BR102015015264A2 - Surgical instrument, cauterization instrument and method for cauterizing and separating tissue - Google Patents

Abstract

instrumento cirúrgico, instrumento de cauterização e método para cauterizar e separar tecido. um instrumento de cauterização (10) destinado, em particular, para as operações delicadas, tem duas extensões (15, 16) com mordentes de cauterização (19, 20, 36, 37), que podem ser acionados por uma tensão de cauterização, preferivelmente, entre 80 e 120 volts. os receptáculos de tecido (53, 54), que são separados um do outro por uma extensão na forma de parede (24) na sua borda inferior carregando um eletrodo de corte (31), são definidos entre as extensões (15, 16). uma tensão de corte de 300-500 volts é aplicada entre uma extensão (16) e o eletrodo de corte. quando as extensões estão fechadas o tecido preso é vedado simultaneamente entre os mordentes de cauterização (19, 36 e 20, 37) e é cortado pelo eletrodo de corte (31). mesmo que o tecido é completamente cortado, por exemplo, após 0,3 a 0,5 segundos e a cauterização requer mais tempo, aproximadamente de 1,5 a 3,5 segundos, de um modo geral, as ondulações do tecido preso nos receptáculos de tecido (53, 54) atuam como proteção anatômica das bordas do vaso sanguíneo na ferramenta (12).

Description

"INSTRUMENTO CIRÚRGICO, INSTRUMENTO DE CAUTERIZAÇÃO E MÉTODO PARA CAUTERIZAR E SEPARAR TECIDO" [0001] A invenção refere-se a um instrumento cirúrgico para cauterizar e separar tecido biológico.

[0002] Instrumentos de cauterização, do tipo especificado, são utilizados para executar operações em pacientes humanos ou animais vivos. Eles são utilizados para prender e fechar o tecido sob a influência de pressão e fluxo de corrente e também do calor resultante. Adicionalmente, tais instrumentos podem ser utilizados para cortar o tecido coagulado ou fechado.

[0003] A US 2007/0078456 Al divulga tal instrumento, tendo duas extensões móveis, que são utilizadas para segurar vasos sanguíneos vazios. As duas extensões podem ser energizadas, de modo que o vaso sanguíneo vazio retido e comprimido seja aquecido entre as extensões, e as paredes do vaso sanguíneo são conectada uma a outra. O vaso sanguíneo, que é fechado e assim vedado, neste aspecto, pode então, ser cortado na zona de cauterização por meio de uma lâmina deslocável.

[0004] A fim de fechar o vaso sanguíneo, as duas extensões da ferramenta têm superfícies de contato planas, entre as quais o vaso sanguíneo é fechado. As superfícies de contato devem ter uma largura mínima considerável, a fim de fechar o vaso sanguíneo de forma confiável. A miniaturização de tais ferramentas é, portanto, sujeita a limites.

[0005] Adicionalmente, a US 6 113 598 A divulga um instrumento tendo duas extensões, onde uma extensão (a superior) tem uma saliência em forma de lâmina, que se encaixa em uma ranhura na extensão inferior, que é delimitada por duas metades de extensão resilientes.

[0006] Com tal instrumento é possível prender, de forma impermeável, as extremidades do vaso sanguíneo durante a coagulação. Também aqui, no entanto, a miniaturização é sujeita a limites.

[0007] A US 2002/0115997 Al divulga um instrumento que se destina, em particular, para a resseção de tecido do pulmão. O instrumento tem duas extensões, que podem ser uma movida em direção à outra e afastadas uma da outra, com estruturas de eletrodo em ambas as extensões. As estruturas do eletrodo são perfiladas em ambos os lados de uma fenda de corte, através da qual um elemento de separação pode mover-se, de tal modo que o tecido retido é mantido em uma maneira anatômica e é fechado entre as extensões. Aqui, tanto a extensão superior e inferior, em cada lado da fenda de corte, contém um contato positivo e um negativo a fim de produzir a borda de cauterização mais ampla possível sobre o tecido.

[0008] A US 8 394 094 divulga um instrumento eletro cirúrgico semelhante, no qual o eletrodo de corte é determinado como um suporte com mola montada.

[0009] O objetivo da invenção é para especificar um instrumento de cauterização no qual a concepção permite uma miniaturização da ferramenta.

[0010] Este objetivo é alcançado com o instrumento de cauterização, de acordo com a reivindicação 1, e com um método, de acordo com a reivindicação 15.

[0011] O instrumento de cauterização, de acordo com a invenção para endoscópica, laparoscópica ou aplicação cirúrgica aberta tem duas extensões. A primeira extensão tem, pelo menos, dois eletrodos de cauterização, que estão, preferivelmente, interconectados eletricamente. A segunda extensão também tem, pelo menos, dois eletrodos de cauterização, que estão, preferivelmente, eletricamente interconectados. Uma das extensões (por exemplo a superior) tem um suporte do eletrodo de corte com uma parede ou extensão semelhante a borda de corte. A outra extensão tem um contra mancai correspondente para o eletrodo de corte. Os eletrodos de cauterização são montados nas bordas das duas extensões a fim de produzir bordas de cauterização sobre o tecido biológico. Receptáculos de tecido são formados entre o eletrodo de corte e os mordentes de cauterização. Estes receptáculos têm, preferivelmente, um volume de forma que a densidade da corrente ocorrendo não seja muito menor do que entre os mordentes de cauterização. A energia elétrica é passada através do tecido retido entre o eletrodo de corte e os mordentes de cauterização, isto é, quer dizer no tecido localizado nos receptáculos de tecido, mas durante este processo o referido tecido encolhe, em menor grau, quando comparado com o tecido retido entre os mordentes para a formação de uma borda de cauterização. 0 tecido forma pelo menos uma ondulação ("roll"), a qual, quando as extensões estão fechadas atinge, por trás, tanto o primeiro mordente de cauterização e o segundo mordente de cauterização, aproximadamente, de uma maneira de anatômica. 0 receptáculo de tecido e o tecido nele preso atua assim, como proteção anatômica para o tecido retido entre os mordentes de cauterização, mesmo quando apenas uma borda de cauterização muito estreita e um cordão de tecido muito delicado é formado. 0 tecido não pode escorregar do instrumento de cauterização antes da ferramenta ser aberta.

