BR112020021278A2 - butirato dietário - Google Patents

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BR112020021278A2
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Carine Blanchard
Frédéric Destaillats
Elizabeth Forbes-Blom
Heiko Oertling
Amaury Patin
Timothy James Wooster
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Société des Produits Nestlé S.A.
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Abstract

A presente invenção refere-se ao uso de um composto que tem a fórmula (1), (2), (3), ou (4) ou combinações dos mesmos, para fornecer uma fonte de butirato com propriedades organolépticas aprimoradas em que R1, R2, R3, R4, R5 e R6 são independentemente um ácido graxo de cadeia longa que tem entre 16 e 20 carbonos.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "BUTIRATO DIETÁRIO".
CAMPO DA INVENÇÃO
[0001] A presente invenção refere-se a uma fonte dietária de butirato tendo propriedades organolépticas aprimoradas.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[0002] Sais e ésteres de ácido butírico são conhecidos como butiratos ou butanoatos. O ácido butírico em forma de éster é encontrado em muitos alimentos como leite, especialmente leite de cabra, ovelha, vaca, camela e búfala, e em produtos derivados de leite como manteiga e também queijos como queijo parmesão. O ácido butírico também é um produto da fermentação anaeróbia, por exemplo, como um produto de fermentação produzido pela microbiota intestinal.
[0003] Os múltiplos efeitos benéficos do butirato são bem documentados em mamíferos e em gado. No nível intestinal, o butirato desempenha uma função reguladora no transporte de fluido transepitelial, na inflamação da mucosa e no estado oxidativo, reforça a função de barreira intestinal e influencia a sensibilidade visceral e a motilidade intestinal.
[0004] Tem sido mostrado que o butirato melhora a estrutura intestinal de leitões com síndrome do intestino curto (Bartholome et al., J of Parenter Enteral Nutr. 2004; 28(4):210-222) e diminui a proliferação de células de câncer de cólon em linhagens celulares humanas (Lupton, J Nutr., 2004; 134(2):479-482). A produção de ácidos graxos voláteis, como o ácido butírico, a partir de fibras fermentáveis, pode colaborar para a função da fibra dietária no câncer de cólon (Lupton, The Journal of Nutrition. 134 (2): 479–82). Os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), que incluem mas não se limitam ao ácido acético, ácido propiônico e ácido butírico, são produzidos por bactérias colônicas que se alimentam de, ou fermentam fibras não digeríveis e/ou prebióticos. AGCC, e mais notavelmente o butirato, estimulam as células-T regulatórias no cólon via a inibição da histona-desacetilase no locus Foxp3 (Furusawa Y, et al., Nature 2013;504(7480):446-450). A suplementação oral de butirato estimula a atividade antibacteriana em macrófagos intestinais e restringe a disseminação de bactérias além da barreira intestinal. O ácido butírico também beneficia os colonócitos pelo aumento da produção de energia. Adicionalmente, tem sido mostrado que o butirato diminui a incidência de diarreia (Berni Canani et al., Gastroenterol., 2004; 127(2):630-634), melhora os sintomas gastrointestinais em indivíduos com síndrome do intestino irritável predominante de diarreia (Scarpellini et al., Dig Liver Dis., 2007; 1(1):19-22) e melhora o desenvolvimento do intestino delgado em leitões neonatais (Kotunia et al., J Physiol Pharmacol. 2004; 55(2):59-68).
[0005] A tributirina é um triglicerídeo composto de três grupos funcionais éster com três porções butirato e a cadeia principal de glicerol. Sob condições de hidrólise como aquelas que ocorrem durante a digestão, a tributirina é potencialmente uma fonte de três mols de ácido butírico por mol de tributirina. Contudo, a eficácia da tributirina é potencialmente limitada pela sua rápida lipólise gástrica.
[0006] O ácido butírico e a tributirina são, ambos, aditivos alimentares que são geralmente considerados como seguros (GCCS) (21CFR582.60. e 21CFR184.1903, respectivamente), e são componentes naturais de muitos itens à base de leite. Contudo, o ácido butírico está associado com qualidades sensoriais negativas como atributos de aromas semelhantes a vômito, fezes e queijo. A tributirina também tem qualidades sensoriais negativas, em particular alto amargor. Estes atributos de sabor e odor desagradáveis podem tornar particularmente difícil a administração oral de composições que incluem estes compostos, especialmente na população infantil.
[0007] Consequentemente, seria benéfico fornecer uma fonte de butirato de grau alimentício tendo propriedades organolépticas aprimoradas em comparação com as soluções disponíveis. Um formato líquido forneceria benefício adicional, devido à facilidade de formulação e aos reduzidos problemas de dissolução e de homogeneização.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[0008] A presente invenção fornece compostos que são uma fonte de butirato tendo propriedades organolépticas aprimoradas. Em particular, os compostos têm odor e/ou sabor aprimorados em relação ao ácido butírico, aos sais de butirato e à tributirina. Os compostos podem ser usados como uma fonte dietária de ácido butírico. Os compostos podem ser usados, por exemplo, em composições nutricionais, suplementos dietários, fórmulas infantis para bebês lactentes e fórmulas de transição para bebês lactentes.
[0009] Vantajosamente, foi descoberto que os compostos da presente invenção apresentam baixa extensão de lipólise gástrica e podem fornecer uma distribuição eficaz de ácido butírico para o compartimento intestinal.
[0010] De acordo com um primeiro aspecto da presente invenção é fornecido o uso de um composto que tem a seguinte fórmula ou combinações dos mesmos, para fornecer uma fonte de ácido butírico ou de butirato com propriedades organolépticas aprimoradas sendo que R1, R2, R3, R4, R5 e R6 são independentemente um ácido graxo de cadeia longa que tem entre 16 e 20 carbonos.
[0011] Os compostos das fórmulas (1), (2), (3) e/ou (4) podem estar presentes, por exemplo, em uma composição como uma formulação nutricional, um suplemento dietário, uma fórmula infantil para bebês lactentes, ou uma fórmula de transição para bebês lactentes.
[0012] Em uma modalidade, as propriedades organolépticas aprimoradas são odor aprimorado. Em uma modalidade, as propriedades organolépticas aprimoradas são sabor aprimorado. Em uma modalidade, as propriedades organolépticas aprimoradas são odor aprimorado e sabor aprimorado. Em uma modalidade, o sabor aprimorado é amargor reduzido.
[0013] De acordo com um outro aspecto da presente invenção é apresentado um suplemento dietário para fornecer uma fonte de butirato ou de ácido butírico que compreende um composto que tem a seguinte fórmula ou combinações dos mesmos, sendo que R1, R2, R3, R4, R5 e R6 são independentemente, um ácido graxo de cadeia longa que tem entre 16 e 20 carbonos.
[0014] O suplemento dietário pode estar sob a forma de, por exemplo, uma cápsula, um comprimido, um sachê, um líquido/óleo e/ou um pó.
[0015] De acordo com um outro aspecto da presente invenção é fornecida uma fórmula infantil para bebês lactentes ou uma fórmula de transição para bebês lactentes que compreende um composto que tem a seguinte fórmula ou combinações dos mesmos, sendo que R1, R2, R3, R4, R5 e R6 são independentemente, um ácido graxo de cadeia longa que tem entre 16 e 20 carbonos.
[0016] De acordo com um outro aspecto da presente invenção é fornecido o uso da fórmula infantil para bebês lactentes ou da fórmula de transição para bebês lactentes da presente invenção para fornecer uma fonte de butirato ou de ácido butírico com propriedades organolépticas aprimoradas.
[0017] De acordo com um outro aspecto da presente invenção é fornecido um composto que tem a seguinte fórmula ou combinações dos mesmos, para uso no aprimoramento ou na manutenção da saúde gastrointestinal (GI), sendo que R1, R2, R3, R4, R5 e R6 são independentemente um ácido graxo de cadeia longa que tem entre 16 e 20 carbonos.
[0018] De acordo com um outro aspecto da presente invenção é fornecido um método de aprimoramento ou de manutenção da saúde GI em um paciente, compreendendo administrar uma quantidade eficaz de um composto que tem a seguinte fórmula ou combinações dos mesmos, ao dito paciente, sendo que R1, R2, R3, R4, R5 e R6 são independentemente um ácido graxo de cadeia longa que tem entre 16 e 20 carbonos.
[0019] Em uma modalidade, uma combinação de um composto que tem a fórmula (1) e um composto que tem a fórmula (2) é usada conforme definido aqui, ou está presente na composição (por exemplo, composição nutricional, suplemento dietário, fórmula infantil para bebês lactentes ou fórmula de transição para bebês lactentes) conforme definida aqui. De preferência, o composto que tem a fórmula (1) está presente em uma quantidade de pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais na composição, e o composto que tem a fórmula (2) está presente em uma quantidade de pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais na composição.
