BR112018007455B1 - Lente oftálmica de adição progressiva para um usuário com hipermetropia e presbiopia e método para fornecer tal lente - Google Patents

Lente oftálmica de adição progressiva para um usuário com hipermetropia e presbiopia e método para fornecer tal lente Download PDF

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Benjamin Rousseau
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Abstract

LENTE DE ADIÇÃO PROGRESSIVA OFTÁLMICA PARA UM USUÁRIO COM HIPERMETROPIA E PRESBIOPIA; MÉTODO PARA FORNECER UMA TAL LENTE. Uma lente de adição progressiva oftálmica para um usuário com hipermetropia e presbiopia apresentando uma potência de refração média, PPO(alfa, beta), um módulo de astigmatismo resultante, ASR(alfa, beta), um valor de perda de acuidade ACU(alfa, beta), em que as referidas funções (alfa, beta) são determinadas em condições de uso da lente pelo usuário, e de acordo com um primeiro critério de acuidade, CritérioAcuidade1, que cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade1 (maior ou igual a) 44 D^2.graus, e, em que: CritérioAcuidade1 é definido como uma combinação de PPO(alfa, beta), ASR(alfa, beta), ADDp e ACU(alfa, beta).

Description

[001] A presente invenção genericamente refere-se à melhoria do campo de visão e, mais especificamente, refere-se a uma lente oftálmica de adição progressiva para um usuário com hipermetropia e presbiopia. Refere-se ainda a um método para fornecer uma tal lente.
[002] Convencionalmente, as lentes para óculos são fabricadas a pedido de acordo com especificações intrínsecas aos usuários individuais. Estas especificações geralmente englobam uma prescrição médica feita por um oftalmologista ou um profissional de cuidados oculares.
[003] Um usuário com hipermetropia apresenta uma correção de potência óptica positiva para visão ao longe. De acordo com a presente invenção, considera-se que um usuário com hipermetropia apresenta uma potência de refração média de visão ao longe prescrita que é maior ou igual a mais 1 dioptria. Para usuários com presbiopia, o valor da correção de potência é diferente para a visão ao longe e para a visão ao perto, devido às dificuldades de acomodação na visão ao perto. A prescrição compreende assim um valor de potência de visão ao longe e uma adição representando o incremento de potência entre a visão ao longe e a visão ao perto. A adição é qualificada como ADDP de adição prescrita.
[004] Os inventores notaram que a lente oftálmica de adição pro gressiva atual para um usuário com hipermetropia e presbiopia ainda pode ser melhorada de forma a aumentar o conforto visual do usuário.
[005] Um problema que a presente invenção pretende resolver é assim aumentar o conforto visual do usuário.
[006] Para este efeito, um dos objetos da presente invenção é uma lente oftálmica de adição progressiva para um usuário com hi- permetropia e presbiopia a qual apresenta uma potência de refração média de visão ao longe prescrita superior ou igual a mais 1 dioptria e uma adição prescrita não nula, ADDp, a referida lente apresentando uma potência de refração média, PPO(α, β), um módulo de astigmatismo resultante, ASR(α, β), um valor de perda de acuidade ACU(α, β), em que as funções (α, β) são determinadas em condições de uso da lente pelo usuário, e de acordo com um primeiro critério de acuidade, CritérioAcuidade1 que cumpre o requisito seguinte:
CritérioAcuidadel > 44 D2.graus,
[007] e em que: "D" representa a dioptria, "graus" representa os graus e CritérioAcuidade1 é definido como uma combinação de PPO(α, β), ASR(α, β), ADDp e ACU(α, β).
[008] De acordo com uma modalidade, o CritérioAcuidade1 cum pre o requisito seguinte: CritérioAcuidadel > 46,5 D2.graus.
[009] De acordo com uma modalidade, o CritérioAcuidade1 cum pre o requisito seguinte: CritérioAcuidadel > 49 D2.graus.
[0010] Os inventores descobriram que para definir um valor limiar de um critério de acuidade é adequado caracterizar a lente oftálmica de adição progressiva para um usuário com hipermetropia e presbiopia onde o conforto visual do usuário é aumentado considerando a lente oftálmica de adição progressiva conhecida do estado da técnica.
[0011] De acordo com diferentes modalidades da presente inven ção, as quais podem ser combinadas: • a lente é ainda caracterizada por uma linha meridiana, ML(α, β), uma cruz de montagem, FC(αFC, βFC), em que as referidas funções (α, β) são determinadas em condições de uso da lente pelo usuário para direções do olhar (α, β) unindo o centro de rotação do olho, CRE, e a lente, em que α é um ângulo de inclinação em graus e β é um ângulo de azimute em graus e em que: • o valor de perda de acuidade ACU(α, β) é expresso em logMAR e é definido de acordo com a equação seguinte:
Figure img0001
[0012] e em que CritérioAcuidade1 = Numerador1/Denominador;
Figure img0002
• LAcuSub85(0,1) é a extensão angular (em graus2) da região em que ACU(α, β) < 0,1 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > α85%, α85% sendo o ângulo de inclinação em que 85% da adição prescrita é percebida pelo usuário na linha meridiana; • LAcuAlfa85(0,1) é a largura da acuidade (em graus) em α85% entre duas linhas de perda de isoacuidade correspondentes a
Figure img0003
• PVL é o comprimento de variação de potência expresso em graus e definido como sendo igual a (α85% - α15%), α15% sendo o ângulo de inclinação em que 15% da adição prescrita é percebida pelo usuário na linha meridiana; • MédiaPicos é o módulo de astigmatismo resultante máxi- mo médio (em dioptrias), o qual é igual a
Figure img0004
Figure img0005
é o módulo de astigmatismo resultante máximo em um lado (lado esquerdo) da linha meridiana e ASRmax(αR, βR) é o módulo de astigmatismo resultante máximo no outro lado (lado direito) da linha meridiana os quais são ambos determinados dentro de um círculo, CIR, centrado em
Figure img0006
, cujo raio é de 35 graus; • um segundo critério de acuidade, CritérioAcuidade2, cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade2 > 105 D2.graus, em que:
Figure img0007
• LAcuSub85(0,2) é a extensão angular (em graus2) da região em que ACU(α, β) < 0,2 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > α85%; • LAcuAlfa85(0,2) é a largura da acuidade (em graus) em α85% entre duas linhas de perda de isoacuidade correspondentes a
Figure img0008
