BR102018067452A2

BR102018067452A2 - Tambor de construção de pneu

Info

Publication number: BR102018067452A2
Application number: BR102018067452-8A
Authority: BR
Inventors: George Michael Stoila; Michael James Hogan; Frank Anthony Kmiecik; Minwu Yao; Mark John Montgomery; Dennis Alan Lundell; Kenneth Dean Conger; Pablo Rafael MORALES; Andrew Robert ONDO; Richard David Vargo
Original assignee: The Goodyear Tire & Rubber Company
Priority date: 2017-09-01
Filing date: 2018-09-01
Publication date: 2019-03-19
Also published as: CN109421301B; US20190070813A1; CN109421301A

Abstract

um tambor de construção de pneu de segundo estágio é divulgado. o tambor de construção de pneu de segundo estágio compreende um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio. cada cubo é móvel axialmente e possui um mecanismo de recepção de talão. o mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui um bolsa.

Description

“TAMBOR DE CONSTRUÇÃO DE PNEU”

CAMPO DE INVENÇÃO [001] A invenção refere-se à construção de pneus e, mais particularmente, a um tambor de construção de pneu para moldagem de pneus.

FUDAMENTOS DA INVENÇÃO [002] A fabricação de pneus envolve normalmente um tambor de construção de pneu em que em numerosos componentes de pneu são aplicados sequencialmente no tambor, formando uma carcaça de pneu com formato cilíndrico. O tambor de construção de pneu pode ser um tambor achatado, um tambor de um estágio (unistage drum), um tambor de primeiro estágio ou um tambor de construção de pneu de coroa alta. Em ambos os casos, os componentes do pneu são adicionados ao tambor sucessivamente para formar uma carcaça verde de primeiro estágio com formato cilíndrico. Em seguida, uma operação de moldagem é realizada para transformar a carcaça verde cilíndrica em um pneu verde com formato toroidal. Comumente, o ar de moldagem de baixo volume e alta pressão é utilizado durante a moldagem do pneu, em que os talões são reunidos rapidamente. Tensões inerentes são criados no pneu verde, particularmente no Apex ou tira de enchimento, na área do talão e na parede lateral devido às grandes forças de compressão e deformação composta aplicada à carcaça, a fim de forçar os componentes até a forma toroidal desejada. Estas tensões residuais inerentes podem levar a não uniformidade, manuseio inadequado e menor resistência ao rolamento dos pneus. Assim, desejase um processo de construção de pneus melhor que minimize as tensões residuais de construção de pneu, resultando em um pneu aperfeiçoado.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO [003] Uma ou mais formas de realização da presente invenção proporcionam um tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor

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2/15 de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna possui uma superfície interna que é engatada por rosca com um parafuso interno posicionado dentro da manga interna para a translação axial, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo (pocket).

[004] Tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna possui uma superfície interna que é engatada por rosca com um parafuso interno posicionado dentro da manga interna para a translação axial, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo, sendo que a bolsa possui um superfície interna de recepção de plaina.

[005] Uma ou mais formas de realização da presente invenção proporcionam um tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna possui uma superfície interna que é engatada por rosca com um parafuso interno posicionado dentro da manga interna para a translação axial, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo, sendo que a bolsa possui um par de paredes de retenção em ângulos opostos.

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3/15 [006] Uma ou mais formas de realização da presente invenção proporcionam um tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna possui uma superfície interna que é engatada por rosca com um parafuso interno posicionado dentro da manga interna para a translação axial, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo, sendo que a bolsa de talão possui um elemento de vedação integralmente formado com a bolsa de talão.

[007] Uma ou mais formas de realização da presente invenção proporcionam um tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna possui uma superfície interna que é engatada por rosca com um parafuso interno posicionado dentro da manga interna para a translação axial, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo, em que o mecanismo de recepção de talão utiliza uma força de fixação/prensagem de baixa pressão.

[008] Uma ou mais formas de realização da presente invenção proporcionam um tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna possui uma superfície interna que é

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4/15 engatada por rosca com um parafuso interno posicionado dentro da manga interna para a translação axial, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo, sendo que a bolsa de talão é formada de um elastômero.

