BR112012005337A2 - dispositivo intracorporal para o desolamento de tecidos. - Google Patents

Abstract

DISPOSITIVO INTRACORPORAL PARA O DESLOCAMENTO DE TECIDOS Dispositivo de deslocamento de tecidos no interior do organismo, notadamente de tecidos ósseos, esse dispositivo compreendendo uma primeira peça, dita peça de referência (C1); uma segunda peça, dita peça de transporte (C2), montada deslizante em relação à peça de referência (C1); uma haste filetada, montada giratória em relação à peça de referência (C1); uma árvore de comando; meios de acionamento ligando a árvore de contando à haste filetada, uma porca de ligação, entre a peça de transporte (C2) e a haste filetada, essa porca de ligação sendo montada sobre a haste filetada e sendo orientada em rotação em relação à peça de referência (C1); meios de transformação do deslocamento da porca de ligação ao longo da haste filetada em um deslocamento da peça de transporte (C2) em relação à peça de referência (C1), esse dispositivo sendo tal que, para limitar a translação longitudinal dessa haste filetada em relação à peça de referência (C1), um primeiro batente (C11) e um segundo batente (C12) solidários à haste filetada cooperam respectivamente com uni primeiro apoio (A11) e um segundo apoio (A12), esses apoios sendo solidários à peça de referência (C1) e sendo colocados ao longo da haste filetada a distância uma da outra entre esses batentes (C11, C12), a porca de ligação estando apta a se deslocar ao longo da haste filetada entre o primeiro apoio (A11) e o segundo apoio (A12).

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para: “DISPOSITIVO INTRA-CORPORAL PARA O DESLOCAMENTO DE TECIDOS”.

Campo técnico 5 A invenção se refere a um dispositivo para o deslocamento dos tecidos no corpo humano ou animal.

A invenção se refere mais particularmente, mas não exclusivamente, aos dispositivos que permitam deslocar partes de ossos.

A invenção encontra notadamente uma aplicação vantajosa nos seguintes setores técnicos: - hastes de distração ou de compressão para a correção da coluna vertebral ou do tórax, apoiando-se sobre as vértebras, costelas e/ou pélvis; - cavilha ou placa intramedular ou alongamento ósseo de transporte para os ossos longos, chatos, da mandíbula ou do crânio; - próteses de crescimento.

Técnica anterior O alongamento ósseo por distração progressiva do calo ósseo que se forma naturalmente quando um osso é fraturado, antes que se calcifique foi inicialmente realizado com o auxílio de fixadores externos, por exemplo, tal como popularizado por Ilizarov.

Para tentar corrigir os inconvenientes dos fixadores externos, tais como as infecções ou os aborrecimentos para a vida cotidiana, pregos de alongamento totalmente implantados foram propostos: prego Albizzia, através do 5 qual o alongamento é provocado por uma rotação intencional da perna do paciente, prego de Bliskunov, prego de Baumgart e Betz, ou ainda o prego ISKD (sigla do inglês intramedullary Skeletal Kinetic Distractor, ou distrator intramedular de esqueleto cinéitco) de Cole.

A velocidade de alongamento do osso, da ordem de um milímetro por dia, é ajustada em função das observações clínicas.

O transporte ósseo permite reconstruir, por exemplo, parte de uma diáfise óssea removida em consequência de um traumatismo, uma infecção ou um tumor, estirando-se progressivamente o calo ósseo que se forma entre uma parte de osso preservada e um pedaço de osso que se destacou por osteotomia dessa parte, até que um pedaço se escore contra a segunda parte do osso preservado.

Os documentos WO 02/071962 e WO 95/24870 apresentam exemplos de pregos de transportes ósseos. Esses dois dispositivos funcionam por sistemas de lingueta, se revelam volumosos, comportam um grande número de peças e dificilmente são miniaturizáveis. Os movimentos necessários ao seu alongamento são frequentemente dolorosos.

A distração por meios intracorporais para o tratamento cirúrgico de deformações da coluna foi também proposta, em particular para o tratamento de escolioses progressivas em 5 crianças. Uma apresentação funcional das instrumentações de tratamento cirúrgico das deformações da coluna são fornecidas por Foster e cols. (The Spine Journal, páginas 652-694, 2005).

Em crianças, é preciso não somente corrigir ao máximo a deformação, mas também manter a correção obtida ao longo do crescimento, limitando o menos possível este. Isto necessita que a geometria do distrator implantado evolua no decorrer do tempo. Para isso, a maior parte dos distratores conhecidos necessita de cirurgias repetidas, com as dificuldades, os custos e os riscos associados, notadamente infecciosos. É o caso dos dispositivos nos documentos WO 2006/010844, WO 2007/051924, FR 2900563, FR 2843538, FR 2891727, FR 2794357 e FR 2892617. Este também é o caso de VEPTR® (Vertical Expandable Prosthetic Titanium Rib, ou costela vertical expansível de titânio). A fim de tentar limitar o número de operações cirúrgicas, vários dispositivos intracorporais que podem ser alongados sem nova operação, foram propostos. Por exemplo, o distrator vertebral descrito no documento WO 01/78614 compreende um ímã que conduz a rotação de uma roda de engrenagem com duas rodas diametralmente opostas e cada uma delas provida com um complementar tocando a linha de duas hastes de alongamento.

5 A utilização de engrenagens e de linhas sobre as hastes de alongamento necessita tornar o dispositivo fechado às matérias biológicas ambientais, o que é tecnicamente muito delicado e limita as possibilidades de esterilização. Além disso, a presença de uma linha sobre as hastes de alongamento que são muito estressados em fadiga, limitando o tempo de vida do implante ou requer seu superdimensionamento que o torna então muito volumoso para ser razoavelmente implantado em uma criança.

O documento WO 2007/144489, em nome do requerente, descreve um dispositivo de alongamento intracorporal, esse dispositivo anterior encontrando aplicação como prego de alongamento ósseo, prego de transporte ósseo, haste de distração espinhal ou prótese de aumento. O dispositivo descrito no documento WO 2007/144489 compreende: - uma primeira parte alongada, - uma segunda parte montada telescopicamente em relação à primeira parte; - primeiros meios de ligação ao organismo, por exemplo, por parafusação, a uma primeira extremidade da primeira parte; - segundos meios de ligação ao organismo, por exemplo, por parafusação, a uma primeira extremidade da segunda parte; 5 - uma haste que comporta pelo menos uma linha, cuja rotação acarreta o deslocamento da segunda parte em relação à primeira parte; - meios para comandar a rotação da haste, por exemplo, um ímã permanente, essa haste sendo montada entre duas extremidades que se aproximam, quando o dispositivo se alonga.

No modo de realização preferido descrito nesse documento anterior do requerente, a haste compreende, em uma primeira parte extrema, um alojamento para um ímã permanente. Uma lingueta de apoio é fixada, por exemplo, por soldagem, na segunda parte final da haste. Essa lingueta de apoio é fixada na primeira parte tubular do dispositivo, por exemplo, por soldagem, e é orientada em deslizamento longitudinal em relação à segunda parte do dispositivo. Entre o alojamento do ímã permanente e a lingueta de apoio, a haste de linha é parafusada em uma regulagem da segunda parte do dispositivo. Um comprimento de haste carregada é assim definido entre a regulagem da segunda peça e a peça de apoio rigidamente conectado à primeira peça do dispositivo.

Esse dispositivo anterior apresenta numerosas vantagens. Em particular, é simples e pouco oneroso fabricar à luz da função realizada, apresenta uma potência 5 suficiente a sua função em um volume reduzido, não necessita de fechamento particular, pode ser comandado manualmente e sem dor com o auxílio de um simples ímã permanente externo, notadamente em domicílio, pelo paciente ou uma pessoa que o assiste sem qualquer qualificação particular. Além disso, o comprimento da haste carregada diminui, quando o dispositivo se alonga e o comprimento de haste carregada trabalha em tração, quando o dispositivo se alonga, o que previne qualquer possibilidade de deformação.

O dispositivo descrito no documento WO 2007/144489 apresenta, todavia, para a potência e para o potencial de alongamento desejados, um comprimento reto rígido que o torna impossível de colocar em uma localização que é toda em curvas (como nas aplicações na coluna e no tórax, por exemplo), ou em uma localização na qual o espaço falta em comprimento na direção do descolamento que se deseja realizar gradualmente (como para os transportes ou alongamentos ósseos importantes ou aqueles da mandíbula, por exemplo). Além disso, esse dispositivo está apto a exercer uma distração ou uma compressão, mas não indiferentemente as duas, pois ele se desconectará, se um esforço for aplicado na direção oposta àquela do esforço que é capaz de produzir. A invenção visa notadamente a eliminar essas limitações, conservando as vantagens do 5 dispositivo descrito do documento WO 2007/144489, propondo um novo dispositivo intra-corporal de alongamento com parafuso, de comprimento regulável, notadamente, mas não exclusivamente para uma aplicação à distração ou a compressão da espinha ou ao transporte ósseo.