[0012] Os receptáculos de tecido têm, preferivelmente, uma seção transversal retangular. A face da base e a face de apoio do tecido são cada, preferivelmente, plana e cada, preferivelmente, se estende a partir de um mordente de cauterização de uma extensão para o outro mordente de cauterização da mesma extensão. A face da base e a face de apoio de tecido, preferivelmente, unem os respectivos mordentes de cauterização substancialmente em ângulos retos.

[0013] Este conceito também abre a possibilidade de trabalhar com um eletrodo de corte que é ativado ao mesmo tempo que os eletrodos de cauterização, de tal modo que iniciam o processo de coagulação e o processo de corte, portanto, ao mesmo tempo. O tecido pode ser cortado pelo eletrodo de corte antes da cauterização entre os mordentes de cauterização ser completo. A ação simultânea do eletrodo de corte e os mordentes de cauterização sobre o tecido não é obrigatória, mas possível. A sequência cronológica do corte e cauterização é, preferivelmente, definida pelas tensões aplicadas ao eletrodo de corte e aos mordentes de cauterização. O tempo de separação e cauterização pode, assim, ser reduzido, o processo de trabalho pode ser simplificado, e o instrumento pode ser acionado eletricamente. Por exemplo, uma tensão de cauterização (por exemplo, 97 V) entre os mordentes de cauterização e uma tensão de corte (por exemplo, 437 V) entre os mordentes de cauterização e o eletrodo de corte, podem ser aplicadas simultaneamente a partir de um circuito de alimentação. As tensões podem ser fornecidas a partir de um autotransformador. A energia pode ser alimentada inicialmente com um perfil de corrente semelhante a uma inclinação e, em seguida, com tensão constante. O tratamento pode, adicionalmente, ser realizado de uma maneira controlada pelo tempo. Um tempo mínimo de 1,4 s e/ou um tempo máximo de, por exemplo, 2,8 s pode se definido. Como critério de desligamento na janela de tempo assim definida, ele pode ser especificado que o fornecimento de energia será desligado quando, após a primeira queda da resistência do tecido, um novo aumento na referida resistência do tecido é determinado, pelo qual uma tolerância de tempo da fonte de alimentação, por exemplo, de 0,4 s, é implementada quando apropriado. Adicionalmente, o instrumento, ou aparelho de alimentação do mesmo, pode ser provido com um dispositivo de detecção de faísca e sobre tensão. Uma queda temporária de tensão pode ser provida, a fim de extinguir faíscas identificadas.

[0014] Adicionalmente, o conceito especificado é capaz de ser miniaturizado. Devido à proteção anatômica das extremidades do vaso sanguíneo ou extremidades do tecido nos receptáculos de tecido, as regiões de cauterização podem estar limitadas em tiras muito estreitas, quase semelhantes a uma linha, sem o risco de que as bordas do tecido não fechadas escapem prematuramente do instrumento de cauterização.

[0015] Os receptáculos de tecido, os quais são formados em um dos lados do eletrodo de corte, têm uma forma onde particularmente uma boa forma de encaixe possa ser conseguida entre o tecido e o instrumento fechado. Adicionalmente, a largura dos receptáculos de tecido é preferivelmente, maior do que a largura da extensão na forma de parede, a qual carrega o eletrodo de corte. Adicionalmente, a largura dos receptáculos de tecido é preferivelmente, maior do que a largura dos mordentes de cauterização. Isto também contribui para um encaixe de forma confiável e para uma redução suficiente da densidade de corrente dentro do tecido localizado no receptáculo.

[0016] Os mordentes de cauterização têm, preferivelmente, um contorno em corte transversal com transições arredondadas. Em particular, os mordentes de cauterização são arredondados em direção aos receptáculos de tecido, através dos quais uma concentração de corrente é evitada. Aqui, essas porções arredondadas são formadas de tal forma que, exceto na concentração de corrente mais baixa, é possível uma forma de encaixe confiável, entre o tecido e as extensões fechadas. Os mordentes de cauterização das duas extensões, preferivelmente, definem distâncias de cauterização uma com a outra, nas quais em conjunto, definem um ângulo obtuso. O arredondamento dos mordentes de cauterização que estão dispostos mais próximos do eletrodo de corte pode, portanto, obter um grande raio de arredondamento, pelo qual a densidade da corrente é precisamente aqui limitada. Se o eletrodo de corte é fixado na extensão superior, os raios de arredondamento da extensão inferior, os quais estão dispostos na direção dos receptáculos de tecidos, podem ter um valor diferente comparado com os raios de arredondamento da extensão superior. Estes raios no entanto, preferivelmente, têm o mesmo valor. Os raios de arredondamento dos mordentes de cauterização no lado externo da extensão têm valores maiores do que os raios de arredondamento na direção dos receptáculos de tecido. 0 efeito do tecido fora das extensões pode assim ser melhor controlado. Devido à posição inclinada das distâncias de cauterização, as extensões são automaticamente centralizadas uma em relação à outra.

Adicionalmente, os mordentes de cauterização nas faces de fixação dos mesmos, têm raios na direção dos receptáculos de tecido a partir de, por exemplo, 0,05 mm a 0,1 mm, de modo a conseguir uma boa anatomia entre o tecido e instrumento, e tendo raios sobre o lado externo da extensão a partir de, por exemplo, 0,1 mm a 0,3 mm, a fim de atingir boas propriedades de cauterização. As faces de fixação juntas, definem uma distância de fixação ou cauterização de 0 a 0,1 mm, preferivelmente, de 0 a 0,05 mm, o que permite a fixação segura mesmo de tecido fino.