• De acordo com uma modalidade, o CritérioAcuidade2 cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade2 > 115 D2.graus. • De acordo com uma modalidade, o CritérioAcuidade2 cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade2 > 125 D2.graus. • um terceiro critério de acuidade, CritérioAcuidade3, cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade3 > 3,9 D, em que: • CritérioAcuidade3 = Numerador3/Denominador; • Numerador3 = LAcuSubFC(0,1) x ADDp3; • LAcuSubFC(0,1) é a extensão angular (em graus2) da re gião em que ACU(α, β) < 0,1 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > αFc. • De acordo com uma modalidade, o CritérioAcuidade3 cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade3 > 4,1 D. • De acordo com uma modalidade, o CritérioAcuidade3 cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade3 > 4,3 D. • um quarto critério de acuidade, CritérioAcuidade4, cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade4 > 6,1 D, em que: • CritérioAcuidade4 = Numerador4/Denominador; • Numerador4 = LAcuSubFC(0,2) x ADDp3; • LAcuSubFC(0,2) é a extensão angular (em graus2) da região em que ACU(α, β) < 0,2 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > αFC. • De acordo com uma modalidade, o CritérioAcuidade4 cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade4 > 6,5 D. • De acordo com uma modalidade, o CritérioAcuidade4 cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade4 > 7 D. • um quinto critério de acuidade, CritérioAcuidade5, cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade5 > 8,5 D, em que: • CritérioAcuidade5 = Numerador5/Denominador; • Numerador5 = DomínioLAcu(0,1) x ADDp3; • DomínioLAcu(0,1) é a extensão angular (em graus2) da região em que ACU(α, β) < 0,1 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus. • De acordo com uma modalidade, o CritérioAcuidade5 cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade5 > 8,7 D. • De acordo com uma modalidade, o CritérioAcuidade5 cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade5 > 8,9 D. • um sexto critério de acuidade, CritérioAcuidade6, cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade6 > 12,5 D, em que: • CritérioAcuidade6 = Numerador6/Denominador; • Numerador6 = DomínioLAcu(0,2) x ADDp3; • DomínioLAcu(0,2) é a extensão angular (em graus2) da região em que ACU(α, β) < 0,2 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus. • De acordo com uma modalidade, o CritérioAcuidade6 cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade6 > 13,1 D. • De acordo com uma modalidade, o CritérioAcuidade6 cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade6 > 13,7 D.
[0013] Em outro aspecto, a presente invenção fornece também um método implementado por computador para fornecer uma lente oftálmica de adição progressiva para um usuário com hipermetropia e presbiopia a qual apresenta uma potência de refração média de visão ao longe prescrita superior ou igual a mais 1 dioptria e uma adição prescrita não nula, ADDp, compreendendo a etapa de calcular uma repartição de poder refrativo média, PPO(α, β), uma repartição de um módulo de astigmatismo resultante, ASR(α, β), uma repartição de um valor de perda de acuidade ACU(α, β), em que as funções (α, β) são calculadas em condições de uso da lente pelo usuário, de forma a cumprir o requisito seguinte de um primeiro critério de acuidade, Crité- rioAcuidade1: CritérioAcuidadel > 44 D2.graus;
[0014] Em que "D" representa a dioptria, "graus" representa os graus e CritérioAcuidade1 é definido como uma combinação de PPO(α, β), ASR(α, β), ADDp e ACU(α, β).
[0015] De acordo com diferentes modalidades do método de acor do com a presente invenção, as quais podem ser combinadas: • o método compreende ainda as etapas seguintes: • Calcular ou definir uma linha meridiana, ML(α, β), • Calcular ou definir uma cruz de montagem, FC(αFC, βFC), • Calcular a potência de refração média, PPO(α, β), e o módulo de astigmatismo resultante, ASR(α, β), determinado em condições de uso da lente pelo usuário para direções do olhar (α, β) unindo o centro de rotação do olho, CRE, e a lente, em que α é um ângulo de inclinação em graus e β é um ângulo de azimute em graus, um valor de perda de acuidade ACU(α, β) é expresso em logMAR e é definido de acordo com a equação seguinte:
Figure img0009
[0016] e em que CritérioAcuidade1 = Numerador1/Denominador; • Numerador1 = LAcuSub85(0,1) x LAcuAlfa85(0,1) x ADDp4; • Denominador = MédiaPicos2 x PVL2; • LAcuSub85(0,1) é a extensão angular (em graus2) da região em que ACU(α, β) < 0,1 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > α85%, α85% sendo o ângulo de inclinação em que 85% da adição prescrita é percebida pelo usuário na linha meridiana; • LAcuAlfa85(0,1) é a largura da acuidade (em graus) em α85% entre duas linhas de perda de isoacuidade correspondentes a 0,1 logMAR e é igual a:
Figure img0010
• PVL é o comprimento de variação de potência expresso em graus e definido como sendo igual a (α85% - α15%), α15% sendo o ângulo de inclinação em que 15% da adição prescrita é percebida pelo usuário na linha meridiana; • MédiaPicos é o módulo de astigmatismo resultante máximo médio (em dioptrias), o qual é igual a [ASRmax(αL, βL) + ASRmax(αR, βR)]/2, em que ASRmax(αL, βL) é o módulo de astigmatismo resultante máximo em um lado (lado esquerdo) da linha meridiana e ASRmax(αR, βR) é o módulo de astigmatismo resultante máximo no outro lado (lado direito) da linha meridiana os quais são ambos determinados dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus; • a lente é calculada de forma a cumprir o requisito seguinte de um segundo critério de acuidade, CritérioAcuidade2: CritérioAcuidade2 > 105 D2.graus, em que: • CritérioAcuidade2 = Numerador2/Denominador; • Numerador2 = LAcuSub85(0,2) x LAcuAlfa85(0,2) x ADDp4; • LAcuSub85(0,2) é a extensão angular (em graus2) da região em que ACU (α, β) < 0,2 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > α85%; • LAcuAlfa85(0,2) é a largura da acuidade (em graus) em α85% entre duas linhas de perda de isoacuidade correspondentes a
Figure img0011
• a lente é calculada de forma a cumprir o requisito seguinte de um terceiro critério de acuidade, CritérioAcuidade3: CritérioAcuidade3 > 3,9 D, em que: • CritérioAcuidade3 = Numerador3/Denominador; • Numerador3 = LAcuSubFC(0,1) x ADDp3; • LAcuSubFC(0,1) é a extensão angular (em graus2) da região em que ACU(α, β) < 0,1 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > αFc; • a lente é calculada de forma a cumprir o requisito seguinte de um quarto critério de acuidade, CritérioAcuidade4: CritérioAcuidade4 > 6,1 D, em que: • CritérioAcuidade4 = Numerador4/Denominador; • Numerador4 = LAcuSubFC(0,2) x ADDp3; • LAcuSubFC(0,2) é a extensão angular (em graus2) da região em que ACU(α, β) < 0,2 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > αFC; • a lente é calculada de forma a cumprir o requisito seguinte de um quinto critério de acuidade, CritérioAcuidade5: CritérioAcuidade5 > 8,5 D, em que: • CritérioAcuidade5 = Numerador5/Denominador; • Numerador5 = DomínioLAcu(0,1) x ADDp3; • DomínioLAcu(0,1) é a extensão angular (em graus2) da região em que ACU(α, β) < 0,1 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus; • a lente é calculada de forma a cumprir o requisito seguinte de um sexto critério de acuidade, CritérioAcuidade6: CritérioAcuidade6 > 12,5 D, em que: • CritérioAcuidade6 = Numerador6/Denominador; • Numerador6 = DomínioLAcu(0,2) x ADDp3; • DomínioLAcu(0,2) é a extensão angular (em graus2) da região em que ACU(α, β) < 0,2 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus; • os requisitos acima referidos de modalidades preferidas direcionados ao CritérioAcuidade1 e/ou CritérioAcuidade2 e/ou Critéri- oAcuidade3 e/ou CritérioAcuidade4 e/ou CritérioAcuidade5 e/ou Crité- rioAcuidade6 podem ser escolhidos no âmbito do método de acordo com a presente invenção. • o método compreende uma rotina de otimização em que é escolhido pelo menos um alvo no requisito de um critério de acuidade escolhido na lista constituída por CritérioAcuidade1, CritérioAcuidade2, CritérioAcuidade3, CritérioAcuidade4, CritérioAcuidade5, CritérioAcui- dade6.
