BR112015011025B1 - método, implantado por meio de computador, para determinar a viabilidade de uma lente oftálmica por um processo de fabricação de lente oftálmica - Google Patents
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Abstract
“MÉTODO, IMPLANTADO POR MEIO DE COMPUTADOR, PARA DETERMINAR A VIABILIDADE DE UMA LENTE OFTÁLMICA POR UM PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE LENTE OFTÁLMICA” Trata-se de um método para determinar a viabilidade de uma lente oftálmica por um processo de fabricação de lente oftálmica que compreende: - uma etapa de fornecimento de dados de lente oftálmica, - um conjunto de etapas de fornecimento de parâmetros de superfície, - uma etapa de fornecimento de parâmetros ópticos durante a qual um conjunto de n parâmetros ópticos (P1, P2, …, Pn) é fornecido, em que n é um número inteiro maior que ou igual a 1, em que cada parâmetro óptico Pi é dotado de um valor de tolerância ei, - uma etapa de determinação de verificação de viabilidade durante a qual a viabilidade da lente oftálmica pelo processo de fabricação de lente oftálmica é determinada determinando-se se para i de 1 a n: fórmula (I) com a fórmula (II), o valor da derivada de Pi em relação ao parâmetro de superfície jth aj na superfície nominal e ?aj o valor do parâmetro de superfície jth e Ai uma combinação de termos de ordem maior ou igual a 2 para cada Pi.
Description
[0001] A invenção refere-se a um método para determinar a viabilidade de uma lente oftálmica por um processo de fabricação de lente oftálmica, em que a lente oftálmica é adaptada para um usuário e que compreende pelo menos duas superfícies ópticas, pelo menos uma das quais deve ser fabricada pelo processo de fabricação de lente oftálmica com base em uma superfície correspondente de uma lente oftálmica nominal.
[0002] A discussão do antecedente da invenção no presente documento está incluída para explicar o contexto da invenção. Isso não deve ser tomado como uma admissão de que qualquer um dos materiais referenciados foi publicado, conhecido ou parte do conhecimento geral comum na data de prioridade de qualquer uma das reivindicações.
[0003] Uma lente óptica é tipicamente produzida de material de vidro ou plástico e, em geral, tem duas superfícies opostas que cooperam uma com a outra para fornecer uma receita corretiva requerida. Quando o posicionamento ou formato de uma dessas superfícies em relação uma a outra é imprecisa, erros ópticos podem ser criados.
[0004] A fabricação de uma lente óptica para os requisitos de receita requeridos tipicamente inclui usinar a superfície de uma lente semi-acabada ou um produto bruto de lente. Tipicamente, uma lente semi-acabada tem uma superfície acabada, por exemplo, a superfície anterior e uma superfície inacabada, por exemplo, a superfície de trás. Usinando-se a superfície de trás (também chamada de “superfície posterior”) da lente para remover o material, o formato e posicionamento exigido da superfície de trás em relação à superfície anterior para a receita corretiva desejada poder ser gerada.
[0005] As lentes ópticas e, em particular, as lentes oftálmicas, exigem processo de fabricação de qualidade muito alta a fim de obter lentes ópticas de alta qualidade.
[0006] Todo processo de fabricação de lentes oftálmicas não tem a mesma qualidade, isto é, todos os processos de fabricação não têm capacidade de fabricar uma superfície com a mesma precisão.
[0007] Em certas situações, pode ser muito útil ter um método para verificar previamente a viabilidade de uma lente oftálmica por um processo de fabricação de lente oftálmica.
[0008] Por exemplo, quando um profissional da área de oftamologia encomenda uma lente oftálmica a um fornecedor de lente, o fornecedor de lente precisa ter certeza de que, considerando os processos de fabricação disponíveis, é capaz de fabricar a lente encomendada com qualidade óptica suficiente.
[0009] Pode ser muito útil, para um profissional que projeta lentes, que, ao trabalhar em um novo projeto de lente, tenha um método para verificar se os processos de fabricação à disposição têm uma qualidade suficientemente alta para fabricar lentes com tal novo proj eto.
{0010}Portanto, há a necessidade de um método para determinar a viabilidade de uma lente oftálmica por um processo de fabricação de lente oftálmica.
[0011] Um objetivo da presente invenção é fornecer tal método.
[0012] Para essa finalidade, a invenção propõe um método, implantado por meio de computador, para determinar a viabilidade de uma lente oftálmica por um processo de fabricação de lente oftálmica em que a lente oftálmica é adaptada para um usuário e que compreende pelo menos duas superfícies ópticas, pelo menos uma das quais deve ser fabricada pelo processo de fabricação de lente oftálmica com base em uma superfície correspondente de uma lente oftálmica nominal também chamada de “superfície nominal”, em que o método compreende:
[0013] - uma etapa de fornecimento de dados de lente oftálmica durante a qual os dados que representam as superfícies da lente oftálmica nominal são fornecidos,
[0014] - um conjunto de etapas de fornecimento de parâmetros de superfície durante o qual um conjunto de m parâmetros de superfície (α1, α2, ..., αm) é fornecido, em que m é um número inteiro maior que ou igual a 1, os parâmetros de superfície representam as diferenças em posição e/ou formato da pelo menos uma superfície fabricada de uma lente oftálmica com a superfície nominal,
[0015] - uma etapa de fornecimento de parâmetros ópticos durante a qual um conjunto de n parâmetros ópticos (P1, P2, ..., Pn) é fornecido, em que n é um número inteiro maior que ou igual a 1, em que cada parâmetro óptico Pi é dotado de um valor de tolerância εi definido em referência a um valor nominal Pi,0que é o valor do parâmetro óptico Pida lente oftálmica nominal,
[0016] - uma etapa de determinação deverificação de viabilidade, durante a qual a viabilidade da lente oftálmica pelo processo de fabricação de lente oftálmica é determinada determinando-se se para i de 1 a n:
[0017] com 'no vai or da derivada de Pi em relação ao parâmetro de superfície jth αj na superfície nominal e Δ«j o valor do parâmetro de superfície jth e Ai uma combinação de termos de ordem maior ou igual a 2 para cada Pi.
[0018] Vantajosamente, o método de acordo com a invenção permite checar a viabilidade de uma lente oftálmica por um processo de fabricação de lente oftálmica sem fabricar qualquer lente oftálmica para teste.
[0019] Além disso, a verificação tem como base parâmetros ópticos que são os parâmetros mais relevantes para uma lente oftálmica devido ao fato de que os mesmos estão relacionados ao usuário final das lentes: o usuário da lente. De fato, embora os parâmetros de superfície possam ser parâmetros interessantes, o objetivo maior de uma lente oftálmica é fornecer propriedades ópticas, ter capacidade para realizar uma verificação de viabilidade com base nos parâmetros ópticos é mais relevante.
[0020] O método de acordo com a invenção também pode ser usado para determinar o método de fabricação mais adequado para fabricar uma dada lente oftálmica. Em particular, um indivíduo pode selecionar o método de fabricação que tem o melhor valor financeiro.
[0021] O método de acordo com a invenção também pode ser usado para segmentar diversos processos de fabricação de lentes oftálmicas de acordo com o tipo de lentes oftálmicas a serem fabricadas. Portanto, processos de alta qualidade são usados apenas quando tal alta qualidade é exigida para a qualidade óptica da lente oftálmica fabricada e processos de qualidade mediana podem ser usados para fabricar lentes oftálmicas menos exigentes.
