BR102017001303A2 - formulação e processo de preparo de micoinseticida do tipo dispersão oleosa (od) para reduzir a compactação de conídios (cake) de fungos entomopatogênicos armazenados em condições de prateleira - Google Patents

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BR102017001303A2
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BR102017001303-0A
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Maria Gabriela Bispo Almeida Araújo
Renata Araújo Simões
Leandro Eugênio Cardamone Diniz
Luiz Pereira Da Costa
Aline Corrêa De Freitas
Marcelo da Costa Mendonça
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Instituto De Tecnologia E Pesquisa
Sociedade De Educação Tiradentes Ltda
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    • A01AGRICULTURE; FORESTRY; ANIMAL HUSBANDRY; HUNTING; TRAPPING; FISHING
    • A01NPRESERVATION OF BODIES OF HUMANS OR ANIMALS OR PLANTS OR PARTS THEREOF; BIOCIDES, e.g. AS DISINFECTANTS, AS PESTICIDES OR AS HERBICIDES; PEST REPELLANTS OR ATTRACTANTS; PLANT GROWTH REGULATORS
    • A01N63/00Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing microorganisms, viruses, microbial fungi, animals or substances produced by, or obtained from, microorganisms, viruses, microbial fungi or animals, e.g. enzymes or fermentates
    • A01N63/30Microbial fungi; Substances produced thereby or obtained therefrom

Abstract

"formulação e processo de preparo de micoinseticida do tipo dispersão oleosa (od) para reduzir a compactação de conídios (cake) de fungos entomopatogênicos armazenados em condições de prateleira” esta invenção versa sobre nova formulação micoinseticida do tipo dispersão em óleo que compreende pelo menos um ingrediente ativo suspenso em fase oleosa, agentes suspensores e floculantes, uma combinação equilibrada de tensoativos, podendo envolver um agente suspensor previamente fundido em fase oleosa. essa formulação micoinseticida do tipo dispersão em óleo reduz a formação de cake, facilitando a sua aplicação em pulverizadores para controle de pragas na agricultura. a nova formulação micoinseticida do tipo dispersão em óleo descrita nesta invenção é obtida por um processo que compreende sequencia criteriosa de etapas, abrangendo fusão de agente suspensor em fase oleosa, adição de agente floculante, combinação equilibrada de tensoativos não-aniônicos e dispersão de pelo menos um ingrediente ativo na fase oleosa, favorecendo a construção de um sistema floculado, onde não ocorre cake.

Description

(54) Título: FORMULAÇÃO E PROCESSO DE PREPARO DE MICOINSETICIDA DO TIPO DISPERSÃO OLEOSA (OD) PARA REDUZIR A COMPACTAÇÃO DE CONÍDIOS (CAKE) DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS ARMAZENADOS EM CONDIÇÕES DE PRATELEIRA (51) Int. Cl.: A01N 63/04; A01P 3/00 (73) Titular(es): INSTITUTO DE TECNOLOGIA E PESQUISA, SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO TIRADENTES LTDA (72) Inventor(es): MARIA GABRIELA BISPO ALMEIDA ARAÚJO; RENATA ARAÚJO SIMÕES; LEANDRO EUGÊNIO CARDAMONE DINIZ; LUIZ PEREIRA DA COSTA; ALINE CORRÊA DE FREITAS; MARCELO DA COSTA MENDONÇA (85) Data do Início da Fase Nacional:
20/01/2017 (57) Resumo: FORMULAÇÃO E PROCESSO DE PREPARO DE MICOINSETICIDA DO TIPO DISPERSÃO OLEOSA (OD) PARA REDUZIR A COMPACTAÇÃO DE CONÍDIOS (CAKE) DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS ARMAZENADOS EM CONDIÇÕES DE PRATELEIRA Esta invenção versa sobre nova formulação micoinseticida do tipo dispersão em óleo que compreende pelo menos um ingrediente ativo suspenso em fase oleosa, agentes suspensores e floculantes, uma combinação equilibrada de tensoativos, podendo envolver um agente suspensor previamente fundido em fase oleosa. Essa formulação micoinseticida do tipo dispersão em óleo reduz a formação de cake, facilitando a sua aplicação em pulverizadores para controle de pragas na agricultura. A nova formulação micoinseticida do tipo dispersão em óleo descrita nesta invenção é obtida por um processo que compreende sequencia criteriosa de etapas, abrangendo fusão de agente suspensor em fase oleosa, adição de agente floculante, combinação equilibrada de tensoativos não-aniônicos e dispersão de pelo menos um ingrediente ativo na fase oleosa, favorecendo a construção de um sistema floculado, onde não ocorre cake.