[0017] Em ainda outro aspecto, a presente invenção refere-se a um produto de programa de computador compreendendo uma ou mais sequências de instruções armazenadas as quais são acessíveis a um processador e as quais, quando executadas pelo processador, permitem ao processador realizar pelo menos uma das etapas das diferentes modalidades do método precedente.
[0018] A presente invenção refere-se ainda a um meio legível por computador comportando uma ou mais sequências de instruções do produto de programa de computador precedente.
DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0019] As características da presente invenção, assim como a pre sente invenção em si, ambas quanto à respectiva estrutura e quanto à respectiva operação, serão mais bem compreendidas a partir das figuras e dos exemplos não limitativos anexos, considerados juntamente com a descrição que se segue, nas quais: • as figuras 1 e 2 apresentam, esquematicamente, sistemas ópticos do olho e da lente e do traçado de raios a partir do centro de rotação do olho; • a figura 3 apresenta regiões de visão de campo de uma lente oftálmica de adição progressiva; • as figuras 4 a 13 apresentam diagramas ajudando a com-preender as definições dos critérios usados no âmbito da presente invenção; • as figuras 14 a 17 dão características ópticas de uma lente oftálmica de adição progressiva de acordo com o estado da técnica; • as figuras 18 a 21 dão características ópticas de uma lente oftálmica de adição progressiva de acordo com a presente invenção.
[0020] Nas figuras, as seguintes referências correspondem ao se guinte: • MER é a linha meridiana; • NVGD é a direção do olhar de visão ao perto; • FVGD é a direção do olhar de visão ao longe; • FCGD é a direção do olhar da cruz de montagem.
DEFINIÇÕES
[0021] As definições seguintes são fornecidas para definir os ter mos usados no âmbito da presente invenção.
[0022] O termo "prescrição do usuário", igualmente designado por "dados de prescrição", é conhecido na técnica. Os dados de prescrição referem-se a um ou a mais dados obtidos para o usuário e indicando para pelo menos um olho, preferencialmente para cada olho, uma esfera prescrita SPHp, e/ou um valor de astigmatismo prescrito CYLp e um eixo prescrito AXISp adequados para corrigir a ametropia de cada olho do usuário e, caso necessário, uma adição prescrita ADDp adequada para corrigir a presbiopia de cada um dos respectivos olhos.
[0023] As "lentes oftálmicas de adição progressiva " são conheci das na técnica. De acordo com a presente invenção, a lente pode ser uma lente padrão, mas igualmente uma lente para óculos de informação, em que a lente compreende meios para exibir informações na frente do olho. A lente pode igualmente ser adequada para óculos de sol ou não. Todas as lentes oftálmicas da presente invenção podem ser emparelhadas para formar um par de lentes (olho esquerdo LE, olho direito RE).
[0024] Uma "direção do olhar" é identificada por um par de valores de ângulo (α, β), em que os referidos valores de ângulo são medidos em relação a eixos de referência centrados no centro de rotação do olho, geralmente designado por "CRE". Mais precisamente, a figura 1 representa uma vista em perspectiva de um sistema desta natureza ilustrando os parâmetros α e β usados para definir uma direção do olhar. A Figura 2 é uma vista no plano vertical paralelo ao eixo ântero- posterior da cabeça do usuário e passando pelo centro de rotação do olho no caso em que o parâmetro β é igual a 0. O centro de rotação do olho está assinalado com CRE. O eixo CRE-F', apresentado na Figura 2 em uma linha de pontos e traços, é o eixo horizontal passando pelo centro de rotação do olho e estendendo-se na frente do usuário - quer dizer, é o eixo CRE-F' correspondente à direção do olhar primária. A lente é colocada e centrada na frente do olho de forma que o eixo CRE-F’ intercepta a superfície frontal da lente em um ponto designado por cruz de montagem, que está, em geral, presente em lentes para permitir o posicionamento de lentes em uma armação por um técnico de óptica. O ponto de interseção da face posterior da lente e do eixo CRE-F' é o ponto O. Uma esfera ápice, cujo centro é o centro de rotação do olho, CRE, e apresenta um raio q' = O-CRE, intercepta a face posterior da lente em um ponto do eixo horizontal. Um valor do raio q' de 25,5 mm corresponde a um valor convencional e fornece resultados satisfatórios ao usar as lentes. Pode ser escolhido outro valor do raio q'. Uma determinada direção do olhar, representada por uma linha contínua na figura 1, corresponde a uma posição do olho em rotação em volta do CRE e a um ponto J (consultar figura 2) da esfera ápice; o ângulo β é o ângulo formado entre o eixo CRE-F' e a projeção da linha reta CRE-J no plano horizontal compreendendo o eixo CRE-F'; este ângulo aparece no esquema da Figura 1. O ângulo α é o ângulo formado entre o eixo CRE-J e a projeção da linha reta CRE-J no plano horizontal compreendendo o eixo CRE-F'; este ângulo aparece no esquema das Figuras 1 e 2. Uma determinada vista de olhar corresponde assim a um ponto J da esfera ápice ou a um par (α, β). Quanto mais o valor do ângulo do olhar de inclinação é positivo, mais o olhar está inclinado para baixo e quanto mais o valor é negativo, mais o olhar está inclinado para cima. Em uma determinada direção do olhar, a imagem de um ponto M no espaço do objeto, localizado a uma determinada distância do objeto, é formada entre dois pontos S e T correspondentes a distâncias mínimas e máximas JS e JT, que seriam as distâncias focais locais sagital e tangencial. A imagem de um ponto no espaço do objeto no infinito é formada no ponto F'. A distância D corresponde ao plano frontal posterior da lente.