Breve descrição da invenção Para esses fins, a invenção se refere, de acordo com um primeiro aspecto, a um dispositivo de deslocamento de tecidos no interior do organismo, notadamente de tecido ósseo, esse dispositivo compreendendo uma primeira peça, dita peça de referência; uma segunda peça, dita peça de transporte, montada deslizante em relação à peça de referência; uma haste comportando pelo menos uma linha, dita haste filetada, montada de modo articulado em relação à peça de referência; um eixo de comando, meios de acionamento ligando o eixo de comando à haste filetada; um meio de conexão, dito porca de conexão, entre a peça de transporte e a haste filetada, essa porca de conexão sendo montada sobre a haste filetada e sendo orientada em rotação em relação à peça de referência; meios de transformação do deslocamento da porca de ligação ao longo da haste filetada em um deslocamento da peça de transporte em relação à peça de referência, esse dispositivo compreendendo, a fim de limitar a translação longitudinal dessa haste filetada em 5 relação à peça de referência, um primeiro pilar e um segundo pilar rigidamente conectados à haste filetada, esses pilares cooperando respectivamente com um primeiro rolamento e um segundo rolamento rigidamente conectado à peça de referência, esses rolamentos sendo colocados à distância um do outro entre esses pilares, a porca de ligação estando apta a se deslocar ao longo da haste filetada entre o primeiro rolamento e o segundo rolamento.

A distância entre os dois pilares é vantajosamente superior àquela entre os rolamentos, de maneira a permitir um jogo translacional da haste filetada em relação à peça de referência.

Em funcionamento normal, o eixo de comando é rodado por qualquer meio conhecido por um técnico no assunto. Por exemplo, o eixo de comando pode ser associado a um ímã permanente que, quando submetido a um campo magnético, gira para se orientar no campo e aciona o eixo de comando. Como variante, o eixo de comando é ligado a um motor, uma engrenagem do motor ou a uma engrenagem chave.

O dispositivo apresenta, segundo diversas realizações,

as seguintes características, que podem ser combinadas.

Os meios de acionamento comportam um eixo de transmissão flexível e/ou pelo menos uma mola helicoidal e/ou uma junta de transmissão, uma cadeia de juntas de 5 transmissão, uma junta de cardan ou uma cadeia de juntas de cardan.

Os meios de acionamento comportam um dispositivo com intermitência, notadamente um mecanismo de roda de Genebra, rigidamente conectado à haste filetada e movido pelo eixo de comando, esse dispositivo com intermitência estando apto a transformar um movimento de rotação contínua do eixo de comando em um movimento intermitente da haste filetada.

Os meios de transformação comportam uma lingueta ou uma coexão rígida entre a porca de ligação e a peça de transporte ou um rolamento rigidamente conectado à porca de conexão, esse rolamento cooperando com um pilar rigidamente conectado á parte de transporte.

A orientação rotacional da porca de conexão em relação à peça de referência pode ser uma orientação linear ou uma orientação helicoidal, tal que, essa porca de ligação gira de um ângulo compreendido entre 10 e 180º, quando se desloca desse primeiro a esse segundo rolamento e vice- versa.

Vantajosamente, o dispositivo compreende duas peças de transporte e duas hastes filetadas. Vantajosamente, as filetagens das duas hastes filetadas têm características de diâmetro, de sentido ou de passos diferentes. Cada haste filetada é vantajosamente provida de um dispositivo com 5 intermitência movido por um eixo de comando, cada dispositivo com intermitência estando apto a transformar um movimento de rotação contínua do eixo de comando em um movimento intermitente de cada haste filetada, os dois dispositivos com intermitência sendo montados em oposição, de modo que, quando um dos dispositivos está em estado de acionamento, o outro está em estado de bloqueio.

O diâmetro da(s) haste(s) filetada(s) é inferior a quatro mm, notadamente compreendido entre um e três milímetros.

Quando o dispositivo compreende duas peças de transporte, elas são vantajosamente acionadas por um eixo de comando comum. As partes de transporte podem ser ou não sensivelmente paralelas entre si.

Vantajosamente, as partes de transporte são sensivelmente de forma cilíndrica e de um diâmetro usual em cirurgia vertebral, notadamente compreendido entre três e sete milímetros.

Em certas utilizações, as partes de transporte são providas de uma parte sensivelmente em forma de placas,

compreendendo orifícios de passagem de parafusos usuais em ortopedia para ossos longos ou em cirurgia maxilo-facial.

Vantajosamente, o eixo de comando compreende um ímã permanente, cuja direção de magnetização é sensivelmente 5 perpendicular ao eixo de rotação do eixo de comando. O eixo de comando compreende notadamente um ímã permanente à base de terras raras, mais particularmente neodímio ferro boro.

O eixo de comando pode ser ligada a um motor, engrenagem do motor ou uma engrenagem chave.

Vantajosamente, o eixo de comando compreende um cilindro oco no qual é fixado um ímã por meio de um adesivo à base de silicone.

Vantajosamente, o dispositivo é pelo menos em parte realizado por uma técnica de fabricação eletromagnética, notadamente a técnica EFAB.

Vantajosamente, a peça de referência compreende um estojo no qual desliza um carro de transporte ósseo sobre o qual uma peça de transporte é montada. O carro de transporte ósseo é provido através de perfuração do longitudinal aproveitado, distante do eixo do estojo, essa perfuração sendo complementar à filetagem da haste filetada. O carro de transporte ósseo é provido de uma perfuração diametral que aloja um parafuso ósseo, formando parte de transporte, esse parafuso ósseo montado deslizante em duas calhas paralelas longitudinais do estojo.

Em certas aplicações, o dispositivo compreende duas peças de transporte montadas deslizantes em sentidos opostos uma da outra em relação à peça de referência.

5 Vantajosamente, o dispositivo compreende uma única haste filetada, os meios de transformação estando aptos a transmitirem um movimento da porca de ligação em um primeiro sentido de deslocamento, em um deslizamento de uma primeira parte de transporte em relação à peça de referência até em direção a uma posição extrema, o dispositivo compreendendo meios de bloqueio da primeira parte de transporte nessa posição extrema. Os meios de conversão estão aptos a transmitir um movimento da porca de ligação em um segundo sentido de deslocamento oposto a esse primeiro sentido, em um deslizamento de uma segunda parte de transporte em relação à peça de referência.

Vantajosamente, os meios de transformação e de bloqueio compreendem um sistema com lingueta.

A invenção encontra aplicação como prego intramedular ou placa de alongamento ou de transporte ósseo notadamente para os ossos longos, os planos e aqueles da mandíbula ou do crânio.

A invenção encontra também aplicação como haste de distração ou de compressão para a correção da coluna ou do tórax, ou como prótese de aumento.

A invenção encontra, além disso, aplicação na modificação de tecidos moles, notadamente alongamento de uma parte do intestino ou anéis gástricos, ou ainda na 5 modificação das seções dos condutos do sistema sanguíneo, notadamente por colocação de aros arteriais, anéis de valvuloplastia.

Breve descrição dos desenhos Outros objetos e vantagens da invenção aparecerão com base na descrição feita a seguir com referência aos desenhos anexados, nos quais: - a figura 1 representa uma vista explodida em perspectiva de um dispositivo de deslocamento de tecidos, segundo um primeiro modo de realização; - a figura 2 representa uma vista em perspectiva do dispositivo ligado da figura 1; - a figura 3 representa uma vista similar àquele da figura 2, na qual o interior do dispositivo é visível; - a figura 4 representa uma vista em corte do dispositivo da figura 2 em uma primeira posição; - a figura 5 representa uma vista em corte do dispositivo da figura 2 em uma segunda posição; - a figura 6 representa uma vista explodida em perspectiva de um dispositivo de deslocamento de tecidos,

de acordo com um segundo modo de realização;

- a figura 7 representa uma vista em perspectiva do dispositivo ligado da figura 6;

- a figura 8 representa uma vista similar àquela da

5 figura 7 na qual o interior do dispositivo é visível;

- a figura 9 representa uma vista em corte do dispositivo da figura 6 em uma primeira posição;

- a figura 10 representa uma vista em corte do dispositivo da figura 6 em uma segunda posição;

- a figura 11 representa uma vista em perspectiva de um dispositivo de deslocamento de tecidos, de acordo com um terceiro modo de realização;

- a figura 12 representa uma vista em corte do dispositivo da figura 11 em uma primeira posição;

- a figura 13 representa uma vista em corte do dispositivo da figura 11 em uma segunda posição;

- as figuras 14 a 18 representam vistas frontais de um dispositivo com intermitência em relação a um eixo de comando, em cinco posições diferentes;

- a figura 19 representa uma vista em perspectiva de um dispositivo de deslocamento de tecidos segundo um quarto modo de realização;

- a figura 20 representa em vista similar à figura 19 na qual o interior do dispositivo é visível;

- a figura 21 representa uma vista explodida em perspectiva do dispositivo representado nas figuras 19 e 20; - as figuras 22 a 26 representam vistas em corte do 5 dispositivo da figura 19, em cinco posições diferentes.

Descrição detalhada da invenção Reporta-se agora às figuras 1 a 5 que representam um primeiro modo de realização, bem adaptado ao transporte ou ao alongamento ósseo.

O prego 1 de transporte ósseo compreende uma haste 2 filetada, um eixo 3 de comando, um eixo flexível 4 de transmissão entre a haste 2 filetada e o eixo de comando 3.

A primeira peça C1 dita peça de referência, compreende um estojo 6, no qual desliza um carro de transporte ósseo 5.

