidade sar- copênica.
[0018] Em uma outra modalidade, é fornecido um método para tra tamento ou prevenção da fraqueza muscular em um indivíduo idoso. O método compreende administrar uma composição que compreende proteína de soro de leite ao indivíduo idoso, a composição é administrada ao indivíduo idoso em uma quantidade que fornece ao menos 18 g da proteína do soro de leite por dia. A proteína do soro do leite pode compreender micelas de proteína de soro de leite. A composição pode ser administrada ao indivíduo idoso em uma quantidade que fornece ao menos 20 g da proteína do soro de leite por dia. A composição pode compreender ao menos um dentre vitamina D ou cálcio.
[0019] Em uma outra modalidade, é fornecido um método para tra tamento de uma condição associada ao aumento da infiltração de gordura no músculo. O método compreende administrar uma composição que compreende proteína de soro de leite a um indivíduo que tem a condição, a composição é administrada ao indivíduo em uma quantidade que fornece ao menos 18 g da proteína do soro de leite por dia. A condição pode ser selecionada do grupo que consiste em acidente vascular cerebral, lesão da medula espinhal, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica, obesidade, excesso de peso, e combinações dos mesmos. A composição pode compreender ao menos um dentre vitamina D ou cálcio. O indivíduo pode ter obesidade classe 2 ou obesidade classe 3. A composição pode ser administrada ao indivíduo ao menos duas vezes por semana durante um período de ao menos um mês.
[0020] Uma vantagem de uma ou mais modalidades fornecidas pela presente descrição é diminuir a deposição de gordura no músculo e/ou melhorar ou manter a qualidade do músculo em um indivíduo idoso com o uso de uma composição nutricional, como um produto alimentício ou um suplemento alimentar.
[0021] Uma outra vantagem de uma ou mais modalidades forneci das pela presente descrição é reduzir, evitar ou tratar a fraqueza muscular em um indivíduo idoso com o uso de uma composição nutricional, como um produto alimentício ou um suplemento alimentar.
[0022] Ainda uma outra vantagem de uma ou mais modalidades fornecidas pela presente descrição é fornecer estratégias nutricionais para diminuir a deposição de gordura no músculo e/ou melhorar ou manter a qualidade do músculo em um indivíduo idoso.
[0023] Uma vantagem adicional de uma ou mais modalidades for necidas pela presente descrição é tratar uma condição associada à infiltração de gordura aumentada no músculo com o uso de uma composição nutricional, como um produto alimentício ou um suplemento alimentar.
[0024] Características e vantagens adicionais são descritas no presente documento e se tonarão evidentes a partir da descrição detalhada a seguir e das figuras.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0025] As Figuras 1 e 2 mostram dados do teste clínico aqui revelado.
DESCRIÇÃO DETALHADA Definições
[0026] Todas as porcentagens se referem ao peso total da compo sição, a não ser que seja expressamente indicado em contrário. De modo similar, todas as razões estão em peso, a não ser que seja indicado expressamente em contrário. "Peso seco" é o peso excluindo água. Quando é feita referência ao pH, os valores correspondem ao pH medido a 25 °C com equipamento padrão. Como usado aqui, "cerca de" e "aproximadamente" são entendidos como se referindo aos números em um intervalo de numerais, por exemplo, a faixa de -10% a +10% do número de referência, de preferência -5% a +5% do número de referência, com mais preferência -1% a +1% do número de referência, com a máxima preferência -0,1% a +0,1% do número de referência.
[0027] Além disso, todas as faixas numéricas do presente docu mento devem ser entendidas para incluir todos os números inteiros, fracionários ou não fracionários, dentro da faixa. Além disso, estas faixas numéricas devem ser interpretadas como respaldando uma reivindicação direcionada a qualquer número ou subconjunto de números que está naquela faixa. Por exemplo, uma descrição de 1 a 10 deve ser interpretada como abrangendo uma faixa de 1 a 8, de 3 a 7, de 1 a 9, de 3,6 a 4,6, de 3,5 a 9,9, e assim por diante.
[0028] Como usado aqui e nas reivindicações em anexo, a forma singular de uma palavra inclui o plural, a menos que o contexto determine claramente o contrário. Assim, as referências "um", "uma", "o" e "a"são, de modo geral, inclusivas dos plurais dos respectivos termos. Por exemplo, a referência a "um ingrediente" ou "um método"inclui uma pluralidade de tais "ingredientes" ou "métodos". O termo "e/ou" usado no contexto de "X e/ou Y" deve ser interpretado como "X", ou "Y", ou "X e Y".
[0029] De modo similar, as palavras "compreendem", "compreen de" e "que compreende(m)"serão interpretadas inclusivamente em vez de exclusivamente. De modo semelhante, os termos "incluem", "que inclui(em)" e "ou" devem todos ser interpretados como inclusivos, a menos que tal interpretação esteja claramente excluída pelo contexto. Entretanto, as modalidades fornecidas pela presente descrição podem não ter nenhum elemento que não seja especificamente revelado na presente invenção. Dessa forma, uma descrição de uma modalidade definida usando o termo "compreendendo/que compreende(m)"também é uma descrição de modalidades "que consistem essencialmente em" e "consistem em" os componentes ou etapas reveladas. O termo "consistindo essencialmente" significa que os componentes mencionadossão ao menos 75% da composição, de preferência ao menos 85% da composição, com mais preferência ao menos 95% da composição, e com a máxima preferência ao menos 99% da composição.
