BR102021009248A2 - Composição agroquímica, formulação agroquímica, uso de um derivado de dioxabicicloalcano, e, método para o tratamento e/ou prevenção de doenças ou pragas em uma planta ou semente de planta - Google Patents

Composição agroquímica, formulação agroquímica, uso de um derivado de dioxabicicloalcano, e, método para o tratamento e/ou prevenção de doenças ou pragas em uma planta ou semente de planta Download PDF

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Abstract

A presente invenção descreve uma composição agroquímica compreendendo pelo menos um princípio ativo pesticida e um solvente a base de um derivado de dioxabicicloalcano, bem como uma formulação agroquímica compreendendo a referida composição. Adicionalmente, a presente invenção também descreve o uso de um derivado de dioxabicicloalcano e um método para o tratamento e/ou prevenção de doenças ou pragas em uma planta ou semente de planta.

Description

COMPOSIÇÃO AGROQUÍMICA, FORMULAÇÃO AGROQUÍMICA, USO DE UM DERIVADO DE DIOXABICICLOALCANO, E, MÉTODO PARA O TRATAMENTO E/OU PREVENÇÃO DE DOENÇAS OU PRAGAS EM UMA PLANTA OU SEMENTE DE PLANTA CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A presente invenção está relacionada a uma composição compreendendo um solvente derivado de fontes renováveis com excelente perfil toxicológico e a uma formulação agroquímica compreendendo a referida composição.
[002] Adicionalmente, a presente invenção também se refere ao uso do referido solvente derivado de fontes renováveis na agricultura com ação potencializadora para penetração de ingredientes ativos e a um método para tratar ou prevenir doenças ou pragas em uma planta ou semente de planta sem causar fitotoxicidade às culturas cultivadas.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
[003] Composições e formulações agroquímicas são usualmente compostas por ingrediente(s) ativo(s) e compostos inertes que potencializam os efeitos dos ingredientes ativos e/ou facilitam sua aplicação. Os compostos inertes incluem solventes carreadores, diluentes, tensoativos, estabilizantes, dentre outros.
[004] O tipo de formulação a ser escolhido está diretamente relacionado às características físico-químicas dos ingredientes ativos, e pode ser dos seguintes tipos: concentrado solúvel (SL), concentrado emulsionável (EC), emulsão aquosa concentrada (EW), suspensão concentrada (SC), suspensão concentrada para tratamento de sementes (FS), suspoemulsão (SE), microemulsão (ME), dispersão ou suspensão concentrada em óleo (OD), concentrado dispersível (DC), suspensão de cápsulas (CS), mistura de CS e SC (ZC), mistura de CS e EW (ZW), mistura de CS e SE (ZE), grânulo dispersível (WG), pó molhável (WP), entre outros (norma ABNT NBR 12679:2018 - Agrotóxicos e afins, Produtos técnicos e formulações, Terminologia).
[005] Assim, os diferentes tipos de formulações agroquímicas têm a função de facilitar o manuseio ou aplicação do ingrediente ativo, visto que estes geralmente não se misturam bem com a água. Além disso, devem garantir uma segurança maior ao usuário e ao meio ambiente em termos de toxicidade e estabilidade, bem como aumentar a eficácia na agricultura ao tornar o ingrediente ativo mais disponível às pragas.
[006] Tendo em vista que grande parte dos ingredientes ativos é insolúvel em água, é comum o uso de solventes orgânicos em composições agroquímicas. Essas composições compreendendo solventes orgânicos são conhecidas por formulações a base de óleo (ou formulações “base óleo”) e são muito relevantes no mercado agroquímico.
[007] No entanto, muitos dos solventes orgânicos utilizados atualmente, não só na agricultura, mas também em outras áreas, são oriundos do petróleo e apresentam altos teores de compostos naftalênicos, os quais estão geralmente associados a alta toxicidade.
[008] Um dos solventes mais comuns é N-metil pirrolidona (NMP), a qual possui uma alta capacidade de solvência. Entretanto, este solvente apresenta, por exemplo, toxicidade para o sistema reprodutivo, podendo prejudicar o feto, que direciona uma diminuição progressiva do seu uso.
[009] Como alternativa de fonte renovável à NMP, a N,Ndimetildecanamida é outro solvente comumente utilizado no mercado agroquímico com certa capacidade de solvência e melhor perfil toxicológico quando comparado à NMP, entretanto, um ponto negativo importante deste solvente é a promoção de injúrias nos cultivos, algo indesejável para formulações agroquímicas.
[0010] De forma a contornar o problema de toxicidade de solventes orgânicos provenientes do petróleo, é possível notar um grande aumento no interesse, em diferentes áreas, pelo desenvolvimento de solventes de fontes renováveis, que sejam biodegradáveis, possuam perfil toxicológico e ecotoxicológico brandos e que ainda tragam o poder de solvência igual ou similar ao dos solvente de base petroquímica.
[0011] Um outro requerimento dos solventes empregados em formulações agroquímicas dos tipos EC, EW, ME, SE e OD é a baixa solubilidade em água, em decorrência da baixa solubilidade de ingredientes ativos em água. Quando uma solução contendo ingrediente ativo e um solvente miscível com água é diluída em água pode ocorrer a difusão do solvente para o meio aquoso e, assim, o ingrediente ativo sofre cristalização, se torna indisponível para a atividade biológica e pode levar ao bloqueio de partes dos equipamentos de pulverização.
[0012] Na área da agricultura, por exemplo, é possível encontrar tanto documentos patentários quanto em revistas científicas visando o desenvolvimento de solventes derivados de fontes renováveis para a aplicação em formulações agroquímicas.
[0013] O documento “New Solvents for Agrochemical Formulations—A Green Chemistry Approach”, dos autores F. B. Costa e A. S. de Oliveira (2015) descreve novos solventes de ésteres a base de ácido cítrico e álcoois ramificados derivados de cana-de-açúcar, além de formulações EC compreendendo tais solventes.
[0014] O documento patentário PCT/EP2018/062165 descreve o uso de derivados de lactonas como solventes em formulações agroquímicas e, a partir do estado da técnica, sabe-se que diferentes derivados de lactonas podem ser obtidos a partir de fontes renováveis, como caprolactonas.
[0015] Na área de polímeros, por sua vez, também é possível verificar o crescente desenvolvimento de solventes derivados de fontes naturais. Em geral, polímeros são sintetizados e/ou solubilizados em sistema solvente contendo solventes orgânicos com alto grau de toxicidade e/ou inflamabilidade como, por exemplo, acetona, etanol, diclorometano, aromáticos e parafínicos.
