BR112016018549B1 - Curativo absorvente e sistema de tratamento de pressão negativa - Google Patents

Curativo absorvente e sistema de tratamento de pressão negativa Download PDF

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Abstract

SISTEMAS E MÉTODOS PARA CURA DE TECIDO. Sistemas, métodos e dispositivos são proporcionados para uso em um sistema de terapia de ferimento de pressão negativa para cura de um ferimento em um paciente. Vários aspectos podem incluir um material à base de éster adaptado para ser diretamente aplicado ao ferimento, tal como uma fístula de músculo liso, sem, substancialmente, danificar tecido no ferimento durante mudanças do curativo. O material à base de éster pode ter uma afinidade para a superfície do leito de ferimento e/ou fluido de ferimento. Em adição, vários aspectos podem incluir um dispositivo adaptado para fechar o ferimento, tal como uma fístula de músculo liso.

Description

REFERÊNCIA CRUZADA A PEDIDOS RELACIONADOS
[0001] A presente revelação reivindica o benefício do Pedido de Patente Provisório dos Estados Unidos No. de Série 61/940.245, depositado em 14 de fevereiro de 2014, os conteúdos do qual são, desse modo, incorporados por referência em sua totalidade.
ANTECEDENTES
[0002] A terapia de ferimento de pressão negativa é uma técnica terapêutica usada para promover cura e fechamento de vários tipos de ferimentos agudos ou crônicos no corpo humano. A terapia de ferimento de pressão negativa é uma técnica de controle de leito de ferimento que cria um ambiente de pressão sub-atmosférica sobre o leito de ferimento para retirar fluido fora do ferimento. O efeito do ambiente de pressão sub-atmosférica é reduzir a inflamação e aumentar o fluxo sanguíneo dentro do ferimento, proporcionando um ambiente mais rico em oxigênio ao ferimento, e melhora a distribuição de células sanguíneas brancas de cura de ferimento, proteínas, hidratos de carbono, e fatores de crescimento.
[0003] Geralmente, o ferimento é irrigado com salina e/ouantibióticos, e pode ser coberto com um material não-aderente que se adapta aos contornos do ferimento. Um curativo absorvente é aplicado sobre o material não-aderente, e um material oclusivo é aplicado sobre o ferimento com curativo para formar uma vedação hermética à ar. Um tubo de vácuo é conectado a uma abertura no material oclusivo. Uma bomba de vácuo aplicada ao tubo de vácuo proporciona a pressão negativa necessária para retirar fluido através do ferimento para coleta e remoção. O material não-aderente e/ou o curativo absorvente pode ser mudado de acordo com vários fatores, tais como a quantidade de entrada de fluido a partir do ferimento, a idade do paciente, objetivos clínicos, e similares.
[0004] O curativo absorvente pode incluir qualquer um de umnúmero de materiais que são escolhidos como uma função do tipo de ferimento, objetivos clínicos, e o conforto do paciente. Por exemplo, o curativo absorvente pode incluir gaze de algodão para ferimentos rasos, tais como feridas de pressão ou úlceras diabéticas da pele. O curativo absorvente pode incluir um material de espuma para ferimentos de cavidade aberta, tais como ferimentos de bala, ulcerações de membros inferiores, e cavidades cirurgicamente criadas. Estes ferimentos podem ser ferimentos levemente, moderadamente, ou pesadamente exsudados que podem se beneficiar da alta capacidade de absorção de material de espuma. O material de espuma pode ser cortado para ajustar as margens do ferimento de cavidade aberta, e colocado no interior do ferimento. Os materiais de espuma convencionais geralmente têm diâmetros de poro na faixa de aproximadamente 100 μm - 600 μm, e são consistentemente usados com uma camada protetora, tipicamente gaze de petrolato, entre o material de espuma e o leito de ferimento em ferimentos envolvendo fistulas, tendões, nervos ou tecido sensível.
SUMÁRIO
[0005] Várias concretizações da invenção proporcionam curativos, sistemas e métodos para um sistema de terapia de ferimento de pressão negativa para cura de um ferimento em um paciente. Os curativos, sistemas e métodos, de acordo com os vários aspectos da presente invenção, podem incluir um material à base de éster adaptado para ser diretamente aplicado ao ferimento, tal como uma fístula de músculo liso, sem substancialmente danificar o tecido no ferimento durante mudanças de curativo. O material à base de éster pode ter uma afinidade para a superfície do leito de ferimento, e/ou fluido de ferimento. Sob pressão, o material à base de éster pode promover uniformidade de movimento do fluido de ferimento através do ferimento, e curativo, e regular a temperatura dentro do ferimento.
[0006] Em adição, os sistemas e métodos, de acordo com os váriosaspectos da presente invenção, podem incluir um dispositivo adaptado para fechar um ferimento, tal como uma fístula de músculo liso. BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0007] Uma compreensão mais completa da presente invençãopode ser derivada por referência à descrição detalhada quando considerada em conjunto com as seguintes figuras ilustrativas. Nas seguintes figuras, números de referência se referem a elementos similares e etapas através de todas as figuras.
[0008] Elementos e etapas nas figuras são ilustrados parasimplicidade e clareza, e não foram necessariamente tornados de acordo com qualquer sequência ou escala particular. Por exemplo, as etapas que podem ser realizadas concorrentemente ou em ordem diferente são ilustradas nas figuras para ajudar a melhorar a compreensão das concretizações da presente invenção. Em adição, representações gráficas de características estruturais foram simplificadas para proposta de ilustração.
[0009] As figuras descritas são para proposta de ilustração somente, e não são pretendidas para limitar o escopo da presente revelação de qualquer modo. Vários aspectos da presente invenção podem ser mais totalmente compreendidos a partir da descrição detalhada e das figuras de desenho acompanhantes, no qual:
[00010] A Figura 1 ilustra esquematicamente uma seção transversal simplificada de um sistema de tratamento de terapia de ferimento de pressão negativa incluindo um curativo absorvente, de acordo com uma concretização da presente invenção;
[00011] A Figura 2 ilustra esquematicamente uma seção transversal simplificada de um sistema de tratamento de terapia de ferimento de pressão negativa incluindo um vácuo integral de acordo com outra concretização da presente invenção;
[00012] A Figura 3A ilustra esquematicamente sacrifício de célula em relação ao tamanho de poro de um curativo absorvente convencional;
[00013] A Figura 3B ilustra esquematicamente sacrifício de célula em relação ao tamanho de poro do curativo absorvente da concretização das Figuras 1 e 2;
[00014] A Figura 4 ilustra esquematicamente uma estrutura de poro detalhada do curativo absorvente da concretização das Figuras 1 e 2;
[00015] As Figuras 5A-5C ilustram esquematicamente seções transversais simplificadas de curativos absorventes com vários tamanhos de poro e/ou camadas múltiplas de acordo com concretizações adicionais do curativo absorvente das Figuras 1 e 2;
[00016] A Figura 6 ilustra esquematicamente uma seção transversal simplificada de outra concretização de um sistema de tratamento de terapia de ferimento de pressão negativa incluindo um curativo absorvente tendo trajetórias de fluxo pré-formadas para direcionar fluxo de fluido de ferimento;
[00017] A Figura 7A ilustra esquematicamente uma seção transversal simplificada de uma concretização adicional de um sistema de tratamento de terapia de ferimento de pressão negativa incluindo um curativo absorvente tendo barreiras para direcionar fluxo de fluido de ferimento;
[00018] A Figura 7B ilustra representativamente uma seção transversal simplificada de uma barreira da Figura 7A;
[00019] A Figura 8A ilustra esquematicamente uma seção transversal simplificada de uma concretização adicional de um sistema de tratamento de terapia de ferimento de pressão negativa incluindo um curativo absorvente tendo um alojamento radial para direcionar fluxo de fluido de ferimento;
[00020] A Figura 8B ilustra representativamente uma vista em perspectiva simplificada do alojamento radial da Figura 8A;
[00021] A Figura 8C ilustra representativamente uma vista de seção transversal simplificada do alojamento radial da Figura 8B;
[00022] A Figura 8D ilustra representativamente uma vista de seção transversal simplificada do alojamento radial da Figura 8C ao longo da linha I - I’;
[00023] A Figura 9 ilustra esquematicamente uma vista de seção transversal simplificada de um sistema de tratamento de terapia de ferimento de pressão negativa incluindo uma camada de cura que pode ser incorporada nas concretizações do sistema de tratamento de terapia de ferimento de pressão negativa.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[00024] A presente invenção pode ser descrita em termos de componentes de bloco funcionais e várias etapas de processamento. Tais blocos funcionais podem ser realizados por qualquer número de componentes configurados para realizar as funções especificadas, e alcançar os vários resultados. Por exemplo, a presente invenção pode empregar várias etapas de processo, aparelhos, sistemas, métodos, etc. Em adição, a presente invenção pode ser praticada em conjunto com qualquer número de sistemas e métodos para tratamento de ferimentos abertos. Adicionalmente, a presente invenção pode empregar qualquer número de técnicas convencionais para tratamento de ferimento, preparação de leito de ferimento, tratamento ou prevenção de infecção de ferimentos, redução de inflamação, extração de fluido dos ferimentos, mudança de curativos do ferimento, e prevenção do avanço das bordas do ferimento.
[00025] As implementações particulares mostradas e descritas são ilustrativas da invenção, e seu melhor modo, e não são pretendidas para, de outro modo, limitarem o escopo da presente invenção de qualquer modo. De fato, para a proposta de brevidade, produção, conexão, preparação convencional, e outros aspectos funcionais do sistema não podem ser descritos em detalhe. Além disso, as linhas de ligação mostradas nas várias figuras são pretendidas para representarem exemplos de relacionamentos funcionais e/ou etapas entre os vários elementos. Muitos relacionamentos alternativos ou adicionais ou conexões físicas podem estar presentes em um sistema prático.
[00026] Os termos “compreende”, “compreendendo”, “inclui” ou “incluindo”, ou qualquer variação destes, são pretendidos para se referenciar a uma inclusão não-exclusiva, tal que um processo, método, artigo, composição, sistema, ou aparelho que compreende uma lista de elementos não incluem somente aqueles elementos recitados, mas podem também incluir outros elementos não expressamente listados ou inerentes a tal processo, método, artigo, composição, sistema, ou aparelho.
[00027] Expressões tais como “pelo menos um de”, quando precedendo uma lista de elementos, modificam a lista total de elementos, e não modificam os elementos individuais da lista. Adicionalmente, o uso de “pode”, quando descrevendo concretizações da presente invenção, se refere a “uma ou mais concretizações da presente invenção.”
[00028] Quando um primeiro elemento é descrito como sendo “acoplado” ou “conectado” a um segundo elemento, o primeiro elemento pode ser diretamente “acoplado” ou “conectado” ao segundo elemento, ou um ou mais outros elementos intervenientes podem ser localizados entre o primeiro elemento e o segundo elemento.
[00029] Termos espacialmente relativos, tais como “abaixo”, “abaixo de”, “inferior”, “para baixo”, “acima”, “superior”, e similares, podem ser usados aqui para facilidade de descrição para descrever um elemento ou relacionamento de característica a outro(s) elemento(s) ou característica (s), conforme ilustrado nas figuras. Será compreendido que os termos espacialmente relativos são pretendidos para envolverem orientações diferentes do dispositivo em uso, ou operação em adição a orientação representada nas figuras. Por exemplo, se o dispositivo nas figuras é virado, os elementos descritos como “abaixo de” ou “abaixo” de outros elementos ou características seriam, em seguida, orientados “acima” dos outros elementos ou características. Desse modo, o termo exemplar “abaixo de” pode envolver ambos uma orientação de acima e abaixo. O dispositivo pode ser, de outro modo, orientado (girado 90 graus ou em outras orientações), e os descritores espacialmente relativos usados aqui interpretados consequentemente.