[0022] De acordo com modalidades adicionais que podem ser consideradas sozinhas ou em qualquer combinação possível:
[0023] ♦ durante a etapa de determinação de verificação de viabilidade pelo menos parte, por exemplo, todas as verificações de viabilidade são determinadas definindo-se para i de 1 a n:
[0024] Com va]_or segunda derivada de Pi em relação ao parâmetro de superfície jth αj e o parâmetro de superfície kth αkna superfície nominal, Δ«j o valor do parâmetro de superfície jth e Δαk o valor do parâmetro de superfície kth; e/ou
[0025] ♦ durante a etapa de determinação de verificação de viabilidade pelo menos parte, por exemplo, todas as verificações de viabilidade são determinadas definindo-se Ai = 0; e/ou
[0026] ♦ a lente oftálmica é uma lente oftálmica multifocal progressiva; e/ou
[0027] ♦ a superfície fabricada é uma superfície não simétrica; e/ou
[0028] ♦ pelo menos um parâmetro óptico édeterminado mediante dadas condições de uso definidas por pelo menos uma posição de uma das superfícies da lente oftálmica, por exemplo, a superfície posterior da lente oftálmica, em relação a uma posição do centro de rotação do olho do usuário e um ângulo pantoscópico e um ângulo de correção ótica da lente oftálmica; e/ou
[0029] ♦ as condições de uso são definidas apartir de medições no usuário e uma armação de óculos escolhida pelo usuário; e/ou
[0030] ♦ o pelo menos um parâmetro óptico édeterminado mediante condições usuais de uso com uma direção de visualização primária que cruza a cruz de fixação da lente oftálmica, uma distância entre o centro de rotação do olho do usuário e uma face posterior da lente oftálmica de 27 mm, o ângulo pantoscópico de 8° e o ângulo de correção ótica de 0°; e/ou
[0031] ♦ pelo menos um parâmetro óptico édeterminado com a lente oftálmica em uma posição com relação ao olho do usuário, definida por um ângulo pantoscópico de 8°, uma distância lente-pupila de 12 mm, um centro de rotação pupila-olho de 13,5 mm e um ângulo de correção ótica de 0°; e/ou
[0032] ♦ pelo menos um parâmetro óptico é umparâmetro óptico local, por exemplo, o pelo menos um parâmetro óptico é selecionado dentre uma lista que consiste em: potência esférica, eixo geométrico e amplitude de astigmatismo, desvio prismático vertical, desvio prismático horizontal, desvio prismático total; e/ou
[0033] ♦ pelo_ menos_ um_ parametro_ optico_ e_definido em pelo menos um ponto de referência, por exemplo, o pelo menos um ponto de referência é selecionado dentre uma lista que consiste em: o ponto de visão próximo, o ponto de visão distante, o ponto de referência de prisma, a cruz de fixação; e/ou
[0034] ♦ pelo menos um parâmetro óptico é um parâmetro óptico global, por exemplo, definido em uma zona que corresponde a um cone de visão, em que o cone de visão é um cone com o eixo geométrico do cone de visão que passa através do centro de rotação do olho e um ponto de referência da lente oftálmica, por exemplo, o ponto de visão próximo, o ponto de visão distante, o ponto de referência de prisma, a cruz de fixação, a abertura do cone de visão que é maior que ou igual a 5°, por exemplo, maior que ou igual a 10°, e menor que ou igual a 20°, por exemplo, menor que ou igual a 15°; e/ou
[0035] ♦ pelo menos um parâmetro óptico é selecionado na lista de parâmetros ópticos definidas em um dos padrões ISO 8980-1, ou ISO 8980-2, ou ISO 21987; e/ou
[0036] ♦ os valores de tolerância são definidos como em um dos padrões ISO 8980-1, ou ISO 8980-2, ou ISO 21987; e/ou
[0037] ♦ o valor Δ«j do parâmetro de superfície jth é um valor médio de tal parâmetro de superfície, por exemplo, o valor médio dos parâmetros de superfície obtidos em lentes oftálmicas similares; e/ou
[0038] ♦ o conjunto de m parâmetros de superfície (α1, α2, ..., αm) compreende pelo menos parâmetros de posição e parâmetros de deformação; e/ou
[0039] ♦ os_ valores_ de_ parametros_ de_superfície são obtidos por um método implantado por meio de computador para determinar parâmetros de superfície que definem a posição relativa de uma superfície derivável fabricada em relação a uma superfície nominal, em que o método compreende:
[0040] - uma etapa de fornecimento de superfície nominal durante a qual uma superfície nominal de uma lente oftálmica montada em uma armação nominal de referência e que corresponde à superfície derivável teoricamente a ser fabricada com um valor nominal dos parâmetros de posição que definem a posição da superfície nominal em relação à superfície de referência é fornecida,
[0041] - uma etapa de fornecimento de superfície medida durante a qual uma superfície medida da superfície derivável fabricada expressa na armação nominal de referência é fornecida,
[0042] - uma etapa de fornecimento de superfície de deformação durante a qual pelo menos uma superfície de deformação definida por pelo menos um parâmetro ajustável de deformação é fornecida,
[0043] - uma etapa de determinação de superfície composta durante a qual uma superfície composta é determinada adicionando-se a superfície medida e a superfície de deformação,
[0044] - uma etapa de determinação de parâmetro de superfície durante a qual os parâmetros de posição e pelo menos um parâmetro de deformação são determinados minimizando-se a diferença entre a superfície nominal e a superfície composta; e/ou
[0045] ♦ o_ parametro_ etapa_ de_ determinacaocompreende, adicionalmente, uma etapa de determinação de zona na qual uma zona de interesse é determinada na superfície nominal e a posição e os parâmetros de deformação são determinados minimizando-se a diferença entre a superfície nominal e a superfície composta na zona de interesse; e/ou
[0046] ♦ o parâmetro etapa de determinação é implantado usando-se processos dos mínimos quadrados amortecidos; e/ou
[0047] ♦ os parâmetros de posição compreendem pelo menos seis parâmetros, por exemplo, três parâmetros de translação (Tx, Ty, Tz) e três parâmetros de rotação (Rx, Ry, Rz) da pelo menos uma superfície fabricada da lente oftálmica em relação a pelo menos uma superfície correspondente da lente oftálmica nominal; e/ou
[0048] ♦ a superfície de deformação corresponde a uma superfície esfero-tórica definida por um parâmetro de esfera, um parâmetro de cilindro e um parâmetro de eixo geométrico; e/ou
[0049] ♦ a superfície de deformação corresponde a um cone circular direito definido por um parâmetro de eixo geométrico e um parâmetro de ângulo.
[0050] De acordo com um aspecto adicional, a invenção se refere a um produto de programa de computador que compreende uma ou mais sequências armazenadas de instruções que são acessíveis a um processador e que, quando executadas pelo processador, fazem com que o processador realize as etapas do método de acordo com a invenção.
{0051}A invenção se refere, adicionalmente, a um meio legível por computador que realiza uma ou mais sequências de instruções do produto de programa de computador de acordo com a invenção.
[0052] Além disso, a invenção se refere a um programa que faz com que um computador execute o método da invenção.
[0053] A invenção também se refere a um meio de armazenamento legível por computador que tem um programa gravado no mesmo; em que o programa faz com que o computador execute o método da invenção.
[0054] A invenção se refere, adicionalmente, a um dispositivo que compreende um processador adaptado para armazenar uma ou mais sequências de instruções e para realizar pelo menos uma das etapas do método de acordo com a invenção.
[0055] A menos que especificamente declarado de outro modo, conforme evidente a partir das discussões a seguir, é verificado que, durante todas as discussões do relatório descritivo, a utilização de termos como "computar", "calcular", "gerar" ou similares, se referem à ação e/ou processos de um sistema de computação ou de computador, ou dispositivo de computação eletrônico similar que manipula e/ou transforma os dados representados como físicos, como eletrônicos, quantidades dentro dos registros e/ou memórias do sistema de computação em outros dados representados de modo similar como quantidades físicas dentro dos registros, memórias do sistema de computação ou outros tais dispositivos de exibição, transmissão ou armazenamento de informações.
[0056] As_ modalidades_ da_ presente_ invencaopodem incluir aparelhos para realizar as operações no presente documento. Esse aparelho pode ser especialmente construído para os propósitos desejados ou o mesmo pode compreender um computador de propósito geral ou Processador de Sinal Digital ("DSP") ativado de modo seletivo ou reconfigurado por um programa de computador armazenado no computador. Tal programa de computador pode ser armazenado em um meio de armazenamento legível por computador, como, porém, sem limitação, qualquer tipo de disco que inclui discos flexíveis, discos ópticos, CD-ROMs, discos ópticos magnéticos, memórias de apenas leitura (ROMs), memórias de acesso aleatório (RAMs) memórias de apenas leitura eletricamente programável (EPROMs), memórias de apenas leitura eletricamente programáveis e apagáveis (EEPROMs), cartões ópticos ou magnéticos ou qualquer outro tipo de mídia adequado para armazenar instruções eletrônicas e com capacidade de ser acoplada a um barramento de sistema de computador.
[0057] Os processos e exibições apresentados no presente documento não estão inerentemente relacionados a qualquer particular computador ou outro aparelho. Diversos sistemas de propósito geral podem ser usados com programas de acordo com os ensinamentos no presente documento ou os mesmos podem se mostrar convenientes para construir um aparelho mais especializado para realizar o método desejado. A estrutura desejada para uma variedade desses sistemas irá aparecer a partir da descrição abaixo. Além disso, as modalidades da presente invenção não são descritas com referência a qualquer linguagem de programação particular. Será verificado que uma variedade de linguagens de programação pode ser usada para implantar os ensinamentos das invenções, conforme descrito no presente documento.