[0016] Uma utilização de solventes voláteis ou miscíveis com água é a precipitação controlada de polímeros insolúveis em água quando a sua solução neste solvente orgânico é diluída em água ou após a sua volatilização. Desta forma, o polímero é precipitado na interface da fase descontínua, que contém o sistema solvente imiscível com água contendo o ingrediente ativo, e da fase contínua, água. O documento PCT/IB2011/000626 descreve o processo de precipitação controlada de polímeros utilizando-se os solventes metanol, etanol, acetato de etila, isopropanol, metóxi propanol, butanol, DMSO, dioxano, DMF, NMP, THF, acetona, diclorometano, tolueno ou misturas destes, seja pela evaporação do solvente ou pela sua miscibilização com água, alterando o ambiente de solvente do polímero e tornando-o insolúvel no meio e levando à sua precipitação. Todos estes solventes apresentam um grau de toxicidade e/ou inflamabilidade que reduzem a sua segurança de utilização.
[0017] O documento PCT/EP2016/070751 descreve o emprego de derivados de celulose como solventes na preparação do polímero de poliamidoimida, bem como composições de revestimento para superfícies metálicas compreendendo o referido polímero. Mais precisamente, os derivados de celulose utilizados no documento norte-americano são derivados de dioxabicicloalcanos.
[0018] Recentemente também se tem observado o potencial de derivados de dioxabicicloalcanos como solventes renováveis para reações de síntese de ativos na indústria farmacêutica.
[0019] O artigo publicado em Green Chem. 2019, 21, 3675 traz a síntese de amidas a partir de cloreto ácido e aminas usando um derivado específico de dioxabicicloalcano, a saber, 6,8-dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-ona ou diidrolevoglucosenona como solvente. A reação de acoplamento para formação de amidas é uma das reações mais comuns para síntese de fármacos.
[0020] O artigo publicado em Green Chem. 2017, 19, 2123 reporta a síntese de ureias utilizando a diidrolevoglucosenona como solvente, destacando ainda um benefício do seu uso em eficiência comparativo a processos industriais.
[0021] Nesse sentido, a presente invenção busca desenvolver novas soluções compreendendo solventes derivados de celulose para o emprego em composições e formulações agroquímicas, mantendo a capacidade de solvência observada nos solventes de base petroquímica, melhorando o perfil toxicológico/ecotoxicológico e que não causem fitotoxicidade nas culturas.
[0022] Foi surpreendentemente verificado que derivados de dioxabicicloalcanos são capazes de atuar como solvente carreador de ingredientes ativos em composições/formulações agroquímicas, proporcionando excelentes resultados no combate a pragas na agricultura.
[0023] Os derivados de dioxabicicloalcanos apresentam excelentes perfis toxicológicos, tendo sido observado apenas irritação ocular, que é comumente observado para os principais solventes de mercado, entretanto não foram observadas quaisquer outras classificações de toxicidade.
[0024] Comumente os solventes do mercado causam injúrias nas culturas, como é o caso da N,N-dimetildecanamida e N-metil pirrolidona, entretanto os derivados de dioxabicicloalcanos apresentam ausência de fitotoxicidade em culturas, evidenciando a segurança dos derivados de dioxabicicloalcanos para as culturas.
[0025] O uso de formulações encapsuladas para a liberação controlada de ativos agroquímicos tem se tornado relevante e vem sendo descrito há alguns anos no estado da técnica, e entre as vantagens traz o apelo sustentável alcançado pela redução de dose e a segurança ao aplicador, pela proteção do ativo. Porém, ainda apresenta desafios técnicos e requer aperfeiçoamentos. Um dos pontos de melhoria está no solvente a ser utilizado no processo de encapsulamento. Tanto em documentos patentários mais antigos, como PCT/US1988/000207, quanto em mais recentes, como PCT/US2019/060981, é possível notar a presença de solventes aromáticos e derivados petroquímicos, que não apresentam perfil toxicológico e ecotoxicológico amigáveis.
[0026] Tendo em vista que os derivados de dioxabicicloalcanos são moléculas de alta polaridade (como exemplificado pelo representante diidrolevoglucosenona que apresenta valor do coeficiente de partição entre 1-octanol/água, logP, igual a -1,52) e que solventes polares miscíveis com água frequentemente apresentam cristalização de ingrediente ativo mediante diluição em água, foi surpreendentemente observado que soluções de ingredientes ativos insolúveis em água preparadas em derivados de dioxabicicloalcanos não apresentam cristalização imediata do ingrediente ativo, sendo assim o tempo em que a solução se mantém bifásica pode ser adequado para processos de produção de formulações “base-óleo”.
[0027] Adicionalmente, além da função de solvente carreador, a presente invenção inesperadamente verificou que derivados de dioxabicicloalcano também podem atuar como promotor de penetração de ingrediente ativo em parte de plantas ou como solvente ou co-solvente em sistemas de encapsulamento polimérico.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[0028] A presente invenção está relacionada a uma composição agroquímica compreendendo pelo menos um princípio ativo pesticida e um solvente a base de um derivado de dioxabicicloalcanos.
[0029] Um segundo objetivo da presente invenção é fornecer uma formulação agroquímica compreendendo a referida composição, em que a formulação agroquímica pode estar presente em diferentes formas de apresentação e concentrações.
[0030] Um terceiro objetivo da presente invenção é o uso de um derivado de dioxabicicloalcanos na agricultura.
[0031] Além disso, a presente invenção também descreve um método para o tratamento e/ou prevenção de doenças ou pragas em uma planta ou semente de planta.
[0032] Esses objetivos e demais vantagens da presente invenção ficarão mais evidentes a partir da descrição que se segue.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[0033] A Figura 1 mostra quatro frascos que foram utilizados para diluição de uma solução do ingrediente azoxistrobina em quatro solventes distintos com polaridades variáveis em água numa proporção de 1:20 (solução:água). O frasco A contém o solvente diidrolevoglucosenona, B contém γ-butirolactona, C contém N-metil pirrolidona e D contém triacetina.
[0034] A Figura 2 mostra uma imagem representativa dos testes de fitotoxicidade realizados em plantas da espécie Euphorbia pulcherrima (Euphorbiaceae) – também conhecida como Poinsettia.
[0035] A Figura 3 mostra uma imagem de microscopia da formulação agroquímica da presente invenção na forma de cápsula.
[0036] A Figura 4 mostra um gráfico contendo os resultados de fluorescência de clorofila de uma folha de planta da espécie Euphorbia heterophylla (Euphorbiaceae), ao aplicar formulações agroquímicas contendo diidrolevoglucosenona e uma formulação de mesotriona comercialmente disponível para fins de comparação.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0037] A presente invenção se refere a uma composição agroquímica compreendendo:
  • i) pelo menos um princípio ativo pesticida; e
  • ii) um solvente a base de um derivado de dioxabicicloalcanos.
[0038] Compostos derivados de dioxabicicloalcanos são compostos polares que podem ser obtidos a partir de madeira ou outros materiais que contenham celulose e são prontamente biodegradáveis.
[0039] Na presente invenção, entende-se por derivado de dioxabicicloalcano qualquer composto selecionado do grupo que compreende um dioxabiciclo[3.2.1] octano, dioxabiciclo[2.2.2] octano, dioxabiciclo[3.3.2] decano, dioxabiciclo[4.2.2] decano, dioxabiciclo[4.3.1] decano, dioxabiciclo[5.2.1] decano, dioxabiciclo[3.3.3] undecano, dioxabiciclo[4.3.2] undecano, dioxabiciclo[4.4.1] undecano, dioxabiciclo[5.3.1] undecano, ou seus derivados ou suas misturas.