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FORMULAÇÃO E PROCESSO DE PREPARO DE MICOINSETICIDA DO TIPO DISPERSÃO OLEOSA (OD) PARA REDUZIR A COMPACTAÇÃO DE CONÍDIOS (CAKE) DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS ARMAZENADOS EM CONDIÇÕES DE PRATELEIRA
CAMPO DA INVENÇÃO
001.A presente invenção refere-se à composição e ao processo de preparo de micoinseticida do tipo dispersão oleosa (OD) visando reduzir a compactação (cake) de conídios de fungos entomopatogênicos armazenados em condições de prateleira, sem influenciar na viabilidade dos conídios do patógeno.
ESTADO DA TÉCNICA
002. A presente invenção refere-se à composição e processo de preparo de formulação micoinseticida do tipo dispersão oleosa (OD) para minimizar a compactação de conídios (cake) de fungos entomopatogênicos armazenados em condições de prateleira.
Para facilitar o entendimento de determinados termos técnicos desta invenção, descriminamos alguns conceitos abaixo:
• Sistema disperso: consiste num sistema no qual uma substância (disperso) encontra-se disseminada, na forma de pequenas partículas no interior de outra (dispersante).
• Cake: refere-se à agregação rígida de partículas sólidas em sistemas dispersos, após sedimentação, dificilmente suspensos por agitação.
• Agente suspensor: adjuvante utilizado em sistemas dispersos a fim de retardarem a sedimentação e aglomeração de partículas, atuarem como uma barreira energética que minimiza a atração entre as partículas e a sua agregação.
• Sistema floculado: é o processo onde colóide saem de suspensão na forma de agregados, formando partículas maiores, ditos flocos ou flóculos agregando de maneira frouxa, não compactando.
• Agente floculante: adjuvante utilizado em sistemas dispersos, que auxiliam a formação de flocos que se agregam fracamente e favorecendo a não formação do cake.
• Condições de prateleira: condição climática correspondente ao ambiente de armazenamento.
003. Formulações constituídas por conídios de fungos entomopatogênicos são denominadas de micoinseticidas e utilizadas no controle de pragas agrícolas através de
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2/9 aplicações inoculativas e inundativas (FARIA & WRAIGHT, 2007). A necessidade de se formular um entomopatógeno surge quando se deseja utilizá-lo, em condições de campo, como um bioinseticida, da mesma maneira como se usa um inseticida organossintético (BUKHARI et al., 2011). Desta maneira, tecnologias envolvendo a utilização de formulações oleosas com os agentes microbianos como princípio ativo são empregadas no controle insetos pragas em diversas culturas. Estas formulações permitem maior persistência do fungo no ambiente enquanto que as formuladas com água têm sua eficácia limitada (ALVES et al., 2007). Há ainda formulações oleosas com agentes emulsificantes que são um pouco mais elaboradas e surgiram no mercado visando, principalmente, melhor estabilidade de armazenamento, proteção contra fatores negativos do ambiente e a facilidade de manipulação por parte do usuário (FARIA et al., 2007; ALVES & LOPES, 2008; DALZOTO et al., 2009). As formulações oleosas preservam a viabilidade de conídios de fungos entomopatogênicos durante o armazenamento (CAMARGO et al., 2014).
004. A viabilidade, a capacidade de germinação de conídios de fungo entomopatogênico, é o principal parâmetro para determinar a qualidade e a eficácia do micoinseticida, devendo ser preservada durante armazenamento (ALVES et al., 1998). A formação do cake, agregação rígida de conídios, também é um parâmetro importante e que deve ser avaliado em micoinseticidas, pois afeta diretamente a eficiência do produto, não permitindo ao usuário a dosagem da concentração recomendada do fungo e, nesta situação, limita a aceitação e comercialização do produto.