[00030] Será compreendido que, embora os termos “primeiro”, “segundo”, “terceiro”, etc., possam ser usados aqui para descrever vários elementos, componentes, regiões, camadas e/ou seções, estes elementos, componentes, regiões, camadas e/ou seções não devem ser limitados por estes termos. Estes termos são somente usados para distinguir um elemento, componente, região, camada ou seção de outro elemento, componente, região, camada, ou seção. Desse modo, um primeiro elemento, componente, região, camada ou seção discutidos abaixo podem ser denominados um segundo elemento, componente, região, camada ou seção, sem fugir do espírito e escopo do conceito da invenção.
[00031] A terminologia aqui usada é para a proposta de descrever concretizações particulares somente, e não é pretendida para estar limitando o conceito da invenção. Conforme aqui usado, as formas singulares “um”, “uma” e “o” são pretendidas para incluírem as formas plurais também, a menos que o contexto indique claramente de outro modo.
[00032] Conforme aqui usado, o termo “substancialmente”, “cerca de”, e termos similares, são usados como termos de aproximação, e não como termos de grau, e são pretendidos para contar com os desvios inerentes em valores medidos ou calculados que seriam reconhecidos por aqueles técnicos no assunto.
[00033] Várias implementações representativas da presente invenção podem ser aplicadas a qualquer área de tecido danificado no corpo de um humano ou animal. Em algumas concretizações, o tecido danificado pode incluir uma penetração do ferimento que pode expor tecido subjacente onde fechamento do ferimento é desejado. Em uma concretização, a presente invenção pode ser aplicada a ferimentos de incisão. A penetração do ferimento pode também incluir ferimentos causados por cirurgia e/ou trauma, fistulas incluindo fístulas de músculo liso, lacerações, danos térmicos, tais como queimaduras, ferimentos químicos, ferimentos elétricos, e similares. Por exemplo, o tecido danificado pode incluir uma ou mais fistulas. As fistulas podem resultar de vários traumas, incluindo ferimentos de bala, seções de cesariana, doença de Crohn, e várias outras doenças, danos ou cirurgias. As fistulas podem ocorrer entre duas superficies epitelializados, tais como vasos sanguíneos, pele, intestinos, ou outros órgãos vazados. Um tipo de fistula que ocorre comumente é uma fistula enterocutânea, que ocorre entre o intestino e a superfície da pele. Contudo, a presente invenção não é limitada a estas, e pode ser aplicada a vários tipos de fistulas, incluindo outras fistulas do sistema digestivo ou fistulas localizadas em outros sistemas do corpo.
[00034] Em algumas concretizações, várias implementações representativas da presente invenção podem ser aplicadas a qualquer sistema para promoção de cura de um leito de ferimento, incluindo tecido de músculo liso. Certas implementações representativas podem incluir, por exemplo, qualquer sistema ou método adequados para proporcionar um pelo menos curativo de ferimento parcialmente ou totalmente oclusivo para o tratamento e cura de fistulas em tecido de músculo liso usando terapia de ferimento de pressão negativa. Em uma concretização, um sistema de terapia de ferimento de pressão negativa pode incluir um curativo absorvente aplicado diretamente em contato com o leito de ferimento para absorção de fluido de ferimento. Em algumas concretizações, uma ou mais de uma camada de cura pode opcionalmente ser aplicada a um leito de ferimento, incluindo tecido de músculo liso abaixo do curativo absorvente, e pode adicionalmente encorajar o fechamento e cura do ferimento. A camada de cura pode ser sobreposta com o curativo absorvente para absorção de fluido de ferimento a partir do leito de ferimento. Uma vedação oclusiva pode sobrepor o curativo absorvente e a borda do ferimento. Uma bomba de vácuo pode ser acoplada a um tubo de vácuo que pode ser conectado à vedação oclusiva com comunicação da pressão negativa através do curativo absorvente ao leito de ferimento. A ativação da bomba de vácuo pode causar retirada do fluido de ferimento a partir do leito de ferimento no curativo absorvente para remoção com mudanças de curativo.
[00035] A fístula de músculo liso pode ser um ferimento de cavidade aberta incluindo tecido de músculo liso exposto. Diferente do músculo cardíaco e de esqueleto, que inclui tecido firme e relativamente grosseiro, o músculo liso é frágil, friável, e facilmente danificado ou desmantelado quando tocado com um objeto estranho. A terapia de ferimento de pressão negativa usando qualquer curativo absorvente convencional, tal como espuma ou gaze, são contraindicados no tratamento de certas fistulas devido à natureza frágil de, por exemplo, tecido cardíaco, tecido de nervo, tendão, vasos sanguíneos expostos, e tecido de músculo liso. Especificamente, o padrão clínico de prática não permite contato direto da espuma ou gaze, ou qualquer curativo absorvente convencional a qualquer ferimento, incluindo músculo liso, devido a tal contato direto, é conhecido por causar dano ao tecido de músculo liso, agravando o ferimento, e impedindo a cura. Sem estar ligado pela teoria, acredita-se que tais sistemas retiram inapropriadamente fluido de ferimento não-uniformemente a partir da fistula, aumentam o crescimento de tecido no ferimento, e causa sacrifício da célula indesejável durante mudanças de curativo. Por pelo menos estas razões, as fistulas estão geralmente tratadas com tentativas mecânicas de fechar o ferimento por métodos tais como sutura, colagem, e/ou grampeamento da fistula fechada. Tais fechamentos de ferimento mecânicos têm sucesso marginal na promoção da cura das fistulas.
[00036] Referindo-se à Figura 1, um sistema de tratamento de pressão negativa 100 pode incluir um curativo absorvente 101. Em uma concretização, o curativo absorvente 101 pode ser colocado em contato direto com um leito de ferimento 120. O leito de ferimento 120 pode incluir tecido de músculo liso 121 que circunda uma fístula de músculo liso 122. O curativo absorvente 101 pode também contatar vários tecidos 123 adjacentes à fistula 122, e no leito de ferimento 120, incluindo tecido de esqueleto e tecido de músculo liso, osso (não mostrados), e outros tecidos. Um material oclusivo 130 pode sobrepor o curativo absorvente 101 e aderir à pele 124 flanqueando as bordas 125 do leito de ferimento 120. A aplicação do material oclusivo 130 pode proporcionar uma vedação hermética à ar sobre o leito de ferimento 120. O material oclusivo 130 pode incluir qualquer material hermético à ar, tal como plástico. Em uma concretização, um adaptador 131 pode ser acoplado ao material oclusivo 130 para proporcionar um ponto de acesso através do material oclusivo 130 para a passagem de gás, ou fluido de ferimento, enquanto que mantendo a vedação hermética à ar do material oclusivo 130 sobre o leito de ferimento 120. Um conector de tubo de vácuo convencional 132 pode ser acoplado ao adaptador 131. Um tubo de vácuo 133 pode ser acoplado ao conector de tubo de vácuo 132, e a uma bomba de vácuo 134. A bomba de vácuo 134 pode incluir qualquer bomba de vácuo adequada convencional usada com sistemas de terapia de pressão negativa, tais como uma bomba piezoelétrica, uma bomba de onda de som, e/ou uma bomba mecânica. Tais bombas de vácuo convencionais podem ser capaz de aplicar pressão negativa na quantidade de 0-200 mm Hg. A ativação da bomba de vácuo 134 pode proporcionar um ambiente de pressão reduzida sobre o leito de ferimento 120.
[00037] Em uso, o pessoal médico, tal como um médico, pode aplicar o curativo absorvente 101 diretamente ao leito de ferimento, que inclui a fístula de músculo liso 122. O fluido de ferimento pode começar a ser absorvido no curativo absorvente 101. Um material oclusivo 130 pode ser sobreposto no curativo absorvente 101 tal que ele cobre completamente as bordas 125 do leito de ferimento 120. O pessoal médico pode, em seguida, exercer pressão no material oclusivo 130 até que ele adere à pele 124, e cria uma vedação hermética à ar sobre o leito de ferimento 120. O adaptador 131 pode ser conectado a uma fonte de pressão negativa, por exemplo, uma bomba de vácuo 134. A bomba de vácuo 134 pode ser montada com o conector de tubo de vácuo 132 e o tubo de vácuo 133 de modo a se conectar ao adaptador 131. O adaptador 131 pode também ser conectado ao ponto de acesso no material oclusivo 130 para permitir que pressão negativa escoe a partir da bomba de vácuo 134 para o curativo absorvente 101. Após ativação da bomba de vácuo 134, a pressão negativa pode ser aplicada ao curativo absorvente 101, retirando, desse modo, o fluido de ferimento a partir do curativo absorvente 101 e o leito de ferimento 120.
[00038] Na concretização alternativa da Figura 2, um sistema de tratamento de pressão negativa 200 pode incluir uma bomba de vácuo 234 integrada no curativo absorvente 101. Nesta concretização, o tubo de vácuo 133 ou conector de tubo de vácuo 132 pode não ser necessário. A bomba de vácuo integral 234 pode permitir que um paciente com a fístula de músculo liso 122 tenha liberdade melhorada de movimento, ou permite que o paciente seja completamente ambulatório, enquanto que usando o sistema de tratamento de pressão negativa 100. Tal movimento pode ser restringido quando o tubo de vácuo 133 é conectado à bomba de vácuo externa 134, conforme mostrado na Figura 1. Esta concretização funciona similar à concretização da Figura 1; contudo, o pessoal médico não necessita montar um conector de tubo de vácuo separado, tubo de vácuo, ou adaptador de modo a aplicar pressão negativa ao curativo absorvente 101.
[00039] Em várias concretizações da presente invenção, o curativo absorvente 101 pode incluir qualquer material absortivo biocompatível adequado para contato direto com ferimentos, tais como ferimentos incluindo músculo liso. Em uma concretização, o material absortivo biocompatível pode ter uma afinidade para tecido vivo e/ou fluido de ferimento. O fluido de ferimento pode incluir exsudado, transudado, matriz extracelular, sangue, e/ou qualquer outro tipo de fluido proveniente do ferimento tendo uma variedade de viscosidades. Em algumas concretizações, o material absortivo biocompatível pode ser capaz de absorver e/ou suspender fluido de ferimento tendo a variedade de viscosidades. Em algumas concretizações, o material biocompatível pode ser adaptado para contatar músculo liso 121 sem causar rompimento celular substancial ou dano em um ambiente de pressão reduzida, e/ou durante mudanças de curativo. Em algumas concretizações, o curativo absorvente 101 pode incluir um material à base de éster.