[0030] Quando usado aqui, o termo "exemplo" particularmente quando seguido por uma lista de termos, é meramente exemplificador e ilustrativo e não deve ser considerado exclusivo ou abrangente. Qualquer modalidade aqui revelada pode ser combinada com qualquer outra modalidade aqui revelada, salvo indicação expressa em contrário.
[0031] O termo "animal" inclui, mas não se limita a, mamíferos, o que inclui, mas não se limita a, roedores, mamíferos aquáticos, ani- mais domésticos, como cães e gatos, animais de fazenda, como ovelhas, porcos, vacas e cavalos, e seres humanos. Onde os termos "animal", "mamífero"ou uma forma plural dos mesmos forem usados, estes termos também se aplicam a qualquer animal que é capaz do efeito apresentado ou intencionado a ser apresentado pelo contexto da passagem. Como usado aqui, o termo "paciente"é entendido como incluindo um animal, especialmente um mamífero, e, mais especial-mente, um ser humano, que está recebendo ou que está destinado a receber tratamento, conforme "tratamento"é definido na presente invenção. Embora os termos "indivíduo"e "paciente" sejam frequentemente usados na presente invenção para se referirem a um ser humano, a presente descrição não é assim limitada. Consequentemente, os termos "indivíduo"e "paciente" se referem a qualquer animal, mamífero ou ser humano que pode se beneficiar do tratamento.
[0032] O termo "idoso" no contexto de um ser humano significa uma idade desde o nascimento de ao menos 60 anos, de preferência acima 63 anos, e com mais preferência acima 65 anos.
[0033] A "mobilidade limitada" em um adulto mais velho é definida por SPPB ("short physical performance battery", uma bateria curta de testes que avalia o desempenho físico dos membros inferiores) < 9.
[0034] "Vitamina D insuficiente" ou "deficiente em vitamina D" em um adulto mais velho é definida por um nível sérico de 25(OH)D de 9 a 24 ng/mL.
[0035] O termo "excesso de peso" é definido para um ser humano como um IMC ("índice de massa corporal") entre 25 e 30. O termo "obeso" é definido para um ser humano como um IMC maior que 30. A obesidade podem ser adicionalmente classificada da seguinte forma: a obesidade classe 1 tem um IMC (índice de massa corporal) de 30,0 a 34,9; a obesidade classe 2 tem um IMC de 35,0 a 39,9, e a obesidade classe 3 tem um IMC igual a ou maior que 40,0.
[0036] Os termos "tratamento" e "tratar" incluem qualquer efeito que resulte na melhora da condição ou do distúrbio, por exemplo, diminuição, redução, modulação ou eliminação da condição ou do distúrbio. O termo não necessariamente sugere que um indivíduo seja tratado até a recuperação total. Exemplos não limitadores de "tratamento" ou "tratar" uma condição ou um distúrbio incluem: (1) inibir a condição ou o distúrbio, isto é, interromper o desenvolvimento da condição ou do distúrbio ou seus sintomas clínicos e (2) aliviar a condição ou o distúrbio, isto é, fazer com que haja regressão temporária ou permanente da condição ou do distúrbio ou de seus sintomas clínicos. Um tratamento pode ser relacionado ao paciente ou ao médico.
[0037] Os termos "prevenção"ou "prevenir/evitar" significam fazer com que os sintomas clínicos da condição ou do distúrbio mencionadosnão se desenvolvam em um indivíduo que pode estar exposto ou predisposto à condição ou ao distúrbio, mas que ainda não experimenta ou apresenta sintomas da condição ou do distúrbio. Os termos "condição"e "distúrbio"significam qualquer doença, condição, sintoma ou indicação.
[0038] Os termos relativos "melhorado,""aumentado,""acentuado" e similares se referem aos efeitos da composição compreendendo proteína de soro de leite em relação a uma composição que não tem proteína de soro de leite ou tem menos proteína de soro de leite, mas é de outra forma idêntica. A melhoria ou a manutenção da qualidade muscular inclui a redução da perda de qualidade muscular.
[0039] Os termos "alimento", "produto alimentício"e "composição alimentícia"significam um produto ou uma composição que é destinadaà ingestão por um indivíduo, como um ser humano e que fornece ao menos um nutriente ao indivíduo. As composições da presente descrição, incluindo as muitas modalidades aqui descritas, podem compreender, consistir ou consistir essencialmente nos elementos e nas limitações essenciais aqui descritos, além de quaisquer ingredientes, componentes ou limitações adicionais ou opcionais aqui descritos ou de outro modo úteis em uma dieta.
[0040] Como usado na presente invenção, "nutrição completa" contém tipos e níveis suficientes de macronutrientes (proteína, gorduras e carboidratos) e micronutrientes para serem suficientes como uma única fonte de nutrição para o animal ao qual a composição é administrada. Os indivíduos podem receber 100% das suas necessidades nutricionais de tais composições nutricionais completas.
[0041] "Micelas de proteína de soro de leite" (WPM, "whey protein micelles") são aqui definidas conforme descrito no US 2009/0035437 e seu correspondente EP1839492A1 e conforme adicionalmente caracterizado em C. Schmitt et al., Soft Matter 6:4876-4884 (2010) onde eles são chamados de microgéis de proteína de soro do leite (WPM). Particularmente, as "micelas de proteína de soro de leite"são as micelas compreendidas no concentrado de micelas de proteína de soro do leite obtidas pelo processo conforme revelado no US 2009/0035437 e seu correspondente EP1839492A1. Ali, o processo para a produção de concentrado de micelas de proteína do soro do leite compreende as etapas de: a) ajustar o pH de uma solução aquosa de proteína do soro do leite para um valor entre 3,0 e 8,0; b) submeter a solução aquosa a uma temperatura entre 80 e 98 °C; e c) concentrar a dispersão obtida na etapa b). Desse modo, as micelas produzidas têm uma distribuição de tamanho extremamente nítida, de modo que mais de 80% das micelas produzidas têm um tamanho menor que 1 mícron em diâmetro e, de preferência, um tamanho entre 100 nm e 900 nm. As "micelas de proteína do soro do leite" podem estar sob a forma de concentrado líquido ou em pó. De modo importante, a estrutura micelar básica das proteínas do soro de leite é conservada, seja na forma de um concentrado líquido, na forma em pó, ou é reconstituída a partir de pó em, por exemplo, água. As "micelas da proteína do soro do leite"são fisica-menteestáveis em dispersão, como um pó, bem como durante a secagem por atomização ou secagem por congelamento.