005. Além desses parâmetros, para que o produto seja aceito pelo mercado consumidor é imprescindível que apresente baixo custo, seja atóxico ao homem e ao ambiente e prolongue a vida-de-prateleira dos conídios durante seu armazenamento (WRAIGHT et al. 2001; VEGA et al., 2009; SEDIGHI et al., 2013).
006. Os micoinseticidas comerciais podem ser formulados em pó molhável, pó seco, soluções aquosas, suspensões emulsionáveis, granulados e óleos (SILVA et al., 2006). São exemplos de micoinseticidas comercializados Naturalis - G (Beauveria bassiana) e Green Muscle (Metarhizium acridum); BotaniGard (BioWorks), Mycotrol (Koppert); e Boverin (Biodron), a base de conídios de B. bassiana; Betel (Natural Plant Protection), a base de conídios de B. brongniartii; Vertalec (Koopert), a base de conídios de Lecanicillium longisporum; Biogreen (Becker Underwood), a base de conídios de M. flavoviride, e PreFeRal (Biobest) e Priority (T. Stanes & Company), a base de conídios de IsariafUmosorosea (FARIA &WRAIGHT, 2007). As formulações apresentam alguns
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3/9 entraves no que se refere ao armazenamento em temperatura ambiente; nas formulações em óleo destaca-se a formação de cake entre os conídios, o que prejudica sua comercialização (KIM et al., 2014).
007. O cake ocorre em formulações do tipo suspensões (sistemas dispersos) devido à instabilidade termodinâmica dos sólidos, que tendem a se agrupar por ação da gravidade em razão da característica da superfície e da energia livre, reduzindo a área inicial e originando agregados firmes (cake), que não são facilmente suspensos (MARTIN, 1993; FONSECA, 2007). Segundo Gallardo et al. (2005) uma formulação adequada requer que a suspensão seja homogênea durante o período de validade do produto, devendo fluir facilmente do recipiente onde foi acondicionado. Assim, a agregação rígida ou compactação de conídios (cake) em formulação oleosa ainda é considerada um dos principais problemas para a aceitação de mercado e comercialização dos micoinseticidas. O cake, além de dificultar a suspensabilidade dos conídios sedimentados, obstrui os bicos dos pulverizadores de aplicação em campo e dificulta a uniformidade da dose (KIM et al., 2014; FARIA et al., 2007; ALMEIDA et al., 2008).
008. A patente BR 102013 009504-4 A2 refere-se à formulação agroquímica do tipo dispersão em óleo, uso das formulações agroquímicas do tipo dispersão em óleo e processo de obtenção de formulação agroquímica do tipo dispersão em óleo. As novas formulações agroquímicas do tipo dispersão em óleo descritas na patente citada são obtidas por um processo que compreende uma etapa de dispersão de pelo menos um ingrediente ativo na fase oleosa com dispersantes e um aditivo reológico a base de argila, seguida da etapa de moagem da mistura dispersa, e posterior etapa final de mistura, na qual são incorporados os aditivos reológicos a base de derivados de celulose e de argila, e emulsionantes, podendo ainda ser incorporado pelo menos um ingrediente ativo por solubilização. Esta patente se diferencia da presente invenção, pelas seguintes condições: tratar-se de um agroquímico e não de formulação micoinseticida, cujo princípio ativo são conídios de fungo entomopatogênico e utilizar-se de argilas e adjuvantes a base de celulose como aditivos reológicos e não de agentes suspensor (cera) e floculante (polímero de baixo peso molecular obtido a partir da reação de polimerização do Óxido de Etileno).
009. A patente BR9801492-7 (Dispersão estável de um pesticida em um óleo agrícola e processo para formar a mesma) e a publicação internacional de pedido de patente W02012069514 (Waterless compositon comprising pesticide and copolymers with sulfonic acid groups) descrevem polímeros que podem ser utilizados como dispersantes
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4/9 em formulações ODs, que são moléculas extremamente complexas. Também há soluções a base de sais de cátions polivalentes empregadas para atingir a dispersão desejada, como descrita na publicação internacional de pedido de patente W02007042138 (Diflufenicancontaining oil suspensio concentrates), entretanto, o uso de sais em formulações oleosas pode levar a problemas de estabilidade.