A haste filetada 2 comporta duas partes terminais 21, 22 de ambos os lados de uma parte filetada 23, uma parte terminal 21 sendo lisa.

O eixo de comando 3 se apresenta sob a forma de um cilindro oco, no qual é fixado um ímã, por exemplo, por meio de uma cola à base de silicone. Em cada uma de suas extremidades, o eixo de comando 3 compreende um apêndice axial 31, 32.

O eixo flexível de transmissão 4 é colocado entre as bordas de uma peça 7 em forma de estribo em U, cujas abas opostas 71, 72 são perfuradas longitudinalmente. A perfuração 73 de uma primeira aba 71 do estribo 7 aloja um apêndice axial 32 do eixo de comando 3. A perfuração 74 da segunda aba 72 do estribo 7 é paralela à e distante do eixo 5 do estojo 6 e aloja a parte terminal lisa 21 da haste 2.

Em uma aplicação, o eixo flexível de transmissão 4 é do tipo daqueles comercializados pela empresa SUHNER. O eixo flexível de transmissão se apresenta sob a forma de uma ou várias molas helicoidais enroladas em torno de um mesmo eixo central. Um estojo flexível pode envolver o eixo flexível para protegê-la.

Nas figuras 1 a 5, uma única mola está representada.

Todavia, o eixo flexível de transmissão 4 pode ser formado de várias camadas de molas helicoidais enroladas umas sobre as outras, cada camada podendo compreender várias molas idênticas justapostas. De preferência, as espirais das molas de uma mesma camada não contiguasse encostam, a fim de limitar as deformações e atritos que geram perdas, e permitir um pequeno raio de curvatura do eixo flexível.

Vantajosamente o passo das molas é exatamente superior ou igual ao raio interno menor desejado da transmissão flexível multiplicado por Π e dividido pelo número de molas sobre a camada considerada e o diâmetro do fio que constitui essas molas.

O carro de transporte 5 se apresenta sob a forma de um cilindro truncado por um plano longitudinal. O carro 5 é provido de uma perfuração longitudinal 51, distante do eixo do estojo 6, essa perfuração 51 sendo complementar à 5 filetagem da parte filetada 23 da haste 2.

O carro 5 é provido de uma perfuração diametral 52, alojando um parafuso ósseo 53.

O estojo 6 se apresenta sob a forma de uma peça cilíndrica oca, munida de duas calhas paralelas longitudinais 61, colocadas frente a frente, nas quais desliza o parafuso ósseo 53.

O carro 5 forma meio de ligação, dito porca de ligação, entre a parte de transporte C2 (parafuso ósseo 53) e a haste filetada 2, o carro 5 sendo montado sobre a haste filetada 2 e orientado em rotação ao estojo 6 pertencente à peça de referência C1.

Os meios de conversão do movimento da porca de ligação (o carro 5) em um deslocamento da parte de transporte (parafuso ósseo 53) são formados pela ligação rígida entre a porca de ligação e a parte de transporte.

O eixo de rotação da haste 2 é definido pela perfuração 74 da segunda aba 72 do estribo 7 e por uma perfuração 81 de um calço do rolamento 8.

O estojo 6, fechado em uma extremidade distal 62 por uma peça de fixação distal 9 sob a forma de um tampão e em uma extremidade proximal 63 por uma peça de fixação proximal 10, forma um alojamento para o conjunto dos elementos móveis do prego de transporte ósseo 1.

5 A partir de sua extremidade distal 62, o estojo 6 apresenta uma região interna distal 64 de seção complementar daquela do calço do rolamento 8.

A partir de sua extremidade proximal 63, o estojo 6 apresenta uma região interna proximal 65 com uma seção complementar daquela das abas 71, 72 do estribo 7.

Em uma região interna intermediária 66, o interior do estojo 6 apresenta uma seção sensivelmente circular, de diâmetro inferior àquele do calço do rolamento 8 e das abas 71, 72 do estribo 7, de modo que o interior do estojo 6 forme dois pilares respectivamente entre a região distal 64 e a região intermediária 66 e entre a região intermediaria 66 e a região proximal 65.

Sobre sua parte terminal distal 62, o estojo 6 compreende duas perfurações diametrais distais 67, e sobre sua parte terminal proximal 63, o estojo 6 compreende uma perfuração diametral proximal 68.

A peça 9 de fixação distal se apresenta sob a forma de um tampão cilíndrico de diâmetro sensivelmente igual àquele da seção da região interna distal 64 do estojo 6. Essa peça

9 de fixação distal é munida de duas perfurações 91 diametrais.

A peça 10 de fixação proximal compreende duas partes 101, 102. A primeira parte 101 da peça de fixação proximal 5 10 é cilíndrica, de diâmetro sensivelmente igual àquele da seção da região interna proximal 65 do estojo 6, e compreende uma perfuração longitudinal 103 e uma perfuração diametral 104.

A segunda parte 102 da peça de fixação proximal 10 é cilíndrica, de diâmetro superior àquele da primeira parte 101, e é munida de três perfurações diametrais 105, longitudinalmente distribuídas e defasadas angularmente de 90º e aptas a receber parafusos ósseos.

A montagem do prego 1 pode ser obtida conforme a seguir.

A haste filetada 2 é inserida na perfuração longitudinal 51 do carro 5 de transporte ósseo. A parte terminal lisa 21 da haste 2 é também inserida na perfuração 74 da aba 72 do estribo 7. Assim, o eixo de rotação da haste filetada 2 se acha a distância do eixo de simetria do carro de transporte ósseo 5.

Uma segunda porca 12, que forma um segundo batente C12 axial é parafusada e bloqueada em rotação, por exemplo, por soldagem laser, sobre a parte terminal 21 da haste 2 e é colocada contra a segunda aba 72.

A aba 72 forma um segundo rolamento A12, rigidamente conectado à peça de referência C1, de modo que a haste 2 é bloqueada em translação longitudinal em uma primeira 5 direção, permanecendo livre em rotação.

Um apêndice 32 em uma extremidade do eixo de comando 3 é montado girando na perfuração 73 da primeira aba 71 do estribo 7.

O eixo flexível 4 é então montada entre as duas abas 71, 72 do estribo 7, as extremidades do eixo 4 sendo soldadas respectivamente na parte extrema lisa 21 da haste filetada 2 e no apêndice 32 do eixo de comando 3.

O calço do rolamento 8 é então inserida na extremidade distal 62 do estojo 6, até se escorar no limite da região interna intermediária 66.

O conjunto constituído, a saber a haste 2 filetada, o carro de transporte 5, o estribo 7, o eixo de transmissão 4 e o eixo de comando 3, é então inserido no estojo 6, a segunda extremidade 22 da haste filetada 2 sendo inserida na perfuração 81 do calço do rolamento 8. O estribo 7 é colocado até o fundo da região interna proximal 65 do estojo 6, enquanto que a parte 23 filetada da haste 2 e o carro 5 são colocados na região interna intermediária 66 do estojo 6.

Uma primeira porca 11, que forma um primeiro pilar axial C11 é parafusada e soldada, por exemplo, por laser, sobre a segunda extremidade 22 da haste filetada 2, contra o calço do rolamento 8.

5 O calço 8 forma um primeiro pilar A11, rigidamente conectado à peça de referência C1 e a haste 2 é assim bloqueada em translação longitudinal, de acordo com uma segunda direção, permanecendo livre em rotação.

A disposição dos rolamentos A11, 8 e A12, 72, colocadas entre os pilares C11, 11 e C12, 12 permite que a haste filetada 2 só possa ser estressada em tração.

Depois, o estojo 6 é fechado em suas duas extremidades pelas peças 9, 10 de fixação.

Para isso, o tampão 9 é inserido na região interna distal 64 do estojo 6, de modo que suas duas perfurações diametrais 91 sejam alinhadas com perfurações distais 67 do estojo 6 e possam receber parafusos ósseos. A primeira parte cilíndrica 101 da peça de ligação proximal 10 é inserida na região interna proximal 65 do estojo 6, o segundo apêndice 31 da bainha de controle 3 inserindo-se na perfuração longitudinal 103 da peça de ligação proximal 10.

Depois, a perfuração proximal 68 do estojo 6 é alinhada com a perfuração diametral 104 da primeira parte cilíndrica

101. Um apêndice 106 assegura o bloqueio da peça de fixação proximal 10 em relação ao estojo 6. Soldagens laser reforçam essas ligações.

Assim, o estojo 6 e as peças de fixação 9, 10 constituiem uma primeira peça C1, dita peça de referência, 5 o parafuso ósseo 53, formando uma segunda peça C2, dita de transportes, os pilares C11 e C12 e da haste filetada 2 correspondente às porcas de pilares axiais 11, 12 colocadas contra o calço de rolamento A11, 8 e contra a segunda aba A12, 72 do estribo 7. A porca de ligação é formada pelo carro 5 e a transmissão do deslocamento desse carro 5 para a parte de transporte é obtida pela conexão rígida entre a porca de ligação e a parte de transporte.

Um exemplo de funcionamento do prego ósseo 1 é dado a seguir.

Um osso, por exemplo, em consequência à ablação de um tumor, compreende uma parte faltante entre duas partes extremas sadias. Uma primeira parte sadia sofre uma osteotomia, de maneira a liberar um calço entre as duas partes extremas sadias. As duas partes e o calço são polidas, de modo a permitir a passagem do prego 1.