[0042] "Fraqueza muscular"é uma condição em que a força exer cida pelos músculos é menor do que seria esperado. O sistema de classificação do "U.S. Medical Research Council" (conselho de pesqui-samédica dos Estados Unidos) para força muscular é amplamente usado para identificar fraqueza muscular e sua gravidade. Especificamente, o examinador avalia a capacidade do paciente para mover o músculo contra a resistência fornecida pelo examinador que, através da experiência, desenvolveu um sentido da faixa normal esperada. Issoirá variar de paciente para paciente dependendo do tamanho e condicionamento subjacentes do indivíduo; pode-se esperar que o atleta plenamente treinado tenha um desempenho diferente de um indivíduo pequeno, sedentário ou descondicionado. A força esperada deve também ser ajustada ao grau de atrofia em doentes com doenças de emaciação.
[0043] O esforço do paciente é classificado em uma escala de 0 a 5. Como aqui usado, "fraqueza muscular" se refere a qualquer dos graus 0 a 4.
[0044] Grau 5: Os contratos musculares são normalmente contrá riosà resistência total.
[0045] Grau 4: A força muscular é reduzida, mas a contração mus cular ainda pode mover a articulação contra a resistência.
[0046] Grau 3: A força muscular é adicionalmente reduzida, de modo que a articulação pode ser movida apenas contra a gravidade quando a resistência do examinador é completamente removida. Como um exemplo, o cotovelo pode ser movido da extensão completa à flexão completa começando com o braço que fica pendurado no lado.
[0047] Grau 2: O músculo só pode se mover se a resistência da gravidade for removida. Como um exemplo, o cotovelo pode ser completamente flexionado somente se o braço for mantido em um plano horizontal.
[0048] Grau 1: Apenas um traço ou tremulação do movimento é visto ou sentido no músculo, ou fasciculações são observadas no músculo.
[0049] Grau 0: Nenhum movimento é observado.
[0050] Como aqui usado, "qualidade muscular"é a qualidade me tabólicado músculo esquelético através de infiltração de gordura. A definição comum de "qualidade muscular"é a força por unidade da massa muscular esquelética apendicular ou por volume muscular, mas "qualidade muscular", como usado na presente invenção, é mais especificamente direcionada à qualidade metabólica do músculo esquelético através de infiltração de gordura e densidade muscular. Exemplosnão limitadores de maneiras de determinar a infiltração de gordura de músculo são tomografia computadorizada (CT) e imageamento por ressonância magnética (MRI).
Modalidades preferenciais
[0051] Um aspecto da presente descrição é um método para dimi nuir a deposição de gordura no músculo, aumentar a densidade do músculo e/ou melhorar ou manter a qualidade muscular em um indivíduo idoso, sendo que o método compreende administrar uma composição que compreende proteína de soro de leite ao indivíduo idoso. A dose diária da composição fornece ao menos 18 g de proteína de soro de leite, de preferência ao menos 20 g de proteína de soro de leite, e mesmo ao menos 30 g de proteína de soro de leite em algumas modalidades. Em algumas modalidades, a diminuição da deposição de gordura no músculo e/ou a qualidade do músculo melhorada ou mantida são alcançadas sem modificação da funcionalidade muscular de curto prazo. Em uma modalidade, o indivíduo idoso está experimentando uma perda de qualidade muscular, e o método reduz a perda de qualidade muscular.
[0052] Um outro aspecto da presente descrição é tratar a fraqueza muscular em um indivíduo idoso, por exemplo um indivíduo idoso que precisa do mesmo (isto é, que tem fraqueza muscular). Ainda um outro aspecto da presente descrição é evitar a fraqueza muscular em um indivíduo idoso, por exemplo um indivíduo idoso em risco de fraqueza muscular. Esses métodos compreendem administrar uma composição que compreende proteína de soro de leite ao indivíduo idoso, a composição é administrada ao indivíduo idoso em uma quantidade que fornece ao menos 18 g da proteína do soro de leite por dia (por exemplo, ao menos 20 g por dia ou mesmo ao menos 30 g por dia) e por um período de tempo que é de ao menos um dia.
[0053] O indivíduo idoso em qualquer um desses métodos pode ser um dentre um subgrupo específico de idosos afetados por perdas musculares importantes, como obesidade sarcopênica, acidente vascular cerebral, lesão da medula espinhal, diabetes (por exemplo, diabetes tipo II) ou doença pulmonar obstrutiva crônica. De fato, os indivíduos idosos que têm obesidade sarcopênica são especificamente fracos em termos de força muscular e exibem forte infiltração de gordura.
