BR112015030087B1

BR112015030087B1 - composição compreendendo ácido láctico tamponado

Info

Publication number: BR112015030087B1
Application number: BR112015030087A
Authority: BR
Inventors: Stridfeldt Chatrine; Forsgren Brusk Ulla; Husmark Ulrika
Original assignee: Essity Hygiene & Health Ab; Sca Hygiene Prod Ab
Priority date: 2013-05-30
Filing date: 2013-05-30
Publication date: 2020-04-07
Also published as: TN2015000471A1; RU2628534C2; EP3003409B1; AU2013390673A1; BR112015030087A2; AU2013390673B2; EP3003409A1; ZA201509182B; ES2698330T3; US9962324B2; MX2015016316A; WO2014193279A1; MX368190B; RU2015156063A; CN105263534A; EP3003409A4; JP2016531164A; US20160128921A1

Abstract

1/1 resumo composição compreendendo ácido láctico tamponado a presente invenção refere-se a uma composição compreendendo um ácido láctico tamponado tendo um ph dentro da faixa de 3,0 a 6,5, caracterizada pelo fato de que a composição é uma composição lubrificante e que a composição apresenta uma atividade aquosa de 0,03 a 0,60. o atrito entre o produto absorvente e a pele/membrana mucosa do usuário é reduzido quando estes se encontram em contato. uma adicional vantagem é que a composição apresenta um ph na faixa acídica, que está próximo do ph da pele e/ou da membrana mucosa.

Description

“COMPOSIÇÃO COMPREENDENDO ÁCIDO LÁCTICO TAMPONADO” Campo técnico [0001] A presente invenção está correlacionada a uma composição compreendendo um ácido láctico tamponado, também, a um creme, um produto de higiene e/ou um absorvente compreendendo a dita composição, e ao uso de um ácido láctico tamponado como lubrificante.

Antecedentes da invenção [0002] A pele funciona como uma barreira do corpo ao ambiente e as membranas mucosas funcionam como forros para as cavidades que são expostas ao ambiente externo e aos órgãos internos. Assim, por exemplo, as áreas urogenitais incluem membranas mucosas.

[0003] Os produtos absorventes, tais como, tampões para uso intravaginal, e produtos absorventes que se desgastam, tais como, fraldas, absorventes higiênicos e produtos de incontinência têm sido há muito tempo usados para absorver fluidos corporais, como, por exemplo, urina e/ou sangue. Outros produtos higiênicos, tais como, lenços e/ou toalhas higiênicas têm sido usados, por exemplo, para fins de limpeza.

[0004] Quando o tampão é inserido na vagina, a membrana mucosa do usuário pode se tornar irritada devido ao atrito entre a membrana mucosa e o tampão. Além disso, se a membrana mucosa for frágil e/ou seca, pode se tornar difícil e doloroso o uso regular de tampões. Também, produtos absorventes e produtos higiênicos que se desgastam, tais como, lenços e/ou toalhas, podem irritar uma pele sensível durante o uso. As consequências do uso podem ser prejudiciais à pele ou à membrana mucosa, com o surgimento de pequenas feridas e irritações. A pele pode ser adicionalmente prejudicada ou irritada quando, por exemplo, a urina ou sangue entram em contato com a pele já prejudicada.

[0005] Problemas com irritação da pele devido ao atrito entre a

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2/21 pele e/ou membrana mucosa de um usuário e produtos absorventes e/ou higiênicos poderão então ocorrer.

[0006] Consequentemente, existe uma necessidade de se reduzir o risco de irritação na membrana mucosa e/ou irritação da pele, especialmente, quando são usados produtos absorventes e/ou higiênicos.

Resumo da invenção [0007] Constitui um objeto da invenção, proporcionar uma composição que reduza o risco de irritação na membrana mucosa e/ou na pele. Outro objetivo da invenção é proporcionar uma composição que proteja a pele e que, por exemplo, aumente a resistência da pele ou da membrana mucosa aos produtos absorventes ou higiênicos que são adaptados para conter urina, sangue e/ou outros fluidos corporais e que entram em contato com a pele ou com a membrana mucosa.

[0008] O problema é solucionado mediante uma composição compreendendo um ácido láctico tamponado tendo um pH dentro da faixa de 3,0 a 6,5, e uma atividade aquosa de valor variando de 0,03 a 0,60. Foi surpreendentemente descoberto que a composição é lubrificante, desse modo, considerada como um lubrificante. A composição é tipo gel, viscosa e fluídica, proporcionando essas características à pele na qual a mesma é aplicada. A composição pode ser usada como tal, por exemplo, na forma de um creme barreira, ou a composição pode ser usada em conjunto com o uso de um produto higiênico ou absorvente. Quando a composição é usada em conjunto com o uso de produtos higiênicos e/ou absorventes, a composição reduz o atrito entre o usuário e um produto absorvente/higiênico, desse modo, possibilitando o uso de tampões, produtos absorventes e produtos higiênicos que se tornam desgastados, como, por exemplo, lenços ou toalhas, por um usuário que possui uma pele sensível e/ou seca, ou um usuário que apresenta uma membrana mucosa frágil.