O prego 1 de transporte ósseo está em uma posição inicial, por exemplo, tal como o carro de transporte 5 fica mais próximo do estribo 7 do que os calços de rolamento A11, 8, o estiramento do calo ósseo fazendo-se do estribo 7 para os calços de rolamento A11, 8. Além disso, o carro 5 é vantajosamente posicionado, de modo que sua perfuração diametral 52 esteja diante das calhas longitudinais 61 do estojo 6.

5 A peça de fixação proximal 10 é fixada na porção terminal do primeiro osso por meio de 3 parafusos ósseos passados nas perfurações 105 da segunda parte cilídrica 102 da peça 10.

A parte distal do prego é fixada na porção terminal do segundo osso, por meio de dois parafusos ósseos passados nas perfurações distais 67 do estojo 6 e nas perfurações 91 da peça de ligação distal 9.

Um parafuso ósseo 53 permite ligar calço ósseo ao carro 5 através da perfuração diametral 52 do carro 5 e das calhas 61 do estojo 6.

O eixo de comando 3 é em seguida girada por um valor conhecido. Sua rotação é transmitida à haste filetada 2 via o eixo flexível 4, provocando o deslocamento do carro 5 para o calço de rolamento A11, 8,o parafuso ósseo C2, 53 fixada no calço ósseo deslizando ao longo das calhas 61 do estojo 6 e assegurando a orientação em translação do carro de transporte 5, de modo que o calço ósseo é afastado progressivamente da porção terminal do primeiro osso.

Efetuando-se essa operação regularmente, estira-se o calo ósseo formando-se entre o calço ósseo e a extremidade do primeiro osso, até completar a parte faltante de osso.

Uma vez a junção entre o calço ósseo e a extremidade do segundo osso e o calo ósseo tenha se tornado sólida, o 5 dispositivo 1 pode ser deixado no osso ou retirado por uma operação cirúrgica.

O eixo flexível de transmissão 4 permite vantajosamente inclinar o rosqueamento 51 do carro de transporte 5 em relação ao resto do prego ósseo 1, de modo que o parafuso ósseo C2, 53 fixado no calço ósseo pode ser inserido ao longo de um diâmetro do prego 1.

O eixo flexível de transmissão 4 permite, além disso, formar um ângulo não nulo entre o eixo de comando 3 e a haste filetada 2, a fim de adaptar a forma do prego de transporte ósseo 1 à sua utilização, por exemplo, no caso de fixação na mandíbula para um transporte ou um alongamento.

Um alongamento pode ser obtido por não fixação da parte distal do prego que não apresenta, nesse caso, orifício para fazer isto.

Um segundo modo de realização está representado nas figuras 6 a 10.

Esse modo de realização é mais particularmente adaptado à produção de distração ou hastes de compressão que podem ser ligadas a vértebras, costelas ou à pélvis, para corrigir a coluna ou o tórax. É a razão pela qual, na sequência dessa descrição, será essencialmente feita referência a essa aplicação.

5 A haste de distração 20 compreende uma haste filetada 202, um eixo de comando 203, um eixo flexível de transmissão 204 entre a haste filetada 202 e o eixo de comando 203, uma haste móvel 205 e uma caixa 206, alojando a haste filetada 202 e os eixos 203, 204.

A caixa 206 forma uma primeira peça C1, dita peça de referência. Uma haste fixa 207 é montada sobre a caixa 206.

A caixa 205 móvel forma segunda peça C2, dita parte de transporte.

A haste filetada 202 e o eixo de comando 203 não são coaxiais. No modo de realização representado, o eixo de rotação da haste filetada 202 é sensivelmente paralelo ao eixo de rotação da eixo de comando 203. A haste móvel 205 é montada deslizante, no interior da caixa 206, o eixo de deslizamento da haste móvel 205 sendo sensivelmente posicionado no plano que contém os eixos de rotação da haste filetada 202 e da eixo de comando 203.

No modo de realização representado, o eixo de deslizamento da haste móvel 205 se estende entre os eixos de rotação da haste filetada 202 e da eixo de comando 203.

O eixo de comando 203 se apresenta sob a forma de um cilindro oco, no qual é fixado um ímã, por exemplo, por meio de uma cola à base de silicone. O eixo de comando 203 compreende em cada uma de suas extremidades, no 5 alinhamento, um apêndice 231, 232 colocado no eixo do controle 203.

A haste móvel 205 compreende uma parte terminal proximal 251 e uma parte terminal distal 252. Os termos “distal”, “proximal” são empregados no caso com referência à caixa C1, 206.

A parte terminal distal 252 da haste móvel 205 está apta para receber meios de ligação (não representados), tais como, ganchos, parafusos ou cintas, para a conexão aos ossos (em particular vértebras, costelas ou pélvis) nos quais se deseja fixá-la.

A haste fixa 207 compreende uma parte terminal proximal 271 e uma parte terminal distal 272. A parte terminal proximal 271 da haste fixa 207 é encaixada na caixa C1, 206. A parte terminal distal 272 da haste fixa 207 está apta a receber meios de ligação (não representados), tais como ganchos, parafusos ou cintas, para conexão aos ossos (em particular vértebras, costelas ou pélvis) nos quais se deseja fixá-la.

No modo de realização representado, a haste móvel 205 e a haste fixa 207 são sensivelmente retas e paralelas, e podem ser cortadas e curvadas pelo cirurgião. Em outros modos de realização, não representados, pelo menos um desses elementos 205, 207 é fornecido arqueado.

5 A haste filetada 202 é provida de duas partes terminais lisas 221, 222 de ambos os lados, e de uma parte filetada 223.

Uma lente 208 forma meio de ligação entre a parte de transporte C2, 205 e a haste filetada 202. Esta lente 208, ou porca de ligação, compreende um rosqueamento 281 complementar da parte filetada 223 da haste 202. A extremidade proximal 251 da haste móvel 205 é moldada para se inserir, por exemplo, à força em uma abertura complementar 282 da lente 208. Protuberâncias 291, 292 rigidamente conectadas a essa lente 208 e sensivelmente simétricas em relação à abertura 282 cooperam respectivamente com calhas 293, 294 abertas no interior da caixa C1, 206 para assegurar a orientação em rotação da porca de ligação 208 em relação à peça de referência C1.

Quando, além de uma distração ou de uma compressão, se deseja produzir uma torção, essas protuberâncias 291, 292 e essas calhas 293, 294 podem vantajosamente ser helicoidais, forçando a rotação progressiva da haste móvel 205 à medida que ela se desloca em relação à caixa C1, 206 e, assim, a torção da parte da coluna vertebral tratada. De maneira similar, uma orientação helicoidal da porca de ligação é interessante, quando, além de alongar um osso, se deseja simultaneamente corrigir uma deformação em torção desse 5 osso.

O eixo de transmissão flexível 204 liga um primeiro apêndice 231 do eixo de comando 203 na extremidade lisa 221 da haste filetada 202.

A caixa C1, 206 compreende um estojo 261 cilíndrico no qual se aloja o eixo de comando 203, o segundo apêndice 232 do eixo de comando 303 inserindo-se em um recesso do estojo

261.

O primeiro apêndice 231 do eixo de comando 203 passa por uma primeira abertura 264 de uma peça de suporte 265, fixada no estojo cilíndrico 261, por exemplo, por encaixe e soldagem.

Uma primeira extremidade 221 da haste filetada 202 é inserida em uma segunda abertura 266 da peça de suporte 265, de forma que ela venha a emergir de um mesmo lado que o primeiro apêndice 231 do eixo de comando 203. A parte filetada 223 da haste 202 se estende, então, pelo menos parcialmente, do lado oposto da peça de suporte 265.

Uma primeira porca 211 forma um primeiro pilar axial C11 da haste filetada 202. Essa porca 211, C11 é parafusada e soldada, por exemplo, por soldagem laser, sobre a primeira extremidade 221 da haste filetada 202 contra a peça de suporte 265.

A peça de suporte 265 forma um primeiro rolamento A11, 5 rigidamente conectado à peça de referência C1, 206.

O eixo flexível 204 é fixado, por exemplo, por soldagem, sobre o primeiro apêndice 231 do eixo de comando 203 e sobre a primeira extremidade 221 da haste filetada

202. O eixo flexível 204 descreve então uma curva, sensivelmente em formato de círculo ou em U.

A caixa C1, 206 compreende, além disso, um casco 262, formando um alojamento para o eixo de transmissão flexível 204 A concha 262 é fixada, por sua vez, na peça de suporte A11, 265.

O disco 208 se insere no estojo 267, de preferência, com uma ligeira folga. A lente 208 coopera com a haste filetada 202 via o rosqueamento 281, é fixado sobre a haste móvel C2, 205 e é orientado em rotação por intermédio das protuberâncias 291, 292 cooperando com as calhas 293, 294 do estojo 267, parte da caixa C1.

O estojo 267 é montado a uma de suas extremidades contra a peça de suporte A11, 265. A outra extremidade do estojo 267 é fechada por uma tampa 268, compreendendo uma primeira abertura 269, deixando a passagem para a haste móvel 205.