[0025] Para cada direção do olhar (α, β) são definidos um poder refrativo médio PPO(α, β), um módulo de astigmatismo ASR(α, β) e um eixo AXE(α, β) deste astigmatismo e um módulo de astigmatismo ASR(α, β) resultante (igualmente designado por residual ou indeseja- do).
[0026] O "astigmatismo" refere-se ao astigmatismo gerado pela lente, ou ao astigmatismo residual (astigmatismo resultante) que corresponde à diferença entre o astigmatismo prescrito (astigmatismo do usuário) e o astigmatismo gerado por lente; em cada caso, em relação à amplitude ou a ambos, amplitude e eixo.
[0027] O "ergorama" é uma função associando a cada direção do olhar a distância convencional de um ponto de objeto. Geralmente, na visão ao longe seguindo a direção do olhar primária, o ponto de objeto está no infinito. Na visão ao perto, seguindo uma direção do olhar essencialmente correspondente a um ângulo α na ordem dos 35° e a um ângulo β na ordem dos 5° em valor absoluto na direção do lado nasal, a distância de objeto é na ordem dos 30 cm a 50 cm. Para mais pormenores relativos a uma eventual definição de um ergorama, pode ser considerada a patente dos E.U.A US-A-6,318,859. Este documento descreve um ergorama, a respectiva definição e o respectivo método de modelagem. Para um método da presente invenção, os pontos podem ser no infinito ou não. O ergorama pode ser uma função da ametropia do usuário ou uma adição do usuário. Usando estes elementos é possível definir uma potência óptica e um astigmatismo de usuário, em cada direção do olhar. Um ponto objeto M a uma distância de obje-to dado pelo ergorama é considerado para uma direção do olhar (α, β). Uma proximidade de objeto ProxO é definida para o ponto M sobre o raio de luz correspondente no espaço objeto como o inverso da distância MJ entre o ponto M e o ponto J da esfera ápice:
Figure img0012
[0028] Isto permite calcular a proximidade de objeto dentro de uma aproximação de lente fina para todos os pontos da esfera ápice, que é usada para determinar o ergorama. Para uma lente real, a proximidade de objeto pode ser considerada como o inverso da distância entre o ponto de objeto e a face frontal da lente, sobre o raio de luz correspondente.
[0029] Para a mesma direção do olhar (α, β), a imagem de um ponto M apresentando uma determinada proximidade de objeto é formada entre dois pontos S e T que correspondem, respectivamente, à distância focal mínima e à distância focal máxima (que seriam a distância focal sagital e a distância focal tangencial). A quantidade Proxl é designada por proximidade da imagem do ponto M:
Figure img0013
[0030] Por analogia com o caso de uma lente fina pode, portanto, ser definido para uma determinada direção do olhar e para uma determinada proximidade de objeto, quer dizer para um ponto do espaço de objeto no raio de luz correspondente, uma potência óptica PPO como a soma da proximidade de imagem e da proximidade de objeto.
Figure img0014
[0031] A potência óptica é igualmente designada por potência de refração.
[0032] Com as mesmas notações, um astigmatismo AST é defini do para cada direção do olhar para uma determinada proximidade de objeto como:
Figure img0015
[0033] Esta definição corresponde ao astigmatismo de um feixe de raios criado pela lente. O astigmatismo resultante ASR é definido para cada direção do olhar através da lente como a diferença entre o valor de astigmatismo real AST para esta direção de olhar e o astigmatismo prescrito para a mesma lente. O astigmatismo residual (astigmatismo resultante) ASR corresponde mais precisamente ao módulo da diferença vetorial entre dados reais (AST, AXE) e de prescrição (CYLp, AXISp).
[0034] Quando a caracterização da lente é do tipo óptico, esta re fere-se ao sistema de ergorama-olho-lente descrito acima. Por questões de simplicidade, o termo "lente" é usado na descrição mas deve ser entendido como o "sistema de ergorama-olho-lente". Os valores em termos ópticos podem ser expressos para direções do olhar. As condições adequadas para determinar o sistema ergorama-olho-lente no âmbito da presente invenção são designadas por "condições de uso".
[0035] No restante da descrição podem ser usados termos como «superior», «inferior», «horizontal», «vertical», «acima», «abaixo» ou outras palavras indicando a posição relativa. Estes termos devem ser entendidos nas condições de uso da lente. Notavelmente, a parte "superior" da lente corresponde a um ângulo de inclinação negativo α <0° e a parte "inferior" da lente positiva corresponde a um ângulo de inclinação positivo α >0°.
[0036] Uma "direção do olhar de visão ao longe", designada por FVGD, é definida para uma lente, como a direção do olhar da visão correspondendo ao ponto de referência de visão ao longe (distante) e, por conseguinte, (αFV, βFV), em que a potência de refração média é substancialmente igual à potência prescrita média na visão ao longe, a potência prescrita média sendo igual a SPHp+(CYLp/2). Dentro da presente divulgação, a visão ao longe é igualmente designada por visão distante.
[0037] Uma "direção do olhar de visão ao perto", designada por NVGD, é definida para uma lente, como a direção do olhar da visão correspondendo ao ponto de referência de visão ao perto (leitura) e, por conseguinte, (αNV, βNV), em que a potência de refração é substancialmente igual à potência prescrita na visão ao longe mais a adição prescrita, ADDp.
[0038] Uma "direção do olhar de cruz de montagem", designada por FCGD, é definida para uma lente, como a direção do olhar da visão correspondendo ao ponto de referência da cruz de montagem e, por conseguinte, (αFC, βFC).