[0040] Em uma modalidade preferencial, o derivado de dioxabicicloalcano é um derivado de dioxabiciclo[3.2.1] octano selecionado do grupo que compreende 2,8-dioxabiciclo [3.2.1] octano, 2,8- dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-ona, 2,8- dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-tiona, 4- metilideno-2,8-dioxabiciclo[3.2.1] octano, 1-metil-2,8-dioxabiciclo[3.2.1] octan-7-ona, 1,4,4-trimetil-2,8-dioxabiciclo[3.2.1] octan-7-ona, 1,3,5-trimetil2,8-dioxabiciclo[3.2.1] octan-7-ona, 1-metil-4-fenil-2,8-dioxabiciclo[3.2.1] octan-7-ona, 1-metil-4-fenil-2,8-dioxabiciclo[3.2.1] oct-7-il acetato, 6,8- dioxabiciclo[3.2.1] octano, 6,8-dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-tiona ou 6,8- dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-ona ou suas misturas.
[0041] Mais preferivelmente, o derivado de dioxabicicloalcano empregado na composição agroquímica da presente invenção é 6,8- dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-ona, ou diidrolevoglucosenona.
[0042] Em relação ao pelo menos um princípio ativo pesticida, este pode ser selecionado do grupo que compreende, porém não se limita a, herbicidas, fungicidas, inseticidas, nematicidas, reguladores de crescimento de plantas e redutores de fitotoxicidade.
[0043] Na modalidade em que o pelo menos um princípio ativo pesticida é um herbicida, utilizou-se como definição a classificação de acordo com o Comitê de Ação a Resistência aos Herbicidas (HRAC-BR) em relação a classes químicas, a saber: acetamidas, ácido arilaminopropiônico, ácido benzoico, ácido clorocarbônico, ácido fenóxicarboxílico, ácido fosfínico, ácido quinolinocarboxílico, amidas, ariloxifenoxipropionatos (FOPs), arilpicolinato, benzamidas, benzofuranas, benzotiadiazinonas, bipiridíliuns, carbamatos, ciclohexanodionas (DIMs), cloroacetamidas (V1), cloroacetamidas (V2), cloroacetamidas (V3), difenil éteres, dinitroanilinas, dinitrofenóis, fenil-carbamatos, fenilpirazoles, fenilpirazolinas (DENs), fenilpiridazinas, fosforoamidatos, fosforoditioatos, ftalamatos semicarbazonas, glicinas, imidazolinonas, inibidor de ácidos graxos de cadeia longa, isoxazoles, isoxazolidinonas, N-fenilftalimidas, nitrilas, organoarsenicais, oxadiazoles, oxazolidinedionas, oxiacetamidas, pirazoles, pirazóliuns, piridazinonas, piridinas, piridinecarboxamidas, pirimidindionas, pirimidinil (tio) benzoatos, sulfonilaminocarbonil-triazolinonas, sulfonilureias, tetrazolinonas, tiadiazoles, tiocarbamatos, triazinas, triazinonas, triazoles, triazolinonas, triazolocarboxamidas, triazolopirimidinas, tricetonas, uracilas, ureias ou seus semelhantes.
[0044] Na modalidade em que o pelo menos um ingrediente ativo pesticida é um fungicida, utilizou-se como definição a classificação de acordo com o Comitê Brasileiro de Ação a Resistência a Fungicidas (FRAC-BR) em relação a classes químicas, a saber: 1,2,4-tiadiazol, 2,6-dinitro-anilina, 4- quinolil-acetato, ácido carboxílico, ácido enopiranuronico, ácido ftalâmico, acilalanina, alilamina, amidas de ácido mandélico, amidas do ácido cinâmico, aminocianoacrilato, amino-pirazolinona, anilinopirimidina, antraquinona, ariloxiquinolina, Bacillus sp. e os lipopéptidos de fungicidas produzidos, benzeno-sulfonamida, benzil-carbamato, benzimidazol, benzisotiazol, benzofenona, benzoilpiridina, benzotiadiazol BTH, benzotriazina, butirolactona, carbamato, carboxamida, cianoacetamida-oxima, cianoimidazol, ciano-metileno-tiazolidina, ciclopropano carboxamida, cloronitrila, compostos de trifeniltin, dicarboximida, dihidro-dioxazina, dinitrofenil crotonato, ditiocarbamatos e relativos, ditiolano, espirocetal-amina, etil fosfonato, etilamino-tiazol-carboxamida, fenil-acetamida, fenil-benzamida, fenil-oxo-etil tiofeno amida, fenilpirrol, fenilureia, fosfonato, fosforotiolato, ftalimida, furan-carboxamida, guanidina, hidrocarboneto aromático, hidrocarbonetos terpénicos e álcoois terpénicos, hidroxi- (2-amino-) pirimidina, hidroxianilina, imidazol, imidazolinona, inorgânico (cobre), inorgânico (enxofre), isobenzofuranone, isotiazolona, isoxazol, maleimida, metoxi-acetamida, metoxi-acrilato, metoxi-carbamato, extrato de Reynoutria sp., morfolina, N-fenil carbamato, N-metoxi-(fenil- etil)-pirazolcarboxamida, nucleosídeo de peptidil pirimidina, oxatin-carboxamida, oxazolidina-diona, oxazolidinona, oximino-acetamida, oximino-acetato, piperazina, piperidina, piperidinil-tiazole-isoxazolina, pirazol-4-carboxamida, pirazol-5-carboxamida, piridazinona, piridina, piridina-carboxamida, piridiniletil benzamida, piridinilmetil-benzamida, pirimidina, pirimidinamina, pirimidinona-hidrazona, pirrolo-quinolinona, polipeptídeo (lectina), polissacarídeo, propionamida, quinazolinona, quinoxalina, sulfamoil-triazol, sulfonamida, tetrazoiloxima, tiadiazol-carboxamida, tiazol-carboxamida, tiocarbamato, tiofanato, tiofeno-carboxamida, toluamida, triazina, triazol, triazolintiona, triazolobenzo-tiazol, triazol-pirimidilamina, Trichoderma sp. e metabolitos fungicidas produzidos, trifluoroetilcarbamato, valinamida carbamato ou seus semelhantes.