A tampa 268 compreende, além disso, uma segunda abertura 270, acolhendo a segunda parte terminal 222 da haste filetada 202.

5 A tampa 268 forma um segundo rolamento A12, rigidamente conectado à peça de referência 206, C1.

Uma porca de bloqueio axial 212 forma uma segunda parada C12 e é inserida sobre a segunda extremidade 222 da haste filetada 202 contra a tampa 268, A12.

A parte terminal proximal 271 da haste fixa 207 é rigidamente conectada à tampa A12, 268, por exemplo, inserindo-o à força na terceira abertura 273 da tampa A12, 268 e soldando a extremidade do mesmo.

Os dois estojos 261, 267, a concha 262, a peça de suporte 265 e a tampa A12, 268 formando a caixa C1, 206 são montados, por exemplo, por soldaduras laser ou colagem.

Assim como aparece nas figuras 7 a 10 notadamente, a haste de distração 20 é geralmente em forma de J, a caixa C1, 206 formando a parte rígida e não moldável do dispositivo que pode ser vantajosamente ser colocada em cima ou embaixo da zona referida pelo tratamento cirúrgico.

A haste fixa 207 pode também ser fixada na tampa 268 na direção oposta para formar uma haste em forma de I 20 que é melhor adaptada se ela tiver de ser fixada muito alto e muito baixo sobre a coluna.

A caixa 206 forma uma primeira peça C1, dita peça de referência, a haste móvel 205 forma uma peça de transporte C2, os pilares C11 e C12 da haste filetada 202 são formadas 5 pelas porcas de pilar axial 211, 212 colocadas contra os rolamentos A11 e A12 formados respectivamente pela peça de suporte 265 e a tampa 268 da caixa C1, 206.

A lente 208 ou porca de ligação, forma os meios de conexão entre a parte de transporte C2, 205 e haste filetada 202. Os meios de conversão do movimento da porca de ligação 208 em um deslocamento da parte de transporte C2, 205 são formados por uma ligação rígida entre a porca de ligação 208 e a parte de transporte C2, 205, por exemplo, por inserção à força da parte terminal 251 da parte de transporte C2, 205 na abertura 282 da lente 208.

Um exemplo de funcionamento do distrator 20 é dado a seguir.

A parte 252 extrema distal da haste 205 móvel é fixada, por exemplo, a uma primeira vértebra, e a parte extrema distal 272 da haste fixa 207 é fixada em uma segunda vértebra, por exemplo, situada sob a primeira vértebra. As fixações são feitas do lado côncavo ou convexo de uma curvatura, segundo o caso e segundo o fato de se desejar aplicar na parte da coluna tratada uma distração ou uma compressão respectivamente.

Um campo magnético no qual o ímã se orienta é aplicado: o ímã girando aciona o eixo de comando 203. A rotação do eixo de comando 203 é transmitida à haste 5 filetada 202 via o eixo de transmissão flexível 204. A lente 208, em ligação helicoidal com a haste filetada 202, se desloca ao longo da parte filetada 223 da haste 202 acionando a haste móvel C2, 205 no sentido de uma distração ou de uma compressão.

Um anel de visualização 220 é vantajosamente soldado na haste móvel C2, 205 e permite visualizar facilmente o movimento executado, sobre uma radiografia.

As duas vértebras são assim progressivamente afastadas ou aproximadas, induzindo uma modificação da curvatura da coluna.

Vantajosamente, a capacidade da haste 20 para evoluir nos dois sentidos é utilizada para periodicamente relaxar o esforço aplicado sobre a coluna, de maneira a lhe devolver por momentos provisoriamente uma parte de sua mobilidade e assim retardar a degeneração dos discos e a fusão espontânea geralmente observada após alguns anos de manutenção com os materiais fixos conhecidos.

No caso em que a variação de comprimento da haste 20 é acompanhada de uma rotação, a parte extrema distal 252 da haste móvel 205 é fixada em uma vértebra e a parte extrema distal 272 da haste fixa 207 é fixada na pélvis se for necessário corrigir uma torção da coluna em relação à pélvis.

5 No caso, mais frequente, do tratamento de uma escoliose, combinam-se vantajosamente sobre a coluna a tratar duas hastes em sentidos opostos de ambos os lados do ápice da curva, cuja parte extrema distal 252 da haste móvel 205 é ligada a esse ápice, e a parte extrema distal 272 da haste fixa 207 é fixada respectivamente, para uma, em uma vértebra não ou pouco virada situada acima do ápice e, para a outra, em uma vértebra não ou pouco virada e situada abaixo do ápice. Dessa maneira, ajuda-se simultaneamente na correção e na distorção da escoliose.

No modo de realização apresentado, o eixo de comando 203 é ligado a uma única haste móvel 205.

Em uma variante de realização, não representada, o segundo apêndice 232 do eixo de comando 203 é também fixado em uma segundo eixo flexível de transmissão, que transmite a rotação da eixo de comando a uma segunda haste filetada, provocando o deslocamento de uma segunda haste móvel C2. Em uma utilização, essa segunda haste móvel desliza na direção de deslocamento da primeira haste móvel C2, 205 e no sentido oposto.

Em uma outra utilização. essa segunda haste móvel desliza em uma direção, formando um ângulo com a direção de deslocamento da primeira móvel C2, 205.

O eixo 204 de transmissão flexível permite assim a 5 realização fácil e econômica de hastes em forma de J ou de I, podendo ser indiferentemente alongadas ou diminuídas a qualquer momento e cuja parte direita não recortável e recurvável pelo cirurgião é de comprimento compatível com a colocação sobre a coluna ou o tórax.

Segundo um outro modo preferido de realização, os meios de acionamento que liga a eixo de comando à haste filetada compreendem um dispositivo de indexação ou dispositivo com intermitência.

Esse modo preferido de realização vai ser apresentado, fazendo-se referência às figuras 11 a 18, nas quais está representada uma haste de distração ou de compressão compreendendo duas hastes móveis.

A haste de distração 30 compreende duas hastes filetadas 302, umo eixo de comando 303, um dispositivo com intermitência 304 entre cada haste filetada 302 e o eixo único de comando 303, duas hastes móveis 305 e uma caixa

306.

As hastes filetadas 302 e o eixo de comando 303 não são coaxiais. No modo de realização representado, os eixos de rotação das hastes filetadas 302 são sensivelmente paralelos ao eixo de rotação da eixo de comando 303. As hastes móveis 305 são montadas deslizantes, no interior da caixa 306, os eixos de deslizamento das hastes móveis 305 5 sendo sensivelmente dispostos no plano contendo os eixos de rotação das hastes filetadas 302 e da eixo de comando 303.

No modo de realização representado, o eixo de rotação da eixo de comando 303 é disposto a igual distância dos eixos de rotação das hastes filetadas 302.

O eixo de comando 303 se apresenta sob a forma de um cilindro oco, no qual é fixado um ímã, por exemplo, por meio e uma cola à base de silicone. O eixo de comando 303 compreende em cada uma de suas extremidades dois apêndices 331, 332.

Um primeiro apêndice 331 apresenta uma seção em crescente, colocado sensivelmente no eixo de lançamento do eixo 303 de comando. O primeiro apêndice compreende uma superfície periférica 333 côncava e uma superfície periférica 334 convexa. A superfície 333 côncava cruza o eixo de lançamento do eixo 303 de comando, enquanto que a superfície 334 convexa é coaxial ao eixo 335 de lançamento.

O segundo apêndice 332 se estende sensivelmente de modo paralelo ao eixo 335 de lançamento do eixo 303 de comando e a distância desse eixo 335.

Cada haste 305 móvel compreende uma parte terminal proximal 351 e uma parte terminal distal 352. Os termos “proximal” e “distal” são empregados no caso com referência à caixa 306.

5 A parte terminal distal 352 está apta a receber meios de ligação (não representados), tais como, ganchos parafusos ou cintas, nos ossos (em particular vértebras, costelas ou pélvis) nos quais se deseja fixá-la.

No modo de realização representado, as hastes móveis 305 são sensivelmente retas e paralelas, e podem ser recortadas e curvadas pelo cirurgião. Em outros modos de realização não representados, pelo menos uma dessas hastes móveis 305 pode ser fornecida arqueada.

Cada haste filetada 302 é provida de duas partes 321, 322 extremas lisas de ambos os lados de uma parte 323 filetada.

Assim como aparece nas figuras 11, 12 e 13, as duas hastes móveis 305 se estendem sensivelmente de modo simétrico de ambos os lados da eixo de comando 303.

Cada haste filetada 302 coopera com um disco 308, munido de uma regulagem complementar da parte filetada 323 da haste 302. A extremidade proximal 351 de cada haste móvel 305 é moldada para se inserir, por exemplo, à força em uma abertura complementar de um disco 308.

Vantajosamente, os discos 308 não apresentam nenhuma simetria de revolução.

A caixa C1, 306 ilustrada apresenta uma simetria central e compreende dos cascos 361, 362 ligados, por 5 exemplo, por parafusação.

A caixa 306 compreende duas aberturas de passagem para as hastes 305 móveis.

O eixo 303 de comando é colocado em um alojamento central da caixa 306, os apêndices 331, 332 de cada extremidade desembocando em um alojamento 365 extremo.