[0039] A "linha meridiana", designada por ML(α, β), de uma lente progressiva é uma linha definida de cima para baixo da lente e passando pela cruz de montagem onde se pode ver claramente um ponto de objeto. A referida linha meridiana é definida com base na repartição do módulo do astigmatismo resultante, ASR, sobre o domínio (α, β) e corresponde substancialmente ao centro dos dois iso-módulos centrais dos valores de astigmatismo resultantes, cujo valor é igual a 0,25 diop- trias. Para ser mais específico e de acordo com a presente invenção, a linha meridiana é calculada de acordo com o método seguinte: - Define-se a direção do olhar, FCGD, correspondente à cruz de montagem (αFC, βFC); - Calcula-se o ângulo de inclinação αNV correspondente à direção do olhar de visão ao perto; - Para cada ângulo de inclinação α compreendido entre αFC e αNV, calcula-se o ângulo de azimute β correspondente à direção intermediária entre os dois iso-módulos centrais dos valores de astigmatismo resultantes, cujo valor é igual a 0,25 dioptrias; as referidas direções calculadas são referidas como (αi, βi); calcula-se uma linha reta, d2, de forma a minimizar o desvio de (αi, βi) para a referida linha reta, de acordo com a equação seguinte:
Figure img0016
[0040] em que a função "min" está relacionada com a determina ção dos parâmetros a2 e b2 de forma a minimizar a equação entre parênteses. - Calcula-se uma direção de pivô (αpiv, βpiv) definida como a interseção entre a linha reta d2 e uma linha correspondente a β = βFC, em que
Figure img0017
- Calcula-se uma linha reta, d1, em que: d1:β(α) = βPIV;α<αPIV; - Determina-se βNv como sendo o ângulo de azimute β da linha reta d2 para αNV; em que:
Figure img0018
- Para cada ângulo de inclinação α maior do que αNV, deter- mina-se o ângulo de azimute β correspondente à direção intermediária entre o isso-módulo central dos valores de astigmatismo resultantes, cujo valor é igual a 0,25 dioptrias; as direções calculadas designadas por (αj, βj); calcula-se uma linha reta, d3, de forma a minimizar o desvio de (αj, βj) para a referida linha reta e que passa na direção (αNV, βNV); quando a inclinação calculada é negativa, a inclinação é escolhida para ser nula; d3 é assim definido de acordo com a equação seguinte:
Figure img0019
- A linha meridiana é finalmente definida como sendo a linha criada ao seguir os três segmentos d1, d2, d3.
[0041] As "micromarcações" também designadas por "marcação de referência de alinhamento" têm sido obrigatórias nas lentes progressivas pelas normas harmonizadas ISO 13666:2012 ("Marcação de referência de alinhamento: marcações permanentes fornecidas pelo fabricante para estabelecer o alinhamento horizontal da lente ou lente da lente em bruto, ou para restabelecer outros pontos de referência") e ISO 8990-2 ("Marcação permanente: a lente deve fornecer pelo menos as seguintes marcas permanentes: marcações de referência de alinhamento compreendendo duas marcas distantes 34 mm uma das outra, equidistantes de uma plano vertical que passa através da cruz de montagem ou do ponto de referência do prisma"). As micromarcações que são definidas da mesma forma geralmente são ainda feitas em superfícies complexas, como na superfície frontal de uma lente com uma superfície frontal compreendendo uma superfície frontal progressiva ou regressiva.
[0042] As "marcações temporárias" podem igualmente ser aplica das em pelo menos uma das duas superfícies da lente, indicando posições de pontos de controle (pontos de referência) na lente, como um ponto de controle para a visão ao longe, um ponto de controle para a visão ao perto, um ponto de referência do prisma e uma cruz de montagem, por exemplo. O ponto de referência do prisma PRP é considerado aqui no ponto médio do segmento reto que liga as micromarca- ções. Quando as marcas temporárias estão ausentes ou foram apagadas, é sempre possível para o perito na técnica posicionar os pontos de controle na lente usando uma tabela de montagem e as micromar- cações permanentes. Da mesma forma, em uma lente de lente semiacabada, a norma ISO 10322-2 exige a aplicação de micromarcações. O centro da superfície asférica de uma lente em bruto semiacabada pode assim igualmente ser determinado, tal como um referencial descrito acima.
[0043] A Figura 3 apresenta regiões de visão de campo de uma lente oftálmica de adição progressiva 30 em que a referida lente compreende uma região de visão ao longe (visão distante) 32 localizada na parte superior da lente, uma região de visão ao perto 36 localizada na parte inferior da lente e uma região intermediária 34 situada entre a região de visão ao longe 32 e a região de visão ao perto 36. A linha meridiana é assinalada com 38.
[0044] Foi definida uma pluralidade de critérios no âmbito da pre sente invenção e as definições são ilustradas pelas figuras 4 a 12.
[0045] No fundo das figuras 4 a 11 é representado o traçado de contorno de perda de acuidade de um mesmo exemplo de uma lente oftálmica de adição progressiva.
[0046] No plano de fundo da figura 12 é representado o traçado de contorno do módulo de astigmatismo resultante do mesmo exemplo de uma lente oftálmica de adição progressiva.
[0047] O contorno de perda de acuidade apresenta as variações sobre o domínio (α, β) do valor de perda de acuidade ACU(a, β); o valor de perda de acuidade é expresso em logMAR.
[0048] O valor de perda de acuidade ACU(a, β) é definido de acor do com a equação seguinte:
Figure img0020
[0049] AC%(α, β) é uma função de acuidade definida como uma função da potência de refração média, PPO(α, β), e do módulo de as-tigmatismo resultante, ASR(α,β); em que: • define-se uma função de diferença de potência de refra- ção média, P(α, β), em que:
Figure img0021
[0050] β_α_mer sendo o valor do ângulo de azimute β na linha meridiana, ML(α, β), no ângulo de inclinação α; • quando P(α, β) > 0, AC%(α, β) é definido de acordo com a equação seguinte:
Figure img0022
• quando P(α, β) < 0, AC%(α, β) é definido de acordo com a equação seguinte:
Figure img0023
[0051] A referência bibliográfica de uma definição de perda de acuidade desta natureza pode ser encontrada no seguinte documento: Fauquier, C., et al. "Influência do erro de energia combinada e do as-tigmatismo na acuidade visual." Vision Science and Its Applications, OSA Technical Digest Series. Washington, DC: Optical Society of America (1995):151 -4.
[0052] Os valores de perda de acuidade ACU(α, β) da lente exem- plificativa são traçados no fundo das figuras 4 a 11 e as curvas indicam valores de perda de iso-acuidade onde há um incremento de 0,1 log- MAR entre curvas vizinhas de diferentes valores de perda de acuidade. Em todas estas figuras está representado um círculo, designado por CIR; o referido círculo está centrado em (α, β) = (12,0) e respectivo raio é igual a 35 graus. O referido círculo representa a região angular dentro da qual são definidos os critérios da invenção.