[0045] Na modalidade em que o pelo menos um ingrediente ativo pesticida é um inseticida, utilizou-se como definição a classificação de acordo com o Comitê Brasileiro de Ação à Resistência a Inseticidas (IRAC-BR) em relação a classes químicas, a saber: grupo de acaricidas e inseticidas METI, acequinocil, alifático halogenado, amitraz, análogos de nereistoxina, análogos do hormônio juvenil, avermectinas, milbemicinas, azadiractina, Bacillus sp. e proteínas inseticidas produzidas, benzoilureias, benzoximato, bifenazato, boratos, bórax, bromopropilato, buprofezina, butenolídeos, calda sulfocálcica, carbamatos, carboxanilidas, cianetos, ciclodienos, ciromazina, clofentezina, diflovidazin, hexitiazoxi, clorfenapir, dinitrofenol, sulfluramida, cloropicrina, DDT, metoxicloro, derivados de ácido tetrônico e tetrâmico, derivados de beta-cetonitrila, derivados de piridina de azometina, diacilhidrazinas, diafentiurom, diamidas, dicofol, espinosinas, etoxazol, fenilpirazois (fiproles), fenoxicarbe, flavonas saponínicas do tipo rotenóides, flonicamida, fluacripirim, fluoretos, fosforetos, geradores de metil isotiocianato, hidrametilnona, inorgânico, inorgânico precursor de fosfina, precursor de isotiocianato de metila, organofosforado, mesoionicos, neonicotinoides, nicotina, organoestânicos, organofosforados, oxadiazinas, peptideo GSomega/kappa HXTXHv1a, pirazol, piretroides e piretrinas, piridalil, piriproxifem, propargito, quinometionato, rotenona, semicarbazonas, sulfonamida fluoroalifática, sulfoxaflor, tetradifona ou seus semelhantes.
[0046] Na modalidade em que o pelo menos um ingrediente ativo pesticida é um nematicida, considera-se nematicida o ingrediente que compreende pelo menos uma das seguintes classes químicas: alifático halogenado, avermectina, benzamidas, extrato vegetal, fluoroalkenyle (- thiother), precursor de isotiocianato de metila, metilcarbamato de benzofuranila, organofosforado ou seus semelhantes.
[0047] Na modalidade em que o pelo menos um ingrediente ativo pesticida é um composto regulador de crescimento de plantas, entende-se por reguladores de crescimento de plantas aqueles que compreendem um ou mais dos seguintes compostos: ácido dioxociclohexanocarboxílico, ácido indolalcanóico, álcool alifático, amônio quaternário, carbimida, carboxanilida, cicloalqueno, ciclohexadiona, citocinina, dinitroanilina, inibidor de etileno, precursor de etileno, giberelina, piridazinadiona, sesquiterpenos, triazol, benzotiadiazol, oxido nítrico, metil salicilato, metil jasmonato, proteínas, polipeptídios, poliaminas, extratos de algas, ácido fúlvico, ácido húmico, rizobactérias promotoras do crescimento de plantas, ou seus semelhantes.
[0048] Na modalidade em que o pelo menos um ingrediente ativo pesticida é um composto redutor de fitotoxidade, entende-se por redutores de toxicidade aqueles que compreendem um ou mais dos seguintes compostos: benoxacor, 1-bromo-4-[cloro(metanosulfonil)] benzeno, cloquintocete-metila, ciometrinila, ciprosulfamida, diclormida, diciclonona, dietolato, fenclorazol, fenclorim, flurazol, fluxofenim, furilazol, isoxadifen, jiecaowan, jiecaoxi, mefenpir, mefenato, metcamifen, anidrido ftálico, oxabetrinil, ou seus semelhantes.
[0049] Em uma modalidade da presente invenção, a composição agroquímica pode compreender ainda pelo menos um solvente adicional orgânico que não seja totalmente solúvel em água. O pelo menos um solvente adicional pode ser selecionado do grupo de classes químicas que consiste em ésteres, amidas, cetais, éteres, carbonatos, lactonas e hidrocarbonetos.
[0050] O pelo menos um ingrediente ativo pesticida pode estar presente na composição agroquímica em uma concentração de cerca de 0,1% a cerca de 95% p/v, com base no volume total da composição. Preferencialmente, o pelo menos um ingrediente ativo pesticida está presente em concentração de cerca de 10% a cerca de 90% p/v, ou ainda em uma concentração de cerca de 25% a cerca de 85% p/v.
[0051] Em uma modalidade alternativa da presente invenção, a composição agroquímica pode compreender um ou mais componentes opcionais como água, adjuvantes, tensoativos, conservantes, emulsificantes, antiespumantes, anticongelantes, estabilizantes, agentes inibidores de cristalização, ou seus semelhantes.
[0052] Emulsificantes para uso na referida invenção podem incluir, mas não se limitam a, tensoativos aniônicos, não iônicos, poliméricos e suas misturas. Entre os tensoativos aniônicos encontram-se sais de aril ou alquilarilbenzenosulfonato (opcionalmente sais de cálcio e sódio de dodecilbenzenosulfonato, Ca/Na DDBS), sulfosuccinatos, ésteres fosfatados. Entre os não iônicos, estão os álcoois alcoxilados, derivados de fenol alcoxilados, incluindo, mas não se limitando a, alquilfenol alcoxilado e/ou triestirilfenol alcoxilado, alquil glucosídeos, óleo de mamona alcoxilado e outros óleos vegetais alcoxilados. Representantes de emulsificantes poliméricos incluem, mas não se limitam a, copolímeros de óxido de etileno e óxido de propileno, polímeros de ácido acrílico, álcool polivinílico e suas combinações.
[0053] O emulsificante, se presente na composição, pode ser adicionado em concentração suficiente para, quando misturado com água, formar e estabilizar uma emulsão. Este agente pode estar presente em quantidades entre cerca de 1% e cerca de 25% p/v com relação ao volume total da composição. Preferencialmente, o emulsificante está presente em concentrações entre cerca de 3% e cerca de 15% p/v.
[0054] Os demais componentes opcionais, se presentes na composição, podem estar em concentrações totais de até cerca de 30% p/v, preferencialmente até cerca de 20% p/v, com base no volume total da composição.
[0055] A presente invenção também se refere a uma formulação agroquímica compreendendo a composição agroquímica descrita acima. A formulação agroquímica é preferencialmente selecionada do grupo que compreende formulação líquida do tipo concentrado solúvel (SL), formulação de dispersão em óleo (OD), formulação líquida do tipo concentrado emulsionável (EC), emulsão aquosa concentrada (EW) e em forma de cápsula suspensa (CS).
[0056] Formulações líquidas do tipo SL são formulações que se dissolvem prontamente em água. Assim, nessas concretizações, a composição agroquímica compreendendo o pelo menos um ingrediente ativo pesticida e o solvente a base de um derivado de dioxabicicloalcano é dissolvida em água, formando assim uma solução homogênea sem precipitados.
[0057] Formulações do tipo OD são suspensões estáveis da composição agroquímica conforme descrita acima em um fluido imiscível em água.
[0058] Formulações do tipo EC são formulações líquidas destinadas à mistura posterior com água, em que uma emulsão espontânea é formada, enquanto formulações do tipo EW são emulsões já estabilizadas de um líquido orgânico insolúvel em água em uma fase aquosa contínua. Então, nessas modalidades, a composição agroquímica da formulação compreende o pelo menos um ingrediente ativo pesticida, o solvente a base de um derivado de dioxabicicloalcanos, o pelo menos um solvente adicional orgânico, além de poder conter pelo menos um tensoativo ou emulsificante de modo a facilitar a formação/estabilização das emulsões.