A montagem de uma haste filetada 302 e de uma haste móvel 305 com um disco 308 na caixa C1, 306 é feita da seguinte maneira.

Uma primeira extremidade 321 da haste filetada 302 é inserida em uma abertura de uma parede 367 na caixa 308 de modo a emergir em um alojamento 365 extremo. A parte 323 filetada da haste 302 se estende então pelo menos parcialmente do lado oposto da parede 367. Um batente longitudinal, descrito depois, é realizado entre a primeira parte extrema 321 de uma haste e a parede 367.

A segunda parte extrema 322 da haste filetada 302 é colocada em uma reserva 368 da caixa 306.

Uma primeira porca 311 forma um primeiro batente C11, na reserva 368, formando apoio A11, para bloquear longitudinalmente a haste 302 filetada.

O disco 308 cooperando com a haste 302 filetada via a regulagem 301 e solidário à haste 305 móvel se insere em ligação corrediça em um alojamento de forma sensivelmente 5 complementar e, de preferência, deixando uma ligeira folga.

Como na forma de realização precedente da invenção, uma ligação helicoidal pode ser utilizada no lugar da ligação corrediça para agir simultaneamente sobre a curvatura e a torção de uma escoliose, ligando cada uma das hastes 305 móveis de ambos os lados do ápice da curvatura com vértebras não ou pouco giradas e a caixa C1 nesse ápice.

Quando a rotação da eixo de comando 303 é transmitida às hastes 302 filetadas, cada disco 308 se desloca ao longo de uma haste 302 filetada, acionando a haste 305 móvel solidária ao disco 308.

Em cada alojamento 365 extremo da caixa 306, um dispositivo 304 com intermitência é colocado para transmitir a rotação do eixo 303 de comando a cada haste

305.

Cada dispositivo 304 com intermitência compreende meios para que, quando o eixo 303 de comando efetue uma rotação completa, a haste 302 filetada com a qual ele coopera tenha girado apenas em um sentido (horário ou anti- horário) a haste 305 móvel correspondente só sendo deslocada em uma única direção.

Cada dispositivo 304 com intermitência pode assumir dois estados.

Em um primeiro estado dito de acionamento, o 5 dispositivo 304 com intermitência transmite a rotação do eixo 303 de comando à haste 302 filetada, para provocar o deslocamento da haste 305 móvel.

Em um segundo estado dito de bloqueio, o dispositivo com intermitência não transmite a rotação do eixo 303 de comando à haste 302 filetada, a haste 305 móvel permanecendo imóvel na caixa 306.

Vantajosamente, cada dispositivo 304 com intermitência compreende um mecanismo de roda de Geneva 310 coaxial com a haste 302 filetada sobre a qual ela é montada solidária, por exemplo, inserindo-se à força a primeira parte 321 extrema da haste 302 filetada emergente no alojamento 365 extremo em uma abertura central do mecanismo de roda de Geneva 310.

O mecanismo de roda de Geneva forma, além disso, um batente C12 axial contra a parede 367, formando apoio A12, de modo que cada haste 302 filetada se ache bloqueada em translação longitudinal pela porca C11, 311 e o mecanismo de roda de Geneva C12, 310 em apoio respectivamente contra a reserva A11,368 e a parede A12, 367.

O mecanismo de roda de Geneva 310 se apresenta sob a forma de uma roda dentada, na qual os dentes são formados por uma alternância de dois tipos de entalhes: - um entalhe 313 curto, em forma de semi-circulo, de 5 raio sensivelmente igual àquele da superfície 334 periférica convexa do apêndice 331 em forma de crescente do eixo 303 de comando; - um entalhe 314 longo, em forma de U, estendendo-se radialmente sobre uma maior profundidade que o entalhe 313 curto, e de largura sensivelmente igual ao diâmetro do apêndice 332 deseixado do eixo 303 de comando.

O funcionamento do mecanismo de roda de Geneva 310 em cooperação com o eixo 303 de comando é detalhado no caso, com referência às figuras 14 a 18.

Em uma posição de partida, um apêndice 331 em forma de crescente em uma primeira extremidade do eixo 303 de comando é posicionado em um primeiro entalhe 313 curto da cruz, a superfície 334 convexa estando em contato com o fundo do entalhe 313. O eixo 303 de comando gira no entalhe 313 curto, sem acionar a roda 310: o dispositivo 304 com intermitência está na posição de bloqueio. O eixo 303 de comando continuando a girar, o apêndice 332 deixado sobre a primeira extremidade do eixo 303 de comando se encaixa no entalhe 314 longo adjacente ao primeiro entalhe 313 curto,

enquanto que a superfície 334 periférica convexa do apêndice 331 em forma de crescente deixa o entalhe 313 curta e que a superfície 333 côncava vem diante do fundo do entalhe 313 curto, liberando o entalhe 313 curto. O 5 apêndice 332 deseixado aciona então a roda 310 em rotação: o dispositivo 304 com intermitência está na posição de acionamento.

O eixo 303 de comando continua a girar, acionando a cruz 310, o apêndice 332 deseixado deslizando ao longo do entalhe longo 314.

Quando o apêndice 332 deseixado deixa o entalhe 314 longo, a superfície 334 periférica convexa do apêndice 331 em forma de crescente se encaixa do entalhe 313 curto seguinte, bloqueando de novo a transmissão.

No modo de realização representado, as duas hastes 305 móveis se deslocam segundo duas direções paralelas e em dois sentidos opostos. Todavia, as hastes 305 móveis podem se deslocar em um mesmo sentido. Por outro lado, é possível formar um ângulo entre as hastes 305 móvel de cada módulo de alongamento, por exemplo, interpondo o eixo de transmissão flexível entre o dispositivo 304 com intermitência e a primeira parte 321 extrema da haste 302 filetada.

As duas hastes 305 móveis podem ser de comprimento e de seção idênticas ou não.

Os dois dispositivos com intermitência são vantajosamente montados em oposição. Em outros termos quando um dos dispositivos 304 com intermitência está em 5 estado de transmissão, o outro dispositivo 304 com intermitência está em estado de bloqueio.

Em particular, no caso em que os dispositivos 304 com intermitência compreendem, cada um, do mecanismo de roda de Geneva 310, estas são montadas, de modo que quando o apêndice 331 em forma de crescente de uma extremidade do eixo 303 de comando é posicionado em um entalhe 313 curto do primeiro mecanismo de roda de Geneva 310, o apêndice 332 deseixado da outra extremidade está em um entalhe 314 longo do segundo mecanismo de roda de Geneva 310 e inversamente.

A caixa 306 forma uma primeira peça C1, dita peça de referência. Cada haste 305 móvel forma uma segunda peça C2 dita parte de transporte.

Os meios de ligação, ditos porcas de ligação, entre as peças de transporte C2, 305 e as hastes filetadas 303 são formadas pelos discos 308, montados sobre as hastes filetadas 302 e orientados em rotação em relação à peça de referência 306, C1.

Os meios de transformação do deslocamento das porcas de ligação em um deslocamento das peças de transporte 305,

C2 são formados por uma ligação rígida entre essas porcas de ligação e as peças de transporte, por exemplo, por montagem à força das extremidades 351 das hastes 305 em uma abertura dos discos 308.

5 O primeiro batente axial C11 e o segundo batente axial C12 de cada haste 302 filetado são formados pela porca 311 e pelo mecanismo de roda de Geneva 310 colocadas contra os apoios A11, A12 formados respectivamente pela reserva 368 e pela parede 367 da caixa C1, 306.

O dispositivo 304 com intermitência permite vantajosamente introduzir uma relação de redução entre o eixo 303 de comando e as hastes 302 filetadas. Para uma volta completa do eixo 303 de comando, as hastes 302 filetadas efetuam apenas uma parte de volta, cujo valor depende do número de entalhes do mecanismo de roda de geneva 310.

A haste 30 de distração com duas hastes 305 móveis funciona como a seguir.

A parte 352 extrema distal fora da caixa 306 de uma primeira haste 305 móvel é fixada em uma parte de um osso de um membro de um paciente ou em um osso. A parte 352 extrema distal fora da caixa 306 da segunda haste 305 móvel é fixada por sua vez em uma outra parte do osso ou um outro osso.

O membro do paciente é em seguida colocado em um campo magnético girando sob o efeito do qual o ímã aciona o eixo 303 de comando em rotação. Uma primeira semi-volta do eixo 303 de comando provoca o deslocamento de uma haste 305 5 móvel, depois a segunda semi-volta provoca o deslocamento da segunda haste 305 móvel.

Essa disposição permite que a totalidade do binário do eixo 303 de comando se aplique sobre cada uma das duas hastes 302 filetadas, cada uma por sua vez.

As hastes filetadas 302 trabalham exclusivamente em tração, que elas trabalham para comprimir ou para distratar a coluna ou o tórax.