[009] Uma ou mais formas de realização da presente invenção proporcionam um tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna possui uma superfície interna que é engatada por rosca com um parafuso interno posicionado dentro da manga interna para a translação axial, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo, sendo que a bolsa de talão é formada de uretano.

[010] Uma ou mais formas de realização da presente invenção proporcionam um tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna possui uma superfície interna que é engatada por rosca com um parafuso interno posicionado dentro da manga interna para a translação axial, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo, sendo que existem pelo menos 24 segmentos.

[011] Uma ou mais formas de realização da presente invenção proporcionam um tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro

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5/15 e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna possui uma superfície interna que é engatada por rosca com um parafuso interno posicionado dentro da manga interna para a translação axial, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo, sendo que a bolsa de talão está unida a um elemento de vedação.

[012] Uma ou mais formas de realização da presente invenção proporcionam um tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna desliza livre e axialmente no eixo central, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo.

[013] Uma ou mais formas de realização da presente invenção proporcionam um tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna desliza livre e axialmente no eixo central, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo, sendo que a bolsa possui uma superfície interna de recepção de plaina.

[014] Uma ou mais formas de realização da presente invenção proporcionam um tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro

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6/15 e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna desliza livre e axialmente no eixo central, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo, sendo que a bolsa possui um par de paredes de retenção em ângulos opostos.

[015] Uma ou mais formas de realização da presente invenção proporcionam um tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna desliza livre e axialmente no eixo central, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo, sendo que a bolsa de talão possui uma vedação tendo uma extremidade livre que se estende sobre a superfície receptora de talão.

[016] Uma ou mais formas de realização da presente invenção proporcionam um tambor de construção de pneu de segundo estágio compreendendo um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio, em que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna desliza livre e axialmente no eixo central, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo e em que o mecanismo de recepção de talão utiliza uma força de fixação/prensagem de baixa

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7/15 pressão.

[017] A invenção proporciona, em um primeiro aspecto, um tambor de construção de pneu de segundo estágio. O tambor de construção de pneu de segundo estágio compreende um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio. Cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna possui uma superfície interna que é engatada por rosca com um parafuso interno posicionado dentro da manga interna para a translação axial, e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa/receptáculo, sendo que a bolsa possui uma superfície interna de recepção de plaina.

E/ou em que a bolsa possui um par de paredes de retenção em ângulos opostos.

Definições [018] Para facilitar a compreensão desta invenção, os seguintes itens são definidos:

[019]“Apex ou tira de enchimento” significa um enchimento elastomérico localizado radialmente acima do talão e interposto entre as lonas (plies) e o revestimento da lona.

[020] “Axial” e “axialmente” significam as linhas ou direções que são paralelas ou alinhadas com o eixo longitudinal de rotação do tambor de construção de pneu.

[021] “Talão” significa aquela parte do pneu que compreende um membro de tensão anular comumente referido como um “núcleo de talão” envolto por cordões de lona e moldado, com ou sem outros elementos de reforço, tais como flippers, chippers, tiras de enchimento (Apex), material de reforço (toe guard) e lonas

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8/15 antifricção (chafers), para o encaixe no aro prescrito.

[022] “Estrutura da Cinta” ou “Cintas de Reforço” significa pelo menos uma camada anular ou lonas/telas de cordas paralelas, tecidas ou não, subjacentes à banda de rodagem e não ancoradas à cinta.

[023] “Carcaça” significa um laminado não vulcanizado de material de lona de pneu e outros componentes de pneu cortados no comprimento adequado para emendar, ou já emendados, em um formato cilíndrico ou toroidal. Componentes adicionais podem ser adicionados à carcaça antes de serem vulcanizados para criar o pneu moldado.

[024] “Revestimento” significa a carcaça do pneu e os componentes de pneu associados, excluindo-se a banda de rodagem.

[025] Lonas antifricção (chafers) referem-se a faixas estreitas de material colocadas ao redor do lado externo do talão para proteger as lonas da corda do aro, distribuir a flexão sobre o aro e selar o pneu.