[0054] Ainda um outro aspecto da presente descrição é tratar uma condição associada à infiltração de gordura aumentada no músculo, sendo que o método compreende administrar uma composição que compreende proteína de soro de leite a um indivíduo que tem a condição (por exemplo, um ser humano idoso ou um ser humano não idoso). A dose diária da composição fornece ao menos 18 g de proteína de soro de leite, de preferência ao menos 20 g de proteína de soro de leite, e mesmo ao menos 30 g de proteína de soro de leite em algumas modalidades. Exemplos não limitadores de condições associadas à infiltração de gordura aumentada no músculo incluem acidente vascu lar cerebral, lesão da medula espinhal, diabetes (por exemplo, diabetes tipo II), doença pulmonar obstrutiva crônica, obesidade, e excesso de peso. Embora qualquer obesidade classe 1, obesidade classe 2, e obesidade classe 3 possa ser tratada, uma modalidade preferencial trata a obesidade classe 2 ou obesidade classe 3.
[0055] Em cada um dos métodos revelados na presente invenção, a composição é administrada, de preferência, ao indivíduo em uma ou mais doses por dia (o agregado da mesma conhecido como a "dose diária") por um período de tempo que é de ao menos um dia. Por exemplo, em algumas modalidades a composição é administrada em uma única dose por dia, e em outras modalidades a composição é administrada em múltiplas doses (por exemplo, 2 a 4 doses) por dia que fornecem juntas um total de ao menos 18 g de proteína de soro de leite por dia (por exemplo, ao menos 20 g de proteína de soro de leite por dia).
[0056] A proteína do soro do leite pode ser qualquer proteína do soro do leite, por exemplo, a proteína do soro do leite pode ser selecionada do grupo que consiste em concentrados de proteína do soro do leite, isolados de proteína do soro do leite, micelas de proteína do soro do leite, hidrolisados de proteína do soro do leite, soro do leite ácido, soro do leite doce, soro do leite doce modificado (soro do leite doce do qual o caseíno-glicomacropeptídeo foi removido), uma fração de proteína do soro do leite e combinações dos mesmos. Em uma modalidade preferencial, a proteína do soro de leite compreende micelas de proteína de soro de leite.
[0057] Em uma modalidade preferencial, a composição compreen de adicionalmente vitamina D e/ou cálcio. Alguns exemplos não limitadores de formas adequadas de vitamina D incluem vitaminas D3; 1,25- hidroxivitamina D; 25-hidroxivitamina D; e misturas dos mesmos. Alguns exemplos não limitadores de formas adequadas de cálcio incluem carbonato de cálcio, citrato de cálcio, gluconato de cálcio, lactato de cálcio, fosfato de cálcio, e misturas dos mesmos. A quantidade da vitamina D e/ou do cálcio pode depender de inúmeros fatores relacionados ao indivíduo, como seu peso, saúde e a quantidade de qualidade muscular que está sendo perdido. Entretanto, como diretrizes não limitadoras gerais, a composição pode compreender, por dose diária, 300 a 500 mg de cálcio elementar e/ou ao menos 500 UI de vitamina D. Em algumas modalidades, a dose diária de vitamina D pode ser ao menos 600 UI, ao menos 700 UI, ou ao menos 800 UI.
[0058] Em algumas modalidades, a composição é administrada ao indivíduo em uma forma de dosagem única, isto é, todos os compostos estão presentes em um produto a ser administrado a um indivíduo em combinação com uma refeição. Em outras modalidades, a composição é coadministrada em formas de dosagem separadas, por exemplo a proteína do soro do leite separadamente de um ou mais dos outros componentes da composição, e/ou uma porção da proteína do soro de leite separadamente de uma outra porção da proteína do soro de leite.
[0059] Em algumas modalidades, a composição fornece nutrição completa. Em outras modalidades, a composição é um suplemento nutricional administrado entre as refeições ou substancialmente simultaneamente com uma refeição que é uma composição separada (por exemplo, dentro de quinze minutos da refeição separada). Em uma modalidade específica de um suplemento nutricional, a composição consiste essencialmente na proteína do soro de leite. Em uma outra modalidade específica, a composição consiste essencialmente de proteína do soro do leite e a vitamina D. Em ainda uma outra modalidade particular, a composição consiste essencialmente de proteína do soro do leite e o cálcio. Em mais uma outra modalidade específica, a composição consiste essencialmente na proteína do soro do leite, na vita-mina D e no cálcio.
[0060] O músculo citado na presente descrição é, de preferência, um músculo esquelético. Por exemplo, a composição revelada na presente invenção pode ser usada para melhorar ou manter a qualidade muscular nos braços e/ou nas pernas do indivíduo. O músculo pode ser um ou mais dentre os seguintes: gastrocnêmio, tibial, sóleo, extensor longo dos dedos (EDL), bíceps femoral, semitendinoso, semimem- branoso, ou glúteo máximo.
[0061] A composição que compreende proteína de soro de leite pode compreender adicionalmente uma fonte de proteína adicional, e a fonte de proteína adicional pode ser de origem animal ou vegetal, por exemplo caseína, proteínas de soja, e/ou proteínas de ervilha. A caseína pode ser obtida a partir de qualquer mamífero, mas é, de preferência, obtida a partir de leite de vaca e, de preferência, como caseína micelar. Se uma fonte de proteína adicional estiver presente, a composição pode ter qualquer razão entre soro de lei- te:outra proteína, por exemplo ao menos 50:50, ao menos 60:40, ou ao menos 70:30.