Particularmente, quando a busca de um volume mínimo do dispositivo levou a um dispositivo apto somente a produzir uma pequena força de distração ou de compressão, é vantajoso deixar uma folga em translação, seja entre a haste 302 filetada e a caixa C1, 306, seja entre essa peça regulada que coopera com a haste 302 filetada e o disco

308. Assim, será possível facilitar o alongamento da haste de distração, manipulando o paciente externamente, por exemplo, prendendo-o sob os ombros para estirar manualmente sua coluna, ao mesmo tempo que um binário será aplicado sobre o ímã, depois relaxando o paciente e assim sucessivamente. A cada estiramento, devido à folga em translação, a haste filetada estará momentaneamente sem carga e girará, portanto, espontaneamente sob o efeito do binário aplicado no ímã, deslocando o disco 308, impedindo assim à haste móvel retomar seu lugar inicial, quando o 5 estiramento será relaxado. Nessa colocação em prática, a haste 30 não produz mais a distração ou a compressão, mas mantém aquela obtida por uma manipulação externa.

Reporta-se então às figuras 19 a 26, representando um quarto modo de realização.

O distrator 40 representado nas figuras 16 a 26 compreende uma haste 402 filetada, uma eixo de comando403, uma junta de transmissão 404 entre a haste 402 filetada e a eixo de comando403.

A junta de transmissão 404 é, por exemplo, formada por uma cadeia de juntas de cardans.

O distrator 40 comporta duas hastes móveis 405.

A haste filetada 402 e o eixo 403 de comando não são coaxiais. No modo de realização representado, o eixo de rotação da haste filetada 402 é sensivelmente paralelo ao eixo de rotação da eixo de comando403. As hastes móveis 405 são montadas deslizantes, no interior de uma caixa 406, os eixos de deslizamento dessas hastes móveis 405 sendo sensivelmente dispostos no plano contendo os eixos de rotação da haste filetada 402 e da eixo de comando403.

No modo de realização representado, a haste filetada 402 se estende entre e sensivelmente à meia distância dos eixos de deslizamento das hastes móveis 405.

A haste filetada 402 comporta duas partes 421, 422 5 extremas lisas de ambos os lados de uma parte 423 filetada.

A eixo de comando403 se apresenta sob a forma de um cilindro oco, no qual é fixado um ímã, por exemplo, por meio de uma cola à base de silicone. Em cada uma de suas extremidades, a eixo de comandocomporta um apêndice axial 431, 432.

As hastes móveis 504 comportam, cada uma, uma parte extrema proximal e uma parte extrema distal. Os termos “distal”, “proximal” são empregados no caso com referência à caixa 406.

A parte extrema distal 452 de cada haste móvel 405 está apta a receber meios de ligação (não representados), tais como ganchos, parafusos, ou cintas, nos ossos (em particular vértebras, lados ou bacia) nos quais se deseja fixá-la.

No modo de realização representado, as hastes 405 móveis são sensivelmente retas e paralelas, e podem ser recortadas e curvadas pelo cirurgião. Em outros modos de realização não representados, pelo menos uma dessas hastes 405 móveis pode ser fornecida arqueada.

Assim como aparece nas figuras, as duas hastes 405 móveis se estendem sensivelmente simetricamente de ambos os lados da haste filetada 402.

Uma porca de ligação 408 é montada sobre a haste 5 filetada 402 sendo orientada em rotação em relação à peça de referência C1, 406. Essa porca de ligação 408 assegura a ligação entre as peças de transporte C2, 405 e a haste filetada 402. Essa porca de ligação 408 é provida de duas reservas 409, 410 com aberturas opostas.

A caixa 406 é formado um casco principal 461,de duas placas 462, 463 e de um casco 464.

O casco principal 461 compreende um primeiro conduto 465 sensivelmente cilíndrico, alojando a eixo de comando403. O casco principal 461 compreende um segundo conduto 466 com três aberturas. Uma primeira haste 405a móvel é montada deslizante em uma primeira abertura 467.

Uma segunda haste móvel 405b é montada deslizante em uma segunda abertura 468. A porca de ligação 408 é montada deslizante em uma terceira abertura 469.

A primeira placa 462 é provida de uma primeira abertura 470 de passagem de um apêndice 431 da eixo de comando403. Esse apêndice 431 atravessa assim a primeira placa 462 e é ligado à junta de transmissão 404. A primeira placa 462 é provida de uma segunda abertura 471 através da qual desliza a segunda peça móvel 405b, segundo uma direção F1. A primeira placa 462 é, além disso, provida de uma terceira abertura 472 de montagem de uma parte extrema 421 da haste filetada 402. Essa parte extrema 421 atravessa a 5 primeira placa 462 e é ligada à junta de transmissão 404.

A segunda placa 463 é provida de uma primeira abertura 473 de passagem de um apêndice 432 da eixo de comando403. A segunda placa 463 é provida de uma segunda abertura 474 de montagem de uma parte extrema 422 da haste filetada 402. A segunda placa 463 é, além disso, provida de uma terceira abertura 475 através da qual desliza a primeira peça móvel 405a.

Uma primeira porca 411 forma um primeiro batente C11 contra a primeira placa 462, essa primeira placa 462 formando um primeiro apoio A11, para bloquear longitudinalmente a haste 402 filetada.

Uma segunda porca 412 forma um segundo batente C12 contra a segunda placa 463, essa segunda placa 463 formando um segundo apoio A12 para bloquear longitudinalmente a haste 402 filetada.

A primeira peça 405a móvel é provida, em sua parte extrema proximal 451, de um orifício atravessador 453 de passagem de um primeiro mecanismo com lingueta 455.

A segunda peça 405b móvel é também provida, em sua parte extrema proximal 451, de um orifício atravessador 456 de passagem de um segundo mecanismo com lingueta 457.

O primeiro mecanismo com lingueta 455 compreende uma lingueta 458 móvel ao encontro de um meio elástico, tal 5 como mola, não representada, essa lingueta sendo provida de uma rampa 460 de travamento.

O segundo mecanismo com lingueta 457 compreende uma lingueta 459, essa lingueta 459 sendo móvel ao encontro de um meio elástico, tal como mola, não representada.

Sobre cada uma das duas peças móveis 405a, 405b, um anel 480 é vantajosamente soldada, permitindo visualizar facilmente o movimento completado sobre uma radiografia.

Em uma primeira posição extrema, representada na figura 22, o segundo mecanismo com lingueta 457 está em batente em uma reserva 410 da porca de ligação 408.

A rotação da eixo de comando403 é transmitida à haste filetada 402 pela junta de transmissão 404. A rotação da haste filetada 402 provoca o deslocamento da porca de ligação 408.

O deslocamento da porca de ligação 408 aciona o deslizamento de saída da segunda peça móvel C2, 405b, segundo a direção F1, a partir da posição extrema entrada dessa parte de transporte C2, 405b, representada na figura 22, até sua posição extrema saída representada na figura

25, duas posições intermediárias sendo representas nas figuras 23 e 24.

Quando a segunda parte de transporte C2, 405b está em posição extrema saída, a lingueta 459 do segundo mecanismo 5 com lingueta 457 vem se alojar em uma reserva, por exemplo, um orifício atravessador 413, da peça de referência C1, 406. Esse estado está representado na figura

25. O movimento de saída da lingueta 459 é, por exemplo, provocado por uma mola de compressão, não representada.

Vantajosamente, quando a lingueta 459 associada à segunda parte de transporte 405b está em posição saída e bloqueada em relação à peça de referência C1 , 406, a lingueta 458 associada à primeira parte de transporte 405a é alojada na reserva 409 da porca de ligação 408 e a primeira parte de transporte 405a está em posição extrema entrada. A rampa 460 de travamento facilita a entrada da lingueta 458 em batente na reserva 409 da porca 408.

Assim, um movimento de rotação da eixo de comando403 provoca o movimento de saída da primeira parte de transporte 405a, segundo a direção F2, a partir de sua posição extrema entrada, representada na figura 25, até sua posição extrema saída (não representada), uma posição intermediária estando representada na figura 26. Quando do movimento de saída da primeira parte de transporte 405a, a segunda parte de transporte 405b permanece em posição, pelo bloqueio da lingueta 459 na reserva 413 da caixa 406.

A caixa 406 forma uma primeira peça C1, dita peça de referência, as hastes 405a, 405b móveis formam duas peças 5 C2 de transporte, os batentes C11 e C12 da haste 402 filetada são formados pelas porcas 411, 412 de batente axial colocados contra os apoios A11 e A12 formados respectivamente pelas placas 462, 463 da caixa C1, 406.

O meio de ligação entre cada parte de transporte 405a, 405b e a haste filetada 402 é formada por uma porca de ligação 408 montada sobre a haste filetada 402 e orientada em rotação em relação à peça de referência 406, C1.

Os meios de transformação do deslocamento dessa porca de ligação 408 em um deslocamento de cada parte de transporte 405a, 405b compreendem duas lingueta s 458, 459 de estruturas vantajosamente semelhantes.

Esse modo de realização preferido da invenção oferece um potencial de alongamento importante em um volume particularmente compacto e autoriza, além disso, o controle sucessivo das hastes 405a, 405b móveis.

Nos modos de realização descritos, o comando é realizado graças a um ímã integrado ao dispositivo.

Vantajosamente, esse ímã é um ímã neodima tendo uma temperatura admissível em funcionamento de aproximadamente

150 ºC para permitir a esterilização desse dispositivo por todos os meios e notadamente ao vapor superaquecido a 134 ºC, sem risco de deterioração desse ímã permanente.

Uma rotação do ímã pode ser facilmente obtida, 5 aproximando um dipolo magnético do ímã, o qual age através dos tecidos corporais do paciente. Quando o dipolo efetuou uma volta completa, o ímã terá também efetuado uma volta completa. Assim, nenhuma parte do dispositivo forma ressalto fora do corpo do paciente.