[0017] Os mordentes de cauterização podem ter um corpo principal com regiões isoladas, por exemplo, feitas de resina epóxi com eletrodos de cauterização dispostos em uma linha, por exemplo, feitos do material do corpo principal da extensão, por exemplo, aço de alta qualidade. O corpo principal das extensões pode ser formado a partir de um material sólido ou de um núcleo estampado/dobrado. Os eletrodos dos mordentes de cauterização opostos estão, preferivelmente, dispostos ou formados de uma maneira não se sobrepondo entre eles. As regiões de isolamento podem ser formadas por insertos inseridos ou moldados (fundidos ou injetados) dentro das extensões ou por um número de locais de revestimentos feitos de material isolante. Alternativamente, uma extensão pode ser formada de cerâmica, onde ela é então formada de modo a ser condutiva, por exemplo, metalizada, na região dos eletrodos de cauterização. É também possível formar a extensão a partir de cerâmica tendo propriedades diferentes. A extensão, por exemplo, pode ser formada exclusivamente a partir de cerâmica, onde ela então compreende uma substância cerâmica não condutiva nas regiões de isolamento e uma substância cerâmica condutiva para a região do eletrodo. As regiões de isolamento evitam um curto-circuito elétrico entre os eletrodos de cauterização dos dois mordentes de cauterização, mesmo quando as extensões se tocarem. 0 espaçamento longitudinal mútuo, entre os eletrodos das duas extensões, é 0,1 mm a 0,3 mm, preferivelmente, 0,25 mm. Adicionalmente, um fluxo de corrente é provido no tecido biológico tendo um componente ao longo dos mordentes de cauterização, isto é, uma extensão das peças atuais com uma melhoria do efeito biológico de forma térmica. Adicionalmente, os mordentes de cauterização, sobre seus lados em contato com os receptáculos de tecido, podem ser providos com um material não metálico, por exemplo, PTFE, resina de plástico ou semelhante. 0 fluxo de corrente da corrente de corte é, assim, concentrado, por um lado para o eletrodo de corte e, por outro lado, para a região de tecido agarrada entre os mordentes de cauterização. O risco de o tecido aderir nos receptáculos de tecido é superado ou considerado minimizado.

[0018] 0 suporte do eletrodo de corte pode ser formado a partir de cerâmica, plástico ou um metal revestido com isolamento. Adicionalmente, o suporte do eletrodo de corte pode ter uma superfície que o tecido não adere. Para este fim, a superfície do suporte do eletrodo de corte pode ser formada, por exemplo, revestida de uma forma antiadesiva. Adicionalmente, o suporte do eletrodo de corte tem uma alta resistência de rastreamento ou um alto valor CTI (índice de rastreamento comparativo), preferivelmente, acima de 600. O eletrodo de corte é, preferivelmente, incorporado como uma tira fina, o que acarreta uma face extrema exposta e sendo ancorado através de meios adequados, em particular, um número de pés, dentro ou sobre o suporte do eletrodo. A inércia térmica do eletrodo de corte é assim limitada a um mínimo. 0 contra suporte pode ser disposto de modo resiliente, a fim de evitar que o tecido seja esmagado, e a fim de guiar o corte por influência elétrica. Isto beneficia a confiabilidade de cauterização, uma vez que deste modo um movimento, causado pelo tecido cortado, entre o eletrodo de corte de uma extensão e o contra mancai da outra extensão, não causa um movimento da extensão na mesma medida, e portanto, não causa um movimento entre os mordentes de cauterização opostas. Alternativamente, ou de forma adicional, o suporte do eletrodo de corte pode ser montado em mola. Neste caso, o contra mancai pode ser fixado rigidamente.

[0019] Se o suporte do eletrodo de corte é formado a partir de plástico, o eletrodo de corte é, preferivelmente, sobre moldado com plástico. O eletrodo de corte pode consistir, por exemplo, de chapa de aço de alta qualidade. A largura do eletrodo de corte é, de forma preferível, aproximadamente 0,1 mm. A espessura do plástico em ambos os lados do eletrodo de corte é de forma preferível, aproximadamente 0,15 mm. 0 eletrodo de corte, preferivelmente, termina com as duas paredes de plástico cobrindo os lados do referido eletrodo (sem a saliência da borda de corte) . Um termorrígido como o plástico é, preferivelmente, utilizado. Alternativamente, o eletrodo de corte no estado não utilizado pode projetar-se um pouco além das paredes plásticas, por exemplo, por 0,02 mm a 0,04 mm. A saliência pode mudar durante a operação do instrumento, por exemplo, pela queima ("burn-up") do suporte do eletrodo de corte.

[0020] Se o suporte do eletrodo de corte é fabricado de cerâmica, preferivelmente, cerâmica de ZrC>2, o suporte do eletrodo de corte e o eletrodo de corte, são pré-fabricados separadamente e depois unidos. A largura do eletrodo de corte é, preferivelmente, de 0,2 a 0,25 mm. Ele pode ser constituído por uma folha de metal, em particular, chapa de aço de alto qualidade. As paredes de isolamento, em ambos os lados do eletrodo de corte têm, preferivelmente, uma espessura de 0,15 mm. Uma saliência da borda de corte de 0,02 mm a 0,04 mm é, preferivelmente, definida. 0 eletrodo de corte pode ser interconectado com o suporte do eletrodo de corte, pressionado com o mesmo ou integralmente com ele ligado. Existe normalmente uma distância entre o eletrodo de corte e as paredes isolantes finas do suporte do eletrodo de corte. Esta distância pode ser preenchida com adesivo, silicone ou semelhante. Alternativamente, o eletrodo de corte pode ter um isolamento lateral, formado, por exemplo, de uma tinta ou um revestimento, por exemplo, parileno. A face de contato lateral do eletrodo de corte é portanto isolada, e a influência de um fluido localizado na distância entre o eletrodo de corte e o suporte do eletrodo de corte sobre o efeito de corte do eletrodo de corte é minimizado, preferivelmente, impedido.

[0021] 0 contra mancai disposto confrontante ao eletrodo de corte, pode, preferencialmente, ser montado com mola. O curso da mola pode ser fixado para menos de 1 mm, preferivelmente, 0,5 mm. O contra mancai é utilizado para manter a força de aperto entre os mordentes de cauterização. Isto é conseguido através do desacoplamento mecânico da fixação do tecido na região dos mordentes de cauterização, a partir da fixação do tecido entre o eletrodo de corte e o contra mancai. Os enrugamentos do tecido durante o corte e, durante a cauterização são assim também desassociados da força de fixação entre os mordentes de cauterização. Este efeito também ocorre nas concretizações com o contra mancai disposto de forma rígida, e um eletrodo de corte montado sobre molas.

[0022] A face superior ou face de apoio de tecido do contra mancai pode assentar-se, quando as extensões são fechadas, em outro plano em comparação com os mordentes de cauterização. 0 plano de corte do eletrodo de corte se projeta para além dos mordentes de cauterização dos eletrodos de cauterização dispostos sobre a mesma extensão. O processo de corte portanto é realizado em um plano diferente em comparação com o processo de cauterização.

[0023] Quando as extensões são abertas o contra mancai pode projetar-se além dos mordentes de cauterização da mesma extensão. Quando as extensões são fechadas o contra mancai montado, de forma resiliente ou resilientemente, é então comprimido e ao fazê-lo é pressionado para dentro da extensão. A força da mola que trabalha contra o elemento de corte é assim criada.