[0020] Em uma modalidade, uma combinação de um composto que tem a fórmula (1) e um composto que tem a fórmula (2) é usada conforme definido aqui, ou está presente na composição (por exemplo, composição nutricional, suplemento dietário, fórmula infantil para bebês lactentes ou fórmula de transição para bebês lactentes), conforme definida aqui, sendo que o composto que tem a fórmula (1) está presente em uma quantidade de pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais contendo ácido butírico na composição, e o composto que tem a fórmula (2) está presente em uma quantidade de pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais contendo ácido butírico na composição.
[0021] Em uma outra modalidade, uma combinação de um composto que tem a fórmula (1) e um composto que tem a fórmula (2)
é usada conforme definido aqui, ou está presente na composição (por exemplo, composição nutricional, suplemento dietário, fórmula infantil para bebês lactentes ou fórmula de transição para bebês lactentes), conforme definida aqui, sendo que o composto que tem a fórmula (1) está presente em uma quantidade de pelo menos 15% em peso dos triglicerídeos totais contendo ácido butírico na composição, e o composto que tem a fórmula (2) está presente em uma quantidade de pelo menos 15% em peso dos triglicerídeos totais contendo ácido butírico na composição.
[0022] Em uma modalidade, uma combinação de um composto que tem a fórmula (1), um composto que tem a fórmula (2), um composto que tem a fórmula (3) e um composto que tem a fórmula (4) é usada conforme definido aqui, ou está presente na composição, na composição nutricional, no suplemento dietário, na fórmula infantil para bebês lactentes ou na fórmula de transição para bebês lactentes conforme definido aqui.
[0023] Em uma modalidade, R1, R2, R3, R4, R5 e/ou R6 conforme definidos aqui, são um ácido graxo insaturado, de preferência monoinsaturado.
[0024] Em uma modalidade, R1, R2, R3, R4, R5 e/ou R6, conforme definidos aqui são selecionados do grupo que consiste em ácido oleico, ácido palmítico, ácido esteárico ou ácido linoleico.
[0025] Em uma modalidade, R1, R2, R3, R4, R5 e/ou R6, conforme definidos aqui, são ácido oleico.
[0026] Em uma modalidade, R1, R2, R3, R4, R5 e/ou R6, conforme definidos aqui, são ácido palmítico.
[0027] Em uma modalidade, o composto (1) é 1,3-dibutiril-2- palmitoilglicerol.
[0028] Em uma modalidade, cada um dentre R1, R2, R3, R4, R5 e R6 é ácido oleico.
[0029] Em uma modalidade, o composto que tem a fórmula (1) é:
[0030] Em uma modalidade, o composto que tem a fórmula (2) é:
[0031] Em uma modalidade, o composto que tem a fórmula (3) é:
[0032] Em uma modalidade, o composto que tem a fórmula (4) é:
[0033] De acordo com um outro aspecto da presente invenção é fornecida uma composição que compreende os compostos que têm as fórmulas sendo que o composto que tem a fórmula (5) compreende pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais na composição, e o composto que tem a fórmula (6) compreende pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais na composição.
[0034] Em uma modalidade, o composto que tem a fórmula (5) compreende pelo menos 15% em peso dos triglicerídeos totais na composição, e o composto que tem a fórmula (6) compreende pelo menos 15% em peso dos triglicerídeos totais na composição.
[0035] Em uma modalidade, o composto que tem a fórmula (5) compreende pelo menos 15% em peso dos triglicerídeos totais na composição, e o composto que tem a fórmula (6) compreende pelo menos 20% em peso dos triglicerídeos totais na composição.
[0036] Em uma modalidade, o composto que tem a fórmula (5) compreende pelo menos 20% em peso dos triglicerídeos totais na composição, e o composto que tem a fórmula (6) compreende pelo menos 20% em peso dos triglicerídeos totais na composição.
[0037] Em uma modalidade, o composto que tem a fórmula (5) compreende cerca de 15% a cerca de 30% em peso dos triglicerídeos totais na composição, e o composto que tem a fórmula (6) compreende cerca de 20% a cerca de 30% em peso dos triglicerídeos totais na composição.
[0038] Em uma modalidade, a composição compreende adicionalmente um composto que tem a fórmula de preferência, o composto que tem a fórmula (7) compreende pelo menos 2% ou 3% em peso dos triglicerídeos totais na composição, e/ou compreende adicionalmente um composto que tem a fórmula de preferência, o composto que tem a fórmula (8) compreende pelo menos 2% ou 3% em peso dos triglicerídeos totais na composição.
[0039] De acordo com outra modalidade da presente invenção é fornecida uma composição que compreende compostos que têm as fórmulas sendo que o composto que tem a fórmula (5) compreende pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição, e o composto que tem a fórmula (6)
compreende pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição.
[0040] Em uma modalidade, o composto que tem a fórmula (5) compreende pelo menos 15% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição, e o composto que tem a fórmula (6) compreende pelo menos 15% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição.
[0041] Em uma modalidade, o composto que tem a fórmula (5) compreende pelo menos 15%, de preferência pelo menos 20% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição, e o composto que tem a fórmula (6) compreende pelo menos 20%, de preferência pelo menos 25% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição.
[0042] Em uma modalidade a composição compreende adicionalmente um composto que tem a fórmula (7), de preferência sendo que o composto que tem a fórmula (7) compreende pelo menos 2% ou 3% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição, e/ou compreende adicionalmente o composto que tem a fórmula (8), de preferência sendo que o composto que tem a fórmula (8) compreende pelo menos 2% ou 3% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição.
[0043] A composição da presente invenção pode compreender adicionalmente 1,3-dibutiril-2-linoleoilglicerol, 1,3-dibutiril-2- estearoilglicerol, 1-butiril-2-oleoil-3-palmitoilglicerol, 1-palmitoil-2-oleoil-3- butirilglicerol,1-butiril-2-oleoil-3-linoleoilglicerol, 1-linoleoil-2-oleoil-3- butirilglicerol, 1-oleoil-2-butiril-3-linoleoilglicerol, 1-linoleoil-2-butiril-3- oleoilglicerol, 1-butiril-2-linoleoil-3-oleoilglicerol, 1-oleoil-2-linoleoil-3- butirilglicerol, 1-butiril-2-estearoil-3-oleoilglicerol, 1-oleoil-2-estearoil-3- butirilglicerol, 1-butiril-2-oleoil-3-estearoilglicerol, 1-estearoil-2-oleoil-3- butirilglicerol, 1,2-dioleoil-3-palmitoilglicerol, 1-palmitoil-2,3-
dioleoilglicerol, 1,2-dioleoil-3-linoleoilglicerol e/ou 1-linoleoil-2,3- dioleoilglicerol.
[0044] A composição da presente invenção pode estar sob a forma de composição nutricional.
[0045] A composição da presente invenção pode estar sob a forma de uma fórmula infantil para bebês lactentes ou fórmula de transição para bebês lactentes.
[0046] A composição da presente invenção pode estar sob a forma de suplemento dietário.
[0047] De acordo com um outro aspecto da presente invenção é fornecido o uso de uma composição definida aqui para fornecer uma fonte de butirato ou de ácido butírico com propriedades organolépticas aprimoradas.
[0048] De acordo com um outro aspecto da presente invenção é fornecido um método de fornecimento de uma fonte de ácido butírico com propriedades organolépticas aprimoradas a um indivíduo, o dito método compreendendo administrar uma quantidade eficaz de uma composição definida aqui ao dito indivíduo.
[0049] De acordo com um outro aspecto da presente invenção é fornecida uma composição definida aqui para o aprimoramento ou a manutenção da saúde gastrointestinal.
[0050] De acordo com um outro aspecto da presente invenção é fornecido um método para o aprimoramento ou a manutenção da saúde gastrointestinal em um indivíduo que compreende administrar uma quantidade eficaz de uma composição definida aqui a um indivíduo.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[0051] A Figura 1 mostra a liberação de ácido graxo de emulsões contendo 200 mg de (A) tributirina, (B) óleo de girassol com alto teor oleico e (C) uma mistura de triacilglicerol (TAG) contendo porção butirato de acordo com a invenção, digerida quer com i) fluido intestinal simulado (FIS) quer com (ii) sequencialmente com fluido gástrico simulado (FGS) seguido por fluido intestinal simulado (FIS).
[0052] A Figura 2 mostra a extensão total da digestão de lipídios após ambos FIS e FGS-FIS para tributirina, óleo de girassol de alto teor oleico e uma mistura de TAG contendo porção butirato de acordo com a invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO Triglicerídeos
[0053] Um triglicerídeo (também conhecido como triacilglicerol) é um éster que é derivado de glicerol e três ácidos graxos.
[0054] Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos com uma cauda (cadeia) longa. Os ácidos graxos podem ser insaturados ou saturados. Os ácidos graxos que não estão ligados a outras moléculas são chamados de ácidos graxos livres (AGL).
[0055] O termo "porção de ácido graxo" se refere à parte do triglicerídeo que se origina de um ácido graxo em uma reação de esterificação com glicerol. Os triglicerídeos usados na presente invenção compreendem pelo menos uma porção de ácido butírico e pelo menos uma porção de ácido graxo de cadeia longa.