[0059] Formulações na forma de cápsula suspensa (CS) compreendem a composição agroquímica, conforme descrita acima, encapsulada em um envoltório polimérico, em que para aplicação final a cápsula será posteriormente diluída ou formada em água no tanque de pulverização.
[0060] Em uma modalidade alternativa da presente invenção, o solvente a base de um derivado de dioxabicicloalcanos pode ser o solvente ou um co-solvente do sistema solventes responsável pela solubilização do polímero e sua subsequente precipitação controlada formando o envoltório (cápsula) polimérico. Assim, nessa modalidade, é possível a formação de sistemas auto-encapsulados, em que o derivado de dioxabicicloalcanos é empregado tanto como solvente do pelo menos um princípio ativo pesticida na composição agroquímica, quanto como solvente/co-solvente do sistema polimérico que forma a cápsula, substituindo o uso de solventes orgânicos com alto grau de toxicidade e/ou inflamabilidade
[0061] A presente invenção também se refere ao uso de derivados de dioxabicicloalcanos na agricultura.
[0062] Particularmente, o uso de derivados de dioxabicicloalcanos é como solvente em uma formulação agroquímica tal como descrita anteriormente.
[0063] No contexto da presente invenção, entende-se por “solvente” um composto que tem a capacidade de solubilizar o pelo menos um ingrediente ativo pesticida de interesse ou ainda um composto que tem a capacidade de compatibilização de um sistema compreendendo compostos hidrofílicos e hidrofóbicos sem que ocorra a separação de fases ou cristalização de ingrediente ativo.
[0064] Portanto, a presente invenção observou que derivados de dioxabicicloalcanos, como a diidrolevoglucosenona, são capazes de atuar como um composto hidrótopo (ou compatibilizante de eletrólitos) em sistemas compreendendo componentes hidrofóbicos e hidrofílicos.
[0065] Conforme já mencionado, o derivado de dioxabicicloalcanos utilizado nesta invenção é selecionado do grupo que compreende um dioxabiciclo[3.2.1] octano, dioxabiciclo[2.2.2] octano, dioxabiciclo[3.3.2] decano, dioxabiciclo[4.2.2] decano, dioxabiciclo[4.3.1] decano, dioxabiciclo[5.2.1] decano, dioxabiciclo[3.3.3] undecano, dioxabiciclo[4.3.2] undecano, dioxabiciclo[4.4.1] undecano, dioxabiciclo[5.3.1] undecano, ou seus derivados ou suas misturas.
[0066] Preferencialmente, o derivado de dioxabicicloalcano é um derivado de dioxabiciclo[3.2.1] octano, e mais preferivelmente, é 6,8- dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-ona ou diidrolevoglucosenona.
[0067] Em uma modalidade particular, o uso de derivados de dioxabicicloalcanos é como solvente ou um co-solvente em sistemas de encapsulamento polimérico. Assim, o derivado de dioxabicicloalcanos pode atuar tanto na solubilização do polímero do sistema polimérico que forma a cápsula, quanto na solubilização do ingrediente ativo pesticida a ser encapsulado, ou em ambos os sistemas.
[0068] Em uma modalidade alternativa da presente invenção, além da função de solvente, o derivado de dioxabicicloalcanos também é capaz de atuar como um promotor de penetração de ingrediente ativo em parte de plantas, como folhas, raízes ou sementes.
[0069] A penetração do ingrediente ativo ocorre através da cutícula da planta e o efeito potencializador da penetração é conhecido e tem sido reportado para diferentes classes químicas, como por exemplo álcoois alcoxilados, ésteres de álcoois alcoxilados, ésteres de óleos vegetais, amidas de ácidos graxos, poliglicosídeos, oligossacarídeos e fosfatos alquílicos, como reportados nos documentos patentários PCT/EP2007/010643, PCT/GB2013/053043, EP1993110538 e PCT/NZ2010/000182.
[0070] A cutícula que está presente na superfície da planta é recoberta por uma camada de cera hidrofóbica que tende a repelir substâncias com alto caráter hidrofílico, entretanto, surpreendentemente, foi observado que apesar de ser altamente hidrofílico, o derivado de dioxabicicloalcanos atua como promotor de penetração e pode estar compreendido na composição agroquímica tal como descrita anteriormente desde antes de sua diluição (mistura “in-can”) ou pode ser adicionado após a diluição de uma formulação agroquímica já pronta, sendo incorporado à calda de pulverização como um adjuvante de mistura de tanque.
[0071] Ainda, a presente invenção também está relacionada a um método para o tratamento e/ou prevenção de doenças ou pragas em uma planta ou semente de planta. O referido método compreende aplicar a formulação agroquímica aqui descrita, após diluição, diretamente em pelo menos parte da referida planta ou semente de planta, ou aplicá-la diretamente no solo.
[0072] A descrição que se segue partirá de concretizações preferenciais da invenção. Como ficará evidente para qualquer técnico no assunto, a invenção não está limitada a essas concretizações particulares.
EXEMPLOS EXEMPLO 1 – DADOS DE SOLVÊNCIA E TOXICOLOGIA
[0073] Para ilustrar a maior eficiência da presente invenção, foram preparadas 6 (seis) composições agroquímicas compreendendo, cada uma delas, um ingrediente ativo pesticida diferente dentre herbicidas, fungicidas, inseticidas e redutores de fitotoxicidade. Os ingredientes ativos testados incluem os seguintes compostos: mesotriona, azoxistrobina, protioconazol, tebuconazol, imidacloprida e isoxadifen
[0074] O solvente derivado de dioxabicicloalcanos empregado nas composições testadas foi 6,8-dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-ona ou diidrolevoglucosenona.
[0075] Na Tabela 1, a seguir, podem ser vistos os dados de solvência, isto é, a quantidade máxima de ingrediente ativo por litro de solvente das composições preparadas de acordo com a presente invenção (quantidade em grama de ingrediente ativo solubilizado por litro de solvente), bem como dados de solvência para três solventes comumente utilizados no mercado agroquímico, a saber: N-metil pirrolidona, γ-butirolactona, e N,Ndimetilamida (C8-C10).
Figure img0001
[0076] As composições acima foram preparadas em uma temperatura de cerca de 50ºC com agitação de um agitador tipo vórtex até que inspeção visual indicasse ausência de sólidos, confirmando solubilização do ingrediente ativo no solvente.
[0077] Assim, comparando os dados presentes na Tabela 1 fica evidente que a diidrolevoglucosenona possui um excelente poder de solvência que é equivalente, ou até melhor em alguns casos, aos solventes comparativos comumente empregados em formulações agroquímicas.
[0078] O ingrediente ativo azoxistrobina foi escolhido para realização de um teste adicional de cristalização do ingrediente ativo mediante diluição em água. Foi selecionada a diluição na razão 1:20 entre solução (contendo 100 g/L de IA) e água para diferentes solventes, levando em consideração miscibilidade com água e polaridade, com base nos valores de logP. Dentre os solventes escolhidos para avaliação estão os solventes diidrolevoglucosenona, γ-butirolactona, N-metil pirrolidona e triacetina, a Tabela 2 apresenta propriedades dos solventes e comportamento após diluição da solução de azoxistrobina em água
Figure img0002
[0079] A Figura 1 apresenta os frascos de testes imediatamente após a diluição da solução de azoxistrobina em água.