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3/21 [0009] Uma adicional vantagem é que a composição apresenta um pH na faixa acídica, próximo do pH da pele e/ou da membrana mucosa.

[0010] A composição pode ter como objetivo ser usada em um método de proteção da pele e/ou da membrana mucosa, contra irritação, mediante aplicação na pele e/ou na membrana mucosa de uma camada da composição lubrificante. Desse modo, a composição funciona como uma barreira e quando a composição é usada junto com um produto absorvente e/ou higiênico, o atrito entre a pele e/ou a membrana mucosa do usuário e o produto absorvente e/ou higiênico pode ser reduzido, quando o produto entra em contato com a pele e/ou com a membrana mucosa. Quando a composição é usada junto com um produto absorvente e/ou higiênico, a composição pode ser aplicada ao produto absorvente e/ou higiênico ou pode ser aplicada à pele e/ou à membrana mucosa em uma etapa separada. Uma vantagem da aplicação da composição em uma etapa separada é que a composição pode ser aplicada em uma área na pele e/ou na membrana mucosa onde a composição se faz mais necessária, o que pode ser diferente para diferentes usuários e circunstâncias.

[0011] A composição, alternativamente ou adicionalmente, tem ainda como objetivo o uso em um método para proteção da pele e/ou da membrana mucosa contra irritação, mediante aplicação, em pelo menos uma porção de um produto higiênico e/ou absorvente, de uma camada da composição lubrificante, em que a composição é colocada em contato com a pele do usuário durante o uso. Esses produtos, desse modo, são tornados mais fluidos e macios, tanto localmente como sobre toda a superfície dos produtos, dependendo do local do produto em que a composição lubrificante é aplicada. A composição lubrificante pode ser aplicada nas áreas desgastáveis do produto absorvente que entram em contato com as áreas urogenitais do usuário, pelo que, é proporcionado um produto com vantajosas propriedades de proteção da

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4/21 pele, ao mesmo tempo em que os problemas de irritação da pele são reduzidos.

[0012] A composição pode obter a desejada atividade aquosa mediante secagem. A secagem pode ser realizada em condições controladas e, assim, resultados repetitivos para a atividade aquosa podem ser eficientemente obtidos.

[0013] A composição pode apresentar um pH dentro da faixa de

3,5 a 5,5, o que é vantajoso do ponto de vista de proteção da pele/membrana mucosa.

[0014] A atividade aquosa da composição apresenta valores que variam de 0,03 a 0,60. Assim, por exemplo, a atividade aquosa pode ser de 0,10 a 0,50 ou de 0,10 a 0,30. É vantajoso se manter a atividade aquosa inferior a 0,50, uma vez que a quantidade de água livre na composição é baixa. Uma vez que somente uma pequena quantidade de água livre está presente na composição, o crescimento microbiano pode ser inibido e o produto pode ser mantido higiênico durante o armazenamento. Outra vantagem é que nenhum conservante é necessário.

[0015] O sal de tamponamento do ácido láctico pode ser um sal de metal alcalino de ácido láctico. O sal pode ser, por exemplo, lactato de potássio.

[0016] A composição pode compreender ainda um aditivo substancialmente isento de água. Esses aditivos isentos de água podem adicionalmente contribuir para as propriedades de proteção da pele e/ou da membrana mucosa da composição, desse modo, melhorando as propriedades do produto absorvente. Uma vez que o aditivo é substancialmente isento de água, o crescimento microbiano pode ser evitado. O aditivo isento de água pode ser, por exemplo, um aditivo hidrofóbico e, naturalmente, substancialmente isento de água, tais como, os óleos, ceras e graxas. A adição

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5/21 dessas substâncias hidrofóbicas pode aumentar as propriedades tipo barreira da formulação e, consequentemente, melhorar a proteção da pele contra substâncias irritantes. Exemplos de óleos incluem os óleos vegetais e minerais. Exemplos de ceras incluem vaselina, cera de abelha, cera de silicone e ceras vegetais. Exemplos de graxas incluem lanolina e manteiga de cacau.

[0017] Os aditivos podem também ser secos para se tornarem substancialmente isentos de água. Exemplos de aditivos que podem ser secos e contribuir para o amaciamento e/ou prevenção de infecção/irritação, incluem: agentes botânicos ativos, substâncias prebióticas, bactérias probióticas, minerais, aditivos inorgânicos, sais e vitaminas. O aditivo usado na composição de acordo com a presente invenção pode ser escolhido dentre esses tipos de aditivo.

[0018] A quantidade de ácido láctico tamponado na composição pode ser de 10 a 100% em peso, com base no peso total da composição. Dentro dessa faixa, além de apresentar satisfatórias propriedades lubrificantes, a composição também apresenta preferíveis propriedades de regulação de pH.

[0019] Além disso, a invenção refere-se a um produto higiênico compreendendo a composição definida acima.