[0056] Os ácidos graxos de cadeia longa preferenciais para uso na presente invenção são ácidos graxos que têm de 16 a 20 átomos de carbono.
[0057] Os exemplos de ácido graxo de cadeia longa incluem ácido oleico, ácido palmítico, ácido esteárico e ácido linoleico.
[0058] Os triglicerídeos da presente invenção podem ser sintetizados, por exemplo, por esterificação de ácido(s) graxo(s) de cadeia longa e ácido butírico com glicerol.
[0059] Os triglicerídeos da presente invenção podem ser sintetizados, por exemplo, por interesterificação entre tributirina e outro triglicerídeo contendo ácidos graxos de cadeia longa. Em uma modalidade, o óleo de girassol de alto teor oleico é a fonte dos ácidos graxos de cadeia longa. Isto gera triglicerídeos contendo predominantemente porções butirato e oleato. O ácido oleico é o ácido graxo predominante presente no leite materno. Os compostos são isentos de produtos à base de leite, isentos de colesterol, e são de origem vegana. Os ácidos graxos são liberados de triglicerídeos devido às lipases, naturalmente presentes no trato gastrointestinal. Em relação aos sais de butirato, os compostos não adicionam sais minerais adicionais à formulação final.
[0060] Métodos alternativos de síntese de triglicerídeos podem ser determinados rotineiramente pelo versado na técnica. A título de exemplo, um método de obtenção de 1,3-dibutiril-2-palmitoilglicerol (BPB) é mostrada abaixo:
[0061] Um triglicerídeo contendo uma única porção butirato pode ser usado aqui. Alternativamente, pode ser usada uma mistura de diferentes triglicerídeos contendo porção butirato. Composição
[0062] A presente invenção fornece composições que compreendem os triglicerídeos contendo porção butirato mencionados aqui. A composição pode ser, por exemplo, uma composição nutricional, um suplemento dietário, uma fórmula infantil para bebês lactentes ou uma fórmula de transição para bebês lactentes.
[0063] A expressão "composição nutricional" significa uma composição que nutre um indivíduo. Esta composição nutricional é, de preferência, ingerida oralmente, e ela pode incluir uma fonte de lipídios ou de gorduras e uma fonte de proteínas. Ela também pode conter uma fonte de carboidratos. Em uma modalidade, a composição nutricional contém apenas uma fonte de lipídios ou de gorduras. Em outras modalidades específicas, a composição nutricional contém uma fonte de lipídios (de gorduras) com uma fonte de proteínas, uma fonte de carboidratos ou ambas.
[0064] Em algumas modalidades específicas, a composição nutricional de acordo com a invenção é uma "composição nutricional enteral", isto quer dizer um gênero alimentício que envolve o trato gastrointestinal para sua administração. A introdução gástrica pode envolver o uso de um tubo através da passagem oro-nasal ou um tubo no abdome que conduz diretamente para o estômago. Isto pode ser usado especialmente em hospitais ou clínicas.
[0065] A composição nutricional de acordo com a invenção pode ser uma fórmula infantil para bebês lactentes (por exemplo, uma fórmula de partida para bebês lactentes), uma fórmula de seguimento ou de transição, um leite de crescimento, um alimento para bebês, uma composição de cereais para bebês, um fortificante como um fortificante do leite humano, ou um suplemento.
[0066] A expressão "fórmula infantil para bebês lactentes", como usada aqui, se refere a um gênero alimentício que é destinado para uso nutricional específico para bebês lactentes durante os primeiros meses de vida e que satisfaz, por si mesma, os requisitos nutricionais desta categoria de pessoa (Artigo 2(c) da Diretiva 91/321/EEC 2006/141/EC da Comissão Europeia, de 22 de dezembro de 2006, sobre fórmulas infantis para bebês lactentes e fórmulas de transição para bebês lactentes).
[0067] De modo geral, uma fórmula de partida é para bebês lactentes a partir do nascimento como um substituto do leite materno.
Uma fórmula de seguimento ou de transição é fornecida a partir do sexto mês em diante. Ela constitui o principal elemento líquido na dieta progressivamente diversificada desta categoria de pessoa. Os "leites de crescimento" (ou LDC) são dados a partir de um ano em diante. Ele é, de modo geral, uma bebida à base de leite adaptada para as necessidades nutricionais específicas de crianças pequenas.
[0068] O termo "fortificante" se refere às composições nutricionais líquidas ou sólidas adequadas para misturação com leite materno (leite humano) ou com fórmula infantil para bebês lactentes. O "leite materno" deve ser entendido como o leite da mãe ou o colostro da mãe, ou um leite de doadora ou o colostro de um leite de doadora.
[0069] O termo "suplemento dietário" pode ser usado para complementar a nutrição de um indivíduo (ele é tipicamente usado desta forma, mas também poderia ser adicionado a qualquer tipo de composições pretendidas para serem ingeridas). Ele pode estar sob a forma, por exemplo, de comprimidos, cápsulas, pastilhas ou de um líquido. O suplemento pode conter, ainda, hidrocoloides protetores (como gomas, proteínas, amidos modificados), ligantes, agentes formadores de filme, agentes/materiais de encapsulação, materiais da parede/carcaça, compostos de matriz, revestimentos, emulsificantes, agentes ativos de superfície, agentes solubilizantes (óleos, gorduras, ceras, lecitinas, etc.), adsorventes, carreadores, cargas, cocompostos, agentes dispersantes, agentes de umedecimento, auxílios de processamento (solventes), agentes de fluxo, agentes mascaradores de sabor, agentes de peso, agentes gelificantes e agentes formadores de gel. O suplemento dietário pode conter também aditivos e adjuvantes, excipientes e diluentes farmacêuticos convencionais, incluindo, mas não se limitando a, água, gelatina de qualquer origem, gomas vegetais, lignina-sulfonato, talco, açúcares, amido, goma arábica, óleos vegetais, poli(glicois alquilênicos), agentes flavorizantes, conservantes,
estabilizantes, agentes emulsificantes, agentes tamponantes, lubrificantes, corantes, agentes umectantes, excipientes e similares.
[0070] Em outra modalidade particular, a composição nutricional da presente invenção é um fortificante. O fortificante pode ser um fortificante do leite materno ou de um fortificante de fórmula, como um fortificante de fórmula infantil para bebês lactentes. O fortificante é, portanto, uma modalidade particularmente vantajosa quando o bebê ou a criança pequena é nascido pré-termo.
[0071] Quando a composição é um suplemento, ela pode ser fornecida sob a forma de doses unitárias.
[0072] A composição nutricional da invenção e, especialmente, a fórmula para bebês, geralmente contém uma fonte de proteína, uma fonte de carboidrato e uma fonte de lipídios. Em algumas modalidades, no entanto, especialmente se a composição nutricional da invenção é um suplemento ou um fortificante, pode haver apenas lipídios (ou uma fonte de lipídios).
[0073] A composição nutricional de acordo com a invenção pode conter uma fonte de proteínas. A proteína pode estar em uma quantidade de 1,6 g a 3 g por 100 kcal. Em algumas modalidades, particularmente quando a composição é destinada para bebês lactentes prematuros/crianças de pouca idade, a quantidade de proteínas pode estar entre 2,4 g/100 kcal e 4 g/100 kcal ou mais que 3,6 g/100 kcal. Em algumas outras modalidades, a quantidade de proteínas pode estar abaixo de 2,0 g por 100 kcal, por exemplo entre 1,8 g/100 kcal e 2 g/100 kcal, ou em uma quantidade abaixo de 1,8 g por 100 kcal.
[0074] Fontes de proteínas à base de, por exemplo, soro de leite, caseína e misturas dos mesmos, podem ser usadas, e, também, fontes de proteínas à base de plantas, por exemplo, à base de soja. No que se refere a proteínas de soro de leite, a fonte de proteína pode ser à base de soro de leite ácido ou soro de leite doce, ou suas misturas, e pode incluir alfa-lactalbumina e beta-lactoglobulina em quaisquer proporções desejadas. Em algumas modalidades, a fonte de proteínas é predominantemente soro de leite (isto é, mais que 50% das proteínas provêm de proteínas de soro de leite, como 60%> ou 70%>). As proteínas podem ser intactas ou hidrolisadas, ou podem ser uma mistura de proteínas intactas ou hidrolisadas. Pelo termo "intacta" quer-se dizer que a parte principal das proteínas é intacta, isto é, a estrutura molecular não é alterada; por exemplo, pelo menos 80% das proteínas não são alteradas, como pelo menos 85% das proteínas não são alteradas, de preferência pelo menos 90% das proteínas não são alteradas, com ainda mais preferência pelo menos 95% das proteínas não são alteradas, como pelo menos 98% das proteínas não são alteradas. Em uma modalidade específica, 100% das proteínas não são alteradas.
[0075] O termo "hidrolisada" significa, no contexto da presente invenção, que uma proteína foi hidrolisada ou decomposta em seus aminoácidos componentes.