[0058] As modalidades não limitantes da invenção serão descritas agora com referência aos desenhos anexos, nos quais:
[0059] - A Figura 1 é um fluxograma querepresenta as etapas de um método de acordo com uma modalidade da invenção,
[0060] - A Figura 2 ilustra o eixo geométricode astigmatismo Y de uma lente na convenção TABO,
[0061] - A Figura 3 ilustra o eixo geométricode cilindro YAX em uma convenção usada para caracterizar uma superfície asférica,
[0062] - A Figura 4 ilustra a esfera local aolongo de qualquer eixo geométrico,
[0063] - As Figuras 5 e 6 mostram definiçõesde referência em relação a micromarcações, para uma superfície que apoia micromarcações e para uma superfície que não apoia as micromarcações, respectivamente,
[0064] - As Figuras 7 e 8 mostram,esquematicamente, sistemas ópticos de olho e lente,
[0065] - A Figura 9 mostra um traçado de raiodo centro de rotação do olho,
[0066] - A Figura 10 é uma tabela que ilustraum exemplo de implantação da invenção,
[0067] - A Figura 11 é uma tabela que ilustraum exemplo adicional de implantação da invenção,
[0068] Uma lente progressiva compreende pelo menos uma, mas preferencialmente duas superfícies esféricas simétricas não giráveis, por exemplo, porém, sem limitação a, superfície progressiva, superfície regressiva, superfícies tórica ou atórica.
[0069] Conforme é conhecida, uma curvatura mínima CURVmínde uma superfície é definida em qualquer ponto na dita superfície pela fórmula:
[0070] Em que Rmáxé o raio máximo de curvatura da superfície, expresso em metros e CURVmíné expressa em dioptrias.
[0071] De modo similar, uma curvatura máxima CURVmáxde uma superfície pode ser definida em qualquer ponto na superfície pela fórmula:
[0072] em que Rminé o raio mínimo de curvatura da superfície, expresso em metros e CURVmáxé expressa em dioptrias.
[0073] Pode ser verificado que quando a superfície é localmente esférica, o raio mínimo de curvatura Rmine o raio máximo de curvatura Rmaxsão idênticos e, em conformidade, as curvaturas máxima e mínima CURVmíne CURVmáxtambém são idênticas. Quando a superfície for asférica, o raio mínimo local de curvatura Rmíne o local raio máximo de curvatura Rmáxsão diferentes.
[0074] A partir dessas expressões das curvaturas máxima e mínima CURVmíne CURVmáx, as esferas máxima e mínima rotuladas SPHmíne SPHmáxpodem ser deduzidas de acordo com o tipo de superfície considerada.
[0075] Quando a superfície considerada é a superfície lateral de objeto (também chamada da superfícieanterior), as expressões são as seguintes: e
[0076] em que n é o material constituinte da lente.
[0077] Se a superfície considerada for uma superfície lateral de globo ocular (também chamada de superfície de trás), as expressões_sao_as_seguintes e
[0078] em que n é o material constituinte da lente
[0079] Conforme_ e_ bem_ conhecido,_ uma_ esfera_principal_ SPHprincipal_ em_ qualquer_ ponto_ em_ superficie_esferica_tambem_pode_ser_definida_pela_formula:
[0080] A_ expressao_ da_ esfera_ principal,_portanto,_depende_da_superficie_considerada
[0084] As características de qualquer face asférica da lente podem ser expressas pelos cilindros e esferas principais locais. Uma superfície pode ser considerada como localmente asférica quando o cilindro for de pelo menos 0,25 dioptrias.
[0085] Para uma superfície esférica, um eixo geométrico de cilindro local YAX pode ser adicionalmente definido. A Figura 2 ilustra o eixo geométrico de astigmatismo Y conforme definido na convenção TABO e a Figura 3 ilustra o eixo geométrico de cilindro YAX em uma convenção definida para caracterizar uma superfície esférica.
[0086] O eixo geométrico de cilindro YAX é o ângulo da orientação da curvatura máxima CURVmáxem relação a um eixo geométrico de referência e no sentido escolhido de rotação. Na convenção definida acima, o eixo geométrico de referência é horizontal (o ângulo desse eixo geométrico de referência é 0°) e o sentido de rotação é sentido anti- horário para cada olho, quando voltado para o usuário (0°<YAX<180°) . Um valor de eixo geométrico para o eixo geométrico de cilindro YAX de +45°, portanto, representa um eixo geométrico orientado de modo oblíquo, que quando voltado para o usuário, se estende do quadrante localizado à direita e acima para o quadrante localizado à esquerda e embaixo.
[0087] Além disso, com base no conhecimento do valor do eixo geométrico de cilindro local YAX, a fórmula de Gauss permite expressar a esfera local SPH ao longo de qualquer eixo geométrico θ, em que θ é um dado ângulo na referência definida na Figura 3. O eixo geométrico θ émostrado na Figura 4.
[0089] Uma superfície pode, desse modo, serlocalmente definida por um tripleto constituído pela esfera máxima SPHmáx, a esfera mínima SPHmíne o eixo geométrico de cilindro YAX. De modo alternativo, o tripleto pode ser constituído pela esfera principal SPHprincipal, o cilindro CYL e o eixo geométrico de cilindro YAX.
[0090] Quando uma lente é caracterizada por referência a uma de suas superfícies esféricas, um referencial é definido em relação às micromarcações conforme ilustrado na Figuras 5 e 6, para uma superfície que apoia micromarcações e para uma superfície que não apoia qualquer micromarcações, respectivamente.
[0091] As lentes progressivas compreendem micromarcações que se tornaram obrigatórias por um padrão harmonizado ISO 8990-2. As marcações temporárias também podem ser aplicadas na superfície da lente, indicando posições de medição de dioptria (algumas vezes, chamadas de pontos de controle) na lente, como para visão distante e para visão próxima, um ponto de referência de prisma e uma cruz de fixação, por exemplo. Deve ser entendido que o que é chamado no presente documento pelos termos posição de medição de dioptria de visão distante (“posição FV”) e posição de medição de dioptria de visão próxima ("posição NV”) pode ser qualquer um dos pontos incluídos na projeção ortogonal na primeira superfície da lente, respectivamente das marcações temporárias FV e NV fornecidas pelo fabricante de lente. Se as marcações temporárias estiverem ausentes ou foram apagadas, é sempre possível para um indivíduo versado posicionar tais pontos de controle na lente usando-se um quadro de montagem e as micromarcações permanentes.
[0092] As micromarcações também tornam possível definir referencial para ambas as superfícies da lente.
[0093] A Figura 5 mostra o referencial para a superfície que apoia as micromarcações. O centro da superfície (x=0, y=0) é o ponto da superfície no qual a normal N para a superfície cruza o centro do segmento ligando as duas micromarcações. MG é o vetor unitário colinear definido pelas duas micromarcações. O vetor Z do referencial é igual ao normal unitário (Z=N); o vetor Y do referencial é igual ao produto de vetor de Z por MG; o vetor X do referencial é igual ao produto de vetor de Y por Z. {X, Y, Z}, desse modo, forma um triedro ortonormal direto. O centro do referencial é o centro da superfície x=0mm, y=0mm. O eixo geométrico X é o eixo geométrico horizontal e o eixo geométrico Y é o eixo geométrico vertical conforme o mesmo é mostrado na Figura 3.
[0094] A Figura 6 mostra o referencial para a superfície oposta à superfície que apoia as micromarcações. O centro dessa segunda superfície (x=0, y=0) é o ponto no qual o normal N que cruza o centro do segmento que liga as duas micromarcações na primeira superfície cruza a segunda superfície. O referencial da segunda superfície é construído da mesma maneira que o referencial da primeira superfície, isto é, o vetor Z é igual ao normal unitário da segunda superfície; o vetor Y é igual ao produto de vetor de Z por MG; o vetor X é igual ao produto de vetor de Y por Z. Quanto à primeira superfície, o eixo geométrico X é o eixo geométrico horizontal e o eixo geométrico Y é o eixo geométrico vertical, conforme mostrado na Figura 3. O centro do referencial da superfície também é x=0 mm, y=0 mm.
[0095] De modo similar, em um produto bruto de lente semi-acabada, o padrão ISO 10322-2 exige que as micromarcações sejam aplicadas. O centro da superfície usinada de um produto bruto de lente semi-acabada pode, portanto, ser determinado bem como um referencial, conforme descrito acima.