[0053] A Figura 4 mostra como calcular o critério LAcuSub85(0,1); LAcuSub85(0,1) é a extensão angular (em graus2) da região (em cinzento na figura) entre as duas curvas vizinhas centrais de perda de acuidade igual a 0,1 logMAR, a referida extensão angular calculada estando dentro do círculo CIR, e para o ângulo de inclinação α mais de α85% (quer dizer, a > α85%), em que α85% é definido como o ângulo de inclinação em que 85% da adição prescrita é percebida pelo usuário na linha meridiana. O ângulo de inclinação da linha meridiana em que 85% da adição prescrita é percebida pelo usuário é definido no âmbito da presente invenção como sendo o ângulo de inclinação α em que a potência de refração média, PPO(α85%), cumpre a equação se-guinte:
Figure img0024
[0054] e em que PPO(FVGD) é a potência de refração média de acordo com a direção do olhar de visão ao longe, FVGD.
[0055] Uma definição semelhante é usada para "um ângulo de in clinação da linha do meridiano em que 15% da adição prescrita é percebida pelo usuário", o que corresponde ao ângulo de inclinação α em que a potência de refração média, PPO(α15%), cumpre a equação seguinte:
Figure img0025
[0056] A Figura 5 mostra como calcular o critério LAcuSub85(0,2); LAcuSub85(0,2) é a extensão angular (em graus2) da região (em cinzento na figura) entre as duas curvas vizinhas centrais da perda de acuidade igual a 0,2 logMAR, a referida extensão angular sendo calculada dentro do círculo CIR, e para o ângulo de inclinação α mais de α85% (quer dizer, para α > α85%).
[0057] A Figura 6 mostra como calcular o critério LAcuAlfa85(0,1); LAcuAlfa85(0,1) é a largura da acuidade (em graus) em α85% entre as duas curvas vizinhas centrais de perda de acuidade igual a 0,1 log- MAR; é igual a
Figure img0026
, em que β+ é maior do que β_α_mer(α85%) e β- é menor do que β_α_mer(α85%).
[0058] A Figura 7 mostra como calcular o critério LAcuAlfa85(0,2); LAcuAlfa85(0,2) é a largura da acuidade (em graus) em α85% entre as duas curvas vizinhas centrais de perda de acuidade igual a 0,2 log- MAR; é igual a
Figure img0027
, em que β+ é maior do que β_α_mer(α85%) e β- é menor do que β_α_mer(α85%).
[0059] A Figura 8 mostra como calcular o critério LAcuSubFC(0,1); LAcuSubFC(0,1) é a extensão angular (em graus2) da região (em cinzento na figura) entre as duas curvas vizinhas centrais de perda de acuidade igual a 0,1 logMAR, em que a referida extensão angular é calculada dentro de um círculo, CIR, e para α mais de αFC (quer dizer para α > arc).
[0060] A Figura 9 mostra como calcular o critério LAcuSubFC(0,2); LAcuSubFc(0,2) é a extensão angular (em graus2) da região (em cinzento na figura) entre as duas curvas vizinhas centrais de perda de acuidade igual a 0,2 logMAR, em que a referida extensão angular é calculada dentro de um círculo, CIR, e para α mais de αFc (quer dizer para α > αFc).
[0061] A Figura 10 mostra como calcular o critério DomínioLA- cu(0,1); DomínioLAcu(0,1) é a extensão angular (em graus2) da região (em cinzento na figura) entre as duas curvas vizinhas centrais de perda de acuidade igual a 0,1 logMAR, em que a referida extensão angular é calculada dentro da totalidade do círculo, cIR.
[0062] A Figura 11 mostra como calcular o critério DomínioLA- cu(0,2); DomínioLAcu(0,2) é a extensão angular (em graus2) da região (em cinzento na figura) entre as duas curvas vizinhas centrais de perda de acuidade igual a 0,2 logMAR, em que a referida extensão angular é calculada dentro da totalidade do círculo, CIR.
[0063] A Figura 12 mostra como calcular o critério MédiaPicos; o módulo dos valores de astigmatismo resultante da lente exemplificativa são traçados no fundo da figura 12 e as curvas indicam o iso-módulo dos valores de astigmatismo resultante onde há um incremento de 0,25 dioptrias entre curvas vizinhas de diferentes módulos de valores de astigmatismo resultante. É representado círculo previamente definido, CIR; MédiaPicos é o módulo de astigmatismo resultante máximo médio (em dioptrias), que é igual a
Figure img0028
, em que
Figure img0029
é o módulo de astigmatismo resultante máximo médio em um lado (lado esquerdo) da linha meridiana e ASRmax(αR, βR) é o módulo de astigmatismo resultante máximo no outro lado (lado direito) da linha meridiana os quais são ambos determinados dentro do círculo, CIR.
[0064] A Figura 13 mostra a variação da proximidade do objeto ProxO como uma função do ângulo de inclinação α usado para definir o ergorama considerando a patente dos E.U.A. US-A-6,318,859.
[0065] O ergorama usado no âmbito da presente invenção é defi nido graças aos dados seguintes, em que os valores de proximidade do objeto são dados para os ângulos de inclinação α:
Figure img0030
Figure img0031
EXEMPLOS
[0066] As Figuras 14 a 17 apresentam características ópticas de uma lente oftálmica de adição progressiva de acordo com o estado da técnica, doravante designada por "PA_lens".
[0067] As Figuras 18 a 21 apresentam características ópticas de uma lente oftálmica de adição progressiva de acordo com a invenção, doravante designada por "INV_lens".
[0068] Ambas as lentes oftálmicas de adição progressiva referidas foram projetadas de forma a cumprir as características prescritas se-guintes:
Figure img0032
[0069] As Figuras 14 e 18 representam o perfil de repartição da potência de refração média, PPO, como uma função do ângulo de inclinação α, ao longo da linha meridiana, respectivamente para a lente oftálmica de adição progressiva da técnica anterior e a lente oftálmica de adição progressiva de acordo com a presente invenção. São indicados ângulos de inclinação correspondentes a α85% e a α15%.
[0070] As Figuras 15 e 19 representam o perfil de repartição da potência de refração média, PPO, ao longo do domínio (α, β), respectivamente para a lente oftálmica de adição progressiva da técnica anterior e a lente oftálmica de adição progressiva de acordo com a presente invenção. As curvas indicam valores de potência de refração iso- média onde há um incremento de 0,25 dioptrias entre curvas vizinhas de diferentes módulos de valores de astigmatismo resultante.