010. Em outras patentes é possível encontrar adição de aditivos reológicos, que aumentam a viscosidade do sistema disperso. Por exemplo, a publicação internacional de pedido de patente W02012080208 (Agrochemical Oil Dispersion) descreve a obtenção de um espessante para formulações OD pela reação de um ácido polihidróxiesteárico com uma tri ou tetramina. Já a publicação internacional de pedido de patente W02012167321 (Compostion and method for enhancing the physical stability of agricultura oil-based suspension formulations) menciona o uso de copolímeros do tipo-borracha para esse fim. Além dessas invenções, sorbitol de dibenzilideno e derivados também foram descritos como espessantes para formulações OD no pedido de patente norte-americano US20120208700 (Stable agrochemical oil dispersions). Entretanto, estas patentes não se assemelham a presente invenção ou objetivam a redução de cake em formulações oleosas, apesar de abordarem sistemas dispersos.
011. A PI 1012816-6 A2 Processo de produção e formulação biológica para controle do Alphitobius diaperinus em aviário, constituído pela a seguinte formulação em peso: a) B. bassiana 25% a 75%, mais ou menos dois por cento (2%); b) veículo 25% a 75% com Cloreto de sódio (NaCI) na concentração de 0,15 mol/L (mol por litro), com variação de dois por cento (2%). Essa patente não se refere à redução da compactação de conídios de fungo entomopatogênico.
012. No preparo do sistema disperso é fundamental que o cake seja diminuído através da obtenção de sistemas floculados, onde não haja adensamento de material no fundo do recipiente (FLORENCE et al., 2003). Estes sistemas podem ser alcançados através da adição de agentes floculantes e suspensores que, combinados, reduzem a taxa de sedimentação da suspensão e, consequentemente, a formação de cake (LACHMAN; LIEBERMAN; KANIG, 2001; FLORENCE et al., 2003; AULTON, 2005; GALLARDO et al., 2005; PAWLIK, 2005; SINGH et al., 2005; TKACHENKO et al., 2006).
013. Em formulações agroquímicas do tipo OD a manutenção da estabilidade de prateleira, de acordo com as práticas desse mercado, deve ser de 2 anos. No caso de formulações (OD) de fungo entomopatogênico, o prazo de validade está atrelado à viabilidade dos conídios. Os micoinseticidas disponíveis no mercado trazem como
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5/9 recomendação para armazenamento que os conídios permanecem viáveis por 30 dias a 26±2 °C; 180 dias, quando refrigerados entre 0 e 4 °C e, possivelmente, um ano se conservados a -20 °C. No entanto, o desafio é manter o produto viável e estável quando armazenado sem refrigeração e atender o consumidor/usuário que comumente armazena os produtos agrícolas, incluindo os inseticidas, em condição de temperatura superior a 26°C. A estabilidade de formulações do tipo OD também está ligada a formação do cake, das partículas em suspensão que após a sedimentação, se agregam de maneira tão rígida que podem não ser novamente suspensas, dificultando sua utilização.
014. Diante do problema apresentado e ainda não solucionado, a presente invenção constituiu um sistema floculado, através da combinação de adjuvantes e etapas de preparo, que não permitiu a formação do cake de conídios e manteve a viabilidade do fungo entomopatogênico em formulação oleosa.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
015. Constitui objeto desta invenção a composição e o processo de preparo de micoinseticida do tipo dispersão oleosa (OD) visando a redução da compactação (cake) de conídios de fungos entomopatogênicos armazenados em condições de prateleira, sem influenciar na viabilidade dos conídios do patógeno, conservando-os viáveis em até 60% durante 210 dias em condições de prateleira. A formulação de micoinseticida é constituída de óleo vegetal; cera de abelha, como agente suspensor; Polietilenoglicol 400 um polímero de baixo peso molecular, como agente floculante; uma combinação hidrofilicolipofílica entre tensoativos monolaurato de sorbitano 20 (HBL - 8,6) e monoelato de polioxetileno sorbitano (HBL - 15,0) calculada em HBL - 9, e conídios secos de fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae (UR 5%; aw 0,2); cujo, processo de preparo da mistura deve seguir sequencia de aquecimento e resfriamento e ordem criteriosa de adição dos componentes, a fim de desenvolver um sistema floculado sem cake. DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
016. A presente invenção refere-se à composição e ao processo de preparo de formulação micoinseticida do tipo dispersão oleosa (OD) visando reduzir a compactação (cake) de conídios de fungos entomopatogênicos armazenados em condições de prateleira, sem influenciar na viabilidade dos conídios do patógeno.