[0062] A composição pode compreender um ou mais aminoácidos de cadeia ramificada. Por exemplo, a composição pode compreender leucina, isoleucina e/ou valina. A fonte de proteína na composição pode compreender leucina na forma livre e/ou leucina ligada como peptí- deos e/ou proteínas como proteínas lácteas, animais ou vegetais. Em uma modalidade, a composição compreende a leucina em uma quantidade de até 10%, em peso, da matéria seca da composição. A leuci- na pode estar presente como D-leucina ou L-leucina e, de preferência, na forma de L. Se a composição compreender leucina, a composição pode ser administrada em uma dose diária que fornece de 0,01 g a 0,04 g de leucina por kg de peso corporal, de preferência, de 0,02 g a 0,035 g de leucina por kg de peso corporal. Tais doses são particularmenteaplicáveis a composições nutricionais completas, mas um versado na técnica reconhecerá prontamente como adaptar estas doses a um suplemento nutricional oral (SNO).
[0063] Um ou mais outros minerais adicionais a qualquer cálcio podem ser usados na composição. Exemplos não limitadores de minerais adequados incluem boro, cromo, cobre, iodo, ferro, magnésio, manganês, molibdênio, níquel, fósforo, potássio, selênio, silício, estanho,vanádio, zinco e suas combinações.
[0064] Uma ou mais outras vitaminas adicionais a qualquer vitami na D podem ser usadas na composição. Exemplos não limitadores de vitaminas adequadas incluem vitamina A, vitamina B1 (tiamina), vitamina B2 (riboflavina, vitamina B3 (niacina ou niacinamida), vitamina B5 (ácido pantotênico), vitamina B6 (piridoxina, piridoxal, ou piridoxamina, ou cloridrato de piridoxina), vitamina B7 (biotina), vitamina B9 (ácido fólico), e vitamina B12 (várias cobalaminas; comumente cianocobala- mina em suplementos vitamínicos), vitamina C, vitamina E, vitamina K, ácido fólico, biotina e suas combinações. "Vitamina" inclui tais compostos obtidos naturalmente a partir de alimentos vegetais e animais ou produzidos sinteticamente, pró-vitaminas, derivados dos mesmos, e análogos dos mesmos.
[0065] A composição pode conter também uma fonte de carboidra to e/ou uma fonte de gordura. Alguns exemplos não limitadores de gorduras adequadas incluem óleo de canola, óleo de milho e óleo de girassol rico em ácido oléico. Exemplos não limitadores de carboidratos adequados incluem sacarose, lactose, glicose, frutose, sólidos de xarope de milho, maltodextrinas e misturas dos mesmos. Adicional ou alternativamente, pode ser adicionada uma fibra dietária. As fibras die- tárias passam através do intestino delgado sem serem digeridas por enzimas, e funcionam como um agente avolumador e laxativo natural. A fibra dietária pode ser solúvel ou insolúvel e, em geral, é preferencial uma mistura dos dois tipos. Exemplos não limitadores de fibras dietá- rias adequadas incluem soja, ervilha, aveia, pectina, goma guar, goma guar parcialmente hidrolisada, goma arábica, fruto-oligossacarídeos, oligossacarídeos ácidos, galacto-oligossacarídeos e sialil-lactose derivados de leite animal. Uma mistura preferencial de fibras é uma mistura de inulina com fruto-oligossacarídeos de cadeia curta. Em uma modalidade, o teor de fibra está entre 2 e 40 g/L da composição, por exemplo, entre 4 e 10 g/L.
[0066] Um ou mais emulsificantes de grau alimentício podem ser incorporados à composição, como ésteres de ácido diacetil tartárico de mono e diglicerídeos, lecitina e/ou mono e diglicerídeos. Podem ser incluídos sais e estabilizantes adequados.
[0067] A composição que compreende proteína de soro de leite pode ser administrada a um indivíduo como um ser humano em uma dose terapeuticamente eficaz. A dose terapeuticamente eficaz pode ser determinada pela pessoa versada na técnica e dependerá de vários fatores conhecidos pelos versados na técnica, como a gravidade da condição, e o peso e estado geral do indivíduo.
[0068] A composição pode ser administrada a um indivíduo em uma quantidade suficiente para evitar ou ao menos parcialmente reduzir o risco de desenvolvimento de fraqueza muscular e/ou diminuição da qualidade muscular, sendo que a condição de fraqueza muscular ou diminuição da qualidade muscular ainda não foi desenvolvida no indivíduo. Uma tal quantidade é definida como sendo "uma dose profi- laticamente eficaz". Mais uma vez, as quantidades precisas dependem de vários fatores relacionados ao indivíduo como seu peso, saúde e a quantidade de qualidade que está sendo perdida.
[0069] A composição é, de preferência, administrada como um su plementoà dieta de um indivíduo diariamente ou ao menos duas vezes por semana. Em uma modalidade, a composição é administrada ao indivíduo consecutivamente durante vários dias, de preferência, até que haja um aumento na qualidade muscular em relação àquela antes da administração ser alcançada. Por exemplo, a composição pode ser administrada ao indivíduo diariamente por ao menos 30, 60 ou 90 dias consecutivos. Como um outro exemplo, a composição pode ser administrada ao indivíduo por um período mais longo, como por um período de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 ou 10 anos.
[0070] Em uma modalidade preferencial, a composição é adminis trada ao indivíduo por ao menos 3 meses, por exemplo, um período de 3 meses a 1 ano, e, de preferência, por ao menos 6 meses.
[0071] Os exemplos de administração acima não necessitam de administração diária contínua sem interrupções. Em vez disso, pode haver algumas pequenas interrupções na administração, como uma pausa de dois a quatro dias durante o período de administração. A duração ideal da administração da composição pode ser determinada pelos versados na técnica.