[026] “Circunferencial” significa linhas ou direções que se estendem ao longo do perímetro da superfície da banda de rodagem anular perpendicular à direção axial.

[027] “Corda” significa uma das tiras de reforço que constitui as lonas no pneu.

[028] “Plano Equatorial (PE)” significa o plano perpendicular ao eixo de rotação do pneu e que passa pelo centro da sua banda de rodagem.

[029] “Revestimento interno” significa a camada ou camadas de elastômero ou outro material que forma a superfície interna de um pneu sem câmara e que contém o fluido de enchimento/insuflação dentro do pneu.

[030] “Inserto” significa um membro elastomérico usado como membro de endurecimento, normalmente localizado na região da parede lateral do pneu.

[031] “Lona” significa uma camada contínua de cordas paralelas revestidas

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9/15 de borracha.

[032] “Radial” e “radialmente” significam direções radiais a ou afastadas do eixo de rotação.

[033] “Pneu de lona radial” significa um pneu pneumático com cinta ou restrito circunferencialmente no qual, pelo menos, uma camada de lona possui as cordas de lona se estendendo de talão a talão nos ângulos de corda entre 65° e 90° em relação ao plano equatorial do pneu.

[034] “Ombro” significa a parte superior da parede lateral logo abaixo da borda da banda de rodagem.

[035] “Parede lateral” significa aquela porção de um pneu entre a banda de rodagem e o talão.

[036] “Banda de rodagem” significa um componente de borracha que, quando ligado a uma carcaça de pneu, inclui aquela parte do pneu que entra em contato com a pista quando o pneu está normalmente insuflado e sob carga normal.

[037] “Largura da banda de rodagem” significa o comprimento do arco da superfície da banda de rodagem na direção axial, isto é, em um plano paralelo ao eixo de rotação do pneu.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS [038] A invenção será descrita a título de exemplo e com referência aos desenhos em anexo, nos quais:

[039] A figura 1 é uma vista em perspectiva de um tambor de construção de pneu de segundo estágio. A figura 2 é uma vista lateral transversal do tambor de construção de pneu mostrado na Fig. 1;

[040] A figura 3 é uma vista em corte transversal do mecanismo de recepção de talão do tambor de construção de pneu mostrado na figura 2;

[041] As figuras 4 e 5 são formas de realização alternativas das bolsas de talão.

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10/15 [042] A figura 6 é uma vista transversal da carcaça de pneu verde montada nas bolsas de talão do tambor de pneu.

[043] A figura 7 ilustra a carcaça submetida a uma moldagem de baixa pressão e alto volume antes da aplicação do pacote de banda de rodagem e cinta.

[044] A figura 8 ilustra a carcaça do pneu verde inflando o pacote de banda de rodagem e cinta, com a carcaça do pneu verde sendo mostrada em segundo plano (desenho fantasma).

[045] A figura 9 ilustra o pneu formado por moldagem e insuflação, com a carcaça do pneu verde mostrada em segundo plano (desenho fantasma).

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO [046] A invenção fornece um novo e aprimorado tambor de construção de pneu que reduz as tensões residuais na carcaça do pneu verde, resultando em um pneu aprimorado. O processo prevê que a lona de pneu e os componentes sejam moldados em uma estrutura catenária. Uma estrutura catenária é uma estrutura que não tem reações de tração ou compressão na base da estrutura, e apresenta tensão uniforme ao longo do comprimento da estrutura. No caso de um pneu, os talões são a base da estrutura e o comprimento do talão à coroa tem tensão uniforme.

[047] O tambor de construção de pneu da presente invenção permite que o pneu seja construído em uma forma de catenária, produzindo um pneu que tenha uma área de talão e uma parede lateral produzidas com tensão mínima. O tambor de construção de pneu permite que o pneu seja construído de modo que as cordas de lona que possuam o menor comprimento de corda sejam mantidas sob tensão e não sob compressão. O tambor de construção de pneu também evita a trissomia da corda de lona, ou o desenrolar das cordas pelo fato de as cordas serem colocadas sob compressão e não sob tensão.