[0020] Também, a invenção refere-se a um produto absorvente compreendendo a composição definida acima. A composição pode ser localizada sobre ou em uma camada superficial do produto absorvente, cuja camada se opõe ao usuário durante o uso. Desse modo, a composição pode entrar em contato com a pele ou com a membrana mucosa do usuário e, assim, o atrito entre o produto e a pele e/ou membrana mucosa pode ser diminuída.

[0021] Ainda outro aspecto da invenção refere-se ao uso de um ácido láctico tamponado como lubrificante, em que o lubrificante apresenta um pH dentro da faixa de 3,0 a 6,5 e uma atividade aquosa de valores variando de

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0,03 a 0,60. O ácido láctico tamponado pode ser seco para se obter a desejada atividade aquosa.

[0022] Outras características e vantagens da invenção serão descritas abaixo, fazendo-se também referência aos desenhos anexos.

Descrição detalhada [0023] O termo “produto absorvente” significa um produto que absorve ou que é adaptado para absorver fluidos corporais, tais como, urina ou sangue. A expressão “produto absorvente desgastável” significa um artigo absorvente que deverá ser desgastado por um usuário, tal como, uma fralda, uma fralda tipo calça, um lenço higiênico, um forro de calça ou um produto de incontinência.

[0024] O termo “produto higiênico” significa um produto higiênico para limpeza pessoal e/ou limpeza por esfregamento.

[0025] O produto higiênico pode compreender um material tecido e/ou um material não tecido. Exemplos de produtos higiênicos incluem lenços úmidos, lenços secos, panos de lavagem, emplastros, guardanapos, lenços em geral, artigos de limpeza pessoal, tais como lenços de remoção de maquiagem ou com fins de limpeza.

[0026] O termo “tamponado” significa que um sal de ácido fraco (ou base) foi adicionado a uma composição para resistir a mudanças na sua acidez (ou alcalinidade) e, então, o pH da composição se torna estabilizado.

[0027] O termo “atividade aquosa” de uma composição é definido como a proporção da pressão de vapor da água na composição (p) para a pressão de vapor da água pura (p0), sob a mesma temperatura. Consequentemente, a atividade aquosa da água pura será: aw = 1,0. A atividade aquosa pode ser também expressa como água “livre” ou “disponível” na composição. A atividade aquosa afeta as propriedades físicas da composição, assim como, as velocidades de deterioração de reações e de

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7/21 crescimento microbiano durante o armazenamento.

[0028] O termo “lubrificação” ou “lubrificante” significa uma substância ou composição que serve para lubrificar, desse modo, tornando deslizante uma superfície sobre a qual a composição é aplicada.

[0029] O produto absorvente de acordo com a presente invenção pode ser, por exemplo, um tampão, uma fralda, um lenço higiênico ou um produto de incontinência, e compreende ainda uma composição lubrificante.

[0030] De acordo com a presente invenção, a composição lubrificante compreende um ácido láctico tamponado tendo um pH dentro da faixa de 3,0 a 6,5, e uma atividade aquosa menor ou igual a 0,60, por exemplo, variando de 0,03 a 0,60. Foi agora surpreendentemente descoberto que a composição é do tipo gel e de consistência deslizante, desse modo, proporcionando um efeito lubrificante quando usada em produtos absorventes. A composição é também ligeiramente acídica e, assim, adequada para uso em estreito contato com a pele e/ou com a membrana mucosa de um usuário do produto absorvente. Além disso, uma vez que a composição é seca para apresentar uma baixa atividade aquosa, não existe nenhum ou apenas um risco bastante pequeno de crescimento microbiano na composição, pelo que, nenhum conservante é necessário. Portanto, a composição foi encontrada como sendo adequada para uso em produtos absorventes. A quantidade de ácido láctico tamponado pode ser de 10 a 100% em peso.

[0031] O pH da composição pode se dispor dentro da faixa de 3,5 a 5,5, uma vez que a pele humana e a membrana mucosa são ligeiramente acídicas. Assim, o risco de irritação da pele pode ser reduzido. O pH da composição pode ser modificado ou ajustado através da variação da proporção do sal de tamponamento e do ácido láctico na referida composição. O sal de tamponamento pode ser, por exemplo, um sal de metal alcalino terroso ou um sal de metal alcalino de ácido láctico. Também, soluções alcalinas, como, por

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8/21 exemplo, solução de hidróxido de potássio, podem ser usadas para tamponar o ácido láctico.

[0032] A atividade aquosa da composição varia de 0,03 a 0,60, podendo ser obtida mediante secagem da composição para uma desejada atividade aquosa. A atividade aquosa pode variar de 0,10 a 0,50, por exemplo, de 0,10 a 0,30, pelo que, uma proliferação microbiana muito baixa ou praticamente nenhuma ocorre na composição.