[0024] 0 contra mancai, preferivelmente, consiste de um isolador com superfície antiaderente, por exemplo, feito de PTFE, e propriedades de resistência ao seguimento ("tracking") semelhantes ou idênticas em comparação com o suporte do eletrodo de corte. Esta montagem de mola do contra mancai resulta em um comportamento com o qual a distância de corte é adaptada ao encolhimento do tecido durante o corte. O contra mancai alongado pode ser resiliente na extremidade próxima do mesmo e independentemente da extremidade distai do mesmo e, assim, podem também definir uma distância, em forma de cunha, com o eletrodo de corte quando diferentes espessuras de tecido estão presentes ao longo do eletrodo de corte.

[0025] Adicionalmente, ou de forma alternativa, é possível montar a mola no elemento de corte. O contra mancai, neste caso, pode ser montado de forma rígida ou, de forma semelhante, resilientemente de forma móvel. Também é possível montar um dos elementos, de modo a ser articulável em torno de um eixo geométrico transversal e para montar a mola no outro elemento, por exemplo, com particularmente, curso de mola curto, por exemplo, menor do que 0,5 mm, de modo a alcançar uma boa adaptação do eletrodo de corte e do contra mancai para diferentes resistências do tecido ao longo do eletrodo de corte.

[0026] 0 método, de acordo com a invenção, para a cauterização e a separação do tecido compreende, preferivelmente, pelo menos, as seguintes etapas: - o tecido é retido entre duas extensões de tal forma que ele é preso entre os mordentes de cauterização e também entre o eletrodo de corte e a face de suporte do tecido, onde receptáculos de tecido são formados entre os mordentes de cauterização fechados e um suporte de eletrodo de corte, onde os receptáculos de tecidos são enchidos pelo menos em parte, por partes do tecido, e energia é alimentada simultaneamente aos mordentes de cauterização e ao eletrodo de corte.

[0027] Devido à alimentação simultânea de energia nos eletrodos de cauterização e no eletrodo de corte, os processos de cauterização de vasos sanguíneos e separação (corte) de vasos sanguíneos, ocorrem simultaneamente. A separação dos vasos sanguíneos pode ser concluída antes da cauterização dos vasos sanguíneos ser completada. Os receptáculos de tecido, durante o processo de cauterização do vaso sanguíneo, protegem as bordas do tecido dentro das extensões até que o processo de cauterização seja completamente finalizado. De acordo com a invenção, devido à concepção, as extensões em conjunto com o tipo de alimentação de energia, de acordo com a invenção, o processamento, em particular a separação e a cauterização dos vasos sanguíneos, podem ser formadas com a mais alta qualidade. Todo o processo é curto, em geral devido ao início simultâneo da cauterização e do corte e, geralmente, não dura mais do que a cauterização sozinha.

[0028] Detalhes adicionais da concretização vantajosa da invenção serão mais notórios a partir do desenho da descrição ou reivindicações. Nos desenhos: [0029] A Figura 1 mostra uma ilustração, em perspectiva esquemática, de um instrumento de cauterização completo;

[0030] A Figura 2 mostra uma ilustração da ferramenta do instrumento de cauterização, de acordo com a Figura 1, em perspectiva ampliada parcialmente em corte;

[0031] A Figura 3 mostra a ferramenta, de acordo com a Figura 2, no estado fechado em corte transversal;

[0032] A Figura 4 mostra a ferramenta, de acordo com a Figura 3, quando fechando e separando um vaso sanguíneo vazio;

[0033] A Figura 5 mostra o eletrodo de corte da ferramenta, de acordo com a figura 2, em uma ilustração em perspectiva parcialmente em corte, em uma primeira concretização;

[0034] A Figura 6 mostra o eletrodo de corte, de acordo com a Figura 5, em corte transversal;

[0035] A Figura 7 mostra uma concretização modificada de um eletrodo de corte e de um suporte do eletrodo de corte, em corte longitudinal; e [0036] A Figura 8 mostra uma ilustração em perspectiva da concretização modificada adicional de um eletrodo de corte.

[0037] A Figura 1 mostra um instrumento 10 com um eixo alongado 11, no qual a extremidade distai do mesmo carrega uma ferramenta 12. A extremidade proximal do eixo 11 está conectada a um alojamento 13, no qual estão dispostos os elementos de acionamento 14 para o movimento e acionamento da ferramenta 12. 0 instrumento 10 é um instrumento de cauterização. Consequentemente, a ferramenta 12 é utilizada para fechar e cortar o tecido de forma apropriada, onde os vasos sanguíneos e espaços pertencentes ao tecido estão para ser fechados e, portanto, vedados na borda do tecido criado.

[0038] A ferramenta 12 provida no instrumento 10 é formada de uma maneira particular. Ela tem uma primeira extensão 15, na Figura 2, a extensão superior, e uma segunda extensão 16, na Figura 2, a extensão inferior, pelo menos uma das quais é montada, de modo articulado, sobre um eixo de rotação 17. Neste caso, dependendo da aplicação, a primeira extensão 15 ou a segunda extensão 16, ou ambas as extensões 15, 16, podem ser montadas de modo a serem articuláveis ou de outra forma, móveis em torno de um eixo comum ou sobre diferentes eixos de articulação, de tal forma que as extensões 15, 16 possam ser movidas uma em direção a outra e afastadas uma da outra.