[048] Uma primeira forma de realização de um tambor de construção de pneu de segundo estágio 100 da presente invenção é mostrada na figura 1. O

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11/15 tambor de construção de pneu 100 tem um eixo central 110 com um cubo esquerdo 120' e um cubo direito 120 montado no eixo central 110. O cubo esquerdo 120' é a imagem espelhada do cubo direito 120, e são de algum modo mecanicamente idênticos, exceto pela orientação. Como mostrado na figura 1 e as figuras 2-4, cada cubo 120, 120' possui uma manga externa 130 que translada sobre um eixo central 110 do tambor de construção de pneu. A manga externa 130 está conectada aos parafusos T 133. Os parafusos T 133 possuem uma extremidade interna 137 que está fixada na manga interna 139. Cada manga interna 139 apresenta uma porção interna 141 que é engatada por rosca com o parafuso interno 114 para o movimento axial. Assim, o movimento axial de cada cubo 120 ocorre por uma translação axial controlada do parafuso interno. A translação axial controlada ou velocidade controlada é determinada experimentalmente, e é a taxa de translação de cada talão oriunda da tensão da carcaça durante a insuflação sob ar de alta insuflação, com baixa pressão quando os talões se encontram livremente deslizáveis na direção axial.

[049] Cada cubo 120 inclui ainda um mecanismo de bloqueio de talão 200 para receber a área do talão da carcaça verde. Cada mecanismo de bloqueio de talão 200 inclui ainda uma pluralidade de segmentos de talão 210. Cada segmento de talão 210 pode ser expandido e contraído em uma direção radial por meio dos cilindros de acionamento de talão 220. Cada mecanismo de bloqueio de talão 200 utiliza preferencialmente zero ou baixa pressão. Preferencialmente, as pressões do cilindro de bloqueio de talão variam de zero a menos de 5 bar e, preferencialmente, de zero a 2 bar. A pressão de talão inexistente ou substancialmente reduzida é diminuída a fim de limitar a compressão do talão e impedir o forjamento a frio do material de reforço e da lona antifricção (chafer) sob a sola do talão.

[050] Conforme mostrado na figura 3, cada segmento de talão 210 possui um bolsa de talão 212 que facilita a rotação do pneu em torno da área de talão

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12/15 durante a moldagem. Cada bolsa de talão 212 detém e suporta suavemente o talão sem a necessidade de qualquer força de bloqueio de talão. A bolsa de talão 212, conforme mostrada, pode apresentar uma superfície receptora de talão plana 213 com paredes laterais de retenção anguladas 215, 217. A superfície receptora de talão plana 213 pode ser inclinada no intervalo de 0 a 15 graus a partir da horizontal. As bolsas de talão 212 são formadas preferencialmente de um elastômero, e mais preferivelmente formadas de uretano. As bolsas de talão 212 permitem que o pneu gire em torno do cabo de talão de tal modo que a lona inferior do pneu seja puxada sob tensão e a tira de enchimento (Apex) esteja posicionada no ângulo da linha de lona curada. As paredes laterais de retenção anguladas 215, 217 retêm o talão nas bolsas de talão durante a moldagem do pneu, conforme mostrado nas figuras 7-9. A bolsa 212 pode ter uma superfície de recepção curvada 515 com uma parede de retenção 510 conforme mostrado na figura 4. A curva 515 pode apresentar uma forma simétrica ou assimétrica. A figura 5 ilustra que a bolsa 212 pode apresentar paredes de retenção anguladas 611,630. Conforme mostrado na figura 3, é preferível que a bolsa 212 tenha uma porção de vedação flexível 214 que termine em uma extremidade distai que é fixada no alojamento 218 do segmento de talão.

[051] As figuras 1 a 3 ilustram que os cubos 120 podem incluir ainda uma placa de moldagem opcional 400. A placa de moldagem opcional 400 é recebida em estruturas de suportes 410, conforme mostrado na figura 2. A placa de moldagem opcional 400 pode auxiliar o processo de moldagem ao acoplar a parede lateral média do pneu durante o processo de moldagem.