[00040] O material à base de éster pode ser formado em uma espuma adequada para ajustar os limites do leito de ferimento 120, tal como ajuste às bordas 125. O material à base de éster pode incluir grupos funcionais de éster que podem ser expostos a e/ou contatar diretamente a superfície do músculo liso 121. O grupo funcional de éster é um derivado de ácido carboxílico tendo a fórmula química geral Ro li ,x..CO-OU’ [R' OR ]. Os ésteres podem ser derivados de um ácido inorgânico ou ácido orgânico em que pelo menos um grupo -OH (hidroxil) é substituído por um grupo -O-alquil (alcoxi). O oxigênio carbonil do grupo funcional de éster pode ter uma carga negativa parcial com uma carbocação deslocalizada. O grupo funcional de éster pode ser capaz de pelo menos três reações químicas. Primeiro, a carbocação eletrofílica pode ser vulnerável a ataque nucleofílico por outra molécula, tal como hidróxido, resultando em adição do nucleófilo à carbocação. Tal ataque nucleofílico pode resultar em hidrólise do éster. Segundo, um eletrófilo pode ser aceito pelo oxigênio carbonil altamente eletronegativo. O eletrófilo pode ser um íon de hidrogênio. Consequentemente, o oxigênio carbonil pode participar na ligação de hodrogênio intermolecular. Terceiro, o carbono adjacente à carbocação pode suportar desprotonação por uma base, e deixar uma carga negativa no carbono adjacente, ou o oxigênio carbonil, conforme estabilizado por estruturas de ressonância.
[00041] Em várias concretizações, qualquer uma ou mais destas reatividades do grupo funcional de éster podem participar na afinidade do material à base de éster para tecido vivo e/ou o fluido de ferimento, em particular, quando aplicado diretamente ao tecido de músculo liso 121. O grupo funcional de éster pode ter uma afinidade para uma variedade de moléculas no leito de ferimento 120, incluindo grupos polares em células no leito de ferimento 120, tal como a bicamada de fosfolipídeos de membranas de célula, o componente de água de fluido de ferimento produzido pelo leito de ferimento 120, e o componente de água de fluido entrante através da fístula de músculo liso 122, tal como fluido intestinal.
[00042] Conforme descrito acima, os grupos funcionais de éster podem interagir com o tecido de músculo liso 121 através de ligação de hidrogênio, adição nucleofílica, incluindo hidrólise, e/ou desprotonatação de base. Sem estar ligado pela teoria, acredita-se que estas interações químicas podem formar ao longo da interface entre o curativo absorvente 101 e o tecido de músculo liso 121, difundindo uniformemente uma força de elevação de pressão negativa sobre a superfície exposta do tecido de músculo liso 121, criando uma puxamento consistente e uniforme para dentro.
[00043] Pelo menos uma ou mais da presença da interação química do tecido no leito de ferimento 120 com os grupos funcionais de éster do curativo absorvente 101, e/ou a camada de interface 902 (discutidos com relação às Figs. 8A-8B abaixo), e pressão negativa a partir da bomba de vácuo, podem promover um puxamento uniforme para cima e/ou para dentro do leito de ferimento 120. Como um resultado deste puxamento uniforme para cima e/ou para dentro, o material à base de éster pode produzir pouca a nenhuma mudança prejudicial ou dano ao ambiente geométrico do leito de ferimento 120, pode promover o movimento uniforme de fluido de ferimento através do leito de ferimento 120, e pode reduzir o fluxo de fluido de ferimento fora do leito de ferimento 120. A redução de fluido e/ou o puxamento de tecido para dentro pode conduzir a fechamento e cura do leito de ferimento 120.
[00044] A reatividade do grupo funcional de éster com o tecido de músculo liso 122, em combinação com o ambiente de pressão negativa provido pela bomba de vácuo 134 pode ter uma variedade de efeitos no leito de ferimento 120. Sem estar ligado pela teoria, acredita-se que o grupo funcional de éster pode promover pelo menos um ou mais de: um ambiente geométrico ótimo do ferimento, a formação de tecido de granulação, regulação da temperatura, pelo menos reversão parcial de crescimento de tecido, controle ótimo de fluido, e indução de crescimento de célula.
[00045] O ambiente geométrico do leito de ferimento 120 impacta certos fenômenos fisiológicos incluindo a migração de células, tais como crescimento de célula epitelial e migração de célula endotelial capilar, e o movimento de exsudado através do ferimento que conduz fatores decrescimento, nutrientes, e proteínas. Conforme discutidoadicionalmente abaixo, sem estar ligado pela teoria, o movimento não- uniforme de fluido de ferimento pode conduzir a reunião de fluido de ferimento no leito de ferimento. Esta reunião pode romper interações de célula a célula, e pode conduzir a distorção ou dano da célula. Acredita- se que o material à base de éster limita tais distorções celulares e mantém um ambiente geométrico ótimo ou aperfeiçoado para cura e fechamento do ferimento. Isto pode ser devido às interações químicas dos grupos funcionais de éster com o tecido do leito de ferimento 120.
[00046] O tecido de granulação pode incluir novo tecido conectivo e a formação de novos vasos sanguíneos na superfície do leito de ferimento 120, facilitando o processo de cura. O crescimento de tecido de granulação pode encher o leito de ferimento 120, e auxiliar no fechamento do ferimento, e/ou a redução de saída de exsudado. A aplicação do material à base de éster ao leito de ferimento 120 incluindo a fístula de músculo liso 122 pode estimular a granulação do tecido.
[00047] A manutenção de uma temperatura normal no leito de ferimento 120 pode impedir vasoconstrição e hipóxia, e pode diminuir o risco de infecção. O diâmetro de poro pequeno 111 do material à base de éster que proporciona uma distribuição uniforme e movimento do exsudado através de todo o curativo absorvente 101 pode regular efetivamente a temperatura normal do leito de ferimento 120 por redução da evaporação e/ou fluxo de ar não-uniforme através do material à base de éster. A evaporação e/ou fluxo de ar não-uniforme, tal como aquela exibida por materiais à base de éter, pode fazer com que a temperatura do ferimento caia, que pode aumentar o metabolismo do tecido, e diminuir o pH. Estas mudanças no metabolismo de tecido de ferimento e pH podem causar hemorragia, rompimento de tecido de granulação, e dor para o paciente.
[00048] O curativo absorvente 101, incluindo o material à base de éster, em combinação com pressão negativa contínua ou intermitente, pode proporcionar regulação intensificada de temperatura do leito de ferimento 120. Em várias concretizações da presente invenção, o material à base de éster pode proporcionar regulação de temperatura em uma ou mais localizações no material à base de éster. Primeiro, a interface entre a superfície do material à base de éster e o tecido do leito de ferimento 120 onde os grupos funcionais de éster produzem contato direto e reagem com o tecido, pode consistentemente manter uma temperatura corpórea substancialmente normal. Segundo, a porção remanescente do material à base de éster pode distribuir uniformemente e interagir com o exsudado puxado a partir do leito de ferimento 120, formando ligações químicas, tais como ligações de hidrogênio, com o exsudado à medida que o exsudado se move através do material à base de éster em direção à fonte de pressão negativa. O exsudado no material à base de éster pode estabelecer um equilíbrio de temperatura que pode ser mais baixo do que a temperatura corpórea, e pode proporcionar uma camada de isolamento sobre o material à base de éster à interface do tecido. Conforme descrito acima, a regulação efetiva da temperatura do leito de ferimento pode afetar positivamente a cura, proporcionando uma temperatura ótima para metabolismo celular e manutenção do pH. Adicionalmente, o material à base de éster pode proporcionar um tampão térmico para aumentar a temperatura de fluidos de instilação entrantes, tal como salina, que podem ser aplicados ao sistema de tratamento de pressão negativa 100, tal como para a adição de antibióticos ao ferimento, e pode impedir ou reduzir um baixo choque de temperatura ao leito de ferimento 120.
[00049] As interações químicas dos grupos funcionais de éster no material à base de éster com o tecido do leito de ferimento 120 podem resultar em controle aperfeiçoado de fluido, conforme comparado a materiais à base de não-éster. A afinidade uniformemente distribuída dos grupos funcionais de éster para o tecido e exsudado pode permitir que o exsudado se mova através do ferimento em uma ainda e ordenadamente maneira em direção à fonte de pressão negativa, apesar do efeito de distorções de micro-tensão da superfície do leito de ferimento 120 em resposta à pressão negativa. Esta afinidade pode promover coleta consistente de fluido de exsudado em dobras e linhas de contorno do leito de ferimento 120. O efeito do movimento uniforme de exsudado proporciona remoção eficiente de exsudado, fluidos, e materiais, e promovem a orientação uniforme de crescimento de célula através de toda a superfície do leito de ferimento 120. Sem estar ligado pela teoria, a afinidade uniforme dos grupos funcionais de éster pode também impedir ou diminuir a formação de cavidades ou tecidos prejudicados devido a conexão mais próxima entre o tecido e o material à base de éster. Adicionalmente, a afinidade uniforme do grupo funcional de éster para o tecido pode requerer menos operação celular para orientar e re-orientar durante movimentos físicos do paciente, e mudanças no sistema de tratamento de pressão negativa 100. Desse modo, sistemas usados na indústria, tais como a instilação de fluidos externos, imersão, ciclos de pausa de vácuo, e/ou mudanças de curativo, para abater problemas de reunião de fluido, pode não serem conforme necessários ou podem conduzir a resultados melhorados ainda adicionais quando usados com o material à base de éster.
[00050] Um puxamento ascendente induzido pela interação dos grupos funcionais de éster com o tecido na superfície do leito de ferimento 120 pode reduzir e/ou pelo menos reverter parcialmente o tecido que ocorre naturalmente do crescimento no leito de ferimento 120. O crescimento de tecido epitelial e tecido mais profundo no leito de ferimento 120 pode ocorrer naturalmente em incisões e ferimentos. Contudo, um puxamento ascendente provido pelo material à base de éster no leito de ferimento 120 pode distribuir uniformemente pressão sobre a superfície do leito de ferimento 120, e causa migração de células para mover em direção à superfície do leito de ferimento 120.
[00051] Em uma concretização, o material à base de éster pode ser um polímero de poliuretano, especificamente poliéster. Conforme comparado às espumas à base de éter convencionais, as espumas à base de éster são mais rígidas, têm uma estrutura de célula reticulada aberta menor, e têm uma resistência à tensão mais alta. As espumas à base de éster também suspendem umidade substancialmente regularmente, e permitem que o fluido escoe regularmente através de toda a espuma devido a sua estrutura de célula pequena e/ou afinidade química para umidade.
[00052] As espumas convencionais são tipicamente espumas à base de éter, incluindo polímeros de poliéter triol, e têm um diâmetro de poro maior. Sem estar ligado pela teoria, acredita-se que estes tamanhos de poro relativamente grandes, conforme comparado aos tamanhos de células individuais com os quais o material de espuma foi usado, tais como células de músculo liso, são responsáveis pelo dano causado aos leitos de ferimento quando material de espuma convencional é colocado em contato direto com o ferimento. A Figura 3A ilustra representativamente um exemplo de diâmetros de poro 311 de materiais de espuma convencionais 301, comparados às células de músculo liso 321.
[00053] Em adição, sem estar ligado pela teoria, acredita-se que o diâmetro de poro grande de espumas à base de éter reduz a estabilidade da espuma para suspender a umidade e permitir que umidade passe através da espuma facilmente. A facilidade de movimento de umidade através da espuma à base de éter tem o resultado prático de promover coleta de fluido na porção da espuma tendo o centro mais baixo de gravidade, conduzindo a uma distribuição irregular de umidade através de toda a espuma à base de éter. A pobre capacidade das espumas à base de éter em reter umidade as tornam inapropriadas para uso em aplicações de terapia de pressão negativa devido à espuma à base de éter proporcionar regulação inadequada de temperatura para o leito de ferimento, pobre distribuição de aditivos para o leito de ferimento, tais como antibióticos, e limitam a deambulação de um paciente devido a distribuição irregular e reunião de umidade em um sistema vedado quando o paciente se move.