Trens de engrenagem podem ser interpostos entre a eixo de comandoe o eixo de transmissão, e/ou entre o eixo de transmissão e a haste filetada, a fim de realizar relações de redução entre o comando e a haste filetada. No caso em que um único ímã comanda duas hastes móveis, relações de redução diferentes podem vantajosamente permitir deslocamentos distintos embora proporcionais em uma direção e uma outra.

Os dispositivos apresentados permitem realizar o deslocamento de tecidos, no sentido de uma distração ou de uma compressão ou alternando um e o outro utilizando um número restrito de peças.

A utilização de umo eixo de transmissão flexível, permitindo se livrar do alinhamento da eixo de comandocom a haste filetada, a forma geral do dispositivo pode se adaptar ao máximo à forma dos tecidos nos quais é implantado.

O eixo flexível permite, além disso, dispor de um dispositivo com duplo sentido se for solidarizado a suas 5 duas extremidades ou utilizar uma de suas extremidades como uma mola de atrito que permitirá assim a rotação da haste filetada em um sentido, este que tende a apertar a mola, mas não no sentido oposto no qual a mola patinará.

Eventualmente, um sistema complementar de bloqueio da rotação em um sentido pode ser introduzido, por exemplo, por meio de molas ou de rolamentos. Exemplos desses sistemas de bloqueio são dados nos documentos USUÁRIO 5 505 733 e WO 2004/019796.

A utilização da haste filetada 2, 202, 302, 402 em tração permite eliminar a influência da flambagem sobre o dimensionamento da haste. É, portanto, possível reduzir o diâmetro da haste filetada em relação aos dispositivos que trabalham em compressão.

O dispositivo, de acordo com a invenção, é vantajosamente realizado em materiais resistentes mecanicamente e bem tolerados pelo organismo, tais como aços inoxidáveis como o 316L, ligas de titânio, polímeros tais como o Poli-Éter-Cetona (PEEK) ou, de preferência, como ligas de elevados desempenhos à base de cromo e de cobalto como, por exemplo, a liga austeníticas comercializada pela sociedade Arcelor Mittal sob a de nominação PHYNOX (designação AFNOR : K13C20N16Fe15D07) de Níquel e Cobalto, tal como o VALLOY-120 específica ao 5 processo EFAB.

Por outro lado, as superfícies submetidas aos atritos desse dispositivo, em particular, a haste filetada, podem vantajosamente receber um tratamento de superfície anti- desgaste e/ou diminuindo o seu coeficiente de atrito à base de carbono amorfo diamantino ou de bissulfeto de tungstênio, por exemplo.

Assim, a combinação do pequeno diâmetro da haste filetada, permitido por seu trabalho em tração e do baixo coeficiente do atrito obtido, graças a esses tratamentos de superfície permite o acionamento da haste filetada por um binário modesto em relação à carga aplicada e a utilização de meios simples para a criação desse binário, tais como uma transmissão por ímãs permanentes de esforços aplicados diretamente à mão.

O diâmetro da haste filetada 2, 202, 302, 402 está comumente compreendido entre um e três milímetros e não ultrapassa 4 milímetros para uma prótese de paciente adulto, por exemplo.

O dispositivo, de acordo com a invenção, pode vantajosamente ser realizado sem ligação, por exemplo, pela técnica EFAB, proposta pela sociedade Microfabrica, com exceção de um primeiro alçapão na peça de referência e um segundo alçapão na estrutura que envolve o ímã, alçapões 5 que permitem a inserção e a colagem do ímã. Esse modo de realização será particularmente vantajoso para as aplicações maxilo-faciais, cardíacos e à cirurgia da mão do dispositivo, de acordo com a invenção, que necessitam de uma extrema compacidade.

Possibilidades de aplicação industrial O dispositivo, de acordo com a invenção, é particularmente útil notadamente para a realização de hastes para a correção da coluna ou do tórax, de prego e de placas de alongamento ou de transporte ósseo e de próteses com aumento.

Os dispositivos, de acordo com a invenção, encontram também aplicação no alongamento ou na extensão e na deformação dos tecidos moles, tais como uma parte do intestino, ou ainda para o envolvimento arterial, os anéis da valvuloplastia com geometria evolutiva, os anéis gástricos.

Claims (16)

REIVINDICAÇÕES

1. Dispositivo de deslocamento de tecidos no interior de um organismo, notadamente de tecidos ósseos, esse dispositivo compreendendo: 5 - uma primeira peça (6, 206, 306, 406), dita peça de referência (C1); - uma segunda peça (53, 205, 305, 405), dita peça de transporte (C2), montada deslizante em relação à peça de referência (C1); - uma haste (2, 202, 302, 402) que comporta pelo menos uma filetagem, dita haste filetada, montada giratória em relação à peça de referência (C1); - uma árvore (3, 203, 303, 403) de comando; - meios de acionamento (4, 202, 304, 404) ligando a árvore de comando à haste filetada; - um meio de ligação, dita porca de ligação (5, 208, 308, 408), entre a peça de transporte (C2) e a haste filetada, essa porca de ligação sendo montada sobre a haste filetada e sendo orientada em rotação em relação à peça de referência (C1); - meios de transformação do deslocamento da porca de ligação ao longo da haste filetada em um deslocamento da peça de transporte (C2) em relação à peça de referência (C1),

esse dispositivo sendo caracterizado pelo fato de que, para limitar a translação longitudinal dessa haste filetada em relação à peça de referência (C1), um primeiro batente (C11) e um segundo batente (C12) solidários à haste filetada 5 cooperam respectivamente com um primeiro apoio (A11) e um segundo apoio (A12), esses apoios sendo solidários à peça de referência (C1) e sendo colocados a distância um do outro entre esses batentes (C11,C12), a porca de ligação estando apta a se deslocar ao longo da haste filetada entre o primeiro apoio (A11) e o segundo apoio (A12).

2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato dos meios de acionamento comportarem pelo menos uma mola helicoidal.

3. Dispositivo, de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato dos meios de acionamento comportarem um dispositivo com intermitência (304) solidário à haste filetada (302) e acionado em movimento pela árvore de comando (303), esse dispositivo com intermitência (304) estando apto a transformar um movimento de rotação contínua da árvore de comando (303) em um movimento intermitente da haste filetada (302).

4. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato dos meios de acionamento comportarem uma cruz de Malta (310) solidária à haste filetada (302).

5. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato dos meios de 5 transformação comportarem uma ligação rígida entre a porca de ligação e a peça de transporte.

6. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato da orientação em rotação da porca de ligação em relação à peça de referência ser uma orientação helicoidal, tal que essa porca de ligação gire de um ângulo compreendido entre 10 e 180º, quando se desloca desse primeiro (A11) nesse segundo apoio ou vice- versa (A12) .

7. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de compreender duas peças de transporte (305) e duas hastes filetadas (302).

8. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato das filetagens das duas hastes filetadas terem características de diâmetro, de sentido, ou de passos diferentes.

9. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato do diâmetro da(s) haste(s) filetada(s) (2, 202, 302, 402) ser inferior a 4 mm.

10. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 9, caracterizado pelo fato das peças de transporte (305, C2 ) são comandadas por uma árvore de 5 comando comum (303).

11. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 00, caracterizado pelo fato de pelo menos uma peça de transporte (205, 305, 405) ser provida de meios de ligações aos ossos, tais como ganchos, parafusos ou cintas.

12. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato da árvore de comando (3, 203, 303, 403) compreender um ímã permanente, cuja direção de magnetização é sensivelmente perpendicular ao eixo de rotação dessa árvore de comando.

13. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo fato da haste filetada (2) ter seu eixo de rotação sensivelmente paralelo e distante ao eixo de rotação da árvore de comando (3), ea peça de referência (C1) compreender um estojo (6), no qual desliza um carro (5) de transporte ósseo sobre o qual uma peça de transporte (53) é montada, e o carro (5) de transporte ósseo ser provido de uma perfuração (51) longitudinal regulada atravessadora, distante do eixo do estojo (6), essa perfuração sendo complementar da filetagem da haste filetada (2).

14. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato do carro (5) de transporte ósseo 5 ser provido de uma perfuração diametral (52) que aloja um parafuso com osso (53) que forma peça de transporte, esse parafuso com osso (53) sendo montado deslizante em duas calhas (61) paralelas longitudinais do estojo (6).

15. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, ou de acordo com a reivindicação 14,caracterizado pelo fato de compreender uma única haste (402) filetada, os meios de transformação estando aptos a transmitir um deslocamento da porca de ligação (408) em um primeiro sentido de deslocamento, em um deslizamento de uma primeira peça de transporte (405a, C2) em relação à peça de referência (406, C1 ) até para uma posição extrema, o dispositivo compreendendo meios de bloqueio da primeira peça de transporte (405a, C2) nessa posição extrema.

16. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato dos meios de transformação estarem aptos a transmitirem um deslocamento da porca de ligação (408) em um segundo sentido de deslocamento oposto a esse primeiro sentido, em um deslizamento de uma segunda peça de transporte (405b, C2) em relação à peça de referência (406,

C1).