[0096] As Figuras 7 e 8 são ilustrações diagramáticas de sistemas ópticos de olho e lente que mostram, desse modo, as definições usadas na descrição. De modo mais preciso, a Figura 7 representa uma vista em perspectiva de tal sistema que ilustra os parâmetros α e β usados para definir uma direção de olhar. A Figura 8 é uma vista no plano vertical paralelo ao eixo geométrico anterior-posterior da cabeça do usuário e que passa através do centro de rotação do olho no caso quando o parâmetro β é igual a 0.
[0097] O centro de rotação do olho é rotulado Q’ . O eixo geométrico Q’ F’ , mostrado na Figura 8 em uma linha pontilhada-tracejada, é o eixo geométrico horizontal que passa através do centro de rotação do olho e que se estende na frente do usuário - que é o eixo geométrico Q’F’ que corresponde à vista primária do olhar. Esse eixo geométrico corta a superfície de trás da lente em um ponto chamado de cruz de fixação, que está presente nas lentes para permitir o posicionamento de lentes em uma armação por um oculista. O ponto de interseção da superfície posterior da lente e do eixo geométrico Q’F’ é o ponto O. O ponto pode ser a cruz de fixação se a mesma estiver localizada na superfície posterior. Uma esfera de vértice, de centro Q’, e de raio q’, é tangencial à superfície posterior da lente em um ponto do eixo geométrico horizontal. Como exemplos, um valor de raio q’ de 25,5 mm corresponde a um valor usual e fornece resultados satisfatórios quando utiliza as lentes.
[0098] Uma dada direção de olhar - representada por uma linha sólida na Figura 7 - corresponde a uma posição do olho em rotação ao redor de Q’ e para um ponto J da esfera de vértice; o ângulo β é o ângulo formado entre o eixo geométrico Q’F’ e a projeção da linha reta Q’J no plano horizontal que compreende o eixo geométrico Q’F’; esse ângulo aparece no esquema na Figura 7. O ângulo α é o ângulo formado entre o eixo geométrico Q’J e a projeção da linha reta Q’J no plano horizontal que compreende o eixo geométrico Q’F’; esse ângulo aparece no esquema nas Figuras 7 e 8. Uma dada vista do olhar, desse modo, corresponde a um ponto J da esfera de vértice ou a um par (α, β) . Quanto mais o valor do ângulo de olhar que que está abaixando for positivo, mais o olhar abaixa e, quanto mais o valor for negativo, mais o olhar é elevado.
[0099] Em uma dada direção de olhar, a imagem de um ponto M no espaço de objeto, localizado em uma dada distância de objeto, é formada entre dois pontos S e T que correspondem às distâncias mínima e máxima JS e JT, que seria comprimentos focais locais tangenciais e sagitais. A imagem de um ponto no espaço de objeto no infinito é formada, no ponto F’ . A distância D corresponde ao plano anterior-posterior da lente.
[0100] Ergorama é uma função que associa, para cada direção de olhar, a distância usual de um ponto de objeto. Tipicamente, em visão distante que segue a direção de olhar primária, o ponto de objeto está no infinito. Na visão próxima, seguindo uma direção de olhar essencialmente que corresponde a um ângulo α da ordem de 35° e para um ângulo β da ordem de 5° no valor absoluto em direção ao lado nasal, a distância de objeto é da ordem de 30 a 50 cm. Para maiores detalhes em relação a uma definição possível de um ergorama, a patente U.S. US-A-6.318.859 pode ser considerada. Esse documento descreve um ergorama, sua definição e seu método de modelagem. Para um método da invenção, os pontos podem estar no infinito ou não. Ergorama pode ser uma função da ametropia do usuário.
[0101] Com o uso desses elementos, é possível definir uma potência óptica de usuário e astigmatismo, em cada direção de olhar. Um ponto de objeto M em uma distância de objeto dada pelo ergorama é considerado para uma direção de olhar (α,β). Uma proximidade de objeto ProxO é definida para o ponto M no raio de luz correspondente no espaço de objeto como o inverso da distância MJ entre o ponto Meo ponto J da esfera de vértice: ProxO=1/MJ
[0102] Isso permite calcular a proximidade de objeto dentro de uma aproximação de lente fina para todos os pontos da esfera de vértice, que é usada para a determinação do ergorama. Para um a lente real, a proximidade de objeto pode ser considerada como o inverso da distância entre o ponto de objeto e a superfície anterior da lente, no raio de luz correspondente.
[0103] Para a mesma direção de olhar (α,β), aimagem de um ponto M que tem uma dada proximidade de objeto é formada entre dois pontos S e T que correspondem, respectivamente, às distâncias focais mínima e máxima (que seriam distâncias focais tangenciais e sagitais). A quantidade ProxI é chamada de proximidade de imagem do ponto M:
[0104] Por analogia com o caso de uma lentefina, pode ser, portanto, definido, para uma dada direção de olhar e para uma dada proximidade de objeto, isto é, para um ponto do espaço de objeto no raio de luz correspondente, uma potência óptica Pui como a soma da proximidade de imagem e a proximidade de objeto.
[0105] Com as mesmas notações, um astigmatismoAst. é definido para cada direção de olhar e para uma dada proximidade de objeto como:
[0106] Essa definição corresponde ao astigmatismo de um feixe de raios criado pela lente. Pode ser verificado que a definição provê, na direção de olhar primária, o valor clássico de astigmatismo. O ângulo de astigmatismo, geralmente chamado de eixo geométrico, é o ângulo y. O ângulo y é medido na armação {Q’, xm, ym, zm} ligada ao olho. O mesmo corresponde ao ângulo com o qual a imagem S ou T é formada dependendo da convenção usada em relação à direção zmno plano {Q’, zm, ym}.
[0107] As definições possíveis da potênciaóptica e do astigmatismo da lente, nas condições de uso, podem, desse modo, ser calculadas conforme explicado no artigo por B. Bourdoncle et al., intitulado “Ray tracing through progressive ophthalmic lenses”, 1990, International Lens Design Conference, D.T. Moore ed., Proc. Soc. Photo. Opt. Instrum. Eng. As condições de uso padrão devem ser entendidas como a posição da lente em relação ao olho de um usuário padrão, notavelmente definida por um ângulo pantoscópico de -8°, uma distância lente-pupila de 12 mm, um centro de rotação pupila-olho de 13,5 mm e um ângulo de correção óptica de 0°. O ângulo pantoscópico é o ângulo no plano vertical entre o eixo geométrico óptico da lente de óculos e o eixo geométrico visual do olho na posição primária, geralmente considerada como sendo a horizontal. O ângulo de correção ótica é o ângulo no plano horizontal entre o eixo geométrico óptico da lente de óculos e o eixo geométrico visual do olho na posição primária, geralmente considerada como sendo horizontal. Outras condições podem ser usadas. As condições de uso podem ser calculadas a partir de um programa de traçado de raio para uma dada lente. Adicionalmente, a potência óptica e o astigmatismo podem ser calculados de modo que a receita esteja satisfatória nos pontos de referência (isto é, os pontos de controle na visão distante) e para um usuário que usa seus óculos nas condições de uso ou medida por um frontofocômetro.
[0108] A Figura 9 representa uma vista em perspectiva de uma configuração em que os parâmetros α e β não são zero. O efeito de rotação do olho pode, desse modo, ser ilustrado mostrando-se uma armação fixa {x, y, z} e uma armação {xm, ym, zm} ligada ao olho. A armação {x, y, z} tem sua origem no ponto Q' . O eixo geométrico x é o eixo geométrico Q’O e o mesmo é orientado a partir da lente em direção ao olho. O eixo geométrico y é vertical e orientado para cima. O eixo geométrico z é para que a armação {x, y, z} seja ortonormal e direta. A armação {xm, ym, zm} é ligada ao olho e seu centro é o ponto Q' . O eixo geométrico xm corresponde à direção de olhar JQ' . Desse modo, para uma direção de olhar primária, as duas armações {x, y, z} e {xm, ym, zm} são as mesmas. É sabido que as propriedades para uma lente podem ser expressas de diversas maneiras diferentes e notavelmente em superfície e opticamente. Uma caracterização de superfície é, desse modo, equivalente a uma caracterização óptica. No caso de uma lente em bruto, apenas uma caracterização de superfície pode ser usada. Deve ser entendido que uma caracterização óptica exige que a lente seja usinada para a receita do usuário. Emoposição, no caso de uma lente oftálmica, a caracterização pode ser de uma superfície ou tipo óptico, ambas ascaracterizações permitem descrever o mesmo objeto a partir de dois pontos de vista diferentes. Sempre que acaracterização da lente for de tipo óptico, a mesma serefere ao sistema ergorama-olho-lente descrito acima. Para simplificar, o termo 'lente' é usado na descrição, mas o mesmo deve ser entendido como o 'sistema ergorama-olho- lente’ . O valor em termos de superfície pode ser expresso em relação aos pontos. Os pontos são localizados com o auxílio de uma abscissa ou uma coordenada em uma armação, conforme definido acima em relação às Figuras 3, 5 e 6.