[0080] Na Tabela 2, a seguir, podem ser vistas informações referentes à toxicologia da diidrolevoglucosenona e daqueles mesmos solventes comparativos.
Figure img0003
[0081] Os parâmetros de toxicidade foram obtidos a partir das fichas de segurança de produtos químicos (FISPQ), em que o número 1 representa o pior resultado (perigo), o número 4 representa o resultado mais brando e os hifens (-) representam ausência de toxicidade para o referido parâmetro.
[0082] Na Tabela 3, a seguir, podem ser observados os dados referentes à fitotoxicidade observada para a diidrolevoglucosenona e os solventes comparativos representados como porcentagem de dano observado em cada folha após 24 h da exposição.
Figure img0004
[0083] Os dados de fitotoxicidade foram gerados em testes em Poinsettia (folhas vermelhas conhecidas como bico de papagaio), uma vez que essa folha é sensível a danos causados por agentes químicos, o que possibilita a verificação e comparação entre os solventes testados.
[0084] Portanto, a partir das informações contidas nas Tabelas 2 e 3, é possível concluir que, além do alto poder de solvência já comprovado pela Tabela 1, a diidrolevoglucosenona possui ainda o benefício de ter um melhor perfil toxicológico e ecotoxicológico quando comparado com os benchmarks.
[0085] Podem ser observadas na Figura 2 as folhas utilizadas para teste de fitotoxicidade 24 horas após aplicação das gotas com os danos causados pelos solventes conforme reportado na Tabela 3. A folha representada pela letra A corresponde ao teste realizado com diidrolevoglucosenona, B corresponde a γ-butirolactona, C corresponde a Nmetilpirrolidona e D corresponde a N,N-dimetilamida C8-C10.
EXEMPLO 2 – FORMULAÇÕES ENCAPSULADAS
[0086] Foi preparada a composição agroquímica A, na forma de um concentrado emulsionável (EC), compreendendo protioconazol como ingrediente ativo, a diidrolevoglucosenona como o solvente derivado de dioxabicicloalcanos, solventes adicionais a base de ésteres derivados de álcoois naturais, emulsificantes, e estabilizante, conforme descrito na Tabela 4. Os produtos das marcas SURFOM® e ALKEST® são disponibilizados comercialmente pela Oxiteno.
Figure img0005
[0087] Para preparar a formulação na forma encapsulada, utilizou-se a composição agroquímica A descrita acima, um polímero, um sistema solvente compreendendo água e acetona, bem como um agente dispersante/solubilizante, conforme apresentado na Tabela 5.
Figure img0006
[0088] Pode ser visto na Figura 3 uma imagem de microscopia com a presença de cápsulas de morfologia esférica que são referentes à formulação CS contendo a composição A.
EXEMPLO 3 – ATUAÇÃO COMO PROMOTOR DE PENETRAÇÃO
[0089] A composição agroquímica B, detalhada na Tabela 6, foi aplicada na forma de uma formulação EC em plantas da espécie Euphorbia heterophylla (Euphorbiaceae). Foi observada a influência no combate a pragas, sendo também comparado com formulação SC a base de mesotriona comercialmente disponível e isenta de um derivado de dioxabicicloalcanos em sua composição.
Figure img0007
[0090] Duas formulações do tipo EC contendo a composição B acima foram preparadas e testadas utilizando derivado de dioxabicicloalcanos adicionados em concentrações de 25 e 50 g/L, estando os resultados descriminados no gráfico representado na Figura 4. O teste realizado para verificar a atividade herbicida se baseia em parâmetros de fluorescência de clorofila, onde Fv significa fluorescência variável e Fm significa fluorescência máxima, assim a relação Fv/Fm representa a eficiência potencial do sistema, conforme descrito no trabalho de Barker, publicado na revista Annu. Ver. Plant Biol. 2008, 59, 89. Quando a relação Fv/Fm é máxima, o sistema está no auge de sua eficiência, entretanto, quando esta relação é mínima, a fotossíntese não ocorre de maneira eficiente, indicando morte da planta. Esta redução na relação Fv/Fm é proporcional a concentração de ativo que penetra na lâmina foliar.
[0091] Portanto, como pode ser visto na Figura 4, os valores de Fv/Fm das formulações que contém diidrolevoglucosenona em sua composição, estão menores no gráfico em comparação com a formulação comercialmente disponível que compreende outros tipos de solventes, indicando a melhora da penetração do ingrediente ativo pela folha da planta a ser tratada.
[0092] A descrição que se fez até aqui do objeto da presente invenção deve ser considerada apenas como uma possível ou possíveis concretizações, e quaisquer características particulares nelas introduzidas devem ser entendidas apenas como algo que foi descrito para facilitar a compreensão. Desta forma, não podem de forma alguma ser consideradas como limitantes da invenção, a qual está limitada ao escopo das reivindicações que seguem.

Claims (30)

  1. Composição agroquímica, caracterizada por compreender:
    • i) pelo menos um princípio ativo pesticida; e
    • ii) um solvente a base de um derivado de dioxabicicloalcano.
  2. Composição agroquímica de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o derivado de dioxabicicloalcano é selecionado do grupo que compreende um dioxabiciclo[3.2.1] octano, dioxabiciclo [2.2.2] octano, dioxabiciclo[3.3.2] decano, dioxabiciclo[4.2.2] decano, dioxabiciclo[4.3.1] decano, dioxabiciclo[5.2.1] decano, dioxabiciclo[3.3.3] undecano, dioxabiciclo[4.3.2] undecano, dioxabiciclo[4.4.1] undecano, dioxabiciclo[5.3.1] undecano, ou seus derivados ou suas misturas.
  3. . Composição agroquímica de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que o derivado de dioxabicicloalcano é um derivado de dioxabiciclo[3.2.1] octano selecionado de 2,8-dioxabiciclo [3.2.1] octano, 2,8-dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-ona, 2,8- dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-tiona, 4-metilideno-2,8-dioxabiciclo[3.2.1] octano, 1-metil-2,8- dioxabiciclo[3.2.1] octan-7-ona, 1,4,4-trimetil-2,8-dioxabiciclo[3.2.1] octan-7- ona, 1,3,5-trimetil-2,8-dioxabiciclo[3.2.1] octan-7-ona, 1-metil-4-fenil-2,8- dioxabiciclo[3.2.1] octan-7-ona, 1-metil-4-fenil-2,8-dioxabiciclo[3.2.1] oct-7-il acetato, 6,8-dioxabiciclo[3.2.1] octano, 6,8-dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-tiona ou 6,8-dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-ona ou suas misturas.
  4. Composição agroquímica de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelo fato de que o derivado de dioxabiciclo[3.2.1] octano é 6,8- dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-ona.
  5. Composição agroquímica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que o pelo menos um princípio ativo pesticida é selecionado do grupo que compreende herbicidas, fungicidas, inseticidas, nematicidas, reguladores de crescimento de plantas e redutores de fitotoxicidade.