017. A invenção é compreendida por duas fases:
• Fase 1 - Composição da formulação;
• Fase 2 - Método de preparo da formulação.
Composição da formulação
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018. A composição da formulação divide-se em: a) escolha de adjuvantes; b) redução de umidade e atividade de água dos conídios do fungo; c) teste de compatibilidade entre os adjuvantes e o fungo e d) equilíbrio hidrofílico-lipofílico de tensoativos.
a) Escolha de Adjuvantes
019. Os adjuvantes selecionados foram cera de abelha e polietilenoglicol 400, por serem utilizados em óleo como agente suspensor e floculante, respectivamente, e por não apresentarem toxicidade ao fungo.
b) Redução de umidade (UR) e atividade de água (aw)
020. A umidade dos conídios de fungo foi reduzida a 5% e atividade de água (aw) a 0,2 através de dessecador contendo sílica e acoplado a bomba a vácuo por 24 horas.
c) Teste de compatibilidade de adjuvantes
021. A cera de abelha e o polietilenoglicol 400 foram adicionados ao meio de cultura, ambos, na proporção de 5%.O método do teste de compatibilidade utilizado foi proposto por Alves et al., 1998).
d) Balanço Hidrofílico-lipofílico (SISTEMA HLB)
022. Foram realizados testes com tensoativos hidrofílico (monoleato de polioxietileno de sorbitano 80 - HBL =15) e lipofílico (monolaurato de sorbitano - HBL =8,6) para reduzir a tensão superficial entre óleo e água e facilitar a dispersão dos conídios em água, conforme JIN et al. (2008). Nesta invenção o equilíbrio hidrofílico-lipofílico utilizado foi HBL = 9.
Composição da formulação
023. A presente formulação é constituída da seguinte composição:
Tabela 1. Composição da formulação
Formulação Veículo Fase Dispersa Tensoativo Suspensor (%p/v) Floculante (%v/v)
(%v/v) (%p/v) (%p/v)
A Óleo de Conídios monolaurato de Cera de Abelha PEG 400
soja secos sorbitano 20 e
monoleato de
polioxietileno
sorbitano 80
024. Os adjuvantes utilizados neste trabalho foram acrescidos à formulação, a fim de desempenharem ações específicas. Os tensoativos não-aniônicos (monolaurato de sorbitano 20 e monoleato de polioxietileno sorbitano 80), devido a sua capacidade de
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1/9 induzir equilíbrio entre grupos químicos polares e apoiares (hidrofílicos e lipofílicos), foram adicionados como agentes molhantes e redutores da tensão superficial entre a fase sólida (conídios hidrofóbicos) e a líquida (óleo), facilitando a emulsão óleo/água durante o preparo da calda de aplicação. A cera de abelha e o polietilenoglicol 400 foram adicionados à formulação para aumentar a viscosidade e retardar a velocidade de sedimentação e para formar flocos entre os conídios, respectivamente, ambos permitindo sedimentação frouxa e de fácil suspensão, contribuindo com o desenvolvimento de um sistema floculado de formulação micoinseticida.
Fase 2 -Método de preparo da formulação
025. A fase crítica no processo de obtenção do formulado é o momento de incorporar os conídios ao veículo, podendo ocorrer o fenômeno denominado de flutuação ou cremagem, devido à baixa molhabilidade dos conídios ou pouca afinidade ao veículo (hidrofobicidade). A fim de superar tal entrave, a formulação foi preparada seguindo etapas rigorosas de preparo e de mistura, obtendo-se um sistema floculado e, consequente, não formação de cake (agregação de conídios).