[0072] Em uma modalidade preferencial, a composição é adminis trada ao indivíduo por via oral ou enteral (por exemplo, tubo de alimentação). Por exemplo, a composição pode ser administrada ao indivíduo como uma bebida, uma cápsula, um comprimido, um pó ou uma suspensão.
[0073] A composição pode ser qualquer tipo de composição que seja adequada para o consumo humano e/ou animal. Por exemplo, a composição pode ser selecionada do grupo que consiste em composições alimentícias, suplementos dietários, composições nutricionais, nutracêuticos, produtos nutricionais em pó a serem reconstituídos em água ou leite antes do consumo, aditivos alimentares, medicamentos, bebidas e drinques. Em uma modalidade, a composição é um suplemento nutricional oral (SNO), uma fórmula nutricional completa, um produto farmacêutico, um produto médico ou um produto alimentício. Em uma modalidade preferencial, a composição é administrada ao indivíduo como uma bebida. A composição pode ser armazenada em um saquinho como um pó e, então, suspensa em um líquido como água para o uso.
[0074] Em alguns casos em que a administração por via oral ou enteral não é possível ou não é aconselhada, a composição também pode ser administrada parenteralmente.
[0075] Em uma modalidade, a composição que compreende prote ína de soro de leite compreende adicionalmente um ácido graxo. O ácido graxo pode ser qualquer ácido graxo e pode ser um ou mais ácidos graxos, como uma combinação de ácidos graxos. O ácido graxo compreende, de preferência, um ácido graxo essencial, como os ácidos graxos poli-insaturados essenciais, isto é, o ácido linoleico (C18:2n-3) e o ácido a-linolênico (C18:3n-3). O ácido graxo pode compreenderácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa, como o ácido eicosapentaenoico (C20:5n-3), ácido araquidônico (C20:4n-6), ácido docosaexaenoico (C22:6n-3) ou qualquer combinação dos mesmos. Em uma modalidade preferencial, o ácido graxo compreende um ácido graxo n-3 (ômega 3) e/ou um n-6 (ômega 6). O ácido graxo compreende, de preferência, ácido eicosapentaenoico.
[0076] O ácido graxo pode ser derivado de qualquer fonte ade quada que contém ácidos graxos, como óleo de coco, óleo de semente de colza, óleos de soja, óleo de milho, óleo de açafrão, óleo de babaçu, óleo de girassol ou gema de ovo. A fonte de ácido graxo é, de preferência, óleo de peixe.
[0077] Conforme observado acima, "qualidade muscular" como usado na presente invenção é a qualidade metabólica do músculo esquelético através de infiltração de gordura e, portanto, não é avaliada com o uso da definição comum de: força por unidade da massa muscular esquelética apendicular ou por volume muscular. No entanto, além da disposição de gordura no músculo esquelético que é modulada pelas composições e métodos aqui revelados, em algumas modali- dades o parâmetro de "qualidade muscular" tradicional pode opcionalmente ser também avaliado. Por exemplo, a melhoria da qualidade metabólica do músculo esquelético pode ser evidenciada pela melhoria no parâmetro de qualidade muscular tradicional (resistência por unidade da massa muscular esquelética apendicular ou por volume muscular). No entanto, uma melhoria no parâmetro de qualidade muscular tradicional não indica necessariamente uma melhoria na qualidademetabólica do músculo esquelético.
[0078] Não há nenhum protocolo padrão para avaliar a resistência por unidade de massa muscular esquelética apendicular ou por volume muscular, mas ela pode ser analisada com o uso de qualquer das abordagens apresentadas em Barbat-Artigas et al., J Nutr. Health Aging, 16(1):67-77 (2012), que usam um ou mais dentre (i) a força muscular por unidade de massa muscular, (ii) a potência muscular por unidade de massa muscular, ou (iii) apenas a potência muscular.
[0079] Nesse sentido, uma ampla gama de técnicas pode ser usa da para avaliar a massa muscular, como (i) técnicas de imageamento corporal, por exemplo, tomografia computadorizada (CT), imageamen- to por ressonância magnética (MRI), absorciometria de raios-X de energia dual (DXA), e ultrassom; (ii) análise de bioimpedância (BIA), por exemplo, Janssen et al., J. Am-Geriatr. Soc., 50(5):889-896 (2002)) desenvolvida e validada uma equação preditiva para estimar a massa muscular esquelética com o uso de BIA; (iii) medidas antropométricas; e (iv) excreção urinária de creatinina.
[0080] A força muscular pode ser avaliada em vários grupos mus culares, mas a força de preensão manual e dos músculos flexores e extensores do joelho são preferenciais. Os membros inferiores são mais relevantes que os membros superiores para funções de marcha e físicas, mas a força de preensão manual foi relatada como um bom indicador da força muscular total. Dois métodos são usados principal- mente para medir a força muscular: uma repetição máxima e dinamo- metria. "Uma repetição máxima"(1RM) é a quantidade máxima de peso que um indivíduo pode levantar em uma única repetição para um determinado exercício, que pode ser usada para determinar a força máxima do indivíduo. Os dinamômetros são dispositivos que geralmente permitem medições isométricas e isocinéticas da força, como torque concêntrico ou excêntrico em várias velocidades.
[0081] A potência muscular pode ser determinada como a potência explosiva, isto é, a capacidade do músculo de realizar trabalho durante um período de meio segundo ou menos, e/ou potência de curto prazo, isto é, a capacidade do músculo de realizar trabalho durante um período de 12 a 60 segundos.