  6. Composição agroquímica de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de que o pelo menos um princípio ativo pesticida é um herbicida que compreende pelo menos uma classe química selecionada de: acetamidas, ácido arilaminopropiônico, ácido benzoico, ácido clorocarbônico, ácido fenóxicarboxílico, ácido fosfínico, ácido quinolinocarboxílico, amidas, ariloxifenoxipropionatos (FOPs), arilpicolinato, benzamidas, benzofuranas, benzotiadiazinonas, bipiridíliuns, carbamatos, ciclohexanodionas (DIMs), cloroacetamidas (V1), cloroacetamidas (V2), cloroacetamidas (V3), difenil éteres, dinitroanilinas, dinitrofenóis, fenil-carbamatos, fenilpirazoles, fenilpirazolinas (DENs), fenil-piridazinas, fosforoamidatos, fosforoditioatos, ftalamatos semicarbazonas, glicinas, imidazolinonas, inibidor de ácidos gordurosos de cadeia longa, isoxazoles, isoxazolidinonas, N-fenilftalimidas, nitrilas, organoarsenicais, oxadiazoles, oxazolidinedionas, oxiacetamidas, pirazoles, pirazóliuns, piridazinonas, piridinas, piridinecarboxamidas, pirimidindionas, pirimidinil (tio) benzoatos, sulfonilaminocarboniltriazolinonas, sulfonilureias, tetrazolinonas, tiadiazoles, tiocarbamatos, triazinas, triazinonas, triazoles, triazolinonas, triazolocarboxamidas, triazolopirimidinas, tricetonas, uracilas, ureias, ou seus semelhantes.
  7. Composição agroquímica de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de que o pelo menos um princípio ativo pesticida é um fungicida que compreende pelo menos uma classe química selecionada de: 1,2,4-tiadiazol, 2,6-dinitro-anilina, 4-quinolil-acetato, ácido carboxílico, ácido enopiranuronico, ácido ftalâmico, acilalanina, alilamina, amidas de ácido mandélico, amidas do ácido cinâmico, aminocianoacrilato, aminopirazolinona, anilinopirimidina, antraquinona, ariloxiquinolina, Bacillus sp. e os lipopéptidos de fungicidas produzidos, benzeno-sulfonamida, benzilcarbamato, benzimidazol, benzisotiazol, benzofenona, benzoilpiridina, benzotiadiazol BTH, benzotriazina, butirolactona, carbamato, carboxamida, cianoacetamida-oxima, ciano-imidazol, ciano-metileno-tiazolidina, ciclopropano carboxamida, cloronitrila, compostos de trifeniltin, dicarboximida, dihidro-dioxazina, dinitrofenil crotonato, ditiocarbamatos e relativos, ditiolano, espirocetal-amina, etil fosfonato, etilamino-tiazolcarboxamida, fenil-acetamida, fenil-benzamida, fenil-oxo-etil tiofeno amida, fenilpirrol, fenilureia, fosfonato, fosforotiolato, ftalimida, furan-carboxamida, guanidina, hidrocarboneto aromático, hidrocarbonetos terpénicos e álcoois terpénicos, hidroxi- (2-amino-) pirimidina, hidroxianilina, imidazol, imidazolinona, inorgânico (cobre), inorgânico (enxofre), isobenzofuranone, isotiazolona, isoxazol, maleimida, metoxi-acetamida, metoxi-acrilato, metoxicarbamato, extrato de Reynoutria sp., morfolina, N-fenil carbamato, Nmetoxi-(fenil- etil)-pirazol- carboxamida, nucleosídeo de peptidil pirimidina, oxatin-carboxamida, oxazolidina-diona, oxazolidinona, oximino-acetamida, oximino-acetato, piperazina, piperidina, piperidinil-tiazole-isoxazolina, pirazol-4-carboxamida, pirazol-5-carboxamida, piridazinona, piridina, piridina-carboxamida, piridinil-etil benzamida, piridinilmetil-benzamida, pirimidina, pirimidinamina, pirimidinona-hidrazona, pirrolo-quinolinona, polipeptídeo (lectina), polissacarídeo, propionamida, quinazolinona, quinoxalina, sulfamoil-triazol, sulfonamida, tetrazoiloxima, tiadiazolcarboxamida, tiazol-carboxamida, tiocarbamato, tiofanato, tiofenocarboxamida, toluamida, triazina, triazol, triazolintiona, triazolobenzo-tiazol, triazol-pirimidilamina, Trichoderma sp. e metabolitos fungicidas produzidos, trifluoroetilcarbamato, valinamida carbamato, ou seus semelhantes.
  8. Composição agroquímica de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de que o pelo menos um princípio ativo pesticida é um inseticida que compreende pelo menos uma classe química selecionada de: grupo de acaricidas e inseticidas METI, acequinocil, alifático halogenado, amitraz, análogos de nereistoxina, análogos do hormônio juvenil, avermectinas, milbemicinas, azadiractina, Bacillus sp. e proteínas inseticidas produzidas, benzoilureias, benzoximato, bifenazato, boratos, bórax, bromopropilato, buprofezina, butenolídeos, calda sulfocálcica, carbamatos, carboxanilidas, cianetos, ciclodienos, ciromazina, clofentezina, diflovidazin, hexitiazoxi, clorfenapir, dinitrofenol, sulfluramida, cloropicrina, DDT, metoxicloro, derivados de ácido tetrônico e tetrâmico, derivados de betacetonitrila, derivados de piridina de azometina, diacilhidrazinas, diafentiurom, diamidas, dicofol, espinosinas, etoxazol, fenilpirazois (fiproles), fenoxicarbe, flavonas saponínicas do tipo rotenóides, flonicamida, fluacripirim, fluoretos, fosforetos, geradores de metil isotiocianato, hidrametilnona, inorgânico, inorgânico precursor de fosfina, precursor de isotiocianato de metila, organofosforado, mesoionicos, neonicotinoides, nicotina, organoestânicos, organofosforados, oxadiazinas, peptideo GS-omega/kappa HXTXHv1a, pirazol, piretroides e piretrinas, piridalil, piriproxifem, propargito, quinometionato, rotenona, semicarbazonas, sulfonamida fluoroalifática, sulfoxaflor, tetradifona, ou seus semelhantes.
  9. Composição agroquímica de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de que o pelo menos um princípio ativo pesticida é um nematicida compreendendo pelo menos uma das seguintes classes químicas: composto alifático halogenado, avermectina, benzamidas, extrato vegetal, fluoroalkenyle (-thiother), precursor de isotiocianato de metila, metilcarbamato de benzofuranila, organofosforado, ou seus semelhantes.
  10. Composição agroquímica de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de que o pelo menos um princípio ativo pesticida é um composto regulador de crescimento de plantas que compreende um ou mais dos seguintes compostos: ácido dioxociclohexanocarboxílico, ácido indolalcanóico, álcool alifático, amônio quaternário, carbimida, carboxanilida, cicloalqueno, ciclohexadiona, citocinina, dinitroanilina, inibidor de etileno, precursor de etileno, giberelina, piridazinadiona, sesquiterpenos, triazol, benzotiadiazol, oxido nítrico, metil salicilato, metil jasmonato, proteínas, polipeptídios, poliaminas, extratos de algas, ácido fúlvico, ácido húmico, rizobactérias promotoras do crescimento de plantas, ou seus semelhantes.