[0039] As extensões 15, 16 estão novamente ilustradas separadamente em corte transversal nas Figuras 3 e 4. A primeira extensão 15 pode consistir, por exemplo, de metal ou outro material resistente à flexão. Ela tem um corpo principal 18 com seção transversal em forma de perfil em U. O corpo principal 18 tem dois primeiros mordentes de cauterização 19, 20, que correm paralelamente um ao outro, são preferivelmente, interconectados eletricamente, e que delimitam uma ranhura 21 entre um e outro. Esta ranhura estende-se, preferivelmente, através da maior parte do comprimento da primeira extensão 15 e é utilizada para receber um suporte do eletrodo de corte 22. Este possui uma base 23, que é combinada com o contorno da ranhura 21 e se assenta na mesma de uma maneira estacionária, imóvel. A partir de uma face da base 23a, uma extensão na forma de parede 24 se estende afastada da base 23, a qual, por exemplo, é retangular na seção transversal, preferivelmente, centralizada entre os dois mordentes de cauterização 19, 20, de forma que a referida extensão se sobressaia da ranhura 21. A ranhura 21 é delimitada pelas bordas dos mordentes de cauterização 19, 20, sobre os quais eletrodos de cauterização 25, 26 são formados. A face da base 23a, 23b, iniciando a partir dos mordentes de cauterização 19 e 20, respectivamente, se estende à medida que a extensão 24 é ajustada para trás em relação aos eletrodos de cauterização 25, 26. Os eletrodos de cauterização 25, 26 podem ser eletricamente condutivos conectados ao corpo principal 18. Os eletrodos de cauterização 25, 26, conforme pode ser visto, em particular a partir da Figura 2, preferivelmente formam uma fileira de faces individuais condutivas espaçadas uma da outra, que estão separadas uma da outra por regiões isolantes 27, 28. A extensão 15 pode, adicionalmente, ter um revestimento eletricamente isolante 29, de forma que a corrente elétrica introduzida na extensão 15 possa ser introduzida no tecido biológico 30 (Figura 4) apenas nos eletrodos de cauterização 25, 26. Preferivelmente, existe um espaçamento entre o revestimento de isolamento 29 e as regiões de isolamento 27, 28, de tal modo que o material dos eletrodos de cauterização não é isolado nesta região. A boa qualidade de cauterização é assim obtida.

[0040] 0 suporte do eletrodo de corte 22 tem um eletrodo de corte 31, o qual está disposto sobre a face extrema do referido suporte. Aqui, o eletrodo de corte 31 se assenta em uma ranhura ou recesso da extensão na forma de parede 24, onde o eletrodo de corte 31 é exposto através de uma face extrema 32. O eletrodo de corte 31 é recebido entre duas paredes 33, 34 da ranhura. As paredes 33, 34 da ranhura têm, preferivelmente, uma largura que é aproximadamente tão maior quanto a largura do eletrodo de corte 31. Faz-se referência a este respeito à figura 6. A largura B do eletrodo 31 pode estar situada na faixa de 0,05-0,25 mm e é, preferivelmente, 0,1 mm. As paredes 33, 34 da ranhura de isolamento têm, preferivelmente, uma espessura da mesma dimensão. Por exemplo, elas têm uma espessura de 0,15 mm. Elas finalizam uma com a outra afastadas a partir de uma pequena protuberância. A protuberância U da face extrema 32 do eletrodo de corte 31 além das faces extremas das paredes das ranhuras 33, 34 é meramente algumas dezenas de |im, por exemplo de 0 a 40 μπι.

[0041] 0 comprimento da extensão na forma de parede 24, medido a partir da base 23 ao eletrodo de corte 31 é, preferivelmente, de forma que a face extrema 32 projeta-se além dos mordentes de cauterização 19, 20 para, por exemplo, de 0,5 a 1 mm, preferencialmente, 0,9 mm consequentemente, a face de suporte do tecido 44 da segunda extensão 16 é pressionada, aproximadamente, pela mesma distância a segunda extensão 16 pela extensão na forma de parede 24 da primeira extensão 15, quando as extensões estão fechadas, nas quais determinam o contato dos mordentes de cauterização 19, 36 e 20, 37 ou quase o contato um com o outro. Esta distância é mostrada na figura 3 no lado direito ao lado da ferramenta 12 como a dimensão T.

[0042] A Figura 3 mostra também a segunda extensão 16 que igualmente tem um corpo principal 35, preferivelmente, feito de material eletricamente condutivo. O corpo principal 35 novamente tem uma seção transversal em forma de U, na qual uma ranhura 38 é formada entre dois segundos mordentes de cauterização 36, 37. Os eletrodos de cauterização 39, 40 (Figura 2) são novamente formados sobre, preferivelmente, interconectados eletricamente aos segundos mordentes de cauterização 36, 37 da segunda extensão 16 e, são dispostos em uma fileira ao longo das bordas superiores dos mordentes de cauterização 36, 37. Os eletrodos de cauterização 39, 40 são mais curtos, conforme medidos na direção longitudinal do mordente do que nas regiões de isolamento 27, 28 da primeira extensão 15. De modo semelhante, os eletrodos de cauterização 25, 26 da primeira extensão 15 são mais curtos, conforme medidos na direção longitudinal do mordente do que nas regiões de isolamento 61, 62, isto é, as distâncias entre os segundos eletrodos de cauterização 39, 40 da segunda extensão 16. Adicionalmente, os primeiros eletrodos de cauterização 25, 26 estão posicionados sobre a primeira extensão 15, de tal modo que eles estão dispostos entre os segundos eletrodos de cauterização 39, 40 quando as extensões 15, 16 são fechadas, isto é, entram em contato com as regiões de isolamento 61, 62 da segunda extensão 16. É, portanto, impedido um curto-circuito elétrico entre a primeira extensão 15 e a segunda extensão 16.

[0043] A segunda extensão 16, conforme mostrada na Figura 3, pode, por sua vez, ser provida com um revestimento de isolamento 41. Um contra mancai 42 para o eletrodo de corte 31 é disposto na ranhura 38. 0 contra mancai 42 pode ser montado, de forma móvel, paralelo aos mordentes de cauterização 36, 37, e pode ser pressionado para dentro da ranhura 38, por exemplo, contra a força de um elemento de mola 43. Por exemplo, o contra mancai 42 é um elemento semelhante a lâmina, consistindo de plástico ou cerâmica, ou outro não condutor elétrico, preferivelmente, com a face de apoio de tecido 44 plana que forma uma face de suporte para o tecido biológico 30 e na posição de repouso é disposta abaixo dos eletrodos de cauterização 39, 40, ou seja, dentro da ranhura 38. A face de apoio de tecido 44 estende-se iniciando a partir do mordente de cauterização 36 ao mordente de cauterização 37. Conforme necessário, a face de apoio de tecido 44 pode também ser formada em uma forma estruturada, ou na forma de uma curva ou como uma combinação das mesmas.