[0033] A composição pode compreender um aditivo substancialmente isento de água. Conforme mencionado acima, o aditivo isento de água pode ser, por exemplo, um aditivo hidrofóbico e, naturalmente, substancialmente isento de água, como, por exemplo, os óleos, ceras e graxas. A adição dessas substâncias hidrofóbicas pode aumentar as propriedades tipo barreira da formulação e, consequentemente, melhorar a proteção da pele contra substâncias irritantes. Exemplos de óleos incluem óleos vegetais e óleos minerais. Exemplos de ceras incluem vaselina, cera de abelha, cera de silicone e ceras vegetais. Exemplos de graxas incluem lanolina e manteiga de cacau.

[0034] Os aditivos podem também ser secos para se tornarem substancialmente isentos de água. Exemplos de aditivos que podem ser secos e contribuir para o amaciamento e/ou prevenção de infecção/irritação, incluem: agentes botânicos ativos, substâncias prebióticas, bactérias probióticas, minerais, aditivos inorgânicos, sais e vitaminas. Os aditivos melhoram ainda as propriedades da composição, tornando a composição macia e proporcionando à pele e/ou à membrana mucosa propriedades de proteção para a composição. O aditivo pode ser adicionado à composição após o ácido láctico tamponado ter sido seco para uma desejada atividade aquosa. Se o aditivo precisar ser seco, ele pode ser adicionado à composição antes da secagem e ser seco como uma mistura. A quantidade do aditivo isento de água pode ser de 0 a 90% em peso, baseada no peso seco total da composição, por exemplo, a

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9/21 quantidade é de 0 a 40% em peso, baseada no peso total da composição.

[0035] De acordo com uma modalidade da invenção, um produto higiênico e/ou absorvente compreende a composição acima definida. A composição pode ser adicionada sobre pelo menos uma porção do produto, de modo a ser transferida para a pele do usuário durante o uso. A composição é então usada em um método de proteção da pele e/ou membrana mucosa contra irritação, mediante aplicação em pelo menos uma porção do produto de uma camada da composição lubrificante, que é depois transferida para a pele do usuário durante o uso.

[0036] De acordo com a presente invenção, a composição compreendendo o ácido láctico tamponado pode ser revestida na superfície do produto higiênico e/ou absorvente, por exemplo, numa folha superior que se opõe ao usuário de um produto absorvente desgastável. A composição pode ser revestida sobre o produto, de modo que a composição seja localizada sobre ou numa camada superficial do produto absorvente. Toda a superfície do produto pode ser revestida com a composição, ou apenas uma porção do produto pode ser revestida com a composição. O revestimento pode ser realizado, por exemplo, mediante imersão do produto, como, um pano de limpeza, na composição. A composição pode ser adicionada a uma ou diversas das mencionadas posições. A composição pode ser aplicada por meio de qualquer adequado método de aplicação, como, por exemplo, pulverização, revestimento e/ou impressão. A composição pode ser aplicada ao artigo higiênico/absorvente numa quantidade variando de 1-100 g/m².

[0037] O produto absorvente pode apresentar diversas partes que entram em contato com a pele ou com a membrana mucosa na área urogenital do usuário. Durante o uso, pode ser provocada uma irritação nas áreas em que o produto absorvente faz contato com a pele, tal como, nas áreas em torno da cintura, dos quadris e pernas, ou no caso de um tampão, na membrana

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10/21 mucosa da vagina. A irritação pode ser também causada nas áreas urogenitais do usuário, que se encontra na área de gancho ou do produto possível de desgaste. Essas áreas são também áreas úmidas dos produtos absorventes, isto é, áreas em que o produto absorvente recebe e armazena urina e/ou sangue. A composição da presente invenção protege a pele contra irritação.

[0038] De acordo com a presente invenção, o produto absorvente possível de desgaste pode compreender a composição lubrificante sobre uma parte da superfície do produto, por exemplo, nas partes da folha superior do produto ou na superfície de topo de um tampão, que se encontra em contato com a pele e/ou com a membrana mucosa do usuário. A composição lubrificante pode ser aplicada nas partes do produto que entram em contato com as áreas urogenitais do usuário, por exemplo, na região do gancho do produto absorvente possível de desgaste. Quando a composição lubrificante é aplicada na região do gancho do produto absorvente, as propriedades de proteção da pele do agente lubrificante podem ser utilizadas nas áreas urogenitais sensíveis do usuário.

[0039] Alternativamente, o agente lubrificante pode ser aplicado nas partes do produto absorvente onde existe o risco de irritação da pele e, assim, a composição lubrificante pode adicional ou alternativamente ser aplicada em qualquer porção do artigo que está em contato com a pele do usuário, durante o uso. Essas porções incluem ainda as regiões das bordas da folha superior, abas laterais elásticas, abas tipo barreira, asas, cintos em uma fralda contendo cinto, e/ou a porção de cintura, porção do quadril, bordas externas do produto absorvente, partes externas de pregas verticais e/ou sobre as partes úmidas do produto.

[0040] A composição pode ser também aplicada à pele ou à membrana mucosa para proteção contra irritação.