[00054] Adicionalmente, a estrutura química básica da ligação de éter nas espumas de poliuretano à base de éter é R-O-R’. O oxigênio central pode ser substancialmente não-reativo, incapaz de ligação de hidrogênio apreciável, e significantemente menos polar do que o oxigênio de grupos funcionais de éster. Sem estar ligado pela teoria, acredita-se que a estabilidade da ligação de éster a torna incapaz de formar os mesmos tipos de interações químicas ou reações como espumas à base de éster incluindo hidrólise e reações com ácidos, agentes de oxidação, agentes de redução, bases, e espécies de metal ativo. As diferenças químicas e estruturais resultantes entre espumas à base de éter e espumas à base de éster impactam o desempenho destas materiais em aplicações diferentes. Nas aplicações de cura usando sistemas de terapia de pressão negativa, a regulação de temperatura e ainda distribuição de umidade provida pelas várias concretizações do material à base de éster descritas podem otimizar a cura e fechamento do ferimento.
[00055] O curativo absorvente 101, incluindo o material à base de éster, pode ser produzido e/ou adicionalmente processado para obter quaisquer propriedades físicas desejadas. Em algumas concretizações, as propriedades físicas desejadas podem otimizar o tamanho de poro e estrutura, tais como densidade do poro, geometria de poro, reticulação do poro, permeabilidade de poros para fluido de ferimento, resistência à tensão seca, e/ou resistência à tensão úmida. O processamento do material à base de éster pode adicionalmente otimizar a capacidade do material à base de éster para manter um volume saturado de fluido suspenso. Por exemplo, o material à base de éster do curativo absorvente 101 aplicado ao leito de ferimento 120 pode, por último, se tornar saturado com fluido de ferimento vindo através da fístula de músculo liso 122. O fluido de ferimento pode ser continuamente removido a partir do curativo absorvente 101 através do tubo de vácuo 133 e, ao mesmo tempo, o fluido de ferimento pode continuamente estar entrando no curativo absorvente 101 a partir da fístula de músculo liso 122. Como um resultado da afinidade do material à base de éster para o fluido de ferimento, um curativo absorvente saturado 101 pode permitir um volume substancialmente igual de fluido de ferimento e/ou número de moléculas de fluido de ferimento no material à base de éster conforme está saindo do material à base de éster através do tubo de vácuo 133. Consequentemente, a remoção de fluido de ferimento pode não substancialmente afetar o volume saturado de fluido de ferimento retido pelo curativo absorvente 101 sob pressões negativas clinicamente relevantes de 0-200 mm Hg. Sem estar ligado pela teoria, acredita-se que este ambiente onde o volume dentro é substancialmente igual ao volume fora (referido simplesmente às vezes como “ambiente de uma molécula dentro/uma molécula fora”), conforme provido por um curativo absorvente 101 substancialmente saturado, promove uma pluralidade de benefícios para cura de ferimento, tal como regulação efetiva de temperatura, mesmo distribuição de pressão negativa, e manutenção de uma ainda distribuição de fluido de ferimento, apesar do movimento do paciente.
[00056] Em outras aplicações, a geometria dos poros do curativo absorvente 101 pode incluir uma forma que proporciona área superficial aumentada dentro dos poros 110, tal como uma forma redonda. Tal área superficial aumentada pode aumentar o contato dos grupos funcionais éster com o leito de ferimento 120, e pode se beneficiar da cura da fístula de músculo liso 122. A área de superfície aumentada pode ser particularmente benéfica para um ferimento com um alto fluxo de fluido de ferimento, tal como uma fistula intestinal. Em outras concretizações, a geometria dos poros 110 do curativo absorvente 101, mostrada na Fig. 3B, pode ser configurada para se correlacionar com a forma geral do tipo de célula primária no leito de ferimento 120, tal como células epiteliais, células do músculo do esqueleto, e/ou células de músculo liso. Em adição, os poros podem ser configurados para se correlacionar com o tamanho e/ou diâmetro de qualquer das células ou outro material do exsudado a partir do leito de ferimento. Por exemplo, os poros 110 podem ter uma forma alongada para se correlaciona com as dimensões alongadas de células de esqueleto ou células de músculo liso. Exemplos de dimensões e formas de tipo de célula que podem estar no leito de ferimento são mostrados na Tabela 1 abaixo. Os poros 110 podem ser configurados para se correlacionarem com o diâmetro, forma e/ou comprimento de qualquer dos tipos de células abaixo, em adição ao diâmetro, forma e/ou comprimento de outros tipos de célula no leito de ferimento 120. Contudo, os poros 110 podem ter uma variedade de formas, incluindo octagonal, hexagonal, de diamante, ou trigonal.
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[00057] Em algumas aplicações, o diâmetro do poro e/ou tamanho do curativo absorvente 101 pode ser customizado para promover a interação da escora do poro com as células no leito de ferimento 120. Por exemplo, o diâmetro do poro e/ou tamanho pode ser substancialmente equivalente ao diâmetro e/ou tamanho de um tipo de célula primária no leito de ferimento 120. Em algumas concretizações, a largura do poro pode ser cerca de 0,1 μm a cerca de 100 μm, de modo a se correlacionar com o tamanho das células de músculo liso. Em outras concretizações, a largura do poro pode ser cerca de 0,1 μm a cerca de 50 μm.
[00058] Sem estar ligado pela teoria, acredita-se que reduzindo o tamanho dos poros 110 a serem substancialmente equivalentes ao diâmetro de células de músculo liso, conduz-se a uma redução no sacrifício da célula, conforme representativamente ilustrado nas Figuras 3A-3B. Como um exemplo de poro 310s de uma espuma à base de éster convencional 301 é ilustrado na Figura 3A. Os poros 310 podem ter um diâmetro 311 de cerca de 400 μm a cerca de 600 μm. Em geral, as células de músculos lisos 321 adjacentes aos poros 310, mostradas na ilustração de uma porção de um leito de ferimento 320, podem ser removidas (por exemplo, sacrificadas) durante mudanças de curativo. Sem estar ligado pela teoria, acredita-se que o sacrifício das células 321 pode ser causado pela formação de contatos fracos de célula a célula, tais como junções de célula, que formam como tecido danificado, recrescimentos para encher um leito de ferimento 120. As escoras ou bordas de poros 310 em espumas à base de éter convencionais podem contatar algumas células de músculo liso 321 e destruírem junções de célula fracas formadas à medida que as células de músculo liso 321 se dividem como parte de cura de ferimento. O poro 110 da espuma à base de éster de uma concretização da presente invenção pode ser ilustrado na Figura 3B. Em algumas concretizações, o poro 110 pode ter um diâmetro de cerca de 30 μm ou menor, e ser próximo ao diâmetro de uma célula de músculo liso. Como um resultado, os poros 110 podem fazer muitos contatos ao longo do comprimento de cada célula de músculo liso 121. Desse modo, acredita-se que os poros 110 podem funcionar como uma armação para suportar junções de célula mais próximas e/ou mais fortes à medida que as células de músculos lisos 121 se dividem. As células de músculo liso 121 podem, portanto, permanecerem intactas durante mudanças de curativo, com nenhuma perda apreciável das células de músculo liso 121 na interface espuma- tecido que pode interromper a cura do ferimento.
[00059] Referindo-se à Figura 4, em várias concretizações da presente invenção, o tamanho dos poros 110 no curativo absorvente 101, incluindo o material à base de éster, pode ser adaptado para reduzir o sacrifício do tecido de músculo liso 121. Em uma concretização, o tamanho dos poros 110 pode ser reduzido a qualquer tamanho de poro que é menor do que o tamanho de poro de espuma à base de éster convencional de aproximadamente 100 μm - 600 μm. Em algumas concretizações, o diâmetro do poro 111 pode ser substancialmente equivalente ao diâmetro de células de músculo liso. As células de músculo liso incluem formas curtas, alongadas, e fusiformes, que podem ser cerca de 0,2 μm - 20 μm de diâmetro, e aproximadamente 20 μm - 200 μm de comprimento. Em umaconcretização, o diâmetro de poro médio 111 pode ser aproximadamente menor do que ou igual a 30 μm. Por exemplo, o diâmetro de poro médio 111 pode ser cerca de 0,2-30 μm, ou 0,2-2 μm.
[00060] Adicionalmente, os poros 110 do material à base de éster podem ser poros reticulados. A reticulação se refere a natureza aberta dos poros 110, tal que o lúmen 112 dos poros 110 se comunicam com poros adjacentes 110, tal como através de canais 113. As escoras ou bordas dos poros 110 onde contato é feito com poros adjacentes 110 permanecem intactas na espuma reticulada. Sem estar ligado pela teoria, o tamanho de poro de célula aberta e substancialmente uniforme do curativo absorvente reticulado 101 pode facilitar a difusão substancialmente uniforme de nutrientes, oxigênio, bioativos, e permite pressão negativa através do leito de ferimento total 120, e remoção eficiente de exsudados após aplicação de terapia de ferimento de pressão negativa.
[00061] Em várias concretizações da presente invenção, o tamanho dos poros 110 do curativo absorvente 101, incluindo um material à base de éster, pode ser menor do que o tamanho de poro de espumas de éster convencionais e/ou substancialmente similares ao diâmetro de células de músculo liso 121. Em uma concretização, os poros 110 podem ser criados em um material à base de éster usando qualquer processo adequado, tal como usando moldes incluindo moldes de fibra ótica, métodos de estampagem, métodos de bombardeio, tal como bombardeio de feixe de íons ou bombardeio de ultrassom, gravura química, banhos químicos, e/ou irradiação a laser do material à base de éster.
[00062] Em uma concretização, os poros de espuma de éster convencional podem ser reduzidos a um tamanho desejado em qualquer processo adequado, tal como feltragem. O processo de feltragem pode incluir compressão térmica, mecânica, ou química, do material à base de éster, resultando em compressão permanentemente dos poros 110. O processo de feltragem pode incluir aquecimento do material à base de éster durante o processo de produção da espuma de poliuretano éster, seguido pela aplicação de um grau de compressão para produzir uma densidade de poro desejada, uma dinâmica de fluido desejada dentro da espuma, e/ou um aumento na resistência à tensão. Em várias concretizações, a espuma biocompatível pode ser processada para obter quaisquer propriedades físicas desejadas, tal como qualquer tamanho de poro desejado, porosidade, densidade, reticulação de poros, permeabilidade e/ou resistência à tensão.
[00063] Em várias concretizações, o material à base de éster pode ser produzido e/ou adicionalmente processado para obter quaisquer propriedades químicas desejadas, tais como afinidade para fluido de ferimento, elasticidade do material à base de éster para permitir contração do curativo absorvente 101 sob pressão negativa, mesmo suspensão de fluido de ferimento e/ou absorção dentro do material à base de éster, e/ou retenção e/ou distribuição de aditivos. Em algumas concretizações, o material à base de éster pode ser customizado para promover cura de um tipo particular de leito de ferimento 120. Por exemplo, um leito de ferimento 120, incluindo a fístula de músculo liso 122 de uma natureza altamente ácida, tal como uma fistula biliar, pode se beneficiar de um curativo absorvente 101 com uma química alterada, tal como impregnação com uma composição de neutralização, tal como bicarbonato. Em outra concretização, o material à base de éster pode incluir álcoois, antibióticos, compostos farmaceuticamente ativos, e similares. Consequentemente, a química, tamanho de poro, e/ou a geometria de poro dentro do curativo absorvente 101 podem ser otimizados e/ou customizados para proporcionar um benefício de cura máximo para qualquer tipo particular de leito de ferimento 120. Adicionalmente, em algumas concretizações, o material à base de éster pode incluir uma pluralidade de camadas horizontalmente dispostas com as propriedades físicas desejadas que são acopladas para formar uma peça coesiva única de espuma.