[0076] As proteínas podem ser total ou parcialmente hidrolisadas. Se houver necessidade de proteínas hidrolisadas, o processo de hidrólise pode ser executado conforme desejado e conforme é conhecido na técnica. Por exemplo, hidrolisados de proteína de soro de leite podem ser preparados por hidrólise enzimática da fração de soro de leite em uma ou mais etapas. Descobriu-se que, no caso da fração de soro de leite usada como o material de partida ser substancialmente isenta de lactose, a proteína sofre menor bloqueio de lisina durante o processo de hidrólise. Isto permite que a extensão do bloqueio de lisina seja reduzida de cerca de 15% em peso de lisina total para menos que cerca de 10%> em peso de lisina; por exemplo, cerca de 7%, em peso de lisina, o que melhora muito a qualidade nutricional da fonte de proteína.
[0077] Em uma modalidade específica, as proteínas da composição são hidrolisadas, totalmente hidrolisadas ou parcialmente hidrolisadas. O grau de hidrólise (GH) da proteína pode estar entre 2 e 20, ou entre 8 e 40, ou entre 20 e 60 ou entre 20 e 80 ou ser mais que 10, 20, 40, 60, 80 ou 90. Por exemplo, as composições nutricionais contendo hidrolisados que têm um grau de hidrólise menor que 15% estão disponíveis para comercialização junto à Nestle Company sob a marca registrada Peptamen®.
[0078] Pelo menos 70%, 80%, 85%, 90%, 95% ou 97% das proteínas podem ser hidrolisadas. Em uma modalidade específica, 100% das proteínas são hidrolisadas.
[0079] Em uma modalidade específica, as proteínas da composição são proteínas à base de plantas.
[0080] A composição nutricional de acordo com a presente invenção geralmente pode conter uma fonte de carboidratos. Isto é particularmente preferencial no caso no qual a composição nutricional da invenção é uma fórmula infantil para lactentes. Neste caso, qualquer fonte de carboidratos encontrada convencionalmente nas fórmulas infantis para bebês lactentes, como lactose, sacarose, maltodextrina, amido e misturas dos mesmos, pode ser usada, embora uma das fontes preferenciais de carboidratos para bebês lactentes seja lactose. A composição nutricional da invenção pode também conter todas as vitaminas e os minerais considerados essenciais na dieta diária e em quantidades significativas em termos nutricionais. As necessidades mínimas de certas vitaminas e minerais foram estabelecidas. Exemplos de minerais, vitaminas e outros micronutrientes opcionalmente presentes na composição da invenção incluem vitamina A, vitamina B1, vitamina B2, vitamina B6, vitamina B12, vitamina E, vitamina K, vitamina C, vitamina D, ácido fólico, inositol, niacina, biotina, ácido pantotênico, colina, cálcio, fósforo, iodo, ferro, magnésio, cobre, zinco, manganês,
cloro, potássio, sódio, selênio, cromo, molibdênio, taurina e L-carnitina. Os minerais são normalmente adicionados na forma de sal. A presença e as quantidades de minerais específicos e de outras vitaminas específicas variarão dependendo da população intencionada. Se necessário, a composição nutricional da invenção pode conter emulsificantes e estabilizantes, como soja, lecitina, ésteres de ácidos cítricos de mono e diglicerídeos e similares. A composição nutricional da invenção pode também conter outras substâncias que podem ter um efeito benéfico, como lactoferrina, osteopontina, TGFbeta, sIgA, glutamina, nucleotídeos, nucleosídeos e similares.
[0081] A composição nutricional da invenção pode compreender ainda pelo menos um oligossacarídeo não digerível (por exemplo, prebióticos). Eles estão, habitualmente, em uma quantidade entre 0,3% e 10%, em peso, da composição.
[0082] Prebióticos são, geralmente, não digestíveis no sentido de que eles não são decompostos e absorvidos no estômago ou intestino delgado e permanecem, portanto, intactos quando passam para o cólon onde eles são seletivamente fermentados pelas bactérias benéficas. Exemplos de prebióticos incluem certos oligossacarídeos, como fruto- oligossacarídeos (FOS), inulina, xilo-oligossacarídeos (XOS), polidextrose ou qualquer mistura dos mesmos. Em uma modalidade específica, os prebióticos podem ser fruto-oligosacarídeos e/ou inulina. Em uma modalidade específica, os prebióticos são uma combinação de FOS com inulina, como o produto vendido pela BENEO-Orafti sob a marca registrada Orafti® oligofrutose (anteriormente Raftilose®) ou como o produto vendido pela BENEO-Orafti sob a marca registrada Orafti® inulina (anteriormente Raftiline®). Outro exemplo é uma combinação de 70% de fruto-oligossacarídeos de cadeia curta e 30% de inulina, que é registrada pela Nestlé sob a marca registrada "Prebio 1". A composição nutricional da invenção também pode compreender pelo menos um oligossacarídeo de leite que pode ser um OLB (oligossacarídeo de leite bovino) e/ou um OLH (oligossacarídeo de leite humano). A composição da presente invenção pode compreender adicionalmente ao menos um probiótico (ou cepa probiótica), como uma cepa bacteriana probiótica.
[0083] Os microrganismos probióticos mais comumente usados são principalmente bactérias e leveduras dos seguintes gêneros: Lactobacillus spp., Streptococcus spp., Enterococcus spp., Bifidobacterium spp. e Saccharomyces spp.
[0084] Em algumas modalidades específicas, o probiótico é uma cepa bacteriana probiótica. Em algumas modalidades específicas, são particularmente bactérias bífidas ("Bifidobacteria") e/ou lactobacilos ("Lactobacilli").
[0085] A composição nutricional de acordo com a invenção pode conter de 10e3 a 10e12 ufc de cepa probiótica, com mais preferência entre 10e7 e 10e12 ufc, como entre 10e8 e 10e10 ufc de cepa probiótica por g de composição com base no peso seco.
[0086] Em uma modalidade, os probióticos são viáveis. Em uma outra modalidade, os probióticos são não replicantes ou inativados. Eles também podem ser partes probióticas, como componentes da parede celular ou produtos do metabolismo probiótico. Pode haver probióticos viáveis e probióticos inativados em algumas outras modalidades. A composição nutricional da invenção pode compreender, adicionalmente, ao menos um fago (bacteriófago) ou uma mistura de fagos, de preferência, direcionado contra Streptococci, Haemophilus, Moraxella e Staphylococci patogênicos.
[0087] A composição nutricional de acordo com a presente invenção pode ser, em uma modalidade, um produto lácteo. Os produtos lácteos são produtos que compreendem produtos à base de leite. Os produtos lácteos são geralmente produzidos a partir de uma mistura adequada de fonte de proteínas de leite concentrada e fonte de gorduras concentrada. Os produtos lácteos podem ser acidificados. Os produtos lácteos incluem bebidas à base de leite prontas para beber, leite concentrado, leite evaporado, leite adoçado e condensado, leite em pó, iogurtes, queijo fresco, queijo, sorvete e pastas lácteas como queijo fresco espalhável, queijo cottage, ricota, crème fraiche, creme coalhado e queijo cremoso. O leite em pó pode ser fabricado, por exemplo, por secagem por atomização ou por secagem por congelamento.
[0088] Dependendo do seu teor de gordura, os produtos lácteos podem ser preparados a partir de leite com alto teor de gordura ou leite integral, leite semidesnatado, leite desnatado ou leite com baixo teor de gordura. O leite desnatado é um leite que contém menos que 0,1% de gordura de leite. O leite semidesnatado é leite que contém entre 1,5% e 2,5% de gordura de leite. Normalmente, o leite com alto teor de gordura é leite que contém de 3% a 4% de gordura. O teor de gordura exato para o leite desnatado, semidesnatado e com alto teor de gordura depende predominantemente da regulação local de alimentos.
[0089] Os produtos lácteos são geralmente fabricados a partir de leite de vaca. Os produtos lácteos também podem ser fabricados a partir de leite de búfala, leite de iaque fêmea, leite de cabra, leite de ovelha, leite de égua, leite de jumenta, leite de camela, leite de rena fêmea, leite de alce fêmea, ou combinações dos mesmos.
[0090] Os produtos lácteos acidificados podem ser obtidos por fermentação com micro-organismos adequados. A fermentação fornece sabor e acidez ao produto lácteo. Ela também pode afetar a textura do produto lácteo. Além disso, os micro-organismos utilizados em fermentação são selecionados com relação à sua capacidade de fermentar o leite em um produto lácteo fermentado consumível. Normalmente, os ditos micro-organismos são conhecidos por suas propriedades benéficas. Os ditos micro-organismos incluem bactérias e leveduras produtoras de ácido láctico. Alguns destes micro-organismos podem ser considerados como probióticos. Exemplos de bactérias produtoras de ácido láctico incluem Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus e Streptococcus thermophilus, ambas as quais estão envolvidas na produção de iogurte, ou outras bactérias produtoras de ácido láctico que pertencem aos gêneros Lactobacillus, Streptococcus, Lactococcus, Leuconostoc, Bifidobacterium, Pediococcus ou qualquer mistura das mesmas.