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Breve descrição dos desenhos [0041] A seguir, a invenção será descrita em maiores detalhes, fazendo-se referência às figuras que são mostradas nos desenhos anexos. Nos desenhos:

- a Figura 1 mostra um tampão compreendendo a composição de acordo com a invenção;

- as Figuras 2a-2d mostram exemplos de forros de calcinha feminina compreendendo a composição de acordo com a invenção;

- a Figura 3 mostra uma toalha higiênica compreendendo a composição de acordo com a invenção;

- a Figura 4 mostra uma fralda compreendendo a composição de acordo com a invenção;

- a Figura 5 mostra uma fralda compreendendo um cinto, também compreendendo a composição de acordo com a invenção;

- a Figura 6 mostra uma vista frontal da disposição usada no Exemplo 1 para medir a força de deslizamento;

- a Figura 7 mostra uma vista lateral da disposição usada no Exemplo 1 para medir a força de deslizamento;

- a Figura 8 mostra um diagrama com os valores medidos da força de deslizamento; e

- a Figura 9 mostra um diagrama com os valores medidos de pH.

[0042] O tampão (100) mostrado na Figura 1 compreende um corpo de absorção (102), incluído em uma coberta permeável a líquido (103) tendo duas extremidades de cordão retiráveis (104) que são unidas na forma de um nó (105). O tampão (100) apresenta um formato de projétil alongado, com uma direção longitudinal (L) e uma direção radial (R) perpendicular à direção longitudinal (L), e uma extremidade de inserção (106) e uma extremidade de retirada (107), além de uma parte intermediária (108). A

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12/21 extremidade de inserção (106), extremidade de retirada (107) e a parte intermediária (108) ocupam aproximadamente um terço da extensão total do tampão (100). A extremidade de inserção é mostrada com uma ponta arredondada (117) e uma superfície terminal de retirada plana (120). A extensão do tampão entre a ponta (117) e a superfície terminal de retirada (120) pode ser determinada por meio de um compasso deslizante. Os tampões, normalmente, apresentam uma extensão no estado seco, não expandido, de 30 a 70 mm, mais comumente, de 40 a 50 mm. A extensão, normalmente, irá variar com o tamanho e a capacidade de absorção do modelo do tampão. Na Figura 1, toda a superfície do tampão (100) é revestida com a composição de lubrificação (111), conforme a presente invenção. A composição lubrificante sobre a superfície do tampão, desse modo, reduz o atrito entre o tampão e a membrana mucosa da vagina do usuário.

[0043] O tampão (100) é provido de fendas ou canais que se estendem longitudinalmente, na forma de linhas de compressão (108, 109). As linhas de compressão são modeladas na forma de onda, conforme a Figura 1, mas, podem ser retas ou de qualquer outro adequado formato.

[0044] Conforme descrito acima, a composição lubrificante da presente invenção pode ser também usada em produtos absorventes possíveis de desgaste, para reduzir o atrito entre o produto absorvente e, por exemplo, a região urogenital do usuário e/ou outras áreas do corpo do usuário.

[0045] O agente lubrificante pode ser usado no produto absorvente possível de desgaste, para reduzir o atrito entre o dito produto absorvente e a região urogenital do usuário.

[0046] As Figuras 2a-2d mostram, de forma esquemática, exemplos de um forro de calcinha feminina (200), de acordo com a presente invenção. De um modo geral, todos os forros de calcinha feminina (200) compreendem uma camada de cobertura na forma de uma folha superior

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13/21 permeável a líquido (201), conforme mostrado na Figura 2a, a qual é disposta no lado do forro de calcinha (200), que, durante o uso, se posiciona opostamente ao usuário. O forro de calcinha compreende também uma segunda camada de cobertura, uma folha inferior (não mostrado), que durante o uso, se opõe afastada do usuário. Além disso, o forro de calcinha (200) compreende um núcleo absorvente (não mostrado), disposto entre a folha superior (201) e a folha inferior. A folha superior e a folha inferior podem ser unidas na região de reforço (203), conforme mostrado na Figura 2a, por exemplo, por meio de cola ou soldagem ultrassônica. Outros meios de união do forro de calcinha podem ser também usados.

[0047] Conforme melhor mostrado nas figuras 2a e 2d, a composição lubrificante é revestida na região de gancho (219) do forro de calcinha (200). A composição lubrificante é aplicada sobre a superfície do forro de calcinha (200). A composição lubrificante pode ser posicionada nas áreas do produto absorvente possível de desgaste que entram em contato com a região urogenital do usuário, isto é, as áreas da região do gancho do produto absorvente possível de desgaste. Desse modo, o atrito pode ser reduzido entre o produto absorvente e o usuário, ao mesmo tempo em que uma ótima proteção da pele é provida, devido ao baixo pH da composição.

[0048] Conforme mostrado nas Figuras 2c e 2d, a composição lubrificante é revestida na superfície na forma de um padrão manchado, que pode ser obtido, por exemplo, por meio de estampagem ou impressão. Na modalidade mostrada na Figura 2, a composição lubrificante é revestida na superfície com padrão de tiras, que pode ser obtido, por exemplo, também, por meio de impressão.