Etapas de preparo e de mistura da formulação
026. Etapa 1 - Em um recipiente, deve ser fundida a cera de abelha numa faixa de concentração de 5% (p/v) em óleo vegetal (%v/v) sob agitação constante, em seguida deixar arrefecer a temperatura ambiente e reservar;
027. Etapa 2 - Em outro recipiente, colocar os 1,2% de conídios secos de M. anisopliae e, sob eles, adicionar a combinação hidrofílica-lipofílica equilibrada entre tensoativos monolaurato de sorbitano 20 e monoleato de polioxietileno de sorbitano 80, homogeneizar lentamente até obtenção de uma mistura com aspecto cremoso;
028. Etapa 3 - Adicionar o Polietilenoglicol 400 na concentração de 5% (v/v) a essa mistura cremosa (obtida na etapa 2) sob agitação manual até completa homogeneização; 029. Etapa 4 - Sob a mistura da etapa 3, acrescentar sutilmente e sob agitação constante a composição obtida na etapa 1;
030. Etapa 5 - Transferir a formulação final para recipiente de armazenagem.
Foram realizados os seguintes testes para verificar a redução da compactação dos conídios (cake) na formulação: a) molhabilidade de conídios em fase oleosa; b) grau de floculação da formulação e c) suspensabilidade de conídios em formulação oleosa.
031. Os testes para avaliar a redução do cake na formulação baseiam-se em sistemas floculados (Tabela 2) com quebra da tensão interfacial entre conídios e veículo, fase oleosa.
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9/9 suspensão, por ser um parâmetro que representa a necessidade real e não precisa de diluição e/ou perda da amostra.
034. Foram transferidos 10 mL (altura inicial = Hi) da formulação para uma proveta e após repouso de 24h anotou-se a altura final (Hf) dos conídios sedimentados. Com os valores obtidos da altura inicial e final, foi realizado o cálculo da razão entre (Hf/Hi). Quão maior a razão entre (Hf/Hi) maior a suspensabilidade do sistema (grau de floculação atingido no sistema foi de 0,78).
Suspensabilidade
035. O teste de suspensabilidade de conídios na formulação foi realizado conforme recomendações da ABNT NBR 13313, com adaptações sugeridas por SANHUEZA & MELO (2007).
036. Os resultados obtidos com as avaliações determinaram as características da formulação quanto à obtenção de um sistema floculado (Tabela 3).
Tabela 3. Características da formulação oleosa de conídios de Metarhizium anisopliae.
Formulação Sedimentação Sedimento Sobrenadante Redispersão Sistema
A Rápida Frouxo Límpido Fácil Floculado
037. O processo e a composição da formulação oleosa de conídios de AT anisopliae foram desenvolvidos com objetivo de reduzir a compactação rígida de conídios e formação de flocos, alcançando como consequência o prolongamento da vida-de-prateleira do fungo e facilitando manuseio e aplicabilidade em equipamentos específicos. O formulado obtido manteve > 60% de conídios viáveis durante o armazenamento de 210 dias em condições de prateleira.
038. Observou-se neste trabalho, que os conídios foram umectados rapidamente, devido ao equilíbrio (polar-apolar) dos tensoativos, permitindo a miscibilidade do óleo sobre a água e reduzindo a tensão superficial entre moléculas de cargas distintas. A presença da agente cera de abelha proporcionou maior concentração de conídios em suspensão e diminuiu a agregação, favorecendo a utilização do formulado em doses uniformes.
039. Os métodos utilizados para determinar à formação do cake e a capacidade de suspensão de conídios de AT. anisopliae em formulações oleosas foram eficazes e de fácil execução e podem ser utilizados no monitoramento destas formulações de fungos entomopatogênicos durante o armazenamento.
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Claims (16)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. FORMULAÇÃO PARA REDUZIR A COMPACTAÇÃO DE CONÍDIOS (CAKE) DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS ARMAZENADOS EM CONDIÇÕES DE PRATELEIRA caracterizada por compreender: (a) conídios secos de fungo entomopatogênico como ingrediente ativo disperso em fase oleosa; (b) cera de abelha como agente suspensor; (c) agente floculante; (d) tensoativos hidrofílico e lipofílico em equilíbrio e podendo compreender ainda pelo menos um agente suspensor fundido na fase oleosa.
  2. 2. FORMULAÇÃO PARA REDUZIR A COMPACTAÇÃO DE CONÍDIOS (CAKE) DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato do ingrediente ativo ser constituído por conídios secos do fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae (Mestch.) Sorok.
  3. 3. FORMULAÇÃO PARA REDUZIR A COMPACTAÇÃO DE CONÍDIOS (CAKE) DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por conter conídios secos com umidade reduzida entre 1 a 10% e atividade de água (aw) de compreendida entre 0,2 a 0,5.