[0091] Outro exemplo de produtos lácteos fermentados, também conhecidos como produtos lácteos cultivados ou alimentos lácteos cultivados, ou leites cultivados, é leitelho cultivado fermentado com Lactococcus lactis (Lactococcus lactis subsp. lactis, Lactococcus lactis subsp. cremoris, Lactococcus lactis subsp. lactis biovar. diacetylactis) e/ou Leuconostoc mesenteroides subsp. cremoris.
[0092] Os micro-organismos podem estar vivos ou inativados.
[0093] Análogos de produtos lácteos são produtos fabricados em uma maneira similar aos produtos lácteos acima, mas nos quais é usada (total ou parcialmente) uma fonte não láctea de proteína e/ou (total ou parcialmente) uma fonte não láctea de gordura comestível. As fontes de proteína adequadas incluem proteínas vegetais como de soja, batata e ervilha. As fontes de gordura adequadas incluem óleos e gorduras de origem vegetal ou marinha. As gorduras e os óleos são usados como termos intercambiáveis. Preparação similar, conforme mencionada acima, se destina a incluir processos para produtos nos quais uma etapa de separação de soro de leite tradicional é omitida porque a formulação do análogo lácteo do produto permite omitir esta etapa.
[0094] A composição nutricional de acordo com a invenção pode ser preparada em qualquer maneira adequada.
[0095] Por exemplo, uma fórmula, como uma fórmula infantil para bebês lactentes, pode ser preparada por misturação juntas da fonte de proteínas, da fonte de carboidratos e da fonte de gorduras, em proporções adequadas. Se usados, os emulsificantes podem ser incluídos nesse ponto. As vitaminas e os minerais podem ser adicionados nesse ponto, mas eles são geralmente adicionados posteriormente para evitar degradação térmica. Quaisquer vitaminas e emulsificantes lipofílicos, e similares, podem ser dissolvidos na fonte de gordura antes da mistura. Água, de preferência, água que foi submetida à osmose reversa, pode, então, ser misturada para formar uma mistura líquida. A temperatura da água está convenientemente na faixa entre cerca de 50°C e cerca de 80°C para ajudar a dispersar os ingredientes. Liquidificadores comercialmente disponíveis podem ser usados para formar a mistura líquida.
[0096] Quaisquer oligossacarídeos podem ser adicionados nesta fase, especialmente se o produto final é para ter uma forma líquida. Se o produto final for um pó, eles podem ser igualmente adicionados nesse estágio, se desejado.
[0097] A mistura líquida é, então, homogeneizada, por exemplo, em dois estágios.
[0098] Em uma modalidade, a composição nutricional da invenção é fornecida ao bebê lactente ou à criança de pouca idade como uma composição suplementar ao leite da mãe.
[0099] A composição da presente invenção pode estar, por exemplo, sob uma forma sólida (por exemplo, pó), líquida ou gelatinosa.
[0100] A composição da invenção pode estar, por exemplo, sob a forma de comprimido, drágea, cápsula, cápsula gelatinosa, pó, grânulo, solução, emulsão, suspensão, partícula revestida, partícula seca por atomização ou pílula.
[0101] A composição pode estar sob a forma de uma composição farmacêutica e pode compreender um ou mais carreadores, diluentes e/ou excipientes farmaceuticamente aceitáveis adequados.
[0102] Exemplos de tais excipientes adequados para as composições aqui descritas podem ser encontrados em "Handbook of Pharmaceutical Excipients", 2ª edição (1994), editado por A Wade e PJ Weller.
[0103] Carreadores ou diluentes aceitáveis para uso terapêutico são bem conhecidos na técnica farmacêutica, e são descritos, por exemplo, em Remington's Pharmaceutical Sciences, Mack Publishing Co. (A. R. Gennaro edit. 1985).
[0104] As composições farmacêuticas podem compreender como, ou além do carreador, excipiente ou diluente, quaisquer aglutinante(s), lubrificante(s), agente(s) de suspensão, agente(s) de revestimento e/ou agente(s) solubilizante(s) adequado(s). Exemplos de aglutinantes adequados incluem amido, gelatina, açúcares naturais como glicose, lactose anidra, lactose de fluxo livre, beta-lactose, adoçantes de milho, gomas naturais e sintéticas, como acácia, tragacanto ou alginato de sódio, carboximetilcelulose e poli(glicol etilênico).
[0105] Exemplos de lubrificantes adequados incluem oleato de sódio, estearato de sódio, estearato de magnésio, benzoato de sódio, acetato de sódio, cloreto de sódio e similares.
[0106] Conservantes, estabilizantes, corantes e até mesmo agentes flavorizantes podem ser fornecidos na composição. Exemplos de conservantes incluem benzoato de sódio, ácido sórbico e ésteres de ácido p-hidroxibenzoico. Antioxidantes e agentes de suspensão também podem ser usados. Saúde gastrointestinal
[0107] Os compostos aqui definidos são uma fonte de butirato/ácido butírico e podem, portanto, ser utilizados para o aprimoramento ou a manutenção da saúde gastrointestinal (GI).
[0108] Em uma modalidade, os compostos e composições aqui definidos podem ser usados para tratar doença inflamatória intestinal, por exemplo, Doença de Crohn ou Colite Ulcerativa.
[0109] Os múltiplos efeitos benéficos do butirato sobre a saúde GI estão bem documentados. No nível intestinal, o butirato desempenha uma função reguladora sobre o transporte de fluido transepitelial, inflamação da mucosa e no estado oxidativo, reforça a barreira epitelial e modula a sensibilidade visceral e a motilidade intestinal.
[0110] Os ácidos graxos, incluindo ácido butírico, são uma fonte principal de energia para as células da mucosa colônica (Roedriger, Gut. 1980; 21: 793-798), e de máxima importância para os colonócitos na região distal do cólon. O forte efeito trófico do ácido butírico sobre a membrana mucosa do intestino delgado tem sido observado em animais experimentais (Guilloteau et al., 2 J Anim Feed Sci. 2004; 13, Suppl. 1: 393-396). Uma diminuição na concentração de ácido butírico intestinal resulta na atrofia da mucosa colônica, o que é normalmente explicado por uma diminuição na disponibilidade de substratos para os colonócitos. Por outro lado, a administração de butirato ao lúmen do cólon induz ganho de peso, um aumento na síntese de DNA e da profundidade das criptas intestinais (Kripke et al., J Parenter Enter Nutr. 1989; 13: 109-116).
[0111] Uma alta concentração de ácido butírico alcançada mediante a fermentação de fibra dietária insolúvel ou após a administração anal de butirato pode inibir os estádios iniciais e tardios de oncogênese do cólon mediante a regulação da transcrição, da expressão e da ativação de proteínas-chave da cascata apoptótica (Avivi-Green et al., J Nutr. 2002; 132 (7): 1812-18). Chapman et al. (Gut 1994; 35(1): 73-76) mostraram que a mucosa colônica inflamada captura muito mais butirato do que glutamina ou glicose.
[0112] Experimentos mostraram que perfusões de butirato resultam em uma redução significativa da inflamação, e uma diminuição na extensão de ulceração da parede do cólon no rato (Andoh et al., J Parenter Enter Nutr. 1999; 23(5): 70-73).
[0113] A eficácia de enemas de butirato foi mostrada por observações clínicas em doentes com Colite Ulcerativa (Han et al., Gastroenterol Clin North Am. 1999; 28: 423-443; Scheppach et al., Gastroenterol Suppl. 1997; 222: 53-57).
[0114] A atividade anti-inflamatória direta de butirato pode ser conectada com a inibição da migração do fator nuclear KappaB (NFKB) e sua ligação de DNA, e, de igual modo, com a inibição da transcrição e da produção de citocinas pró-inflamatórias (Segain et al., Gut. 2000; 47: 397-403).
[0115] Consequentemente, os compostos de triglicerídeo usados na presente invenção, que são uma fonte de butirato, podem fornecer uma função significativa na manutenção da homeostase intestinal e da saúde GI. Administração
[0116] Preferivelmente, os compostos e composições aqui descritos são administrados enteralmente.
[0117] A administração enteral pode ser, por exemplo, oral ou gástrica.
[0118] Em termos gerais, a administração da combinação ou composição, conforme descrito na presente invenção, pode ser, por exemplo, por via oral ou outra via que entre no trato gastrointestinal, por exemplo, a administração pode ser através de alimentação enteral.
[0119] O indivíduo pode ser um mamífero, como um ser humano, canino, felino, equino, caprino, bovino, ovino, porcino, cervino e primatas. De preferência, o indivíduo é um ser humano. Exemplos Exemplo 1 – Preparação de triglicerídeos contendo porção butirato
[0120] As composições que compreendem triglicerídeos contendo porção butirato foram geradas por interesterificação química entre tributirina e óleo de girassol de alto teor oleico na presença de um catalisador como metanoato de sódio. Um excesso molar de tributirina em comparação com óleo de girassol de alto teor oleico foi usado.