[0082] Exemplos não limitadores de medições de potência de curto prazo incluem (i) o método de Sargeant et al. (J. Appl. Physiol., 51(5):1175-1182 (1981)) no qual um ergômetro de bicicleta é modificado para medir a força da perna e a potência geradas a velocidade constante pela adição de um motor que aciona o pedal em uma faixa de 23 a 180 revoluções/minuto, e após um período de adaptação de 15 segundos, é necessário que os indivíduos realizem um esforço máximo por 20 segundos em uma tentativa de acelerar o motor; (ii) o teste anaeróbico de Wingate (WAnT) que é um ciclo de impressão de curta duração de máxima intensidade e dura entre 10 e 40 segundos; (iii) o teste de esteira ergométrica não motorizada (NMT) que mede a potência em corrida de velocidade de máxima intensidade e esforço; (iv) testes de sentar-levantar, por exemplo, testes de sentar e levantar nos quais a potência muscular é avaliada a partir da massa corporal, distância do centro de gravidade da posição sentada para uma posição em pé, e o tempo gasto para um simples levantar da cadeira, ou testes de sentar-levantar nos quais a potência muscular é avaliada a partir da altura da cadeira, comprimento da perna, massa corporal, aceleração da gravidade e tempo para levantar dez vezes da cadeira.
[0083] Uma forma simples de medir a potência muscular explosiva é medir a linha de base 1RM, calcular várias porcentagens da 1RM (geralmente de 40% a 90%, em incrementos de 10%) antes do indivíduo realizar o levantamento em cada porcentagem estabelecida da 1RM o mais rápido possível através de toda a faixa de movimento (tipicamentecomeçando em 40%). Dependendo do grupo muscular avaliado, o nível ótimo de cargas para o desempenho muscular máximo pode estar na faixa de 50 a 75% de 1RM (66, 67, 79, 80). Um método mais prático para um indivíduo idoso pode ser o de Bassey et al. (Clin. Sci. (Lond), 82(3):321-327 (1992)) no qual um aparelho para medir a potência do extensor de perna consiste em um assento e um apoio para os pés conectado através de uma alavanca e corrente a um volante, e o indivíduo aplica força para empurrar o apoio para os pés e acelerar o volante do estado de descanso.
Exemplo
[0084] O seguinte exemplo não limitador apresenta os dados cien tíficos que desenvolvem e suportam o conceito de administração de uma quantidade elevada de proteína de soro de leite a um indivíduo para diminuir a deposição de gordura no músculo do indivíduo; melhorar ou manter a qualidade muscular no indivíduo; e/ou tratar ou evitar fraqueza muscular no indivíduo.
[0085] Um teste clínico multicêntrico, duplo cego, randomizado, controlado por placebo avaliou o efeito do aumento de um suplemento nutricional que compreende 20 g de micelas de proteína de soro do leite e também vitamina D e cálcio (chamado deste ponto em diante intervenção) sobre as alterações induzidas por exercícios de treinamento em funcionamento físico, em comparação com um suplemento nutricional de simulação (chamado a seguir de "controle"), em adultos mais velhos com um risco aumentado de incapacidade de mobilidade. Além das medidas de função física, o ensaio avaliou os efeitos do tratamento na alteração da massa muscular esquelética (livre de gordura), da resistência da extremidade inferior, da massa gorda e do controlo da glicose.
[0086] Um total de 149 indivíduos foram randomizados e recebe ramintervenção no teste de seis meses. Todos os 149 participantes foram retidos nas análises por intenção de tratar (ITT, "intention-to- treat") discutidas a seguir.
[0087] A elegibilidade para inclusão na amostra por protocolo (PP) foi com base nas seguintes condições: satisfação de todos os critérios para arrolamento (critérios de inclusão/exclusão) para entrada no teste, e adesão aos procedimentos de teste planejados. A adesão por protocolo aos procedimentos planejados foi satisfeita se os indivíduos participaram de ao menos 60% das sessões de exercício planejadas e utilizaram ao menos 60% das porções planejadas do suplemento nutricional (seja de intervenção ou controle). Com base em um tempo de intervenção de seis meses, o número esperado de sessões de exercício foi 75 e de suplementos nutricionais foi 175. Um total de 120 participantes foram retidos em análises de PP.
[0088] As alterações regionais na área da seção transversal do músculo esquelético do meio da coxa foram avaliadas por TC (tomo- grafia computadorizada). As varreduras da coxa não dominante foram realizadas no ponto médio do fêmur para cada indivíduo. O comprimento do fêmur foi determinado a partir de uma imagem coronal preliminar como a distância entre a fossa intercondilar e a fossa trocantéri- ca. Todas as varreduras foram obtidas com o uso de um tomógrafo Somatom Siemens (Erlangen, Alemanha) operando a 120 KV e 100 mA. Os fatores técnicos incluíram uma largura de corte de 10 mm e um tempo de varredura de 1 s. Todas as varreduras foram analisadas de maneira cega por um único investigador com o uso do software Sli- ceOmatic v4.2 (Montreal, Canadá). As imagens foram analisadas para a área da seção transversal muscular, e a área da seção transversal de gordura subcutânea e intermuscular.
[0089] A Tabela 1 fornece uma descrição da amostra de ITT por braço de teste. Os braços são comparáveis em todos os aspectos, incluindo dados demográficos, medidas antropométricas básicas, funcionamentofísico por bateria curta de testes para avaliação do desempenhofísico (SPPB), histórico médico, e adesão.
[0090] Os dados resultantes demonstram que a gordura intramus cular diminui mais com o suplemento nutricional do que o controle (Figura 1) e que a área da seção transversal (AST) do músculo da coxa aumenta mais com o suplemento nutricional do que o controle (Figura 2). Esses dados podem ser interpretados como uma melhor qualidade muscular do suplemento nutricional em relação ao controle.