[052] O primeiro passo do método de catenária de construção de pneus começa com o tambor do pneu localizado na posição inicial, conforme mostrado na figura 1. Uma carcaça de pneu verde cilíndrica 610 é montada nos mecanismos de talão 200 em cada cubo 120, de modo que a área de talão 600 seja recebida na bolsa de talão 212 de um respectivo cubo, conforme mostrado na figura 6.

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13/15 [053] Os mecanismos de bloqueio do talão de tambor 200 podem ser expandidos, opcionalmente, de forma radial para exercer uma força de baixa pressão suficiente sobre os talões de modo a reter o talão na sua posição axial e permitindo uma vedação hermética do talão de pneu à vedação da bolsa do tambor e uma insuflação mais rápida da carcaça enquanto permite a rotação do pneu ao redor da área de talão 600.

[054] Depois que a carcaça do pneu verde é carregada, o próximo passo é moldar a carcaça verde usando o processo de moldagem catenária da invenção. À medida que o tambor do pneu gira, a carcaça verde 610 é inflada de forma rápida e adequada usando ar de moldagem em alto volume e com baixa pressão, conforme mostrado na figura 7. Se os mecanismos de bloqueio de talão 200 foram posicionados ligeiramente dentro do espaçamento do talão do pneu, em seguida, o ar de moldagem em alto volume e com baixa pressão irá insuflar a carcaça e retirar os talões de dentro para o ombro da bolsa de talão. Agora a distância “b” (ou distância radial entre a coroa da carcaça e os talões) é aumentada e a tensão da corda da carcaça permanece em um valor baixo e calculado. A tensão da carcaça é controlada durante a insuflação, em que cada cubo é realocado a uma velocidade controlada que simula a translação axial dos talões causada pela tensão da carcaça se os cubos pudessem deslizar livremente para dentro de um eixo em direção ao cubo oposto. A velocidade controlada é determinada experimentalmente medindo-se a taxa de translação axial dos talões sob tensão da carcaça durante a insuflação, quando os talões estão livres para se moverem axialmente. Para um pneu de aeronave, a velocidade controlada está no intervalo de 7-12 mm/s, e mais preferencialmente 8-10 mm/s. Já para um pneu de carro de passeio, a velocidade controlada está na faixa de 3-6 mm/s, e mais preferencialmente na faixa de 4-5 mm/s. Em uma forma de realização alternativa, o parafuso de acionamento interno 114 é desconectado da motorização, permitindo o movimento axial livre dos cubos

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14/15 com o talão sofrendo forças geradas pelo processo de moldagem catenária.

[055] A figura 6 ilustra a posição dos talões nas bolsas de talão 210 da carcaça de pneu verde quando colocados no tambor de construção de pneu. O pacote de cinta e banda de rodagem montado 650 está posicionado sobre a carcaça inflável 600, conforme mostrado na Fig. 7, e a carcaça é insuflada usando ar de alto volume e baixa pressão. A forma das bolsas de talão permite que o pneu gire em torno da área do talão durante o enchimento sem a necessidade de uma grande força de fixação de talão. As forças de bloqueio do talão podem ser zero ou mínimas. A carcaça 600 expande-se para o pacote de cinta e banda de rodagem montado 650, conforme mostrado na figura 8. Quando o ângulo da parede lateral se encontra na faixa de 55 graus a 65 graus, e a coroa da carcaça entrou em contato com o diâmetro interno de construção da cinta, o pneu está na forma de catenária neutra, onde nem uma força de tração ou compressão está atuando horizontalmente nos talões. Agora, ambos o pacote de cinta e a carcaça compartilham a mesma linha central vertical. À medida que os talões são transferidos cada vez mais perto da linha central vertical e o pneu é moldado mais estreitamente do que a forma de catenária, o ar de moldagem cria uma força que desliza os talões para fora na bolsa de talão, conforme mostrado na figura 9.