[0121] Os três reagentes, tributirina, óleo de girassol de alto teor oleico e o catalisador foram misturados juntos em um reator sob atmosfera de nitrogênio e então aquecidos sob agitação a 80°C durante 3 h. Quando a reação foi completa, o produto foi lavado com água e secado sob vácuo (25 mbar a 60°C durante duas horas). O produto oleoso resultante foi então submetido a uma etapa de descoloração com a ação de terra clarificante e foi purificado quer por destilação de percurso curto (130°C, 0,001-0,003 mbar) e/ou por desodorização (160°C, 2 mbar, duas horas) com injeção de vapor de água.
[0122] Os constituintes, predominantemente triglicerídeos, das composições oleosas resultantes são mostrados, abaixo, na Tabela 1. Estes triglicerídeos são representados pelos três ácidos graxos que eles contêm. Estes ácidos graxos são representados pelo seu número lipídico: 4:0 para butirato, 16:0 para palmitato, 18:0 para estearato, 18:1 para oleato e 18:2 para linoleato. O ácido graxo no meio está localizado na posição sn-2 no triglicerídeo. Como um exemplo, 16:0-4:0-18:1 corresponde a dois triglicerídeos diferentes que têm tanto um butirato na posição sn-2 quanto um palmitato na posição sn-1 e um oleato na posição sn-3 ou um oleato na posição sn-1 e um palmitato na posição sn-3.
[0123] O perfil de triglicerídeos e regioisômeros foi analisado por cromatografia líquida acoplada a um espectrômetro de massas de alta resolução. A proporção de classes de lipídios foi avaliada por cromatografia líquida acoplada a um detector evaporativo de espalhamento de luz (DEEL).
Tabela 1. Perfil de regioisômeros de triglicerídeo [g/100 g] Regioisômero de triglicerídeo [g/100 g] Composição 4:0-4:0-4:0 <0,4-4,7 4:0-16:0-4:0 0,8-1,0 4:0-18:2-4:0 4,0-6,3 4:0-4:0-18:1 3,0-6,1 4:0-18:1-4:0 16,2-27,0 4:0-18:0-4:0 0,8-1,3 4:0-22:0-4:0 ≤0,4 4:0-16:0-18:1 1,1-1,5 16:0-4:0-18:1 0,5-0,7 4:0-18:1-16:0 1,2-1,6 4:0-18:1-18:2 2,6-3,1 18:1-4:0-18:2 1,1-1,6 4:0-18:2-18:1 2,9-3,6 18:1-18:1-4:0 23,3-25,8 18:1-4:0-18:1 3,3-4,8 4:0-18:0-18:1 0,9-1,3 4:0-18:1-18:0 0,8-1,1 4:0-22:0-18:1 <0,4-0,5 18:1-18:1-16:0 0,6-1,4 18:1-18:1-18:2 1,3-1,5 18:1-18:2-18:1 0,5-0,7 18:1-18:1-18:1 6,1-10,7 18:1-18:1-18:0 0,5-0,8 Total 93,1-94,1
[0124] Nas amostras de composição, os dois triglicerídeos mais abundantes são 4:0-18:1-4:0 e 18:1-18:1-4:0, eles representam, juntos, aproximadamente 40 g/100 g a 50 g/100 g. Exemplo 2 – Propriedades de odor de triglicerídeos contendo porção butirato
[0125] Uma comparação de odor de uma solução incluindo triglicerídeos contendo porção butirato (composta predominantemente de ácidos graxos oleico e butírico) foi comparada com uma solução contendo butirato de sódio. Preparação de Amostra
[0126] As soluções incluindo triglicerídeos contendo porção butirato (consulte o Exemplo 1) ou butirato de sódio foram preparadas e armazenadas a 4°C antes da distribuição ao grupo de examinadores sensoriais. Cada 250 mL de solução continha 600 mg de ácido butírico (equivalente a uma cápsula de butirato de sódio comercialmente disponível como um suplemento; concentração de 2,4 mg/mL) e 1% p/v de fórmula infantil para bebês lactentes "BEBA Optipro 1" em água desionizada, acidificada.
[0127] As amostras foram preparadas no dia antes do teste, pela adição de 4 mL de cada solução (solução de triglicerídeos de butirato; solução de butirato de sódio) a frascos Agilent. Metodologia
[0128] Foi realizado o ‘teste duas-de-cada-cinco’. Neste teste, cinco amostras são dadas ao examinador. O examinador é instruído para identificar as duas amostras que são diferentes das outras três. A ordem de apresentação das amostras é aleatória com o propósito de evitar viés de ordem de apresentação.
[0129] Além do teste duas-de-cada-cinco, uma caixa de comentários foi apresentada aos examinadores para permitir que eles comentassem sobre a natureza da diferença percebida (por exemplo, intensidade de odor, qualidade de odor).
Resultados
[0130] As cinco amostras foram apresentadas simultaneamente aos examinadores. Eles foram solicitados a destampar, cheirar e então tampar cada frasco em uma dada ordem. Os resultados são mostrados na Tabela 2.
Tabela 2 Número de respostas Número de respostas Significância corretas 11 9 p<0,0001***
[0131] O valor de p foi calculado usando um teste binomial realizado com software Fizz (Biosystemes, França).
[0132] Os examinadores que encontraram as respostas corretas (TAG contendo porção butirato diferente de butirato de sódio) mencionaram que o butirato de sódio cheira a "queijo" enquanto que nas amostras de TAG contendo porção butirato, este cheiro de "queijo" foi consideravelmente diminuído e o odor foi totalmente neutro. Exemplo 3 – Propriedades de sabor de triglicerídeos contendo porção butirato
[0133] Comparação sensorial de uma solução incluindo triglicerídeos contendo porção butirato (consulte o Exemplo 1) composta predominantemente de ácidos graxos oleico e butírico foi realizada versus uma solução contendo tributirina. Preparação da amostra:
[0134] Uma colher medida (4,6 g) de fórmula infantil para bebês lactentes "BEBA Optipro 1" foi adicionada à água morna (água de torneira fervida, esfriada, conforme as instruções) completando para um volume final de 150 mL (solução de aproximadamente 3% p/v). Cada forma de triglicerídeo de butirato foi pesada separadamente para fornecer 600 mg de butirato, e foi realizada a adição de fórmula infantil para bebês lactentes para um volume final de 50 mL para cada solução.
[0135] A solução A incluía triglicerídeos contendo porção butirato (consulte o Exemplo 1); e a solução B continha tributirina. Metodologia
[0136] Um grupo de examinadores realizou uma degustação codificada às cegas repetida.
[0137] As amostras foram preparadas imediatamente antes da avaliação preliminar de amargor e cada solução foi vigorosamente agitada. Os recipientes de degustação rotulados A e B foram enchidos ao mesmo tempo com um pequeno volume da respectiva solução.
[0138] As duas amostras foram apresentadas simultaneamente aos examinadores. Eles foram solicitados a degustar a solução colocando a solução na boca e cuspindo, e classificar o amargor percebido em uma escala de 0 a 10; onde 0 é nenhum amargor percebido e 10 se assemelha ao máximo amargor imaginável. Resultados
[0139] O amargor da solução A foi classificado pelos examinadores em 4,33 ± 1,52, média ± DP.
[0140] O amargor da solução B foi classificado pelos examinadores em 8,33 ± 1,52, média ± DP.
[0141] Estes dados mostram que a composição de TAG contendo porção butirato em fórmulas infantis para bebês lactentes eram notadamente menos amargas em comparação à tributirina. Exemplo 4 – Propriedades de sabor de 1,3-dibutiril-2-palmitoilglicerol
[0142] 1,3-Dibutiril-2-palmitoilglicerol (BPB) foi sintetizado como um composto único usando a seguinte síntese:
[0143] BPB foi avaliado em uma avaliação sensorial descritiva feita pelo grupo de examinadores e foi verificado que ele tem odor e sabor neutros. Exemplo 5 – Digestão de triglicerídeos contendo porção butirato
5.1 Materiais
[0144] Taurocolato de sódio, cloreto de sódio, ácido clorídrico, hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, ácido maleico, tris(hidroximetil)aminometano, pepsina (Porcina, 800- 111 2500 U/mg, P7000, atividades reais usadas 674 U/mg e 561/mg de U), pancreatina (Porcina, USP x 8, P7585) e extrato de bile porcino (teor total de sais biliares = 49% em peso; 10-15% de ácido glicodesoxicólico, 3-9% de ácido taurodesoxicólico, 0,5-7% de ácido desoxicólico; 5% de fosfolipídeos, B8631) foram usados conforme obtidos e foram comprados junto à Sigma Aldrich (St Louis, MO, EUA). Extrato gástrico de coelho (EGC 70 ≥ 70 U/mL de lipase gástrica de coelho (LGC) e ≥ 280 U/mL de pepsina) foi comprado junto à Lipolytech (Marselha, França). Toda a água usada neste estudo foi água purificada de qualidade Milli Q. Tributirina (de grau alimentar) foi adquirida junto à Sigma, e o óleo de girassol de alto teor oleico junto à Florim. Os triglicerídeos interesterificados foram obtidos via interesterificação química com metanoato de sódio (comprado junto à Evonik) como catalisador.