[0091] Em relação à alteração proporcionada, as estatísticas des critivas para a alteração porcentual de seis meses, definida como 100 x (medição de seis meses menos medição da linha de base) dividida pela medição da linha de base, nos parâmetros da composição corporal são fornecidos nas Tabelas 2 e 3 para as amostras ITT e PP, respectivamente. Outros resultados de desempenho físico são detalhados na Tabela 4 que fornece resumos para a amostra ITT. Tabela 1: Descrição da amostra de ITT, N=149; Média (desvio padrão) ou N (por cento) mostrada.
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aProporção de visitas de exercício planejadas e frequentadas bProporção de suplementos planejados e consumidos c Participantes com escores de conformidade incluindo exercício e produto, de ao menos 0,60 d Exclui dois indivíduos com valores de IMC fora da faixa na triagem Tabela 2: Alteração percentual nos parâmetros da composição corporal, amostra de ITT, N=149; Médias e 95% de intervalos de confiança mostrados.
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Tabela 3: Alteração percentual nos parâmetros da composição corpo- ral, amostra de PP, N=120; Médias e 95% de intervalos de confiança mostrados.
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Tabela 4: Resumo dos resultados da função física, N=149; Médias e desvio padrão mostrados
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Conclusão
[0092] Estas estatísticas descritivas sugerem ganhos significativos em funcionamento e alterações nos parâmetros selecionados da composição corporal em ambos os braços, sugerindo diferenças significativas atribuíveis ao regime de exercício subjacente no qual ambos os braços participaram. A evidência é sugestiva de vantagens em alterações de gordura intramuscular e densidade muscular a partir da intervenção. Dessa forma, a adição da suplementação nutricional de acordo com a presente invenção resultou em um declínio maior da gordura intermuscular e uma densidade muscular aprimorada. Esses resultados sugerem que tal suplementação nutricional fornece benefícios adicionais para adultos mais velhos com mobilidade limitada e deficiência em vitamina D.

Claims (16)

1. Uso de uma composição que compreende: micelas de proteína do soro de leite, vitamina D, e cálcio, caracterizado pelo fato de que é na preparação de uma composição farmacêutica e/ou medicamento para melhorar ou manter músculo esquelético em um indivíduo idoso, sendo que a dita composição provê ao indivíduo idoso uma quantidade que fornece ao menos 18 g da proteína do soro de leite por dia.
2. Uso de uma composição que consiste em: micelas de proteína do soro de leite, vitamina D, e cálcio, caracterizado pelo fato de que é na preparação de uma composição farmacêutica e/ou medicamento para melhorar ou manter músculo esquelético em um indivíduo idoso, sendo que a dita composição provê ao indivíduo idoso uma quantidade que fornece ao menos 18 g da proteína do soro de leite por dia.
3. Uso, de acordo com a alegação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a composição provê ao indivíduo idoso uma quantidade que fornece pelo menos 20 g da proteína de soro de leite por dia.
4. Uso, de acordo com qualquer uma das alegações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a composição compreende a Vitamina D e provê ao indivíduo idoso uma quantidade que fornece pelo menos 500 UI da Vitamina D por dia.
5. Uso, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que a Vitamina D é selecionada a partir do grupo composto pe- la Vitamina D3; 1,25-Di-hidroxi Vitamina D; 25-Hidroxi Vitamina D; e suas misturas.
6. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que o cálcio é selecionado do grupo que consiste de carbonato de cálcio, citrato de cálcio, gluconato de cálcio, lactato de cálcio, fosfato de cálcio e suas misturas.
7. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que o indivíduo idoso apresenta pelo menos 60 anos de idade.
8. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o indivíduo idoso é limitado na mobilidade ou deficiente em vitamina D.
9. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que o indivíduo idoso apresenta obesida-desarcopênica.
10. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que a composição mantém ou aumenta a massa muscular esquelética.
11. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que a composição é adequada para tratar ou prevenir a perda da força muscular esquelética.
12. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que é no tratamento de uma condição associada ao aumento da infiltração de gordura no músculo esquelético.
13. Uso, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que a condição é selecionada do grupo que consiste de acidente vascular cerebral, lesão medular, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica, obesidade, excesso de peso e suas combinações.
14. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de que a referida composição é administrada ao indivíduo pelo menos duas vezes por semana por um período de pelo menos um mês.
15. Composição, caracterizada pelo fato de que compreende micelas de proteína de soro de leite, pelo menos 500 UI de vitamina D, selecionada dentre vitamina D3, 1,25-hidroxivitamina D, 25- hidroxivitamina D, e misturas dos mesmos, e 300 a 500 mg cálcio, selecionado dentre carbonato de cálcio, citrato de cálcio, gluconato de cálcio, lactato de cálcio, fosfato de cálcio, e misturas dos mesmos, e sendo que a dita composição é provida ao indivíduo idoso em uma quantidade que fornece pelo menos 18 g da proteína de soro de leite por dia.
16. Composição, caracterizada pelo fato de que consiste em micelas de proteína de soro de leite, pelo menos 500 UI de vitamina D, selecionada dentre vitamina D3, 1,25-hidroxivitamina D, 25- hidroxivitamina D, e misturas dos mesmos, e 300 a 500 mg cálcio, selecionado dentre carbonato de cálcio, citrato de cálcio, gluconato de cálcio, lactato de cálcio, fosfato de cálcio, e misturas dos mesmos, e sendo que a dita composição é provida ao indivíduo idoso em uma quantidade que fornece pelo menos 18 g da proteína do soro de leite por dia.
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