  4. 4. FORMULAÇÃO PARA REDUZIR A COMPACTAÇÃO DE CONÍDIOS (CAKE) DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato da fase oleosa ser constituída de óleo vegetal do tipo óleo de soja.
  5. 5. FORMULAÇÃO PARA REDUZIR A COMPACTAÇÃO DE CONÍDIOS (CAKE) DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato do agente suspensor ser um redutor de velocidade de sedimentação dos conídios secos do fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae (Mestch.) Sorok.
  6. 6. FORMULAÇÃO PARA REDUZIR A COMPACTAÇÃO DE CONÍDIOS (CAKE) DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS de acordo com a reivindicação 1 e 5, caracterizada pelo fato de o agente suspensor ser constituído de cera de abelha pura.
  7. 7. FORMULAÇÃO PARA REDUZIR A COMPACTAÇÃO DE CONÍDIOS (CAKE) DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS de acordo com a reivindicação 1, 2 e 3, caracterizada pela adição de polímero de baixo peso molecular (polietilenoglicol 400) como agente floculante.
  8. 8. FORMULAÇÃO PARA REDUZIR A COMPACTAÇÃO DE CONÍDIOS (CAKE) DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato dos tensoativos serem surfactantes não-aniônicos.
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    2/3
  9. 9. FORMULAÇÃO PARA REDUZIR A COMPACTAÇÃO DE CONÍDIOS (CAKE) DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato dos tensoativos em equilíbrio hidrofilico-lipofilico calculado.
  10. 10. FORMULAÇÃO PARA REDUZIR A COMPACTAÇÃO DE CONÍDIOS (CAKE) DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS de acordo com a reivindicação 1 a 9, caracterizada por compreender de 1 a 5% de ingrediente ativo, conídios secos de fungo entomopatogênico suspensos em fase oleosa; de 1 a 10% de agente suspensor; de 1 a 10% de agente floculante; de 1 a 5% de tensoativos não aniônicos, podendo ainda compreender de 1 a 10% de agente suspensor fundido em fase oleosa em temperatura controlada.
  11. 11. PROCESSO DE PREPARO DE MICOINSETICIDA DO TIPO DISPERSÃO OLEOSA (OD), caracterizado por compreender: (a) fusão do agente suspensor em fase oleosa; seguida de (b) adição de um agente floculante; seguida de (c) adição de uma combinação hidrofílica e lipofílica de tensoativos; seguida de (d) etapa final de mistura que consiste na dispersão do ingrediente ativo, os conídios secos, na fase oleosa;
  12. 12. PROCESSO DE PREPARO DE MICOINSETICIDA DO TIPO DISPERSÃO OLEOSA (OD), de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pela adição do agente suspensor cera de abelha, sob agitação constante, na fase oleosa sob aquecimento, compreendido entre de 25 a 100° C.
  13. 13. PROCESSO DE PREPARO DE MICOINSETICIDA DO TIPO DISPERSÃO OLEOSA (OD), de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pela adição de combinação equilibrada tensoativos não aniônicos em HBL compreendido entre 4 a 10 sobre os ingredientes ativos, conídios secos de fungo entomopatogênico, sob agitação, com formação de aspecto pastoso.
  14. 14. PROCESSO DE PREPARO DE MICOINSETICIDA DO TIPO DISPERSÃO OLEOSA (OD), de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pela adição do agente floculante, Polietilenoglicol 400, sob a mistura pastosa de conídios de fungo entomopatogênico.
  15. 15. PROCESSO DE PREPARO DE MICOINSETICIDA DO TIPO DISPERSÃO OLEOSA (OD), de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por adicionar a mistura de fase oleosa, constituída de agente suspensor e agente floculante sob a mistura pastosa de conídios de fungo entomopatogênico com tensoativos em equilíbrio hidrofílicolipofílico.
    Petição 870170004335, de 20/01/2017, pág. 19/29
    3/3
  16. 16. PROCESSO DE PREPARO DE MICOINSETICIDA DO TIPO DISPERSÃO OLEOSA (OD), de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por não formar compactação de conídios de fungo entomopatogênico disperso em fase oleosa durante armazenamento de 210 dias em temperatura ambiente.
    Petição 870170004335, de 20/01/2017, pág. 20/29
    1/1
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