[0044] O elemento de mola 43 pode ser uma mola de compressão, que é apoiada em uma extremidade no fundo da ranhura 38 e na outra é operativamente conectada ao contra mancai 42. Uma pluralidade de tais molas de compressão pode também ser disposta ao longo da extensão 16 em uma fileira. Alternativamente, um elemento de elastômero pode ser assentado ou ser fixado no fundo da ranhura, como uma mola, sobre a qual o elemento de elastômero do contra mancai 42 é apoiado. 0 curso da mola do contra mancai 42 pode ser relativamente baixo e, por exemplo, pode ser limitado a menos de um milímetro, preferivelmente, 0,5 mm. O curso da mola do contra mancai é dependente do elemento de mola 43. Com um elemento de mola pré-carregado 43, este curso é reduzido, por exemplo, para 0,5 mm ou menos, e com um elemento de mola não pré-carregado 43 este curso também inclui o percurso com o qual a pré-carga é gerada, e pode ser 1 mm ou mais. Alternativamente, as funções do contra mancai 42, e do elemento de mola 43, podem ser providas em um único componente, por exemplo, um componente produzido a partir de elastômero.

[0045] Os mordentes de cauterização 36, 37 são arredondados no lado superior dos mesmos. Juntamente com os mordentes de cauterização 19, 20 da primeira extensão 15, que trabalham em pares para delimitar, em cada caso, uma distância 45, 46, na qual a orientação é indicada na Figura 3 por linhas traço e ponto 47, 48. A orientação das distâncias 45, 46 pode ser determinada por facetas planas 49, 50, 51, 52 providas nos mordentes de cauterização 19, 20, 36, 37. As direções fixadas pelas distâncias 45, 46 e definidas pelas as linhas 47, 48, formam um ângulo obtuso com um vértice ou ponto de intersecção S, que marca o pico do ângulo. Isto indica a direção do eletrodo de corte 31. O ângulo obtuso situa-se, preferivelmente, em uma faixa de 130 a 150°.

[0046] A geometria determinando a função da ferramenta 12 inclui, adicionalmente, dois receptáculos de tecido 53, 54.

Estes são formados em ambos os lados da extensão na forma de parede 24, e compreendem regiões das ranhuras 21 e 38. Eles são delimitados verticalmente entre a base 23 e a face de apoio de tecido 44 do contra mancai 42. Esta extensão vertical V é indicada na Figura 3 e se assenta, quando as extensões estão fechadas sem tecido, por exemplo, na faixa de 0,7 mm a 2,5 mm, preferivelmente, 1,4 mm. A distância 45, 46 é disposta, aproximadamente, centralizada em relação à extensão vertical V do receptáculo de tecido 53 ou 54 ou, preferivelmente, está disposta ligeiramente deslocada em direção à face da base 23a.

[0047] Os dois receptáculos de tecido 53, 54 são, preferivelmente, de tamanho igual. Eles têm uma extensão horizontal H, a qual é determinada pela distância entre a extensão na forma de parede 24 e os respectivos mordentes de cauterização 19, 36 e 20, 37. Esta extensão horizontal H é, preferivelmente, maior do que a espessura da extensão 24 a ser medida na mesma direção. A extensão horizontal de um desses receptáculos de tecidos é, de forma preferível, aproximadamente de 0,2 a 0,6 vezes a extensão vertical. Quando as extensões 15, 16 estão fechadas, os receptáculos de tecido 53, 54, que preferivelmente, são retangulares na seção transversal, são formados na direção do movimento B entre a face de apoio de tecido 44 do contra mancai 42 e a face de base 23a da base 23, e também transversalmente à direção do movimento B entre a extensão 24 e os primeiros mordentes de cauterização 19, 36 e também entre a extensão 24 e os segundos mordentes de cauterização 20, 37.

[0048] O instrumento descrito neste aspecto funciona da seguinte maneira: [0049] A fim de cauterizar e separar tecidos, em particular, vasos sanguíneos vazios ou tecidos contendo vasos sanguíneos vazios, este tecido é retido entre as extensões 15, 16. Através da ação apropriada dos elementos de atuação 14, as extensões 15, 16 são movidas uma na direção da outra de tal modo que o tecido biológico 30 é retido, de acordo com a Figura 4. 0 tecido 30 é sujeito durante este processo a uma pressão entre os mordentes de cauterização 19, 36 e 20, 37, apesar de que o referido tecido é relativamente aliviado de pressão nos receptáculos de tecido 53, 54. O eletrodo de corte 31, no entanto, também exerce uma grande pressão sobre o tecido 30.

[0050] Para a cauterização do tecido uma tensão elétrica, preferivelmente, uma tensão alternada de alta frequência é ativa entre as extensões 15, 16, de tal modo que uma corrente elétrica flua através do tecido biológico 30 entre os eletrodos 25, 26 da primeira extensão 15 e dos eletrodos 39, 4 0 da segunda extensão 16, de modo a aquecer o referido tecido e provocar uma fusão do tecido retido. Ao mesmo tempo, o eletrodo de corte 31 é ativado. Ele é também alimentado por uma tensão elétrica, preferivelmente uma tensão de alta frequência, na qual o potencial de referência encontra-se em uma das extensões 15, 16, preferivelmente, na segunda extensão 16, isto é, quer dizer nos eletrodos de cauterização 39, 40.

[0051] Devido à pequena área do eletrodo de corte de um modo preferido, aproximadamente de cerca de 1 mm2 a 3 mm2, a densidade de corrente na face extrema 32 é alta o suficiente que o tecido biológico 30 é rapidamente cortado. 0 tecido retraindo sob o eletrodo de corte 31 é apoiado pelo contra mancai resiliente 42. 0 referido tecido é pressionado pela face de apoio de tecido 4 4 na direção da face extrema 32, de tal forma que ele permanece continuamente em contato com o eletrodo de corte 31. A densidade da corrente, no entanto, diminui drasticamente já a uma curta distância a partir da face extrema 32. A seção transversal disponível para a corrente de fluxo se altera na parede lateral da extensão 24, a partir da seção transversal da distância estreita seção transversal larga do receptáculo de tecido 53 ou 54. 0 tecido biológico nele provido é, portanto, apenas levemente aquecido e retrai-se para um tamanho muito menor em comparação com o tecido debaixo da face extrema 32. As bordas de cauterização formar-se assim, entre cada par de mordentes de cauterização 19, 36 e mordentes de cauterização 20, 37, respectivamente, onde todos os espaços nas bordas de cauterização no tecido 30 são fechados e uma conexão semelhante a uma costura de solda é formada no tecido. Ao mesmo tempo, ou de uma maneira retardada, o tecido abaixo do eletrodo de corte 31 é cortado. A partir das extensões 15, 16 fechadas, ondulações de tecido assentadas nos receptáculos de tecido 53, 54 impedem que o tecido 30 escape da ferramenta 12. Apenas quando a ferramenta é aberta as bordas do tecido são liberadas e o processo de tratamento está completo.