  11. Composição agroquímica de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de que o pelo menos um princípio ativo pesticida é um composto redutor de fitotoxicidade selecionado do grupo que compreende benoxacor, 1-bromo-4-[cloro(metanosulfonil)] benzeno, cloquintocete-metila, ciometrinila, ciprosulfamida, diclormida, diciclonona, dietolato, fenclorazol, fenclorim, flurazol, fluxofenim, furilazol, isoxadifen, jiecaowan, jiecaoxi, mefenpir,, mefenato, metcamifen, anidrido ftálico, oxabetrinil, ou seus semelhantes
  12. Composição agroquímica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada pelo fato de que compreende pelo menos um solvente adicional orgânico selecionado do grupo de classes químicas que consiste em ésteres, amidas, cetais, éteres, carbonatos, lactonas e hidrocarbonetos.
  13. Composição agroquímica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizada pelo fato de o pelo menos um ingrediente ativo pesticida estar presente em uma concentração de cerca de 0,1% a cerca de 95% p/v, com base no volume total da composição, mais preferivelmente em uma concentração de cerca de 10% a cerca de 90% p/v.
  14. Composição agroquímica de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizada pelo fato de que a composição agroquímica compreende adicionalmente um ou mais componentes opcionais selecionados do grupo que compreende água, adjuvantes, tensoativos, conservantes, emulsificantes, antiespumantes, anticongelantes, estabilizantes, agentes inibidores de cristalização, ou seus semelhantes.
  15. Composição agroquímica de acordo com a reivindicação 14, caracterizada pelo fato de que o emulsificante é selecionado do grupo que compreende tensoativos aniônicos, não iônicos, poliméricos e suas misturas, em que o tensoativo aniônico é selecionado de sais de aril ou alquilarilbenzenosulfonato, sulfosuccinatos, ésteres fosfatados; em que o tensoativo aniônico é selecionado de álcoois alcoxilados, derivados de fenol alcoxilados, alquil glucosídeos, e óleos vegetais alcoxilados; em que o emulsificante polimérico é selecionado do grupo que compreende óxido de etileno, óxido de propileno, polímeros de ácido acrílico, álcool polivinílico e suas combinações.
  16. Composição agroquímica de acordo com a reivindicação 14 ou 15, caracterizada pelo fato de que o um ou mais componentes opcionais estão presentes na composição agroquímica em uma concentração de até cerca de 30% p/v, com base no volume total da composição ou em que o emulsificante está presente na composição agroquímica em uma concentração na faixa de cerca de 1% a cerca de 25% p/v, com base no volume total da composição.
  17. Formulação agroquímica, caracterizada pelo fato de compreender a composição agroquímica como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 16, em que a formulação agroquímica é preferencialmente selecionada do grupo que compreende formulação líquida do tipo concentrado solúvel (SL), formulação de dispersão em óleo (OD), formulação líquida do tipo concentrado emulsionável (EC), emulsão aquosa concentrada (EW), em forma de suspensão de cápsulas (CS) ou suas misturas, como mistura de CS e SC (ZC), mistura de CS e EW (ZW) e mistura de CS e SE (ZE).
  18. Formulação agroquímica de acordo com a reivindicação 17, caracterizada pelo fato de ser uma formulação na forma encapsulada, em que o derivado de dioxabicicloalcano é também empregado como solvente ou co-solvente do sistema polimérico que forma a cápsula.
  19. Uso de um derivado de dioxabicicloalcano, caracterizado pelo fato de ser na agricultura.
  20. Uso de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo fato de ser como solvente em uma composição agroquímica.
  21. Uso de acordo com a reivindicação 19 ou 20, caracterizado pelo fato de que o derivado de dioxabicicloalcano é selecionado do grupo que compreende um dioxabiciclo[3.2.1] octano, dioxabiciclo [2.2.2] octano, dioxabiciclo[3.3.2] decano, dioxabiciclo[4.2.2] decano, dioxabiciclo[4.3.1] decano, dioxabiciclo[5.2.1] decano, dioxabiciclo[3.3.3] undecano, dioxabiciclo[4.3.2] undecano, dioxabiciclo[4.4.1] undecano, dioxabiciclo[5.3.1] undecano, ou seus derivados ou suas misturas.
  22. Uso de acordo com a reivindicação 21, caracterizado pelo fato de que o derivado de dioxabicicloalcano é um derivado de dioxabiciclo[3.2.1] octano.
  23. Uso de acordo com a reivindicação 22, caracterizado pelo fato de que o derivado de dioxabiciclo[3.2.1] octano é 6,8- dioxabiciclo[3.2.1] octan-4-ona.
  24. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 20 a 23, caracterizado pelo fato de que a composição agroquímica compreende pelo menos um ingrediente ativo pesticida selecionado do grupo que compreende herbicidas, fungicidas, inseticidas, nematicidas, reguladores de crescimento de plantas e redutores de fitotoxicidade.
  25. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 20 a 24, caracterizado pelo fato de que a composição agroquímica está na forma de uma formulação agroquímica selecionada do grupo que compreende formulação líquida do tipo concentrado solúvel (SL), formulação de dispersão em óleo (OD), formulação líquida do tipo concentrado emulsionável (EC), emulsão aquosa concentrada (EW), suspensão de cápsulas (CS) ou suas misturas, como mistura de CS e SC (ZC), mistura de CS e EW (ZW) e mistura de CS e SE (ZE).
  26. Uso de acordo com a reivindicação qualquer uma das reivindicações 19 a 24, caracterizado pelo fato de ser como um solvente ou co-solvente em sistemas de encapsulamento polimérico.
  27. Uso de acordo com a reivindicação 26, caracterizado pelo fato de ser como um solvente ou co-solvente do sistema polimérico que forma a cápsula ou como solvente do ingrediente ativo pesticida a ser encapsulado, ou em ambos os sistemas.
  28. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 20 a 25, caracterizado pelo fato de ser como um promotor de penetração de ingrediente ativo em parte de plantas, como folhas, raízes ou sementes, em que o derivado de dioxabicicloalcano é incorporado à composição agroquímica antes de sua diluição.
  29. Uso de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo fato de ser como um promotor de penetração de ingrediente ativo em parte de plantas, como folhas, raízes ou sementes, em que o derivado de dioxabicicloalcano é adicionado após a diluição de uma formulação agroquímica como um adjuvante de mistura de tanque.
  30. Método para o tratamento e/ou prevenção de doenças ou pragas em uma planta ou semente de planta, caracterizado pelo fato de que compreende aplicar uma formulação agroquímica como definida na reivindicação 17 ou 18 diretamente em pelo menos parte da referida planta ou na semente de planta, ou aplicá-la diretamente no solo.
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