[0109] Os valores em termos ópticos podem ser expressos por direções de olhar. As direções de olhar são, geralmente, dadas por seu grau de abaixamento e azimute em uma armação cuja origem é o centro de rotação do olho. Quando a lente é montada na frente do olho, um ponto chamado de cruz de fixação é colocado antes da pupila ou antes do centro de rotação do olho Q’ do olho para uma direção de olhar primária. A direção de olhar primária corresponde à situação em que a usuário está olhando para a frente. Na armação escolhida, a cruz de fixação corresponde, desse modo, a um ângulo de diminuição α de 0° e um ângulo de azimute β de 0° se a superfície da lente da cruz de fixação for posicionada - superfície de trás ou superfície anterior.
[0110] A descrição acima feita em referência às Figuras 7 a 9 foi provida para uma visão central. Na visão periférica, conforme a direção de olhar é fixada, o centro da pupila é considerado em vez do centro de rotação do olho e direções de raio periférico são consideradas em vez de direções de olhar. Quando a visão periférica é considerada, o ângulo α e o ângulo β correspondem a direções de raio em vez de direções de olhar.
[0111] No restante da descrição, termos como « cima », « fundo », « horizontal », « vertical », « acima », « abaixo » ou outras palavras indicando a posição relativa podem ser usadas. Esses termos devem ser entendidos nas condições de uso da lente. Notavelmente, a parte "superior" da lente corresponde a um ângulo de diminuição negativo α <0° e a parte "inferior" da lente corresponde a um ângulo de diminuição positivo α >0°. De modo similar, a parte "superior" da superfície de uma lente - ou de uma lente semi-acabada em branco - corresponde a um valor positivo ao longo do eixo geométrico y e, preferencialmente, a um valor ao longo do eixo geométrico y superior ao valor_y na cruz de fixação e a parte "inferior" da superfície de uma lente - ou de uma lente em bruto semi-acabada - corresponde a um valor negativo ao longo do eixo geométrico y na armação conforme definido acima em relação às Figuras 3, 5 e 6, e preferencialmente a um valor ao longo do eixo geométrico y inferior ao valor_y na cruz de fixação.
[0112] O método de acordo com a invenção é um método, implantado por meio de computador, para determinar a viabilidade de uma lente oftálmica por um processo de fabricação de lente oftálmica, em que a lente oftálmica é adaptada para um usuário e que compreende pelo menos duas superfícies ópticas pelo menos uma das quais deve ser fabricada pelo processo de fabricação de lente oftálmica com base em uma superfície correspondente de uma lente oftálmica nominal também chamada de "superfície nominal".
[0113] De acordo com modalidades diferentes da invenção, a lente oftálmica pode ser uma única lente oftálmica de visão, uma única lente oftálmica multifocal ou uma lente oftálmica multifocal progressiva.
[0114] De acordo com uma modalidade da invenção, a lente oftálmica é adaptada para um usuário; em particular a lente oftálmica é adaptada à receita do usuário.
[0115] A verificação de viabilidade de acordo com o método da invenção tem como base um conjunto de n parâmetros ópticos (P1, P2, ..., Pn) com n um número inteiro maior que ou igual a 1.
[0116] De acordo com uma modalidade pelo menos um parâmetro óptico Pi é determinado, por exemplo, todos os parâmetros ópticos (P1, P2, ..., Pn) são determinados, mediante condições específicas definidas por pelo menos um ponto de referência fora da lente oftálmica e a posição e orientação da lente oftálmica em relação ao ponto de referência.
[0117] As condições específicas podem ser condições de uso e o ponto de referência pode representar um centro de rotação de um olho de um usuário. A posição e orientação da lente oftálmica podem ser definidas pela posição da posição de uma das superfícies da lente oftálmica, por exemplo, a superfície posterior da lente oftálmica, em relação a uma posição do centro de rotação do olho do usuário e um ângulo pantoscópico e um ângulo de correção ótica da lente oftálmica.
[0118] De acordo com uma modalidade na qual a lente oftálmica é adaptada para um usuário, as condições de uso podem ser obtidas por medições específicas no usuário aumentando, desse modo, a precisão do método de acordo com a invenção.
[0119] As condições usuais de uso também podem ser usadas para definir pelo menos um, por exemplo, todos os parâmetros ópticos.
[0120] As_ condicoes_ usuais_ de_ uso_ podem_ ser definidas por uma direção de visualização primária do usuário que cruza a cruz de fixação da lente oftálmica, uma distância entre o centro de rotação do olho e a face posterior da lente oftálmica de 27 mm, o ângulo pantoscópico de 8° e o ângulo de correção ótica de 0°.
[0121] De modo alternativo, condições usuais de uso podem ser definidas considerando a pupila do usuário. Tais condições de uso podem ser definidas por um ângulo pantoscópico de 8°, uma distância lente-pupila de 12 mm, um centro de rotação pupila-olho distância de 13,5 mm e um ângulo de correção ótica de 0°.
[0122] De acordo com uma modalidade, pelo menos um parâmetro óptico é um parâmetro óptico local. Por exemplo, os parâmetros ópticos podem ser selecionados entre a lista que consiste em potência esférica, eixo geométrico e amplitude de astigmatismo, desvio prismático vertical, desvio prismático horizontal, desvio prismático total.
[0123] Outros exemplos de parâmetros ópticos são definidos no padrão ISO:
[0124] - ISO 8980-1 para lentes oftálmicas de visão única sem borda, ou
[0125] - ISO 8980-2 para lentes oftálmicas multifocais sem borda, ou
[0126] - ISO 21987 para lentes oftálmicas com borda.
[0127] Cada parâmetro óptico local pode ser definido em um ponto de referência. Por exemplo, para uma única lente oftálmica multifocal, o ponto de referência pode ser selecionado na lista que consiste em: o ponto de visão próximo, o ponto de visão distante, o ponto de referência de prisma, a cruz de fixação.
[0128] De acordo com uma modalidade, pelo menos um parâmetro óptico é um parâmetro óptico global.
[0129] O parâmetro óptico global é definido em uma zona que corresponde à interseção de um cone e uma das superfícies da lente oftálmica. O eixo geométrico do cone passa através de um primeiro e um segundo pontos de referência. O primeiro ponto de referência é um ponto situado fora da lente oftálmica e o segundo ponto de referência está localizado em uma das superfícies da lente oftálmica.
[0130] O cone pode ser um cone de visão e o primeiro ponto de referência é, então, o centro de rotação do olho. Por exemplo, se a lente oftálmica for adaptada para um usuário, o primeiro ponto de referência pode corresponder ao centro de rotação do olho do usuário.
[0131] O segundo ponto de referência pode ser, no caso de uma única lente oftálmica multifocal, o ponto de visão próximo, o ponto de visão distante, o ponto dereferência de prisma ou a cruz de fixação.
[0132] De acordo com uma modalidade, aabertura do cone é maior que ou igual a 5°, por exemplo,maior que ou igual a 10°, e menor que ou igual a 20°, porexemplo, menor que ou igual a 15°.
[0133] De acordo com uma modalidade dainvenção, o método da invenção pode compreender:
[0134] - uma etapa de fornecimento de dados delente oftálmica S1,
[0135] - um conjunto de etapas de fornecimento
[0136] - uma etapa de fornecimento de parâmetros ópticos S3, e
[0137] - uma etapa de determinação de verificação de viabilidade S4,
[0138] Durante a etapa de fornecimento de dados de lente oftálmica S1, os dados que representam as superfícies de uma lente oftálmica nominal são fornecidos.
[0139] Conforme indicado anteriormente, a lente oftálmica nominal pode ser uma única lente oftálmica de visão, uma única lente oftálmica multifocal ou uma lente oftálmica progressiva multifocal.
[0140] Durante o conjunto de etapas de fornecimento de parâmetros de superfície S2, um conjunto de m parâmetros de superfície (α1, α2, ..., αm) é fornecido, em que m é um número inteiro maior que ou igual a 1.
[0141] Os parâmetros de superfície representam as diferenças em posição e/ou formato da pelo menos uma superfície fabricada de uma lente oftálmica com a superfície nominal.