5.2 Preparação da Emulsão
[0145] Emulsões óleo em água a 10% estabilizadas por 0,3% em peso de mono-oleato de polioxietileno-sorbitano (Tween® 80) foram preparadas pela misturação do Tween 80 na fase oleosa a 40°C, então pela misturação com a fase aquosa usando um agitador magnético. Uma emulsão foi então criada usando um homogeneizador de sonda ultrassônica Hielscher UP 400S equipado com uma sonda do tipo bastão de 5 mm de diâmetro pela aplicação de amplitude de 100% em ciclo de 100% durante 2 minutos enquanto a amostra era esfriada usando água gelada.
5.3 Granulometria
[0146] O tamanho de gotícula de cada emulsão lipídica foi medido por espalhamento de luz de laser utilizando um equipamento Mastersizer 3000 equipado com um Hydro SM da Malvern Instruments (Malvern, Worcestershire, Reino Unido). As especificações do laser dos dois lasers são 4 mW 632,8 nm e 10 mW 470 nm. As amostras foram diluídas para aproximadamente 0,002% em peso em um esforço para evitar efeitos de espalhamento múltiplo. Informações sobre o tamanho de partícula da emulsão foram então obtidas através de um melhor ajuste entre a teoria de espalhamento de luz (Mie) e a distribuição de tamanho de partícula medida. Um índice de refração de 1,456 e uma adsorção de 0,01 foram usados para a fase oleosa. Os tamanhos de partícula da emulsão são citados como dois valores, o diâmetro médio superficial-volumétrico D3,2 (D3,2 ¼ Pnidi 3/nidi 2) ou o diâmetro médio de comprimento-volumétrico D4,3 (D4, 3 ¼ Pnidi 4/nidi 3). Os resultados de tamanho de partícula da emulsão são uma média de três medições de duas emulsões recém-preparadas.
5.4 Análise estatística
[0147] A análise estatística foi conduzida usando um teste t bilateral com variâncias desiguais utilizando o software Igor Pro.
5.5 Digestão in vitro
[0148] A emulsão lipídica (2 mL) contendo 200 mg de gordura foi submetida à lipólise gastrointestinal in vitro. As digestões foram conduzidas em recipientes de vidro termostatizados (37°C) em uma configuração pH-STAT controlada por um pH-STAT de bibureta TIM 856 ("TIM 856 bi-burette pH-STAT", Radiometer Analytical, França). Para digestão gástrica, a amostra foi incubada durante 90 minutos com 8,5 mL de fluido gástrico simulado (FGS), que consistia em 150 mM de NaCl,
450 U/mL de pepsina, 18 U/mL de lipase gástrica de coelho a 37°C e um pH de 5,5. A digestão foi iniciada pela adição de 18 U/mL de tributirina (TBU) com atividade determinada em pH 5,4) de lipase gástrica de coelho.
[0149] A etapa de digestão intestinal foi realizada no pH-STAT onde o pH foi mantido constante a 6,8 pela adição de NaOH (0,05 M). Uma mistura de sais biliares (sais biliares preparados com tampão tris, 5 mM de tris, 150 mM de NaCl) e uma solução de cálcio (20 mM de Ca, 176,5 mM de tris, 150 mM de NaCl) foram adicionadas à mistura de FGS-amostra. Esta mistura foi transferida para o pH-STAT, onde o pH foi ajustado para aproximadamente 6,78. A etapa de digestão intestinal inicia quando a temperatura alcança 37 ± 0,5°C. O pH foi ajustado para pH 6,8 e após a incubação durante dois minutos neste pH e nesta temperatura, foi adicionada uma solução de pancreatina (5 mM de tris, 150 mM de NaCl em pH 6,8). A composição final do fluido intestinal foi 10 mM de CaCl2 12 mM de sais biliares misturados, 0,75 mM de fosfolipídeo, 150 mM de NaCl e 4 mM de tampão tris(hidroximetil)aminometano. A etapa de digestão intestinal foi realizada durante 3 horas em um controlador de titulação da Radiometer. Durante a fase de digestão intestinal, as cinéticas da digestão foram acompanhadas usando uma técnica pH-STAT (TIM856, Radiometer) e expressas como ácido titulável (ao invés de ácido graxo) que foi calculado pela equação: AT = VNaOH x 0,05 x 1.000 AT: Ácido titulável total liberado, mmols; VNaOH: volume de NaOH usado para titular o ácido liberado durante 3 h, mL.
5.6 Resultados
[0150] Visto que a digestão de lipídios dietários envolve lipases de origens tanto gástrica quanto intestinal, a digestibilidade dos lipídios foi avaliada usando dois modelos de digestão: i) fluido intestinal simulado (FIS) com lipase pancreática porcina (LPP) e ii) digestão sequencial em fluido gástrico simulado (FGS) com lipase gástrica de coelho (LGC) seguido por fluido intestinal simulado (FIS) com lipase pancreática porcina (LPP). Todos os lípidos foram emulsificados usando mono- oleato de polioxietileno-sorbitano (Tween® 80) e tinham distribuições de tamanho de partícula semelhantes e áreas superficiais específicas semelhantes (Figura 2), significando que as diferenças na digestão são predominantemente decorrentes da estrutura molecular do triglicerídeo.
[0151] A Figura 1i A-C mostra a digestão de tributirina (C4), de óleo de girassol de alto teor oleico ("high oleic sunflower oil", HOSFO), predominantemente C18:1) e de triglicerídeos contendo porção butirato de acordo com a invenção, gerados pela interesterificação química entre tributirina e óleo de girassol de alto teor oleico (consulte o Exemplo 1) "C4- C18:1", pela lipase pancreática porcina (a partir de pancreatina) na presença de cálcio e bile misturados (modelo FIS). Os lipídios geralmente apresentam o mesmo comportamento de lipólise, experimentando um período inicial rápido de lipólise durante os primeiros 15 minutos que progressivamente se torna mais lento durante as últimas 2,5 horas de digestão intestinal simulada. O triglicerídeo C4 apresentou uma taxa máxima inicial de lipólise de 223 ± 59 µmol.min-1. A taxa inicial de lipólise para o óleo de girassol de alto teor oleico, 34,5 ± 2,3 µmol.min-1 foi significativamente menor (p < 0,0001) do que a do triglicerídeo de cadeia curta. C4-C18:1 apresentaram uma taxa inicial de hidrólise de 153 ± 47 µmol.min-1, entre aquela da C4 e aquela de C18:1. No geral, é visto que todos os triglicerídeos são rápida e extensamente digeridos na presença de lipase pancreática porcina.
[0152] Os triglicerídeos foram em seguida digeridos usando um modelo sequencial FGS (LGC) FIS (LPP), a digestão no compartimento de FIS é mostrada na Figura 1ii A-C. Não foram realizadas medições no compartimento gástrico devido à ionização limitada dos ácidos graxos alvo. Em comparação com quando eles foram digeridos com FIS sozinho, os triglicerídeos C4 e C18:1 geralmente liberaram uma quantidade mais baixa de ácido titulável durante 3 horas de digestão. O efeito é maior com a tributirina, que tem uma taxa de lipólise inicial significativamente mais baixa (p < 0,0001) de 44,1 ± 8,8 µmol.min-1 durante a digestão em FGS- FIS em comparação com FIS sozinho de 223 ± 59 µmol.min-1. A quantidade total de ácido liberado após a digestão de tributirina em FGS- FIS, de 381 ± 20 µmol, é quase 1/3 da quantidade liberada após a digestão em apenas FIS, de 958 ± 12,5 µmol. Estes resultados indicam claramente que há uma considerável digestão de tributirina dentro do compartimento gástrico do modelo.
[0153] Quando expostos sequencialmente aos FGS e FIS, as taxas de lipólise com FIS dos triglicerídeos contendo porção butirato C4-C18:1 é de 124 ± 20 µmol.min-1, mostrando uma diminuição pequena mas não significativa em comparação com FIS sozinho (124 ± 20 µmol.min-1). A observação mais interessante é a influência do comprimento da cadeia secundária de ácidos graxos sobre a diminuição da lipólise em FIS causada pela pré exposição à LGC. Originalmente, a tributirina apresentou uma diminuição de 60,2% (147 ± 7,6 µmol) na liberação total de ácidos graxos durante a lipólise em FIS após a pré exposição à LGC em FGS. Em comparação, os triglicerídeos interesterificados C4-C18:1 apresentaram uma diminuição de 6,1% (45 ± 7,6 µmol).