[0052] A tarefa fundamental durante o tratamento do tecido 30 é realizada pelo eletrodo de corte 31 e o suporte do eletrodo de corte 22. A fim de formar os receptáculos de tecido 53, 54 de modo a serem tão grande quanto possível com a largura total mínima da ferramenta 12, a largura total G (Figura 6) da extensão na forma de parede 24, é tão pequena quanto possível. Ela é, preferivelmente, de alguns décimos de um milímetro no tamanho. Isto também tem o efeito que a densidade de corrente apenas sob o eletrodo de corte 31 tenha um valor suficiente para cortar o tecido e, em seguida, diminua drasticamente de modo a formar ondulações assentadas nos receptáculos de tecido 53, 54.

[0053] A Figura 5 mostra a variante de um eletrodo de corte 22 feito de cerâmica. A extensão na forma de parede 24 sobre a face extrema da mesma possui uma ranhura 55, na qual o eletrodo de corte em forma de lâmina 31 se assenta. Este tem, preferivelmente, uma série de extensões de fixação 56, 57, que se estendem através das aberturas do suporte de eletrodo de corte 22. 0 arranjo de eletrodo, assim formado, pode ser unido de modo adesivo, a partir de um suporte do eletrodo de corte 22 formado com cerâmica. Uma ou mais extensões de fixação 56, 57 pode ser conectada na base 23 a uma linha elétrica 58, que alimenta a corrente para o eletrodo de corte 31.

[0054] O suporte do eletrodo de corte 22, independentemente da concepção específica do mesmo, induz um potencial de isolamento entre o eletrodo de corte 31 e os eletrodos de cauterização 25, 2 6, 39, 40. Apesar de os eletrodos de cauterização 39 e 40 utilizados, por exemplo, como eletrodos neutros, os eletrodos de cauterização 25, 26 podem ser atuados com uma tensão causando a cauterização, preferivelmente, a citada tensão sendo inferior à tensão alimentada ao eletrodo de corte 31 e destinada a cortar o tecido. 0 eletrodo de cauterização 25, 26, 39, 40 tem, preferivelmente, uma área total de eletrodo que é maior do que dez vezes, preferivelmente, maior do que vinte vezes, a área da face extrema 32, de tal modo que a energia alimentada corta o tecido apenas na face extrema 32, mas não corta o tecido com os eletrodos de cauterização 25, 26, 39, 40.

[0055] A Figura 7 ilustra uma concretização modificada do suporte do eletrodo de corte 22. O eletrodo de corte 31 novamente assenta-se em uma ranhura do suporte de eletrodo de corte e é ali ancorado com a base resiliente 59. O corpo principal do suporte do eletrodo de corte 22 pode consistir de cerâmica ou plástico. Um termorrigido ou um silicone o qual, em particular, é estável sob alta-temperatura, sendo retardante de chama e estável contra a erosão de ignição, e também tendo um CTI superior a 600 é adequado como o plástico. Adicionalmente, ele deve ter resistência mecânica suficientemente elevada e uma condutividade térmica maior do que um W/mK.

[0056] Tal plástico pode ser provido, em particular, com um eletrodo embutido 60, de acordo com a Figura 8. 0 eletrodo de corte 31, também aqui como em todos as outras concretizações, pode consistir de uma folha metálica, por exemplo, de aço de alta qualidade. Uma conexão interna do plástico e eletrodo embutido 60 e também uma baixa entrada de calor no plástico é conseguida através das inúmeras janelas providas no eletrodo embutido 60.

[0057] Um instrumento cirúrgico 10 destina-se, em particular, para procedimentos delicados tendo duas extensões 15, 16 com mordentes de cauterização 19, 20, 36, 37, que podem ser atuados com uma tensão de cauterização, preferivelmente, entre 80 e 120 volts. Os receptáculos de tecido 53, 54, que estão separados um do outro por uma extensão na forma de parede 24 na qual na sua extremidade inferior carrega um eletrodo de corte 31, estão definidos entre as extensões 15, 16. A tensão de corte a partir de 300-500 volts, é aplicada entre uma extensão 16 e o eletrodo de corte. Quando as extensões estão fechadas o tecido retido é simultaneamente fechado entre os mordentes de cauterização 19, 36 e 20, 37, e é cortado pelo eletrodo de corte 31. Embora o tecido seja completamente cortado, por exemplo, após 0,3 a 0,5 segundos e a cauterização requer mais tempo, no total aproximadamente 1,5 a 3,5 segundos, a separação do vaso sanguíneo com as extremidades dos vasos sanguíneos fechadas pode ser conseguida. Aqui, os receptáculos de tecido 53, 54 atuam como proteção anatômica das extremidades separadas do vaso sanguíneo e, assim, garantindo a formação da extremidade do vaso sanguíneo fechado com as bordas do tecido na ferramenta 12. As extremidades dos vasos sanguíneos são mais fracas ou não são coaguladas em comparação com a região de cauterização, e assim formam áreas espessas como ondulação, que impedem as bordas do tecido de escapar do instrumento quando o citado instrumento está fechado.

Lista de sinais de referência: 10 Instrumento 11 Eixo 12 Ferramenta 13 Alojamento 14 Elementos de pega 15 Primeira extensão 16 Segunda extensão 17 Eixo de articulação 18 Corpo principal da primeira extensão 15 19,20 Primeiro mordente de cauterização 21 Ranhura 22 Suporte do eletrodo de corte 23 Base do suporte do eletrodo de corte 23a Face da base 24 Extensão na forma de parede do suporte do eletrodo de corte 25,26 Eletrodos de cauterização da primeira extensão 27,28 Regiões isolantes de 15 29 Revestimento eletricamente isolante 30 Tecido biológico 31 Eletrodo de corte 32 Face extrema 33,34 Paredes da ranhura B Largura do eletrodo de corte U Saliência 35 Corpo principal 36,37 Segundo mordente de cauterização 38 Ranhura 39,40 Eletrodos de cauterização da segunda extensão 41 Revestimento isolante 42 Contra mancai 43 Elemento de mola 44 Face de apoio do tecido 45 Distância entre os mordentes de cauterização 19 e 36 46 Distância entre os mordentes de cauterização 20 e 37 47 Linha de ilustração da orientação da distância 45 48 Linha de ilustração da orientação da distância 46 49-52 Faces 53,54 Receptáculos de tecido V Extensão vertical dos receptáculos de tecido 53, 54 H Extensão horizontal dos receptáculos de tecido 53, 54 55 Ranhura 56,57 Extensões de fixação T Saliência do eletrodo de corte afastada do eletrodo de cauterização 58 Linha 59 Base 60 Inserto do eletrodo 61,62 Regiões isolantes de 16 REIVINDICAÇÕES