[00064] Em concretizações adicionais, conforme ilustrado nas Figs. 5A-5B, o curativo absorvente pode incluir mais do que uma camada de espuma onde cada camada inclui um tamanho de poro substancialmente uniforme, e/ou geometria de poro dentro de cada camada, mas tem um tamanho de poro diferente, e/ou geometria de poro relativa a uma camada adjacente ou camadas. Por exemplo, referindo-se à Figura 5A, um curativo absorvente 501a pode ter uma primeira camada 540 incluindo poros 541 tendo um diâmetro que pode ser maior do que os poros 551 de uma segunda camada 550. Referindo- se à Figura 5B, um curativo absorvente 501b pode incluir a segunda camada 550 sobreposta com a primeira camada 540, e a primeira camada 540 pode ser sobreposta por uma segunda camada adicional 550. O curativo absorvente 501b pode incluir muitas camadas alternantes 540/550, conforme desejado. Em várias concretizações, os poros 541 e 551 podem ser aproximadamente o tamanho e/ou diâmetro das células com as quais o curativo absorvente 501a, 501b será usado. Por exemplo, os poros 551 podem ser cerca de 0,1 μm a cerca de 10 μm, e os poros 541 podem ser cerca de 10 μm a cerca de 100 μm, ou cerca de 20 μm a cerca de 100 μm. Consequentemente, muitos poros 541 e/ou poros 551 podem se prolongar o comprimento de quaisquer células de músculo liso no leito de ferimento 120. Contudo, os poros 541 e 551 podem também ter qualquer das características dos poros 110 discutidas acima, incluindo qualquer de uma variedade de formas, tamanhos, diâmetros, ou reticulação, conforme discutido acima.
[00065] Sem estar ligado pela teoria, acredita-se que tendo tais camadas alternativas de 540 e 550 criará uma melhor vedação, via os poros menores 551 no leito de ferimento 120, enquanto que ainda permitindo níveis mais altos de absorção e compressibilidade (para compensar peristaltismo e outros movimentos pelo paciente) nos poros maiores 541. Em adição, no curativo absorvente 501b, tendo a segunda camada 551 em ambos topo e fundo da primeira camada 540 permite que o curativo absorvente 501b seja reversível, facilitando seu uso pelo pessoal médico. Em tal concretização, os poros 551 podem ser cerca de 0,1 μm a cerca de 50 μm, e os poros 541 podem ser cerca de 10 μm a cerca de 300 μm. Em algumas concretizações, a primeira camada 540 pode ter uma espessura de cerca de 0,1 mm a cerca de 2 mm, e a segunda camada 550 pode ter uma espessura entre 2 mm e 8 mm.
[00066] Referindo-se à Figura 5C, descrevendo outra concretização do curativo absorvente, em um curativo absorvente 501c, os poros 541 e os poros 551 podem ser combinados no interior da mesma camada, tal como uma camada 560. Por exemplo, poros menores 551 podem ser intercalados entre poros maiores 541, onde cada poro 551 é circundado por poros maiores 541. Adicionalmente, o curativo absorvente 501c pode incluir poros tendo uma reticulação limitada para reduzir o volume e/ou taxa de fluxo de fluido de ferimento através do curativo absorvente 501c. Os poros de camada 501c podem também ter qualquer das características dos poros 110 discutidas acima, incluindo qualquer de uma variedade de formas, tamanhos, diâmetros, ou reticulação, conforme discutido acima. Por exemplo, os poros de camada 560 podem ter um tamanho de cerca de 0,1 μm a cerca de 300 μm.
[00067] Sem estar ligado pela teoria, por intercalação de poros dimensionados diferentes, acredita-se que o fluido de ferimento se deslocaria através de trajetórias, incluindo poros maiores 541 e poros menores 551, aumentando a resistência ao fluxo de fluido. Em algumas concretizações, a intercalação de poros pequenos 551 com poros grandes 541 pode aumentar a resistência da camada absortiva 501c ao fluido de ferimento, criando uma vedação mais hermética sobre o leito de ferimento 120, conforme comparada a uma camada absortiva tendo uma estrutura de poro uniforme ou maior 541. Esta vedação hermética ou camada de resistência à pressão pode conduzir a produção inferior de fluido de ferimento e saída a partir do leito de ferimento 120 e/ou fluxo aumentado de fluido de ferimento de volta através da fonte da fistula, tal como um intestino. Adicionalmente, sem estar ligado pela teoria, acredita-se que a seleção do tamanho de poros pequenos 551 e/ou poros grandes 541 pode proporcionar uma função de filtração para facilitar a remoção de partículas pré-selecionadas a partir do fluido de ferimento, enquanto que encorajando a produção inferior de fluido de ferimento e/ou redireção de fluxo. Por exemplo, o tamanho de poros pequenos 551 e/ou poros grandes 541 pode ser similar ao tamanho de vários fragmentos de célula e/ou bactéria, que são geralmente substancialmente menores do que as células eucarióticas.
[00068] A camada 560 pode incluir o curativo absorvente total 501c, ou pode ser colocada em camadas com camadas adicionais tendo intercaladas poros grandes e pequenos, ou podem ser colocadas em camadas com camadas adicionais de poros uniformes, tais como primeira e segunda camadas 501a e 501b. Em concretizações adicionais, qualquer dos curativos absorventes 501a, 501b e 501c podem ser colocados em camadas com uma espuma tendo um tamanho de poro maior, tais como espumas convencionais tendo um tamanho de poro entre 100 μm - 600 μm. Em adição, qualquer dos curativos absorventes 501a, 501b e 501c pode ter as propriedades físicas e químicas das várias concretizações de curativos absorventes aqui discutidas, por exemplo, o curativo absorvente 101.
[00069] Em várias concretizações, o curativo absorvente incluindo camadas horizontalmente empilhadas, tais como as camadas 540, 550 e 560, pode incluir uma junção 545 entre duas camadas adjacentes, conforme mostrado nas Figs. 5A. A junção 545 pode ser tratada com qualquer aditivo adequado para proporcionar ou melhorar uma propriedade física e/ou química desejada da camada absortiva 501a, 501b, 501c. Por exemplo, uma solução incluindo um ou mais aditivos pode ser pintada, pulverizada, enxaguada, removida com esponja, ou, de outro modo, aplicada à junção 545. Os aditivos podem incluir material biocompatível, tal como um agente antibacterial, um agente farmaceuticamente ativo, uma vitamina, uma substância semi-oclusiva, tal como emoliente, um umectante, medicamento, e similares. O curativo absorvente 501a, 501b, 501c pode ser embebido e/ou saturado no aditivo antes de ou após sua aplicação no leito de ferimento 120.
[00070] O método ou uso dos curativos absorventes 501a, 501b e 501c é o mesmo conforme o método de uso para a concretização da Figura 1. Contudo, em concretizações em que os curativos absorventes 501a, 501b e 501c não são reversíveis, isto é, em que as camadas mais externas dos curativos absorventes 501a, 501b e 501c têm tamanhos de poro diferentes, a camada mais externa com o tamanho de poro menor pode facear o leito de ferimento de modo a criar uma vedação mais hermética sobre o leito de ferimento 120.
[00071] Em concretizações adicionais, características estruturais adicionais (que podem também serem referidas como características estruturais secundárias, pelo que os poros do curativo absorvente podem ser referidos como características estruturais primárias), podem ser introduzidas no curativo absorvente para encorajar o fechamento do ferimento por fluxo direcional de fluido de ferimento através do curativo absorvente. Tais características estruturais podem direcionar fluido de ferimento que escoa a partir das bordas 125 do leito de ferimento 120, particularmente as bordas 626 da fistula 122, em direção a uma área central acima da fistula 122, para promover um puxamento dos tecidos em direção a uma linha média da fistula 122. Curativos absorventes convencionais, tais como espumas à base de éter, não empregam discretamente ou intencionalmente características estruturais que influenciam ou guiam a direção do fluido de ferimento através do curativo absorvente. Qualquer método adequado para criar fluxo de fluido direcional pode ser implementado dentro do curativo absorvente.
[00072] Em uma concretização, um exemplo do qual é ilustrado na Figura 6, as características estruturais podem direcionar fluido de ferimento que escoa a partir das bordas 125 do leito de ferimento 120, particularmente as bordas 626 da fistula 122 em direção ao centro de um curativo absorvente 601 para promover um puxamento dos tecidos em direção a uma linha média da fistula 122. O curativo absorvente 601 pode ter as propriedades físicas e químicas das várias concretizações de curativos absorventes aqui discutidos, por exemplo, os curativos absorventes 101, 501a, 501b e 501c. O curativo absorvente 601 pode também incluir trajetórias de fluxo pré-formadas 614 de poros de diâmetro maiores através de uma armação 615 de poros de diâmetro menores para encorajar o fluido de ferimento a principalmente se mover através das trajetórias de fluxo pré-formadas 614. As trajetórias de fluxo pré-formadas 614 podem incluir poros tendo um ou mais diâmetros diferentes a partir do(s) tamanho(s) de poro da armação 615 (por exemplo, maior do que o tamanho de poro da armação), pode incluir trajetórias vazadas, por exemplo, a partir do lado do curativo absorvente 601 mais próximas ao leito de ferimento 120 para o lado oposto mais distante a partir do leito de ferimento 120. As trajetórias de fluxo pré- formadas 614 podem ser dispostas em uma forma similar à ampulheta, tal como uma forma de ampulheta pesada superior conforme mostrado na Fig. 6, ou as trajetórias de fluxo pré-formadas 614 podem ter uma forma similar à ampulheta simétrica ou pesada de fundo. A forma similar à ampulheta pode ser tridimensional, tal que uma seção transversal do curativo absorvente 601 em uma direção horizontal pode mostrar as trajetórias de fluxo pré-formadas 614 como círculos de tamanhos diferentes correspondendo ao nível da forma similar à ampulheta na qual a seção transversal é tomada. Em concretizações adicionais, as trajetórias de fluxo pré-formadas 614 podem ter uma forma de cone, com a abertura maior da forma de cone faceando a fistula 122. Em tais concretizações, a abertura menor ou ápice da forma de cone pode facear a bomba de vácuo 134 localizada acima da mesma.
[00073] Em algumas concretizações, mais do que uma bomba de vácuo 134 pode ser incluída, por exemplo, duas a cinco bombas de vácuo 134, nas extremidades superiores 616 das trajetórias de fluxo pré-formadas 614. Alternativamente, uma bomba de vácuo capaz de criar um fluxo circular de pressão negativa acima das extremidades superiores 616 das trajetórias de fluxo pré-formadas 614, pode ser usada. As extremidades inferiores 617 das trajetórias de fluxo pré- formadas 614 podem estar posicionadas entre as bordas 626 da fistula 122, de modo que a pressão negativa da bomba de vácuo 134 direciona o fluxo de fluido e as bordas 626 da fistula 122 internamente para auxiliar no fechamento da fistula 122. Antes do uso, o curativo absorvente 601 pode ser cortado de modo a ter as extremidades inferiores 617 das trajetórias pré-formadas 614 corretamente ajustadas entre as bordas 626 da fistula 122. Sem estar ligado pela teoria, acredita-se que em uso, a pressão negativa criada pela bomba de vácuos 134 pode puxar ambos o fluido de ferimento e as bordas 626 da fistula 122 para cima, e devido à pressão inferior das trajetórias de fluxo pré-formadas 614, o fluido de ferimento e as bordas 626 serão puxados em direção às trajetórias de fluxo pré-formadas 614. A direcionalidade do movimento das bordas 626 auxiliará no fechamento da fistula 122. Adicionalmente, à medida que as bordas 626 da fistula 122 crescem mais próximas juntas, uma concretização adicional do curativo absorvente 601 pode ser usada em que as extremidades inferiores das trajetórias de fluxo pré-formadas 614 estão posicionadas mais próximas juntas do que no curativo absorvente 601 anteriormente usado, de modo que as bordas 626 da fistula 122 estão ainda sendo direcionadas internamente durante o uso das bombas de vácuo 134. O processo pode ser repetido até que a fistula esteja fechada, ou até que as bordas da fistula sejam muito próximas juntas para trajetórias de fluxo pré-formadas, para criar um puxamento interno.