[0154] A extensão total da digestão de lipídios após ambos FIS e FGS-FIS é apresentada na Figura 2 para os três triglicerídeos usando titulação direta e retrotitulação. Devido ao fato de que muitos ácidos graxos são apenas parcialmente ionizados em pH 6,8, a titulação direta fornece apenas a imagem parcial da extensão da digestão de lipídios, ao contrário a retrotitulação para pH 11,5 ou a análise via GC-FAME
["Gas Chromatographic Analysis of Fatty Acid Methyl Esters"] é necessária para estimar a extensão total da digestão. Os resultados da retrotitulação para os três triglicerídeos mostram que a tributirina e os triglicerídeos contendo porção butirato C4-C18:1 experimentaram digestão de 101,5 ± 0,9% e 101 ± 1,6% respectivamente, indicando liberação de três ácidos graxos por molécula para digestão completa, enquanto que o óleo de girassol de alto teor oleico experimentou digestão de 72,3 ± 2% indicando liberação de dois ácidos graxos por molécula para digestão completa.
[0155] Em geral, foi observado que a tributirina experimentou hidrólise extensa no estômago, enquanto que o triglicerídeo de óleo de girassol de alto teor oleico experimentou hidrólise muito limitada no estômago. Surpreendentemente, foi observado que os triglicerídeos contendo porção butirato gerados via interesterificação de C4 com ácidos graxos de cadeia longa (C4-C18:1) diminuem a extensão da lipólise gástrica de ácidos graxos C4. A tributirina experimentou lipólise de ~60% pela lipase gástrica conforme indicado pela diminuição da liberação total de ácidos graxos durante a lipólise em FIS após a pré-exposição à LGC em FGS. Em comparação, os triglicerídeos contendo porção butirato apresentaram apenas uma diminuição de 6,1% na liberação total de ácidos graxos em FGS-FIS. Estes resultados sugerem que a interesterificação de C4 com ácidos graxos de cadeia longa (C4-C18:1) modula a liberação de ácido butírico dentro do estômago para mais tarde no intestino após a digestão, e que o design de lipídios estruturados altera a temporização (mas não a extensão) da liberação de ácidos graxos de cadeia curta no trato gastrointestinal.

Claims (24)

REIVINDICAÇÕES
1. Uso de um composto que apresenta a Fórmula ou combinações das mesmas, nas quais R1, R2, R3, R4, R5 e R6 são, independentemente, um ácido graxo de cadeia longa apresentando entre 16 e 20 carbonos, o referido uso sendo caracterizado pelo fato de que é para preparação de uma composição para fornecer uma fonte de butirato com propriedades organolépticas aprimoradas.
2. Uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o composto ou combinações dos mesmos estarem presentes em uma composição nutricional, de preferência, um suplemento dietético, uma fórmula infantil para bebês lactentes ou uma fórmula de transição para bebês lactentes.
3. Suplemento dietético, caracterizado pelo fato de que compreende uma fonte de butirato compreendendo um composto, como definido na reivindicação 1.
4. Suplemento dietético, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que está na forma de uma cápsula, um comprimido, um sachê ou um pó.
5. Fórmula infantil para bebês lactentes ou fórmula de transição para bebês lactentes, caracterizada pelo fato de que compreende um composto, como definido na reivindicação 1.
6. Fórmula, de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de que fornece uma fonte de butirato.
7. Uso de um composto que apresenta a Fórmula ou combinações das mesmas, nas quais R1, R2, R3, R4, R5 e R6 são, independentemente, um ácido graxo de cadeia longa apresentando entre 16 e 20 carbonos, o referido uso sendo caracterizado pelo fato de que é para preparação de uma composição para aprimoramento ou manutenção da saúde gastrointestinal (GI).
8. Uso, de acordo com a reivindicação 1, 2 ou 7, caracterizado pelo fato de que é usada uma combinação de um composto que apresenta a Fórmula (1) e um composto que apresenta a Fórmula (2), de preferência em que a combinação está presente em uma composição que compreende um composto que apresenta a Fórmula (1) em uma quantidade de pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais na composição, e um composto que apresenta a Fórmula (2) em uma quantidade de pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais na composição.
9. Uso, de acordo com a reivindicação 1, 2 ou 7, caracterizado pelo fato de que é usada uma combinação de um composto que apresenta a Fórmula (1) e um composto que apresenta a Fórmula (2), e em que a combinação está presente em uma composição que compreende um composto que apresenta a Fórmula (1) em uma quantidade de pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição, e um composto que apresenta a Fórmula (2) em uma quantidade de pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição.
10. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2 e 7 a 9, caracterizado pelo fato de que é usada uma combinação de um composto que apresenta a Fórmula (1), um composto que apresenta a Fórmula (2), um composto que apresenta a Fórmula (3) e um composto que apresenta a Fórmula (4).
11. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2 e 7 a 10, caracterizado pelo fato de que R1, R2, R3, R4, R5 e/ou R6 é (são) um ácido graxo insaturado, de preferência, monoinsaturado.
12. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2 e 7 a 10, caracterizado pelo fato de que R 1, R2, R3, R4, R5 e/ou R6 é (são) selecionado(s) do grupo que consiste em ácido oleico, ácido palmítico, ou ácido linoleico.
13. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2 e 7 a 10, caracterizado pelo fato de que cada um dentre R 1, R2, R3, R4, R5 e R6 é ácido oleico.
14. Composição, caracterizada pelo fato de que compreende compostos que apresentam as Fórmulas: em que o composto que apresentam a Fórmula (5) compreende pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais na composição, e em que o composto que apresentam a Fórmula (6) compreende pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais na composição.
15. Composição, de acordo com a reivindicação 14, caracterizada pelo fato de que: o composto que apresenta a Fórmula (5) compreende pelo menos 15% em peso dos triglicerídeos totais na composição, e o composto que apresenta a Fórmula (6) compreende pelo menos 20% em peso dos triglicerídeos totais na composição.
16. Composição, de acordo com a reivindicação 14 ou 15, caracterizada pelo fato de que compreende ainda um composto que apresenta a Fórmula: de preferência, em que o composto que apresenta a Fórmula (7) compreende pelo menos 2% em peso dos triglicerídeos totais na composição, e/ou que compreende ainda um composto que apresenta a Fórmula: de preferência, em que o composto que apresenta a Fórmula (8) compreende pelo menos 2% em peso dos triglicerídeos totais na composição.
17. Composição, caracterizada pelo fato de que compreende compostos que apresentam as Fórmulas: em que o composto que apresenta a Fórmula (5)
compreende pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição, e em que o composto que apresenta a Fórmula (6) compreende pelo menos 10% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição.
18. Composição, de acordo com a reivindicação 17, caracterizada pelo fato de que: o composto que apresenta a Fórmula (5) compreende pelo menos 15%, de preferência pelo menos 20%, em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição, e o composto que apresenta a Fórmula (6) compreende pelo menos 20%, de preferência pelo menos 25%, em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição.
19. Composição, de acordo com a reivindicação 17 ou 18, caracterizada pelo fato de que compreende ainda o composto que apresenta a Fórmula (7), de preferência, em que o composto que apresenta a Fórmula (7) compreende pelo menos 2% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição, e/ou que compreende ainda o composto que apresenta a Fórmula (8), de preferência em que o composto que apresenta a Fórmula (8) compreende pelo menos 2% em peso dos triglicerídeos totais contendo porção butirato na composição.
20. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 14 a 19, caracterizada pelo fato de que compreende ainda 1,3-dibutiril-2-linoleoilglicerol, 1,3-dibutiril-2-estearoilglicerol, 1- butiril-2-oleoil-3-palmitoilglicerol, 1-palmitoil-2-oleoil-3-butirilglicerol,1- butiril-2-oleoil-3-linoleoilglicerol, 1-linoleoil-2-oleoil-3-butirilglicerol, 1- oleoil-2-butiril-3-linoleoilglicerol, 1-linoleoil-2-butiril-3-oleoilglicerol, 1- butiril-2-linoleoil-3-oleoilglicerol, 1-oleoil-2-linoleoil-3-butirilglicerol, 1- butiril-2-estearoil-3-oleoilglicerol, 1-oleoil-2-estearoil-3-butirilglicerol, 1-
butiril-2-oleoil-3-estearoilglicerol, 1-estearoil-2-oleoil-3-butirilglicerol, 1,2-dioleoil-3-palmitoilglicerol, 1-palmitoil-2,3-dioleoilglicerol, 1,2- dioleoil-3-linoleoilglicerol e/ou 1-linoleoil-2,3-dioleoilglicerol.
21. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 20, caracterizada pelo fato de que é uma composição nutricional.
22. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 14 a 20, caracterizada pelo fato de que é uma fórmula infantil para bebês lactentes, uma fórmula de transição para bebês lactentes ou um suplemento dietético.
23. Uso de uma composição, como definida em qualquer uma das reivindicações 14 a 20, caracterizado pelo fato de que é para preparação de uma composição nutricional, uma fórmula infantil, uma fórmula de transição para bebês lactentes ou um suplemento dietético para fornecer uma fonte de butirato com propriedades organolépticas aprimoradas.
24. Uso de uma composição, como definida em qualquer uma das reivindicações 14 a 20, caracterizado pelo fato de que é para preparação de uma composição nutricional, uma fórmula infantil, uma fórmula de transição para bebês lactentes ou um suplemento dietético para aprimorar ou manter a saúde gastrointestinal.
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