Claims (15)

1. Instrumento cirúrgico, caracterizado pelo fato de compreender: - uma primeira extensão (15), tendo dois primeiros mordentes de cauterização (19, 20) dispostos a uma distância um do outro, que delimita uma primeira ranhura (21) entre si, - um suporte de eletrodo de corte isolado eletricamente (22), tendo uma base (23), a qual está disposta na ranhura (21) e que tem uma face de base (23a) , que está situada atrás em relação aos eletrodos de cauterização (25, 26) dispostos nos primeiros mordentes de cauterização (19, 20) e a partir das quais uma extensão na forma de parede (24) se estende para fora a uma distância dos primeiros mordentes de cauterização (19, 20) da primeira extensão (15), - um eletrodo de corte (31), que é incorporado no suporte do eletrodo de corte (22) com uma face extrema (32) exposta, - uma segunda extensão (16), que tem dois segundos mordentes de cauterização (36, 37), os quais estão dispostos a uma distância um do outro e que delimitam uma segunda ranhura (38) entre si, sendo que as extensões (15, 16) são móveis uma em relação a outra e afastadas uma da outra em uma direção de movimento (B) de modo a serem fechadas e abertas, com um contra mancai (42), disposto na segunda ranhura (38), para o eletrodo de corte (31) , sendo que o contra mancai (42) tem uma face de apoio de tecido (44) , que está situada atrás em relação aos eletrodos de cauterização 39, 40 dos segundos mordentes de cauterização (36, 37) quando as extensões (15, 16) estão fechadas, sendo que receptáculos de tecido (53, 54) são formados na direção do movimento (B) entre a face de apoio de tecido (44) do contra mancai (42) e a face de base (23a) da base (23) e também transversalmente à direção de movimento (B) entre a extensão (24) e os primeiros mordentes de cauterização (19, 36) e também entre a extensão (24) e os segundos mordentes de cauterização (20, 37) quando as extensões (15, 16) estão fechadas.

2. Instrumento de cauterização, conforme definido na reivindicação 1, caracterizado pelo fato de os receptáculos de tecido (53, 54) terem uma largura (H) a ser medida transversalmente à direção de movimento (B) entre a extensão (24) e os mordentes de cauterização (19, 36; 20, 37), sendo a referida largura menor do que a altura a ser medida na direção do movimento (B) entre o contra mancai (42) e a base (23) .

3. Instrumento de cauterização, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de os receptáculos de tecido (53, 54) terem uma largura (H) a ser medida transversalmente à direção de movimento (B) entre a extensão (24) e os mordentes de cauterização (19, 36; 20, 37) , sendo a referida largura maior do que a espessura da extensão na forma de parede (24) a ser medida na mesma direção (24).

4. Instrumento de cauterização, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 3, caracterizado pelo fato de os mordentes de cauterização (19, 36; 20, 37) terem um contorno de seção transversal com transições arredondadas.

5. Instrumento de cauterização, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 4, caracterizado pelo fato de os mordentes de cauterização (19, 36; 20, 37) em pares definirem cada um uma distância de cauterização (45, 46).

6. Instrumento de cauterização, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de ambas distâncias de cauterização (45, 46) formadas em cada carcaça por um par de dois mordentes de cauterização (19, 36; 20, 37) definirem uma com a outra um ângulo obtuso (β).

7. Instrumento de cauterização, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de o ângulo (β) ter um vértice (S) que aponta em direção ao eletrodo de corte.

8. Instrumento de cauterização, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 7, caracterizado pelo fato de cada mordente de cauterização (19, 36; 20, 37) ter pelo menos uma região isolante (27, 28, 61, 62), que está localizada entre os eletrodos de cauterização (25, 26, 39, 40) dispostos em uma linha.

9. Instrumento de cauterização, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de os eletrodos de cauterização (25, 26; 39, 40) de um mordente de cauterização (19, 20; 36, 37) estarem eletricamente interconectados.

10. Instrumento de cauterização, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de os eletrodos de cauterização (25, 26; 39, 40) , dos mordentes de cauterização (19, 36; 20, 37) dispostos um oposto ao outro em pares, serem dispostos de uma maneira um não sobrepondo o outro.

11. Instrumento de cauterização, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 10, caracterizado pelo fato de o suporte do eletrodo de corte (22) ser formado a partir de cerâmica ou de plástico.

12. Instrumento de cauterização, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 11, caracterizado pelo fato de o eletrodo de corte (31) compreender uma lâmina continua apoiando a face extrema exposta (32), lâmina que é ancorada no suporte do eletrodo (22) através de um número de extensões de fixação (56, 57).

13. Instrumento de cauterização, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 12, caracterizado pelo fato de o eletrodo de corte (31) compreender uma lâmina continua apoiando a face extrema exposta (32), na qual a lâmina é ancorada no suporte do eletrodo (22) através de um número de pés resilientes (59).

14. Instrumento de cauterização, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 13, caracterizado pelo fato de o suporte do eletrodo de corte (22) estar disposto, de forma rigida, na primeira ranhura (21) e o contra mancai (42) estar disposto, de modo móvel, na segunda ranhura (38), ou com isso o suporte do eletrodo de corte (22) está disposto, de modo móvel, na primeira ranhura (21) e o contra mancai (42) está disposto, de forma rigida ou de forma móvel, na segunda ranhura (38).

15. Método para cauterizar e separar tecido, caracterizado pelo fato de no método: - o tecido é retido entre duas extensões (15, 16) de tal modo que é preso entre mordentes de cauterização (19, 36; 20, 37) e também entre um eletrodo de corte (37) e uma face de apoio de tecido (44), sendo que receptáculos de tecido (53, 54) são formados entre os mordentes de cauterização fechados (19, 36; 20, 37) e um suporte do eletrodo de (22), e- a energia é alimentada aos mordentes de cauterização (19, 36; 20, 37) e ao eletrodo de corte (37) ao mesmo tempo.