[0049] Geralmente, o método de impressão pode ser escolhido a partir de qualquer meio adequado, por exemplo, impressão flexográfica, impressão por gravura ou impressão digital, utilizando, por exemplo, uma

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14/21 aplicação de spray.

[0050] Logicamente, qualquer método de revestimento e diferentes padrões de revestimento podem ser usados, em todos os tipos de tampões e/ou de produtos absorventes possíveis de desgaste.

[0051] Em outra modalidade, somente as bordas externas na região de reforço (203), conforme ilustrado na Figura 2a, são revestidas com a composição de lubrificação para reduzir o atrito entre as coxas do usuário e o forro de calcinha, desse modo, reduzindo o risco de irritação.

[0052] Em ainda outra modalidade, toda a superfície do forro de calcinha (200) é revestido com a composição lubrificante.

[0053] A Figura 3 mostra um artigo absorvente (300), em conformidade com a presente invenção. O artigo absorvente (300) compreende uma camada de cobertura na forma de uma folha superior permeável a líquido (301), a qual é disposta sobre o lado do absorvente (300), que durante o uso se opõe ao usuário. O artigo absorvente (300) compreende também uma segunda camada de cobertura, uma folha inferior (não mostrada), que durante o uso também se opõe afastada do usuário. O artigo absorvente (300) compreende ainda um núcleo absorvente disposto entre a folha superior (301) e a folha inferior. A folha superior e a folha inferior são unidas na região de reforço (303) por meio de colagem ou soldagem ultrassônica. O artigo absorvente ou toalha higiênica compreende ainda abas (305), para facilitar a fixação do dito artigo absorvente a uma roupa de baixo. O artigo absorvente (300) pode compreender a composição lubrificante na região do gancho do absorvente, isto é, aproximadamente na área localizada entre as abas (305), de modo que a composição lubrificante entre em contato com a região urogenital do usuário.

[0054] Alternativamente, as bordas externas na região de reforço (303) e/ou as abas são revestidas com a composição de lubrificação (311) para reduzir o atrito entre as coxas do usuário e o forro de calcinha, desse modo,

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15/21 reduzindo o risco de irritação.

[0055] De modo similar, sendo correlacionado com o forro de calcinha mostrado nas Figuras 2a-2d, a composição lubrificante pode ser revestida com um específico padrão na superfície do produto absorvente.

[0056] A Figura 4 mostra uma fralda (400) para uma criança ou um adulto com incontinência, em conformidade com a presente invenção. A fralda compreende uma estrutura de chassis, que compreende uma folha superior permeável a líquido (401), uma folha inferior impermeável a líquido (409) e um corpo ou núcleo absorvente (407) incluído entre estes últimos elementos. A folha superior (401) e o material da folha inferior (409) apresentam uma extensão um pouco maior no plano do que o núcleo absorvente (407), e se estendem para fora das bordas dos mesmos. As camadas (401) e (409) são conectadas entre si dentro das porções que se projetam das mesmas, por exemplo, mediante colagem ou soldagem térmica ou ultrassônica. A folha superior e/ou a folha inferior podem ainda ser fixadas ao núcleo absorvente (407) mediante qualquer método conhecido no segmento da técnica, como, por exemplo, ligação por adesivo, ligação por calor, etc. O núcleo absorvente pode ser também não fixado à folha superior e/ou à folha inferior. A fralda (400) compreende uma porção dianteira (415), pretendida durante o uso de se desgastar na parte da frente do corpo do usuário, uma porção traseira (417), pretendida durante o uso de se desgastar na parte traseira do corpo do usuário, e uma região de gancho mais estreita (419) localizada entre as porções dianteira e traseira, pretendida de se desgastar na região de gancho do usuário, entre as suas pernas. A porção traseira (417) é dotada de um par de abas de fita adesiva (421) ou outro tipo de meio de fixação, tal como, fixadores do tipo gancho e alça. A fralda compreende ainda abas elásticas de barreira (423), que formam barreiras contra vazamento e nas suas bordas mais próximas são presas à folha superior (401). A fralda (400)

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16/21 pode compreender ainda uma característica de cintura elástica, na forma de elementos elásticos (411), que se estendem na direção transversal do artigo, na porção de cintura da mesma.

[0057] A composição lubrificante pode ser revestida sobre parte da superfície que se opõe ao usuário, ou a composição pode ser revestida, por exemplo, na porção dianteira (415) e/ou porção traseira (417), e/ou nas abas de barreira elástica (423), isto é, nas áreas em que existe um risco de irritação, e em que o atrito entre o usuário e a fralda precisa ser reduzido.

[0058] Alternativamente, a composição lubrificante pode ser revestida nas partes da região do gancho (419) que entram em contato com a região urogenital do usuário. Desse modo, conforme exposto acima, o atrito pode ser reduzido entre o produto absorvente e o usuário, ao mesmo tempo em que uma ótima proteção da pele é proporcionada, devido ao baixo pH da composição.