[0071] As Figuras 16 e 20 representam, respectivamente, o módu lo de repartição de astigmatismo resultante, ASR, sobre o domínio (α, β), respectivamente para a lente oftálmica de adição progressiva da técnica anterior e a lente oftálmica de adição progressiva de acordo com a presente invenção. As curvas indicam o iso-módulo dos valores de astigmatismo resultante onde há um incremento de 0,25 dioptrias entre curvas vizinhas de diferentes módulos de valores de astigmatismo resultante.
[0072] As Figuras 17 e 21 representam, respectivamente, a repar tição do valor de perda de acuidade, ACU, sobre o domínio (α, β), res-pectivamente para a lente oftálmica de adição progressiva da técnica anterior e a lente oftálmica de adição progressiva de acordo com a presente invenção. As curvas indicam valores de perda de iso- acuidade onde há um incremento de 0,1 logMAR entre curvas vizinhas de diferentes módulos de valores de astigmatismo resultante.
[0073] Os critérios de acuidade acima definidos foram calculados para ambas as lentes oftálmicas de adição progressivas referidas. Os resultados são relatados abaixo.
Figure img0033
[0074] Os inventores realizaram testes que demonstram que o va lor de limiar escolhido de CritérioAcuidade1 e, opcionalmente, os valores de limiar escolhidos de CritérioAcuidade2 e/ou CritérioAcuidade3 e/ou CritérioAcuidade4 e/ou CritérioAcuidade5 e/ou CritérioAcuidade6, é (são) adequado(s) para fornecer a um usuário com hipermetropia e presbiopia uma lente oftálmica de adição progressiva em que o conforto visual do usuário é melhorado em comparação com a lente oftálmica de adição progressiva conhecida da técnica anterior.

Claims (13)

1. Lente oftálmica de adição progressiva para um usuário com hipermetropia e presbiopia que apresenta uma potência de refra- ção média de visão ao longe prescrita superior ou igual a mais 1 diop- tria e uma adição prescrita não nula, ADDp, a referida apresentando uma potência de refração média, PPO(α, β), um módulo de astigmatismo resultante, ASR(α, β), um valor de perda de acuidade ACU(α, β), em que as referidas funções (α, β) são determinadas em condições de uso da lente pelo usuário, e de acordo com um primeiro critério de acuidade, CritérioAcuidade1, que cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidadel > 44 D2.graus, e em que: "D" representa a dioptria, "graus" representa os graus, Cri- térioAcuidade1 é definido como uma combinação de
Figure img0034
Figure img0035
em que a referida lente é adicionalmente caracterizada por uma linha meridiana, ML(α, β), uma cruz de montagem, FC(αFC, βFC), em que as referidas funções (α, β) são determinadas em condições de uso da lente pelo usuário para direções do olhar (α, β) unindo o centro de rotação do olho, CRE, e a lente, em que α é um ângulo de inclinação em graus e β é um ângulo de azimute em graus, e em que: • o valor de perda de acuidade ACU(α, β) é expresso em logMAR e definido de acordo com a equação seguinte:
Figure img0036
Figure img0037
• LAcuSub85(0,1) é a extensão angular (em graus2) da zona em que ACU(α, β) < 0,1 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > α85%, α85% sendo o ângulo de inclinação em que 85% da adição prescrita é percebida pelo usuário na linha meridiana; • LAcuAlfa85(0,1) é a largura da acuidade (em graus) em α85% entre duas linhas de perda de iso-acuidade correspondentes a 0,1 logMAR e é igual a
Figure img0038
0,1), em que β+ é maior do que β_α_mer(α85%) e β- é menor do que β_α_mer(α85%); • PVL é o comprimento de variação de potência expresso em graus e definido como sendo igual a (α85% - α15%), α15% sendo o ângulo de inclinação em que 15% da adição prescrita são percebidos pelo usuário na linha meridiana; • MédiaPicos é o módulo de astigmatismo resultante máximo médio (em dioptrias), que é igual a
Figure img0039
, em que
Figure img0040
é o módulo de astigmatismo resultante máximo em um lado (lado esquerdo) da linha meridiana, e ASRmax(αR, βR) é o módulo de astigmatismo resultante máximo no outro lado (lado direito) da linha meridiana, os quais são ambos determinados dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus.
2. Lente oftálmica de adição progressiva, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que está de acordo com a qual um segundo critério de acuidade, CritérioAcuidade2, cumpre o requisito seguinte:
Figure img0041
• LAcuSub85(0,2) é a extensão angular (em graus2) da zona em que ACU (α, β) < 0,2 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > α85%; • LAcuAlfa85 (0,2) é a largura da acuidade (em graus) em α85% entre duas linhas de perda de iso-acuidade correspondentes a 0,2 logMAR e é igual a
Figure img0042
0,2), em que β+ é maior do que β_α_mer(α85%), e β- é menor do que β_α_mer(α85%).
3. Lente oftálmica de adição progressiva, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que está de acordo com a qual um terceiro critério de acuidade, Cri- térioAcuidade3, cumpre o requisito seguinte:
Figure img0043
• LAcuSubFC(0,1) é a extensão angular (em graus2) da zona em que ACU (α, β) < 0,1 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > αFC.
4. Lente oftálmica de adição progressiva, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que está de acordo com a qual um quarto critério de acuidade, Cri- térioAcuidade4, cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade4 > 6,1 D, em que: • CritérioAcuidade4 = Numerador4/Denominador; • Numerador4 = LAcuSubFC(0,2) x ADDp3; • LAcuSubFC(0,2) é a extensão angular (em graus2) da zona em que ACU (α, β) < 0,2 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > αFC.
5. Lente oftálmica de adição progressiva, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que está de acordo com a qual um quinto critério de acuidade, Cri- térioAcuidade5, cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade5 > 8,5 D, em que: • CritérioAcuidade5 = Numerador5/Denominador; • Numerador5 = DomínioLAcu(0,1) x ADDp3; • DomínioLAcu(0,1) é a extensão angular (em graus2) da zona em que ACU (α, β) < 0,1 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus.
6. Lente oftálmica de adição progressiva, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que está de acordo com a qual um sexto critério de acuidade, Crité- rioAcuidade6, cumpre o requisito seguinte: CritérioAcuidade6 > 12,5 D, em que: • CritérioAcuidade6 = Numerador6/Denominador; • Numerador6 = DomínioLAcu(0,2) x ADDp3; • DomínioLAcu(0,2) é a extensão angular (em graus2) da zona em que ACU (α, β) < 0,2 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus.