[00074] Em uso, o curativo absorvente 601 incluindo as trajetórias de fluxo pré-formadas 614 pode ser aplicado ao leito de ferimento 120 incluindo a fístula de músculo liso 122. O curativo absorvente 601 pode estar posicionado tal que as extremidades inferiores 617 das trajetórias de fluxo pré-formadas 614 estão entre as bordas 626 da fistula 122. Um material oclusivo 130 pode ser sobreposto no curativo absorvente 601 tal que ele cobre completamente as bordas 125 do leito de ferimento 120. O pessoal médico pode exercer pressão no material oclusivo 130 até que ele adere à pele 124, e cria uma vedação hermética à ar sobre o leito de ferimento 120. O adaptador 131 pode ser conectado a um fonte de pressão negativa, por exemplo, uma bomba de vácuo 134. A bomba de vácuo 134 pode ser montada com o conector de tubo de vácuo 132 e o tubo de vácuo 133 de modo a se conectar ao adaptador 131. Contudo, mais do que um conjunto das bombas de vácuo 134, os conectores de tubo de vácuo 132, os tubos de vácuo 133 e adaptadores 131 podem ser montados conforme mostrado na Figura 6. O adaptador 131 pode ser conectado ao ponto de acesso no material oclusivo 130 para permitir que pressão negativa escoe a partir da bomba de vácuo 134 para o curativo absorvente 601. SE mais do que uma bomba de vácuo 134 é usada, cada adaptador 131 associado com cada bomba de vácuo 134 pode ter seu próprio ponto de acesso no material oclusivo 130. Após ativação da bomba de vácuo 134, pressão negativa pode ser aplicada ao curativo absorvente 601, retirando, desse modo, fluido de ferimento a partir do curativo absorvente 601 e do leito de ferimento 120. Sem estar ligado pela teoria, a pressão negativa criada pela bomba de vácuo ou bombas de vácuo 134 pode puxar ambos o fluido de ferimento e as bordas 626 da fistula 122 para cima e em direção às trajetórias de fluxo pré-formadas 614.
[00075] Outras concretizações, conforme mostrado nas Figuras 7A- 7B, podem incluir características estruturais que criam gradientes de pressão e/ou barreiras físicas para direcionarem fluxo de fluido. Tais características estruturais podem incluir barreiras 770 compostas de plástico, metal, ou outros materiais, tais como materiais biocompatíveis. Contudo, devido as barreiras 770 poderem ser incorporadas em uma camada absortiva 701 e não em contato direto com o tecido, materiais não-biocompatíveis podem também serem usados. O curativo absorvente 701 pode ter as propriedades físicas e químicas das várias concretizações dos curativos absorventes aqui discutidos, por exemplo, os curativos absorventes 101, 501a, 501b e 501c.
[00076] As barreiras 770 podem ter uma forma similar à asa, tal como uma forma de asa de aeroplano. Por exemplo, conforme mostrado na Fig. 9C, as barreiras 770 podem ser assimétricas ao longo de uma linha de corda 771 que conecta as bordas condutoras 772 e as bordas de reboque 773 das barreiras 770, criando um arqueamento em que as porções internas 774 das barreiras 770 têm uma espessura t1 maior do que a espessura t2 das porções externas 775 das barreiras 770. As porções internas 774 são direcionadas em direção à uma área do curativo absorvente 701 acima do centro da fistula 122, e as porções externas 775 são direcionadas afastadas a partir da área do curativo absorvente 701 acima do centro da fistula 122. As bordas condutoras 772 podem também ter um ângulo de ataque α relativo à direção de fluxo de fluido 776 a partir da fistula 122. Sem estar ligado pela teoria, acredita-se que a forma similar à asa das barreiras 770 e o ângulo de ataque α leva a vantagem do Princípio de Bernoulli para criar um gradiente de pressão em que a pressão entre as porções internas 774 das barreiras 770 é mais baixa do que a pressão que circunda as porções externas 775 das barreiras 770. Com a aplicação de pressão negativa a partir da bomba de vácuo 134, o fluido de ferimento que escoa a partir da fistula 122 junto com as bordas 626 da fistula 122 direcionará em direção à área de baixa pressão entre as porções internas 774, restringindo a abertura da fistula, e auxiliando no fechamento do ferimento.
[00077] As barreiras 770 podem ser uma estrutura de peça única ou peças múltiplas. Por exemplo, as barreiras 770 podem ser uma estrutura em forma de rosca única e/ou monolítica quando vista de cima, ou as barreiras 770 podem ser asas de sobreposição múltiplas dispostas em um círculo ao redor da área acima da fistula 122. Em concretizações adicionais, as barreiras 770 podem variar de tamanho. Sem estar ligado pela teoria, acredita-se que por variação do tamanho das barreiras 770, por exemplo, incrementalmente de pequena para grande ao redor da circunferência das barreiras 770, a direcionalidade do fluxo de fluido pode ser controlada.
[00078] As barreiras 770 podem ter uma altura a partir das bordas condutoras 772 para as bordas de reboque 773 de cerca de 5 mm a cerca de 40 mm. Em algumas concretizações, as barreiras 770 podem ter uma altura a partir das bordas condutoras 772 para as bordas de reboque 773 de cerca de 10 mm a cerca de 30 mm. As barreiras 770 podem ter uma largura, incluindo a espessura t1 das porções internas 774 e a espessura t2 das porções externas 775, de cerca de 1 mm a cerca de 10 mm. Em algumas concretizações, as barreiras 770 podem ter uma largura, incluindo a espessura t1 das porções internas 774, e a espessura t2 das porções externas 775, de cerca de 1 mm a cerca de 3 mm.
[00079] Em uso, o curativo absorvente 701 incluindo as barreiras 770 pode ser aplicado ao leito de ferimento 120 incluindo a fístula de músculo liso 122. O curativo absorvente 701 pode estar posicionado tal que as bordas condutoras 772 das barreiras 770 estão acima ou entre as bordas 626 da fistula 122. Um material oclusivo 130 pode ser sobreposto no curativo absorvente 701, tal que ele cobre completamente as bordas 125 do leito de ferimento 120. O pessoal médico pode exercer pressão no material oclusivo 130 até que ele adere à pele 124, e cria uma vedação hermética à ar sobre o leito de ferimento 120. O adaptador 131 pode ser conectado a uma fonte de pressão negativa, por exemplo, uma bomba de vácuo 134. A bomba de vácuo 134 pode ser montada com o conector de tubo de vácuo 132 e o tubo de vácuo 133 de modo a se conectar ao adaptador 131. O adaptador 131 pode também ser conectado ao ponto de acesso no material oclusivo 130 para permitir que pressão negativa flua a partir da bomba de vácuo 134 para o curativo absorvente 701. Após ativação da bomba de vácuo 134, pressão negativa pode ser aplicada ao curativo absorvente 701, retirando, desse modo, fluido de ferimento a partir do curativo absorvente 701 e do leito de ferimento 120. Sem estar ligado pela teoria, a pressão negativa criada pela bomba de vácuo 134 pode empurrar ambos o fluido de ferimento e as bordas 626 da fistula 122 para cima, e em direção à área entre as porções internas 774 das barreiras 770.
[00080] Concretizações adicionais, exemplos dos quais são mostrados nas Figuras 8A-8D, podem incluir características estruturais incluindo dispositivos adequados para retirada no fluido de ferimento a partir do leito de ferimento 120 em um padrão ascendente e espiral que pode promover elevação e, ao mesmo tempo, torcimento brando dos tecidos no leito de ferimento 120. O movimento de elevação e de torcimento do tecido à medida que o fluido de ferimento é retirado através do dispositivo pode adicionalmente encorajar as bordas do ferimento a serem retiradas juntas em direção à linha média do leito de ferimento 120, e promove fechamento do ferimento. Conforme mostrado na Fig. 8A, as características estruturais podem incluir um alojamento radial 880 que pode ser incorporado em um curativo absorvente 801. O curativo absorvente 801 pode ter as propriedades físicas e químicas das várias concretizações de curativos absorventes aqui discutidas, por exemplo, os curativos absorventes 101, 501a, 501b e 501c. Oalojamento radial 880 pode estar posicionado tal que um eixo central C do alojamento radial 880 está acima do centro da fistula 122. O alojamento radial 880 pode incluir uma estrutura vazada substancialmente em forma de ampulheta. Alternativamente, o alojamento radial 880 pode incluir um ou mais tubos espiralmente enrolados para formar uma estrutura em forma de cone onde a abertura maior da estrutura em forma de cone faceia a fistula 122. Sem estar ligado pela teoria, acredita-se que em virtude de sua forma e estrutura, o alojamento radial 880 é capaz de girar um fluido que se move através do alojamento radial 880 a uma pressão adequada. O fluido pode incluir um gás, um líquido, ou uma combinação de ambos. Por exemplo, o fluido pode incluir ar filtrado e/ou salina.
[00081] Em algumas concretizações, o fluido pode ser distribuído no alojamento radial 880 sob pressão através de uma tubulação de distribuição 885, tal como por compressor de ar, ou por criação de um efeito Venturi torcido onde o fluido de ferimento se move através de uma área central 886 do alojamento radial 880 retira gás, através da tubulação de distribuição 885 por uma pressão de vácuo. O alojamento radial 880 pode incluir uma tubulação radial 881 que é capaz de receber o fluido a partir da tubulação de distribuição adjacente 885. O fluido pode, em seguida, ser distribuído a partir da tubulação radial 881 na área central 886 do alojamento radial 880, via orifícios de injeção 887. A área central 886 pode ser definida pela tubulação radial 881 do alojamento radial 880. Os orifícios de injeção 887 podem ter diâmetros variados ao longo do comprimento e/ou altura do alojamento radial 880 para promover a rotação e força ascendente do fluido de ferimento e torcimento toroidal resultante do tecido. Por exemplo, os orifícios de injeção 887 podem ser maiores na abertura inferior 882 e menores na zona de constrição de fluxo 883. Alternativamente, os orifícios de injeção 887 podem ser menores na abertura inferior 882, e maiores na zona de constrição de fluxo 883. Em adição, as paredes 888 dos orifícios de injeção 887 podem ser anguladas para direcionar o fluxo do fluido. As paredes 888 dos orifícios de injeção 887 podem ser anguladas tal que o fluido é direcionado ao centro da área central 886.