[0142] De acordo com uma modalidade da invenção, o conjunto de m parâmetros de superfície (α1, α2, ..., αm) compreende pelo menos parâmetros de posição e parâmetros de deformação.
[0143] Os valores de pelo menos um, por exemplo, todos os parâmetros de superfície são determinados por um método implantado por meio de computador para determinar os parâmetros de superfície que definem a posição relativa de uma superfície derivável fabricada em relação a uma superfície nominal.
[0144] Tal_metodo_pode_compreender:_
[0145] uma_ etapa_ de_ fornecimento_ de_superficie_nominal,_
[0146] uma_ etapa_ de_ fornecimento_ de_superficie_medida,_
[0147] uma_ etapa_ de_ fornecimento_ de_superficie_de_deformacao,_
[0148] uma_ etapa_ de_ determinacao_ de_superficie_composta,_e_
[0149] uma_ etapa_ de_ determinacao_ de_parametro_de_superficie._
[0150] Durante_ a_ etapa_ de_ fornecimento_ de_superfície nominal, uma superfície nominal de uma lente oftálmica montada em uma armação nominal de referência e que corresponde à superfície derivável teoricamente a ser fabricada com um valor nominal dos parâmetros de posição que define a posição da superfície nominal em relação à superfície de referência é fornecida.
[0151] Durante a etapa de fornecimento de superfície medida, uma superfície medida da superfície derivável fabricada expressa na armação nominal de referência é fornecida.
[0152] Durante a etapa de fornecimento de superfície de deformação durante a qual pelo menos uma superfície de deformação definida por pelo menos um parâmetro ajustável de deformação é fornecida.
[0153] A superfície de deformação pode corresponder a uma superfície esfero-tórica definida por um parâmetro de esfera, um parâmetro de cilindro e um parâmetro de eixo geométrico.
[0154] A_ superficie_ de_ deformacao_ podecorresponder adicionalmente a um cone circular direito definido por um parâmetro de eixo geométrico e um parâmetro de ângulo.
[0155] De acordo com uma modalidade da invenção, o parâmetro de erro de superfície compreende pelo menos seis parâmetros de posição, por exemplo, três parâmetros de translação (Tx, Ty, Tz) e três parâmetros de rotação (Rx, Ry, Rz) da pelo menos uma superfície fabricada da lente oftálmica em relação à superfície nominal.
[0156] Durante a etapa de determinação de superfície composta, uma superfície composta é determinada adicionando-se a superfície medida e a superfície de deformação.
[0157] Durante a etapa de determinação de parâmetro de superfície, os parâmetros de posição e pelo menos um parâmetro de deformação são determinados minimizando-se a diferença entre a superfície nominal e a superfície composta, por exemplo, com o uso de processos dos mínimos quadrados amortecidos.
[0158] De acordo com uma modalidade, a etapa de determinação de parâmetro de superfície compreende, adicionalmente, uma etapa de determinação de zona na qual uma zona de interesse é determinada na superfície nominal e os parâmetros de superfície são determinados minimizando-se a diferença entre a superfície nominal e a superfície composta na zona de interesse.
[0159] Durante a etapa de fornecimento de parâmetros ópticos, um conjunto de n parâmetros ópticos (P1, P2, ..., Pn) é fornecido, em que n é um número inteiro maior que ou igual a 1. Cada parâmetro óptico Pi é dotado de um valor de tolerância εi definido em referência a um valor nominal Pi,0sendo o valor do parâmetro óptico Pi da lente oftálmica nominal.
[0160] De acordo com uma modalidade da invenção, pelo menos um, por exemplo, todos os valores de tolerância εi são definidos como os padrões aplicáveis ISO 8980-1, ou ISO 8980-2, ou ISO 21987, dependendo do tipo de lente oftálmica.
[0161] Durante a etapa de determinação de verificação de viabilidade, a viabilidade da lente oftálmica pelo processo de fabricação de lente oftálmica édeterminada determinando-se se para i de 1 an:
[0162] com_o_valor_da_derivada_de_Pi_em_relação ao parâmetro de superfície jth αj na superfície nominal e Δ«j o valor do parâmetro de superfície jth e Ai a combinação de termos de ordem maior ou igual a 2 para cada Pi.
[0163] De acordo com uma modalidade da invenção, o valor Δ«j do parâmetro de superfície jth é um valor médio de tal parâmetro de superfície, por exemplo, o valor médio dos parâmetros de superfície obtidos em lentes oftálmicas similares.
[0164] De modo a reduzir as fontes de cálculo, durante a etapa de determinação de verificação de viabilidade pelo menos parte, por exemplo, todas as verificações de viabilidade são determinadas definindo-se para i de 1 an:
[0165] Com_ _o_valor_da_segunda_derivadade Pi em relação ao parâmetro de superfície jth αj e o parâmetro de superfície kth αkna superfície nominal, Δαj o valor do parâmetro de superfície jth e Δαko valor do parâmetro de superfície kth.
[0166] Em outras palavras, durante a etapa de determinação de verificação de viabilidade pelo menos parte, por exemplo, todas as verificações de viabilidadesão determinadas determinando-se se para i de 1 a n:
[0167]com o valor da segunda derivadade Pi em relação ao parâmetro de superfície jth αj e o parâmetro de superfície kth αkna superfície nominal, Δαj o valor do parâmetro de superfície jth e Δαko valor do parâmetro de superfície kth.
[0168] De acordo com uma modalidade da invenção, durante a etapa de determinação de verificação de viabilidade pelo menos parte, por exemplo, todas as verificações de viabilidade são determinadas definindo-seAi = 0.
[0169] Em outras palavras, durante a etapa de determinação de verificação de viabilidade pelo menos parte, por exemplo, todas as verificações de viabilidade são determinadas determinando-se se para i de 1 a n:
[0170] como valor da derivada de Piem relação ao parâmetro de superfície jth αj na superfície nominal e Δ«j o valor do parâmetro de superfície jth.
[0171] Calcular a derivada parcial de Pi em qualquer ordem pode consumir muito tempo. Dependendo do desempenho óptico, pode ser vantajoso limitar a ordem dos cálculos da derivada parcial de Pi para o mínimo necessário.
[0172] Os inventores implantaram o método de acordo com a invenção para determinar a influência de um conjunto de erros de superfície sobre um conjunto de parâmetros ópticos para uma dada lente oftálmica.
[0173] Nesse exemplo, a lente oftálmica é uma lente de adição progressiva. A superfície anterior da lente oftálmica tem uma curva de base de 5,5 dioptrias, uma Adição de 2,0 dioptrias e um modelo “Comfort Varilux”.
[0174] A superfície de trás da lente óptica é esférica e disposta para fornecer, no ponto de visão de perto, uma receita oftálmica de 2,0 dioptrias de esfera, 0 dioptria de cilindro e 0° de Eixo Geométrico.
[0175] A lente óptica é produzida partir de um material Orma que tem um índice de refração de 1,502.
[0176] A espessura da lente óptica é de pelo menos 0,8 mm ao longo de um círculo de 60 mm de diâmetro centralizado no ponto de referência de prisma da lente oftálmica. A espessura da lente óptica no ponto de referência de prisma é maior que 2,5 mm.
[0177] Os inventores escolheram considerar os erros de posicionamento a seguir dentre os erros de superfície:
[0178] - D_Tx - O erro de posicionamento de translação da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica ao longo do eixo geométrico x,
[0179] - D_Ty O erro de posicionamento de translação da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica ao longo do eixo geométrico y,
[0180] - D_Tz O erro de posicionamento de translação da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica ao longo do eixo geométrico z,
[0181] - D_Rx O erro de posicionamento de rotação da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica sobre o eixo geométrico x,
[0182] - D_Ry O erro de posicionamento de rotação da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica sobre o eixo geométrico y, e
[0183] - D_Rz O erro de posicionamento de rotação da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica sobre o eixo geométrico z.
[0184] Os inventores decidiram posteriormente considerar os erros de inclinação entre os erros de superfície adicionando-se à superfície de trás:
[0185] - D_xx um erro que corresponde ao termo (x/R)2com R sendo o raio da superfície,
[0186] - D_xy um erro que corresponde ao termo(x/R)*(y/R) com R sendo o raio da superfície, e
[0187] - D_yy um erro que corresponde ao termo(y/R)2com R sendo o raio da superfície.
[0188] Os efeitos ópticos dos erros mencionados acima de superfície foram avaliados em parâmetros ópticos de visão distante e parâmetros ópticos de visão próxima.