7. Método implementado por meio de computador para fornecer uma lente oftálmica de adição progressiva para um usuário com hipermetropia e presbiopia que apresenta uma potência de refração média de visão ao longe prescrita superior ou igual a mais 1 dioptria e uma adição prescrita não nula, ADDp, caracterizado pelo fato de que compreende a etapa de calcular uma repartição de potência de refra- ção média, PPO (α, β), um módulo de repartição de astigmatismo resultante, ASR (α, β), uma repartição de um valor de perda de acuidade ACU (α, β), em que as referidas funções (α, β) são calculadas em condições de uso da lente pelo usuário, de forma a cumprir o requisito seguinte de um primeiro critério de acuidade, CritérioAcuidade1: CritérioAcuidadel > 44 D2.graus; "D" representa a dioptria, "graus" representa os graus, Cri- térioAcuidade1 é definido como uma combinação de PPO (α, β), ASR (α, β), ADDp e ACU (α, β), e em que o referido método compreende adicionalmente as seguintes etapas: • calcular ou definir uma linha meridiana, ML (α, β), • calcular ou definir uma cruz de montagem, FC(αFC, βFC), • calcular a potência de refração média, PPO(α, β), e o módulo de astigmatismo resultante, ASR(α, β), determinado em condições de uso da lente pelo usuário para direções do olhar (α, β), unindo o centro de rotação do olho, CRE, e a lente, em que α é um ângulo de inclinação em graus, e β é um ângulo de azimute em graus, um valor de perda de acuidade ACU (α, β) é expresso em logMAR e é definido de acordo com a equação seguinte:
Figure img0044
Figure img0045
• LAcuSub85(0,1) é a extensão angular (em graus2) da zona em que ACU(α, β) < 0,1 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > α85%, α85% sendo o ângulo de inclinação em que 85% da adição prescrita sãp percebidos pelo usuário na linha meridiana; • LAcuAlfa85(0,1) é a largura da acuidade (em graus) em α85% entre duas linhas de perda de iso-acuidade correspondentes a 0,1 logMAR e é igual a:
Figure img0046
• PVL é o comprimento de variação de potência expresso em graus e definido como sendo igual a (α85% - α15%), α15% sendo o ângulo de inclinação em que 15% da adição prescrita são percebidos pelo usuário na linha meridiana; • MédiaPicos é o módulo de astigmatismo resultante máximo médio (em dioptrias), o qual é igual a
Figure img0047
Figure img0048
é o módulo de astigmatismo resultante máximo em um lado (lado esquerdo) da linha meridiana, e ASRmax(αR, βR) é o módulo de astigmatismo resultante máximo no outro lado (lado direito) da linha meridiana, os quais são ambos determinados dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus.
8. Método para fornecer uma lente oftálmica de adição pro-gressiva, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que de acordo com o qual a lente é calculada de forma a cumprir o requisito seguinte de um segundo critério de acuidade, CritérioAcuida- de2: CritérioAcuidade2 > 105 D2.graus, em que: • CritérioAcuidade2 = Numerador2/Denominador; • Numerador2 = LAcuSub85(0,2) x LAcuAlfa85(0,2) x ADDp4; • LAcuSub85(0,2) é a extensão angular (em graus2) da zona em que ACU (α, β) < 0,2 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > α85%; • LAcuAlfa85(0,2) é a largura da acuidade (em graus) em α85% entre duas linhas de perda de iso-acuidade correspondentes a 0,2 logMAR e é igual a β+(ACU(α85%, β) = 0,2) - β-(ACU(α85%, β) = 0,2), em que β+ é maior do que β_α_mer(α85%), e β- é menor do que β_α_mer(α85%).
9. Método para fornecer uma lente oftálmica de adição pro-gressiva, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 8, ca-racterizado pelo fato de que está de acordo com o qual a lente é calculada de forma a cumprir o requisito seguinte de um terceiro critério de acuidade, CritérioAcuidade3: CritérioAcuidade3 > 3,9 D, em que: • CritérioAcuidade3 = Numerador3/Denominador; • Numerador3 = LAcuSubFC(0,1) x ADDp3; • LAcuSubFC(0,1) é a extensão angular (em graus2) da zona em que ACU (α, β) < 0,1 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > αFC.
10. Método para fornecer uma lente oftálmica de adição progressiva, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 9, caracterizado pelo fato de que está de acordo com o qual a lente é calculada de forma a cumprir o requisito seguinte de um quarto critério de acuidade, CritérioAcuidade4: CritérioAcuidade4 > 6,1 D, em que: • CritérioAcuidade4 = Numerador4/Denominador; • Numerador4 = LAcuSubFC(0,2) x ADDp3; • LAcuSubFC(0,2) é a extensão angular (em graus2) da zona em que ACU (α, β) < 0,2 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus, e em que α > αFc.
11. Método para fornecer uma lente oftálmica de adição progressiva, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 10, caracterizado pelo fato de que está de acordo com o qual a lente é calculada de forma a cumprir o requisito seguinte de um quinto critério de acuidade, CritérioAcuidade5: CritérioAcuidade5 > 8,5 D, em que: • CritérioAcuidade5 = Numerador5/Denominador; • Numerador5 = DomínioLAcu(0,1) x ADDp3; • DomínioLAcu(0,1) é a extensão angular (em graus2) da zona em que ACU (α, β) < 0,1 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus.
12. Método para fornecer uma lente oftálmica de adição progressiva, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 11, caracterizado pelo fato de que está de acordo com o qual a lente é calculada de forma a cumprir o requisito seguinte de um sexto critério de acuidade, CritérioAcuidade6: CritérioAcuidade6 > 12,5 D, em que: • CritérioAcuidade6 = Numerador6/Denominador; • Numerador6 = DomínioLAcu(0,2) x ADDp3; • DomínioLAcu(0,2) é a extensão angular (em graus2) da zona em que ACU (α, β) < 0,2 logMAR, dentro de um círculo, CIR, centrado em (α, β) = (12,0), cujo raio é de 35 graus.
13. Método para fornecer uma lente oftálmica de adição progressiva, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 11, caracterizado pelo fato de que está de acordo com o qual o método compreende uma rotina de otimização em que é escolhido pelo menos um alvo no requisito de um critério de acuidade escolhido na lista constituída por CritérioAcuidade1, CritérioAcuidade2, CritérioAcuida- de3, CritérioAcuidade4, CritérioAcuidade5, CritérioAcuidade6.
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