[00082] Em algumas concretizações, o alojamento radial 880 pode incluir uma tubulação radial contínua única 881, conforme mostrado na Fig. 8B, ou pode incluir peças múltiplas de tubulação radial acopladas juntas. A tubulação radial 881 pode incluir um material flexível, biocompatível, e/ou material biodegradável. Por exemplo, a tubulação radial 881 pode incluir um material polimérico onde cada camada da tubulação radial 881 pode ser flexível em relação às camadas adjacentes, e/ou pode ser flexível em relação a seu contato com o leito de ferimento 120 para proporcionar deambulação do paciente. Em uma concretização, cada camada da tubulação radial 881 pode ser afastada à medida que a tubulação radial 881 ascende para alcançar a forma de ampulheta. Consequentemente, o alojamento radial 880 pode incluir pelo menos três zonas misturadas, cada uma da qual podendo ter um diâmetro diferente. Por exemplo, as três zonas misturadas podem incluir pelo menos uma abertura inferior 882, uma abertura superior 884, e uma zona de constrição de fluxo 883.
[00083] Em algumas concretizações, o fluido de ferimento pode entrar na área central 886 do alojamento radial 880 a partir do leito de ferimento 120 (incluindo a fístula de músculo liso 122), através da abertura inferior 882, e pode sair da abertura superior 884 para a bomba de vácuo 134. Contudo, em algumas concretizações, o alojamento radial 880 pode ser simétrico, tal que ou a abertura inferior 882, ou a abertura superior 884, pode funcionar como a admissão ou descarga de fluido. Consequentemente, qualquer extremidade do alojamento radial 880 pode ser aplicada ao leito de ferimento 120. Em tais concretizações, conforme mostrado na Figura 8C, o lado do alojamento radial 880 que faceia para baixo e tocando o leito de ferimento 120 pode funcionar como a abertura inferior 882, e o lado que faceia para cima em direção à fonte de vácuo, incluindo o tubo de vácuo 133, pode funcionar como a abertura superior 884.
[00084] Em algumas concretizações, a tubulação de distribuição 885 pode ter válvulas, por exemplo, válvulas de uma via, tais como válvulas borboletas, ou válvulas similares em função e/ou estrutura a uma porta giratória, para impedimento de uma reversão de fluxo. Em outras concretizações, o alojamento radial 880 pode ter válvulas de uma via na tubulação de distribuição 885 para impedir o fluido de ferimento de exsudar acima do tubo de vácuo 133 ou bomba de vácuo 134 após a bomba de vácuo 134 ser desligada.
[00085] Conforme também mostrado na Figura 8C, em algumas concretizações, as paredes 888 dos orifícios de injeção 887 podem ser anguladas tal que o fluido é direcionado ao centro da zona de constrição de fluxo 883. Contudo, para os orifícios de injeção 887 mais próximos à abertura inferior 882, os orifícios de injeção 887 podem ser angulados perpendiculares ao eixo central C do alojamento radial 880, de modo a empurrar o fluido em direção ao eixo central C do alojamento radial 880, e resultantemente empurrar as bordas 626 da fistula 122 mais próximas juntas.
[00086] Em algumas concretizações, conforme mostrado na Figura 8D, as paredes 888 dos orifícios de injeção 887 podem ser anguladas em uma direção circunferencial. Sem estar ligado pela teoria, acredita- se que por angulação dos orifícios de injeção 887 em uma direção circunferencial, o fluido será girado em um padrão helicoidal acima do alojamento radial resultando em um torcimento toroidal do fluido e das bordas 626 da fistula 122 que facilita o fechamento da fistula 122.
[00087] Em várias concretizações da presente invenção, o alojamento radial 880 pode compreender um material biodegradável flexível que pode ser comprimido sob a pressão negativa provida pela bomba de vácuo 134. Por exemplo, o alojamento radial 880 pode ser produzido de uma composição que pode se dissolver, tais como cristais de açúcar e/ou um polímero de intestino crômico. Em algumas concretizações, um ou mais aditivos podem, opcionalmente, serem aplicados ao interior do alojamento radial 880 para interagirem com o fluido de ferimento que entra através da abertura inferior 882. Por exemplo, os aditivos podem otimizar pelo menos uma da adesão ou coesão do fluido de ferimento à medida que ele se desloca através do alojamento radial 880, e pode encorajar o torcimento toroidal do fluido de ferimento. Em algumas concretizações, os aditivos podem ser adicionados para facilitar ou tornar lenta a taxa de dissolução do alojamento radial 880, dependendo do resultado desejado em vista das características da fistula 112. Por exemplo, para um alojamento radial 880 produzido de cristais de açúcar, os aditivos podem ser adicionados para tornar lenta a taxa de dissolução, de modo que a dissolução do alojamento radial 880 se correlaciona com a taxa de cura do ferimento.
[00088] Em algumas concretizações, a tubulação radial 881 pode se afilar em diâmetro em direção à zona de constrição de fluxo 883. Em outras concretizações, o diâmetro da tubulação radial 881 pode permanecer constante, ou pode aumentar em direção a zona de constrição de fluxo 883. A tubulação radial 881 pode ter um diâmetro entre cerca de 0,5 mm e cerca de 5 mm. Os orifícios de injeção 887 podem ser circulares na forma, e terem um diâmetro de cerca de 0,1 mm a cerca de 0,7 mm. Contudo, os orifícios de injeção 887 não necessitam serem circulares, e podem ter qualquer outra forma geométrica.
[00089] O alojamento radial pode ter um diâmetro na abertura inferior 882 suficiente para envolver completamente a fístula 122. Para um fistula estomatizada, o alojamento radial pode ter um diâmetro na abertura inferior suficiente para envolver completamente a fistula 122, incluindo as paredes estomatizadas que circundam a fistula. Por exemplo, o alojamento radial 880 pode ter um diâmetro de cerca de 10 mm a cerca de 40 mm. Em algumas concretizações, o alojamento radial 880 pode ter um diâmetro de cerca de 15 mm a cerca de 25 mm.
[00090] Em concretizações adicionais, a tubulação radial 881 do alojamento radial 880 pode ser uma estrutura em forma de ampulheta única. Por exemplo, a tubulação radial 881 pode incluir uma estrutura de parede dupla que recebe fluido a partir da tubulação de distribuição 885, e tem orifícios de injeção na vidraça interna da estrutura de parede dupla, de modo que o fluido pode entrar na área central 886.
[00091] A tubulação de distribuição 885 pode ser um tubo único em um lado do alojamento radial 880, ou pode ser tubos múltiplos em lados opostos do alojamento radial 880, conforme mostrado, por exemplo, nas Figuras 8C-8D. A tubulação de distribuição 885 pode incluir dois ou mais tubos espaçados ao redor da periferia do alojamento radial 880. Alternativamente, o alojamento radial 880 pode ser uma estrutura cilíndrica vazada de parede dupla que circunda o alojamento radial 880, e capaz de distribuir fluido ao redor da circunferência total do alojamento radial 880 na abertura inferior 882. A tubulação de distribuição 885 pode ter um diâmetro similar à tubulação radial 881 do alojamento radial 880. Por exemplo, a tubulação de distribuição 885 pode ter um diâmetro entre cerca de 0,5 mm e cerca de 5 mm.
[00092] Em uso, o curativo absorvente 801 incluindo o alojamento radial 880 pode ser aplicado ao leito de ferimento 120 incluindo a fístula de músculo liso 122. O curativo absorvente 801 pode estar posicionado tal que a abertura inferior 882 do alojamento radial 880 envolve a fístula 122. Um material oclusivo 130 pode ser sobreposto no curativo absorvente 601, tal que ele cobre completamente as bordas 125 do leito de ferimento 120. O pessoal médico pode exercer pressão no material oclusivo 130 até que ele adere à pele 124, e cria uma vedação hermética a ar sobre o leito de ferimento 120. O adaptador 131 pode ser conectada a uma fonte de pressão negativa, por exemplo, uma bomba de vácuo 134. A bomba de vácuo 134 pode ser montada com o conector de tubo de vácuo 132 e o tubo de vácuo 133 de modo a se conectar ao adaptador 131. O adaptador 131 pode também ser conectado ao ponto de acesso no material oclusivo 130 para permitir que a pressão negativa flua a partir da bomba de vácuo 134 para o curativo absorvente 801. Após ativação da bomba de vácuo 134, pressão negativa pode ser aplicada ao curativo absorvente 801, retirando, desse modo, fluido de ferimento a partir do curativo absorvente 801 e do leito de ferimento 120. Sem estar ligado pela teoria, a pressão negativa criada pela bomba de vácuo 134 pode empurrar ambos o fluido de ferimento e as bordas 626 da fístula 122 para cima e em direção à área central 886.
[00093] Referindo-se à Figura 9, em algumas concretizações da presente invenção, um sistema de tratamento de pressão negativa 900 pode adicionalmente incluir uma camada de interface do leito de ferimento 902 entre o curativo absorvente 101 e o leito de ferimento 120. A camada de interface 902 pode ser usada com qualquer das concretizações dos curativos absorventes 101, 501a, 501b, 501c, 601, 701 e 801 descritos acima. A camada de interface do leito de ferimento 902 pode ser uma camada de cura tendo uma afinidade para tecido vivo e/ou fluido de ferimento produzido pelo ferimento. A camada de interface 902 pode formar interações químicas, tais como ligações e/ou atrações químicas, com o tecido no leito de ferimento 120 na interface da camada de interface 902 e o leito de ferimento 120. Em uma concretização, a camada de interface 902 pode formar uma “vedação química” onde as interações químicas promovem fechamento do leito de ferimento 120. O fechamento do leito de ferimento 120 pode reduzir ou eliminar o fluxo de fluido de ferimento fora do leito de ferimento 120. Por exemplo, onde o leito de ferimento 120 inclui uma fístula entérica como a fístula de músculo liso 122, o fluxo de material intestinal fora do leito de ferimento 120 pode se tornar lento e, por último, cessar devido a vedação química.
[00094] Em algumas concretizações, a camada de interface 902 pode proporcionar normalização de pressão negativa no leito de ferimento 120. A distribuição vertical da pressão negativa através do curativo absorvente 101 entre a fonte de pressão de vácuo no material oclusivo 130 e a parte de fundo do curativo absorvente 101 que contata o leito de ferimento 120, ou a camada de interface 902 pode ser variável, dependendo da espessura do curativo absorvente 101. A aplicação da camada de interface 902 entre o curativo absorvente 101 e o leito de ferimento 120 pode intensificar o controle de fluido de exsudado a partir do leito de ferimento 120 pela criação de uma camada uniforme de pressão negativa no leito de ferimento 120. A uniformidade de pressão provida pela camada de interface 902 pode melhorar o fechamento de ferimentos difíceis de fecharem, tais como ferimentos estomatizados onde as paredes internas do ferimento podem se tornarem espessadas, e podem resistir a fechamento.
[00095] Em várias concretizações, a camada de interface 902 pode ser colocada sobre a fístula de músculo liso 122 no leito de ferimento 120. O curativo absorvente 101 pode, em seguida, ser colocado sobre a camada de interface 902. Em várias concretizações, a camada de interface 902 pode ser pelo menos parcialmente acoplada ao curativo absorvente 101. Em algumas concretizações, a camada de interface 902 pode incluir um material à base de éster, por exemplo, um material à base de éster com as propriedades físicas e químicas discutidas acima com relação ao curativo absorvente 101. Em uma concretização, a camada de interface 902 pode incluir um material bio-absorvível. O material bio-absorvível pode incluir um material hidrofílico que pode ter uma afinidade ao tecido da fístula de músculo liso 122. Em uma concretização, o material bio-absorvível pode incluir um material de sutura, tal como sutura de intestino plana cirúrgica absorvível. A sutura de intestino plana é composta de tecido conectivo purificado, e pode absorver no corpo dentro de poucos dias por dissolução enzimática como parte da resposta do corpo a um objeto estranho. Em algumas concretizações, o material bio-absorvível pode incluir um material absorvível de duração mais longa que se dissolve mais lentamente do que as suturas de intestino planas, tais como suturas de intestino crômicas ou Vicryl™. O material à base de éster e/ou o material bio- absorvível pode resistir ao crescimento de tecido a partir da fístula de músculo liso 122.