[0189] Dentre os parâmetros ópticos de visão distante, os inventores decidiram considerar a potência óptica principal no ponto de visão distante com orientações diferentes do eixo geométrico de potência mínima:
[0190] - uma orientação de 45°: Pfv_45,
[0191] - uma orientação de 30°: Pfv_30, e
[0192] - uma orientação de 60°: Pfv_60.
[0193] Dentre os parâmetros ópticos de visão de perto, os inventores decidiram considerar a potência óptica principal no ponto de visão próximo com orientações diferentes do eixo geométrico de potência mínima:
[0194] - uma orientação de 45°: Pnv_45,
[0195] - uma orientação de 30°: Pnv_30, e
[0196] - uma orientação de 60°: Pnv_60.
[0197] O efeito prismático óptico dos erros mencionados acima de superfície também foram avaliados no ponto de referência de prisma da lente oftálmica por considerar o desvio prismático horizontal no ponto de referência de prisma Dh_prp e o desvio prismático vertical no ponto de referência de prisma Dv_prp.
[0198] Nesse exemplo, para cada parâmetro óptico Pi o valor da derivada de Pi em relação a cada parâmetro de erro de superfície foi avaliado.
[0199] O resultado de tal avaliação é resumido na Figura 10.
[0200] A tabela da Figura 10 pode ser usada para determinar as propriedades ópticas de uma lente oftálmica fabricada com base em erros de medida de superfície.
[0201] Tipicamente, quando a lente oftálmica foi fabricada, um indivíduo pode medir os erros de superfície D_Tx, D_Ty, D_Tz, D_Rx, D_Ry, D_Rz, D_xx, D_xy e D_yy e estimar o valor esperado dos parâmetros ópticos com o uso da tabela da Figura 10.
[0202] Por exemplo, a diferença entre o valor nominal da potência óptica média no ponto de visão distante Pfv_45,0 e o valor obtido da dita potência óptica média no ponto de visão distante Pfv_45 pode ser estimada para ser igual a: 2,28E-05*D_Tx+7,40E-03*D_Ty-1,73E-02*D_Tz+2,39E- 02*D_Rx+3,40E-05 *D_Ry+2,08E-06*D_Rz-5,69E-01*D_xx+2,46E-05*D_xy-5, 77E- 01*D_yy.
[0203] Portanto, medindo-se o erro de superfície um indivíduo pode determinar as propriedades ópticas de uma lente oftálmica fabricada.
[0204] A tabela fornecida na Figura 10 também pode ser usada linha por linha de modo a determinar para cada erro de superfície os parâmetros ópticos mais afetados.
[0205] Por exemplo, ao considerar os erros de inclinação D_xx, D_xy e D_yy quando analisa-se a tabela da Figura 10 linha por linha, parece que tais erros de inclinação da superfície de trás da lente têm um impacto pequeno nos desvios prismáticos vertical e horizontal enquanto que o mesmo erro de inclinação tem um impacto grande no valor das potências ópticas nos pontos de visão distante e de perto.
[0206] A tabela da Figura 10 também pode ser usada fileira por fileira de modo a determinar os erros de superfície que influenciam a maior parte de um dado parâmetro óptico.
[0207] Por exemplo, quando se considera a tabela da Figura 10, parece que os parâmetros de potência óptica Pfv_45, Pfv_30, Pfv_60, Pnv_45, Pnv_30 e Pnv_60 são influenciados principalmente pelos erros de inclinação D_xx, D_xy e D_yy.
[0208] Além disso, o desvio prismático horizontal no ponto de referência de prisma Dh_prp parece ser muito influenciado por:
[0209] - D_Tx o erro de posicionamento de translação D_Tx da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica ao longo do eixo geométrico x e também por;
[0210] - D_Ry o erro de posicionamento de rotação da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica sobre o eixo geométrico y.
[0211] Os inventores implantaram, adicionalmente, o método de acordo com a invenção a com uma lente de adição progressiva similar à do exemplo 1 com uma superfície anterior da lente oftálmica que tem uma curva de base de 5,5 dioptrias, uma Adição de 3,5 dioptrias e um modelo “Comfort Varilux”.
[0212] A superfície de trás da lente óptica é esférica e disposta para fornecer no ponto de visão próximo uma receita oftálmica de 0 dioptria de esfera, 3 dioptrias de cilindro e 30° de Eixo Geométrico.
[0213] A lente óptica é produzida de um material Orma que tem um índice de refração de 1,502.
[0214] A espessura da lente óptica é de pelo menos 0,8 mm ao longo de um círculo de 60 mm de diâmetro centralizado no ponto de referência de prisma da lente oftálmica. A espessura da lente óptica no ponto de referência de prisma é de pelo menos 2,5 mm.
[0215] Os parâmetros ópticos e os erros de superfície são os mesmo que os do exemplo 1. Como no exemplo 1, para cada parâmetro óptico Pi o valor da derivada de Pi em relação a cada parâmetro de erro de superfícies foi avaliado.
[0216] O resultado de tal avaliação é resumido na Figura 11.
[0217] As diferenças aparecem entre o exemplo1 e o exemplo 2. Por exemplo, um indivíduo pode observar que para a lente oftálmica de acordo com o exemplo 1, o erro de posicionamento de translação D_Tx da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica ao longo do eixo geométrico x tem um impacto muito pequeno no desvio prismático vertical no ponto de referência de prisma Dv_prp enquanto que o mesmo erro de posicionamento de translação D_Tx da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica ao longo do eixo geométrico x tem um impacto grande no desvio prismático vertical no ponto de referência de prisma Dv_prp da lente oftálmica de acordo com exemplo 2.
[0218] O exemplo 3 ilustra o uso das tabelas dos exemplos 1 e 2 para determinar a viabilidade de uma lente oftálmica por um processo de fabricação de lente oftálmica.
[0219] Um indivíduo pode considerar um processo de fabricação que introduza os erros de superfície a seguir, em que cada um dos quais têm distribuições normais independentes que têm os desvios padrão a seguir:
[0220] - o_Tx = 0,01 mm para o erro de posicionamento de translação D_Tx da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica ao longo do eixo geométrico x,
[0221] - o _Ty = 0,01 mm para o erro de posicionamento de translação D_Ty da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica ao longo do eixo geométrico y,
[0222] - o _Tz = 0,01 mm para o erro de posicionamento de translação D_Tz da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica ao longo do eixo geométrico z,
[0223] - o _Rx =1° para o erro de posicionamento de rotação D _Rx da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica sobre o eixo geométrico x,
[0224] - o _Ry = 0,6° o erro de posicionamento de rotação D _Ry da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica sobre o eixo geométrico y, e
[0225] - o _Rz = 0,6° o erro de posicionamento de rotação D _Rz da superfície de trás da lente oftálmica em relação à superfície anterior da lente oftálmica sobre o eixo geométrico z,
[0226] - o_xx = 0, 005 para o erro D_xx,
[0227] - o_xy = 0, 005 para o erro D_xy, e
[0228] - o_yy = 0, 005 para o erro D_yy.
[0229] O desvio padrão para cada um dos errosde superfície do processo de fabricação pode ser determinado fabricando-se uma amostra de lentes ópticas predeterminadas.
[0230] Um indivíduo pode desejar que 95% das lentes ópticas produzidas por tal processo de fabricação respeitem:
[0231] Pfv_45_=_Pfv_45_nominal_}_0,125,_com_a_ potencia_ optica_ principal_ no_ ponto_ de_ visao_ distante_Pfv_45,_
[0232] Pfv_30_=_Pfv_30_nominal_}_0,125,_com_a_ potencia_ optica_ principal_ no_ ponto_ de_ visao_ distante_Pfv_30,_
[0233] Pfv_60_=_Pfv_60_nominal_}_0,125,_com_a_ potencia_ optica_ principal_ no_ ponto_ de_ visao_ distante_Pfv_60,_
[0234] Pnv_45_=_Pnv_45_nominal_}_0,125,_com_a_ potencia_ optica_ principal_ no_ ponto_ de_ visao_ distante_Pnv_45,_
[0235] - Pnv_30 = Pnv_30_nominal ± 0,125, com a potência óptica principal no ponto de visão distante Pnv_30,
[0236] - Pnv_60 = Pnv_60_nominal ± 0,125, com a potência óptica principal no ponto de visão distante Pnv_60,
[0237] - Dh_prp = Dh_prp_nominal ± 0,025 com o desvio prismático horizontal no ponto de referência de prisma Dh_prp, e
[0238] - Dv_prp = Dv_prp_nominal ± 0,025 com o desvio prismático vertical no ponto de referência de prisma Dv_prp.