[0059] A fralda (500) mostrada na Figura 5 apresenta uma construção similar à fralda mostrada na Figura 4, exceto em que a fralda (500) compreende porções de cinto (511, 521) fixadas à porção traseira (517) da fralda (500) e pretendidas de serem fixadas juntas em volta da cintura do usuário. Meios de fixação na parte dianteira da fralda são depois fixados à parte exterior do cinto, para fixação conjunta da fralda ao desejado formato do tipo calça. Um exemplo de uma fralda com cinto é mostrado no documento de patente WO 01/00129. De modo similar, e em correlação com a fralda mostrada na Figura 4, a composição lubrificante pode ser revestida na parte da superfície que se opõe ao usuário, ou a composição pode ser revestida, por exemplo, na porção dianteira (515) e/ou porção traseira (517), e/ou nas porções de cinto (511, 521), isto é, nas áreas em que existe um risco de irritação, e em que o atrito entre o usuário e a fralda precisa ser reduzido.

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17/21 [0060] Alternativamente, a composição lubrificante pode ser revestida nas partes da região de gancho (519) que entram em contato com a região urogenital do usuário. Desse modo, conforme exposto acima, o atrito pode ser reduzido entre o produto absorvente e o usuário, ao mesmo tempo em que é provida proteção da pele, devido ao baixo pH da composição.

Exemplos

- Exemplo 1 [0061] Esse teste foi realizado para mostrar se a composição lubrificante compreendendo o ácido láctico tamponado pode ser usada para reduzir forças de cisalhamento e, consequentemente, possíveis irritações, quando a dita composição é usada, por exemplo, sobre as superfícies de tampões.

[0062] O teste foi realizado usando um dispositivo ilustrado nas Figuras 6 e 7. O dispositivo (600) consiste de uma superfície suporte plana (601), disposta com um ângulo de 30° em relação à horizontal, coberta com um filme que foi prolongado e fixado à superfície suporte. Um tampão (603) (Libresse®Normal - nova disposição de cobertura curva) foi montado sobre essa superfície e pressionado de forma padrão sobre essa superfície por meio de uma régua plástica (605). A régua (605) apresentou uma extensão fixa de 20 cm, tendo sido fixada à superfície suporte plana nas extremidades. O tampão foi sempre posicionado no centro da régua, isto é, com 10 cm.

[0063] Um medidor de tração (tensiômetro), modelo DIASTRON MMT 170, mediu a força durante o tracionamento do tampão (603) de sua posição, pressionado à superfície e sob a régua e fora da mesma. A posição Start (partida) foi de 20 mm, o deslocamento de 50 mm e a velocidade de 150 mm/min. Durante o procedimento de tracionamento do

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18/21 tampão, a força foi variada. Na Tabela 1, a força de deslizamento (a força que ocorre quando o tampão começa a se mover) foi registrada.

[0064] Uma vez que existem pequenas variações no tamanho dos tampões, mesmo dentro da mesma embalagem, o mesmo tampão foi medido antes e depois do tratamento com a composição lubrificante contendo o ácido láctico tamponado. Primeiro, a força de deslizamento foi medida três vezes com o tampão sem ser submetido a tratamento, depois, a composição lubrificante foi distribuída sobre a superfície do tampão e a força de deslizamento foi medida mais três vezes. A composição lubrificante foi uniformemente distribuída na metade inferior da superfície do tampão por meio de uma fina escova. A quantidade de composição lubrificante nos tampões foi entre 0,7-0,8 g. Os valores medidos são também mostrados na Tabela 1.

[0065] Nesse teste, diversas e diferentes composições lubrificantes compreendendo ácido láctico tamponado foram testadas. O ácido láctico foi tamponado com lactato de potássio ou hidróxido de potássio. O ácido foi tamponado para diferentes pH. A composição lubrificante foi seca para diferentes níveis, de modo a se obter diferentes atividades aquosas. O instrumento usado para medir a atividade aquosa foi da AquaLab, Modelo Série 3 TE, # de Série TE8105. O instrumento foi calibrado usando cloreto de lítio 13,41 M, e todas as medições foram realizadas à temperatura de 23°C.

[0066] A Tabela 1 mostra as diferentes composições lubrificantes e o pH, atividade aquosa e forças de deslizamento medidos. A força de deslizamento é um valor médio de três repetições.

[0067] Na Figura 8, a força de deslizamento dos tampões é exibida antes e depois do tratamento com a composição lubrificante.

Tabela 1 - Apresenta diferentes amostras: tampões com ácido láctico tamponado e tampão de referência sem ácido láctico.