[00096] Em outra concretização, a camada de interface 902 pode incluir um material hidrofóbico não-absorvível. Por exemplo, o material hidrofóbico pode compreender um emulsão de petróleo, tal como Adaptic®, ou um curativo de ferimento de silicone, tal como Mepitel®. Tal material hidrofóbico pode também resistir à crescimento de tecido a partir da fístula de músculo liso 122.
[00097] Em algumas concretizações, a camada de interface 902 pode ser uma camada delgada tendo uma espessura. Em uma concretização, a espessura pode ser cerca da espessura de uma folha de papel de impressora, tal como cerca de 100 μm. A camada de interface 902 pode incluir uma pluralidade de poros para permitir que o fluido de ferimento produzido pelo leito de ferimento 120 escoe através da camada de interface 902, e no curativo absorvente 101. O diâmetro dos poros podem ser similares à largura/diâmetro de células de músculo liso, tal como entre cerca de 1 μm a cerca de 20 μm. Em uma concretização, a camada de interface 902 pode incluir uma camada única de poros. Em algumas concretizações, a camada de interface 902 pode incluir mais do que uma camada de poros onde cada camada inclui um tamanho de poro substancialmente uniforme, e/ou geometria de poro dentro de cada camada, mas um tamanho de poro diferente, e/ou geometria de poro do que uma camada adjacente ou camadas. Por exemplo, a camada de interface 902 pode incluir uma estrutura de camada e/ou estrutura de poro conforme descrito com referência aos curativos absorventes 501a, 501b e 501c e Figuras 5A-5C acima. Por exemplo, a camada de interface 902 pode incluir camadas alternantes múltiplas em que as camadas entre camadas de tamanho de poro menor e tamanho de poro maior, tal como discutido com relação às Figs. 5A-5B. Em várias concretizações, os poros menores podem ser cerca de 1 μm a cerca de 10 μm, e os poros maiores podem ser cerca de 10 μm a cerca de 20 μm. Em algumas concretizações, a camada de interface 902 pode incluir uma camada com poros maiores intercalada entre duas camadas de poro menor, tal como descrito com referência à Fig. 5C. Esta configuração proporciona uma camada de interface 902 reversível que pode facilitar o uso pela equipe médica. A camada de interface 902 pode também ter poros menores intercalados entre poros maiores, conforme descrito com relação à Fig. 5C acima. Adicionalmente, a camada de interface 902 desta concretização pode incluir poros tendo uma reticulação limitada para reduzir o volume e/ou taxa de fluxo de fluido de ferimento através da camada de interface 902. Em concretizações com a camada de interface 902 tendo camadas múltiplas, a largura total de todas as camadas da camada de interface 902 combinadas pode ser cerca de 100 μm. Em algumas concretizações, a camada de interface 902 pode ser uma película delgada ou folha tendo uma espessura.
[00098] Em uso, a camada de interface 902 pode ser aplicada ao leito de ferimento 120, incluindo a fístula de músculo liso 122 antes da aplicação de qualquer das concretizações dos curativos absorventes 101, 501a, 501b, 501c, 601, 701 e 801 descritos acima.
[00099] Exemplo 1
[000100] Um paciente feminino diagnosticado com doença de Crohn foi hospitalizado tendo três fístulas enterocutânea na junção biliar. Vários tratamentos convencionais foram tentados, mas suas fistulas persistiram, tendo uma taxa de drenagem de fluido de 1000-2000 ml por dia. O paciente foi informado que seu corpo não curaria esta fistula por si próprio, e foi declarado terminal. O paciente concordou com um procedimento experimental em que uma espuma à base de éster foi colocada diretamente nas fistulas. A espuma à base de éster foi composta de espuma de éster de poliuretano reticulada com um tamanho de poro de 133-600 μm vendida sob o nome comercial V.A.C. VeraFlo Cleanse™ Dressing por Kinetic Concepts, Inc. A espuma à base de éster foi feltrada, tal que o tamanho dos poros variou direcionalmente dentro da espuma, onde o tamanho de poro foi maior ao longo do comprimento da espuma do que ao longo da direção de feltragem (isto é, da espessura). A espuma foi colocada diretamente nas fistulas, com a largura da espuma à base de éster perpendicular às fistulas, e uma superfície plana da espuma de éster em contato direto com a fistula, coberta com um material oclusivo, e fixada a um bomba de vácuo, via um tubo de vácuo, conforme exemplificado na Fig. 1. Um segundo tubo de vácuo e bomba foi posicionado na extremidade oposta do ferimento a partir das fistulas, para coletar fluido de drenagem exsudado não coletado pela primeira bomba de vácuo. A espuma à base de éster foi substituída de três em três dias. Dentro de cerca de 12 horas do procedimento experimental, a drenagem de fluido diminuiu a uma taxa de aproximadamente 500 ml/dia. Nos dias procedentes, a drenagem de fluido diminuiu a aproximadamente 200 ml/dia. Em adição, a coloração total, textura e odor do ferimento melhoraram dentro de três dias. O tecido no leito de ferimento melhorou de tecido coberto de lamaçal amarelado a um tecido granular carnudo vermelho. Em adição, do mesmo modo a diminuição na drenagem de fluido, o odor de bile no local do ferimento diminuiu dentro dos primeiros três dias do procedimento experimental também.
[000101] Na descrição precedente, a invenção foi descrita com referência às concretizações específicas. Várias modificações e mudanças podem ser feitas, contudo, sem fugir do escopo da presente invenção conforme colocada. A descrição e figuras são para estarem relacionadas em uma maneira ilustrativa, preferivelmente do que uma maneira restritiva, e todas tais modificações são pretendidas estarem incluídas dentro do escopo da presente invenção. Consequentemente, o escopo da invenção deve ser determinado pelas concretizações genéricas descritas e seus equivalentes legais preferivelmente do que por meramente os exemplos específicos descritos acima. Por exemplo, as etapas citadas em qualquer concretização de método ou processo podem ser executadas em qualquer ordem apropriada, e não são limitadas a ordem explícita apresentada nos exemplos específicos. Adicionalmente, os componentes e/ou elementos citados em qualquer concretização de sistema podem ser combinados em uma variedade de permutações para produzir substancialmente o mesmo resultado como a presente invenção, e não são, consequentemente, limitados à configuração específica citada nos exemplos específicos.
[000102] Por exemplo, enquanto que certas concretizações dos métodos e sistemas descritos acima revelam a retirada de fluido corpóreo sem introdução de qualquer outro fluido de modo a promover cura, tais concretizações podem ser modificadas para opcionalmente introduzir um fluido transportador, tal como ar, água, salina, ou outras soluções ou fluidos no ferimento para adicionalmente encorajar um fluxo desejado de fluido corpóreo, e, desse modo, promover cura.
[000103] Benefícios, outras vantagens e soluções para os problemas foram descritos acima com relação a concretizações particulares. Qualquer benefício, vantagem, solução para os problemas, ou qualquer elemento que possa causar qualquer benefício particular, vantagem ou solução que ocorre ou se torne pronunciada, contudo, não é para ser construída como uma característica ou componente crítico, requerido ou essencial.
[000104] Outras combinações e/ou modificações das estruturas acima descritas, arranjos, aplicações, proporções, elementos, materiais ou componentes usados na prática da presente invenção, em adição àquelas não especificamente exigidas, podem ser variadas ou, de outro modo, particularmente adaptadas a ambientes específicos, especificações de produção, parâmetros de projeto, ou outras requisições de operação, sem fugir dos princípios gerais da mesma.
[000105] A presente invenção foi descrita acima com referência às concretizações específicas. Contudo, mudanças e modificações podem ser feitas às concretizações acima sem fugir do escopo da presente invenção. Estas e outras mudanças ou modificações são pretendidas estarem incluídas dentro do escopo da presente invenção.

Claims (13)

1. Curativo absorvente (501) para aplicar a um leito de ferimento, incluindo uma fístula de músculo liso em um sistema de tratamento de pressão negativa, o curativo absorvente caracterizado pelo fato de que compreende:uma camada lateral do ferimento (550) compreendendo uma primeira espuma adaptada para ser colocada diretamente contra o leito de ferimento e para entrar em contato com o músculo liso sem causar danos celulares substanciais ou danos no ambiente de pressão negativa, a primeira espuma compreendendo um material à base de éster compreendendo poros (551) com um diâmetro de cerca de 0,1 μm a cerca de 50 μm; euma camada intermediária (540) adjacente à camada lateral do ferimento e compreendendo uma segunda espuma com poros (541) maiores que os poros da camada lateral do ferimento, para direcionar um fluxo de fluido do ferimento a partir do leito de ferimento; euma camada oclusiva (130) adjacente à camada intermediária e oposta à camada lateral do ferimento, a camada oclusiva possuindo uma abertura.
2. Curativo absorvente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a camada intermediária inclui uma ou mais trajetórias de fluxo pré-formadas (614).
3. Curativo absorvente, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a uma ou mais trajetórias de fluxo pré- formadas estão dispostas em uma forma similar a ampulheta.
4. Curativo absorvente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a camada intermediária compreende uma ou mais barreiras de forma similar a asa (770) dentro da espuma à base de éster.
5. Curativo absorvente, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que a uma oumais barreiras de formasimilar a asa estão geralmente dispostas em um círculo.
6. Curativo absorvente, de acordo com a reivindicação 1,caracterizado pelo fato de que a camada intermediária compreendeum alojamento radial (880) compreendendo tubulação de distribuição(885) configurada para distribuir um fluido a uma área acima do leito deferimento através de uma pluralidade de orifícios de injeção.
7. Curativo absorvente, de acordo com a reivindicação 6,caracterizado pelo fato de que o alojamento radial possui uma formasimilar a ampulheta.
8. Curativo absorvente, de acordo com a reivindicação 1,caracterizado pelo fato de que o diâmetro dos poros é de cerca de 0,2µm a cerca de 2 µm.
9. Curativo absorvente, de acordo com a reivindicação 1,caracterizado pelo fato de que os poros possuem uma estrutura celularaberta de modo que o fluido de ferimento seja capaz de se difundir entreos poros.
10. Curativo absorvente, de acordo com a reivindicação 1,caracterizado pelo fato de que o diâmetro dos poros é configurada paracorrelacionar com o diâmetro das células ou do material do exsudato.
11. Sistema de tratamento de pressão negativa para otratamento de um leito de ferimento incluindo uma fístula de músculoliso, o sistema de tratamento de pressão negativa caracterizado pelofato de que compreende:
12. Sistema de tratamento de pressão negativa, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que compreende uma camada de interface (902) adaptada para ser colocada entre o curativo absorvente e o leito de ferimento.
13. Sistema de tratamento de pressão negativa, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que ainda compreende uma camada de interface adaptada para ser colocada entre o curativo absorvente e o leito de ferimento, a camada de interface compreendendo opcionalmente um material à base de éster que compreende uma película possuindo poros com um diâmetro de cerca de 0,1 μm a cerca de 50 μm.
BR112016018549-8A 2014-02-14 2015-02-13 Curativo absorvente e sistema de tratamento de pressão negativa BR112016018549B1 (pt)

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