[0239] Como uma primeira aproximação para revelar para cada parâmetro óptico, o intervalo no qual 95% da lente oftálmica fabricada irá se ajustar, um indivíduo pode multiplicar a coluna correspondente (em valores absolutos) das tabelas das Figuras 10 e 11 por um vetor produzido do dobro dos padrões de desvio desejados.
[0240] Os inventores obtiveram os resultados a seguir:
[0243] A partir dos resultados acima, pareceque para fabricar as lentes oftálmicas de acordo com osexemplos 1 e 2, tal processo de fabricação não deve serusado.
[0244] Para a lente oftálmica de acordo com o exemplo 1, parece que quando fabrica-se a dita lente oftálmica com o uso do processo de fabricação mencionado acima, pelo menos os parâmetros ópticos Pnv_45, Pnv_60,Dh_prp e Dv_prp não respeitam o nível desejado de qualidade.
[0245] Para a lente oftálmica de acordo com oexemplo 2, parece que quando se fabrica a dita lente oftálmica com o uso do processo de fabricação mencionado acima, pelo menos os parâmetros ópticos Pnv_45, Pnv_30,Pnv_60, Dh_prp e Dv_prp não respeitam o nível desejado de qualidade.
[0246] Conforme ilustrado no exemplo 3, o método da invenção fornece uma verificação de viabilidade de uma lente oftálmica por um processo de fabricação.
[0247] A invenção foi descrita acima com o auxílio de modalidades sem limitação do conceito inventivo geral. Em particular, o método de acordo com a invenção pode ser usado para o processo de fabricação de revestimento duplo, isto é, processos durante os quais tanto a superfície anterior quanto a superfície de trás da lente oftálmica são usinadas.
Claims (15)
1. Método, implantado por meio de computador, para determinar a viabilidade de uma lente oftálmica por um processo de fabricação de lente oftálmica, em que a lente oftálmica é adaptada para um usuário e que compreende pelo menos duas superfícies ópticas, pelo menos uma das quais deve ser fabricada pelo processo de fabricação de lente oftálmica com base em uma superfície correspondente de uma lente oftálmica nominal também chamada de “superfície nominal”, caracterizado pelo fato de que o método compreende: - uma etapa de fornecimento de dados de lente oftálmica durante a qual os dados que representam as superfícies da lente oftálmica nominal são fornecidos, - um conjunto de etapas de fornecimento de parâmetros de superfície durante as quais um conjunto de m parâmetros de superfície (α1, α2, ..., αm) é fornecido, em que m é um número inteiro maior que ou igual a 1, os parâmetros de superfície que representam as diferenças em posição e/ou formato da pelo menos uma superfície fabricada de uma lente oftálmica com a superfície nominal, - uma etapa de fornecimento de parâmetros ópticos durante a qual um conjunto de n parâmetros ópticos (Pi, P2, ..., Pn) é fornecido, em que n é um número inteiro maior que ou igual a 1, em que cada parâmetro óptico Pi é dotado de um valor de tolerância εi definido em referência a um valor nominal, em que Pi,0 é o valor do parâmetro óptico Pi da lente oftálmica nominal, - uma etapa de determinação de verificação de qual a viabilidade da lente oftálmica pelo processo de fabricação de lente oftálmica édeterminada determinando-se se para i de 1 an: com '/0 o valor da derivada de Pi em relação aoparâmetro de superfície jth αj na superfície nominal e Δαj o valor do parâmetro de superfície jth e Ai uma combinação de termos de ordem maior ou igual a 2 para cada Pi.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que, durante a etapa de determinação de verificação de viabilidade, pelo menos parte, por exemplo, todas as verificações de viabilidade são determinadas definindo-se para i de 1 a n: com o o valor da segunda derivada de Pi em relação ao parâmetro de superfície jth αj e o parâmetro de superfície kth αk na superfície nominal, Δαj o valor do parâmetro de superfície jth e Δαk o valor do parâmetro de superfície kth.
3. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que, durante a etapa de determinação de verificação de viabilidade pelo menos parte, por exemplo, todas as verificações de viabilidade são determinadas definindo-se Ai = 0.
4. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1, 2 ou 3, caracterizado pelo fato de que pelo menos um parâmetro óptico é determinado mediante dadas condições de uso definidas por pelo menos uma posição de uma das superfícies da lente oftálmica, por exemplo, a superfície posterior da lente oftálmica, em relação a uma posição do centro de rotação do olho do usuário e um ângulo pantoscópico e um ângulo de correção ótica da lente oftálmica.
5. Método, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo de que as condições de uso são definidas a partir de medições no usuário e uma armação de óculos escolhida pelo usuário.
6. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1, 2, 3, 4 ou 5, caracterizado pelo fato de que pelo menos um parâmetro óptico é um parâmetro óptico local, por exemplo, pelo menos parâmetros ópticos são selecionados dentre a lista que consiste em: potência esférica, eixo geométrico e amplitude de astigmatismo, desvio prismático vertical, desvio prismático horizontal, desvio prismático total.
7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1, 2, 3, 4, 5 ou 6, caracterizado pelo fato de que pelo menos um parâmetro óptico é definido em pelo menos um ponto de referência, por exemplo, o pelo menos um ponto de referência é selecionado dentre uma lista que consiste em: o ponto de visão próximo, o ponto de visão distante, o ponto de referência de prisma, a cruz de fixação.
8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1, 2, 3, 4, 5, 6 ou 7, caracterizado pelo fato de que pelo menos um parâmetro óptico é um parâmetro óptico global, por exemplo, definido em uma zona que corresponde a um cone de visão, em que o cone de visão é um cone com o eixo geométrico do cone de visão que passa através do centro de rotação do olho e um ponto de referência da lente oftálmica, por exemplo, o ponto de visão próximo, o ponto de visão distante, o ponto de referência de prisma, a cruz de fixação, em que a abertura do cone de visão é maior que ou igual a 5°, por exemplo, maior que ou igual a 10° e menor que ou igual a 20°, por exemplo, menor que ou igual a 15°.
9. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8, caracterizado pelo fato de que o valor de tolerância é definido como em um dos padrões ISO 8980-1, ou ISO 8980-2, ou ISO 21987.
10. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9, caracterizado pelo fato de que o valor Δ«j do parâmetro de superfície jth é um valor médio de tal parâmetro de superfície, por exemplo, o valor médio dos parâmetros de superfície obtido em lentes oftálmicas similares.
11. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 ou 10, caracterizado pelo fato de que o conjunto de m parâmetros de superfície (α1, α2, ..., αm) compreende pelo menosparâmetros de posição e parâmetros de deformação.
12. Método, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que os valores de parâmetros de superfície são obtidos por um método implantado por meio de computador para determinar parâmetros de superfície que definem a posição relativa de uma superfície derivável fabricada em relação a uma superfície nominal, em que o método compreende: - uma etapa de fornecimento de superfície nominal durante a qual uma superfície nominal de uma lente oftálmica montada em uma armação nominal de referência e que corresponde à superfície derivável teoricamente a ser fabricada com um valor nominal dos parâmetros de posição que definem a posição da superfície nominal em relação à superfície de referência é fornecida, - uma etapa de fornecimento de superfície medida durante a qual uma superfície medida da superfície derivável fabricada expressa na armação nominal de referência é fornecida, - uma etapa de fornecimento de superfície de deformação durante a qual pelo menos uma superfície de deformação definida por pelo menos um parâmetro ajustável de deformação é fornecida, - uma etapa de determinação de superfície composta durante a qual uma superfície composta é determinada adicionando-se a superfície medida e a superfície de deformação, - uma etapa de determinação de parâmetro de superfície durante a qual os parâmetros de posição e pelo menos um parâmetro de deformação são determinados minimizando-se a diferença entre a superfície nominal e a superfície composta.
13. Método, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que os parâmetros de posição compreendem pelo menos seis parâmetros, por exemplo, três parâmetros de translação (Tx, Ty, Tz) e três parâmetros de rotação (Rx, Ry, Rz) da pelo menos uma superfície fabricada da lente oftálmica em relação a pelo menos uma superfície correspondente da lente oftálmica nominal.
14. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 ou 13, caracterizado pelo fato de que a superfície de deformação corresponde a uma superfície esfero-tórica definida por um parâmetro de esfera, um parâmetro de cilindro e um parâmetro de eixo geométrico.
15. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 14, caracterizado pelo fato de que a superfície de deformação corresponde a um cone circular direito definido por um parâmetro de eixo geométrico e um parâmetro de ângulo.
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