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No. Tampã o	Sal de tamponament o do ácido láctico	pH Medid o	Atividad e aquosa medida (à 23°C)	Quantidad e de ácido láctico medida (g)	Força de deslizament o (N): com ácido láctico	Força de deslizament o (N): de Referência, sem ácido láctico
1	Lactato de potássio	3,7	0,42	0,79	11,85	17,14
2	Lactato de potássio	4,6	0,41	0,7	12,03	17,93
3	Lactato de potássio	6,2	0,29	0,79	11,62	15,2
4	Lactato de potássio	4	0,8	0,8	11,18	17,43
5	Hidróxido de potássio	3,8	0,4	0,72	10,61	19,23
6	Hidróxido de potássio	5,6	0,34	0,79	10,69	15,55
7	Hidróxido de potássio	7,1	0,23	0,73	12,66	18,81
8	Hidróxido de potássio	4,5	0,76	0,8	10,69	17

[0068] Com base nos resultados dos testes pode ser concluído que ocorreu uma reduzida força de deslizamento para todos os tampões compreendendo a composição lubrificante com ácido láctico. Em todos os casos, os tampões cobertos com a composição mostraram uma força de deslizamento mais baixa, se comparado com o tampão não tratado.

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- Exemplo 2 [0069] Esse teste foi realizado para investigar se a composição lubrificante compreendendo ácido láctico tamponado seria capaz de ajustar o pH na pele, quando usada isoladamente e em uma mistura hidrofóbica com vaselina (neve branca P1 de Sonneborn), de acordo com a Tabela 2.

[0070] Assim, 0,1 g da composição foi aplicada na pele do antebraço de uma pessoa escolhida para teste, na forma de uma pinta circular de cerca de 2 cm de diâmetro, depois coberta por um filme de plástico. A composição foi mantida na pele por 1 hora. Após isso, o excesso da composição lubrificante foi suavemente removido com um pano macio, suavemente descarregado com água deionizada, e suavemente seco com pedaço de papel seco. Depois de mais um minuto, o restante do pH do ar na pele foi medido, usando um medidor de pH (sonda plana VWR™SYMPHONY SB80PI).

[0071] A composição usada foi produzida com 15,2 mL de uma solução de ácido DL-láctico (85% em peso), que foi misturada com 46,6 mL de uma solução de lactato de potássio (50% em peso). Essa mistura foi posteriormente seca em uma câmara de secagem para obter uma atividade aquosa de 0,2. Essa composição lubrificante foi ainda neutralizada em uma condição climática de temperatura de 25°C e umidade relativa (RH) de 50%, o que resultou numa atividade aquosa de 0,3. O pH da composição lubrificante preparada foi medido como sendo de 4,3.

Tabela 2 - As diferentes misturas

Amostra	Gel de Lactato (%)	Vaselina (%)
1	100	0
2	60	40
3	10	90
4	0	100

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Tabela 3 - Valores medidos de pH

Amostra	Valor de partida da pele do antebraço	Valor final da pele do antebraço
1	4,9	3,5
2	5,3	3,5
3	5,3	3,6
4	5,4	5,1

[0072] A Figura 9 mostra o pH na pele do antebraço - antes e depois da exposição às amostras descritas na Tabela 3. Conforme pode ser visto na Figura 9, toda a composição lubrificante contendo o ácido láctico tamponado resultou em um pH de aproximadamente 3,5, após 1 hora de exposição.

[0073] Desse modo, pode ser concluído que a composição lubrificante contendo ácido láctico tamponado foi capaz de ajustar o pH na pele do antebraço, isoladamente ou mistura do com vaselina. O mesmo pH final foi obtido para todas as misturas contendo a composição lubrificante contendo o ácido láctico tamponado.

[0074] As modalidades acima são simplesmente ilustrativas e de nenhum modo idealizadas de limitar a presente invenção.

Claims

Reivindicações

1. COMPOSIÇÃO COMPREENDENDO UM ÁCIDO LÁCTICO TAMPONADO, seco, tendo um pH dentro da faixa de 3,0 a 6,5, caracterizada pela composição ser uma composição lubrificante e adequada para ter contato com a membrana mucosa e/ou com a pele, e em que a composição tem uma atividade aquosa de 0,10 a 0,50, e compreende o ácido lático tamponado em uma quantidade de 60 a 100%, em peso, com base no peso total da composição lubrificante.
2. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo pH da composição estar dentro da faixa de 3,5 a 5,5.
3. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer umadas reivindicações 1 a 2, caracterizada pela atividade aquosa ser de 0,10 a 0,30.
4. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer umadas reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo sal de tamponamento do ácido láctico na composição ser um sal de metal alcalino de ácido láctico.
5. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer umadas reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo sal ser lactato de potássio.
6. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer umadas reivindicações 1 a 5, caracterizada pela composição compreender também um aditivo isento de água.
7. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo aditivo isento de água ser naturalmente isento de água, como, por exemplo, óleos, ceras e graxas.
8. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo aditivo isento de água ser seco, de modo a ser isento de água.
9. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelo aditivo isento de água ser escolhido de substâncias

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2/2 botânicas ativas, substâncias prebióticas, bactérias probióticas, minerais, aditivos inorgânicos, sais e vitaminas.