[056] A carcaça é insuflada usando alto volume e baixa pressão de ar. Preferivelmente, a pressão não excede 10 psi, e mais preferencialmente é inferior a 5 psi, e mais preferivelmente, inferior a 3 psi. A velocidade de vazão é maior em relação ao processo do estado da arte, de modo que o coeficiente de vazão Cv é superior a 2. Preferencialmente, o coeficiente de vazão do ar de moldagem é superior a 4 e, prioritariamente, superior a 9.

[057] Em seguida, a área da banda de rodagem e do ombro é costurada na carcaça usando baixa pressão de costura (não mostrada). A pressão de costura encontra-se na faixa de 350 a 800 mbars, mais preferencialmente, na faixa de 500 a

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700 mbars. O dispositivo de costura, usando baixa pressão, começa no centro da banda de rodagem e costura a banda de rodagem de maneira circunferencial, deslocando-se axialmente para fora do centro do pneu. O dispositivo de costura também costura a interface do ombro da banda de rodagem e da área do ombro. O pneu completo é mostrado na figura 9, e a carcaça do pneu verde inicial é mostrada em segundo plano. Em seguida, o pneu é removido do tambor de construção de pneu, completando-se o processo. O pneu verde é então curado em um molde convencional.

[058] A vantagem do processo de moldagem catenária é que ele não produz qualquer “lona puxada” que resulta na distorção da bitola do forro interno e do squeege. O processo de moldagem de catenária com baixa força de bloqueio de talões permite que o fio externo do talão do cabo gire livremente sem qualquer energia elástica ao redor dos fios internos do talão do cabo. O processo de moldagem de catenária com baixa força de bloqueio de talão permite que as lonas de cima e as lonas de baixo, que estão em contato e aderindo ao fio externo do talão do cabo, girem livremente sem qualquer energia elástica ao redor dos fios internos do talão do cabo. O processo de moldagem de catenária com as baixas forças de bloqueio de talão proporciona tensão nas lonas de cima e nas lonas de baixo da carcaça. Além disso, a tensão entre as lonas de cima e de baixo é harmonizada.

[059] Embora certas formas de realização e detalhes representativos tenham sido mostrados com a finalidade de ilustrar a invenção, será evidente para os técnica no assunto que várias alterações e modificações podem ser feitas sem sair do espírito ou escopo da invenção.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Tambor de construção de pneu de segundo estágio CARACTERIZADO por:

um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio;

sendo que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna possui uma superfície interna que é engatada por rosca com um parafuso interno posicionado dentro da manga interna para a translação axial;

sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa.
2. Tambor de construção de pneu de segundo estágio, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de a bolsa apresentar uma superfície interna de recepção de plaina.
3. Tambor de construção de pneu de segundo estágio, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de a bolsa apresentar um par de paredes de retenção em ângulos opostos.
4. Tambor de construção de pneu de segunda estágio, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de a bolsa de talão apresentar um elemento de vedação formado integralmente com a bolsa de talão.
5. Tambor de construção de pneu de segundo estágio, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de o mecanismo de recepção de talão utilizar uma força de fixação de baixa pressão.
6. Tambor de construção de pneu de segundo estágio, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de a bolsa de talão ser formada de um elastômero.
7. Tambor de construção de pneu de segundo estágio, de acordo com a

Petição 870180124653, de 01/09/2018, pág. 66/76

2/2 reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de a bolsa de talão ser formada de uretano.
8. Tambor de construção de pneu de segundo estágio, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de existirem pelo menos 24 segmentos.
9. Tambor de construção de pneu de segundo estágio, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de a bolsa de talão estar unida a um elemento de vedação.
10. Tambor de construção de pneu de segundo estágio CARACTERIZADO por:

um primeiro e segundo cubo, sendo que cada cubo está montado em um eixo central do tambor de construção de pneu de segundo estágio;

sendo que cada cubo está montado em uma manga interna, em que a manga interna desliza livre e axialmente no eixo central; e sendo que cada cubo possui um mecanismo de recepção de talão, em que o referido mecanismo de recepção de talão inclui um ou mais segmentos de talão, em que cada segmento de talão possui uma bolsa.